2 lua nova stephenie meyer

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- Cuide-se - ele respirou, frio contra a minha pele. Houve uma leve brisa sobrenatural. Meus olhos se abriram. As folhas das árvores menores tremiam com o vento gentil da sua passagem. Ele havia ido embora. Com as pernas tremendo, ignorando o fato de que minhas ações eram inúteis, eu o seguí pela floresta. As evidências dos seus passos desapareceram instantaneamente. Não haviam pegadas, as folhas estavam paradas de novo, mas eu seguí em frente sem pensar. Eu não conseguia pensar em mais nada. Se eu parasse de procurar por ele, estaria acabado. Amor, vida, sentido... acabados. Eu caminhei e caminhei. O tempo não fazia sentido enquanto eu me empurrava pelo solo grosso. Eram horas passando, mas também só segundos. Talvez parecesse que o tempo havia parado porque não importava o quanto eu continuasse seguindo em frente a floresta sempre parecia igual. Eu comecei a me preocupar em estar viajando em círculos, um círculo bem pequeno na verdade, mas eu continuava em frente. Eu tropeçava muito, e, enquanto ia ficando mais e mais escuro, eu comecei a cair frequentemente também. Finalmente, eu tropecei em alguma coisa - estava escuro agora, eu não tinha idéia do que segurou meu pé - e eu fiquei no chão. Eu rolei de lado, pra poder respirar, e me curvei no solo molhado. Enquanto eu ficava lá, eu tinha a impressão de que havia se passado mais tempo do que eu podia imaginar. Eu nem podia lembrar a quanto tempo a noite havia caído. Era sempre assim tão escuro aqui durante a noite? Certamente, como era a regra, alguns raios de lua atravessavam as nuvens, através das rachaduras nas copas das árvores, e vinha encontrar o chão. Essa noite não. O céu estava completamente escuro. Talvez não houvesse luz da lua hoje um eclipse lunar, uma lua nova. Uma lua nova. Eu tremí, apesar de não estar frio. Estava escuro durante muito tempo antes de eu os ouvir me chamando. Alguém estava gritando meu nome. Eu estava muda, afundada no chão molhado ao meu redor, mas era definitivamente o meu nome. Eu não reconhecia a voz. Eu pensei em responder, mas eu estava confusa, e eu levei um longo tempo até chegar a conclusão de que eu devia responder. Até aí, os gritos já haviam parado. Algum tempo depois, a chuva me acordou. Eu não acho que realmente tenha caído no sono; eu só estava perdida num torpor sem pensar, me agarrando com todas as minhas forças na minha torpência que me mantinha sem ver aquilo que eu não queria saber. A chuva me incomodou um pouco. Estava frio. Eu soltei meus braços das minhas pernas e os coloquei na frente do meu rosto. Foi aí que eu ouví os chamados de novo. Estava mais longe dessa vez, e as vezes parecia que várias vozes estavam me chamando de uma só vez. Eu tentei respirar fundo. Eu me lembrei que tinha que responder, mas eu não achava que eles seriam capazes de me ouvir. Será que eu seria capaz de gritar alto o suficiente? De repente houve outro som, surpreendentemente perto. Um tipo de rosnado, um som animal. Parecia grande. Eu me perguntei se deveria estar com medo. Eu não estava com medo - só entorpecida. Eu não me importava. O rosnado foi embora. A chuva continuou, e eu podia sentir a água se acumulando contra a minha bochecha. Eu estava tentando reunir as minhas forças pra mover a minha cabeça, quando ví a luz. Primeiro era só um brilho fraco se refletindo nos arbustos á distância. Foi ficando mais e mais brilhante, iluminando um grande espaço, diferente de uma lanterna normal ou de um ponto de luz. A luz apareceu pelos arbustos mais próximos, e eu pude ver que era uma lanterna propana, mas isso foi tudo que eu conseguí ver- a claridade me cegou por um momento. - Bella. A voz era profunda e não era familiar, mas cheia de reconhecimento.


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