4 Projetos - Fernando Peixoto Arquiteto

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PROJETOS

PROJETOS

1ª edição

São Paulo - Brasil - 2011



Fernando Peixoto Formado pela Escola de Arquitetura da UFBA em 1969, com mais de 2 milhões de m2 de projetos residenciais e comerciais executados em 10 estados do Brasil. Palestrante convidado em eventos no Brasil e exterior, destacando-se a Universidade de Berlim, Alemanha, a 5ª Qualicer na Espanha e o Fórum Latino Americano de Arquitetura. Acima de 100 matérias referentes ao seu trabalho, publicadas em revistas e livros do Brasil, Coréia do Sul, Japão, Alemanha, Argentina, Itália, Espanha, Portugal, França e Suíça.



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Shopping Shopping “Os shoppings são o templo do varejo, mas seus proprietários e construtores não são varejistas, e sim imobiliárias [...] não é de admirar que, “Os shoppings são o templo do varejo, mas seus proprietários e construtores não são varejistas, e sim imobiliárias [...] não é de admirar que, o te tesejam lodo varejo, mas, seusaos pro olhos rietr ios[...] e con t uto es n t ésãoimpossível varejstas e provar m asque iárimais s... não é de admrar que, em suafizesse maior parte mu em sua maiors parte uma afronta Obviamente atenção à. arquitetura umasejpequena em sua maiors parte uma afronta é impossível atenção à. arquitetura umasejpequena o te tesejam lodo varejo, mas, seusaos pro olhos rietr ios[...] e conObviamente t uto es n t são varej stas e provar m asque iárimais s... não é de admrar que, em suafizesse maior parte mu ui tegastar a u mais ent : senisso o mercado o xige ojeto steti amente bonito, gastar mais nissodepara que?... A incom et nci dos hoppngs no sentid se d mais bonito, para nquê? [...]umA pincompetência dosmais shoppings no sentido acompanhar as mudanças sociais somente ui tegastar a u mais ent : senisso o mercado o xige ojeto steti amente bonito, gastar mais nissodepara que?... A incom et nci dos hoppngs no sentid se d mais bonito, para nquê? [...]umA pincompetência dosmais shoppings no sentido acompanhar as mudanças sociais somente e e se compa ou a f e ç s s c os p p i tá i . “ r cproprietários.” s u ç r r s. compara à absoluta falta de imaginação dos e e se compa ou a f e ç s s c os p p i tá i . “ r s u ç r r s. compara à absoluta falta de imaginação doscproprietários.” (Paco(Paco Underhill “A magia dos shoppings”) Underhill - “A magia dos shoppings”)

Shopping Paralela área construída de120.000m2 120.000m2 comâncoras, 4 lojas âncoras, 9 megastores, 6 cinemas multiplex, lojas O shopping Paralela temtem uma área construída de 120.000m2 comcom 4 lojas 9 megastores, 6 cinemas multiplex, 342 satélites, fast O Shopping Paralela temuma umaárea áreaconstruída construída com 4 lojas âncoras, 9 megastores, 6 cinemas multiplex, lojas342 satélites, shopping Paralela tem uma de de 120.000m2 4 lojas âncoras, 9 megastores, 6 cinemas multiplex, 342lojas lojas342 satélites, fastfood, food, satélites, fast food, restaurantes ede mais de vagas 2.400de vagas depraça estacionamento. Além da praça debosque eventos comde1.200m2, possui bosque restaurantes e mais de 2.400 vagas de estacionamento. Além da de eventos com 1.200m2, possui interno 600m2 com vegetação fast food, restaurantes e mais 2.400 estacionamento. Além da praça de eventos com 1.200m2, possui bosque interno de restaurantes e mais de 2.400 vagas de estacionamento. Além da praça de eventos com 1.200m2, possui bosque interno de 600m2 com vegetaçãode de interno de 600m2 com vegetação de porte, ambos cobertos com cúpula geodésica transparente. porte,600m2 ambos cobertos com cúpula geodésica transparente. com vegetação de porte, ambos cobertos com cúpula geodésica transparente. porte, ambos cobertos com cúpula geodésica transparente. O projeto Shopping Paralela teve a seu doisdois aspectos essenciais: OO projeto projeto Shopping Paralela teve seu favor aspectos essenciais: O projeto dodoshopping Paralela teveteve a seu 2favor aspectos essenciais: dodoshopping Paralela a favor seuafavor 2 aspectos essenciais: Osproprietários/investidores eram “do“do ramo”. •proprietários/investidores Osproprietários/investidores proprietários/investidores não ramo”. ••Os nãonão eram “doeram ramo”; • Os não eram “do ramo”; terreno declive restringia a entrada afachada uma fachada única à avenida. •• OO terreno terreno emdeclive declive restringia a entrada a fachada uma fachada única ••OOterreno ememdeclive restringia a entrada a uma única frontal àfrontal avenida. em restringia a entrada a uma única frontal àfrontal avenida.à avenida. EstesEstes aspectos só permitiram, como induziram a soluções arquitetônicas e funcionais diferenciadas. aspectos não permitiram, como induziram aarquitetônicas soluções arquitetônicas ediferenciadas. funcionais diferenciadas. Estes aspectos nãonão só permitiram, comocomo induziram a soluções e funcionais Estes aspectos não sósó permitiram, induziram a soluções arquitetônicas e funcionais diferenciadas. OO terreno terreno em declive permitiu que quase totalidade dasdas vagas fossem internas emem dede garagem. Núcleos dedeelevadores elevadores escadas, O terreno terreno emdeclive declive permitiu quase totalidade vagas fossem internas 2subsolos subsolos de garagem.Núcleos Núcleosde elevadoreseeeescadas, escadas, em declive permitiu queque aa quase totalidade das vagas fossem internas em 22subsolos de garagem. em permitiu aaquase totalidade vagas fossem internas 2subsolos garagem. Núcleos elevadores asfluxo asmortas. mortas. codificados por cor porpor todatoda a área, criam acessos aosaos diversos pontos eeáreas codificados porecordistribuídos e distribuídos a área, criam acessos diversos pontosdodoshopping shoppingsem semconcentração concentraçãodedefluxo áreasmortas. mortas. A fachada única frontalna avenida, evitou a abundância de de adornos e detalhes, característica dada“arquitetura” vigente uma fachada única frontalna evitou abundância e detalhes, característica “arquitetura” vigentede shoppings, para uma fachada única, frontal à avenida, evitou a abundância deadornos adornos e detalhes, característica dada“arquitetura” dede shoppings vigente, A fachada única, frontal àavenida, avenida, evitou a abundância de adornos e detalhes, característica “arquitetura” deshoppings, shoppingspara vigente, composição limpa e volumétrica ênfase na entrada principal. composição limpa ecom volumétrica, com ênfase entrada principal. composição limpa e volumétrica ênfase na entrada principal. parapara umauma composição limpa ecom volumétrica, com ênfase nana entrada principal. Internamente, a asolução estrutural permitiu eliminar todos ostodos pilares das áreas comuns, que aliada aque, acabamentos neutrose eformas formas regulares, fazem Internamente, a solução estrutural permitiu eliminar todos ostodos pilares áreas comuns, que aliada aque, acabamentos neutros regulares, fazem Internamente, solução estrutural permitiu eliminar os pilares das áreas comuns, aliadaa aacabamentos acabamentos neutros formas Internamente, a solução estrutural permitiu eliminar osdas pilares das áreas comuns, aliada neutros eeformas das lojas o foco de atenção. Mesmo uma favorável entre áreas comuns/áreas brutas de locação, existeuma uma sensação deespaço espaçoexiste eamplidão amplidão regulares, fazem das o foco de Mesmo com uma taxa favorável entre comuns/áreas brutas uma das lojas o foco de atenção. Mesmo com umaatenção. taxataxa favorável entre áreas comuns/áreas brutas deáreas locação, existe sensação delocação, eexiste regulares, fazem das lojaslojas o foco de com atenção. Mesmo com uma taxa favorável entre áreas comuns/áreas brutas dedelocação, uma sensação de espaço e amplidão diferenciados. diferenciados. diferenciados. sensação de espaço e amplidão diferenciados. A mais mais essencial e marcante característica doespaço espaço agrande grande praça arborizada, arborizada, coberta por no marcante característica dodo espaço interno, é a grande praça arborizada, coberta cúpulatranslúcida. translúcida. essencial Amais mais essencial e emarcante característica interno, ééapraça praça coberta porcúpula cúpulatranslúcida. translúcida.Localizada Localizada e marcante característica do espaço interno, éinterno, a grande arborizada, coberta porporcúpula essencial eixo donoShopping Shopping ee frontal ààentrada principal, além aspecto cenográfico, sintetiza a preocupação do projeto na do espaço valorização doespaço espaço Localizada no do eixoshopping do shopping eentrada frontal àprincipal, entrada principal, no eixo do frontal alémdodo aspecto cenográfico, sintetiza a preocupação do projeto na valorização do Localizada eixo e frontal à entrada principal, nanavalorização valorização do verde, quedeveria deveria nortear toda a ocupação e daParalela Avenida em particular. verde que nortear toda a ocupação urbana, daurbana Avenida em particular. espaço que deveria toda a ocupação e Paralela da Avenida Paralela em particular. verde queverde, deveria nortear todanortear a ocupação urbana, eurbana daeAvenida emParalela particular. ocupação de uma interna de importância vegetação, exemplificadedemaneira maneiracategórica, categórica,ainda aindaque queinconsciente inconsciente para Esocupação suário,mas mas nem EstaEsta de uma áreaárea interna de importância comcom vegetação, exemplifica para oo Es suário, nem usuário, de menor importância, a intenção empreendimentodedeafirmar afirmara apossibilidade possibilidadededeconvivência convivência ação ambiente. usuário, masmas nemnem por por issoisso de menor importância, a intenção dodo empreendimento dadaação ambiente. imobiliária com o meio ambiente. O número constante de usuários usam destaárea áreaverde verdeinterna internacomo comocenário cenáriodedefotos, fotos,mostra mostra imobiliária com o meio ambiente. O número constante deinterna usuários queque usam desta usam O número constante de usuários que esta área verde como cenário de fotos,mostra mostra queesta estaintenção intençãotem temsido sidoamplamente amplamente bem usam O número constante de usuários que esta área verde interna como cenário de fotos, que bem esta intenção tem sido amplamente bem sucedida e valorizada. que que esta intenção tem sido amplamente bem sucedida e valorizada. sucedida e valorizada. sucedida e valorizada. A aprovação desta área como área verde, e não como área construída, faz com que sua implantação não tenha sido à custa da redução da área A aprovação desta áreaárea como áreaárea verde, e não como área construída, faz com que sua implantação não tenha sido à custa redução da A aprovação verde, e não como construída, que implantação nãotenha tenha sidoasas custasda reduçãoda daárea área comerciável, reforçando oárea exemplo dee solução arquitetônica já mencionada, prejuízo do resultado econômico. A aprovação destadesta área comocomo verde, não como áreaárea construída, fazfaz comcom quesem suasua implantação não sido custas dederedução área comerciável, reforçando o exemplo de solução arquitetônica já mencionada, sem prejuízo do resultado econômico. comerciável, reforçando o exemplo de solução arquitetônica já mencionada, sem prejuízo do resultado econômico. comerciável, reforçando o exemplo de solução arquitetônica já mencionada, prejuízo do resultado Ao fundo, o Shopping preservou e promoveu o replantio de espéciessem nativas em uma área de econômico. 17.000 m2 (28% da área total), parte de uma Ao fundo, o Shopping preservou e promoveu o replantio de espécies nativas em uma área de 17.000 m2da(28% da área total), parte de uma Ao fundo, o shopping preservou e promoveu o replantio deinfelizmente espécies nativas em uma áreasorte. de 1 l m2 (28% área total), parte de uma grande área grande área verde e de lagoas situada na baixada, que não teve igual Ao fundo, o shopping preservou e promoveu o replantio de espécies nativas em uma área de 17mil m2 (28% da área total), parte de uma grande área grande área verde e de lagoas situada na baixada, que infelizmente não teve igual sorte. verde e de lagoas situada na baixada, que infelizmente não teve igual sorte. verde e de lagoas situada na baixada, que infelizmente não teve igual sorte. O shopping shoppingParalela Paralela foi vendido emà2011 a umaempresa grandedeempresa shopping que está implantando reformas, que foi vendido em 2011 uma grande shoppingde centers que estacenters, implantando reformas, O shopping Shopping Paralela foi vendido emà uma 2011grande a umaempresa grandedeempresa de shopping quereformas, está implantando reformas, que Paralela foi vendido em 2011 shopping centers que esta centers implantando não só descaracterizam os espaços, como, tentam ao máximo fazer jus às afirmações de Paco Underhill.























Sede empresarial foi construída em uma 13.700m2, na cidadena decidade St. Prex,de Cantão de Vaud, Suíça. AA sede sededa daVale ValeInternational International foi construída emárea umadeárea de 13.700m2, St. Prex, cantão de Vaud, Suíça.

uer um O edifício de 10.350m2 é dotado da mais avançada tecnologia de automação e comunicação, além de certificação MINERGIE, o que requer um projeto e construção dentro do mais alto padrão de eficiência energética e conservação da legislação suíça. A intenção do projeto foi, dentro da máxima tecnologia disponível, imprimir um diferencial de imagem e ambiente interno que dealgum modo Acolocasse intenção do projeto daoutras máxima tecnologia disponível,americanas imprimir eum diferencial de imagem e ambiente que o prédio à partefoi, dasdentro inúmeras construções de companhias europeias na região, muitas delas de muitointerno maior porte. de algum modo colocasse o prédio à parte das inúmeras outras construções de companhias americanas e europeias na região, muitas delas de muito maior porte. A o público Ainda que identificável e coerente com nossa obra, a geometria gráfica da fachada e o pátio interno resultaram em uma que comumente evocação pelo público de uma imagem de modernidade e tropicalidade que tornam a obra de forte identificação. resultam em prédios assemelhados e de imagem arquitetônica padronizada. Nosso desafio foi manter a identidade de nossa autoria sob diferentes condições de legislação, método construtivo e tecnologias Vale comumente destacar algunsresultam aspectosem singulares da obra: que prédiose importantes assemelhados e de imagem arquitetônica padronizada. • Participaram projetos e construção pessoas de 12 diferentesdanacionalidades. Vale destacardos alguns aspectos singulares e importantes obra: • Todo o prédio é envolvido por esquadria dupla com controle automatizado de ventilação por convecção para isolamento térmico máximo. • OParticiparam dos projetos e construçãoé feito pessoas de 12 diferentes sistema de aquecimento e resfriamento por expansão e irradiaçãonacionalidades. do forro, evitando dutos, limpezas periódicas ou contaminação do ar. ••Todo o prédio é envolvido por esquadria dupla com controle automatizado ventilação por convecção para isolamento térmico máximo. 15 sondas geotérmicas captam a água a 200 metros de profundidade e 12.5º dedetemperatura utilizada no resfriamento do prédio. •• Nas O sistema de aquecimento resfriamento é feito por expansão do forro, Parte evitando limpezas ou áreas contínuas de trabalhoe cada estação possui luminária e sensoredeirradiação presença individual. da luzdutos, se projeta sobre periódicas a superfície de contaminação do ar. trabalho, parte rebate no forro para iluminação do ambiente. • 15 sondas geotérmicas captam a água utilizada no resfriamento do prédio a 200 metros de profundidade e 12.5º de temperatura. as áreas de uso comum acendem porestação sensorespossui de presença por ambiente. •• Todas Nas áreas contínuas de trabalho, cada luminária e sensor de presença individual. Parte da luz se projeta sobre a água de chuva para uso sanitário, irrigação e umidi cação dos ambientes. • O prédio possui sistema de recuperação da forro superfície de trabalho, parte rebate no para iluminação do ambiente. • Todas as áreas dedas usoáreas comum acendem sensores230.000 de presença por ambiente. s e cabos. Sob o piso elevado de trabalho estãopor instalados metros de •• 30% O prédio possui sistema de recuperação de chuva parae células uso sanitário, irrigação e umidificação da água quente dos sanitários é aquecidadaporágua captadores solares fotovoltaicas produzem 10.500 KW/Hdos porambientes. ano. •• OSob o piso elevado das áreas de trabalho estão instalados 230.000 metros de fios e cabos. acesso e a circulação em todos os setores são controlados po r leitores de cartão que controlam e armazenam toda a informação. • 30% da água quente dos sanitários é aquecida por captadores solares e células fotovoltaicas produzem 10.500 KW/H por ano. •Par O acesso e a circulação em todos os setores são controlados por leitores de cartão que controlam e armazenam toda a informação. co. A temperatura maior abaixo da superfície no inverno e menor que a da superfície no verão, é utilizada através de um duto subterrâneo que capta o Para a economia de energia exigida pela certificação, o controle de temperatura da área central é feito através de sistema geotérmico. A temperatura, maior abaixo da superfície no inverno e menor que a da superfície no verão, é utilizada através de um duto subterrâneo que capta o ar externo e insufla no centro do pátio interno, com a temperatura corrigida. O vidro da cobertura central possui micro venezianas encasuladas em gás e protetor de UV. Para o jardim, luminárias especiais suplementam as de UV dacentral vegetação e sua ligação e tempoencasuladas de acendimento sãoeautomatizados, dosluminárias nebulizadores para Onecessidades vidro da cobertura possui micro venezianas em gás protetor de UV.assim Para ocomo jardim, especiais irrigação e controle da umidadede relativa ar. suplementam as necessidades UV dadovegetação e sua ligação e tempo de acendimento automatizados, assim como dos nebulizadores para irrigação e controle da umidade relativa do ar. No perímetro da cobertura translúcida superior, aberturas automatizadas controlam a entrada e saída de ar auxiliando na equalização da temperatura de da todocobertura o ambiente.translúcida superior, aberturas automatizadas controlam a entrada e saída de ar, auxiliando na No perímetro equalização da temperatura de todo o ambiente. Assim, o espaço central tem a temperatura controlada por sistemas necessidade automatizados de insuflação de ar, exaustão e nebulização sem necessidade de aquecimento ou resfriamento eletro mecânico. de aquecimento ou resfriamento eletro mecânico. de nossa autoria, foramforam desenvolvidos com suporte e parceria do escritório suíço localsuíço Architram Todos os projetos, projetos,construção construçãoe interiores, e interiores, de nossa autoria, desenvolvidos com suporte e parceria do escritório local Architram architecture et urbanisme S.A., sob a liderança do arquiteto Olivier Dépraz. architecture et urbanisme S.A., sob a liderança do arquiteto Olivier Dépraz.

























Casa de Casa depraia praia Situada na naborda bordado domar mar,ememAngra Angra abaixo de acesso, umaupreocupação os volumes na dosdos ReisReis, e eme em nívelnível bembem abaixo da ruadaderuaacesso, foi umfoi a preoc pação “engast“engastar” ar”os volumes na encosta, encosta, criando entre construção/contenção. criando uma fusãouma entrefusão construção/contenção. Adjacente à rua, rua, uma uma construção construção abriga a entrada entrada principal principal e garagens, garagens, pavimento com o apartamento apartamento do caseiro e, no nonível nívelinferior, inferior, correspondendo saladedejantar, jantar,quartos quartosdede empregados e serviços. correspondendo ààsala empregados e serviços. Volumetricamente sãodois doisblocos blocosrevestidos revestidos pedra, ligados “ponte” metálica, coberta dectelha colonial. As Volumetricamente são emem pedra, ligados porpor umauma “ponte” metálica, cobert a por tepor lhadtelhado o de telha oloniial. aberturas menores, a cobertura plana e o volume irregular dos blocos laterais são intencionalmente um forte contraste com aa total total As aberturas menores, a cobertura plana e volume irregular dos blocos laterais são intencionalmente um forte contraste com transparência do elemento central de ligação e seu telhado “tradicional”. transparência do elemento central de ligação e seu telhado “tradicional”. AA abertura teto,em emvidro vidro,dadasala salasuperior, superior,com comaaproteção proteçãododobeiral, beiral,transforma transformatoda todaárea a área grande varanda, se implanabertura piso piso aa teto emem umauma grande varanda, que,que, se implantada tada como tradicionalmente, em frente à sala, restringiria a visão e eliminaria a sensação de se estar sobre o mar, existente em todo a área. como tradicionalmente em frente à sala, restringiria a visão e eliminaria a sensação de se estar sobre o mar existente em toda a área. Com efeito oposto,na sala de jantar, uma única abertura quadrada,com vidro correndo para dentro da parede, nivelada à mesa, cria uma Com efeito oposto, na salasempre de jantar, uma moldura para a paisagem, de ma r, húnica orizonabertura te e céu. quadrada, com vidro correndo para dentro da parede, nivelada à mesa, cria uma moldura para a paisagem, sempre de mar, horizonte e céu. Ao contrário das construções próximas, foi opção fazer a contenção de limite com o mar em pedras soltas, criando um contorAo contrário das construções próximas, foi opção fazer a contenção de limite com o mar em pedras soltas, criando um contorno mais no mais irregular e orgânico. Ao mesmo tempo, a construção concentrada em um lado do terreno, libera uma área verde irregular e orgânico. Ao mesmo tempo, a construção concentrada em um lado do terreno, libera uma área verde significativa, que significativa, que recompõe a encosta e evita uma sensação de ocupação excessiva do lote, como também acontece nas recompõe a encosta e evita uma sensação de ocupação excessiva do lote, como também acontece nas proximidades. proximidades. A elevação do último piso em relação à cota do terreno, não só preserva a intimidade dos quartos inferiores em relação ao jardim, A elevação do último pisomais em relação à cotaedoprotege terreno,a área não sódapreserva a intimidade dos quartos inferiores ao jardim, como como permite uma vista panorâmica piscina da visão de embarcações circulandoemnorelação mar frontal a casa. permite uma vista mais panorâmica e protege a área da piscina da visão de embarcações circulando no mar frontal a casa. A piscina, revestida em granito preto, circundada por mármore branco apicoado, além de um maior aquecimento natural da água, A piscina, revestida em granito epreto, circundada por únicos. mármore branco apicoado, além de um aquecimento natural maior da água, proporciona uma transparência reflexão do entorno Vista do mar, a ala direita abriga os quartos (3 no pavimento superior e 3 no inferior), todos abrindo para o mar e com acesso já integraVista do mar,do a ala direitacom abriga os quartoszenital, (3 no pavimento superiorsuspensa e 3 no inferior), todosdeabrindo o mar e com acesso já integrado do à encosta terreno iluminação e uma passarela de madeira acessopara aos quartos, no pavimento superior.à encosta do terreno com iluminação zenital, e uma passarela suspensa de madeira de acesso aos quartos,no pavimento superior. No pavimento pavimento superior, e sob o telhado, estáestá o living, totalmente transparente. No superior,sobre sobreuma umaestrutura estruturametálica metálica e sob o telhado, o living, totalmente transparente. Em um piso intermediário, a sala de jantar e a extensão de cozinha e serviço. No piso inferior, sob a estrutura metálica, um esalão de estarde já ao nível dae serviço. piscina. No piso inferior, sob a estrutura metálica, um salão de Em um piso intermediário, a sala de jantar a extensão cozinha estar já ao nível da piscina. Todo o piso da casa é em granito apicoado, em pedras de 150x150cm nas áreas sociais e 60x60cm nos quartos. Todo o piso da casa é em granito apicoado, em pedras de 150x150cm nas áreas sociais e 60x60cm nos quartos. Seja na circulação dos quartos, seja no jardim interno da sala oposto ao mar, foi intenção manter uma sugestão da característica paisagem Seja na circulação mar/pedra/ vegetaçãodosde quartos, Angra. seja no jardim interno da sala, oposto ao mar, foi intencional manter-se uma sugestão da característica paisagem mar/pedra/vegetação de Angra. Em uma rara oportunidade, além do projeto arquitetônico, todo o mobiliário é de nosso desenho. Em uma rara oportunidade, além do projeto arquitetônico, todo o mobiliário é de nosso desenho. Destaque para mesa de jantar composta por 32 madeiras coletadas em sobras de serrarias da Amazônia, mesa de centro em bloco de azul Destaque a mesa de jantar, compostanapor 32 madeiras sobras serrarias dabar Amazônia, a mesa de centro em bloco macaúbas,para e uma preciosidade garimpada Bahia: painel decoletadas azulejos doemséculo XVIIde(ao fundo do da sala superior). de azul macaúbas, e uma preciosidade garimpada na Bahia: painel de azulejos do século XVII (ao fundo do bar da sala superior).





























Hotel Hotel O terreno do hotel, (metade de uma quadra), era parte do terreno original do prédio adjacente. Com o retrofit que fizemos difício,neste esta edifício, esta área, onde existia um pavimento de garagens, foi liberada. Este pavimento foi transformado em um centro comercial área, onde existia um pavimento de garagens, foi liberada. Este pavimento foi transformado em um centro comercial (56 lojas), sob a torre do (56 lojas), sob a torre do hotel, criando-se um pátio para continuidade e integração com as lojas existentes no edifício original. hotel, criando-se um pátio para continuidade e integração com as lojas existentes no edifício original. OO projeto projetododohotel hotel buscou 2 objetivos principais, buscou 2 objetivos principais, além doalém custo:do custo: • Cercado por edificações de maior porte, conseguir uma identidade diferenciada de diferenciada e destaque enodestaque entorno. no entorno. • Com área mínima das unidades de hospedagem (13 m2 quarto + sanitário), como de outros supereconômicos existentes, • Com área mínima das unidades de hospedagem (13 m2 quarto + sanitário), como de outros super econômicos existentes, planejar e desenhar planejar e desenhar um mobiliário sob medida, em busca do máximo resultado. um mobiliário sob medida, em busca do máximo resultado. Os materiaisutilizados utilizados revestimentos internos e externos são disponíveis materiais disponíveis e com preços já Os materiais nosnos revestimentos internos e externos são materiais no mercado eno commercado preços acessíveis, já que oacessíveis, custo era um que o custo era um determinante para o sucesso empreendimento. Porém, ao serem utilizados deinteressantes formas nãoe fator determinante parafator o sucesso do empreendimento. Porém, aodoserem utilizados de formas não convencionais, se tornaram convencionais, se tornaram interessantes e diferenciados. diferenciados. As fachadas fachadasem emcerâmica cerâmica e vidro, simulam um relevo que,pequenas com pequenas de tom,a imagem tornam aexterna imagem externa prédio e vidro, simulam um relevo que, com variaçõesvariações de tom, tornam do prédio umdodestaque um destaque na paisagem e de forte identificação. O acréscimo de cores ao desenho, com igual intensidade do cinza de referência, a composição sem quebrar a homogeneidade e impacto do conjunto. sem quebrarenriquece a homogeneidade e impacto do conjunto. N aspecto econômico/construtivo, é interessante notar que na torre não foi usada esquadria de qualquer tipo, uma vez que os No vidros fixados sobre e selados sobre a parede de central Sical. correspondente À exceção dea um umaquarto faixaporvertical central e seladossão diretamente a paredediretamente externa de Sical. À exceção de umaexterna faixa vertical andar, destinado correspondente a um quarto de poralumínio andar, possibilita destinadoa aabertura. fumantes, em que a esquadria de alumínio possibilita a abertura. a fumantes, em que a esquadria fachadas, semsem reentrâncias ou saliências, otimizamotimizam o custo deoconstrução sem resultarem AA regularidade regularidadedasdas fachadas, reentrâncias ou saliências, custo de construção semdesinteressantes. resultarem desinteressantes. O mobiliário dos quartos, restaurante e recepção foram desenhados exclusivamente para este projeto, o que resulta em um estilo único dos Oambientes. mobiliárioA praticidade dos quartos, restauranteassim e recepção desenhadoeexclusivamente para estecom projeto, o que resulta em um como afoi funcionalidade custo, foram preocupações as características essenciais a umestilo hotel na manutenção, único dos ambientes. A praticidade na manutenção, assim como a funcionalidade e custo, foram preocupações com as desta categoria. características essenciais a um hotel desta categoria. O mobiliário em aço e pintura eletrostática, permite receber 3 hóspedes sem a necessidade de beliches, como em outros hotéis da mesma Ocategoria. mobiliário em aço e pintura eletrostática, permite receber 3 hóspedes sem a necessidade de beliches, como em outros hotéis da categoria. Umao “poltrona provêconforto o terceiro com maior conforto e semnas o estorvo permanente do beliche Umamesma “poltrona cama” provê terceiro leitocama” com maior e semleito o estorvo permanente do beliche ocupações mais frequentes de 1 ou nas ocupações mais frequentes de 1 ou 2 hóspedes. As mesas de cabeceira, acopladas a uma das laterais da cama ea 2 hóspedes. escrivaninha engastada na parede, eliminam o máximo de pés no mobiliário, acrescentando um maior espaço visual ao quarto. As mesas de cabeceiras acopladas a uma das laterais da cama e a escrivaninha engastada na parede, eliminam o máximo de pés no mobiliário, As superfíciesum emmaior mármore durabilidade, flexibilidade de limpeza e claridade ao quarto. A cadeira com espaldar acrescentando espaçobranco visual aodão quarto. abaixo, da altura da escrivaninha, evita prejudicar a circulação, quando não em uso. As cabeceiras de cama em revestimento altura da As cerâmico, são de baixo custo, fácil manutenção, e criam uma ligação ao tema geométrico da fachada. escrivaninha, evita prejudicar a circulação, quando não em uso. Ao contrariode decama outros similares, o sanitário é totalmente em branco e com a portadacom vidros As cabeceiras emhotéis revestimento cerâmico, são de baixo custo, fácilenclausurado. manutenção, eRevestido criam uma ligação ao tema geométrico fachada. foscos, mais uma vez acrescentando conforto, sem prejuízo à dimensão visual no espaço restrito. Ao contrário de outros hotéis similares, o sanitário é totalmente enclausurado. Revestido em branco e com a porta com vidros foscos, mais uma vezaacrescenta conforto, sem prejuízo à dimensão visual no espaço Se abundância de recursos e área constantemente nãorestrito. resultam em uma arquitetura de qualidade, custos e dimensões limitados, muitodemais raramente, não se tornam de uma mesmice e mediocridade. Se a abundância recursos e área constantemente nãosinônimo resultam em arquitetura de qualidade, custos e dimensões limitados, muito mais raramente, nãogeral, se tornam mediocridade. De um modo estasinônimo exceção de foimesmice tambémeempresarialmente bem sucedida, uma vez que, com baixos custos, tem resultado em ocupação acima de 90% e permitido diárias de maior valor que deuma outros debaixos sua categoria, nível de de De um modo geral, esta exceção foi também empresarialmente bem sucedida, vez hotéis que, com custos, temem resultado emhotéis ocupação categoria superior. acima de 90% e permitido diárias de maior valor que de outros hotéis de sua categoria, a nível de hotéis de categoria superior.





















“Se queres ser universal começa por pintar a tua aldeia.” Leon Tolstoi “Criatividade é permitir a si mesmo cometer erros. Arte é saber quais erros manter.“ Scott Adams “ A poesia não consola da miséria, mas pode ser um marco no caminho da libertação.” Lina Bo Bardi “De regra o que consta na produção da arquitetura é a repetição sem diferença, ou então, a diferença sem conceito, pois a diferença pressupõe uma mudança de natureza, um acontecimento, uma efetiva criação.” Pasqualino Magnavita “Sempre que a pretensão é de uma obra para posteridade, e para o arquiteto uma oportunidade para fama, só o empreiteiro é bem sucedido.” Fernando Peixoto “Nunca andes pelo caminho traçado, ele conduz somente onde outros já foram.” Graham Bell “O CO2 não está causando o aquecimento global. De fato o CO2 é a consequência da mudança da temperatura.”

“The Great Global Warming Hoax?”

James A. Peden - The Middlebury Community Network www.middlebury.net/op-ed/global-warming-01.html “Mentes criativas são conhecidas por sobreviverem a qualquer tipo de mau aprendizado.” Anna Freud “O defeito de quem me copia é que só copia meus defeitos.” Chico Caruso “Ser gênio é fácil. Difícil é encontrar quem reconheça.” Millôr Fernandes


Daarquitetura arquitetura Da Reflexões [ir]relevantes A arquitetura é sempre a última a refletir novas expressões e conceitos. Enquanto a música, a pintura e a escultura dependem de uma vontade ou ponto de vista pessoal, com um baixo custo de criação (zero para música, inexpressivo para pintura e limitado para Eescultura), nto a música, pinturadepende e escultura vontade ponto de vista pessoal com baixo custo de criação (zero para a arquitetura de altos custos de de uma execução, queouultrapassam a capacidade doum autor e dependem da anuência de música, inexpressivo para pintura e limitado para escultura), a arquitetura depende de altos custos de execução que ultrapassam um cliente patrocinador. capacidade do aut nte patrocinador. Estes custos resultam em risco, e a anuência do cliente envolve um mínimo de entendimento cultural do produto, tornando-se fortes Estes custos resultamda emexperimentação risco, e a anuência do cliente envolve um mínimo cultural mais do produto, fortesa fatores de limitação e criatividade. Os aspectos utilitáriosdeeentendimento funcionais essenciais, uma veztornando-se são limitadores fatores de limitação da experimentação e criatividade. Os aspectos utilitários e funcionais essenciais, mais uma vez são limitadores a considerar, e, paralelamente, quando muitas vezes sacrificados em função da estética, agravam os custos e refletem uma incapacidade criativa do arquiteto. criativa do arquiteto. Os fatores físicos das construções, e de certo modo a tecnologia, tendem a substituir e mascarar a falta de valores arquitetônicos. Os fatores físicos das construções, e de um certo modo a tecnologia, tendem a substituir e mascarar a falta de valores arquitetônicos. Quanto maior são os recursos, mais comum e fácil se torna esta substituição. Quanto maior são os recursos, mais comum e fácil se torna esta substituição. O “maior vão daAméric América Latina” (se for em São Paulo, se for na Bahia o maior do Norte/Nordeste!) é aceito como qualificação L arquitetônica, apesar de, por simetria, ser absolutamente ridículo incluir como qualificação de uma pintura ter sido esta a de maior consumoLatina!!! de tinta da América Latina!!! América ------------------Neste ponto, a boa solução funcional, apesar de necessária, não é suficiente. A obra arquitetônica precisa transcender a sua utilidade, queééfunção funçãodo dolugar lugareedo dotempo. tempo. que Construçõesem emdiferentes diferenteslugares lugareseeépocas, épocas,diferem diferemee radicalmente radicalmente em em programa programa ee método método construtivo, construtivo, mas, Construções mas, se se bons bons projetos, projetos, todas todas admiráveis e duráveis como arquitetura. admiráveis e duráveis como arquitetura. “A forma segue a função” é uma afirmação retórica, pois, desde que não prejudique a função, a surpresa e a poesia da forma são fundamentais,eeestão estãoalém alémde deuma umarelação relaçãolinear linearde decausa causaeeconsequência. consequência. fundamentais, istoéépossível possível,sem semexigir exigirum umaumento aumentode decusto custopela pelairregularidade irregularidade do do volume, as possibilidades de sua aplicação são ampliadas. SeSeisto É difícil aceitar que as funções da estrutura de suportar a construção, do perímetro de fechá-la, e das esquadrias de iluminar, sem se É difícil aceitar que as funções da estrutura de suportar a tornarematributos atributosestéticos estéticosde defachada, fachada,sejam sejamuma umadesonestidade desonestidadearquitetônica. arquitetônica. tornarem Se nos atemos aos ensinamentos e dogmas que desqualificam como arquitetura a criatividade e a poesia em qualquer construção sem umaperfeição perfeiçãoformal formalacadêmica, acadêmica,continuaremos continuaremosassistindo assistindoààdegradação degradaçãoprogressiva progressivada darealidade realidadeeeespera à espera futuro perfeito. uma dede umum futuro perfeito. ------------------Sendo a todos, aoao contrário da da música, literatura e pintura, que,que, por Sendoaapresença presençadadaobra obraarquitetônica arquitetônicaum umelemento elementourbano urbanocompulsório compulsório a todos, contrário música, literatura e pintura, exemplo, permitem a opção de serem ignoradas, é incompreensível a total ausência de críticas e apreciações de arquitetura nos meios por exemplo, permitem a opção de serem ignoradas, é incompreensível a total ausência de críticas e apreciações de arquitetura nos de comunicação. meios de comunicação. í críticas, Em uma atitude coorporativa medieval, estabelece-se um código de ética profissional que, ao imunizar o arquiteto contra discussão em um nível amplo essencial à educação de ver arquitetura. inibe a discussão em um níveleamplo e essencial à educação de ver arquitetura. Esta dede escolaridade e poder aquisitivo e nose aprisiona na proliferação entreentre neoEstaignorância ignorânciaarquitetônica arquitetônicapermeia permeiatodas todasasasclasses classes escolaridade e poder aquisitivo nos aprisiona na proliferação clássico e neopaulista. neoclássico e neopaulista. Curiosamente, revelam uma uma falta Curiosamente, os osneoclássicos, neoclássicos, sempre sempre residenciais, residenciais, ee os os empresariais, empresariais, modernos modernos neopaulistas, neopaulistas, revelam falta de de coerência coerência de de empreendedores, arquitetos e usuários, que só me ocorre possa ser atribuída a uma dicotomia subconsciente da idealização empreendedores, arquitetos e usuários, que só me ocorre possa ser atribuída a uma dicotomia subconsciente da idealização esposa esposa xx secretária. secretária.


Casas tribais africanas Associado a estes aspectos, o exercício da arquitetura exige uma educação formal, licenças, trâmites burocráticos de aprovação, certificações etc., certificações, etc.,que quese sepropõem propõemaaestabelecer estabelecercritérios critériosde dequalidade, qualidade, mas na prática são indutores à mediocridade e desencorajadores do pensamento pensamento diferenciado. diferenciado. do sempre interessante interessante imaginar imaginar que que música música estaríamos estaríamos ouvindo, ouvindo se de licenças licenças ee aprovações aprovações dos dos “órgãos “órgãos competentes”, competentes” ee ÉÉ sempre se dependesse dependesse de que medicina estaríamos praticando se sua prática estivesse submetida à “consulta às bases” e à aprovação das receitas pela prefeitura. estivesse submetida submetidaàà“consulta “consultaàsàsbases” bases”eeààaprovação aprovaçãodas dasreceitas receitaspela pelaprefeitura. prefeitura. que medicina estaríamos praticando, se sua prática estivesse As famosas e cada vez mais frequentes certificações (ISO, LEED, etc.) nunca consideram a qualidade intrínseca dos projetos e a eficiência do uso do espaço. Espaços desnecessários ou ineficientes são aceitos como premissa e daí avaliada a “eficiência” de sua execução ou sua “sustentabilidade”, como se fosse possível haver eficiência e sustentabilidade no desnecessário. neo unanimidaderodriguiana rodriguiana sobre aquecimento global, às “consultas politicamente correto correto com com aa rodriguianasobre sobreoooaquecimento aquecimentoglobal, global,as as“consultas “consultasàaàsociedade sociedadecivil AA neo-unanimidade neounanimidade sociedade civil organizada”, organizada”, oo politicamente colonização pela importação de modelos, torna cada vez mais improvável que nossas construções possam vir a ser exemplos de colonização pela importação importação de demodelos, modelos,tornam tornamcada cadavez vezmais maisimprovável improvávelque quenossas nossasconstruções construçõespossam possamvirvir a ser exemplos de a serem arquitetura. arquitetura. ------------------Ainda que possa parecer lógico afirmar que em inúmeras oportunidades dadas aos arquitetos a consequência sejam projetos medíocres, isto seria seria tão tão somente somente uma uma confusão confusão entre entre causa causa ee efeito: efeito: AA adesão adesão aos aos precedentes isto precedentes ee aversão aversão ao ao diferenciado diferenciado são são as as razões razões destas destas oportunidades e não sua conseqüência. oportunidades e não sua consequência. A “especulação imobiliária” é um fato econômico: sua conseqüência física de horror nas nossas cidades é de responsabilidade e autoria A “especulação imobiliária” é um fato econômico: sua consequência física de horror nas nossas cidades é de responsabilidade e autoria de arquitetos e urbanistas, por incompetência ou venalidade. de arquitetos e urbanistas, por incompetência ou venalidade. ------------------É lamentável que as obras que povoam nossas cidades com recursos, retórica e conceitos ainda assim resultem simplórias e que povoam nossas cidades com recursos, retórica e conceitos ainda assim resultem simplórias e Édesinteressantes. lamentável queE que, as obras nem de perto, tenham a riqueza emocionante das casas de interior do Nordeste ou tribais africanas. desinteressantes. E que, nem de perto, perto, tenham tenhamaariqueza riquezaemocionante emocionantedas dascasas casasdedeinterior interiordodoNordeste Nordesteououtribais tribaisafricanas. africanas. “O Brasil não é só Ocidente, é tambémé África e Oriente.” “O Brasil não é só Ocidente, também África e Oriente.” “O Brasil não é só Ocidente, é também África e Oriente.” O antiamericanismo anti americanismodominante, dominante que que contaminou contaminou nosso nosso discurso discurso latino latino americano, americano convive curiosamente com uma, igualmente O anti americanismo dominante, que contaminou nossoe earquitetura. discurso latino americano, convive curiosamente com arquitetônicas uma, igualmente dominante generalizada, americanização doscostumes costumes da arquitetura. Em sua grande maioria nossas obras são e generalizada, americanização dos dominante e generalizada, americanização dos costumes e da arquitetura. como nossas apresentadoras de TV, falsas louras. Em sua grande maioria nossas obras arquitetônicas são como nossas apresentadoras de TV, falsas louras. Emexemplos sua grande nossas obras arquitetônicas como nossasmole apresentadoras de TV, falsas louras. Os demaioria brasilidade e qualidade universal desão uma poltrona de Sergio Rodrigues, de uma escultura de Emanoel Araújo ou Os exemplos de brasilidade e qualidade universal de uma poltrona mole de Sergio Rodrigues, de uma escultura de Emanoel Araújo ou de uma música de Antonio Carlos Jobim, são ícones de uma simbiose difícil de alcançar, mas essencial de perseguir. Os de de brasilidade e qualidade mole dede Sérgio Rodrigues, de uma de escultura de Emanoel Araújo ou de exemplos uma musica Antonio Carlos Jobim,universal são íconesdedeuma umapoltrona simbiose difícil alcançar, mas essencial perseguir. de uma música de Antonio Carlos Jobim, são ícones de uma simbiose difícil de alcançar, mas essencial de perseguir. Fernando Peixoto Fernando Peixoto Casas do interior do nordeste


E foi assim que, preparado pela embriaguez da festa e da dança, eu vi pela primeira vez que as fachadas das pobres casas populares eram, com as roupas vestidas pelos Negros-dançarinos, protestos contra a miséria, a cinzentice, a feiúra, a rotina e a monotonia das suas vidas. Vi pela primeira vez que, coloridas como eram em amarelo-ocre, vermelho-sangue, azulpavão, amarelo-ouro, verde-bandeira ou verde-lodo, e até no rosa ou roxoaquelas casas, em sua maioria feitas de taipa rebocada e pintada, eram também jóias em ponto grande como as que eu sonhava, jóias que, em dados momentos, também rebrilhavam ao Sol de modo a que Deus as avistasse com alegria. Minha embriaguez-dançarina era tal que até as próprias casas dançavam – e eu descobria que elas eram como fortalezas, marcos, redutos e bastiões que o indomável espírito do nosso Povo colocava ao mesmo tempo diante da vida monótona, cinzenta e sem atrativos do seu dia-a-dia e diante das pedras castanhas facetadas, aquelas espécies de ladrilhos brutos, enormes, cruéis e mal-lapidadas que tantas vezes eu já encontrara em nossas Estradas, Caatingas e Tabuleiros...

Ariano Suassuna

Livro Pinturas e Platibandas de Anna Mariani


Ressurgimento neoplástico Radha Abramo

A obra arquitetônica de Fernando Peixoto pontua a paisagem de Salvador, Bahia. Os prédios, de vários andares, são blocos geométricos, compostos de cores vivas. Têm a simplicidade e a leveza dos jogos de armar. Destacam-se imponentes, integram-se à arquitetura existente na cidade. Têm a imagem de gigantes objetos de arte – podem ser considerados esculturas coloridas, muito próximas das ideias preconizadas pelo movimento holandês de Stijl, “O estilo”, de 1917, ou neoplasticismo, cuja visão estética, objetiva, antevia uma nova concepção das artes plásticas que integrava a tecnologia industrial contemporânea ao cotidiano.

Neste fim de século, parece acontecer um “revival” das teses que esboçaram ovas expressões artísticas. Na Avenida Paulista, São Paulo, por exemplo, há novas inúmeros prédios com linhas linhas oblíquas oblíquas ee elípticas, elípticas, evocadoras evocadoras (segundo (segundo oo Mani festo dadaArquitetura Antonio Sant’Elia, manifesto arquiteturada Arquitetura futurista deFuturista AntoniodeSant’Elia, 1914) de1914) um de um dinamismo mais vibrante dooque linhas perpendiculares e horizondinamismo mais vibrante do que daso das linhas perpendiculares e horizontais. tais. os futuristas, essaslinhas linhaseram eramestáticas, estáticas, graves, graves, deprimentes ee Para Para os futuristas, essas dissociadas da nova sensibilidade sensibilidade deste deste século. século.Todavia, Todavia, oo neoplasticismo neoplasticismo teve teve também a intenção de contestar contestar aa expressão expressão individualista individualista da da arquitetura, arquitetura, composta com apliques ee berloques os berloques saudosistas, saudosistas, inspirados inspirados em em element elementos decorativos desvinculados da visão do mundo contemporâneo contemporâneo.. A linhagem estética da obra obra arquitetônica arquitetônica de de Fernando Fernando Peixoto Peixoto tem tem forte forte influência da tendência neoplástica que partiu das linhas verticais e horizon-tais, no sentido de criar criar uma uma construção construção coletiva, coletiva, de de acordo acordo com com oo Quinto Quinto manifesto de Stijl (1923). (1923). Relendo Relendo esse esse manifesto manifestotem-se tem-seaaimpressão impressãode deque que o


tempo parou. Fernando Peixoto exemplifica na sua arquitetura depurada os conceitos estéticos propostos pelos holandeses, mas que não tiveram a sorte de serem realizados integralmente. O documento não só atribui à arquitetura a expressão maior da síntese artística, como propõe a cor arquitetural como elemento de uma nova concepção espacial, que além do mais rompe com a dualidade do interior e do exterior (as cores, em geral, são colocadas dentro das casas). O manifesto assinado, entre outros por Theo Van Doesburg, é taxativo: “Damos à cor seu verdadeiro lugar na arquitetura e declaramos que a pintura separada da construção arquitetural não tem nenhuma razão de ser. ” Quem melhor que Van Doesburg para conceituar a eloquente arquitetura de Fernando Peixoto?


A reta e a curva, a forma e a cor. Aparício Basílio da Silva

O uso singular da cor e a composição lúdica tornam o trabalho deste arquiteto em algo único, pessoal, e ao mesmo tempo marcadamente brasileiro. É importante notar que Peixoto nasceu e tem a maioria de suas obras em uma cidade com uma cultura singular e cheia de cor. Neste caso é uma agradável surpresa ver uma arquitetura tão marcante e independente das caixas de vidro e outros modismos arquitetônicos. Outro importante fator para uma apreciação do trabalho de Peixoto é manter

em mente o objeto da maioria de seus projetos: eles não são prédios governamentais ou sedes de grandes empresas, mas sim prédios de escritórios e apartamentos corriqueiros, onde o custo de construção é fator decisivo. Estes dois aspectos, adequação cultural e racionalidade de custos, são os dois suportes principais do seu trabalho. A maioria dos seus desenhos são “caixotes”, onde a simplicidade da estrutura e perímetros reduzidos são uma constante. Ao mesmo tempo estética, sendo seu tamanho e posição consequência da necessidade funcional. Nesse aspecto, podemos considerar sua arquitetura muito próxima ao desenho industrial, onde a imagem e o resultado visual são obtidos sem manipulação desnecessária dos elementos construtivos.


Ao mesmo tempo, o impacto visual do seu trabalho tem muito a ver

torna-se pré condição para originalidade do projeto. Meu

com a distância e velocidade da percepção, tornando-o mais

trabalho com edifícios de apartamentos e escritórios comuns

notável que muitos outros em uma cidade moderna.

busca o máximo de área com um mínimo de perímetro e irregu-

A despeito de uma composição rica, esses trabalhos não se

laridades.” “Para enriquecer sistematicamente o cenário de nossas cidades

através de janelas de um automóvel em movimento. Sua ênfase na cor e contraste, ao invés do volume, torna seu

não entronizar tanto os “Rolls Royce” e “Rolex de ouro” como

trabalho de impacto universal, uma vez que a cor é mais emocio-

símbolos de nossa era pois, carruagens luxuosas e ampulhetas

nante que o volume, mas dependente de formação cultural do

preciosas assim como exemplos especiais de esplendor

observador.

arquitetônico não são novidades.”

“Ao dispor de tecnologia começamos a brincar com a estrutura sem

“A prática arquitetônica deve sim alcançar carros Fiat e relógios

razões funcionais, ou mesmo adotar caros vidros especiais para redução de calor antes de janelas menores. A tecnologia

beleza, acesso este que, independente do estilo ou moda, é a

sobrepõe-se à racionalidade básica e um orçamento folgado

verdadeira essência da modernidade.”






tornava amigo do rei, me engajando nos projetos públicos, ou emigrava para outro lugar, onde pudesse desenvolver um projeto de vanguarda.

arquitetônica,” que considera mais um sistema que uma linguagem ou estilo. Assim, se diz dividido. De um lado, o racional, de outro, o espontâneo, a fantasia e o prazer de criar. E, instigante, argumenta: “ainda existe no Brasil uma confusão entre vanguarda e modernidade. Vanguarda, no meu entender, é fronteira e modernidade, acesso. Se a vanguarda não se tornar modernidade não passa de um preciosismo. Uma Ferrari GT é vanguarda, um Fiat, modernidade. Um Rolex é vanguarda, enquanto o Seiko, modernidade. O que desejava, portanto, era fazer uma arquitetura moderna, de acesso, daí minha atenção voltada para o cotidiano. O indivíduo que foi mente se tornou mais pobre, pois continua com o mesmo desejo de modernidade. Assim, procuro fazer projetos classe A ou para a classe média com a sensibilidade para responder, cada vez mais, a uma faixa maior. Meu aí sim poderia me orgulhar do que faço.” Contrabalanceando o útil e o agradável, o arquiteto não abre mão de qualquer procedimento racional. “Racionalizar desde uma quebra de bloco


começa desde a fabricação até a hora em que se assenta, é um processo de educação que precisamos conquistar. Racionalizar, por outro lado, o projeto. Não conheço nenhuma construtora no Brasil que aproprie, por exemplo, as fachadas, quebrando as arestas. O nosso método de avaliação contínua precário. Mesmo as construtoras de vanguarda, que tentam racionalizar o processo construtivo, não conseguiram isso. Ainda, no Brasil, se coloca toda uma parafernália tecnológica para se fabricar um RollsRoyce, persistindo a mentalidade de que diferente. O meu lado, então, é o da modernidade no sentido de acesso, fazendo, por exemplo, sanitários conjuo conforto em Arquitetura está relacionado ao custo, não existe Arquitetura abstrata. Ou seja, a cama precisa ser bonita e confortável também.” contramão, à margem.” E, incisivo, conclui: “o que predomina ainda é a prepotência, como expressão do poder. A elite consagra valores. O diferencial, no entanto, não pode ser por dinheiro, mas por criatividade e qualidade.”




Permissividade e Transgressão Lúdica da Imagem Urbana Pasqualino Romano Magnavita Justamente, no início dos anos 80, em plena ascensão das novas tendências desconstrutivistas tendo como alvo a arquitetura moderna, sob a égide do pós-modernismo em arquitetura [denominação esta que abrigava sob o mesmo teto um conjunto bastante heterogêneo de tendências e de expressões estéticas, fossem elas conservadoras ou inovadoras], ocorreu a singular expressão da arquitetura de Fernando Peixoto. ----Tudo, então, sob a acirrada crítica promovida pela academia que não cansava de propagar em alto e bom som em relação à produção de arquitetura de Fernando Peixoto: “isto não é arquitetura”, expressão que repercutia em salas de aulas. ---Tanto o senso comum quanto os textos literários fazem referências ao consensualmente, aludem ao que, convencionalmente, vem sendo chamado de “permissividade baiana”. Neste contexto, parafraseando o antropólogo Roberto Da Matta, talvez pudéssemos falar em ”dilema baiano”, no sentido que esse autor trata as práticas sociais (a arquitetura é uma delas) e em que tais práticas possuem conteúdos simbólicos e deixam de ter uma razão puramente funcional em relação aos valores dominantes. Antes pelo contrário, muitas dessas práticas possuem o sentido de inversão, de paradoxo, quebra de padrões, a exemplo do que ocorre por breve período durante o carnaval onde ocorre a permissivi dade e a transgressão expressando a inversão de valores estabelecidos. -----




Essas noções, tanto a de permissividade quanto a de transgressão, tratando-se de uma cidade como Salvador, elas podem ser relacionadas às inúmeras manifestações que emanam da cultura afro, isto é dos afrodescendentes [em torno de 80% da população da Cidade], as quais fazem contraponto a cultura ocidental. Bem se conhece quanto esta cultura tem discriminado , ao longo da história, as manifestações artísticas e religiosas de origem africana. Discriminação essa, a exemplo das cores, tidas como primitivas, excessivamente fortes e utilizadas em combinações paradoxais ou relacionadas simbolicamente com o culto dos orixás. Também, essa discriminação passa pelos desenhos e tivos simbólicos, os quais se entrelaçam em composições emblemáticas de difícil leitura para os não iniciados.

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elementos constituintes (percepção da estrutura, demarcação de pavimentos, fenestração, visualização da hierarquia dos espaços servidos e daqueles de serviço, etc.), bem como, um conjunto de parciais ambiguidades tem caracterizado muitos exemplares da história da arquitetura. Entretanto, essa desvinculação quase total, encontrada apenas uma questão de desvinculação ou de vinculação. Ela não se esgota nessa colocação dual, tão criticada em decorrência dos supergraphics adotados em suas fachadas e considerados inconsequentes. Provavelmente, essa atitude entendida como transgressão lúdica, encontra num viés antropológico um entendimento mais claro, ...



--“grande favela com bolsões de riqueza”, melhor seria, talvez, falar nesse processo de contestação da produção da arquitetura de Fernando Peixoto, de emergência de uma estética pop de matriz africana, uma espécie de transgressão lúdica, no sentido positivo de carnavalização da vida, como reação à ordem estabelecida, colocando “o mundo de cabeça para baixo”, evocando, assim, a liberação das amarras impostas pelo conformismo canônico do movimento moderno de arquitetura. ----Não há como entender a produção do arquiteto Fernando Peixoto desvinculada da nova condição cultural contemporânea (“pós-moderna”) que então se propagava e se propaga pelo mundo a fora, no âmbito do processo de globalização. Entretanto, tal produção deve ser encontrada, também, nas energias que emanam da suposição do “dilema baiano”. Somente através dele podemos entender sua sedução para a maioria da população desta cidade, bem como, compreender as críticas sem reserva da elite cultural.


A arte não tem limites. Paulo Gaudenzi ... a obra da arte arquitetônica de Fernando Peixoto que deu um aspecto futurista à banda moderna da velha Salvador, a Cidade da Bahia, demonstrando como simplicidade, adequação cultural, qualidade e beleza, aliados à racionalidade de custos de construção, formam a verdadeira essência da modernidade.








Revistas 1974 Casa e Jardim - A casa, fechada para rua aberta para o mar. 1977 Casa Claudia - Uma casa feita em dois blocos; Casa Claudia - Venha ver as surpresas que esta casa esconde. 1978 Casa Claudia - Solução para terreno acidentado; Casa Claudia - Integração perfeita com paisagem; Casa Claudia - Reforma aproveita terreno em declive. 1979 Maison de Marie Claire - À Salvador, une villa toute blanche. 1980 Casa Claudia - 8 sugestões para construir sua escada. 1981 Casa Claudia - Arquitetura integrada com a natureza; Casa Claudia - Fachada moderna para terreno de grande frente. 1982 Casa Claudia – Piscinas; Casa Claudia - Dinamismo no jogo de telhados; Casa Claudia - Casa com telhado fachada; Casa Claudia - Arquitetura de linhas esculturais; Casa Claudia - Formas originais com jogo de volumes. 1983 Casa Claudia - Projetada para se destacar na paisagem; Casa Claudia - Distribuição em U protege do clima; Casa Claudia - Jardins internos- refrescam e dão luz ao interior. 1984 Arquitetura e Construção - Arcos dão dinamismo à construção; Casa Claudia - Retilínea, voltada para dentro; Casa Claudia - Piscina e decks.



1985 Claudia - Arquitetura moderna com toque colonial. 1986 Casa Claudia - Traga a natureza para dentro de casa. 1988 Isto É - Fábrica de paisagens; Lojas & Escritórios - Compondo um visual estético; Projeto Arquiteturas do Brasil – anos 80; Projeto – Conjunto de edifícios em Cidadella; Projeto Design Vegetação e casa formando um só conjunto perene; Veja - Paisagem renovada; Armac - Como fazer um bom projeto arquitetônico; Construção - foto da capa. 1989 Arquitetura e Urbanismo - Novas cores; Arquitetura e Construção - Ocupação ideal em dois blocos; Arquitetura e Construção - Modernidade nos trópicos; Agora Bahia - Arquitetura das cores; Lojas & Escritórios - Loja Depózzito; Notícias Duradoor - Design muda paisagem de Salvador; Construção Hoje - Arquiteto cria “esculturas coloridas”; Visão - Cor emociona, diz arquiteto. 1990 Design Journal - Fernando Peixoto; Isto É - Os vários futuros da arte; Projeto Design - Hotéis na prancheta; Veja - As ideias para uma nova arquitetura em Salvador- O homem que mudou a cara da cidade. 1991 AIT - Optische Illusionem; Architektur (Berlin) - Tropische Architektur in Brasilien; Arquitetura e Urbanismo - Projetar com metodologia; Arquitetura e Urbanismo - Fernando Peixoto Arquiteto na contramão; Isto É - Olho mágico; Veja - Mercado da construção civil: bons negócios na expectativa dos empresários da Bahia; Veja - A avenida de 2 bilhões de dólares; Bahia Indústrias - Novo impacto na prancheta. 1992 Casa Claudia - Fernando Peixoto: a busca de uma modernidade tropical; Lojas & Escritórios - Um atelier criativo de ideias. 1993 da vida; Arquitetura e Construção - Módulos criam as fachadas; Bis - A face moderna da mais antiga capital do Brasil.


1994 Immo Real (Alemanha) - Nicht nur schön: Darin kann man auch arbeiten; Tiling (Japão) - Villa do Iguatemi; Projeto Design - Nem rústico, nem luxuoso; Projeto Design - Todas as cores baianas; Atlas (Air France) - foto da capa. 1995 Wind - Fernando Peixoto`s optical art tiled architecture; Design & Interiores - O uso da cor em arquitetura e decoração. 1996 sobre as águas; Arte e Decoração - Utopia – ao sabor dos ventos. 1997 AU – Exposição em Beirute. 1998 Projeto Design - Em compasso de espera, ou a mudança tardia. 1999 Arquitetura e Urbanismo - Casas do Brasil; Arquitetura e Urbanismo - Você é bom de marketing?; Isto É - Elenco de primeira; Cerâmica - Cata-vento na paisagem. 2000 Projeto Design - Brises de alumínio asseguram conforto térmico em volume marcado pelo 2001 Projeto Design - Leituras regionais: diversidade e identidade local; Espaço D - Audácia pura. E muito funcional. 2002 Arquitetura e Construção – Vida moderna à beira da represa; Projeto Design – Tecnologia e serviço; Viver Bem – Genética minimalista; Dismel – Design é fator de diferenciação. 2004 Ademi – Quando perguntado quais são meus ídolos, digo não ter; Revista Dismel – A obra de Fernando Peixoto em formas e cores; Dismel – As cores da polêmica; Ademi – Não faço projetos para malucos.



2005 Arquitetura & Construção – Colorido Baiano; Villas Magazine – Lauro de Freitas contempla futuro melhor; Ademi – Shopping Estrada do Coco - Destaque do ano; Revista Ademi – Casas da Odebrecht; Ademi – Vedacit homenageia engenheiros e arquitetos. 2006 AU – Casas do Brasil . 2008 Achi show– Fachadas; Revista AU – Made in- Drops system; EspaçoK – Shopping Paralela. 2009 Techné- Shopping Paralela; Muito – Eles constroem a paisagem. 2010 Edifice Magazine (Suíça) - Vale International St. Prex; Sua Casa - Os Ilusionistas.

Livros 1992 Architecture. KEN and LEIGH CATO - Graphics in third dimension (Japão). 1995 ANGELA BRANT - Arquitetos do Brasil. 2003 ROBERTO SEGRÉ - Arquitetura brasileira contemporânea. 2009 FERNANDO PEIXOTO - Forma e Cor na arquitetura de Fernando Peixoto.



Jornais Swissinfo.ch (Suíça) – 2008 – Vale começa a construir sede internacional na Suíça. 24heures (Suíça) – 2009 – Le ballet des grue. 24heures (Suíça) – 2010 – Saint-Prex. A Tarde – 1988 - Esta pintando a nova cidade; 1989 - A beleza da face urbana de Salvador, 40 anos de arquitetura, A obra. O autor, perguntei a Fernando Peixoto, arquiteto, quais as novidades no mundo da arquitetura e ele respondeu que:; 1990 - O boom e a modernidade, Cores quentes e formas geométricas na moderna arquitetura baiana; 1992 - Paisagem urbana acompanha as transformações dos anos 80; 1993 - Impermanência de memória, Crescimento de Salvador ao Centro Administrativo; 1996 - Arquitetura: uma opção por convicção, Bienal de Arquitetura, Bienal de Arquitetura na Bahia, Bahia sediará encontro de arquitetura, Reunião de mestre; 1999 - Arquiteto critica a importação de ideias, Salvador, meu amor, Parques e jardins, Evolução da arquitetura civil e domiciliar, Parque II; 2002 Paisagem emoldurada, espaço criativo; 2003 - O arquiteto das cores fortes e formas ousadas,Design está em toda parte; 2005 – Entrelinhas; 2005 – Polêmica. Correio da Bahia – 1989 - Nova arquitetura une o moderno à tradição Arquitetura moderna reduz custos; 1990 - A arquitetura da modernidade, Uso nobre de cerâmica em fachadas modernas; 1995 - Só acredito no poder criativo da desordem; 1996 - Bienal reúne ‘mestres’ da arquitetura no MAM, Arquitetura multimídia; 1998 - Arquiteto diz que a cidade perdeu identidade cultural; 2004 - Lego; 2004 – Cores e Formas; 2005 – Salvador festeja 456 anos; 2005- Talento genético; 2009 – Família Peixoto desenho a quatro mãos. O Estado de São Paulo – 1991 - Edifício inteligente reduz gastos e amplia segurança; 1993 - Projetos arquitetônicos arrojados; 1995 - Livro retrata duas décadas de arquitetura. Vendendo os edifícios que projeta. Jornal da Bahia –1998 - Arquitetando a baianidade; 1990 - Palavras de Fernando Peixoto. Tribuna da Bahia – 1989 - Arquitetura em quadrinhos, Salvador cresce na vertical, Arquiteto inova o design visual do espaço urbano, Cor e forma.. Notícias da cidade – 1987 - Um novo conceito para escritório.



Brasilturis – 1991 - Uma nova imagem baiana contrasta o moderno com o barroco tradicional. COPENE – 1992 - Mudando a cara da cidade. ú Informal – 1995 - Fernando Peixoto preocupado com pressões sobre os novos arquitetos. Nariz de Cera – 1997 – Entrevista. Podium (Natal-RN) – 1999 - Arquiteto e designer Fernando Peixoto. Bahia Negócios – 1999 - Bahia Marina. CREA - 1998 - Legislação é preocupação; 2000 - Arquitetos modernos imprimem seus talentos em obras da cidade. Mediterrâneo (Espanha) – 1992 - Peixoto aboga por la actualización de la expresión arquitectónica. El Mercantil Valenciano – 1992 - El arquitecto Fernando Peixoto explico el uso del azulejo em la arquitectura brasileña. Ademi (PE) – 1992 - Otimização de projeto.




Catálogos

Bel Metal - foto da capa Editel Bahia – Lista telefônica - foto da capa - 1989 Qualicer (Espanha) – 1992 Bienal de Veneza - 1991 Exposição Beirute - 1997 Anfacer – 2008 Exposição Buenos Aires - 2008 9º Anuário Corporativo – Shopping Paralela; Web Hotel º Hevron.ch – CVRD facades et verriere - 2009 BCS-facades.ch – Vale International SA – 2009 Architectes.ch - Vale International SA - 2011


Fernando Peixoto Graduated by the School of Architecture of the Bahia Federal University in 1969, has more than 2 millions m2 of houses, high rises and various buildings built in 10 Brazilian states. Has been invited lecturer on various occasions in Brazil and aboard, among them the University of Berlin, Spain Qualicer and Latin American Architecture Forum. Has more than 100 projects, interviews and work references published in various architectural books and magazines in Brazil, Korea, Japan, Germany, Italy, Spain, Portugal, Switzerland, etc. Was Brazilian Official representative in the V Venice Architectural Biennale.

Shopping Center “Shopping Centers are temples to retailing, but their proprietors and builders are not retailers but realtors. […] it is unremarkable that these buildings are mostly an affront to people’s eyes […] It is obviously impossible to prove that greater attention to architecture will make a small difference to a shopping center’s financial results. At the end of the day, the following argument prevails: if the market does not demand an aesthetically pleasing project, why spend more? […] Shopping Centers’ incompetence in connection with keeping up with social shifts can only be compared to their proprietors’ absolute lack of imagination.” (Paco Underhill - The Magic of Shopping Centers)   Paralela Shopping Center boasts a built up area of 120,000m2 with four anchor stores, 9 megastores, six multiplex cinemas, 342 satellite stores, fast food, restaurants and over 2,400 parking spaces. In addition to the 1,200m2 Event Plaza, it has a 600m2 indoor forest with large vegetation, both sheltered by a transparent geodesic dome. The project for Paralela Shopping Center had two essential aspects in its favor: • The proprietors/investors were not “in the business”. • Sloping terrain restricted entry to a single front facade, on an avenue. These facts not only allowed, but actually induced differentiated architectural and functional solutions. The sloping terrain made it possible for almost all parking spaces to be internal, spread over a two-floor underground garage. Banks of elevators and staircases, identified by color and distributed throughout the area, create access to different parts of the shopping center without concentrating flow and dead areas. The single facade fronting onto the avenue prevented the abundance of adornment and detail characteristic of the current ‘architecture’ of shopping centers, in favor of a clean and volumetric composition highlighting the main entrance. Internally, the structural solution made it possible to eliminate all pillars in common areas, which allied with neutral finishes and regular forms, makes the stores the center of attention, one gets a differentiated impression of roominess and open spaces. The most essential and marked characteristic of internal space is the large plaza with trees, covered by a translucent cupola. Located on the shopping center’s axis and facing the main entrance, in addition to its movie-like appearance, it sums up the project’s endeavors to valorize green space, which should guide all urban occupation, particularly that of Paralela Avenue. This occupation of an important indoors area with vegetation is a categorical instance of how, even if unconsciously on the part of the user, but for all that no less importantly, it is the undertaking’s intention to assert the possibility of realty action and the environment getting on well. The constant number of users who make use of this area as a scenario for photographs shows that this intention has been very successful and much-valued. Approval of this part of the building as green rather than built up shows that its implementation has not been at the expense of reducing the area available for rent, strengthening the example of the above architectural solution without diminishing financial results.


At the back, the shopping center preserved and promoted replanting of native species in a 17,000m2 area (28% of the total), which was part of a large green area with lakes on the lower land, which sadly was less fortunate. Paralela Shopping Center was sold in 2011 to a major shopping center company, which is putting changes in place that not only spoil the building’s spaces but also go a long way to proving Paco Underhill’s statement true.

Corporate headquarters Vale International’s headquarters were built in a 13,700m2 area in the city of St. Prex, in the Swiss Canton of Vaud. The 10,350m2 building boasts state-of-the-art automation and communications technology, as well as MINERGIE certification, which requires project and construction to the highest standards of energy and conservation efficiency in Swiss law. The intention of the project was, with maximum available technology, to impose a differential of image and internal environment that would distinguish the building from countless others in the region, belonging to American and European corporations, many of which were much larger. Although identifiable and coherent with our work, the graphic geometry of the facade and internal courtyard led to public evocation of an image of modernity and tropicality that bestowed the work with a strong identity. Our challenge consisted of maintaining the identity of our authorship with legal restraints, building methods and technologies that usually result in run-of-the-mill buildings with a standardized architectural image. Certain singular and important aspects of the work must be stressed: • There were participants of 12 different nationalities in the project and construction. • The entire building is wrapped in a double frame with automatic control of ventilation by convection, for maximum thermal insulation. • The heating and cooling system works on expansion and irradiation of the ceiling lining, avoiding ducts, periodic cleaning and air contamination. • 15 geothermal probes collect the water that is used to cool the building at a depth of 200 meters and a temperature of 12.5º. • In continuous work areas, each has individual lighting and a sensor of individual presence. Some of the light is projected onto the working surface and part bounces off the ceiling to light up the environment. • The lighting of all common use areas is turned on by presence sensors in rooms. • The building has a system for recovering rainwater for sanitary use, irrigation and humidification of environments. • There are 230,000 meters of wiring and cables under the elevated floors of work areas. • 30% of the hot water for rest-rooms is heated by solar collectors, while photovoltaic cells produce 10,500 KW/H a year. • Access and circulation in all areas are controlled by card scanners that check and store all information. In order to attain the economy of energy specified for certification, the temperature of the central area is controlled by a geothermal system. The temperature, higher beneath the surface in winter and lower than that of the surface in summer, is channeled through an underground duct which collects external air and insufflates the center of the internal courtyard at corrected temperature. The glass in the central roof has micro venetian blinds encapsulated in gas and UV protectors. In the garden, special lighting fixtures supplement the vegetation’s UV needs. They light up and remain lit automatically, as do the nebulizers for irrigation and controlling the relative humidity of the air. Around the perimeter of the upper translucent roof there are automated apertures controlling air intake and exhaust, helping balance the temperature throughout the environment. Thus, the central space’s temperature is controlled by automatic systems for air intake, exhaust and nebulization, without needing electro-mechanical heating or cooling. All projects, construction and interiors that we are the authors of, were developed with the support of and in partnership with the local Swiss firm of Architram architecture et urbanisme SA under the leadership of architect Olivier.


Summer house Located on the sea-shore of Angra dos Reis (Rio de Janeiro state), and set well below access-road level, it was a serious concern to embed the volumes on the slope, creating fusion between construction and contention. Adjacent to the road, a building houses the main entrance and garages, the watchman’s quarters and, at a lower level corresponding to the dining room, rooms for employees and services. Volumetrically, there are two stone-clad, linked by a metal bridge covered by a roof of traditional colonial roof-tiles. Smaller apertures, the flat roof and the irregular volume of the lateral blocks contrast intentionally with the total transparency of the central linking element and its ‘traditional’ roof. The floor-to-ceiling glass aperture of the upstairs room, with the protection of its eaves, transforms the whole area into a grand verandah that, if placed in its traditional position in front of the living room, would restrict the view and eliminate the feeling of being on the sea, which is everywhere you look. In the dining room, the effect is just the opposite. A single square aperture with a glass pane sliding into the wall, at the same level as the table, creates a frame for the view of sea, horizon and sky. Unlike neighboring constructions, loose rocks have been used to contain the sea-shore, thus creating an irregular and more organic contour. At the same time, as the construction is concentrated on one side of the plot of land, there is a significant green area recomposing the slope and preventing the feeling of excessive occupancy of the land, which happens in the surroundings. The elevation of the upper floor in relation to the land not only preserves intimacy in the lower rooms in relation to the garden, but also allows a more panoramic view and protects the swimming pool area from being seen from boats sailing in front of the house. The pool is clad in black granite surrounded by bush-hammered white marble, resulting in unique transparency of the water and reflection of the surroundings, as well as helping warm the water naturally. Observed from the sea, the right wing of the house contains the bedrooms (three on the upper floor and three on the lower), all opening up to the sea with access integrated with the land’s slope with zenith lighting, and a suspended wooden walkway providing access to the upstairs bedrooms. On the upper floor, on a metal structure and under the roof, is the totally transparent living room. On the middle floor, the dining room and an extension for the kitchen and service area. On the lower floor, under the metal structure, a den at the same level as the pool. All floors are in bush-hammered granite, in 150x150cm slabs in the social areas and 60x60cm in the bedrooms. In the bedrooms’ circulation areas, as in the internal garden on the side of the living room away from the sea, the intention was to maintain a suggestion of the characteristic sea/rock/vegetation of Angra dos Reis. This was an unusual opportunity for us to design all the furniture as well as the architectural project. Highlights are the dining room table comprising 32 kinds of wood collected from leftovers at sawmills in Amazonia, the center table made of a block of blue macaubas quartzite, and a precious work of art salvaged in Bahia state: a 17th Century painted-tile panel (behind the bar in the upstairs living room).


Hotel The hotel’s plot of land (half a block), was originally part of the next door plot. With the retrofit we performed on this building, this area, where there had been garages, was freed up and transformed into a commercial center (56 stores) under the hotel tower, creating a courtyard for continuity and integration with the stores in the original building. The project for the hotel sought two main objectives, besides cost: • Although surrounded by larger buildings, achieve differentiated identity and noticeability in the environs. • In view of the minimum area of the lodging units (13m2 plus bathroom), as well as other existing very inexpensive units, plan and design bespoke furniture, in pursuit of the best possible results. The materials used for internal and external finish are available on the market at reasonable prices, as cost was a determining factor for the success of the undertaking. Nevertheless, as they are used in unconventional ways they become both interesting and different. The facades in ceramic and glass simulate a relief that, with slight variation in tone, make the external image of the building stand out in the landscape, with strong identity. The addition of color to the design, with the same intensity as the reference gray, enriches the composition without breaking its homogeneity and impact. From the economic/construction point of view, it is interesting to note that no framework of any kind was used in the tower, as the glass panes are fixed and sealed directly onto the autoclaved aerated concrete block external wall. The only exception is central vertical tripe or band corresponding to one room per floor, reserved for smokers, where aluminum frames allow the apertures to be opened. The regularity of the facades, without indentations or protrusions, curbs construction costs without making the building uninteresting. The furniture in the room, restaurant and reception were designed especially for this project, which gives the different environments a unique style. Practical maintenance, as well as functionality and low cost, were serious concerns in a hotel of this category. The steel furniture with electrostatic paintwork makes it possible to lodge three guests without resorting to bunk-beds, as is the case with other hotels of this type. A convertible chair becomes a third bed, which is more comfortable than bunks, which always seem to be in the way when one or two guests are occupying the room, which is the most frequent case. Night-tables attached to one side of the beds and the desk set into the wall minimizes space taken up by furniture, giving the room greater visual roominess. The white marble surfaces are durable, flexible to clean and give the room clarity. The chair, whose backrest in lower than the height of the desk, does not hamper circulation when not in use. The beds’ headboards are clad in ceramic, which is reasonably priced, easy to maintain and creates a link with the geometric appearance of the facade. Unlike similar hotels, bathrooms are completely cloistered. Their white cladding and frosted glass, once again they provide comfort without limiting the visual dimension of the restricted space. If abundant resources and area do not constantly lead to quality architecture of reduced cost and dimensions, they rarely avoid becoming synonymous with sameness and mediocrity. In general, this exception has also been successful from the business point of view, given that low costs have led to occupancy of over 90%, making it possible to charge more than other hotels of the same category, reaching the price-levels of hotels of superior category.


“If you want to be universal, start by painting your own village.” Leo Tolstoy “Creativity is allowing yourself to make mistakes. Art is knowing which ones to keep.” Scott Adams “Poetry is no consolation for misery, but it can be a milestone on the path of liberation.” Lina Bo Bardi “As a rule what is included in the production of architecture is repetition without difference, or else, difference without concept, because the difference presupposes a change of nature, a happening, effective creation.” Pasqualino Magnavita “Whenever one’s intention is a work for posterity, and for the architect as an opportunity for fame, only the contractor is successful.” Fernando Peixoto “Never follow the beaten track, it only leads to where others have been.” Graham Bell “CO2 is not causing global warming. In fact, CO2 is lagging temperature change.” The Great Global Warning Hoax? - James A. Peden The Middlebury Community Network - www.middlebury.net/op-ed/global-warming-01.html “Creative minds have been known to survive any sort of bad training.” Anna Freud “The defect of he who copies me is that he only copies my defects.” Chico Caruso “It’s easy to be a genius. What’s hard is finding someone who recognizes it.” Millôr Fernandes

On architecture

[Ir]reverent reflections Architecture is always the last to reflect new expressions and concepts. While music, painting and sculpture depend on one’s personal will or point of view at a low cost for creation (zero for music, but a little for painting and limited for sculpture), architecture depends on high execution costs that surpass the author’s capacity and thus depends on the consent of a sponsoring client. These costs lead to risk, and the client’s consent depends on a minimum of cultural understanding of the product, becoming powerful limiting factors for experimentation and creativity. Utilitarian and functional aspects are once again limiting factors to be considered, and at the same time, when frequently sacrificed because of aesthetics, they aggravate cost and reflect the architect’s creative inability. The physical factors in construction and, in a way, technology, tend to substitute and mask the lack of architectural values. The greater the resources, the more commonplace and easy this substitution becomes. The ‘greatest structural pan in Latin America’ (if in São Paulo; or “the greatest in the North/Northeast of Brazil!” if in Bahia) is accepted as an architectural qualification even though, in symmetry, it would be absolutely ridiculous to qualify a painting as having consumed the most paint in Latin America!!! ---------A good functional solution, even if necessary, is not sufficient here. Architectural work must transcend its usefulness, a function of location and time. Construction in different places and at different times differs radically in program and method of construction, but if the projects are good they are all admirable and durable as architecture. ‘Form follows function’ is a rhetorical statement because, provided it does not harm function, the surprise and poetry of form are key and go well beyond linear relationship of cause and effect. If this proves possible without increasing cost due to irregular volume, the chances of its being put in place increase. It is hard to accept that the function of structure is to support the construction, that of perimeter is to enclose it and that the windows are to illuminate, without their becoming aesthetic attributes of the facade, is architectural dishonesty.


If we restrict ourselves to teachings and dogmas that disqualify as architecture the creativity and poetry of any building lacking formal academic perfection, we shall continue to witness the progressive degradation of reality and the hope of a perfect future. ---------As the presence of architectural works is a compulsory urban element for all, unlike music, literature and painting which allow one the option of ignoring them, the total absence of criticism and appreciation of architecture in the media is incomprehensible. An attitude akin to that of medieval gilds establishes a code of professional ethics that, by immunizing architects from criticism, inhibits discussion at the wide and essential level for education to perceive architecture. This architectural ignorance is present at all levels of scholarship and purchasing power and imprisons us in the proliferation of the neo-classical and neo-paulista. Curiously, the neo-classical, invariably residential, and the modern neo-paulista, always entrepreneurial, reveal the lack of coherence of entrepreneurs, architects and end-users, which I can only attribute to the subconscious dichotomy of wife/ secretary idealization. Associated with these aspects, the exercise of architecture demands formal education, licenses, bureaucratic procedures to obtain permits, certification, etc., all intended to establish criteria for quality but which in practice lead to mediocrity and discourage thinking outside the box. It is always interesting to imagine what music we would be listening to if it depended on licenses and permits issued by ‘competent bodies’, or what medicine we would be practicing if it were submitted to ‘base consultation’ and approval of prescriptions by the city hall. Famous and increasingly commonplace certifications (ISO, LEED, etc.) never take into account the intrinsic quality of projects or efficiency in the use of space. Unnecessary or inefficient space is accepted as a premise and the ‘efficiency’ of their execution and their ‘sustainability’ are evaluated as if it were possible for the unnecessary to be efficient or sustainable. The neo-stupid unanimity on global warming, ‘consultation of organized civil society’, the politically correct with its colonization through the importation of models, render it increasingly improbable that our buildings will be examples of architecture. ---------Even though it may seem logical to state that in uncountable opportunities given to architects the results are mediocre projects, this would be but to confuse cause and effect: adhesion to precedents and aversion to the differentiated are the reasons for these opportunities, and not a consequence. The ‘real estate boom’ is an economic fact: the authorship of its horrendous physical consequences in our cities is the responsibility of architects and urbanists, and stems from incompetence or venality. It is unfortunate that the works inhabiting our cities, with their resources, rhetoric and concepts, nevertheless turn out facile and uninteresting. They lack the exciting richness of the houses of Northeastern Brazil or those of African tribes. ‘Brazil is not the West alone, it is also Africa and the East.’ Curiously, the dominant anti-Americanism that has contaminated the Latin American ideology lives side-by-side with equally dominant and generalized Americanization of customs and architecture. The great majority of our architectural works are like our BrazilianTV hostesses, fake blondes. The examples of Brazilianness and universal quality of a soft armchair by Sergio Rodrigues, sculpture by Emanoel Araújo or a piece of music by Antonio Carlos Jobim are icons of a hard-to-achieve brand of symbiosis, which must nevertheless be pursued. Fernando Peixoto


“And it was thus, primed by the drunkenness of party and dance, that I first saw that the facades of the houses of the poor, together with the dress of the African dancers, were a protest against the poverty, grayness, ugliness, hard-to-achieve symbiosis, routine and monotony of their lives. For the first time I saw that, colored as they were in yellow-ocher, blood red, peacock blue, gold-yellow, flag-green or slime-green, and even the pink or violet-purple hues that formerly, due to prejudice, I found so hard to accept, those houses, mostly built of plastered and painted mud, were also gems on a large scale like those I dreamed of, gems that at certain times also shone in the Sun so that God could spot them with joy. My dancer-drunkenness was such that even the houses themselves were dancing – and I realized they were strongholds, frameworks, redoubts and bastions that the indomitable spirit of our People cast in the face of monotonous, gray and unattractive day-to-day life and also cast in the face of the brown faceted stones, like enormous, rough, cruel, poorlyfinished bricks I had so often found along our Roads, in our Caatinga and tablelands… Ariano Suassuna

Neoplastic resurgence Radha Abramo

The architectural opus of Fernando Peixoto dots the landscape in Salvador, Bahia state. The buildings, with several floors, are geometric blocks consisting of vivid colors. They have the simplicity and lightness of a set of play-blocks. They stand out as imposing, blending in with the architecture existing in the city. They have the image of gigantic art objects – they can be considered colorful sculpture, very close to the ideas advocated by the 1917 Dutch De Stijl movement, ‘The Style’, or Neoplasticism, whose aesthetic and objective vision anticipated a new conception of plastic arts integrating contemporaneous industrial technology and the mundane. At the end of the 20th century, there seemed to be a revival of theses outlining new artistic expression. On Paulista Avenue, São Paulo, for instance, there are a number of buildings with oblique and elliptical lines, evoking (according to Antonio Sant’Elia’s 1914 manifesto on futuristic architecture) more vibrant dynamism than that of perpendicular and horizontal lines. For futurists, such lines were static, serious, depressing and dissociated with the century’s new sensitivity. However, Neoplasticism was also intended to contest individualistic expression of architecture, cobbled together with nostalgic appliques and trinkets, and inspired by decorative elements unlinked to the vision of the contemporaneous world. The aesthetic lineage of Fernando Pessoa’s opus is strongly influenced by the Neoplastic trend that moved away from vertical and horizontal lines, in the sense of creating a collective construction in line with the Fifth Manifesto of De Stijl (1923). On re-reading this manifesto, one has the impression that time has come to a halt. In his cleansed architecture, Fernando Peixoto sets examples of the aesthetic concepts proposed by the Dutch, but which did not enjoy the good fortune of being integrally put in place. The document not only considers architecture the greatest expression of artistic synthesis; it also proposes architectural color as an element of a new spatial conception that, in addition to everything else, breaks away from the duality of interior and exterior (in general, colors are applied indoors). The manifest, signed by Theo Van Doesturg among others, is exhaustive: ‘We give color its true place in architecture and declare that paintwork separated from architectural construction has no reason to be.’ Who could be more appropriate than Van Doesturg to conceptualize the eloquent architecture of Fernando Peixoto?


Straight lines and curves, form and color. Aparício Basílio da Silva

This architect’s singular use of color and playful composition make his work unique, personal, and, at the same time, markedly Brazilian. It must be noted that Peixoto was born in Salvador, Bahia state, and most of his opus is right there, in Brazil’s first capital, with its strong African influence. A city with a culture of its own, bursting with color. In this case it is a pleasant surprise to find such marked architecture, independent of glass boxes and other architectural fads. Another important factor in appreciating Peixoto’s opus is to keep in mind the object of most of his projects: they are not government buildings or the corporate headquarters, but ordinary office or residential buildings where construction costs were a decisive factor. These two aspects, cultural suitability and rationalization of costs, are the two main pillars of his work. Most of his designs are ‘boxes’, where simplicity of structure and reduced perimeters are a constant. At the same time their graphic concept eliminates windows as an element in aesthetic composition, and their proportions and location are dictated by functional needs. From this angle, his architecture can be deemed very close to industrial design, where image and visual results are achieved without unnecessary manipulation of constructive elements. At the same time, the visual impact of his works is closely related to distance and speed of perception, making them far more noticeable than many others in a modern city. Despite their rich composition, these works do not cling to excessive detail, inefficient if viewed from a distance or through the windows of a moving automobile. His emphasis on color and contrast, unlike volume, gives his work universal impact, given that color is more exciting than volume, but nevertheless dependent on the observer’s cultural formation. When technology becomes available, we start playing with structure for no functional reason, even specifying expensive special glass to reduce heat rather than resorting to smaller windows. Technology overrides basic rationality and a generous budget becomes a precondition for project originality. My work with ordinary apartment and office buildings seeks the maximum area with a minimum of perimeter and irregular terrain. To systematically enrich the scenario of our cities and modify their huge gray mass of mediocrity, we must not simply enthrone the ‘Rolls-Royces’ and ‘gold Rolexes’ as symbols of our times, because luxurious carriages and precious hourglasses, as well as special examples of architectural splendor, are not new. Architectural practice must reach Fiat automobiles and Seiko watches, because they stand for large-scale access to quality and beauty. Such access, independently to style or fashion, is the true essence of modernity. Once again, Peixoto’s work is unusual because, instead of using color to emphasize volume as a secondary resource, it becomes the main element suggesting, and sometimes visually replacing, the volume of a flat facade. At the same time, resulting architectural compositions hide the structural support mesh and the symmetry of individual units comprising the building, thus achieving a sense of indivisible unit rather than a grouping of repetitive and obvious elements. Besides these very clear considerations, when one views a building designed by Peixoto, the direction and intention of his work are well defined in his own words: ‘Modern architecture has failed to promote quality design outside the historical domain of privileged elites. While other fields of design bring together efficient cost and aesthetic richness, architects still regard cost limitations as an obstacle to creative results.’


AGAINST THE FLOW José Wolf

With vibrant production he qualifies as ‘marginal and peripheral’, Fernando Peixoto is changing the architectural pagination of Salvador, with an average two projects a month. Visitors to Bahia are now surprised to see that his colorful diamonds and triangles have started to be reproduced by ordinary citizens, similarly to what happened with the columns of Niemeyer’s Alvorada Palace. Peixoto has remarked, ‘If it used to be the glass tower, today people have new expectations, because everyone has shouldered this need to be modern. When a work is exciting and reflects spontaneous architecture, it no doubt means the reversal of an image or symbol of modernity. And this, in my opinion, is more important than the building itself.’ Like Glauber Rocha, a provocateur, reversing established concepts and parameters. Peixoto proclaims, without fear of committing a sin, ‘Architecture, as I see it, is a result and not a cause. A building must therefore be an expression of the moment, share the city’s face. It is not monumental architecture, or the architecture of exception, that expresses this actuality; it is everyday architecture. Traditional architecture is no longer in touch with the dynamics and velocity of objects, shopping centers and store windows, our daily lives. I see it in my son, in his clothes, his colorful skateboard, but he goes to an exposed concrete school that has nothing to do with his universe.’ And he adds, ‘Who would have said a few years ago that the Beatles’ songs would be socially more enduring than an architectural project? He’d certainly have been considered a heretic. On the other hand, someone wishing to compile an inventory of our times, taking a calculator, an ordinary kitchen blender and an architectural project would certainly never have imagined they were objects of the same era.’ Architecture, Fernando Peixoto proposes in short, ‘is functionally very transient.’ Architects, according to him, work with relatively durable materials and think their projects will last forever. ‘The moment is what counts. Permanence lies is what they manage to reflect at the moment the building was put up. The value of an old building is in its meaning as an archeological frame of a certain time. My source of inspiration is therefore all round me: my son’s shirt, my wife’s new clothes, in an automobile, or a fan. I love leafing through graphic art and design magazines; they nourish my creativity far more than any magazine or book on architecture. Magazines are somewhat contemplative. Their very color is an economically neutral element, but nevertheless democratic. Color is intuitive, form is cultural. Using red or green does not make a project more expensive, but using a round or square form substantially changes the budget.’ Classified by some critics as designer or outdoor projects, and even as architecture of facades, his buildings startle the accidental observer. As ‘optical illusion games’, at a distance they suggest huge geometric panels, but they are transformed when observed close to: parts that seemed concave may be convex, or dark, light, and color is perhaps merely a structural solution. Peixoto argues, ‘Architecture isn’t tactile, it can’t be taken hold of, but it is something to be seen by the passer-by. Only the user can feel it, but the anonymous passer-by also has a right to it. The façade is thus more of a social and community expression than the inside of the building. In a nutshell, you have a commitment to both dweller and passer-by.’ He admits, ‘There came a time when I needed to change. Either I’d become the king’s friend, engaged in public projects, or I’d have to emigrate somewhere else, where I could develop an avant-garde project. I chose a third path: to stay right here, where there’s huge professional tolerance, and develop my own architectural expression’, which he considers a system rather than a language or style. Thus, he says, he is divided. On the one hand, the rational, otherness, spontaneity, the fantasy and pleasure of creating. And, challengingly, he argues, ‘In Brazil there is still some confusion between vanguard and modernity. Vanguard, as I understand it, is the frontier, while modernity is access. If vanguard does not become modernity, it is nothing but a preciosity. A Ferrari GT is vanguard, a Fiat, modernity. A Rolex is vanguard, while a Seiko is modernity. What I wanted, therefore, was to create modern, accessible architecture; this is why I pay attention to the everyday. When an individual is forced to move into cheap housing, it does not mean that he has become culturally poorer, because he still harbors the same desire for modernity. Therefore I try and do Class


A projects, and projects for the middle class, with the same passion and quality. A professional architect must work in his sensitivity to respond, increasingly, to a wider bracket. My great challenge would be to design council housing competently. Then I could be really proud of what I do.’ Upon balancing usefulness and pleasantness, the architect must not relinquish any rational procedure. ‘Rationalizing is a process of education we need to conquer because even the breaking of a block calls for a whole cultural process, starting with its manufacture, to the time it is set. At the same time, rationalizing the project. I know of no Brazilian civil construction firm that appropriates, for example, facades, breaking the edges. Our evaluation method is still precarious. Even avant-garde builders, who attempt to rationalize the construction process, haven’t managed to. In Brazil, technological paraphernalia is made available to build a RollsRoyce, while the mentality endures that holds it’s only necessary to bend a nail to be different. My field, therefore, is that of modernity in the sense of access, for example, building adjoining bathrooms to reduce the vertical plumbing. At the end of the day, in architecture, comfort is related to cost; abstract architecture simply doesn’t exist. In other words, a bed must be beautiful and comfortable too.’ Peixoto defines himself as an ‘architect going against the flow, on the margin.’ He concludes incisively, ‘Despotism still predominates, as an expression of power. The elite establish values. The difference, however, must not be based on money, but on creativity and quality.’

Fernando Peixoto Francisco Senna

A cultured, sensitive, controversial and daring man, he sought to develop his architecture with personality, adapting to his contemporainety and exploring a plasticist trend infiltrating cubism, op-art and the aesthetic vanguardism of Mondrian, in the field of painting, as a conception of planes and lines harmonizing and contrasting vibrant colors. His architecture explores volumes, colors, textures, planes, materials and the effects of light and shadow. His pencil-stroke confuses the viewer, as he directs it along diagonals, lines that cross one another, colors that contrast but add up, hidings spans, disguising volumes, creating tissues that blend colors, textures and brightnesses. In horizontal architecture, Fernando Peixoto plays with slabs, transparency in blindex glass, colors, rocks, tiles, ceramics, woods and pergolas. He integrates gardens; in the surroundings, suspended or contained, valorizing tropical landscaping and projects planes in the interior with well-launched staircases, mezzanines, hollowed-out and interconnected spaces, in a purist, luminous and harmonious conception. Fernando Peixoto creates, innovates, dares, realizes, disturbs, transforms, marks his presence, argues. His talent is innate, his intelligence vibrant, his culture universal, his prose pleasant, his pencil-stroke bold, his opus extremely personal.


Playful permissiveness and transgression of the urban image. Pasqualino Romano Magnavita

Right then, in the early 1980s, at the time of the full rise of the new deconstructive trends targeting modern architecture, under the aegis of post-modernism in architecture [a denomination that acted as an umbrella to a highly heterogeneous set of trends and aesthetic expressions, whether conservative or innovative], Fernando Peixoto’s unique expression of architecture came about. […] Everything, then, under fierce criticism championed by academia, tirelessly disseminating to all and sundry ‘This is not architecture’, referring to Fernando Peixoto’s architectural production, a statement echoed in classrooms. […] Both common sense and literary texts refer to the cultural context of Bahia state, and specifically to the city of Salvador and, consensually, they refer to what has conventionally been dubbed “Bahian permissiveness”. In this context, to paraphrase anthropologist Roberto Da Matta, perhaps we could speak of a “Bahian dilemma”, in the sense that this author treats social practices (architecture is one of them), where such practices have a symbolic content and no longer entertain a purely functional reason relative to dominant values. Quite to the contrary, many such practices possess the sense of reversal, paradox, doing away with standards, as happens for a brief period during carnival, when permissiveness and transgression express the reversal of established values. […] These notions regarding both permissiveness and transgression, in the case of a city like Salvador, can be linked to uncountable manifestations stemming from Afro-culture, that of Afro-Brazilians [about 80% of the city’s population], which contrast with Western culture. It is doubtless that throughout history this culture has discriminated against artistic and religious manifestations of African origin. An example of such discrimination is the matter of colors, deemed primitive, too bright and used in paradoxical combinations or related symbolically to worshiping the orixás, their gods. This discrimination also touches geometric designs and decorative arrangements with symbolic figurative content, intertwined with emblematic compositions that are hard for the uninitiated to read. […] This dissociation of the expression of a building’s facade from its constituents (perception of structure, demarcation of slabs, location and size of windows, visualization of the hierarchy of served and service areas, etc.) together with a number of partial ambiguities have characterized many examples in the history of architecture. However, this almost total unbinding, to be found in many instances of architects’ production, should not refer only to the matter of uniting or releasing. It does not become exhausted in this dual placing, so severely criticized as a result of super-graphics adopted in their facades, considered of no consequence. Probably this attitude, understood as playful transgression, will be better understood in anthropological terms, […] […] In a third-world city like Salvador, defined by sociologists as ‘a great shantytown with pockets of wealth’, it would perhaps be better to speak of this process of contesting the architectural production of Fernando Peixoto, emerging from pop aesthetics of an African matrix, a kind of playful transgression, in the positive sense of carnivalization of life as a reaction to established order, turning the world ‘upside down’, and thereby evoking freedom from the moorings imposed by the canonical conformity of the modern architectural movement.


[…] It is impossible to consider architect Fernando Peixoto’s production disconnected from the new contemporaneous ‘postmodern’ cultural condition that was then, and is still, disseminated worldwide, in the context of the process of globalization. However, this is not enough to characterize his production. Its uniqueness is also to be found in the energy given off by the supposition of the ‘Bahian dilemma’. Only through this can we understand his seductiveness in the eyes of most of the city’s population, and understand the unreserved criticism of this brand of architecture on the part of the cultural and academic elite.

The Art has no limits. Paulo Gaudenzi [...] Fernando Peixoto’s architectural works of art that gave the modern side of old Salvador, capital of Bahia state, its futurist look, demonstrating how simplicity, cultural suitability, quality and beauty, allied to rationalization of construction costs, form the true essence of modernity.

An enchanted inventor Emanoel Araújo

Because for Fernando Peixoto architecture goes beyond design, development of space and its internal organic usefulness. He brings all this together and proceeds even further in the quest for form, externalization of new apprehension for the facade, or facades in their multiple dimensions, and he thus intervenes in the landscape that makes it possible to hover over the architecture of planes, forms, cuts, acting as a never-ending cry of the new, of the articulate. From the jointing woven by unity of lines and volume. A constructive blend that is also articulated by the movement and light of this geometry. It is also true he is a refined architect, and his subtle development of surfaces, colors and their variations calls for further examination. Rebellious and methodical, Peixoto knows how to harmonize the fundamentals of architecture, and their functions and dimensions call for a new kind of interaction between landscape and his kaleidoscopes of luminous blocks.

Fernando Peixoto Luciano Araújo

Fernando dreams and idealizes all the time; he is a true power plant of ideas, setting him over conventional patterns. He is one of those personalities that make their mark on their times, and even transcend them. To observe Fernando and his projects, whether constructed or on the drawing board, is to be certain that man’s relationship with the environment, dealing with the objects and artifacts that he must interact with, and must extrapolate the concept of mere functionality and dive into the ocean of dreams and imagination, as rich and beautiful as the waters that embrace Salvador.


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Créditos Credits Pesquisa e Documentação Research and Documentation Mila Peixoto Fotos Photos Arquivo do Escritório Fernando Peixoto Criação e Textos Creation and Texts Fernando Peixoto Emanoel Araújo Olga Krell Consuelo Pondé De Sena Radha Abramo Aparício Basílio Da Silva José Wolf Francisco Senna Pasqualino Romano Magnavita Paulo Gaudenzi Luciano Araújo

Dados

Internacionais de Catalogação na Publicação (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Peixoto, Fernando Fernando Peixoto : arquiteto / Jacques Rutman [organizador]. -- São Paulo : J.J. Carol, 2011. -(Portfolio Brasil : arquitetura)

Versão para Inglês English Translation Iná Valéria Verlangieri

1. Arquitetos - Brasil 2. Arquitetura - Brasil 3. Arquitetura - Projetos e plantas 4. Peixoto, Fernando I. Rutman, Jacques. II. Título. III. Série.

Revisão Proof Reading Iná Valéria Verlangieri Projeto Gráfico Graphic Project Lucas Peixoto Tratamento de Imagens e Arte Final Image Treatment And Final Artwork Lucas Peixoto

11-10084

CDD-720.981 Índices para catálogo sistemático:

Editor Publisher Jacques Rutman Coordenação Editorial Editorial Coordination Jackie Carol

J.J.Carol Editora Tel: 55 11 3871-1888 jjcarol@jjcarol.com.br colecaoportfoliobrasil.com.br

1. Arquitetura : Brasil 2. Brasil : Arquitetura

720.981 720.981

(CIP)


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