2 lua nova stephenie meyer

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- O que nós vamos fazer? - eu pressionei. Ele sorriu alegremente. - O que você quiser. Eu pensei nisso por um minuto- o que eu queria. Eu odiei perder os poucos minutos de memória mais próximas que não me machucavamaquelas que vinham por sí próprias, sem que eu pensasse nelas conscientemente. Se eu não podia ter a moto, eu teria que encontrar outra forma de encontrar perigo e adrenalina, e isso requeria muito pensamento e criatividade. Não fazer nada no meio tempo não era apelativo. E se eu ficasse deprimida de novo, mesmo com Jake? Eu tinha que me manter ocupada. Talvez houvesse outro jeito, outra receita... algum outro lugar. A casa havia sido um erro, certamente. Mas a presença dele tinha que estar estampada em algum lugar, outro lugar além de dentro de mim. Tinham que haver lugares onde ele tinha que ser mais real entre os lugares familiares que estavam cheios de memórias humanas. Eu podia pensar em um lugar que podia ser real. Um lugar que sempre pertenceu a ele e a mais ninguém. Um lugar mágico, cheio de luz. A linda clareira onde eu o havia visto apenas uma vez na vida, faiscando com o brilho do sol e o brilho da sua pele. Essa idéia tinha um grande potencial para a contra partida - isso podia ser perigosamente doloroso. O meu peito com o vazio só de pensar nisso. Era difícil de me segurar inteira, pra não me denunciar. Mas certamente, de todos os lugares, era lá que eu podia ouvir a voz dele. E eu já havia dito pra Charlie que estava caminhando... - No que é que você está pensando tanto? - Jacob perguntou. - Bem... - eu comecei lentamente. - Eu encontrei esse lugar na floresta uma vez, eu o encontrei quando estava, umm, caminhando. Uma pequena clareira, o lugar mais lindo. Eu não sei se conseguiria encontrá-lo sozinha de novo. E definitivamente ia requerer algumas tentativas... - Nós podiamos usar um compasso e um padrão de cruzamento - Jacob disse esperançoso pra ajudar. - Você sabe por onde começar? - Sim, bem abaixo da trilha no fim da um-dez. Eu fui mais na direção do sul, eu acho. - Legal. Nós achamos. - Como sempre, Jacob estava fazendo qualquer coisa que eu quisesse. Não importava o quanto fosse estranho. Então, Sábado á tarde, eu coloquei as minhas novas botas de caminhada - adquiridas com o meu desconto de vinte porcento do funcionário pela primeira vez - peguei meu novo mapa topográfico da Península Olimpica, e dirigí pra La Push. Nós não começamos imediatamente; primeiro, Jacob se inclinou na mesa da sala de estarque tomava a sala inteira - e, por uns bons vinte minutos, ele desenhou uma complicada teia numa seção do mapa enquanto eu me sentava numa cadeira da cozinha e conversava com Billy. Billy não parecia nem um pouco preocupado com a nossa caminhada. Eu fiquei surpresa por Jacob ter dito pra onde estávamos indo, já que as pessoas andavam tão preocupadas com os ataques dos ursos. Eu queria pedir a Billy pra não contar nada pra Charlie, mas eu temí que o meu pedido causasse o efeito oposto. - Talvez a gente veja o super urso - Jacob brincou, com os olhos no seu desenho. Eu olhei pra Billy rapidamente, temendo que ele reagisse á moda de Charlie. Mas Billy só sorriu pra filho. - Talvez vocês devessem levar um pote de mel, só na dúvida. Jake gargalhou. - Eu espero que suas botas sejam rápidas, Bella. Um pequeno pote não vai manter o urso ocupado por muito tempo. - Eu só tenho que ser mais rápida que você. - Boa sorte com isso! - Jacob disse, revirando os olhos enquanto redobrava o mapa. - Vamos lá. - Divirtam-se - Billy rosnou, se levando na cadeira de rodas até a geladeira. Charlie não era uma pessoa difícil de se conviver, mas parecia que pra Jacob era ainda mais fácil. Eu dirigí até o fim da estrada de poeira, parando perto da placa que indicava o início da trilha. Fazia muito tempo que eu não vinha aqui, e o meu estômago reagiu nervosamente. Isso devia ser uma coisa muito ruim. Mas tudo valeria a pena, se eu pudesse ouvir ele.


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