Escola Secundária da Ramada
Nós em Notícia
Nesta edição: Palavra ao Diretor
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Grow Them Up: Sonhar Mais Alto
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Cuida de Ti: Diabetes Mellitus
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Gabinete de Atendimento ao Aluno
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Projeto Promove
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Fomos ao Teatro: Auto da Barca do Inferno
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Uma Pequena História do Sexo
7
EYP: Pensar Mais Além
7
Uma Viagem Inesquecível
8
Maia 2016 Foi Assim...
9
Seleção para o Parlamento Europeu Jovem, representada pelos 6 alunos na foto.
EYP: A Experiência
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Agora, aproveitem e leiam esta edição nos intervalos
A Revolução É Necessária
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Crónica do Pedro Pernica
11
Lá Por Fora...
12
Dezembro 2016
Ano IV, Nº10
Editorial Mais um ano letivo a começar e, mais uma vez, damos as boas vindas a toda a comunidade educativa da nossa escola, em especial aos novos alunos, professores e funcionários. Como é habito, o primeiro número refere já algumas atividades que decorreram no primeiro período, mas neste número recordamos um projecto do ano letivo passado que mexeu com a comunidade escolar e nos encheu de orgulho: o Grow Them Up, do então 11ºF. Já neste ano, salientamos a participação da nossa escola no Congresso Nacional de
da azáfama das compras de Natal. E aproveitamos vos desejar um feliz e santo Natal e umas excelentes entradas em 2017! Ana Martins e Ana Rodrigues
A Água e a História Andam de Mãos Dadas Pelo menos este é o caso na vasta região do Alentejo, outrora uma área seca, quente e pouco rica em termos agrícolas, que agora expande-se e desenvolve-se todos os dias, graças à trabalhosa e dispendiosa construção da albufeira do Alqueva. Facto, que os alunos do 11ºG e 11ºH vieram a conhecer no dia 9 de Novembro de 2016, Quarta feira, quando realizaram uma visita de estudo no âmbito da disciplina de geografia. As duas turmas tiveram a oportunidade de aprender vários factos sobre a enorme albufeira do Alqueva, como a sua história, objetivos e curiosidades, entre elas a reconstrução de uma aldeia inteira! que fez surgir várias rivalidades cómicas entre vizinhos. Seguidamente, professores e turmas visitaram Vila de Moura onde almoçaram e visitaram não um mas dois museus! um sobre o famoso joalheiro Alberto Gordillo e outro sobre a água gaseificada de Castello, ambas acompanhadas com a forte chuva que se fazia sentir naquela tarde fria. Por último mas não menos interessante, professores e alunos tiveram a chance de visitar uma aldeia que parecia ter parado no tempo chamada Monsaraz, com um castelo de tal magnificência, embelezou-se ainda mais com o surgir do pôrdo-sol. Em suma, uma viagem longa e cansativa, mas que realmente valeu cada cêntimo! Texto de Bruno Lopes e foto de Inês Gomes, 11ºH
Nós em Notícia
Palavra ao Diretor Encontramo-nos aqui mais um ano Sempre a procurar fazer melhor. Com a Ramada não há engano, O ensino é o nosso bem maior. Lembro, com carinho, os que se aposentaram. Assistentes, professores, amigos. São, a todo o momento, recordados pois fomentaram Ensino de qualidade e sem inimigos. Com todos partilho bons momentos. Um ano novo que constantemente se renova. Nem sempre livres de alguns “tormentos”, Desejando continuamente uma boa-nova. A escola é o nosso orgulho Razão de exercer a profissão. Iniciámos projetos até julho A todos, constantemente, peço compreensão. Ramada, escola de heróis, A batalhar diariamente. Mesmo quando correm mal os futebóis Aqui estamos sempre estoicamente. Desejo um Feliz Natal e um ótimo ano A todos um abraço deste V. transmontano. Edgar Oleiro
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Ano IV, Nº10
Grow Them Up: Sonhar Mais Alto Muitos jovens diriam não a esta
Claro que, para além da competição em si, crescemos
oportunidade, mas aceitámos o de-
imenso em termos pessoais: foi muito enriquecedor perce-
safio, e não nos arrependemos.
ber e ouvir as diferentes adaptações do Jose e da Wiem à
Nem por um segundo.
sociedade portuguesa. O Jose não estava habituado a que
Tudo começou com o convite, com
a chuva que não fosse vertical (parece que no Panamá os
o desafio da professora de Inglês: E
chapéus de chuva são de facto úteis, enquanto em Portu-
se a turma desenvolvesse um pro-
gal, como sabemos, não vale a pena utilizar um guarda-
jeto de empreendedorismo social? E se a turma recebesse
chuva, a maior parte das vezes, porque acabamos por nos
dois jovens estrangeiros universitários? E se a turma ino-
molhar por causa do vento); a Wiem adorou a cidade, par-
vasse, criasse, aplicasse os conhecimentos teóricos à reali-
ticularmente o Porto (sim, foi lá passar férias depois), em-
dade? E se a turma fizesse a diferença?
bora tenha sido difícil comunicar em inglês com o povo
Pois bem, a turma aceitou, de imediato. O êxtase foi quase
português.
global e a vontade de começar o mais cedo possível foi am-
Retomando, foi um êxtase geral quando soubemos que está-
plamente visível.
vamos entre os 15 melhores projetos em Portugal e que,
Tudo começou, efetivamente, no início de fevereiro do ano
deste modo, iríamos participar na final para se decidir o
letivo passado, quando recebemos na nossa escola os dois
grande vencedor.
voluntários: o Jose, do Panamá, e a Wiem, da Tunísia. Con-
Pois bem, arregaçámos, uma vez mais, as mangas e prepará-
támos com eles durante seis semanas. Nunca seis semanas
mos a apresentação. No grande dia da final, demos o nosso
passaram tão rapidamente. O desafio foi sem dúvida um
melhor e... Ganhámos!
desafio, uma vez que nos levou por completo ao nosso li-
Podem ver a nossa reação na nossa página de Facebook. O
mite (por várias vezes, soubemos com 5 ou menos dias to-
sentimento foi claramente o de "Foi imensamente imenso,
do um conjunto de tarefas e critérios aos quais tínhamos
tremendamente trabalhoso, mas tudo valeu a pena". Foi
de corresponder para continuar na competição). Não foi
uma histeria global e não me lembro de ter visto alguma vez
fácil. O sucesso resultou do empenho de toda a turma.
abraços tão fortes e sinceros entre todos nós, entre a turma.
Acreditem, a "união faz a força", e foi o brainstorming glo-
Para os mais esquecidos, ou para aqueles que simplesmente
bal e as ideias de cada um que nos levaram a ter uma gran-
não conhecem a nossa história, o nosso projeto chama-se
de ideia e a fazer a campanha de marketing que vocês tão
Grow Them Up. Em linhas sucintas, ambicionamos alocar
bem conhecem.
estudantes universitários a empresas do interior do país,
Foram semanas nas quais também tivemos testes, fichas,
para que, por um lado, estes jovens tenham a sua primeira
apresentações. Não descorámos as nossas obrigações estu-
experiência profissional (o que é tão valorizado no mercado
dantis, de todo, aprendemos a gerir-nos melhor e a definir
de trabalho atualmente) e, por outro lado, ajudem na dina-
este projeto como uma prioridade.
mização das áreas rurais e no crescimento das respetivas empresas, a fim de que se criem postos de trabalho e se retome alguma competitividade do interior de Portugal. Pois bem. O desafio já passou, a vitória já cá está, as memórias permanecem. Agora é passar para a fase seguinte: a IMPLEMENTAÇÃO. Quanto a esta, fiquem atentos! Andamos por aí! Nuno Vilaça (ex-11º F), Grow Them Up
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Nós em Notícia
Cuida de Ti: Diabetes Mellitus O que é a diabetes mellitus? A diabetes mellitus é uma complexa e crónica doença de longa duração (geralmente com progressão lenta e potencialmente incapacitante) que se caracteriza por um aumento sustentado dos níveis de glicose/açúcar no sangue por alteração da produção de insulina (hormona produzida pelo pâncreas que facilita o movimento da glicose do sangue para as células de forma a que possa ser usada) e por alteração na resposta das células do nosso corpo. Este transforma alguns dos nutrientes ingeridos em glicose, principal fonte de energia para o nosso corpo. Assim, na diabetes mellitus, a glicose acumula-se no sangue porque não pode ser facilmente absorvida da corrente sanguínea para as células. Ter valores elevados de glicose no sangue (glicémia) não é saudável, pois pode danificar muitas partes do corpo, tal como o coração, os olhos, os rins e os nervos. Existem diferentes tipos de diabetes mellitus? Existem quatro tipos clínicos de diabetes mellitus, com causas diferentes, nomeadamente: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes gestacional e outros tipos específicos de diabetes. A diabetes tipo 1 resulta da destruição de células do pâncreas, não produzindo assim insulina, sendo indispensável a administração de insulina por injeção para sobreviver. A diabetes tipo 2 resulta da deficiente produção de insulina e com um grau variável de resposta insuficiente das células do nosso corpo aos níveis de insulina, estando frequentemente associada à obesidade, hipertensão arterial e anomalias dos lípidos (gorduras) no sangue. A diabetes gestacional corresponde a uma anomalia do metabolismo da glicose documentada, pela primeira vez, durante a gravidez. Os outros tipos específicos de diabetes são resultantes de um processo cujas causas e mecanismo de desenvolvimento está identificado. Porque a maioria dos casos de diabetes mellitus são do tipo 1 e do tipo 2, irei apenas abordador estes dois tipos. Como lidar com a diabetes mellitus? Sendo uma doença crónica, o principal desafio é saber lidar com ela. E este desafio é tanto para os jovens e seus pais, como para os profissionais da escola. É fundamental que numa primeira fase haja a capacitação de todos os intervenientes sobre: o que é a diabetes, como se manifesta, que cuidados se devem ter relativamente à alimentação, à prática de exercício físico, como controlar os níveis de glicose no sangue, reconhecer sinais de hipoglicémia (baixa concentração de glicose no sangue) e hiperglicemia (elevada concentração de glicose no sangue) e como atuar. Ultrapassada esta etapa, os níveis de ansiedade diminuem consideravelmente e o problema deixa de ter a mesma dimensão inicial, embora requeira a atenção de todos! Como controlar a diabetes mellitus? O controlo da diabetes tem como principal objetivo reduzir o risco das complicações agudas e crónicas e assenta em 4 grandes pilares: avaliação da glicémia, administração do regime terapêutico, regime alimentar e prática de exercício físico. Tanto na diabetes tipo 1 como na diabetes tipo 2, os adolescentes precisam de uma dieta saudável com alimentos em quantidades ajustadas à idade e fase de crescimento, devendo o plano de alimentação ser orientado por um profissional de saúde. Relativamente à atividade física, a diabetes mellitus não deve ser uma barreira à sua prática, uma vez que é muito benéfica e deve ser mesmo encorajada, desde que seja ajustada às capacidades e características dos adolescentes. Alguns devem lanchar antes das atividades, enquanto outros devem tomar pequenos lanches a meio da atividade ou mesmo de-
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Ano IV, Nº10
pois. Líquidos sem açúcar devem ser consumidos para evitar a desidratação. Aconselha-se a medir a glicemia antes, durante e após o exercício. Como prevenir a diabetes mellitus? Atualmente, não há nenhuma medida conhecida para prevenir a diabetes tipo 1. Há muita evidência de que as mudanças de estilo de vida (dieta equilibrada e nutritiva, atividade física adequada, peso corporal saudável) podem ajudar a atrasar e a prevenir o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Uma alimentação saudável é primordial para a prevenção da diabetes tipo 2 porque o excesso de peso e a obesidade estão muito relacionados com o seu aparecimento, assim como a atividade física, porque permite perder peso, reduzir o nível de açúcar no sangue e aumentar a sensibilidade à insulina. Outro comportamento a ser considerado relaciona-se com o padrão de sono. Tanto os períodos de sono curtos como longos podem estar associados a um maior risco de aparecimento de diabetes tipo 2. Podemos assim concluir que a prevenção da diabetes tipo 2 está diretamente relacionada com a adoção de estilos de vidas saudáveis. Alexandre Santos de Oliveira Enfermeiro de Saúde Escolar do Gabinete de Apoio ao Aluno da Escola Secundária da Ramada (enfermeiro da Unidade de Cuidados na Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde LouresOdivelas) Contacto: alexandre.saude.escolar@gmail.com
Gabinete de Apoio ao Aluno a Funcionar Tens dúvidas sobre alimentação saudável, violência, sexualidade, socialização ou qualquer outro tema? Olá aluno da Escola Secundária da Ramada, sabias que já dispões de um espaço onde podes falar com um técnico especializado num clima de confiança e confidencialidade? Tens dúvidas sobre algum tema relacionado com a saúde? Ou precisas apenas de falar e desabafar com alguém? O Gabinete de Apoio ao Aluno já está a funcionar, este período no contentor junto o Pavilhão E, mas a partir de janeiro teremos novas instalações, no pavilhão do Bar/Refeitório. Neste Gabinete terás à tua disposição o enfermeiro de Saúde Escolar, a psicóloga escolar e a assistente social do projeto SEI. Consulta aqui os horários: Psicóloga - Sara Costa: terças-feiras das 11h30 às 12h30 Enfermeiro - Alexandre Oliveira: primeira segunda-feira do mês e 3ª sexta feira do mês entre as 11h30 e as 12h30 e entre as 13h15 e 14h30. Assistente Social (Projeto SEI) - Sandra Alves: quarta-feira das12h30 às 13h30 e quinta das 11h30 às 12h30. Professora Margarida Castro
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imagem ou gráfico.
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Projeto Promove A prática de atividade física regular concorre para a melho-
Após uma primeira avaliação realizada nas aulas de Educa-
ria da saúde, o bom funcionamento do organismo e o bem
ção Física, é solicitada aos Encarregados de Educação a
-estar ao longo da vida. A idade escolar surge como uma
participação do(a) seu(sua) educando(a) no projeto.
oportunidade única de intervir, promovendo a prática do
A intervenção será composta, no mínimo, por uma sessão
exercício físico regular, através de experiências agradáveis
semanal de 45 minutos, compatível com o horário do alu-
de aptidão física, fundamentais na prevenção do sedenta-
no. No entanto, o desejável é que o aluno possa realizar,
rismo. Jovens que praticam regularmente atividade física
para além das duas aulas de Educação Física semanais,
para além de verem melhorias na sua aptidão física, en-
comtempladas no horário, mais duas sessões de treino
contram diversos benefícios nas mais diversas componen-
acompanhado por um dos professores da equipa do PRO-
tes, incluindo benefícios psicológicos,
MOVE ( o Prof. Bruno Martinho, a Profª
cognitivos, biológicos e também sociais.
Margarida Castro, a Profª Paula Pata ou o
O projeto PROMOVE – Projeto de Pro-
Prof. Vítor Arsénio).
moção da Saúde através do Movimen-
Este projeto envolve ainda a participação
to surge na Escola Secundária da Rama-
do aluno numa avaliação do seu estado
da pela necessidade diagnosticada de
geral de saúde, a realizar pelo enfermeiro
intervir sobre alunos cujos índices de
da Saúde Escolar no Gabinete de Apoio
saúde estão abaixo do desejável para
ao Aluno da nossa escola. Caso se justifi-
sua idade.
que poderá ser realizada a ponte com o
O objetivo é promover a prática de atividade física regular,
Médico de Família.
a adoção de hábitos alimentares saudáveis, melhorar os
O PROMOVE inclui ainda a participação do aluno em Pa-
indicadores de saúde cardiovascular, óssea e muscular,
lestras/Sessões sobre temáticas relacionadas com Estilos
bem como, promover a manutenção de um peso saudável
de Vida Saudáveis: Nutrição; Atividade Física; Coaching de
em crianças e adolescentes.
Saúde e Bem-Estar.
Este Projeto destina-se a alunos da Escola Secundária da
Acreditamos que a escola pode ser um local de promoção
Ramada que tenham um ou mais indicadores de saúde
da saúde.
Fora da Zona Saudável de referência para a sua idade.
Fomos ao Teatro: Auto da Barca do Inferno No âmbito da disciplina de Português , o 9ºB e algumas turmas do 9º ano foram assistir à peça Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, levada a cena pela companhia de teatro “O Sonho” , no dia 07 de dezembro de 2016 (Quarta-feira). Mal chegamos ao teatro ,fomos abordados por um senhor sobre os cuidados a ter durante e após a peça . Este auto tem como objetivo satirizar a sociedade do Séc.XVI . Com a ida ao teatro, conseguimos perceber melhor a mensagem transmitida pelo dramaturgo . A meu ver, foi uma grande representação. O que mais me cativou foi a interação com o público. A minha personagem favorita foi o Parvo (Joane) sendo que provocou diversas vezes o riso através das suas acções. A companhia de teatro “O Sonho” fez um excelente trabalho e aconselho a verem a peça . Alexandra Agostinho, 9ºB
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A equipa ProMove
Ano IV, Nº10
Uma Pequena História do Sexo No dia 13 de dezembro realizou-se na nossa escola o seminário intitulado “Uma Pequena História do Sexo” no âmbito do Projeto de Educação para a Saúde. O seminário foi dinamizado pela jornalista e investigadora da história do sexo, Isabel Freire. Tratou-se se uma sessão de uma hora e meia em que se refletiu sobre a “cidadania da sexualidade”, a partir de uma retrospetiva das mudanças políticas, legais, sociais e culturais, ocorridas nas vivências íntimas - afetivas e sexuais - dos portugueses, desde o Estado Novo. Isabel Freire começou por enunciar os assuntos que não iria abordar, mas que os alunos certamente estariam à espera, dado o título do seminário, como sejam, as doenças sexualmente transmissíveis, os métodos contraceptivos, entre outros, habituais em sessões deste âmbito. Penso que terá, deste modo, chamado a atenção dos alunos, que ficaram curiosos acerca daquilo que iriam ouvir. Iniciou-se assim esta pequena história do sexo com a pergunta: “E se hoje fosse dia 13 de dezembro de 1956?” De seguida, foi feito um flashback à vida íntima e quotidiana nos anos 1950, 1960 e 1970, bem como, um resumo das principais conquistas das últimas décadas, em matéria de “cidadania da intimidade”. O objetivo deste seminário foi levar os alunos a pensar a sexualidade numa lógica de cidadania e refletir sobre os direitos sexuais; reconhecer o caráter político e histórico da sexualidade; identificar formas de discriminação de género e atropelos aos direitos sexuais promovidos ao longo da nossa história recente; perceber a influência dos contextos socioculturais para a formação da identidade e definição de vivências da intimidade afetiva e sexual; conhecer os preconceitos com que foram educadas as gerações anteriores (pais, avós, bisavós), em matéria de sexualidade e, por último, incentivar ao diálogo intergeracional, em família e meio escolar. A ideia geral do seminário foi levar os alunos a refletir sobre as vivências afetivas nos dias de hoje, tendo como base a história das vivências afetivas e sexuais desde o Estado Novo. Professora Sofia Bailó
European Youth Parliament: Pensar Mais Além Entre os dias 24 e 27 de novembro, realizou-se um dos obje-
Também não foi fácil. Acordar às 7h30 e voltar à 01h00 da
tivos que já tinha há algum tempo: representar a escola nu-
manhã à pousada, com trabalho ainda para fazer nas co-
ma sessão do Parlamento Europeu de Jovens, este ano na
missões: problemas para identificar, soluções para arranjar,
Maia.
uma resolução para escrever. E no dia seguinte o mesmo.
Não foi a primeira vez que participei
Foi um cansaço geral, mas completamente compen-
numa sessão, mas foi sim a primeira
sado pela experiência em si!
vez a representar a escola. Sabia ao
No final, acabei por ser selecionado para uma ses-
que ia e, portanto, estava mais do que
são internacional, o que veio ainda mais aguçar esta
entusiasmado!
magnífica experiência! Eu e mais dois de nós!
Para mim, esta experiência foi sem
Para vocês que estão a ler isto: arrisquem, inovem,
igual. Criámos um grande espírito de
ambicionem. Façam coisas que ajudam no vosso
equipa e acabámos por espalhar a ima-
crescimento, mesmo que não vos sugiram. Arran-
gem de uma Ramada super unida, coe-
jem um professor e façam-se à estrada! Conheçam
sa e divertida!
o mundo, tornem-se internacionais. Pensem mais
Tudo foi mágico. As pessoas, as relações que criámos, a for-
além!
ma fantástica como nos divertirmos todos juntos, o traba-
Queria, por fim, agradecer todo o apoio da escola e, parti-
lho que desenvolvemos, a forma como o apresentámos e
cularmente, desta grande stora que nos acompanhou!
discutimos, o ambiente internacional que vivemos. A família
Obrigado, Ramada!
que criámos!
Nuno Vilaça, 12ºE
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Uma Viagem Inesquecível Tudo começou numa certa tarde quan- bate. Todos vestidos formalmente, en- ti, e repetia vezes e vezes sem condo recebi um telefonema do meu cole- frentámos a Assembleia Geral, onde ta, foi o "Euroconcert" que foi extraorga Nuno Vilaça, que não esperava ter propusemos as nossas soluções, de- dinário! Os alunos da Ramada particium impacto tão sério e positivo na mi- monstrámos a nossa capacidade de as param e fizeram com que o público nha vida. Propôs-me uma ida ao Porto, debater espontaneamente e revelamos dançasse, cantasse e recordasse os veespecificamente na Maia, durante qua- o nosso conhecimento e o nosso inte- lhos tempos (lembras-te dos Dzrt?!). tro dias onde iríamos expor e pôr em resse relativo ao tema. prática as nossas competências na lín-
Um conselho: improvisado é sempre
Agora, perguntam-me: o que pen- melhor!
gua inglesa, a capacidade de debater e so de tudo o que se passou em apenas A
experiência
proporciona-
de interação com diferentes pessoas de quatro dias? A minha resposta será: a da é inacreditável. Não foi nada do que diversos países.
experiência foi inesquecível! Nunca esperava, foi muito, muito melhor. Ain-
O primeiro dia consistiu em atividades pensei que ao trabalhar tanto quanto da me questiono como é que consegui de "Team Building", onde após os dele- fizemos eu me divertisse e aprendesse aprender tanto e divertir-me tanto num gados formarem os seus comités (6 tanto. Trabalhar em equipa possibilitou espaço de tempo tão curto. Neste modelegados por cada comité, no total de -me melhorar as minhas capacidades mento, estou a sofrer de um sentimen8) procederam à realização de várias de comunicar e de confiar nos outros. to de saudade do EYP, que todos senatividades interativas e muito diverti- Além do mais, ainda continuo em con- tem quando regressam. Sinto saudades das de modo a estabelecer ligação com tacto tanto com a coordenadora do do entusiasmo, das danças loucas e da os seus colegas. Muitas amizades foram meu como com os meus colegas; com música alta para nos acordarem e mecriadas, a equipa ganhou confiança
xermo-nos, dos fatos formais que nos
mas, o que de facto contou mais foi
faziam sentir muito importantes, dos
"entrar na onda" e sentir a alegria en-
fotógrafos que tentavam sempre tirar
tre todos.
as melhores fotos dos melhores mo-
O segundo e o terceiro dias consistiram
mentos, da pressão do júri que nos fa-
no trabalho dos comités, onde tivemos
zia querer mais e mais o sucesso, dos
que identificar os problemas em rela-
meus amigos, do convívio, das madru-
ção a um certo tema e também procu-
gadas e de fazer o relatório do dia à
rar soluções para o mesmo. Foram dias
professora
de
Inglês,
Ana
Mar-
extremamente cansativos onde tínha- eles espero ter mais experiências des- tins, quando a Ramada se encontrava mos de ter a nossa cabeça a funcionar tas. Para além disso, a pesquisa e parti- no final do dia para matar a saudade e até ao momento em que nos deitáva- lha de informação acerca de um certo dar umas gargalhadas. mos. No entanto, os eventos "Euro- tema possibilitou-me perceber as pers- Será que repetia a experiência? Repetia concert" (concerto onde os delegados petivas dos meus colegas e também num piscar de olhos! E tu, do que estás participaram e mostraram algumas das entender melhor o mundo, pensando à espera? Inscreve-te, participa, vais suas habilidades como cantar, dançar, "fora da caixa". As horas sem dormir, o poder conhecer o mundo. Mas o mais etc.) e ainda a "Festa dos Anos frio, o trabalho de madrugada e o can- importante é desfrutar da sensação e 80" (onde fomos todos vestidos a rigor saço compensaram quando a minha divertires-te ao máximo (palavras da à anos 80 e pudemos descansar e di- resolução foi aceite ao ser apresentada professora.). Só tens a ganhar! Espero vertirmo-nos ao máximo com as danças na Assembleia Geral. ao som dos Journey) foram distracções Nada nos satisfaz mais do que o sucesperfeitas.
so. Sim, a Assembleia Geral é espetacu-
Finalmente, no quarto e infelizmente lar, mostras quem realmente és! Para último dia procedemos ao grande de- além do trabalho, onde mais me diver-
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ver-te futuramente! Safia Muhammad, 12ºE
Ano IV, Nº10
Maia 2016 Foi Assim... Eu e os meus colegas, juntamente com a professora Ana Martins tivemos uma breve, divertida e cansativa aventura durante quatro dias na cidade da Maia. Foi, certamente, uma experiência interessante, uma vez que tive em contacto com pessoas diferentes com uma nacionalidade diferente da minha. No início, quando nos separaram, a mim e aos meus colegas de escola, por comités, eu sentime assustada e pensava no porquê de me ter voluntariado para participar nesta atividade, pois eu não ficaria com nenhuma das pessoas que eu conhecia e senti que não iria ser capaz de me relacionar com as pessoas com quem tinha ficado. No entanto, com os jogos que fiz com o meu comité ao longo do primeiro dia, não só comecei a apreciar o facto de estar lá, como também comecei a ficar ligeiramente mais à vontade com as pessoas com quem estava e no sítio em que me encontrava. Nos dias seguintes, a discussão sobre o meu tema foi interessante, principalmente porque pude fazê-la em inglês, uma língua que eu gosto de falar. Contudo, fizemos a discussão em salas cuja temperatura não era a mais agradável, estava imenso frio e se isso fosse alterado, eu diria que as nossas sessões eram excelentes. Em relação às festas, apesar de acontecerem muito tarde e depois de um longo dia de trabalho, foram agradáveis, porque podia partilhar o que tinha feito nas minhas sessões com os meus colegas de escola e com a minha professora e podia ouvir as suas experiências também. Sendo que, graças a esta aventura, entrei, pela primeira vez, numa discoteca (pelo menos, penso que era uma discoteca). Seguidamente, após estas festas, regressávamos à pousada. Dormíamos poucas horas, o que, a meu ver, era um problema (dormíamos cerca de 5-6 horas, talvez menos), porque algumas vezes era difícil concentrar-me nas sessões que tinha. No último dia, tivemos a oportunidade de ver e discutir os problemas e as resoluções feitas por cada comité, o que na minha opinião resultou num bom debate, porque tive a oportunidade de ouvir as críticas feitas pelos comités à resolução feita pelo meu e vice-versa. No final do dia tive de regressar a Lisboa e, logo que cá cheguei, senti saudade dos dias em que tive a trabalhar com o meu comité, a interagir com as pessoas do Porto e fiquei a pensar nas várias coisas que lá fiz e que nunca pensei que alguma vez as fosse fazer por vergonha. Em suma, posso dizer que esta experiência fez-me sair da minha zona de conforto e isso foi positivo. Não fui para a Maia em vão, porque também criei novas amizades que não ficaram só lá, pois ainda falamos de vez em quando nas redes sociais. E se pudesse ir outra vez, ia! E para quem puder ir, que vá, porque é brutal! Cadi Baldé, 12ºF
EYP: A Experiência No início desta aventura não sabia o que era o EYP nem o que se fazia lá, não fazia a mínima ideia de onde estava a meter! Tinha sido convidado à última da hora para ir ao Porto falar em inglês e eu simplesmente aceitei. Agora estou a sofrer de PED, Post EYP Depression, e estou extremamente ansioso pelo próximo! Lá fiz muitos amigos, mas especialmente uma família, o meu comité, com pessoas desde Coimbra até à Noruega, passando pelo Porto e pela Suécia. A sessão foi muitas coisas, senti muitas emoções, teve muita brincadeira (as pessoas lá são completamente doidas, no bom sentido), mas também muito trabalho e sempre sob muita pressão, porque tínhamos pouco tempo. No final, foi algo único e inesquecível. Fiz memórias que guardarei comigo para sempre e não tenho dúvidas que me enriqueceu culturalmente e me abriu os olhos para o vasto mundo em que estamos inseridos. Luís Silva, 12ºD
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A Revolução É Necessária A palavra “Educar”, do latim educare, educere, significa secundário tem os mesmo níveis médios de ansiedade que literalmente “conduzir para fora” ou “direcionar para fora”. um paciente psiquiátrico em 1950. Visto isto, podemos dirigir-nos a um dos pontos que não se suporta no sistema educativo português. A escola comete crimes. A escola mata a criatividade e principalmente a individualidade. O sistema é igual para todos, mas não somos todos iguais. Cada um passa por um processo de aprendizagem diferente. Cada um tem uma
A escola não devia ser um lugar acolhedor que preparasse jovens para o futuro? A mim, aluna do 11.º ano, só me faz sentir esgotada e incapaz. Mas isto sou eu que digo e que penso. Eu. Uma simples aluna. Uma adolescente ignorante que se devia simples-
força diferente e tem diferentes sonhos. E o que acontece a mente habituar à realidade e, consequentemente, encaixarisso? É ignorado. Ignorado e esmagado com todas as forças, se nela sem se queixar. pois há uma imbecilização dos alunos. E o que tem isto a ver com o significado da palavra
Porque é que em Portugal não se adota um sistema de ensino semelhante ao finlandês?
“Educar”? Tudo. Se educar significa “conduzir e direcionar
Na Finlândia, os alunos têm metade das horas de aulas
para fora”, fazer com que o melhor do indivíduo venha ao
em relação ao sistema português. Têm o mínimo de traba-
de cima, fazer com que os talentos sobressaiam, a escola
lhos de casa. Predomina um conhecimento prático em vez
está a fazer exatamente o contrário. Está a conduzir e dire-
do teórico.
cionar para dentro.
Não há morte da criatividade no
Os programas disciplina-
sistema finlandês. Há a dedicação de
res são enormes e têm de
uma grande parte do tempo à músi-
ser cumpridos. Quilómetros
ca, artes e desporto. Não existe um
de matéria que são direcio-
ambiente de competitividade entre
nados e conduzidos para
os alunos. E, principalmente, há um
dentro e que, realmente,
grande investimento nos seus pro-
não alimentam o cérebro
fessores (algo que não acontece em
com conhecimento. Essa
Portugal). Os professores são muito
matéria vai sair em testes e
bons e recebem os seus devidos sa-
exames. Testes e exames a
lários. Em Portugal, há um desprezo
que os alunos são submetidos obrigatoriamente. Testes e
enorme pelos professores, quer por parte dos alunos, quer
exames que medem a capacidade de memorização em vez por parte do Estado e que leva a que haja uma desmotivada inteligência. É um tipo de bulimia educativa. Estuda-se,
ção e um cansaço que interfere no seu trabalho e na sua
estuda-se, e depois vomita-se tudo no teste, volta-se a estu- função. dar e a vomitar num processo constante e contínuo sem que, na maior parte das vezes, se assimile conhecimento. A ansiedade é uma constante na vida dos estudantes,
Há que investir na redução dos programas, na redução do número de horas de aulas, na valorização profissional e social dos professores e acabar com a morte da criatividade.
que, em vez disso, deviam entusiasmar-se com o deslumbre O ensino seria melhor e os alunos seriam mais felizes na pelo conhecimento.
escola.
A pressão familiar com que a maior parte dos estudantes lida e o receio de não concretizar as expectativas pessoais
Patrícia Alexandra Rosado, 11º G
levam-nos a uma existência dominada pela angústia e, nal-
Fontes:
guns casos, à depressão.
https://www.psychologytoday.com/blog/anxiety-files/200804/how-big-
Algo está errado quando Portugal faz parte dos países em que os alunos menos gostam de vir à escola. Algo está absolutamente errado, quando um aluno do
problem-is-anxiety https://criancasatortoeadireitos.wordpress.com/tag/a-saude-dosadolescentes-portugueses/ https://www.youtube.com/watch?v=JizbPJsT6G8 https://www.youtube.com/watch?v=dqTTojTija8
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Ano IV, Nº10
A Crónica do Pedro Pernica: Televisão: Um Estudo Sem Sentido Quando me propuseram que eu escrevesse sobre a influên-
18h10 – Passaram-se 6 horas desde a última entrada neste
cia da televisão nos jovens, pensei que seria fácil, que seria
bloco de notas. Resumidamente, depois de almoço vi um
só mais um texto igual a tantos outros. Afinal, qual é difi-
filme, e três episódios da série Hawaii Five-0. Neste momen-
culdade? Eu sou um jovem, logo até estou mais dentro do
to estou a ver a “A Máquina da Verdade” na TVI. Um se-
assunto. “Isto vai ser fácil” pensei eu no início. Acabávamos
nhor sentado numa cadeira, cheio de fios, jura que não rou-
de entrar em Outubro. Quando dei por mim, estávamos em
bou duas galinhas ao vizinho. Pelos vistos está a mentir. Dói
finais de Novembro, e minha folha do Word permanecia
-me a cabeça.
igual a quando comecei: branca.
21h47 – É de noite e, como está toda a família reunida na
Decidi então tentar outra abordagem e, como a prática le-
sala, estou a assistir a uma novela. Como não percebo o
va à perfeição, propus a mim mesmo uma experiência. Co-
enredo, faço algumas perguntas. A minha mãe manda-me
mo não conseguia escrever sobre a influência que a televi-
calar.
são tem sobre os jovens, decidi que, sendo eu um jovem, a
23h15 – Desligo a televisão. A experiência acabou. Despejo
melhor maneira para a compreender seria sendo influenci-
um frasco de gotas para olhos, tomo duas aspirinas e vou
ado. Basicamente, propus-me a passar um dia inteiro a ver
para a cama.
televisão. E não, não foi uma desculpa para passar um dia a
A partir desta experiencia concluí que:
mandriar. Eu fiz este sacrifício em prol da ciência!
1.Ver televisão o dia todo faz mal. Eu até aconselhava a não
Ao longo desse dia fui tirando notas do desenvolvimento
repetir esta experiência em casa, mas é em casa, precisa-
da experiência. Transcrevi as mais importantes:
mente, o único local onde podemos fazer tal coisa.
8h34 – Após um valente pequeno-almoço, deitei-me no so-
2.No que diz respeito à influência da televisão nos jovens, é
fá e liguei a televisão. Começou a expe-
ainda mais complexo do que pensei.
riência. Decidi começar por ver o que se
Passo a explicar. Passar o dia todo a ver
passou no mundo enquanto dormia, e,
televisão não foi uma ato completa-
por isso, sintonizei no noticiário da
mente aleatório. Todos os dias, todas a
RTP1. Não aconteceu nada de especial,
pessoas veem televisão. Se assistem,
estão só a passar notícias do dia ante-
mais ou menos tempo, isso depende de
rior. Fiz um breve zapping pelos outros
vários factores, que são demasiados
canais generalistas: na TVI transmitem
complexos para estarem aqui a ser es-
notícias, na RTP2, desenhos animados,
critos. A verdade é que, queiramos ou
e na SIC adivinham o futuro de uma senhora através de car-
não, vamos estabelecer, ao longo da vida, uma relação mais
tas. Pelos vistos, voltará a ter sorte na procura do amor,
fiel e duradoura com a televisão do que com certas pesso-
mas não na de trabalho (mas isso é o país inteiro).
as. E é também verdade que é na adolescência que nos
11h41 – Surgiu o primeiro problema. A minha irmã acusa-
definimos, isto é, nos rodeamos de modelos para cons-
me de estar a monopolizar a televisão da sala e exige que
truir a nossa pessoa. A televisão, para o bem e para o mal, é
eu saia. Eu defendo-me e digo-lhe que o que estou a fazer é
um desses modelos. Se ao vermos mais cenas de violência
em nome de um bem maior. Ela não quer saber, e faz uso
nos tornamos mais violentos e agressivos, ou se assistir a
de tácticas de guerra psicológica.
mais anúncios faz com que compremos mais champô anti-
11h43 – A minha irmã ganhou. Mudei-me para o meu quar-
caspa, isso deixo que a psicologia decida. Mas de uma coisa
to, liguei a televisão e percorri os canais. A pilha acabou e
tenho a certeza. Ser esperto é a melhor maneira de garantir
fico por breves momentos preso no Canal Panda, juntamen-
que não somos enganados, influenciados ou desinformados
te com uma criança, um balão de ar quente, e o que parece
pela televisão. Não que ela seja uma coisa má, pelo contrá-
ser um cato falante. Bato com o comando na mesa e consi-
rio. Mas se nos queremos manter sãos, devemos adotar um
go mudar de canal. Mais tarde, venho a saber pelos meus
consumo responsável e evitar certos hábitos, como não ver
primos, de 5 e 3 anos, que tinha acabado de assistir ao Ós-
televisão o dia todo.
car, o Balonista. O que a gente aprende com os mais novos.
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LÁ POR FORA… Um Filme... Assassin’s Creed Através de uma tecnologia revolucionária que desvenda suas memórias genéticas, Callum Lynch revive as aventuras do seu antepassado, Aguilar, na Espanha do século XV. Callum descobre que é descendente de uma misteriosa sociedade secreta, os Assassinos, e que reúne conhecimentos e habilidades extraordinárias para controlar a opressiva e poderosa organização Templários no presente. Baseado nos jogos com o mesmo nome, chega agora ao cinema o filme. Mas se pensas que o filme é a adaptação do jogo à tela, desengana-te: o filme decorre no mesmo universo dos jogos, mas possui uma história original que expande a mitologia da série.
Uma Exposição...Clima - Expo 360º Esta exposição, no Museu Nacional de História Natural e Ciência, aborda o tema das alterações climáticas causadas pelas emissões dos gases com efeito de estufa resultante das atividades humanas, proporcionando uma melhor compreensão do sistema climático através das últimas observações, simulações e análises de vários cientistas. A exposição alerta também para a importância da mobilidade sustentável, da economia de baixo carbono e para os impactos sociais das alterações climáticas. Organizada em quatro vertentes a que se acrescentou mais uma especificamente sobre Portugal, integra dados e cenários centrados em Portugal, a partir de estudos científicos apresentados de forma inédita e apelativa. Inicialmente apresentada em Paris, no contexto da 21ª Conferência Mundial sobre Clima (COP21) e do Acordo de Paris, a exposição tem circulado por todo o mundo e chega agora a Lisboa. Podes visitá-la até ao final de Fevereiro.
Um Livro… Hoje Aconteceu-me Uma Coisa Brutal Depois de ter passado uma semana com fortes dores de cabeça, Daniel descobre de forma inesperada que, tal como os super-heróis da banda desenhada, possui poderes que não controla e dos quais não pode fugir. Mas o que é que acontece quando alguém acorda um dia com uma força sobrenatural para a qual não está preparado? Os seus amigos, que aprenderam muito com os “comics”, recordamlhe a clássica máxima de Stan Lee “um grande poder acarreta uma grande responsabilidade”, comparam-no ao Wolverine e tentam ajudá-lo na sua nova faceta de justiceiro para que não se converta num novo Darth Vader. E enquanto percorre as ruas da cidade tentando assumir o seu novo papel, não deixa de interrogar-se sobre o que será correcto: ser um herói implica conquistar, lutar e dominar ou proteger, salvar e ajudar? Poderá ser uma mistura de tudo? Neste intercâmbio de papéis, os autores entenderam que o mascarado precisa mais do Daniel que o Daniel do mascarado. Não obstante, o nosso herói contemporâneo terá de suportar uma grande carga: a mesma que Batman e o super-homem carregam.