16,5 mil milhões de dólares
para aumentar a capacidade de produção e distribuição de eletricidade
João Baptista Borges
“Cambambe está a ser financiada por um fundo composto por receitas oriundas da exploração do petróleo”
abrangendo as províncias do Kuanza Norte, Luanda, Bengo, Malanje, Uíge, Kuanza Sul e Zaire.
Barragem de Capanda em julho Lahuca e Caculo Cabassa são alguns dos novos projetos que vão completar a rede elétrica nacional. O Estado quer atingir os cinco mil megawatts para garantir uma distribuição regular em todos os pontos do país. A expansão de Capanda, em Malanje, será das primeiras a contribuir para as melhorias da difusão de eletricidade. Será a primeira infraestrutura submetida a obras de alargamento a ficar concluída. Recorde-se que a unidade tinha sido inaugurada em 2010. Deverá entrar em pleno funcionamento em julho e terá uma capacidade de 260 megawatts.
Cambambe até outubro “O funcionamento em pleno da barragem deverá melhorar o fornecimento de energia à cidade de Luanda e a outras regiões do país”. A barragem
Ministro das Águas e Energia
em causa é a hidroelétrica de Cambambe, no Kuanza Norte, e a afirmação é do administrador da Empresa Nacional de Eletricidade, José Carlos Neves. A infraestrutura deverá entrar em atividade em outubro. Atualmente, a capacidade de produção é de apenas metade do seu potencial, devido às obras de reparação e de modernização que estão a condicionar duas unidades de produção. Após a substituição dos principais equipamentos, a barragem vai estar apta a levar eletricidade à capital e às cidades circundantes. A sua capacidade de produção será alargada para 700 megawatts.
Apesar de Luanda deter 88% do consumo total de energia em todo o país, a distribuição elétrica está ainda longe de satisfazer as necessidades de procura. As constantes falhas de energia devem-se ao subaproveitamento da capacidade produtiva.
A estrutura foi erguida na década de 50 e o seu alargamento arrancou em 2010. A empreitada, que vai erguer uma nova central elétrica e elevar a barragem, está a ser financiada por um fundo que é composto por receitas oriundas da exploração do petróleo. O projeto comporta igualmente a edificação e exploração por parte de entidades privadas de mini-hídricas.
O Governo acredita que com uma capacidade de cinco mil megawatts será possível corresponder às exigências da industrialização e às necessidades dos novos aglomerados habitacionais. O investimento em curso até 2016 vai abranger o setor de forma transversal, desde a produção ao transporte e distribuição da energia elétrica.
A capital é abastecida através de várias centrais térmicas (a maioria com turbinas a gás) que, no seu conjunto, produzem 145 megawatts, apesar de terem capacidade para transmitir 350 megawatts. Tal está relacionado com o facto da central do Cazenga apenas ser usada para cobrir os picos de consume e falhas de distribuição.
“A tarefa é difícil, mas eu desejo-lhe muita coragem”. Foi com estas palavras que José Eduardo dos Santos, presidente da República, empossou João Baptista Borges em dezembro último. O responsável considerou na ocasião que “as perdas de energia produzida são muito grandes, o sistema de distribuição e venda de energia aos consumidores não é eficiente” e lançou o desafio a João Baptista Borges, que substituiu Emanuela Lopes. Formado em Engenharia Eletrotécnica, João Batista Borges, 47 anos, foi secretário de Estado da Energia e chegou a desempenhar o cargo de presidente do conselho de administração da Empresa de Distribuição de Energia de Luanda (EDEL).
12.000 MILHÕES de dólares a investir até 2012
88%
do consumo de energia do país está na capital
3
centrais elétricas não são suficientes para satisfazer as necessidades
2012
71