Nós em Notícia 5

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Escola Secundária da Ramada

Nós em Notícia Ano II, Número 5

Dezembro 2014

Editorial Nesta altura do ano sabe bem o descanso que a pausa letiva do Natal proporciona, permitindo-nos repousar um pouco e recarregar as baterias necessárias para o novo ano que se avizinha. Aproveitamos para passar mais tempo com a família e os amigos e pa-

Nesta edição: Associação de Pais da

ra fazermos as coisas para que geralmente não temos tempo. 2

ESR

E porque temos mais tempo, neste número, apresentamos a Associação de

Dia do Diploma 2014

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“E Depois de Darwin”

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450 Anos de Shakespeare

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Pais da nossa escola, que tem um papel fundamental na colaboração com a es-

Exposição: Outubro de

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1910– Maio de 1926 E se Fossemos

nos. Visitámos a exposição do Grupo de História e saímos de lá mais sábios. A propósito da nossa história, o Pedro Pernica escreveu uma crónica fabulosa

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Espanhóis? Lá Por Fora...

cola e na promoção do sucesso dos alu-

sobre o 1 de dezembro. Fomos ao teatro com as turmas do 11ºano e refletimos sobre a influência do nosso comportamento no meio ambiente. E não nos esquecemos de cele-

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brar o aniversário do nascimento do Bardo da Literatura Inglesa, William Shakespeare. Por fim, não queremos deixar de vos desejar um Santo Natal e um Feliz Ano Novo. Reencontramo-nos em 2015! Ana Martins e Ana Rodrigues

Nós...e os Outros No passado dia

Os alimentos recolhidos serão, como

28 de novem-

anteriormente divulgado, distribuídos

bro, demos por

por duas instituições particulares de

encerrada

a

solidariedade social, nomeadamente

campanha

de

Banco Alimentar Contra a Fome e

recolha de ali-

Movimento Odivelas no Coração,

mentos “Nós…e

contribuindo assim para que alguns,

os Outros”, no âmbito do estudo do te-

mais necessitados, tenham um pouco

ma Solidariedade na disciplina de Inglês.

mais nesta quadra.

Os alunos estão de parabéns pela forma como aderiram à iniciativa, pelo que se impõe um agradecimento a todos os membros da comunidade educativa que deram o seu contributo. Bem hajam!

A equipa dinamizadora


Nós em Notícia

Damos a palavra a… Associação de Pais da ESR “Para educar uma criança é preciso uma aldeia inteira”, foi sempre este o meu pensamento enquanto dirigente associativo. Olhar para a comunidade escolar e pensar, todos os dias, que todos somos precisos e que todos temos a capacidade de ajudar e fazer melhor. Os pais possuem hoje em dia capacidades de participar na Vida da Escola como nunca tiveram, seja como encarregados de educação, representantes de turma, membros do Conselho Geral ou fazendo parte das Associações de Pais e Encarregados de Educação. É por isso essencial que essa participação seja efetiva e sem “faltas de comparência”, pois somente assim é possível passar das palavras aos atos, algo que, por vezes, para nós portugueses, não é assim tão fácil. A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária da Ramada tem este ano o maior número de elementos de sempre nos órgãos sociais. Os seus 24 pais/encarregados de educação possuem como grande objetivo colocar em prática não só o ditado ancestral africano referido no início, de que todos somos precisos e de que todos podemos influenciar positivamente a vida uns dos outros, mas também para demonstrar que “Juntos Somos Mais Fortes”, que tem sido, aliás, o que tem acontecido desde o início do ano letivo. O presente ano letivo começou de forma bastante atribulada, com uma constante falta de professores e de auxiliares e, se o problema dos professores foi sendo resolvido, a muito custo, o dos auxiliares nem por isso. Durante mais de um mês a Escola não teve os funcionários a que tem direito e, por isso, foi preciso lutar e reclamar muito. Num país em que quem não reclama não vê os seus direitos satisfeitos, os membros da Associação de Pais, conjuntamente com a Direção da Escola e o Conselho Geral, reclamaram e conseguiram, a muito custo, que finalmente as coisas se resolvessem. O ato final da nossa contestação foi no dia 03/12/2014, quando uma delegação da Associação de Pais foi recebida na Assembleia da República, mais propriamente na Comissão da Educação, onde disse aos senhores deputados que situações como as que ocorreram no presente ano não se podem repetir, que a legislação de contratação de auxiliares tem de mudar, a fim de que a Escola tenha verdadeiramente autonomia para resolver esses problemas diretamente, sem estar semanas e semanas à espera de respostas do poder central ou do Centro de Emprego, que a nossa Escola, que no próximo ano faz 35 anos de existência, precisa de obras de fundo, pois nunca as teve, mas, principalmente, para enaltecer o elevado profissionalismo de professores e, essencialmente, dos funcionários, que embora trabalhando muito mais horas por dia do que deviam, nunca pensaram em fechar a Escola e que, só por isso, merecem um grande elogio do Ministério da Educação. É por isto, e muito mais, que os pais e encarregados de educação não podem, nem se devem demitir de participar da Vida da Escola, porque Todos Juntos Somos Mais Fortes e porque, para Educar Uma Criança é Preciso uma Aldeia Inteira! António Boa-Nova Presidente da Associação de Pais da Escola Secundária da Ramada

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Dia do diploma 2014

Ano II, Número 5

Hoje, dia 24 de novembro,

pena, educar os alunos com e para

ocorreu a cerimónia de entrega

os afetos se ia adensando. Na minha

dos diplomas aos alunos que con-

cabeça martelavam os versos de

cluíram o ensino secundário bem

Fernando Sabino «De tudo, ficaram

como dos prémios de mérito e

três coisas:/A certeza de que esta-

excelência referentes ao ano leti-

mos sempre começando.../A certeza

vo 2013/2014.

de que precisamos continuar.../A

Quis estar presente. Afinal

certeza de que seremos interrompi-

muitos dos jovens que ali estavam

dos antes de terminar...». Revejo-

foram meus alunos no seu percur-

me cada vez mais nesta mensagem.

so académico. Com eles reparti

Ser professor é fazer parte de um

conhecimento, com eles criei e

processo de construção que não

viver um momento de grande signifi-

tem fim. Estes alunos terminaram

cado. O momento do reconhecimen-

uma etapa das suas vidas, mas a

to do trabalho conjunto realizado no

minha tarefa de construção de indi-

incentivo da promoção escolar e o

víduos completos continua - num

da valorização do trabalho de exce-

trabalho útil, fértil, sem fim.

lência dos nossos alunos.

Os sons vibrantes de energia

Estamos todos de parabéns. Portanto «Fa[çamos] da interrupção um caminho novo... / Da queda um passo de dança... / Do medo, uma

difundi vínculos afetivos que, de

escada... / Do sonho, uma ponte.../

uma forma ou de outra, interiori-

Da procura, um encontro...»

zaram e que impulsionaram não só o seu processo de aprendiza-

Professora Augusta Andrade

gem como também a sua formação integral. Foi um fim de tarde de grandes emoções! Sempre que

e de agitação enchiam a sala! Só as

um deles chegava e nos cumpri-

palavras orgulhosas do Sr. Diretor os

mentava (a mim e a outros profes-

silenciaram. Foram palavras de agra-

sores presentes) emergia dos seus

decimento a todos os que, nas suas

rostos tamanha alegria, tamanho

diferentes mas indispensáveis tare-

brilho e animação que a minha

fas, contribuíram para que a Escola

convicção de que tinha valido a

Secundária da Ra-

pena, de que continua a valer a

mada estivesse a

(1) Fernando Sabino, De tudo, ficaram três coisas: A certeza... (2) Idem

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Nós em Notícia

Depois de Darwin: Um Ponto de Vista No dia 18 de novembro de 2014,os alunos do 11º ano, da turma B, descolaram-se a Almada para assistir a uma peça de teatro intitulada Depois de Darwin no teatro Extremo. Um dos objectivos foi “Analisar criticamente alguns comportamentos humanos que podem influenciar a capacidade adaptativa e evolução dos seres vivos”. Numa peça encenada por Ana Nave e interpretada por Bibi Gomes, Fernando Lopes e Rui Cerveira, ficamos a perceber que muitas observações que levaram Charles Darwin a formular a sua ideia evolucionista ocorreram durante a sua viagem à volta do mundo, como naturalista, num navio inglês. Durante os cinco anos que durou a viagem, Darwin visitou diversos locais da América do Sul, da Austrália, além dos vários arquipélagos tropicais. Nas ilhas Galápagos, um conjunto de ilhas tropicais, situadas no Oceano Pacífico, Darwin encontrou uma fauna e flora peculiares que variavam ligeiramente de ilha para ilha. Darwin só se tornou verdadeiramente evolucionista vários meses após regressar da sua viagem. Só então pôde compreender o significado evolutivo das suas observações nas Galápagos e em outros locais, ao rever as suas anotações e submeter o material colectado na viagem a diversas pesquisas e investigações. Concluiu, assim, Darwin, que a fauna e a flora de ilhas próximas são semelhantes porque se originam de antepassados comuns, provenientes dos continentes próximos. Em cada uma das ilhas, as populações colonizadoras sofrem adaptações específicas, originando diferentes varie-

Podem alguns comportamentos humanos

dades de espécies. E de que maneira os comportamentos humanos podem influenciar a capacidade adaptativa e evolução dos seres vivos?

influenciar a

Um exemplo que explica este facto é o caso da mariposa, Bistum Betularia, que apresenta duas

capacidade

formas, uma clara e outra escura. Antes da Revolução Industrial, a forma mais comum era a

adaptativa e a

clara, uma vez que esta se camuflava melhor em cima dos líquenes; enquanto isso, as maripo-

evolução dos

sas que apresentavam uma coloração mais escura acabavam por ser devoradas pelos predadores. Depois da Revolução Industrial, os líquenes começaram a desaparecer, pois morriam

seres vivos ?

devido à poluição e as árvores ficaram mais escuras. Agora, a mariposa clara era mais facilmente identificada pelos predadores que as mariposas escuras, que, por sua vez, se começaram a proliferar. Mas, como este, existem outros exemplos. Sabemos que, devido ao efeito de estufa causado pela emanação de gases para a atmosfera pelo homem, a temperatura do nosso planeta está a aumentar. Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de temperatura. Portanto, a espécie afetada ia ser alvo de evolução, ia, agora, ter características adaptadas a este novo meio, eliminando-se os indivíduos que não possuíam. O mesmo acontece quando o Homem intervém na disponibilidade de água ou nas florestas e consequentes habitats ou meios de nutrientes de alguns seres vivos. Em certos casos, o Homem tem um papel fulcral no modo como uma determinada espécie irá evoluir. Mariana Cunha, 11ºB

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450 anos de Shakespeare

Ano II, Número 5

As Sete Idades do Homem

O Bardo era, em tempos muito antigos, a pessoa encarregue de transmitir as histórias, as lendas e poemas de forma oral, cantando a história de seus povos em poemas recitados.

O mundo inteiro é um palco, E todos os homens simples actores,

William Shakespeare, o maior escritor de sempre de língua

Com as suas saídas e entradas,

inglesa, é ainda hoje chamado de “O Bardo” da literatura in-

com múltiplos papéis em actos que abrangem sete

glesa. Poeta, dramaturgo e ator das suas peças, escreveu e

idades. Primeiro, temos a criancinha, choramingando e vomitando nos braços da ama.

produziu peças históricas, comédias e tragédias que escreveu

Segue-se o estudante resmungão, com a sua

nos séculos XV e XVI. Protegido pela Rainha Isabel I de Ingla-

mochila,

terra, promoveu o teatro junto de todas as classes sociais no edifício onde a sua companhia de teatro atuava, o Globe The-

O brilhante rosto matinal, arrastando-se como um caracol para a detestada escola. A terceira idade é a do amante, suspirando como

atre, que haveria de arder num grande incêndio e que foi re-

uma fornalha, com uma horrível balada em

construído no século XX, exactamente como era no seu tem-

honra da sobrancelha da amada. Depois vem o

po.

soldado, cheio de estranhos juramentos, barbudo como um leopardo, zeloso da honra, brusco

Mas porquê celebrar Shakespeare ao fim de 450 anos? Por

e ágil na luta, atrás da ilusória reputação,

várias razões. Porque, por incrível que pareça, as suas perso-

mesmo na boca do canhão.

nagens mantém-se atuais e, através delas, deu voz aos marginalizados pela sociedade; os temas abordados, como o racis-

A quinta idade é a do magistrado, com o seu belo ventre redondo, usando gorro próprio, olhar severo e barba de corte formal, cheio de sábios

mo em Othello ou a ambição pelo poder em Macbeth, conti-

provérbios e modernos julgamentos,

nuam presentes na nossa sociedade e, acreditem, as comé-

desempenhando o seu papel.

dias arrancam-nos sentidas gargalhadas! Outra razão porque festejamos é porque Shakespeare foi ex-

A sexta idade faz o homem vestir-se como um arlequim, de calças justas, óculos no nariz e algibeira ao lado; meias joviais, bem conservadas,

tremamente importante na revitalização da língua inglesa,

um mundo amplo demais para as suas

criando palavras e expressões que ainda hoje são utilizadas

enfraquecidas pernas, e um vozeirão másculo a

não só em Inglaterra, como em todo o mundo. Não acredi-

tornar-se num infantil soprano, cheio de silvos e sibilos.

tam? Ora, vejam:

A derradeira cena, término da memorável história da

Um coração de ouro;

vida, é a segunda infância, a do puro

O ciúme tem olhos verdes;

“Fair Play”;

Ficar de cabelos em pé;

O que está feito, está feito;

Tudo está bem, quando acaba bem; e muitas mais…

esquecimento, a da falta de dentes, de visão, de paladar, rumo ao nada. In Como Vos Aprouver

Mas para conheceres melhor a grandeza deste grande autor, nada como lê-lo! Começa com uma comédia, como Sonho numa Noite de Verão, e diverte-te. Ou descobre momentos importantes na história de Inglaterra com Ricardo III, por exemplo. Acima de tudo, lê a sua obra e diverte-te !

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Nós em Notícia

Exposição: Outubro de 1910 – Maio de 1926—Imagens que contam a História O período de vigência da 1ª República vai de 1910 a 1926. O grande fator do insucesso da República foi, sem dúvida, a conjuntura internacional pouco favorável decorrente de todas as crises provocadas pela Primeira Grande Guerra. Não teve tempo de fortalecer as suas bases, o que a impediu de crescer. Outros motivos que geralmente se apontam para a não perpetuação do regime foi o facto de se ter apoiado nas massas populares urbanas, que refletiam o clima da instabilidade social que se vivia então e a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial, que aumentou o descontentamento popular. Neste período de 16 anos houve sete Parlamentos, oito Presidentes da República e 45 Governos. Apesar das melhorias introduzidas nos diversos quadrantes da economia do país resultantes do avanço proporcionado pela industrialização e alfabetização, o grupo dos descontentes com a nova situação era grande: a Igreja estava desejosa de regressar ao seu poder anterior; o exército e os funcionários públicos viram dificultado o seu poder de compra; a indústria suportava pesados impostos; os operários desejavam ver cumpridas as suas reivindicações. Em suma, todos estavam cansados das lutas partidárias e de uma república inoperante receando a anarquia. A queda da 1ª República consumou-se entre 28 e 31 de maio de 1926 pela mão do general Gomes da Costa. A revolta começou em Braga no dia 28 e marchou para Lisboa com a adesão do exército. O Governo demitiu-se a 30 de maio e, logo no dia seguinte, o presidente da República também se demitia, fazendo com que a revolução saísse vitoriosa. Com o intuito de se conhecer melhor a realidade da 1ª República, está patente, na nossa escola até ao dia 16 de Dezembro, uma exposição organizada pelo departamento de História, Filosofia e Religião, recorrendo a arquivos particulares, cujos registos documentais nos transportam para o 1º quartel do século XX , procurando mostrar alguns comportamentos sociais e apresentar os principais ideais que vigoraram nessa época. Para além da prática letiva, esta iniciativa pretende alargar a promoção do saber e o debate de ideias a todos os membros da comunidade educativa, daí a exposição estar aberta não só aos alunos e professores que a queiram visitar, mas também aos encarregados de educação. Grupo de História

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Ano II, Número 5

E Se Fôssemos Espanhóis? Terceira Lei de Newton: “ Toda a ação tem uma reação

de região autónoma, sujeita às mesmas leis e decisões de

oposta e de igual intensidade”. Há 347 anos, 40 Conjura-

Madrid. A língua portuguesa seria, ao longo dos tempos,

dos entraram no Terreiro do Paço e puseram fim a 60 anos

confundida com o castelhano, passando assim a adquirir

de domínio espanhol. Há 2 anos, “Ali Baba e os 40 La-

estatuto de dialeto. O “resto” da história não seria muito

drões” entraram no Palácio de Queluz e acabaram com o

diferente. Lutaríamos à mesma contra Napoleão, teríamos

feriado que relembra esse dia. Como pode ver, caro leitor,

uma guerra civil, outra colonial, e até teríamos não uma,

a física funciona. Mas afinal, o que aconteceu nesse dia,

mas duas ditaduras, com a exceção óbvia de tudo isto se

para que merecesse ser considerado feriado nacional

passar numa monarquia. Para além disso, seriamos o 5º

(pelo menos até hà pouco tempo). Bem, eu agora podia

maior país da Europa e uma das maiores economias do

despejar no resto da crónica factos, datas, acontecimentos

mundo (até à chegada

relacionados com a restauração da independência, e, até

da troika).

encontrei na Net uma dissertação muito boa de oitenta e

E é este um dos princi-

duas páginas sobre o assunto, porém, a direção deste jor-

pais argumentos dos

nal não mo permitiu fazer. Mariquices… vá-se lá entender!

Iberistas, adeptos da

Sendo assim, e já que o nosso governo deu um passo nes-

União

se sentido, irei fazer um exercício diferente e colocar ques-

portugueses, quer es-

tões como: E se não tivéssemos lutado pela independên-

panhóis). A união dos

cia? E se continuássemos a pertencer à Espanha? O que

dois países traria enormes benefícios económicos e políti-

seria diferente?

cos.

Em primeiro lugar, o ano de 1660 seria drasticamente distinto. Os 40 Conjurados seriam

Ibérica

E se não

(quer

Porém, ao olhar com mais cuidado para os dias de hoje, podemos concluir que tal uni-

descobertos e presos, e todas as esperanças de

tivéssemos

independência seriam esmagadas. Portugal

lutado pela

sastrosa. Não precisamos de ir tão longe,

seria então arrastado para a Guerra dos 30

independência?

basta olhar para o exemplo da Catalunha e

Anos contra a França, e, consequentemente, perderia importantíssimas colónias para a In-

O que seria

glaterra e a Holanda. No entanto, com esta

diferente?

ão seria constrangedora, senão mesmo de-

do País Basco. Unidos a Espanha há vários séculos, lutam agora pela sua independência e liberdade, através de referendos e

União Ibérica “prolongada”, a América do Sul

manifestações, ou então através de formas

ficaria sob total domínio de Espanha, bem co-

mais violenta, como o exemplo da ETA. O

mo todas as minas de ouro e prata, sendo portanto uma

mesmo aconteceria com Portugal se estivesse unido a Espa-

grande fonte de riqueza e uma boia económica.

nha.

Quanto aos direitos de “Portugal Anexado”, seriam pro-

É por isso que é tão importante recordar o dia 1 de Dezembro, o dia em que 40 homens traçaram novamente a independência de um país e devolveram a liberdade ao seu povo. Podemos mesmo afirmar que a principal razão de ser de Portugal como nação é esta, o de lutar contra o centralismo de 900 anos de Madrid sobre a Península Ibérica, desde os tempos de D. Afonso Henriques. Se seria mais fácil termos ficado quietos e resignarmo-nos há 347 anos… seria, com toda a certeza. Mas não seriamos nós, um povo que lutou pelo seu pequeno espaço, que o expandiu e defendeu com unhas e dentes.

gressivamente reduzidos, ficando apenas com autoridade

Pedro Pernica, 10º B

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LÁ POR FORA... Um Passeio...Cerca Velha A Cerca Velha, que delimitou e defendeu Lisboa na época medieval, é recriada num novo circuito pedonal sinalizado que passa por Alfama, Castelo e Sé. O percurso não tem mais do que 1500 metros e pode ser facilmente percorrido em apenas 50 minutos, mas permite realizar uma viagem pela história milenar de Lisboa. Com base numa investigação histórica e arqueológica levada a cabo pelo Museu de Lisboa e pelo Centro de Arqueologia de Lisboa, o traçado da Cerca Velha pode agora ser conhecido num percurso pedonal sinalizado por 16 totens informativos, colocados num trajeto circular entre a Rua do Chão da Feira e a Rua do Milagre de Santo António, que orientam a descoberta de uma das zonas mais antigas de Lisboa através do sistema defensivo medieval, que perdurou até à construção da muralha fernandina (1373-1375). Para uma maior orientação ao longo do percurso, a Câmara Municipal de Lisboa disponibiliza um folheto desdobrável, de distribuição gratuita, que pode ser obtido nos postos de atendimento e equipamentos municipais, nomeadamente, na Casa dos Bicos, Elevador do Castelo, Museu de Lisboa - Santo António, Castelo de São Jorge ou Paços do Concelho.

Uma Peça … Gil Vicente numa versão Ópera-Rock O Teatro Experimental de Cascais (TEC) junta duas peças de Gil Vicente num espetáculo único: Auto da Barca do Inferno e Auto da Índia - uma ópera-rock com música original, para todas as idades. Em cena até 27 de dezembro, no Teatro Mirita Casimiro (Monte Estoril), este espectáculo integra as comemorações dos 650 anos de Cascais e dos 50 anos do TEC, contando com o seu elenco residente e com a presença da atriz e cantora Vanessa Silva no papel central. Horário: 4ª a sábado às 21h30

Um Livro… À Procura de Alaska por John Green Inesperado. É a palavra que melhor posso atribuir a este livro, com um final que nunca me passaria pela cabeça. À Procura de Alaska começa no início do ano letivo, num liceu. Pode dizer-se que é um livro sobre o primeiro amor, sobre a amizade verdadeira, sobre a lealdade. Mas, para ser sincera, é um livro sobre uma busca, sobre a descoberta de respostas para as questões mais difíceis e que, se calhar, nem têm explicação. Miles (personagem principal) é uma espécie de patinho feio sem amigos. Quando chega ao colégio de Culver Creek, rapidamente estabelece uma amizade especial com o seu colega de quarto, Chip (Coronel), e apaixona-se por Alaska, uma rapariga forte e esperta. Todos têm particularidades que eu achei curiosas: Miles memoriza as últimas frases que várias pessoas disseram antes de morrer, Coronel decora capitais de países e quaisquer outros pormenores geográficos, Alaska adora livros e está a construir uma biblioteca pessoal. O livro conta-nos as aventuras que eles partilharam e os problemas que tiveram, como quaisquer outros adolescentes. Quando Alaska desaparece é como se o grupo se afastasse, porque ninguém entende e precisam de compreender. A dor vai sarando e o ‘porquê’ deixa de ser tão importante. Por fim, ficam as memórias. E apenas resta a todos encontrarem maneira de ultrapassar a perda. Este livro marcou-me bastante. Não consigo perceber como o autor, John Green, consegue gerar o benefício da dúvida acerca de tantas questões sobre a vida, a morte, a fé, a dor e qualquer outro sentimento que tenhamos no dia-a-dia. Propõe as questões sem concluir com uma resposta. E por muitas que sejam as hipóteses possíveis, por vezes é preciso saber viver sem certezas. No fundo, é essa a moral da história. É um livro fascinante, dos melhores que já li. Bianca Rodrigues, 9ºH


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