A LEI DO TRIUNFO

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mão gélida da pobreza e ficou tão impressionado que fixou no espírito a sua situação como uma coisa a que tinha que se submeter. Quase inconscientemente, convenceu-se de que seria sempre pobre, até que essa idéia se tornou o pensamento dominante do seu cérebro. Este homem se assemelha a um cavalo arreado, que se acostumou aos arreios, esquecendo que possui a força suficiente para libertar-se deles. A auto-sugestão o está relegando rapidamente para a retaguarda do cenário da vida. Finalmente, se tornou um covarde. A ambição se foi. A oportunidade não mais apareceu no seu caminho, ou, se apareceu, ele não a soube ver. Aceitou o seu destino!fato bem estabelecido que as faculdades mentais, como os membros corporais, se atrofiam e mirram, quando não se faz uso delas. A confiança em si mesmo não faz exceção à regra. Desenvolve-se quando usada e desaparece quando não exercitada. Uma das principais desvantagens da riqueza herdada é o fato de sempre produzir a inatividade e a perda de autoconfiança. Nem todos os filhos de homens ricos se torpam tão infelizes, mas, seja como for, permanece o fato de que a inatividade sempre conduz à atrofia e essa, por sua vez, gera a falta de ambição e de confiança em si mesmo. Sem essas qualidades essenciais, um homem será carregado durante toda a vida nas asas da incerteza da mesma maneira que uma folha seca é levada ao sabor dos ventos contrários. Longe de ser uma desvantagem, a luta pela vida é uma vantagem decisiva, pois serve para desenvolver todas as qualidades qne se acham adormecidas no indivíduo e que sem ela jamais despertariam. Muitos homens só encon trara o seu lugar no mundo porque tiveram de lutar pela vida. A falta de conhecimento das vantagens que resul ta dessa luta tem levado muitos pais a dizerem: “Tive de lutar muito quando moço, mas procurarei fazer com que meus filhos encontrem todas as facilidades.” Pobres criaturas insensatas ! As “facilidades” se transformam geralmente em desvantagens. Há neste mundo coisas muito piores do que uma pessoa ser obrigada a trabalhos, no princípio da vida. A indolência forçada é muito pior do que o trabalho forçado. Sendo forçado a trabalhar e a desempenhar o seu trabalho da melhor maneira, o in divídu adquire temperança, autocontrole, força de vontade e inúmeras outras virtudes que os ociosos jamais conhecerão. A falta de necessidade de lutar não somente conduz à ausência de ambição e de força de vontade, como também, e o que é ainda pior, cria, no espírito do indivíduo, um estado de letargia, que gera a falta de confiança em si mesmo. A pessoa que abandonou a luta porque o esforço já não é necessário aplica o princípio de auto-sugestão, aplica-o porém para minar o seu próprio poder de auto confiança. Assim, o indivíduo nestas condições cai num tal estado de espírito que agirá como uma pessoa que é forçada a fazer isto ou aquilo. A confiança em si próprio ou auto confiança é a qualidade por meio da qual o cérebro recebe nova carga e se torna positivo. Era um rapaz tímido, de natureza mais ou menos re traída uma dessas pessoas que julgam que é melhor ocupar um dos últimos lugares no cenário da vida. Uma noite, ele ouviu nma conferência sobre o assunto da nossa lição, a Confiança em si mesmo, e essa conferência o impressionou a tal ponto qne o rapaz foi para casa com a firme determinação de se transformar.


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