Abrigo para Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade Social

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ABRIGO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL. ANA CAROLINA DA SILVA BADARÓ


Figura 01 - Fonte: pixabay.com Figrura 02 - Fonte: https://unsplash.com


ABRIGO

PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

Desenvolvimento do Trabalho Final de Graduação em arquitetura e urbanismo pelo Centro Universitário Estácio de Sá

Aluno Ana Carolina da Silva Badaró Professora Orientadora Catherine D’Andrea

Ribeirão Preto - São Paulo 2020


Ficha Catalográfica Elaborada por Matheus Felippe Tunis. CRB 8/8766 B132a

Badaró, Ana Carolina da Silva. Abrigo para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social / Ana Carolina da Silva Badaró. – Ribeirão Preto, 2020. 148 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do(a) Prof(a). Ma. Catherine D' Andrea. 1. Abrigo. 2. Crianças. 3. Adolescentes. 4. Vulnerabilidade social. I. Título. II. D' Andrea, Catherine. CDD 720


Ana Carolina da Silva Badaró

Desconsideração da pessoa jurídica

Dissertação apresentada ao Centro Universitário Estácio de Sá como requisito para obtenção do grau em Arquitetura e Urbanismo

Aprovada em 02 de dezembro de 2020 Banca examinadora _____________________________ Prof. Ma. Catherine D’Andrea Centro Universitário Estácio de Sá _____________________________ Prof. Ma. Juliana Arrobas Centro Universitário Estácio de Sá ________________________________ Prof. Ma. Aline de Lima Zuim Centro Universitário Estácio de Sá


AGRADECIMENTOS Agradeço a aquele que me sustentou durante esta caminhada, Deus o arquiteto do mundo. Escrevo estes agradecimentos com lágrimas nos olhos, ao relembrar de tudo que foi vivido em minha caminhada até aqui, sou eternamente grata aos meus pais, Aparecido e Eliana, que me ampararam de todas as maneiras possíveis durante esses cinco anos, vocês são meu maior exemplo de força, determinação e superação, mesmo em meio situações difíceis. Em especial minha querida mãe, dona Eliana, não posso deixar de registrar que desde minha infância ela já sabia e dizia que eu seria arquiteta, juntas passamos por momentos de extrema alegria, e outros de profundas tristezas relacionadas a diversas áreas de nossas vidas nestes cinco anos, e em todas as situações ela foi o meu principal apoio emocional, obrigada por todas as noites sem dormir orando por mim, e por me apresentar essa profissão que hoje me dedico com amor. A minha irmã Jacqueline (minha táta) e sua família, que tanto me auxiliou nos momentos mais decisivos de minha graduação, presente desde o momento de minha matrícula, sempre me acompanhando em viagens para realização de trabalhos complexos, e sendo usada por Deus pra me ajudar em momentos em que pensei em desistir. Obrigada por vivenciar comigo está conquista, ela também é sua. Ao meu irmão Fagner, e sua família por todo apoio, e por sempre me incentivar em meus estudos e escolhas, e também sempre me ajudando em momentos decisivos, principalmente no início, sou eternamente grata. Ao meu namorado Higor, que me acompanhou todos os dias nesta caminhada, foram incontáveis noites em claro para me fazer companhia ou até mesmo para me ajudar em desenhos, sempre botando a mão na massa por mim, e por vivenciar de perto todas as minhas alegrias. Agradeço também a minha tia, Elisabete e sua família, a sua existência, companhia, apoio e carinho é essencial para mim. Agradeço também a meus amigos de grupo em especial Neiva Gonçalves, Adryenne Lima, Lucas Luque, William Barreto, Jaqueline Azevedo, e aos meus amigos de profissão Ana Paula Erani, Aline Tuzzi e Vanessa Oliveira.

Eternamente grata aos criadores do Programa Universidade para Todos (PROUNI), o qual me proporcionou a oportunidade de ingressar e concluir deste curso tão sonhado por mim, minha eterna gratidão. A minha professora orientadora Catherine D’Andrea por todo esforço, ensinando mesmo em meio a uma pandemia. Por fim, agradeço a todos auxiliaram de alguma maneira minha caminhada.



Introdução Pág 8 Tema Justificativa Objetivos Gerais Objetivos Específicos

1

int Pág 12

CAP.

Referências Projetuais

Pág 34

Leituras Projetuais 2.1 Casa Rana 2.2 Casa de Acolhimento para menores - CEBRA 2.3 ESCOLA EL TIL - LER

Sumário

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CAP.

Fundamentação Teórica 1.1 Revisão histórica dos abrigos no Brasil. Brasil Colônia. 1.2 A cultura do abandono. 1.3 Casa dos expostos. Brasil Império 1.4 Código de menores de 1927 1.5 Criação do Estatuto da criança e do Adolescente. 1.6 O Sistema de Assistencia Social Modalidades de atendimento 1.7 Panorama atual do menor abri gado 1.8 Estudo de campo: Abrigo PROACLE


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Pág 60

3.1 Sobre São Joaquim da Barra 3.2 Análise do entorno

CAP.

Estudo Preliminar 4.1 O terreno 4.2 Programa de necessidades e pré di mensionamento 4.3 Conceito e Partido 4.4 O conceito na volumetria 4.6 Referências específicas

Referências Bibliográficas Lista de Figuras Lista de Gráficos Lista de Mapas

Pág 72

Levantamento da área

4

CAP.

5

Pág 88

CAP. Pág 142

Ante-projeto 5.1 Memorial Justificativo 5.2 Desenhos técnicos Renderizações

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CAP.


i Introdução 8


Fonte: 03 pixabay.com Figrura | Fonte: pixabay.com


JUSTIFICATIVA

De acordo com a pesquisa feita pelo Conselho Nacional de Justiça há hoje no Brasil há cerca de 47 mil crianças no cadastro nacional de crianças acolhidas em abrigos institucionais. Segundo o artigo 101, parágrafo único do Estatuto da Criança e do adolescente o abrigo é a medida provisória excepcional, utilizável como forma de transição para colocação em família substituta. Hoje em dia os abrigos funcionam como um lar temporário e emergencial, porém em alguns casos em caráter excepcional a criança permanece até atingir a maioridade, a instituição mantém o abrigamento do mesmo, auxiliando e o preparando para o seu desligamento à instituição. A desigualdade social no Brasil e no mundo afeta diretamente crianças e adolescentes, muitos se encontram hoje em situação de vulnerabilidade social, sem moradia fixa, em situação de rua, ou sofrendo algum tipo de violação de seus direitos dentro de seus “lares”. A infância é considerada a fase de maior

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importância para a formação do ser humano, pois implica na criação de seu caráter, e sua capacidade de sobreviver e obter sua independência na fase adulta através da criação de laços e vínculos familiares e ampla convivência comunitária. A falta ou violação de direitos deste indivíduo estando ele na fase da infância, implica em da nos principalmente pessoais e sociais durante sua vida. A maioria dos abrigos no Brasil são em edificações de caráter e uso residencial, muitas vezes não comportando ou permitindo adaptabilidade gradativa para obedecer a tais normas, portanto, tendo em vista dificuldades nesta adequação necessária em abrigos, este estudo visa propor um projeto que sane dificuldades nas instalações dos abrigos, de acordo com várias vertentes que serão abordadas no discorrer deste caderno, pois é necessário um olhar do arquiteto voltado para este tipo de edificação, que visa o acolhimento.


OBJETIVOS GERAIS A proposta de um novo abrigo para crianças e adolescentes em São Joaquim da Barra tem o objetivo de proporcionar um espaço adequado para essa função específica, contemplando às normas estabelecidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Promover melhor qualidade de vida para as criança e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. • Proporcionar espaços que gere boas lembranças afetivas aos abrigados • Proporcionar espaços adequados para a quantidade máxima de usuários permitidas por abrigo, e possibilidade de remodelações internas para acolhimentos emergenciais e enfrentar casos de super lotação de maneira efetiva. • Projetar espaços flexíveis para a melhor acomodação de caráter emergencial.

METODOLOGIA 1. Pesquisas sobre abrigos institucionais, desde sua criação até o panorama atual no país, para embasar a fundamentação teórica. 2. Leituras de projetos para dar subsídio e enriquecer o repertório para a criação de um novo abrigo. 3. Entrevista e estudo de casos. 4. Escolha da área de intervenção e elaboração de diagnóstico referente leituras do entorno, que será composta por mapas, diagramas. 5. Iniciando estudos de viabilidade e definição de diretrizes de projetos que incluem: 6. Programas de necessidades 7. Espacialização no terreno 8. Estudo preliminar contendo plantas, desenhos, e diagramas.

(...) contudo, sabemos que na prática muitas crianças e adolescentes acabam em casas de abrigos por lapso temporal superior ao devido, justamente por falta de família, quer a de origem, quer substituta. Inexistindo pessoas interessadas em tê-los, restara a casa de abrigo e seus ocupantes como a própria casa e família do menor. (Milano. Rodolfo, Milano. Nazir, 2004, p. 109)

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1 Fundamentação Teórica 12


Figrura 04 | Fonte: pixabay.com

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REVISÃO HISTÓRICA - A INSTITUCIONALIZAÇÃO NO BRASIL A história da institucionalização de crianças e adolescentes no Bra-sil tem repercussões importantes até os dias de hoje. A análise da documentação histórica sobre a assistência à infância dos séculos XIX e XX revela que as crianças nascidas em situação de pobreza e/ou em famílias com dificuldades de criarem seus filhos tinham um destino quase certo quando buscavam apoio do Estado: o de se-rem encaminhadas para instituições como se fossem órfãs ou abandonadas. O atendimento institucional sofreu mudanças signifi-cativas na história recente, particularmente no período que suce-deu a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de 13 de julho de 1990). (RIZZINI, 2004, PÁG 13)

BRASIL COLÔNIA No final da primeira metade do século XVI, os portugueses ao encontrar no Brasil uma terra rica e fértil, encontraram dificuldades em realizar acordos com os nativos, além de modificar a cultura, modo de vida dos indígenas e facilitar a colonização, uma das estratégias de conversão foi através dos ensinamentos religiosos, em 1549 (29 de março) chegaram ao Brasil a chamada Companhia de Jesus, com 6 membros representantes que possuíam funções evangelísticas distintas. Além da conversão ao ensino cristão, a companhia fora o primeiro instrumento educacional no Brasil Colonial, ensinando a leitura aos jovens e crianças, pois acreditavam que a doutrina seria melhor absorvida e colocada em prática através do ensinamento dos mais jovens e principalmente crianças. (Priore. Mary Dell. 1999) Priore destaca o contexto o qual a Companhia de Jesus veio ao Brasil, o século XVI é marcado pela descoberta da infância no velho mundo, onde acontecia transformações no tocante a relações entre indivíduos, afetividade e sentimento de infância, antes ignorado brutalmente, portanto a companhia enxergou nas crianças indígenas a oportunidade de moldar uma nova civilização.

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Na sociedade antiga, se tratando de antes do século XVI, a infância não era uma fase reconhecida como nos dias de hoje, o reconhecimento da fase infantil e da adolescência se deu em um processo paulatino de mudanças sociais e culturais. A infância não era guardada como uma idade de extrema importância para a formação do ser humano adulto, quando a criança aprendia a se locomover sozinha, falar, ter domínio de si, esta fase era interrompida precocemente, entendendo-se que ela já estava apta a ser educada a partir de sua convivência com adultos, a infância interrompida, e a adolescência desconhecida através da inserção do mesmo em trabalhos de maneira precoce. (Pilhips Áries 1978) Segundo Shigunov Neto (2008), a conversão dos indígenas, tal como sua alfabetização fornecida através deste projeto, visava muito mais a “civilização do índio”, segundo padrões Europeus do século XVI, e a formação de uma sociedade diferente da encontrada inicialmente. “A conversão dos índios no Brasil não era questão doutrinária era questão de costumes. Requeria a boa prudência que se permitissem os indiferentes ou secundários, para atrair os índios com mais suavidade e os levar a abandonar, com mais prontidão, costumes fundamentalmente maus como a antropofagia e a poligamia. Assim pensava Nóbrega e os Jesuítas’’(Leite. Serafim. 1928. Pág 16) É considerável citar o primeiro afastamento de crianças de seu lar original relatado na história do Brasil, foi em prol da educação de crianças indígenas que foram criadas casas – escolas segundo a carta do Padre Leonardo Nunes (1550) do porto de São Vicente, estas casa – escolas que recolhiam crianças para fins e educacionais e de cunho religioso, a fim de realizar os trabalhos e alcançar os objetivos dos grupos Jesuítas aqui já descritos, a primeira casa de meninos (ou casa de muchachos) foi fundada entre 1550 e 1553 (Sposati, 2004, p. 1) que foi a primeira referência de ambiente escolar no brasil, que desencadeou o modelo de internatos e abrigos que perduram até os dias de hoje.


A CULTURA DO ABANDONO

1.2

A cultura do abandono de crianças, segue influências desde os tempos mais antigos, é possível exemplificar citando os povos do velho testamento, povo do Egito antigo que tinham essa cultura, essa tomada de decisão em motivos extremos, onde a bíblia relata a decisão de uma mãe frente a situação vivida pelo povo hebreu na época, colocando o seu filho Moisés em um tipo de cesto, e o deixando as margens do rio Nilo, fato que ocorreu também o acolhimento da criança através da filha de faraó (Exôdo 2: 1-4). Segundo Marcílio (1998), os portugueses e espanhóis mantinham um modelo europeu de família monogâmica, com o costume de abandonar filhos ilegítimos. Esta cultura chocou-se com o modo de vida dos povos indígenas, que não possuíam o mesmo modelo de família, impactando no aumento de filhos ilegítimos, mestiços, partindo para a marginalização destes. Como solução adotada, a prática do abandono e infanticídio portanto permeou entre os povos indígenas e africanos. Após a expulsão dos jesuítas em 1755, as crianças continuaram a ser exploradas pelos colonos e posteriormente pelos senhores de escravos, após o plano de extração e exportações de riquezas naturais, buscando mão de obra escrava africana, onde as crianças eram mantidas sob poder dos senhores de escravos. (Pilloti. Rizzini. 2011, pág. 18)

Figura 05 | Fonte: Cena do filme A missão.

“Desde o período colonial, foram sendo criados no país colégios internos, seminários, asilos, escolas de aprendizes artífices, educandários, reformatórios, dentre outras modalidades institucionais surgidas ao sabor das tendências educacionais e assistenciais de cada época.” (RIZZINI, 2004, PÁG 22)

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1.3

A CASA DOS EXPOSTOS O profundo estudo sobre a trajetória do trabalho de assistência social no Brasil feito por Marcílio, que divide a evolução do trabalho de assistência em três partes sendo elas: Caráter caritativo, filantrópico e por fim Estado- Protetor. O caráter caritativo baseava-se no acolhimento de caráter caridoso, eram famílias que adotavam estas crianças em suas casas, porém, apesar do caráter religioso e caridoso, haviam os que visavam benefícios futuros, como mão de obra gratuita a quem não podia adquirir escravos. Segundo Marcílio, o sistema das Rodas de expostos, ou roda dos enjeitados sistema de influências europeias, foi implantado no Brasil no século XVIII, em Salvador, Rio de Janeiro, Recife, perdurou até 1950 com o fechamento da última roda. Constituía-se em um esquema para manter o anonimato da mãe, ou expositor, este anonimato funcionava como incentivo para que a criança não fosse abandona, muitas eram deixadas em locais propensos ao perigo, muitas não sobreviviam. A criação da Roda dos expostos aconteceu na Itália, possuía formato cilíndrico, dividida ao meio, fixada nas paredes das instituições, este modelo foi seguido no Brasil, tendo as rodas instaladas nas Santas Casas. Este sistema foi de extrema utilidade por um século, sendo a única instituição de acolhimento do Brasil durante este tempo. Os efeitos da aprovação da Le do Ventre Livre foram extremamente implicantes no tocante a crianças abandonas ou órfãs, já que de acordo com a lei, os senhores de escravos se sentiam livres da responsabilidade de suprir as necessidades de filhos de escravos, gravando o descaso com as crianças, incluindo aumento no aumento da mortalidade infantil, segundo Cotrin (2013) A responsabilidade por parte das santas casas em abrigar expostos foi alcançada devido ao aumento do abandono de crianças, a primeira casa de expostos no Brasil foi na cidade de Salvador da Bahia, em 1726, nos muros da Santa Casa, moldes da casa de expostos de Lisboa (Hospital dos meninos orfãos)

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Figura 06 | Fonte: República existente no Museu da Miserícordia.

LEI Nº 2.040, DE 28 DE SETEMBRO DE 1871 Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e tratamento daquelles filhos menores e sobre a libertação annaul de escravos (...)


SALVADOR BAHIA

RIO DE JANEIRO

RECIFE

1726

1738

1789

PERÍODO COLONIAL

SÃO PAULO

RIO GRANDE

PELOTAS

1825

1838

1849

BRASIL IMPÉRIO

Inicia-se a fase filantrópica, após a aprovação da Lei de 1828 segundo Marcílo (1998. p 60), todas os municípios que continham Santas Casas de Misericórdia, tinham como dever a implantação do sistema de casa de expostos, servindo assim ao Estado. No total foram criadas treze rodas dos expostos no Brasil, três criadas no período colonial citadas acima (Salvador Bahia, Rio de Janeiro e Recife), a roda de São Paulo foi criada em 1825 em detrimento de que o número de infanticídios, abandono de crianças, na cidade era assustadoramente considerável, portanto tomou-se a decisão da abertura da casa, que foi criada no início do Império, as demais foram consequências da Lei 1828 já citada no texto. As rodas de porte pequeno foram findadas até 1870 permanecendo apenas as maiores. (Márcílio, pág 64) Segundo Rizzini, em meados do século XIX, surgiu o movimento higienistas, os quais detectaram falhas no sistema roda de expostos ou casas de expostos, antes de estudos no ramo da microbiologia serem realizados, as condições nestas casas eram insalubres, e ao recorrerem a solução de contratação de amas de leite as crianças passaram a serem negligenciadas, sofrendo maus tratos também por estas amas, que visavam apenas o pagamento por sua função de amamentar, estes fatores fizeram com que iniciassem pedidos de extinção de casas de expostos, as rodas de São Paulo e Rio de Janeiro foram as que resistiram por mais tempo, até 1950. (IRENE RIZZINI, 2004, pág 23) Um marco importante foi a aprovação do Código de Menores em 1927, segundo Rizzini, que ocorreu em um período em que o Brasil havia passado pela transição para o modelo República

PERÍODO IMPERIAL

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1.4

CÓDIGO DE MENORES DE 1927

De acordo com Rizzini (2004), o Brasil enquanto Império prezou pela efetividade da colonização, e trabalho incluindo crianças, visando o pequeno desvalido como um instrumento de trabalho a aproveitar-se. Em tempos de mudanças para o Brasil no modelo republicano, as perspectivas são melhores no tocante a políticas para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O Código de Menores de 1927, é considerado uma evolução das medidas e leis que existiram no Brasil quanto império, lei que começaram a buscar solucionar questões quanto a marginalização de crianças, tratando-se de leis para pequenos delinquentes, como por exemplo o artigo 9 do Código Criminal do Império de 1830 que diz que o jovem era considerado inocente até completar seus 14 anos, em casos de crimes cometidos pelos mesmos, a medida era a internação deste jovem em casas de correção, delegando ao estado a responsabilidade pelo abrigamento de crianças e adolescentes. (Álvarez. César, 1989, pág 33). Acreditando que um modelo de internação ainda baseado no modelo repressivo poderiam abaixar o índice de crimes feitos por crianças ou adolescentes (menores delinquentes), foi criado o Serviço de Assistência ao menor (SAM), em 1941, que na realidade estas instituições corretivas serviam para destinar essas crianças ao trabalho precoce, à sua exploração. Após a extinção do SAM, no período do GOLPE MILITAR de 1964, iniciaram-se projetos com outra vertente, pensando no sentido em que a criança que não se encaixava socialmente, faltando com um bom comportamento, só poderia ser “curada” a partir de um “tratamento” que designou na fundação do FUNABEM, Fundação do Bem Estar do Menor, e a FEBEM (Fundações Estaduais do Bem - Estar do Menor), que atuavam a nível estadual (HILLESHEIM; HILLESHEIM, 2005). Uma de suas ações efetivas foi o recolhimento de menores nas ruas, que recolheu cerca de 53 mil crianças, que se en-

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contravam roubando, pedindo esmolas pelas ruas, a maioria sendo de favelas cariocas (IRENE RIZZINI, 2004, pág 37). Com o fim da ditadura militar, iniciam-se diversos debates voltados para a temática da criança e adolescente, não só no Brasil como em diversos outros países, visando a humanização de internatos, que encontravam-se em quase sua totalidade em situação de superlotação, expondo crianças a ambientes insalubres, sem levar em conta a importância da formação como indivíduo como por exemplo a criação das Regras de Pequim adotadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 29 de novembro de 1985, visando a melhor realização e cumprimento de leis relacionada a crianças. (BRASÍLIA, 2016, p. 11 e 12) A década entre 1980 e 1990, ocorreu um crescimento de seminários, debates com relação a medidas até então impostas a internatos, contestando seu modelo e falhas no sistema, falhas estas que geraram danos por gerações, e se mantém nos dias de hoje, foi neste cenário em que o Estatuto da Criança e do adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990) foi criado, substituindo o Código de Menores de 1927, cujo código estava sendo aplicado no contexto de que a situação da maioria das crianças internadas eram por terem cometidos crimes, serem menores infratores, quando esta não era a grande realidade. Neste período o Brasil passou por transformações neste âmbito, como a pressão para o fechamento dos internatos, e a remodelação dos mesmos, incluindo primícias como a preservação da convivência comunitária das crianças, o não afastamento delas de suas famílias de origem ou colocação em família substituta em caso de se esgotar alternativas descritas no ECA. “Conforme destacamos anteriormente, a lógica de que, internando-se o menor carente, evita-se o abandono, e, por sua vez, o infrator, resultou na internação em massa de crianças que passaram por uma carreira de institucionalização, pela pobreza de suas famílias e pela carência de políticas públicas de acesso á população, no âmbito de suas comunidades” (IRENE RIZZINI, 2004, pág 47)


Figura 07 - Sede Institucional da irmandade da santa casa de misericรณrida de Salavador Figura 09 - Santa Casa de misericรณrdia do Rio de Janeiro

Figura 08 - Santa casa de Misericรณrdia de Recife Figura 10 - Santa Casa de Misericรณria de Sรฃo Paulo

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1.5

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Como ja abordado anteriormente, a Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990 dispõe sobre os direitos, deveres e medidas de proteção à criança e ao adolescente. Em susbstituição do Código de Menores de 1979, o ECA possui maior abrangência no sentido de proteção integral ao menor, preservando-os de negligência, discriminação, exploração, crueldade. Com relação ao menor infrator, que no antigo Código de Menores, era restrito a impor disciplina a irregularidades, com punições duras e reclusivas, o ECA apresenta outra vertente, que é impor tratamento específico para reestruturar o indivíduo, sem muito exito. (MILANO FILHO; MILANO, 2004, pág 19)

Após a vigência do Novo Código Civil, Lei nº 28, de 10 de janeiro de 2002, foram determinadas algumas mudanças no ECA, que anteriormente cosiderava-se maioridade a partir dos 21 anos de idade, oque foi reduzido para 18 anos, e defi

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nidos os adolescentes aqueles que possue entre 12 e 18 anos. Os artigos 19, 22 e 23, dispõe sobre o direito da crianças e do adolescente de permancerem em seio da família natural, ou em casos exepcionais, em família substituta, imcumbindo o dever de sustento, guarda e educalção aos filhos equanto menores de idade. De acordo com o artigo 23, a falta de recursos financeiros não permite a perda ou suspensão do pátrio poder, concluindo que famílias que se encontram em falta de recursos materiais, devem ser inseridas em programas oficiais de auxílio. O artigo 24 dispõe sobre a perda do pátrio poder, que é decorrente a descumprimento dos deveres descritos no artigo 22. O artigo 92 é de extrema importancia ao tema aqui estudado, pois discorre sobre os princípios que devem ser adotados por programas de abrigos:

Art. 19

i

Art. 22

Art. 23

CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

DEVER DOS PAIS: SUSTENTO GUARDA EDUCAÇÃO

FALTA DE RECURSOS = COLOCAÇÃO EM PROGRAMAS OFICIAIS


I. Preservação dos vínculos familiares; II. Integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família de origem; III. Atendimento personalizado e em pequenos grupos; IV. Desenvolvimento de atividades em regime de co-educação; V. Não-desmembramento de grupos de irmãos; VI. Evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados;

O artigo 98 diz sobre em quais casos acontece a tomada de medidas de proteção a criança e ao adolescente, que consiste em ação ou omissão da sociedade, do Estado, pais/resposnsáveis, ou em razão de sua conduta. O artigo 101 diz sobre as medidas de proteção a serem tomadas em casos de acontecimentos descritos no art. 98. Para o tema aqui abordado, é importante destação os seguintes incisos: VI. inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII. abrigo em entidade;

VII. Participação na vida da comunidade local;

VIII. colocação em família substituta.

VIII. Preparação gradativa para o desligamento; IX. Participação de pessoas da comunidade no processo educativo.

Parágrafo único. O abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade.

Art. 24

Art. 92

Art. 98

Art. 101

PERDA E SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER

PRINCÍPIOS DESTINADOS A ABRIGOS

MOTIVOS LEVADOS A UTILIZAÇÃO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO

MEDIDAS DE PROTEÇÃO

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1.6

O SISTEMA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

A assistência social atual, tem seu início efetivo a partir da aprovação da Constituição de 1988, antes disto, a assistência social não era vista como dever do Estado, mesmo que desde o Brasil Colônia, a assistência proporcionada a quem necessitava, era movida por interesses diversos, como vocação religiosa, visando efeitos e vantagens futuras, por sentimento de piedade ou ação populista. Houve nesta época a predominância do assistencialismo, ou por muitos chamados como desassistência, pois as necessidades reais dos cidadãos necessitados não eram assistidas. (Pereira, 2007, p. 64) Ainda segundo Pereira (2007), com a aprovação da Constituição de 1988, a Assistência social passa a ser tratada de outro modo, sem os fundamentos ultrapassados citados anteriormente. No artigo 194 da Constituição de 1988 diz respeito à seguridade social que reúne ações relativas a assegurar direitos e segurança a todos os indivíduos, assim como a assistência social. (Brasil, 1998, Art. 194) “Art. 6. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” (BRASIL, 1998, Art. 6, p 18)

É importante destacar informações que compõem o artigo 203 da Constituição, que diz respeito a Assistência social, voltadas para o assunto aqui apresentado, em seus incisos a lei garante a proteção à família, à maternidade, à adolescência, além de amparo, integração ao mercado de tra balho, integração a vida comunitária para crianças e adolescentes, bem como para outras áreas. (Brasil, 1988, p 122) De acordo com Pereia (2007) Sistema Único de Assistência Social (SUAS), esta presente na Política Nacional de Assistência Social (PNAS), que tavés da IV Conferência Nacional de Assistência social realizada em Brasília, necessitou e viabilizou a sua implantação.

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“ (...) a assistência Social irá encarregar-se de prover a proteção à vida, reduzir danos, monitorar populações em risco e prevenir a incidência de agravos à vida em face das situações de vulnerabilidade” (BRASIL. MDS, 2005. Apud, PEREIRA, 2007 p. 70)

A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) aprovada em 1993, tem como principal foco o cumprimento de direitos sociais a população, como uma unidade de serviços e mecanismos ligados entre si, que proporcionam o funcionamento da assistência a toda a população. (Pereira, 2007. p 66) Portando, segundo LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social, 1993), o artigo 3 diz sobre as entidades e organizações de assistência vinculadas ao SUAS, que são abrangidos pela presente lei, assegurando o direito a convênios, acordos, com o poder público para garantia de financiamento, para que possam ter recursos para a execução de todos os projetos ou ações sociais. O artigo 6, discorre sobre as duas proteções sociais: BÁSICA E ESPECIAL, ofertadas através do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, e do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social. (Brasil, 1993, p. 5) CREAS – CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Unidade pública e estatal de abrangência municipal ou regional. Oferta, obrigatoriamente, o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). A oferta de serviços de PSE de média e alta complexidade cabe aos municípios/Distrito Federal e, nos casos específicos de oferta regionalizada de serviços, aos estados. (BRASIL, 2011) CRAS – CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Consiste em uma unidade de PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA, que proporciona a prevenção de situações de vulnerabilidade social no ambito municipal, que possibilita fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, e auxilia no acesso a direitos e inclusão de indivíduos ou famílias em programas sociais. (BRASIL, 2009)


Em entrevista ao CRAS de São Joaquim da Barra, com a Assistênte social Ana Cristina Luiz Zuviollo, e também ao CREAS, com a assistênte social Flávia M. Santos, foi passado a informação de que aproximadamente 800 famílias residêntes em São Joaquim da Barra estão no cadastradas no Cadastro Único, oque nos da uma margem da demanda até então relativa ao unico abrigo da cidade, obtemos informações sobre a relevancia e efetividade do trabalho realizado com as famílias que necessitam se reestabelezer para cumprirem oque está prescrito no ECA no quesito a cuidado, proteção e sustento de crianças e adolescêntes, considerado pelas assistêntes social um sistêma que funciona , porém, na grande maioria das vezes, as crianças costumam a passar por mudanças constanstes, passando por

diversas casas, até que lhe encontre um lar ideal, ou, caso contrário permaneça ainda assim em situação de acolhimento em instituição. Segundo Ana Zuviolo, a dificuldade de acesso ao serviços sociais se da a princípio pela localização das unidades, a unidade CRAS se localizava em um bairro da cidade onde havia demanda de famílias carêntes, porém, as famílias residentes em outras localidades se viam impossibilitadas de chegar até a unidade , por conta do distânciamento, portanto houve a mudança de endereço, para o centro da cidade, outro fator citado pela assistênte social é a dificuldade em realizar o Cadastro Único, que atualmente é totalmente digital, onde os possíveis usuários de programas sociais não possuem acesso ou conhecimento

ALTA COMPLEXIDADE

ACOLHIMENTO

S A E

MÉDIA COMPLEXIDADE

PROTEÇÃO BÁSICA

CR C

S A R

Vínculos comprometidos; violação de direitos

Função Protetiva da família comprometida: Vínculos existentes.

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MODALIDADES DE ANTENDIMENTO As informações a seguir foram retiradas a partir do Sistema de informação sobre a criança e o adolescente em abrigos (SIABRIGOS). TIPOLOGIAS ABRIGO/ABRIGO COMUM

CASA DE PASSAGEM/ALBERGUES: Trata-se de um abrigamento mais provisório do que o proporcionado pelo Abrigo comum, podemos dizer que se trata de um acolhimento temporário e de extrema emergência, onde estarão apostos durante o dia ou noite. O acolhimento acontece por um período necessário para que se possa avaliar e tomar medidas necessárias para cada caso, encaminhando para suas famílias ou para outra modalidade de acolhimento.

De acordo com os fatos já apresentados neste estudo, sabemos que o modelo internato entrou em desuso após a criação de leis mais eficientes para crianças e adolescentes que necessitam de acolhimento, sendo elas responsabilidade do poder público, quando se encontram em situação de abandono ou negligenciados. O abrigo comum é o espaço onde oferece acolhimento a crianças de 0 a 18 anos de idade, sendo como uma medida protetiva, deve possuir características de permanência provisória, e condições de abrigamento em caráter emergencial. Estipula-se 20, o número máximo de abrigados em cada unidade, porém este número se torna relativo, como por exemplo, quando há a necessidade de abrigar grupos de irmãos. É também especificado que o abrigo deve utilizar de equipamentos públicos e serviços comunitários, geralmente implantados em áreas residenciais, ou próximo de áreas onde se considera maior demanda de crianças a serem acolhidas. Um dos pontos mais importantes e característicos desta modalidade é que sua edificação deve ser semelhante a uma residência.

i

ABRIGO COMUM 24

CASA LAR: Este tipo de acolhimento é realizado em residências em que é disponibilizado, e possibilitado o abrigamento de crianças, geralmente conduzido por um casal, o um cuidador, residente. A casa deve obedecer todos os requisitos impostos pelo ECA. Esta modalidade geralmente é utilizada em casos de abrigamento de grupos de irmãos, crianças em que os pais estejam impossibilitados de prestar cuidados e ela, como por exemplo estando hospitalizados, ou problemas que no geral inviabilize manter os cuidados das crianças, pois nestes casos a adoção muitas vezes não é uma alternativa possível.

i

CASA DE PASSAGEM

CASA LAR


REPÚBLICA/PENSIONATO PARA ADOLESCETES: Consiste em acolhimento para até 10 jovens, sendo separados em unidades femininas e unidades masculinas, visando prepara-los para a vida após sua saída do abrigo, bem como qualificações profissionais. ABRIGO ESPECIALIZADO É uma tipologia de abrigo ainda evitada nos dias de hoje, onde só é solicitadas em localidades onde há demanda, servindo para abrigar crianças com necessidades específicas, como meninas ou meninos soro positivo, adolescentes grávidas, ou com filhos.

i

REPÚBLICA

NATUREZA: Responsabilidade go. Ela pode ser

pela

gestão

PÚBLICA

do

abri-

(gerida direta ou

indiretamente pelo poder público

MUNICIPAL

ou ESTADUAL) ou PRIVADA (gerida por ONGs). Em função do processo de municipalização, geralmente os abrigos são programas geridos no âmbito municipal diretamente pelo poder público local ou por meio de convênios e/ou contratação de serviços de organizações sociais comunitárias. Vale lembrar que os abrigos privados – mantidos e administrados exclusivamente com recursos financeiros e técnicos de organizações sociais – ainda têm caráter público, pois prestam serviços de responsabilidade da política pública da assistência social.

ABRIGO

ESPECIALIZADO

NATUREZA 25


1.7

PANORAMA ATUAL DOS ABRIGOS E DO MENOR ABRIGADO

Após realizar um estudo sobre o percurso histórico dos abrigos no Brasil, podemos perceber diferenciação de acordo com o passar dos anos, levando se em conta que o menor por muito tempo foi tratado como o menor desvalido, desvalido tempo em que a vulnerabilidade do menor estava no fato de que a infância não havia sido “descoberta”, ou considerada uma etapa importante da vida do ser humano, após isso podemos ver a criança como um objeto de interesse, interesse para implantação de uma nova ideia de família e de vida social, após podemos ver a cultura do menor como delinquente crescendo, abrindo assim a fase dos internatos. Nos dias atuais a criança ou adolescente abrigado, está lá pela grande maioria dos casos, por estarem inseridos em famílias que não possuem estrutura psicológica para criá-los, a maioria sendo filhos de pais dependentes químicos, negligência familiar, abandono ou em muitos caso acontece a negligência seguida de violência familiar. Retomando algo ja dito através da justificativa deste trabalho, é sabido que há cerca de 40 mil crianças em abirgos por todo o país. Uma pesquisa realizada atraves do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e combate a fome em parceria com a Fundção Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) nos disponibiliza uma gama de dados relevantes obtidos através da pesquisa realizada em 2.642 abrigos institucionais no Brasil, no período de 2009 á 2010. Esta pesquisa dispõe de informações de funcionamento dos Sistema de Acolhimento Institucional (SAI) , expressando em tabelas a distribuição dos SAI pelo Brasil, a distribuíção em acolhimentos governamentais ou não governamentais, quantidade de abrigados por regiões do país, motivos, perfil e idade dos abrigados e tempo de permanência. Em análise do gráfico 01, observa-se que a distribuição de Serviços de acolhimento no pais não é balanceado, a maioria se localiza na região Sudeste, e a menor taxa fica na região Centro - Oeste e Norte.

26

MENOR DESVALIDO

1.157

MUNICÍPIOS

MENOR COMO INFLUENCIA SOCIAL

ABRIGOS ESTUDADOS

MENOR DELINQUENTE

52.587

MENOR VULNERAVEL EM SOCIEDADE

2.624

VAGAS

36.929 VAGAS PREENCHIDAS 2009


Gráfico 01. População Brasileira de 0 a 17 anos (N= 56.290.196) É importante destacar a discrepância entre os seguine presença de SAI. Brasil e regiões (N= 2.624) - (Fonte: Levantates números: A região Centro Oeste e Norte, possuem o mento Nacional, 2013) Gráfico 1. População brasileira de 0 a 17 anos (N=56.290.169) e presença de SAI. Brasil menor número de SAI, 6,9% e 3,7%, porém a região norte e regiões (N=2.624) % de Serviços de acolhimentoGráfico concentra de indivíduos 0 segundo e 17 anos, que 3. SAI com 60 ou10,6% mais crianças e adolescentesentre acolhidos tempo de fun- é cionamento. Brasil (N=39). um défict do serviço na região. A região % da população considerado Nordeste também apresenta esta característica, pois possui 30,7% de residentes com 0 a 17 anos, sendo a segunda região com mais crianças e adolescentes.

Por meio do mapa 01 observa-se a região sudeste com maior número de crianças abrigadas, sendo estas mais específicamente nos estados de São Paulo e Minas Gerais O gráfico 03 nos mostra em porcentagem os abrigos governamentais e não governamentais, percebe-se que em aproximadamente 86% dos abrigos governamentais, se abrange temosaté 20Minas crianças, em uma porcentagem Nota: o gráfico dados de Gerais cedidos quando pela Sedese/MG-FJP. Mapa 01- Municípios que participaram do Levantamento Nacioal reduzida de 76% de abrigos não governamentais acode Crianças e Adolescentes em Serviços de Acolhimento igura 2. Municípios que participaram do Levantamento Nacional de Crianças e Adoles- Institucio- lhem o mesmo número de crianças. A comparação da quantidade de crianças acolhidas segundo natunal. de Brasil (N=1157) (Fonte: Levantamento entes em Serviços Acolhimento Institucional. Brasil (N=1.157) Nacional, 2013) Nota: o gráfico abrange os dados de MG cedidos pela SEDESE-MG/FJP. Segundo Milano (2004, pág. 99), a grande das reza governamental e não governamental do SAI, mostra maioria que aproxicrianças que são abrigadas, estão em madamente 86% e dosadolescentes SAI governamentais acolhem a até 20 crianças e Municípios com o SAI. abrigos não governamentais, que subsistem a custo de adolescentes enquanto que este numero de acolhidos é encontrado em Na Tabela 2 é apresentada a quantidade de SAI e de crianças e governamentais atuação do município, 72,6% doações, dos SAI não (Gráfico 4).aplicando assim indisegundo unidade da federação. Observa-se na tabela que NORTE os estados de retamente a política de atendimento. 1.051 abrigados

São Paulo e Minas Gerais concentram o maior número de unidades e crianças e adolescentes acolhidos. No estado do Amapá está o menor número de SAI e de crianças/adolescentes acolhidos. Na NORDESTE região Sul se 3.710 destaca o estado do Paraná com 11,7% dos SAI e 10,3% dasabrigados crianças e adolescentes acolhidos. O Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul estão no mesmo patamar em número de serviços e quantidade de acolhidos. CENTRO - OESTE 2.114 abrigados Nesta mesma tabela pode-se constatar o percentual de municípios brasileiros segundo unidade da federação que tiveram SAI visitados na SUDESTE abordagem quantitativa da pesquisa. Como se pode constar, 33% dos 21.730 abrigamunicípios do Sudeste têm SAI, seguido por Sul (27,6%)dos e Centro-Oeste (23,4%). No total, 20,8% dos municípios brasileiros foram alcançados na presente pesquisa, após toda a busca ativa deSUL SAI relatada no Capítulo 2 deste livro. 8.324 abriga-

Gráfico 4. Quantidade de crianças e adolescentes acolhidos segundo natureza do SAI. Gráfico 02 - Quantidade de crianças e adolescentes Brasil (N=2.779)

acolhidos segundo natureza do SAI

Governamental (n= 954) Não governamental (n= 1325)

27

dos

Considerando-se o porte dos municípios, tem-se que 13,4% dos SAI situam-se nos de pequeno porte 1 e 17,5% no pequeno porte 2.

Nota: exceto Minas Gerais.


metade das instituições aceita crianças e adolescentes grávidas (46,4%) ou que use drogas (45,2%). O percentual para este item atinge o máxiGráfico 9. Principais fontes de recursos dos SAI segundo natureza do serviço. Brasilmo na região Norte (64,9%) e o mínimo na região Nordeste (37,5%).

Gráfico 03 - Principais fontes de recursos dos SAI segundo (N=2.279) natureza do serviço. Brasil (N=2.279)

Tabela 01 - Especificidades das crianças atendidas pelos SAI. Brasil Tabela (N=2.279) 11. Especificidades das crianças atendidas pelos SAI. Brasil (N=2.279) Especificidade

Sim %

Não %

Não sabe %

Transtorno mental Deficiência mental Deficiência sensorial (visão, audição) Deficiência na fala Deficiência física Crianças ou adolescentes que usam drogas Doenças infectocontagiosas (HIV/aids; Hanseníase, etc.) Situação de rua Ameaçados de morte Crianças ou adolescentes grávidas Crianças ou adolescentes com filhos Crianças ou adolescentes lésbicas, gays ou travestis

56,8 58,1 63,3 71,9 61,7 45,2 55,3 78,0 68,2 46,4 43,5 64,6

29,4 28,5 23,3 14,7 24,9 41,5 31,4 8,7 18,5 40,3 43,2 22,1

13,3 13,4 13,4 13,4 13,4 13,3 13,3 13,3 13,3 13,3 13,3 13,3

Nota: exceto Minas Gerais.

Nesse cenário, cabe destacar a necessidade de avanços para que um número cada vez maior de SAI atenda princípio da “Garantia A organização dos serviços deveráao garantir proteção e de-de fesa eaRespeito toda a criança e adolescente que precise de aco-das Acesso à Diversidade e Não Discriminação” constante lhimento. Técnicas”: Devem ser combatidas quaisquer formas de dis“Orientações criminação às crianças e aos adolescentes atendidos A organização dos serviços deverá garantir proteção e defesa em a toda serviços de acolhimento e às famílias de origem, baseadas a criança e adolescente que precise de acolhimento. Devem ser emcombatidas condiçãoquaisquer sócio-econômica, arranjo familiar, etnia, reliformas de discriminação às crianças e aos gião, gênero, orientação sexual, ou, ainda, por serem pesadolescentes atendidos em serviços de acolhimento e às famílias de Nota: exceto Minas Gerais. soas com necessidades especiais em decorrência de defiorigem, baseadas em condição socioeconômica, arranjo familiar, ciência física ou mental, que vivem com HIV/AIDS ou outras O gráfico 03 informa as fontes de recursos investidos etnia, religião, gênero, orientação sexual, ou, ainda, por serem pesnecessidades específicas de saúde.” (Brasíl, 2009, pág. 20) nos Seviços de Acolhimento, como dito anteriormente, posoas com necessidades especiais em decorrência de deficiência físiOs recursos estaduais foram menos citados. Eles aparecem com demos referenciar através do gráfico que os SAI de natuca ou mental,destacar que vivem com HIV/aids ou dos outras necessidades maior como principal fonte nos serviços É importante que grande parte serviços de rezadestaque não governamental possuem auxíliogovernamentais maior de 49,7(21,1%) % específicas de saúde (Brasil, 2009a, p. 21). e advindos não governamentais (11,1%) da região Nordeste. Em torno de 20% acolhimento não colocam em prática o dever descrito de doações e 66,8% de recursos recursos públicos dos serviços governamentais das regiões Centro-Oeste Sudes- acima pelas orientações técnicas a serviços de acolhimenmunicipais. Os recursos municipais também são (21,1%), prioritários estar maior abertos rejeição para atender a algum desses públicos 18,6% tendo com crianças ou adolescentes tepara (19,9%) e Sul (18,1%) os recursos estaduais como sua to,Indicaram a subsistência demencionam SAI governamentais. seguido crianças ou demonstra adolescentes usam SAI (Tabela 12). Apor análise regional que aque região Censegunda principal fonte para manutenção da unidade. Na região Cen-dosgrávidas, drogas e crianças ou adolescentes com filhos. tro-Oeste, 19,5% dos serviços não-governamentais mencionaram os re-tro-Oeste apresenta maior percentual de SAI com atendimento especializado exclusivo (25,6%). estaduais De acordo artigo 92 do Estatucursos como suacom segundaofonte de receita. Segundo a tabela 01, cerca de 61,7 % dos SAI acolhem to Os darecursos Criança e do Adolescente (1988) cque federais foram pouco citados, embora tenham sido crianças ou adolescentes portadores de deficiência física, cita os emprincípios a serem adotados pelas mencionados maiores proporções em unidades governamentais (máxi- e 63,3% acolhem aqueles que possuem deficiência sensoinstituições de acolhimento, nos diz sobre a preservação de mo de 8,3% na região Nordeste). Nos serviços governamentais localizados rial, que implica enfaticamente nas condições destes edivínculos famíliares e o não desmembramento de grupo de nas regiões Centro-Oeste e Norte, respectivamente 17,8% e 10,0% pos- fícios que oferecem abrigo,101 necessáriamente precisam ser irmãos, A tabela 01 mostra que a grande maioria dos SAI acosuem recursos federais como segunda principal fonte. Na Centro-Oesadaptados para receber todos estes tipos de crianças/ lhem grupos de irmãos, porém, existem aglumas excessões. te, 10% dos serviços governamentais e 15,6% dos não governamentais adolescêntes e suas situções.

28

109 03 simone assis cap 3.p65

101

3/10/2013, 18:54


violência física, predominam. No Norte está a mais elevada frequência irmãos (84,6%), conforme pode se visualizar na Tabela 9. Na região de quase todas as formas de violência familiar. Nordeste mais unidades sempre acolhem grupos de irmãos (90,2%). A violência física é caracterizada como todo ato violento com uso Tabela 02física - Acolhimento deintencional, grupos de irmãos pelo SAI, Brasil e regiõespor pais, da força de forma nãoSAI. acidental, praticada Tabela 9. Acolhimento de grupos de irmãos pelos Brasil e regiões (N=2.279) (N=2.279) responsáveis, familiares ou outras pessoas próximas à criança, que pode feRegião Sem informação N dor e Sempre que há demanda Algumas vezes Nunca rir, lesar, provocar sofrimento ou destruir a pessoa, deixando ou não marcas evidentes e podendo provocar até a3,3morte. Pode Centro-Oeste – ser 180 no corpo, 88,9 7,8 Nordeste 0,4 264 90,2 8,3 1,1 praticada por meio de tapas, 86,6 beliscões, chutes e arremessos de objetos, o Norte – 97 13,4 – Sudeste – 1.419 traumas, queimaduras 81,2 18,2 0,6 que causa lesões, e mutilações (Brasil, 2004; 2010, Sul 0,2 664 86,4 12,5 0,9 p. 30). Essa 2.624 expressão de violência é menos Brasil 0,1 84,6 14,4mencionada 0,9 como motivo de acolhimento pelos serviços do Sudeste, em relação a outras regiões. Nota: a tabela abrange os dados de Minas Gerais cedidos pela Sedese/MG-FJP.

NEGLIGÊNCIA FAMILIAR

Tabela 32. Violência familiar como motivo justificado para o acolhimento. Brasil e regiões Tabela 03 - Violência familiar como motivo justificado para o acolhimento. (N=36.929) Brasil e regiões (N=36.929)

99

Motivo

Centro-Oeste Nordeste (N=2.114) (N=3.710)

Negligência familiar Abandono pais/responsáveis Violência familiar física Violência familiar psicológica Violência familiar sexual*

36,9 21,9 10,9 6,1 7,4

34,5 24,9 11,1 4,5 4,7

Norte Sudeste Sul Brasil (N=1.051) (N=21.730) (N=8324) (N=36.929) 36,7 36,9 10,6 10,2 11,8

28,2 15,3 8.2 2,8 3,7

Nota: a tabela abrange os dados one assis cap 3.p65 99 de Minas Gerais cedidos pela Sedese/MG-FJP.

44,1 21,0 12,0 7,9 8,2

33,2 18,5 9,6 4,5 5,5

ABANDONO

3/10/2013, 18:54

* Exceto Minas Gerais — N=17.422. Os dados de Minas Gerais não permitiam a diferenciação da violência familiar sexual da violência sexual extrafamiliar e em virtude disso não foram utilizados.

A violência psicológica é toda ação que coloca em risco ou causa

De acordo com a tabela 03, obtemos informações que os modano autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da criança ou do tivosà pelos quais as crianças vão para as casas de acolhimento não são exatamente os mesmos que foram apresentados no decorrer do estudo do percurso histórico do sistema de acolhi181 mento institucional, porém, ainda podemos perceber a cultura do abandono que ainda reverbera e assola grande parte de crianças e dolescentes, alcançando a 36,9% dos casos estudados, ficando atrás daqueles que são acolhidos por estarem em sítuação de negligência familiar, chegando a 44% na região Sul.

one assis cap 5_.p65

181

VIOLÊNCIA FÍSICA

3/10/2013, 19:03

29


1.8

ESTUDO DE CAMPO

Figura 11 - Fachada PROACLE | Fonte: Arquivo pessoal

FICHA TÉCNICA Abrigo: Lar e esperança Loal: São Joaquim da Barra - São Paulo Modalidade: Abrigo comum Coordenadora: Marcia Coelho

30


Por meio da visita ao abrigo Lar e Esperança mais conhecido como PROACLE (Programa de Assistência à criança Lar e Esperança) da cidade de São Joaquim da Barra foi permitido uma conversa com a coordenadora do atual abrigo, Marcia Coelho sendo possível colher informações específicas e fundamentais sobre o real funcionamento do abrigo, seus pontos positivos e negativos, além de conhecer um pouco da vivência no local e as crianças em si. Segundo a coordenadora Márcia Coelho que apresentou a mim a história do abrigo desde sua fundação em 20 de junto de 1995, relata que a instituição, subsidiada através de doações e recursos municipais, tem um grande reconhecimento em toda a micro região, acolhendo crianças através de convênios com municípios lindeiros, os conveniados da época eram as cidades de São Joaquim da Barra, Orlândia, Ipuã, Nuporanga e Dumont. Cada município possuía uma quantidade de vagas para o encaminhamento de crianças, isto demonstra que este abrigo tem um reconhecimento em toda a região, de sua efetividade e qualidade. Atualmente, funciona de acordo com a demanda de crianças que chegam, esta demanda é extremamente relativa, e não há como ser contabilizada ou prevista. As cidades conveniadas ao programa foram aos poucos cancelando seus convênios por conta da pouca demanda (relatada pelos representantes dos municípios, porém através de pesquisas citadas neste trabalho percebemos que a realidade é outra). Hoje em dia o abrigo atende apenas crianças da cidade de São Joaquim da Barra. Com as novas normas para abrigamento de crianças e adolescentes, o número de vagas recomendado para cada unidade de abrigo, segundo as orientações técnicas são de abrigar até 20 vagas para crianças ou adolescentes, que é a capacidade máxima existente no abrigo estudado, porém há controversas quando procuramos saber a realidade dos abrigos, a coordenadora enfatiza em nosso diálogo a questão da demanda emergencial, estão abrigados hoje 13 crianças no abrigo, segundo Marcia e a psicóloga Mônica o abrigo chegou a acolher 35 crianças, sendo um número exorbitante, para além de sua capacidade máxima,

onde chegamos no ponto crucial e importante deste trabalho. A coordenadora relata que com a ajuda de todas as cuidadoras, voluntários, eles conseguem adaptar o local conforme a demanda, deixando de maneira organizada, para que a criança tenha um local adequado para dormir, fazer suas refeições, estudar, brincar, no tempo em que permanecer abrigada. A super lotação do abrigo acontece por diversas razões, segundo a coordenadora há algumas vezes a chegada de irmãos ao abrigo, crianças que estão em situação de vulnerabilidade social e precisam de um abrigo emergencial para passar alguns dias e logo depois ser realocada em sua família de origem, ou substituta. Em decorrência da grande incerteza de demanda de abrigamentos emergenciais, o abrigo precisa de adaptabilidade, funcionalidade e flexibilidade em suas instalações, isto sem muito esforço ou gastos, a praticidade é essencial.

31


LOCALIZAÇÃO O abrigo estudado esta inserido no bairro central da cidade, porém, seu entorno imediato é de caráter residêncal, com concentração de famílias de classe média, média alta. A localização atual do abrigo é bastante favorável, pois está próximo de diversos locais onde os abrigados possuem atividades cotidianas a cumprir, como por exemplo a proximidade com os centros: CRAS E CREAS, e também o CEMAC( centro 7 de Educação Municipal de Apoio a Criança. A Santa Casa de Misericória de São Joaquim da Barra também se localiza próximo ao abrigo, facilitando assim em casos emergenciais o transportes e acesso ao hospital. O centro comercial da cidade é imediato ao local do abrigo, com lojas, supermercados, escritórios, e a praça central muito utilizada pelos joaquinenses para momentos de lazer e encontro. 1. CEMAC - Centro de Educação Municipal e Apoio a Criança 2. CRAS - Centro de Referência a Assistência Social 3. CREAS - Centro de Referência e Assistência Social 4. Prefeitura Municipal 5. Escola Estadual Genoveva Pinheiro Vieira de Vitta 6. Santa Casa de Misericódia

32

6 3 5 4

Figura 12 Fonte: Google Maps (intervensão do autor)

Figura 13 Fonte: Google Maps (intervensão do autor)

2

1

1

2

3

Figura 14 - Fonte: Arquivo pessoal

Figura 15 - Fonte: Arquivo pessoal

Figura 16- Fonte: Arquivo pessoal

4

5

6

Figura 17- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 18 - Fonte: Arquivo pessoal

Figura 19- Fonte: Arquivo pessoal


CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO ABRIGO

O atual abrigo possui uma ótima localização, no centro de São Joaquim da Barra, próximo a maioria dos lugares onde as crianças precisam cumprir seus compromissos, podendo fazer seu deslocamento caminhando na companhia de cuidadores, mas ainda assim distante da escola em que os adolescentes estão matriculados, sendo o transporte feito então pela motorista contratada do abrigo. O local conta com instalações em bom estado de conservação, porém, se trata de uma antiga casa de dois pavimentos adaptada para sua função atual, que acarreta em impossibilidades de adequação do local para as normas impostas pelas orientações técnicas. No TÉRREO há uma varanda para brincadeiras ou refeições ao ar livre, possuindo uma grande mesa, varanda esta improvisada como local para guardar brinquedos e alguns pertences dos abrigados, em armários metálicos, sala de estudos com

grandes armários onde armazenam ítens como roupas e sapatos obtidos por doações (local improvisado) e estantes para livros, sala de TV, sala de jantar, cozinha adaptada para comportar um fogão industrial, e uma pequena área de serviços. Um problema persistente, e pedido mais latente da coordenadora, é a falta de espaço preparado para reservar itens doados, itens esses de porte maior, como por exemplo berços, camas, colchões, segundo a coordenadora Márcia, as doações são frequentes, porém não há onde guardar estes itens no abrigo hoje em dia. A função social oferecida pelo PROACLE é de extrema importância para crianças da cidade e região, sendo assim necessário um local preparado para sua real função.

OBSERVAÇÃO: NO DIA EM QUE FOI REALIZADO A VISITA, HAVIAM CRIANÇAS NO LOCAL, NÃO FOI POSSÍVEL OBTER IMAGENS DE TODOS OS AMBIENTES, UMA NOVA VISITA FOI AGENDADA PARA DEPOIS DE FINALIZADO O PERÍODO DE QUARENTENA (COVIDE 19)

Figura 20- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 23- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 21- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 24- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 22- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 25- Fonte: Arquivo pessoal 33


2 ReferĂŞncias Projetuais 34


Fonte: Figrurapixabay.com 26 | Fonte: pixabay.com

35


2.1

CASA DE ACOLHIMENTO PARA MENORES / CEBRA

Figura 27- Fonte: Archidaily

FICHA TÉCNICA Local: Paris, França Arquitetos: Marjan Hessamfar & Joe Vérons Ano de projeto: 2013 Área: 6225.0 m²

36 1

O projeto consiste em um centro de acolhimento ao menor, acolhimento de caráter emergêncial. O edifcio conta com instalações para subsidiar atividades de grande importancia para o acolhido além do abrigo em si, como espaços destinados a: • Assistência pisciologica • Acesso a educação local


Localização: O edifício é situado em Paris, seu local de implantação possui um entorno de edificações comerciais, porém, com edifícios de carater residêncial tambéml, sendo a grande maioria das edificações compostas por edifícios altos de mais de 3 pavimentos, além de também haver uma porcentagem consideravel de edifícios de escritórios, lojas, bancos, e etc. É nítido na forma do edifício a semelhança do mesmo para com as tipologias de edificações existentes no entorno, preservando uma das necessidades consideradas mais importantes para um projeto de abrigo, a ques tão de que o edifício deve ser semelhante aos demais edifícios residênciais de seu entorno.

Figura 28- Fonte: Google Maps

Figura 29- Fonte: Archidaily | Com intervenção da autora.

Apesar do edifício possuir através da escolha dos fechamentos uma aparencia desconectada aos demais, ele segue o mesmo padrão em relação ao seu gabarito, o edifício possui sete pavimentos, onde é distribuído o seu programa, que serve como referência para o projeto desenvolvido aqui, porém com um alcance maior de abrigados

2 37


Acessos: Em um abrigo para crianças e adolescentes, os acessos são de extrema importancia, o controle de entrada e saída de pessoas deve ser efetivo, levando em conta que crianças não podem sair do local sem devida supervisão. Há três acessos no edifício, sendo o acesso central o mais importante, que adentra ao edifício e suas depaendencias.

1

2

fácilmente pioraria estas condições fácilmente. Uma das soluções adotadas foi no tocante a sua volumetria, os arquitetos escolheram seguir um formato de L, e criando níveis de diferentes limites, criando assim terraços livres em cada um deles. O formato em L proporciona maior entrada de ventos, principalmente pelo edifício ter sido implantado voltado para o norte.

3 0

Figura 30 Fonte: Google Maps

Figura 31 Fonte: Google Maps

10

Figura 32 Fonte: Google Maps

1 - Entrada de funcionários 2- Acesso principal - entrada e saída de crianças 3 - Acesso para carga e descarga Podemos perceber o rigoroso sistema para controle de acesso, mantendo a descrição do edifício como se fosse mais um edifício comUm na área. Insolação e ventilação Por se tratar de uma área central e cercada por edifícios altos, consequentemente este projeto necessitou reunir soluções para prever e suprir necessidades com relação a INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO natural, principalmente por se tratar de um projeto com um programa de necessidades amplo, onde

38 1

5

1

2

3 Rua Paul Meurice

0 5 10 Figura 33- Fonte: Archdaily

Legenda: Acessos Ventos dominantes Lajes Jardins Espaço destinado a lazer Recuos


O Programa:

Os desafios:

Este projeto conta com um programa de necessidades vasto, pois inclui a realização de diferentes atividades, comportando-se semelhantemente a um edifício multifuncional. O diagrama abaixo demonstras as propostas de atividades. O programa do edifício é distribuído em seus sete pavimentos de acordo com faixas etarias, criando assim possibilidades de proporcionar momentos de privacidade que cada faixa etária necessita, como por exemplo momentos em que o adolescente que ler, ou ver tv, sem ser incomodado por crianças brincando.

Comportando diferentes vertentes de atendimento a menores, os arquitetos encontraram desafios em projeto, portanto suas escolhas foram prexando por mudanças emergênciais, e flexibilidade de mudança de ambientes e suas respectivas funções, atendendo a exigências relacionadas a estruturação de ambientes de assisência à saúde. Portanto, cada pavimento atua com funções independentes, com o benefício de se encontrar em um mesmo edifício.

SAÚDE ESPAÇO PÚBLICO/ PRIVADO

EDUCAÇÃO ABRIGO

Controle de acesso Flexibilidade construtiva Grerênciar normas de saúde Promover aspecto de residência Setorização de áeas de acordo com o uso

Área de expanção 0 à 03 06 a 12

03 à 06 12 à 18 Apoio para funcionários Area técnica administração

0 5 10

Figura 34 |Fonte: Archdaily | Com intervenção da autora

39 2


SETORIZAÇÃO | CIRCULAÇÃO O pavimento térreo funciona como uma grande recepção, área destinada a serviçAos como enfermaria, e escritórios administrativos, sem que haja circulação desnecessária de crianças no local. O primeiro pavimento é destinado a serviços técnicos, como lavanderia, dispensa, cozinha , e espaços destinados a funcionários. O segundo pavimento é destinado a enfermaria, espaços de reuniões destinados a educadores, e também há escritórios. Terceiro pavimento é reservado para uso de crianças de 12 á 18 anos, possuindo dormitórios , e salas de uso específicos a os menores abrigados. Portanto, é a partir do terceiro pavimento em que as crianças permanecem e realizam suas atividades, esta divisão por faixas etárias funciona como controle de acesso. Analisando as plantas é possível destacar pontos escenciais como a circulação horizontal, localizada internamente, formando um grande corredor que se prolonga por todo o pavimento, assim acontece em todos os pavimentos. A circulação assim definida em um longo pergurso, aproximadamente 60 metros de corredor por pavimento, pode causar falta de ventilação natural nesta circulação, é perceptível então a criação de clarabóias no percurso, que funciona como respiro a quem esta caminhando para suas acomodações.

1. Cozinha 2. Lavanderia 3. Almoxerifado 4. Sala de reunião 5. Bíblioteca pessoal 6. Oficina 7. Lavanderia 8. Asala de Jantar para funcionários 9. VESTIÁRIOS Banheiros Circulação: vertical horizintal

Primeiro Pav.

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Entrada Escritórios Escritório de educadores Sala de Espera Sala de visita Sala de serviços Enfermaria Sala de reuniões Escritórios administrativos 10. Escritórios demais serviços Banheiros Circulação: vertical horizintal

Pav. Térreo

0 5 10 Figura 35- Fonte: Archdaily - Intervenção da autora 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Entrada Escritórios Escritório de educadores Sala de Espera Sala de visita Sala de serviços Enfermaria Sala de reuniões Escritórios administrativos 10. Escritórios demais serviços Banheiros Circulação: vertical horizintal

Segundo Pav.

0 5 10

40 1

Figura 36- Fonte: Archdaily

Figura 37- Fonte: Archdaily


3. Quartos de 1 a 3 camas 4. Banheiro comunitário (banho) 5. Escritório equipe educativa 6. Sala de jantar 7. Sala de jogos 8. Sala de leitura 9. Sala de psicologia 10. Jardim de infância 11. Escritório 12. Terraço Jardim Banheiros Circulação: vertical horizintal

4. Quartos individuais 5. Quartos adaptados 6. Escritório Educador 7. Sala de jantar 8. Sala de jogos 9. Sala de esportes 10. Sala de aula 11. Midiateca 12. Lavanderia pedagógica 13. Escritório Banheiros Clarabóia Circulação: vertical horizintal

Terceiro Pav.

Figura 38- Fonte: Archdaily - Intervenção da autora 3. Qaurtos de 1 a 3 camas 4. Sala de banho (meninas) 5. Sala de banho (meninos) 6. Escritório administrativo 7. Sala de jantar 8. Sala de jogos 9. Sala de aula 10. Midiateca 11. Escritório Banheiros Circulação: vertical horizintal

Quinto Pav.

Figura 39- Fonte: Archdaily - Intervenção da autora

Quarto Pav.

Figura 40- Fonte: Archdaily - Intervenção da autora 1. Prolongamento da função 2. Corredor ao ar livre 3. Telhado não acessível Banheiros Circulação: vertical horizintal

Sexto Pav.

Figura 41- Fonte: Archdaily - Intervenção da autora

41 2


AMBIENTES INTERNOS | SEGURANÇA | PALETA DE CORES Utilização de vídro fixo para assegurar a proteção de quem percorre pelos lances de escada. Escadarias com gurada corpo metálicos, com proteção de alumínio vazado.

No espaço para bebês foi utilizado cores em tons pastéis, que passa a sensação de calma e tranquilidade aos pequenos.

Grande abertura que funciona como clarabóia, com predominancia de cores claras para que a luz não seja absorvida e sim refletida para o interior do edifício Escadaria

Figura 42- Fonte: Archdaily

Visão do beçário

Figura 43- Fonte: Archdaily

42 1

Recepção

Figura 44- Fonte: Archdaily

Visão do pátio

Figura 45- Fonte: Archdaily


ESTRUTURA A estrutura adotada é o sistema de laje, pilare e viga de concreto armado, oque permite vedações independentes, e certa flexibilidade para se alterar a disposições de módulos e funções de cada pavimento e seus ambientes.

As soluções estruturais serão adotadas no projeto, pois se trata de um sistema estrutural de fácil acesso na cidade onde será implantado o projeto (sistema pilar e viga de concreto) O dinamismo nas fachadadas e soluções de conforto ambiental também são relevantes, principalmente a maneira em que o edifício foi implantado, em forma de L .

Figura 46 Fonte: Archdaily Pilares Laje Intervenção do autor O esquema acima demonstra omo os pilares são posicionados com recuo entre as lajes, isto permite com que grande maioria dos pilares não fiquem expostos nas fachamdas do edifício, apenas em áreas abertas.

Os fechamentos e aberturas:

Todo o edifício possui janelas em todas as suas fachadas, permitindo o controle de entrada de luz e ventilação nas acomodações, possui fechamentos de laje a laje, que proporciona segurança além do elemento guarda-corpo. Os fechamentos que funcionam como brises, também dão diversidade ao desenho do edifício, oque trás movimento e interação entre materiais construtivos e suas características.

Relevancia do projeto: O PROGRAMA do edifício que integra mais função além de abrigar auxilia na escolha na escolha do programa para o proposto projeto deste trabalho. A divisão das faixas etárias também influencia de maneira positiva, pois de acordo com a colocação de crianças em pavimentos superiores, afeta positivamente no controle de entrata e saída de crianças e adolescentes. Figura 47- Fonte: Archdaily

43 2


2

CASA RANA

Figura 48- Fonte: Archidaily

FICHA TÉCNICA Programa: Lar para crianças afetadas pelo HIV. Escritório: Made in Earth Local: Tiruvannamali - Índia Área: 150 m² Custo: € 70.000 Ano: 2013

44 1

Made in Earth consiste em uma equipe que produz projetos de caráter social sem fins lucratívos, onde projetam para pessoas que vivem em comunidades carêntes, projetando escolas, prédios comunitários e moradias temporárias. A Casa Rana é um projeto de abrigo a crianças soropositivas, utilizando o modelo de arquitetura para suprir necessidades emergenciais, e com técnicas e materiais construtivos do local e sustentáveis.


LOCALIZAÇÃO: O local de implantação do projeto norteia as soluções projetuais adotas, localizado em área predominantemente verde, rodeado por vegetação nativa, sendo um local de pouca concentração de edificações.

ECONOMIA

+

INCLUSÃO SOCIAL

+

IDENTIDADE O projeto visou alcançar um ambiente de convivência de caráter residêncial e afetuoso, de acordo com as características e cultura local. Sua implantação é previlegiada, com vasto espaço livre ao seu entorno, pode se considerar como uma área rural, isto proporciona impacto direto na vivência das crianças, e pouco investimento em questões de segurança. As crianças utilizam os locais externos para brincar, sem haver a preocupação, como por exemplo atravessar uma via movimentada por carros, pois o local é rico em vegetação, uma área predominantemente natural. Adiante será demonstrado os materiais aplicados no projeto, a escolha proporcionou benefícios a população local, que segundo o escritório, incluiu a população como mão de obra especializada, por se utlizar técnicas e materiais locais, fazendo assim um bem social a partir do projeto. Figura 49- Fonte: Archidaily Intervenção da autora

Figura 50- Fonte: Archdaily - Intervenção da autora

45 2


Acessos:

O Programa:

Como ja citado, o projeto não possui controle rigoso de acesso, como projetos em grandes centros, por sua localização e cultura do povo, o investimento em segurança pode ser reduzido. O elemento limitador do edifício é o bambu, que está em todo o limite da edifícação, este elemento pode proporcionar controle de acesso, e deixar o edifício aberto ao mesmo tempo.

1

O abrigo possui caráter residêncial, para proporcionar um ambiente familiar, possui dormintórios coletivos, com capacidade de cinco camas, ou beliches, banheiros de uso compartilhado, e espaço restrito a cuidadora residênte no local. Os espaços entre os blocos funcionam como circulação horizontal e também como áreas de atividades , como danças típicas da cultura do povo indiano e atividades educativas.

2

ESPAÇO FAMILIAR Figura 51 Fonte: Archdaily

Figura 52 Fonte: Archdaily

RELAÇÃO COM ESPAÇO EXTERNO

EDUCAÇÃO ABRIGO 3

6

2

4 7 8

46 1

5

1

Figura 53- Fonte: Archidaily Intervenção da autora

1 2 3 4 5 6 7 8

Cozinha Dispensa Dormitório da “mãe” Área de convivência Dorm. 1 Dorm. 2 Dorm. 3 Banheiros

Legenda: Acessos Ventos dominantes Lajes Jardins Espaço destinado a lazer Recuos


Materialidade O projeto é composto por duas placas de concreto monolítico, piso e laje acessível. Buscando utilizar materiais abundantes no local, de fácil acesso, isto permite grande economia de recursos (escaços). Os espaços entre os blocos permitrm passagem de ar entre as dependencias, a entrada de luz solar é previlegiada , através de clarabóias e elementos vazados, como o bambu nas fachadas. O uso do bambu como elemento limitador do espaço permite interação interior com exterior, trazendo sensação de segurança, pois impõe e controla a entrada e saída de pessoas do local, além de proporcionar sombreamento em espaços utilizados para convivência das crianças. Os materiais utilizados facilitaram na hora de solicitar mão de obra, podendo incluir a população, gerando inclusão social e sentimento de pertencimento, oque reforça a identidade do projeto, por meio da comunidade local no processo construtivo. Entrada e saida de ar

Figura 54- Fonte: Archidaily - Intervenção da autora


Ambientes internos |Segurança |Paleta de cores A escadaria que leva a laje de cobertura, em concreto aparente apresenta uma falha grave no projeto, pois não apresenta guarda corpo, ou nenhuma limitação para que crianças não Pode-se observar este espaço, previleacessem a escada. giado por grandes aberturas do piso a laje, oque facilita na entrada de iluminação, utilizando o mínimo possivel de luz As cores contrastantes fazem com que a luz artifícial. que adentra a edificação seja refletida, e não absorvida, oque proporciona ambientes mais iluminados e vívidos.

Figura 55- Fonte: Archdaily

Figura 56- Fonte: Archdaily

48 1

Figura 57- Fonte: Archdaily

Figura 58- Fonte: Archdaily


Estrutura A estrutura é composta por duas lajes de concreto monolítico, sobrepostas, a edificação possui certa elevação com relação ao solo, de acordo com Mie, esta estégia foi adotada para efrentar enxentes em dias de chuvas fortes. Os cinco blocos que compoem a edificação e quatro pilares nos pontos extremos, que reforçam a extrutura do local. 5

6

7

1

1

5

2

4

5

1 2 3 4 5 6 7 8 8 8

entre si que deixam luz e vento perpassarem pelo edifício com grande facilidade é escencial. A escolha das cores, que proporciona um ambiente de atmosfera hamonica é extremamente importante, as crianças precisam habitar em espaços onde não haja monotonia.

Tijolo comum Gesso Piso em concreto Concreto armado Chaminé Gesso impermeabilizante Perfil C Perfil L Banheiros

Figura 59- Fonte: Archdaily

Figura 60 Fonte: Archdaily Intervenção da autora Relevancia do projeto: Este projeto é um referêncial no tovante a importancia de se construir com um orçamento reduzido. O olhar atento dos arquitetos com relação a escolha de materiais abundantes na área, além de um sistêma construtivo ágil e de conhecimento da população local, A escolha do bambu, em sua forma crua, utilizada como material limitador, influencia positivamente nas escolhas para o projeto aqui desenvolvido, a escolha de elementos vazados, ou alternados

Figura 61- Fonte: Archdaily - Intervenção da autora

49 2


3

ESCOLA EL TIL - LER

FICHA TÉCNICA Local: Cerdanyola del Vallès - Bellaterra, Espanha Arquitetos: Eduard Balcells, Ignasi Rius Architecture, Tigges Architekt Ano de projeto: 2018 Área: 950.0 m²

50

Figura 62 - Fonte: Archidaily A escola é composta por 5 bolocos, 5 edificações distintas, em um mesmo terreno, o estudo apresentado aqui é relacionado ao novo bloco que integra a escola, que possui características construtivas que englobam o reaproveitamento de materiais, possui em seu espaço interno diversidade de usos com um grande vão livre.


Localização: O edifício é situado em Belaterra, um bairro da cidade Cerdanyola del Vallès na Espanha, o local possui caráter residêncial. O entorno imediato ao edifício possui grande vegetação, formando um grande jardim em torno da escola. A população do entorno é composta por pessoas de classe média alta, as edificações são de alto padrão, porém, o edifício estudado oferece instalações de alto padrão, em um baixo custo.

Figura 63- Fonte: Archidaily - Intervenção da autora

Figura 64- Google maps - Intervenção da autora

A escola é composta por seis edifícios, sendo 5 deles advindos do antigo endereço da escola, os blocos que compôem a escola são desmosntáveis, portanto a facilidade em leva-los para o novo e atual endereço. No novo local, é adicionado um novo bloco, um novo edifício para fins edicacionais. Este novo bloco será apresentado aqui como referência cosntrutiva para o projeto desenvolvido neste estudo.

O local possui topografia acentuada, o edifício é localizado em um dos pontos mais altos do bairro. A configração dos blocos são de acordo com a topografia, através de cortes e encaixes na mesma, formando trÊs terracos, que se adaptam e preservam a vegetação existênte.

51


ACESSOS O conjunto de blocos, ao todo seis blocos distintos que formam a escola, possuem diversos acessos, essa vairabilidade se da por conta de questões topográficas, o terreno possui uma topografia com declividade acentuada e bastante acidentada, por esta inserido em um contexto bastante vegetativo, com muitos jardins.

1

RAM

PA

2

RAMPA

ESCADARIA ENTRADA 1 Figura 65 Fonte: Google Maps

ENTRADA 2

Figura 66 Fonte: Google Maps Figura 67 Fonte: Archdaily Intervenção da autora

52


PROGRAMA

Programa distribuído no terreno de acordo com os níveis definidos em projeto, que são 3 níveis que serão demonstrados em planta mais adiante. A imagem abaixo demnstra o pavimento inferior do bloco aqui estudado, em relação ao muro de arrimo, e a travessia de acesso ao bloco.

Figura 68 Fonte: Archdaily Intervenbção da autora JARDIM DE INFÂNCIA E ESPAÇOS EM COMUM PLAYGROUND CIRCULAÇÃO E TRAVESSIAS QUADRA DE ESPORTES CANTINA ESCOLA PRIMÁRIA ESCOLA SECUNDÁRIA ANFITEATRO

Cada bloco tem sua específicidade, como escola primária, secundária e jardim de infância, sendo que cada um dos setores possuem seu jardim e playground.

Figura 69 Fonte: Archdaily Intervenção da autora

Figrura 70 | Fonte: Archdaily | Intervenção da autora.

53


PLANTAS

LEGENDA: JARDIM DE INFÂNCIA E ESPAÇOS EM COMUM PLAYGROUND - JARDIM DE INFÂNCIA QUADRA DE ESPORTES CANTINA ESCOLA PRIMÁRIA PLAYGROUND - ESCOLA PRIMÁRIA ESCOLA SECUNDÁRIA PLAYGROUND - ESCOLA SECUNDÁRIA ANFITEATRO

Implantação

0 5 10

Figura 71 Fonte: Archdaily Intervenção da autora

LEGENDA:

Térreo 54

0 5 10

Figura 72 Fonte: Archdaily Intervenção da autora

CANTINA ESCOLA PRIMÁRIA PLAYGROUND - ESCOLA PRIMÁRIA ANFITEATRO CIRCULAÇÃO E RAMPAS ESCADAS


PLANTAS

As plantas de primeiro pavimento e segundo pavimento demosntram a espacialização do programa com relação ao novo edifício. Cada um dos demais blocos, além do edifício novo, possuem divisões internas semelhantes, com salas de aulas, recepção e banheiros, sendo que cada um dos blocos atendem uma determinada faixa etária. Pode-se analisar através destas peças gráficas a relação do novo edifício, com os blocos antigos, são edifícios isolados, como se a escola fosse um grande complexo estudantil, a circulação feita através de rampas, e escadas, que vencem os vãos e diferenças topográficas.

1 2

Primeiro Pav. Figura 73 Fonte: Archdaily Intervenção da autora

0 5 10

LEGENDA: JARDIM DE INFÂNCIA E ESPAÇOS EM COMUM PLAYGROUND - JARDIM DE INFÂNCIA QUADRA DE ESPORTES CANTINA ESCOLA PRIMÁRIA PLAYGROUND - ESCOLA PRIMÁRIA ESCOLA SECUNDÁRIA PLAYGROUND - ESCOLA SECUNDÁRIA ANFITEATRO CIRCULAÇÃO E RAMPAS ESCADAS

Segundo Pav. Figura 74 Fonte: Archdaily Intervenção da autora

0 5 10

55


Programa

Este projeto possui relevância principal no bloco de jardim de infância, que como dito anteriormente, é o novo bloco que compõe a escola. Portanto, aqui iremos destacar apenas esquemas referêntes ao novo edifício. O “térreo” deste bloco é subterraneo, o módulo é encaixado na topografia, formando cortes na topografia e taludes ao seu redor. O acesso à este nível é realizado apenas externamente, por

meio das rampas e escadas, que se torna um ponto a contestar, pois dificulta o acesso de alunos no bloco em dias chuvosos por exemplo. Neste nível esta localizado a parte administrativa do bloco, mas também há áreas destinadas a educação e uso coletivo, como uma grande sala de atividades. Antes de acessar a sala de atividades, a criança passa por um pequeno vestiário, um espaço onde podem se organizar para acessar a sala, como por exemplo tirar os sapatos. Há também espaços de apoio ao aluno.

Figrura 75| Fonte: Archdaily | Intervenção da autora. Recepção vestiário

56

AdministraçãO, gestão e escritórios Banheiros Armazenamento Rampas de acesso

Sala dos Professores

Salão de Atividades


Figrura 76| Fonte: Archdaily | Intervenção da autora. Salas de aula Banheiros Rampa de acesso

Escritório do professor

No pavimento superior, estão as salas de aulas , a planta deste pavimento é organizada em módulos, espelhados, portanto possui 4 salas de aula, cada um com um escritório para o professor e banheiro. Este pavimento tem acesso ao jardim com playground para crianças, onde podem ser realizadas atividades de integração com as turmas. As pontes de acesso também são utilzadas como espaços de convivência.

Vestiários

Ponte de acesso

É importante ressaltar que por todo o prolongamento deste bloco, há um mobiliário encaixado no vão entre pilares, servindo como espaço de armazenamento, ou como assentos para os alunos.

57


Ambientes internos |Segurança |Paleta de cores Podemos observar através dos esquemas abaixo, as inumeras maneiras de se utilizar o mobinilário proposto pelos arquitetos, a versatilidade e funcionaldade é extremamente valorizada no projeto.

A utilização de estruturas pré moldadas costumam encarecer a obra, porém, proporciona rapidez na execução da obra e vasta flexibilidade dentro pro ambiente criado, por permitir grandes vãos, sem a interrupçao de pilares como por exemplo no centro do salão de atividades entre turmas.

Divisórias acústicas Figura 77 | Fonte: Archdaily Vidro fixo ou proteção em madeira

Figura 78 - Fonte: Archdaily - Intervenção da autora

57 58

Vigas e pilares em concreto pré moldado

Lajes em concreto pré moldado

Figura 79- Fonte: Archdaily- Intervenção da autora


ESTRUTURA

Relevancia do projeto:

O edifício possui estrutura de concreto pré moldada, são grandes pilares posicionados em todo o perímetro do edfício, sem que haja pilares no centro. Aproveitando os vãos entre pilares, foi adicionado todo o mobiliário sob medida, em madeira, como módulos na escala das crianças. Através do corte a baixo podemos perceber a funcionalidade de espaços livres como no pavimento inferior, que trás sensação de liberdade para atividades coletivas, e a integração do mesmo com o jardim externo.

A partir da escolha do modelo estrutural, o projeto pode proporcionar grande autonomia para os ambientes internos, como a flexibilização de espaços, sem interferências de elementos estruturais, oque é de grande valia para projetos que demandam flexibilidade e rapides construtiva como abrigos para crianças que possuem demanda tão relativa.

Modelo de encaixe da estrutura pré moldada

Figura 80 - Fonte: ArchdailyIntervenção da autora

Figura 81 - Fonte: ArchdailyIntervenção da autora

Passagem + espaço para convivência

Legenda: Pilares e vigas de concreto Lajes em placas cimentícias Talude Passarela de acesso

58 59


3 Levantamento da Ă rea


Figrura 82| Fonte: unsplah.com


3.1

SOBRE SÃO JOAQUIM DA BARRA

Segundo Falleiros (2007), a cidade de São Joaquim da Barra, foi formada através de famílias vindas do sul de Minas, atraídas pela terra fértil da cidade de São Joaquim da Barra, incialmente chamada de Capão do Meio. A cidade está localizada na região nordeste do Estado de São Paulo, segundo Falleiros (2007), a topografia da mesma possui ondulações, com picos e áreas baixas, relevo que faz parte do Planalto Meridional do Brasil, tendo o solo arenítico e basáltico, com predominância da terra roxa. Inicialmente a agricultura local era de café, algodão, soja, e nos dias atuais a cana-de-açúcar.

Mapa 02 - Situação de São joaquim da Barra no Estado de São Paulo Fonte: Arquivo pessoal IPUÃ

ÁREA: 414,07 KM² POPULAÇÃO TOTAL:

46.512 hab. (Censo 2010)

DENSIDADE DEMOGRÁFICA:

112.36 hab/ km²

Mapa 04 São Joaquim da Barra Fonte: Arquivo pessoal

Segundo o Censo de 2010, a população de São Joaquim da Barra é composta por 23.720 mulhres e 22.792 homens, totalizando 46.512 habitantes.

62

GUARÁ

SÃO JOAQUIM DA BARRA MORRO AGUDO

NUPORANGA ORLÂNDIA

Mapa 03 - Cidades lindeiras a São Joaquim da Barra Fonte: Arquivo pessoal

TERRENO ESCOLHIDO Figura 83 - Fonte: Google Maps



3.2

ANÁLISE DO ENTORNO

MAPA DE USO DO SOLO

a concentração de comércio e prestação de serviços. A escolha deste terreno foi visando justamente a proximidade com o centro da cidade, porém, em uma área onde predomina nas redondesas a prestação de serviços, e inicia-se o uso residêncial. Um dos requisitos para a escolha de terreno para a implantação de um abrigo, segundo as normas técnicas***, é que o terreno deve estar situado em bairros de maior demanda de crianças abrigadas.

MAPA DE FIGURA E FUNDO

Área de intervensão

Área de intervensão

Av. Orestes Quércia

50

100 Escala gráfica.

Legenda: Área de Intervenção Residêncial Comercial

64

500

0

N

0

Prestação de Serviços Áreas verdes

50

100 Escala gráfica.

Legenda: Área de Intervenção Edificado Não edificado

500

N

O uso do solo da área escolhida para a implantação do novo abrigo, é marcado pela diversidade de utilização dos lotes. O terreno escolhido esta localizado próximo a área central da cidade, portanto, percebemos a divisão entre uso residêncial predominante, e uso comercial, podemos perceber a divisão clara entre a predominancia desses usos. Apesar de estar localizado em área central, o terreno ainda esta incluso em uma área de caráter residêncial, a Avenida Orestes Quércia divide essas duas áreas, a parte inferior do mapa demonstra


O entorno é composto predominantemente por EDIFICAÇÕES TÉRREAS, ou com o máximo de 2 PAVIMENTOS, oque trás a preocupação para a determinação do gabarito do edifício aqui projetado, para que não conflite com o entorno. O terreno esta localizado no centro da cidade, possuí edifcações antigas em seu entorno.

Figura 84- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 85 - Fonte: Arquivo pessoal

Figura 86- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 87 - Fonte: Arquivo pessoal

OCUPAÇÃO DO SOLO

0

Figura 88- Fonte: Arquivo pessoal

Figura 89- Fonte: Arquivo pessoal

50

100 Escala gráfica.

500

Legenda: Área de Intervenção Edifícios de 1 a 2 pavimentos Edificações de 3 pavimentos Áreas verdes

N

De acordo com a conversa realizada com a coordenadora do abrigo PROACLE, Márcia, esta demanda também é relativa, as crianças são vindas de todas as partes da cidade. Porém, este terreno está localizado próximo a bairros carêntes, além de ser um local onde todas as pessoas conseguem localizar através de uma simples orientação, facilitando assim o acesso ao local.

65


EQUIPAMENTOS URBANOS Através do mapeamento dos equipamentos do entorno, podemos justificar a escolha da área. Os equipamentos aqui citados fazem parte do cotidiano dos abrigados, como escolas e creches. Próximo ao terreno há a Escola Estatudal Genoveva Pinheiro Vieira de Vita (01), que atende alunos de 11 a 17 anos (ensino fundamental e ensino médio), e também a Escola Técnica Pedro Badran (02), que atende alunos do ensino médio e técnico.

Também nas proximidades, esta localizada a Santa Casa de Misericórdia (03), que oferece o serviço SUS (Sistema único de Saúde), e também a parte destinada aos convêniados da isntituição de saúde. A parte inferior do mapa, está localizada a Escola Adolfo Alfeu Ferrero (04), que atende crianças do ensino fundamental, e na mesma quadra, a creche e escola Artur Parada (05), ao lado há tambpem o Auditório Artur Parada (06).

MAPA DE EQUIPAMENTOS URBANOS 2

1 09

02

03 12

as

E.E. Genoveva P. de Vitta

01

Figura 90 - Fonte: Arquivo pessoal 3

07 11

ETEC. Pedro Badran

08

4

10

Santa Casa de Misericórdia 04 06 05

Legenda: Área de Intervenção

E.E. Adolfo A. Ferrero

Figura 92 - Fonte: Arquivo pessoal

Figura 93 - Fonte: Arquivo pessoal

5

6

N

Escala gráfica.

66

Figura 91 - Fonte: Arquivo pessoal

EMEI. Artur Parada Figura 94 - Fonte: Arquivo pessoal

Alditório Artur Parada Figura 95 - Fonte: Arquivo pessoal


SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE Um dos pontos fortes para a escolha do terreno é a promixidade com o CRAS e CREAS, locais frequentados por familiares de abrigados, como por exemplo em reuniões executadas pelo CRAS.

A cidade possui transporte público, são poucos pontos localizados próximos a área de intervenção, porém, por se tratar de uma pequena cidade, os pontos fixos fácilmente podem ser adaptados de modo a auxiliar aqueles que utilizam com frequência, com a adaptação de alguns pontos.

MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL 8

Cento de Convivência do Idoso

Prefeitura Municipal

Figura 96 - Fonte: Google Maps

Figura 97 - Fonte: Arquivo pessoal

9

10

Abrigo para idoso

Assistência Social

Figura 98 - Fonte: Arquivo pessoal

Figura 99 - Fonte: Arquivo pessoal

11

12

Av. Orestes Quércia

Escala gráfica.

CRAS Figura 100 - Fonte: Arquivo pessoal

CREAS Figura 101 - Fonte: Arquivo pessoal

Legenda Vias de fluxo intenso Vias de fluxo moderado Vias de fluxo fraco Área de intervenção Pontos de ônibus

N

7

67


SIATEMA VIÁRIO Abaixo estão os perfis das vias mais importantes ligadas ao terreno escolhido, que fica na esquina da rua Voluntário Geraldo, com a rua Rio Grande do Norte. A rua Voluntário geraldo é de extrema importância para o acesso ao centro da cidade, porém, possui um fluxo moderado no trecho em que está situado o terreno, proporcinando sensação de calma ao local, que também é pouco afetado por ruídos de automóveis. A via Rio Grande do Norte considerada de fluxo moderado, via de grande importância que liga

os bairros mais afastados ao centro da cidade. A Avenida Orestes Quércia, príncipal avenida da cidade, que faz ligação a todos os bairros, possui fluxo intenso de veículos, A via possui fechamento de uma das faixas aos domingos, destinando o uso restrito a ciclistas, como ciclofaixa. Essas vias possuem mais movimentação nos horários de pico, como 12:00 h, ás 13:30 h, e das 17:00h ás 18:30 h da tarde aproximadamente, em dias úteis. Aos Sábados o movimento é internso das 10:00h ás 13:30 aproximadamente.

DIMENSÕES E PERFIS DAS VIAS

2.95

8.44

2.82

Corte A-A - Rua Voluntário Geraldo

68

0 1

5

3.15

8.30

2.15

Corte B-B - Rua Rio Grande do Norte 0 1

5


ANÁLISE MORFOLÓGICA O entorno possui 3 praças, para lazer contemplativo, sendo que uma delas faz parte da prefeitura municipal, as praças se encontram em ótimo estado de conservação, tanto pela prefeitura como pelos moradores, que preservam os espaços públicos da cidade. As vias possuem poucas áreas sombreadas por vegetações.

O local de intervenção possui característica de calmaria, e tranquilidade durante a semana, e apenas em horários de pico há um aumento de ruídos causados pelos automóveis. Há carros de som com propagandas que passam pelo local durante o dia. O local não apresenta nenhum tipo de descaso, como lixo acumulado que proliferam mal odores, ou entulhos como por exemplo.

INDICAÇÃO DE CORTES E ÁREAS VERDES

Figura 102 - Fonte: Arquivo pessoal

A c

9.0

2.95

9.90

2.35

Escala gráfica.

Corte C-C - Av. Orestes Quércia 0

5

10

Figura 103 Fonte: Arquivo pessoal

Legenda Área de intervenção Indicação de cortes Ruídos Ar fresco

N

3.0

B

69


SOLO A topografia da cidade de São Joaquim da barra é ondulada, com baixadas e espigões. O relevo faz parte do Planalto Meridional do Brasil. O solo é composto por terrenos areníticos e basálticos, predominando a terra roxa. Um dos motivos pelo qual foi decidido o centro da cidade, foi pela topografiz menos acidentada, onde se torna quase plana, com poucos relevos e calçadas com melhor possibilidade de deslocamento, sem que hava tantas interrupções como rampas inadequadas ou obstáculos. Foi realizado também a

análise da direção de águas plúviais que seguem a topogra fia. Este bairro possui pouquíssimas áreas permeáveis, onde quase todo o território é impermeabilizado, onde surgem enchentes em alguns pontos, porém no local escolhido para a área de intervenção não é um deles.

TOPOGRAGFIA E DRENAGEM

Escala gráfica.

Legenda: Área de Intervenção Aclive Delive

70

100

0 10 N

50

50 Escala gráfica.

100

N

0 10


ASPECTOS AMBIENTAIS Analisando aspectos ambientais, podemos ja definir alguns pontos para a espacialização do projeto, sabemos que a fachada oeste é a que possui mais incidência do sol, portanto, serão implementados ambientes de baixa permanência voltadas para tal, tento de leste para oeste a direção dos ventos dominantes, oque tende a localizar ambientes de alta permanência.

RU

A

RI

O

G

RA

ND

E

DO

NO

Gráfico 04 - Pobabilidade diária de precipitação de São Joaquim da Barra. Fonte: weatherspark.com

RT

1.082

ÁREA:

.9

SOL DA MANHÃ

3

Legenda: Área de Intervenção Direção dos ventos Sol nascente Sol poente

SOL DA TARDE

O

ERALD

RIO G

OLUNTÁ

RUA V

E

0 10 50

100

Escala gráfica

N

26

40.18

Gráfico 03 - Temperatura média horária de São Joaquim da Barra. Fonte: weatherspark.com

A temperatura da cidadeao longo do ano em geral gira em em torno de 14 ºC a 32 ºC, sendo raramento de 11 ºC a 36 ºC, o gráfico 03, demonstra de forma compacta a temperatura média horária durante o ano todo, entende-de que do 12h ás 20h a temperatura é quente em quase todo o ano. Segundo o gráfico 04, podemos perceber que os meses de maior preciptação na cidade é de outubro a abril.

71


4 Estudo Preliminar


Figura 104 - Fonte: pixabay.com


4.1

O TERRENO

O terreno escolhido está localizado na esquina da rua Rio Grande do Norte com a rua Voluntário Geraldo, vias de grande importância para a cidade, que liga os bairros ao centro da cidade, não ficando extremamente distante de bairros estritamente residenciais. Oque chama a atenção para este terreno é que está próximo do local onde há hoje em dia o abrigo Lar e Esperança, que em entrevista com a coordenadora Márcia foi obtida a informação de que para eles a posição atual é positiva, estando próxima de escolas, creches, centro comercial, mercados, praças e locais de lazer e entretenimento como vimos no es

tudo do entorno. Segundo Márcia, as crianças conseguem fazer suas atividades do dia a dia, utilizando o transporte oferecido ao abrigo, ou quando próximo, podendo ir a pé acompanhados de cuidadores como em passeios. A área em si não possui demanda exorbitante de crianças que utilizaram deste serviço, porém, a área fica localizada de maneira a proporcionar fácil acesso das famílias, portanto levando em consideração as falas da coordenadora, e as condições de outros bairros, a aplicação deste projeto a bairros mais periféricos iria o afastas de outras regiões da cidade, impedindo assim o fácil acesso.

RESTRIÇÕES LEGAIS - LEI 036/2007, 26 DE ABRIL DE 2.007

74


Figura 105 - Arquivo pessoal

RU

A

RI

O

G

RA

ND

E

DO

NO

RT

.9

SOL DA MANHÃ

²

027 m

2. ÁREA:

3

OL

RUA V

SOL DA TARDE

O

ERALD

IO G UNTÁR

Escala gráfica.

N

26

40.18

E

75


76


4.2

PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ DIMENSIONAMENTO

O programa de necessidades foi pensado de acordo com as Orientações Técnicas fornecidas pelo Ministério do desevolvimento social, que exemplifica ambientes necessários para abrigos para crinças:

PONTOS IMPORTANTES A RESSALTAR: 1º A capacidade dos abrigos devem ser de até 20 crianças por unidade. Porém, neste projeto há o pensamento de fácilidade de adapatação de espaços para caso esta margem se exceda emergêncialmente. 2º Para que se cumpra o ART. ** do ECA, o abrigo deve acolher crianças e adolescentes na mesma edificação, para convívio comunitário e peservação de vínculos entre irmãos.

PAVIMENTO TÉRREO AMBIENTE

METRAGEM

Gagragem

27.5 m²

Banheiros (visítas)

17.0 m²

Banheiro social

17.0 m²

Sala de espera

10.0 m ²

Sala de reuniões

12.0 m²

Atendimento piscológico Coordenação e administração Cozinha

12.0 m²

Refeitório

60.0 m²

Sala de tv

ESPECIFICAÇÃO Vaga para 1 carro

3º O abrigo deve oferecer serviço de atendimento social (piscológico), e espaço para receber visitantes ou familiáres de abrigados que possuem vínculo. 4º O edfício deve ser semelhante a uma residência, portanto, não deve agregar espaços para além de sua real função, ou que fuja da realidade dos abrigados.

PRIMEIRO PAVIMENTO

15.0 m²

AMBIENTE

20.18 m²

METRAGEM

ESPECIFICAÇÃO

Banheiros

63.24 m²

60.0 m²

Berçário

13.0 m ²

divididos em 3 unidades de banheiros. 1 unidade

Área de serviços

10.0 m²

Dorm. 2 á 6 anos

35.0 m²

1 unidade

Espaço soneca

27.49 m²

Dorm. 6 á 12 anos

35.0 m²

1 unidade

Dorm. 12 á 18 anos

24.60 m²

2 unidades

Sala de estudos

33.93

1 unidade

Caixa de escada Carixa de elevador

1 unidade

77


ORGANOGRAMA

Armazenamento de doações

Área de funcionários Coordenação ADM

Acesso da comunidade Higiênização Alimentação

Dormitórios e banheiros

67 78

Legenda: Setor de serviços gerais Setor social Setor administrativo Setor íntimo

Recreação

Funcionários Acolhidos Visítas


FLUXOGRAMA

Recepção

Salas de reunões (pais, resposáveis funcionários ou reunições do CRAS)

Acesso de Veículos

Banho 01

Banho 02

Atendimento piscicológico

Sala do educador

Dorm. do cuidador

Berçáro

Armazenamento de alimentos

Armazenamento de doações

Área de serviços

Cozinha

Vestiários e banheiros

Sala de Funcionários

Legenda: Setor de serviços gerais Setor social Setor administrativo Setor íntimo

Funcionários Acolhidos Visítas

Dorm. 04

Área de estudos

Higiênização

Reservatórios de água

Dorm. 03 Coordenação e administração

Garagem

Acesso de Funcionários

Dorm. 02

Vestiários e banheiros

Banheiro

Acesso Princial

Dorm. 01

Refeitório

Recração Sala de tv 01 Sala de tv 02

Área Externa lazer ao ar livre

79


4.3

80

CONCEITO

AS BOLHAS...


PARTIDO Já parou para pensar o quão fascinadas são as crianças por bolhas de sabão? Um simples resultado de uma reação química que tem o poder de divertir crianças e adultos. Por outro lado, este elemento é extremamente sensível, basta um toque, uma brisa leve, para que ela se desfaça de forma irreversível. Fazendo uma analogia, crianças são extremamente parecidas com pequenas bolhas de sabão, onde suas vidas são regidas de acordo com o que a sociedade impõe e a oferece. Como já citado aqui, existem crianças que passam por inúmeros abrigos, ou casas de parentes, em um intenso vai e vem, o qual muitas vezes elas se sentem rejeitadas, e levadas de um lado a outro, sem que haja um lar efetivo a ela, sendo assim, gerando experiências traumáticas, e muitas vezes irreversíveis. De acordo com pesquisas, e me baseando na fundamentação teórica aqui apresentada foi possível adquirir conhecimentos sobre experiências vividas por crianças que necessitam ser abrigadas em serviços de acolhimento. Estas crianças colecionam memórias muitas vezes traumáticas dentro de abrigos extremamente institucionalizados, o que nos faz repensar a configuração dos abrigos atuais, que podem ser extremamente efetivas e benéficas quando se coloca em prática a arquitetura voltada para tal tema. Portanto, o conceito do projeto visa proporcionar um ambiente fluído, de modo a que as crianças se sintam acolhidas, em um ambiente residencial, diferenciado em seu interior, para que colecionem boas memórias no local.

Para que fosse possível aplicar o conceito na prática, foi decidido trabalhar inicialmente com formas orgânicas, porém, é necessário se atentar para a praticidade e flexibilidade que este projeto exige. O foco deste estudo inicial foi obter um volume que proporciona espaços livres, tanto no térreo, como no segundo pavimento. Sabendo da necessidade de integração entre faixas etárias em um abrigo, onde é necessário preservar a convivência comunitária, deve se evitar criar qualquer tipo de ambiente que cause segregação, e sim todos os ambientes devem estar integrados e acessíveis para todas as idades, porém levando em conta o estudo de caso aqui apresentado, foi possível analisar a necessidade de separar espaços de lazer, para que não haja conflito entre as idades das crianças e seus comportamentos, portanto, foi imprescindível buscar um formato de edifício proporcione uma separação de locais de lazer e formas de usos de maneira natural, sem que seja pré determinada. A princípio, e sujeito a mudanças conforme desenvolvimento deste trabalho, a materialidade escolhida para a vedação externa é tijolos de barro simples, que proporcionam realizar curvaturas onde são necessárias, e possuem uma vasta facilidade de acesso a este material na cidade, o que talvez não seria possível encontrar com tanta praticidade e valor baixo as placas cimentícias. Nos ambientes internos, visando a flexibilidade de espaços, foi escolhido como principal material divisor, divisórias articuladas, presas a laje, onde podem ser movimentadas de acordo com a necessidade.

Figura 106 - Fonte: blogs.opovo.com.

81


O CONCEITO NA VOLUMETRIA - INICIAL

1 - A partir da forma circular (esférica) representado a bolha de sabão iniciou-se os primeiros estudos volumétricos. Levando em consideração suas variações de tamanhos, oque poderia constituir diferentes partes do volume. 2 e 3 - Pensando em resolver situações futuras, a ideia em mesclar linhas ortogonais aos elementos ciculares, para que façam ligações entre si e permitam outros benefícios ao pro-

4 - O formato em L foi adotado de acordo com as condições do terreno, e condições de ventilação e insolação, para melhor aproveitamento de luz e sol.

2

3

PlANO DE MASSAS - MANCHAS A partir da setorização dos espaços necessários ao abrigo, foi necessário o estudo inicial de manchas observando a necessidade de verticalização. Ás áreas de uso social, com acesso a familia e visitantes ficou no térreo da edificação, facilitando o acesso, sem que haja acesso fácil a ambientes intimos como dormitórios, deixando o primeiro pavimento apenas para uso privado.

82

4 40.18

40.18

26

26

.9

.9

3 RUA O RALD

TÉRREO

Legenda: Setor de serviços gerais

3

T VOLUN

RUA RALDO

E

ÁRIO G

IO GE

TÁR VOLUN

N

1

jeto, como facilidade de adequar o mobiliário padrão geralmente doado a abrigos.

PRIMEIRO PAVIMENTO

Setor social

Setor administrativo

N

4.4

Setor íntimo


O PARTIDO E SOLUÇÕES NATURAIS

Para melhor aproveitamento de luz e ventilação natural, foi priorizado alocar ambientes de alta permanencia voltados para a fachada leste, que recebe o sol da manhã, e esta voltado para a direção dos ventos dominantes, ambientes como dormitórios, berçários, refeitório.

Os demais ambientes foram beneficiados com grandes aberturas, janelas estilo Bay Window ou janelas em fita, que proporcionam maior entrada de luz solar, e ventilação natural, utilizando vidro como material translucido.

PRIMEIRO PAVIMENTO

No pavimento superior, foi priorizado a circulação horizontal sendo ela central, e não nas extremidades do edifício, priorizando a criação de ambientes com amplas janelas.

TÉRREO

N

Alguns ambientes apresentam elementos vazados em suas vedações, de formas circulares, que proporcionam um ambiente lúdico e iluminado.

Legenda: Setor de serviços gerais

Setor social

Setor administrativo

Setor íntimo 83


84

VOLUMETRIA - FACHADA


Proposta de fachada murada (segurança e privacidade das crianças)

Elementos lúdicos no hall de entrada, para que proporcione suavidade ao edifício.

Área externa no primeiro pavimento

Área externa no segundo pavimento

85


4.6

REFERÊNCIAS ESPECÍFICAS

Kindergarten 8Units Velez-Rubio / LosdelDesierto FICHA TÉCNICA Local: Espanha Arquitetos: LosdelDesierto Ano de projeto: 2009

86

Figura 111- Fonte: Archidaily O projeto consiste em um jardim de infância, que utiliza de aberturas circulares e coloridas para influênciar no aprendizado das crianças de maneira lúdica. A ideia remete bastante a aplicação do conceito desejado no projeto aqui desenvolvido.


Museu de Ciências da Criança. FICHA TÉCNICA Local: Montanha KyeYang em Bang Chug-Dong, Arquitetos: HAEAHN Architecture, Yooshin Architects & Engineers, Seongwoo Engineering & Architects Ano de projeto: 2011 Área: 950.0 m²

Figura 112- Fonte: Archidaily Obervando as formas curvas deste projeto, me auxiliou ao compor detalhes organicos da volumetria, combinados com linhas ortogonais. Talvez posteriormente utilizar esta referência para outros aspectos do projeto.

87


5 ANTEPROJETO



5.1MEMORIAL JUSTIFICATIVO - DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA FINAL A segunda etapa de desenvolvimento deste projeto foi necessária repensar a edificação, desde seu início, (inclusive a área do terreno, que no estudo preliminar estava sendo usada apenas uma parte do mesmo) a partir de orientações dadas em aula, todos os pontos do projeto foram repensados, e reformulado para melhor qualidade do projeto final. Neste capítulo irei demonstrar a proposta final em etapa de anteprojeto, e os novos rumos em que o projeto tomou. É importante ressaltar que pontos importantes que norteiam as decisões de projeto foram mantidos, e ainda mais priorizados.

ABRIGO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Informações:

Localização: Rua Voluntário Geraldo - São Joaquim da Barra - SP, Brasil. Área do terreno: 2.027 m² Área construída: 1.502 m² Recúo frontal: 12.09 m Recúo Lateral: 4.0 a 5.0 m Área permeável: 309.16 m² Ano da proposta: 2020

90


91


CONCEITO E PARTIDO - CONCEPÇÃO DA FORMA Este projeto foi concebido com um conceito abstrato, que é a BOLHA DE SABÃO, como já citado aqui anteriormente, como elemento representante de todo o simbolismo que este projeto trás. A idealização deste conceito foi devido ao contato direto e conhecimento obtidos através de todo o estudo aqui realizado sobre crianças em geral, e em específico crianças que necessitam deste tipo de equipamento, A premissa mais importante deste projeto é a criação de um espaço, onde a criança se sinta acolhida, criando espaços divertidos, e harmoniosos, que proporcione integração de

faixas etárias, porém com muita cautela para não perder o ASPECTO RESIDENCIAL. Portanto, aplicando o conceito ao projeto, com criação de espaços fluídos e flexíveis, todo o edifício foi pensado em torno de um arco central, que funcionará como um jardim interno. O volume se torna viável a partir do uso de estrutura metálica para alcançar grandes vãos, e também com diferentes materialidades, por exemplo os fechamentos externos em alvenaria, e os fechamentos do arco central em madeira, com as divisões dos ambientes internos em divisórias.

Formas ortogonais ao entorno do arco central Volume retangular

Subtração do arco central

Permanecendo um L completo para a sobreposição ao térreo

92

Volume retangular

Subtração do arco central

Imagem 08 - Diagramas produzidos pela autora.


Figura 113- Fonte: Archidaily

Imagem 09 - Diagramas produzidos pela autora.

Ampliação do raio do arco central para criação de caminhos para o paisagismo externo

Com a necessidade de criar ambientes que proporcione a integração de crianças e cuidadores, cheguei a este volume, onde foi possível criar cheios e vazios integrados entre si. O arco interno, pensado para funcionar como fonte de iluminação e ventilação natural, também proporciona integração entre os ambientes, o que facilita no trabalho dos cuidadores além da visão ampla de quase 100% dos ambientes do pavimento térreo, uma decisão de funcional para o conforto ambiental, controle e cuidado para com as crianças.

93


ACESSOS

Legenda: Entrada de visitantes Entradas de crianรงas e funcionรกrios) Entrada para carros (garagem)

94


ACESSOS O projeto conta com 4 pontos de acesso ao edifício. Como apresentado anteriormente no estudo do entorno, a Rua Rio Grande do Norte está diretamente ligada a avenida que conecta praticamente todos os bairros da cidade, então defini a entrada e saída de automóveis nesta via, para que o acesso à avenida seja facilitado. Também na rua Rio Grande do Norte há entrada para crianças e funcionários (entrada restrita), que é feita a partir de uma rampa de acesso, o que também facilita no controle de entrada e saída de pessoas do abrigo.

É importante ressaltar que as crianças recebem visitas, tanto de assistentes sociais, quanto de seus familiares ou grupos de pessoas que realizam doações. Portanto, o acesso de visitantes ficou na rua Voluntário Geraldo, a nível da calçada, sem a necessidade de rampa de acesso. O entorno é composto por edificações de até 2 pavimentos, sendo assim, esta proposta possui também apenas 2 pavimentos, para que não ocorra sombreamento de outras edificações.

Legenda: Entrada de visitantes Entradas de crianças e funcionários) Entrada para carros (garagem)

E

T OR

RU AV OL UN

E

D N A

RIO

GE

RA

LD

O

A U R

R G O RI

N O D

95


PROGRAMA Este projeto tem como foco abranger a demanda relativa de crianças e adolescentes da cidade, sendo capaz de abrigar 20 crianças, porém o edifício está sendo projetado para estar pronto a tender casos emergenciais, evitando super lotação. Outro fator de extrema importância na hora da definição do programa de necessidades são as faixas etárias abordadas, que são indivíduos de 0 a 18 anos. Abrigos que abrangem uma diversidade de faixas etárias, precisa ser projetado de modo que não cause segregação dentro do espaço do abrigo, e sim uma integração entre as idades, e é necessário se atentar para que não havia conflitos, como por exemplo um ambiente criado para um adolescente não poderá ser funcional para um bebê ainda desenvolvendo suas funções motoras. Pensando no bem estar de todos, foi necessário um estudo sobre o desenvolvimento humano e suas características, para melhores decisões de projeto.

96

Os experimentos e teorias do psicólogo Jean Piaget, auxiliou muito nas escolhas deste projeto, para criar ambientes agradáveis e que favorecessem um bom desenvolvimento dos abrigados. Para isto, foi utilizado como base o artigo Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky de Isilda Campaner Palangana. De acordo com a teoria de Piaget, Palangana (2015) descreve sobre a existência dos estágios com compõem o desenvolvimento de uma criança até a adolescência, chamado por ele de Estágios de desenvolvimento cognitivo. Seu estudo demonstra que cada estágio apresenta diferentes comportamentos da criança ou adolescente, o que me levou a uma setorização de projeto mais exata, me baseando nestes estágios estudados e definidos por Piaget.


1º Estágio - Sensório motor (0 a 2 anos) Segundo Piaget, este estágio a criança não possui função simbólica ou afetividade ligadas a representações, e a interação da criança com o meio pode ser alterada com o tempo, sendo que o bebê começa a ter interações com objetos no final do primeiro mês, onde se inicia a coordenação sensório motora. 2º Estágio - Pré operatório (2 a 7 anos) O segundo estágio a criança apresenta o desenvolvimento da capacidade simbólica, de fala, consegue fazer jogos simbólicos e imitações. Um fato importante deste estágio é que a criança apresenta comportamento egocêntrico e auto centrada.

Neste estágio o comportamento egocêntrico começa a ser mudado, apresentando melhora nas relações sociais e na maneira de pensar, sendo menos individualizada. Este estágio é bastante amplo em questão de desenvolvimento da criança, a criança consegue agora transmitir suas ideias e pensamentos, e ter entendimento de regras básicas e lógicas, desenvolvendo raciocínio adaptativo e também o abandono do pensamento fantasioso. 4º Estágio - Operações Formais (12 anos em diante) O adolescente passa a operar sem nenhuma limitação formal, sendo capaz de pensar em formular hipóteses, sem a necessidade de manipulação de objetos ou estímulos óbvios.

3º Estágio - Operações Concretas (7 a 12 anos)

97


PROGRAMA - SETORIZAÇÃO Levando em conta as considerações anteriores e priorizando cada faixa etária assistidas por este projeto, foi definido a distribuição do programa e sua espacialização no terreno. O edifício consiste em 2 pavimentos, no TÉRREO foi implantado os setores sociais e de serviços. O setor social é formado por ambientes onde será possível o acesso de visitantes, que precisa ser controlado com relação ao restante do edifício onde fica os residentes, para maior segurança, e cuidado com as crianças. O pavimento superior comporta toda o setor íntimo do abrigo, que consiste em dormitórios, banheiros e salas de estudo e tv. Sol da tarde

CONFORTO AMBIENTAL

As fachadas onde bate o sol da tarde são definidas com aplicações de brises de madeira pivotantes, e no térreo foi escolhido utilizar cordas tensionadas como elemento limitador, estas escolhas além de auxiliar no controle da insolação também produz um efeito na fachadas. dando dinamismo e reforçando a forma do edifício.

98

Sol da manhã

N

Desde o início dos estudos volumétricos há intenção e preocupação com ambientes de alta permanência, portanto, a criação do segundo pavimento em L proporciona a possibilidade de criar aberturas voltadas para a direção dos ventos dominantes, portanto, favorecendo ambientes como os dormitórios, para melhor ventilação natural e entrada de luz do sol. Os ambientes de baixa permanência como banheiros, cozinha, ficaram voltados para locais menos favorecidos de ventilação natural, mas contam com grandes aberturas.

Legenda: Setor de serviços gerais Setor administrativo Setor de visítas Ventos dominantes

Setor social Setor íntimo Orientação sol Àrea de intervenção


TOPOGRAFIA A topografia do local é divida em 3 níveis, porém, grande parte do local é plano, portanto foi decidido manter toda a extensão do terreno no nível 1, portanto na rua Rio Grande do norte, foi necessário a criação de uma rampa de acesso ao edifício.

RU

A

RI

O

G

RA

ND

E

DO

NO

RT

Movimentação de terra

Corte Aterro

Corte B-B ESC 1:250

SOL DA MANHÃ

NTÁRIO

OLU RUA V

Corte esquemático da topografia.

SOL DA TARDE

LDO

GERA

Escala gráfica.

N

2.0 1.0

E

ESTRUTURA A estrutura adotada para este projeto foi a ESTRUTURA METÁLICA, utilizando pilares de perfil H, formando uma grelha estrutural de vãos que variam entre 7 e 11 metros de eixo a eixo dos pilares, contando com vigas de 30 cm. Adotar estrutura metálica a este projeto proporciona criação de grandes vãos, o que irá facilitar em situações de remodelação de espaços internos, além de todo benefício de uma construção rápida, e menos geração de resíduos em obra. Dorm.

Jardim externo

Espaço soneca

Jardim central

Circulação

e

ed

Laj

to

cre

n co

Dorm.

Escada e elevador

Corte B-B ESC 1:250

ESTRUTURA METÁLICA

GRANDES VÃOS

FACILIDADE CONSTRUTIVA L

aje

de

c

o

ret

c on

PLANTA FLEXÍVEL Dorm.

Banho

Banho

Lavabo

banho

99

Dorm.

Cozinha

Área livre

Área livre

Calçada

Corte A-A


VOLUMETRIA NO TERRENO - FOTOMONTAGEM

100


MATERIALIDADE - FECHAMENTOS

Giro da peรงa. Brises de madeira (pivotante) com trilho metรกlico.

Madeira

Trilho metรกlico

Elemento vazado na fachada. - Cobogรณs

Elemento vazado na fachada. - Cordas tensiona101 dadas.


MATERIALIDADE

GRAMA

PISO DRENANTE

ALVENARIA

As vedações que envolvem todo o contorno do edifício foi definida com o uso de alvenaria, blocos de concreto (0.39 x 0.14). Aproveitando para fazer todos os eixos hidraulicos nessas paredes. Nas divisões internas foi especificado divisórias de PVC, que auxiliam na praticidade na hora de adaptações emergenciais. Também a utilização de vidros nas aberturas. A madeira também está presente nos ambientes internos, como elemento divisor de ambientes, no arco central em forma de ripas de madeira, que funciona em

102

ESTRUTURA METÁLICA + CORDAS

AREIA

um sistema de porta de correr, juntamente com vidro para proteger os ambientes de dias de chuva e ventos fortes. Além da matetrialidade do edifício em si, no jardim externo há caixas de areia para playground, e piso drenante que auxilia no escoamento da aguá da chuva para o solo, priorizando o máximo possível de área permeável.


MATERIALIDADE

RIPAS DE MADEIRA

DIVISÓRIAS ARTICULADAS (DIVISÕES INTERNAS DOS AMBIENTES)

ALVENARIA (VEDAÇÕES QUE ENVOLVEM O EDIFÍCIO)

VIDRO (TRANSPARÊNCIA)

PISO CERÂMICO

ESQUEMA DA ABERTURA CENTRAL RIPAS DE MADEIRA + VIDRO Trilho metálico

103


IMPLANTAÇÃO IMPLANTAÇÃO

6

5 1 4

3 2

104

1

1 - Reservatório para caixa d’água 2 - Jardim no primeiro pavimento

3 - Jardim interno no térreo 4 Jardim externo no térreo 5 - Horta - no térreo

N

Legenda:

0 1 5 Escala gráfica


A partir da implantação, além dos acessos já apresentados anteriormente, podemos observar como funciona a volumetria no terreno. No térreo o espaço externo conta com uma horta, playground e mobiliário para acomodação dos usuários. O traçado externo foi obtido através da ampliação do arco central (que simboliza a bolha de sabão de forma funcional) do projeto, ampliando o desenho deste arco, foi possível criar no piso um traçado que percorre por todo o projeto, até mesmo a rampa de acesso ao edifício

possui a curvatura proeminente da ampliação do traçado deste arco, para caminhar no local, e espaços com grama ou areia. Também no segundo pavimento foi possível obter um espaço aberto para lazer, criando mais uma opção de espaço para que aconteça uma separação natural entre crianças e adolescentes dutante o dia a dia. Este espaço funcionará como uma pequena praça, com mobiliário adequado e vegetação que proporciona sombreamento.

Mobiliário - área externa Térreo

Mobiliário - área externa Primeiro pavimento

Oiti - Licania Tomentosa

Reseda Amarela

Legenda: Ampliação do arco central

105


TÉRREO

20 1

10

3

11

4 2

12

5

13

6

14

7

15

8

16

9

17 18 0 1 5 Escala gráfica

Legenda: 1 - Escada e elevador 2 - Rampa de acesso 3 - Garagem 4 - Banheiro social

106

5 - Cozinha integrada 6 - Cozinha restrita 7 - Refeitório 8 - Jardim interno (abertu-

ra central) 9 - Área para atividades 10 - Horta 11 - Playground

12 - Sala de tv 13 - Espaço soneca 14 - Adm e direção 15 - Sala de piscólogo

N

19

16 - Sala de reuniões 17 - Armaz. de doações 18 - Banheiro visitas 19 - Recepção


A partir da implantação, além dos acessos já apresentados anteriormente, podemos observar como funciona a volumetria no terreno. No térreo o espaço externo conta com uma horta, playground e mobiliário para acomodação dos usuários. O traçado externo foi obtido através da ampliação do arco central (que simboliza a bolha de sabão de forma funcional) do projeto, ampliando o desenho deste arco, foi possível criar no piso um traçado que percorre por todo o projeto, até mesmo a rampa de acesso ao edifício possui a curvatura proeminente da ampliação do traçado

deste arco, para caminhar no local, e espaços com grama ou areia. Também no segundo pavimento foi possível obter um espaço aberto para lazer, criando mais uma opção de espaço para que aconteça uma separação natural entre crianças e adolescentes durante o dia a dia. Este espaço funcionará como uma pequena praça, com mobiliário adequado e vegetação que proporciona sombreamento.

9

5

5

13

Também no térreo há a sala de tv, integrada com os espaços para alimentação, um espaço amplo, sem muitos obstáculos para favorecer por exemplo o caminhar de crianças que estão aprendendo a andar, ou ainda engatinhando, que conta com aberturas de formato circular, que proporciona

integração com o jardim externo, onde o bebê e crianças maiores podem interagir passando por elas. Na área destinada a visitas, são criadas salas, de reuniões, e 107 destinadas também a administração.


PRIMEIRO PAVIMENTO

1 2

10

3

7

4

6

5

11 8

3

8

9

Legenda:

108

1 - Escada e elevador 2 - Banheiro Dormitórios 3 - Dorm. do cuidador 4 - Banho - bebês

5 - Dorm. 0 á 2 anos 6 - Dorm. 2 á 6 anos 7 - Dorm. 6 á 12 anos 8 - Sala de tv e jogos

8

0 1 5 Escala gráfica

N

2

9 - Sala de mídeas - Estudos 10 - Área externa Horta 11 - Jardim interno do térreo


No primeiro pavimento se situa os ambientes do setor íntimo, que são os banheiros, banheiro para bebês, dormitórios, berçários, sala de estudo e ambientes de lazer. Os dormitórios foram pensados de maneira a proporcionar conforto a todas as crianças, de acordo com sua faixa etária, portanto, cada dormitório possui um layout específico para dar assessoria a cada faixa etária, com espaços para estudo em grupos, sala de mídias, e uma ampla sala de tv

Dorm. 0 á 2 anos - Estágio sensório motor.

Dorm. 6 á 12 anos - Estágio das operações concretas

com espaço para jogos. Os banheiros, assim como todos os espaços, representam uma preocupação importante na hora da divisão dos ambientes, priorizei a não criação de ambientes ociosos, como pequenos “becos”, onde possa haver algum tipo de aglomeração de difícil visualização dos cuidadores, portanto, os banheiros funcionam como cabines individuais, com espaços para o banho e vestiário em cada cabine.

Dorm. 2 á 6 anos - Estágio pré operatório

Dorm. 6 á 12 anos - Estágio das operações formais

109


DESENHOS TÉCNICOS 110


PLANTA DE SITUAÇÃO

AA

Rua Rio Grande do Norte

Caixa de escada e elevador A= 18.62 m²

Caixa para reservatório Laje impermeabilizada i= 0.2% RAMPA i 23%

Placas fotovoltáicas

BB

BB

Telha de fibrocimento i= 9%

Telha de fibrocimento i= 9%

Telha de fibrocimento i= 9% Placas fotovoltáicas

Telha de fibrocimento i= 9%

Placas fotovoltáicas

AA

Caixa para reservatório Laje impermeabilizada i= 0.2%

Placas fotovoltáicas

Rua Voluntário Geraldo

PLANTA DE SITUAÇÃO 3

5

Escala gráfica

Planta de situação

N

01

111


IMPLANTAÇÃO AA

Elevação 3

Horta

Caixa de escada e elevador A= 18.62 m²

Caixa para reservatório Laje impermeabilizada i= 0.2%

Laje imperabilizada 0.2%

BB

BB

Caixa para reservatório Laje impermeabilizada i= 0.2%

Elevação 2

Elevação 4

Rampa i = 8%

Rampa i = 8%

CC

Playground Telha de fibrocimento i= 9%

Rua Rio Grande do Norte

Playground

Telha de fibrocimento i= 9%

Telha de fibrocimento i= 9% Telha de fibrocimento i= 9%

CC

Rua Voluntário Geraldo

AA

Elevação 1

IMPLANTAÇÃO 3

5

Escala gráfica

N

112

01


TÉRREO

AA

Elevação 3

Horta P02

Playground /

//

/ //

//

A.S A= 10.72 m²

P03

P01

P01

Caixa de escada e elevador

PNE FM RAMPA i 23%

MAS

P02

P06

Banheiro social 1 A= 9.0 m² P05

P07

BB

BB Rampa i = 8%

Rampa i = 8%

P07

P07

J1

Elevação 2

Elevação 4

Entrada de crianças

Refeitório e sala de tv integrados A= 266.39 m²

Sala de TV

Adm e direção Cozinha A= 14.84 m²

Playground

J1

Espaço soneca A= 26.78 m²

P02

P02

J1

J1

Adm e direção A= 14.84 m²

Jardim central

P02

Atendimento piscológico A= 12.06 m²

P02

P02

Armaz. Doações. A= 16.80 m²

Sala de reuniões A= 12.06 m²

Área coberta para atividades.

P02

A= 230.08

Banheiro visitantes A= 16.58 P01

CC

Entrada de visitantes P08

Elevação 1 AA

CC

P01

PLANTA DO TÉRREO 01

3

5

Escala gráfica

N

P03

113


SEGUNDO PAVIMENTO

AA

Elevação 3

Horta

/

/

P03

//

//

P01 P03

//

Caixa de escada e elevador

Banho 02 A= 25.69 m²

BB

P03

P01 P03

Dorm. Cuidador A= 10.93 m²

P08

BB

P03

Banho berçário A= 12.40 m²

Rampa i = 8%

Dorm. 6 a 12 anos A= 35.24 m²

P08

Rampa i = 8%

J5

Dorm. 0 á 2 anos A= 35.24 m²

P03

P03

Berçário 0 á 2 anos A= 12.40 m²

Elevação 2

J5

P09

Elevação 4

P03

P09

6 a 12

Sala de Tv

Espaço Leitura

P04

P01

P03

P01

Banho 01 A= 23.15 m²

Dorm. Cuidador A= 13.20 m²

P03

Dorm. 12 a 18 anos A= 24.55 m²

P03

P03

Sala de estudo A= 24.55 m²

Dorm. 12 a 18 anos A= 24.55 m²

P09

P01

P03 P01

P01

P01

Espaço para jogos

CC

CC J2

P09

P09

P09

AA

Elevação 1

PLANTA DO PRIMEIRO PAVIMENTO 01

3

5

Escala gráfica

N

114

N


CORTES

Dorm.

Banho

Banho Banho

Lavabo

Banho

banho

Dorm.

banho

Lavabo

Dorm.

Cozinha

Cozinha

Dorm.

Calçada

Área livre

Área livre

Calçada

Área livre

Área livre

Corte A-A ESC 1:250

Corte A-A ESC 1:250

01

3

5

Escala gráfica

Dorm.

Jardim externo

Jardim externo

Espaço soneca

Espaço soneca

Jardim central

Jardim central

Dorm.

Circulação

Escada e elevador

Circulação

CORTE A - A

Dorm.

Dorm.

Escada e elevador

Corte B-B Legenda: Corte B-BVentilação natural (entrada e saída) Iluminação natural ESC 1:250

ESC 1:250

01

3

5

Escala gráfica

CORTE B - B

115


Dorm.

Jardim externo

ELEVAÇÕES

Jardim externo

Espaço soneca

Jardim central

Espaço soneca

Jardim central

Dorm.

Escada e elevador

Circulação

Dorm.

Circulação

Dorm.

Escada e elevador

Corte B-B ESC 1:250

Corte B-B ESC 1:250

Elevação 01 - brises fechados ESC 1:250

01

3

5

Elevação 01 - brises fechados ELEVAÇÃO 01 Escala gráfica

ESC 1:250

Elevação 01 - sem brises ESC 1:250

Elevação 01 - sem brises ESC 1:250

01

3

5

Escala gráfica

116

ELEVAÇÃO 01 - SEM BRISES


ELEVAÇÕES B-B

B-B

brises fechados

brises fechados

sem brises

sem brises

Elevação 02 - brises fechados ESC 1:250

01

3

5

Escala gráfica

ELEVAÇÃO 02 - COM BRISES

Elevação 02 - brises fechados ESC 1:250

Elevação 02 - sem brises ESC 1:250

Elevação 02 - sem brises ESC 1:250

01

3

5

Escala gráfica

ELEVAÇÃO 02 - SEM BRISES

130 117


ELEVAÇÕES

Elevação 03 01

3

5

Escala gráfica

ESC 1:250

ELEVAÇÃO 03 Elevação ESC 1:250

Elevação 04 ESC 1:250

01

3

5

Escala gráfica

118

Elevação 04 ELEVAÇÃO 04

ESC 1:250

03


RENDERIZAÇÕES


ÁREA COBERTA PARA ATIVIDADES

120

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO | SEM ESCALA


ÁREA COBERTA PARA ATIVIDADES LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO | SEM ESCALA

121


REFEITÓRIO E COZINHA

122

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO | SEM ESCALA


ÁREA EXTERNA LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO | SEM ESCALA

123


ÁREA EXTERNA

124

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO | SEM ESCALA


ÁREA EXTERNA LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO | SEM ESCALA

125


SALA DE TV

126

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO | SEM ESCALA


SALA DE TV LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA

127


ESPAÇO SONECA

128

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO | SEM ESCALA


ESPAÇO SONECA LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO TÉRREO| SEM ESCALA

129


DORM. 0 Á 02 ANOS

130

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA


DORM. 0 Á 02 ANOS LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA

131


DORM. 02 Á 06 ANOS

132

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA


DORM. 02 Á 06 ANOS LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA

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DORM. 06 Á 12 ANOS

134

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA


DORM. 06 Á 12 ANOS LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA

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DORM. 06 Á 12 ANOS

136

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA


DORM. 12 Á 18 ANOS LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA

137


SALA DE MÍDEAS

138

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA


SALA DE MÍDEAS LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA

139


SALA DE MÍDEAS

140

LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA


ÁREA EXTERNA LOCALIZAÇÃO DO OBSERVADOR PLANTA DO 1º PAVIMENTO | SEM ESCALA

148 141


5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Fonte: pixabay.com


ASSIS, Simone Gonçalves de; FARIAS, LuÍs Otávio Pires (org.). . São Paulo: Hucitec, 2013. 367 p. Disponível em: http://aplicacoes. mds.gov.br/sagi/dicivip_datain/ckfinder/userfiles/files/LIVRO_Levantamento%20Nacional_Final.pdf. Acesso em: 24 fev. 2020. RONDÔNIA. Alcilenede Souza Araújo Conroy. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Sistema Único de AssistenciaSocial : CRAS Betinho e CREAS Jamari. Ariquemes, 2018. 32 p. Disponível em: https://ariquemes.ro.gov.br/pma-portal/public/system/Attachment/attachments/000/000/258/original/CARTILHA%20-%20SUAS%20II.pdf. Acesso em: 08 abr. 2020. BRASIL. Juliana Maria Fernandes Pereira. Secretaria Nacional de Assistência Social. Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS. Brasília: Brasil Ltda, 2011. 120 p. Disponível em: http://aplicacoes.mds.gov.br/snas/ documentos/04-caderno-creas-final-dez..pdf. Acesso em: 08 abr. 2020. BRASÍLIA. Luís Geraldo Sant’ana Lanfred. Concelho Nacional de Justiça (org.). REGRAS DE PEQUIM: REGRAS MÍNIMAS DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA DE MENORES. Brasília, 2016. Disponível em: http://www.dease.sc.gov.br/documentos/leis-internacionais/79-regras-de-pequim-1/file. Acesso em: 23 mar. 2020. BRASIL. Priscilla Maia de Andrade. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília, 2009. 72 p. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/orientacoes_Cras.pdf. Acesso em: 08 abr. 2020. CONDIÇÕES meteorológicas médias de São Joaquim da Barra Brasil. 2020. Elaborada por Weather Spark. Disponível em: https:// pt.weatherspark.com/y/30219/Clima-caracter%C3%ADstico-em-S%C3%A3o-Joaquim-da-Barra-Brasil-durante-o-ano. Acesso em: 15 jun. 2020. DIGIÁCOMO, Murillo José; DIGIÁCOMO, Ildeara de Amorim. Estatuto da Criança e do Adolescente Anotado e Interpretado: lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (atualizado até a lei nº 13.441, de 08 de maio de 2017). 7. ed. Curitiba: Fempar, 2017. 623 p. 32 f. FALLEIROS, Lucio de Oliveira. São Joaquim da Barra: conto, canto e encanto com a minha história. São Joaquim da Barra: Noovha, 2007. 63 p. HILLESHEIM, Lílian Cruz Betina; HILLESHEIM, Betina. INFÂNCIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: UM OLHAR SOBRE AS PRÁTICAS PSI. Porto Alegre: Universidade de Santa Cruz do Sul, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822005000300006&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 23 mar. 2020. IRENE RIZZINI (Brasil). Unicef Fundo das Nações Unidas Para A Infância. A institucionalização de crianças no Brasil: Percurso histórico e desafios do presente. 2. ed. Rio de Janeiro: Puc Rio, 2004. 94 p. MARCÍLIO, Maria Luzia. A história social da criança abandonada. São Paulo: Huciteg, 1998.

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MILANO FILHO, Nazir David; MILANO, Rodolfo Cesar. Estatuto da Criança e do Adolescente: comentado e interpretado de acordo com novo código civil. 2. ed. São Paulo: Leud, 2004. PALANGANA, Isilda Campaner. Desenvolvimento em aprendizagem em Piaget e Vigotski: a relevância social. São Paulo: Soraia Bini Cury, 2015. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=BjPXCgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=PIAGET&ots=D6BQhUS0SG&sig=PQ-cFxN4DLXxoVUBui-DhUcM1Pw#v=onepage&q=PIAGET&f=true. Acesso em: 20 nov. 2020. PEREIRA, Potyara Amazoneida Pereira. A assistência social prevista na Constituição de 1988 e operacionalizada pela PNAS e pelo SUAS. Ser Social, Brasília, n.20, p.63-83, jan./jun. 2007. Disponível em: <http://seer.bce.unb.br/index.php/SER_Social/article/ view/251/1624>. Acesso em: 25 fev. 2011. RIZZINI, Irene et al (org.). A arte de governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência da infância no brasil. A história das políticas sociais, da legislação e da assistência da infância no Brasil. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2011. Lista de Figuras: Figura 1. Bolha de sabão - https://pixabay.com/pt/photos/bolha-de-sab%C3%A3o-cor-colorido-3594979/ Figura 2. Garota fazendo bolha grande – Disponível em: https://unsplash.com/photos/6cQHvjzmZOU - acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 3. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/jovem-menina-crian%C3%A7a-jogar-bolhas-388661/ - acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 4. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bolhas-de-sab%C3%A3o-divers%C3%A3o-menina-668950/ - acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 5. Cena do Filme: A missão ( 1986 – Noruega) – Disponível em: https://cinestesias.com/post/185523554689/a-miss%C3%A3o-the-mission-1986 - acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 6. Roda dos enjeitados ou excluídos – Disponível em: https://ar.tripadvisor.com/LocationPhotoDirectLink-g303272-d2349266-i211700906-Misericordia_Museum-Salvador_State_of_Bahia.html - acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 7. Sede institucional da irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – Disponível em: https://upload.wikimedia.org - acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 8. Santa casa de misericórdia de Recife - Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br - acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 9. Santa Casa de misericórdia do Rio de Janeiro – Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1f/Sta_casa_misericordia_rio_janeiro.JPG - acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 10. Santa casa de misericórdia de São Paulo - Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/04/ Sede_Institucional_da_Irmandade_da_Santa_Casa_de_Miseric%C3%B3rdia_de_S%C3%A3o_Paulo_-_Hospital_Central.png acesso em: 27 de Abr. 2020 Figura 11. Fachada do abrigo PROACLE – Arquivo pessoal Figura 12. Imagem aérea - Disponível em: https://www.google.com.br/maps Figura 13. Imagem aérea - Disponível em: https://www.google.com.br/maps Figura 14. Fachada CEMAC de São Joaquim da Barra - Arquivo pessoal Figura 15. Fachada CRAS de São Joaquim da Barra - Arquivo pessoal Figura 16. Fachada CREAS de São Joaquim da Barra - Arquivo pessoal

145


Figura 17. Fachada Prefeitura de São Joaquim da Barra - Arquivo pessoal Figura 18. Fachada Escola Estatual Genoveva Pinheiro Vieira de Vitta de São Joaquim da Barra - Arquivo pessoal Figura 19. Fachada Santa Casa de Misericórdia de São Joaquim da Barra - Arquivo pessoal Figura 20. Berçário – PROACLE - Arquivo pessoal Figura 21. Berçário – PROACLE - Arquivo pessoal Figura 22. Berçário – PROACLE - Arquivo pessoal Figura 23. Berçário – PROACLE - Arquivo pessoal Figura 24. Berçário – PROACLE - Arquivo pessoal Figura 25. Berçário – PROACLE - Arquivo pessoal Figura 26. Jovem soprando bolhas - Disponível em: https://unsplash.com/photos/Esu8AxBdLR0 Figura 27. Fachada Principal – Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/733949/centro-de-bem-estar-para-criancas-e-adolescentes-em-paris-slash-marjan-hessamfar-and-joe-verons-architectes-associes?ad_medium=gallery Figura 28. Imagem aérea – Disponível em: https://www.google.com.br/maps Figura 29. IDEM ÍTEM 27 Figura 30. Imagem aérea – Disponível em: https://www.google.com.br/maps Figura 31. Imagem aérea – Disponível em: https://www.google.com.br/maps Figura 32. Imagem aérea – Disponível em: https://www.google.com.br/maps Figura 33. Implantação (Centro de acolhimento CEBRA) - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/733949/centro-de-bem-estar-para-criancas-e-adolescentes-em-paris-slash-marjan-hessamfar-and-joe-verons-architectes-associes?ad_medium=gallery - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 34. Corte - (Centro de acolhimento CEBRA) - IDEM ÍTEM 33 Figura 35. Pavimento térreo - IDEM ÍTEM 33 Figura 36. Primeiro Pavimento - IDEM ÍTEM 33 Figura 37. Segundo Pavimento - IDEM ÍTEM 33 Figura 38. Terceiro Pavimento - IDEM ÍTEM 33 Figura 39. Quarto Pavimento - IDEM ÍTEM 33 Figura 40. Quinto Pavimento - IDEM ÍTEM 33 Figura 41. Sexto Pavimento - IDEM ÍTEM 33 Figura 42. Escadaria - IDEM ÍTEM 33 Figura 43. Berçário - IDEM ÍTEM 33 Figura 44. Recepção - IDEM ÍTEM 33 Figura 45. Pátio - IDEM ÍTEM 33 Figura 46. Fachada - IDEM ÍTEM 33 Figura 47. Fachada - IDEM ÍTEM 33 Figura 48. Casa Rana - https://www.archdaily.com.br/br/778446/casa-rana-made-in-earth?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmark-show&ad_content=current-user - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 49. Implantação – Casa Rana – IDEM ÍTEM 48 Figura 50. Fachada Casa Rana - IDEM ÍTEM 48 Figura 51. Imagem Interna - IDEM ÍTEM 48 Figura 52. Imagem interna - IDEM ÍTEM 48

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Figura 53. Planta – Casa Rana - IDEM ÍTEM 48 Figura 54. Corte transversal - IDEM ÍTEM 48 Figura 55. Disponível em https://www.archnet.org/sites/15989/media_contents/116406 - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 56. Crianças que moram na Casa Rana - Disponível em https://www.archnet.org/sites/15989/media_contents/116406 acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 57. Imagens internas - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/778446/casa-rana-made-in-earth?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmark-show&ad_content=current-user - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 58. Imagens internas - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/778446/casa-rana-made-in-earth?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmark-show&ad_content=current-user - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 59. Detalhe estrutural disponível em https://www.archdaily.com.br/br/778446/casa-rana-made-in-earth?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmark-show&ad_content=current-user - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 60. Planta - IDEM ÍTEM 48 Figura 61. Fachada - IDEM ÍTEM 33 Figura 62. Escola El Til – Ler - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/921003/escola-el-til-star-ler-eduard-balcells-plus-tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 63. Escola El Til – Ler – Imagem aérea IDEM ÍTEM 63 Figura 64. Escola El Til – Ler – Google maps Figura 65. Escola El Til – Ler – Google maps Figura 66 . Escola El Til – Ler – Google maps Figura 67. Planta de situação - Escola El Ti - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/921003/escola-el-til-star-ler-eduard-balcells-plus-tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 68. Escola El Til – Ler – ÍDEM ÍTEM 67 Figura 69 - Escola El Til – Ler – ÍDEM ÍTEM 67 Figura 70 - Escola El Til – Ler – ÍDEM ÍTEM 67 Figura 71 - Escola El Til – Implantação - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/921003/escola-el-til-star-ler-eduard-balcells-plus-tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 72 - Escola El Til – Ler – Térreo - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/921003/escola-el-til-star-ler-eduard-balcells-plus-tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 73 - Escola El Til – Ler – Disponível em Primeiro pavimento - https://www.archdaily.com.br/br/921003/escola-el-til-star-ler-eduard-balcells-plus-tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 74 - Escola El Til – Ler – Disponível em Segundo pavimento - https://www.archdaily.com.br/br/921003/escola-el-til-star-ler-eduard-balcells-plus-tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 75 - Escola El Til – Ler – Planta do térreo do novo anexo - Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/921003/escola-el-til-star-ler-eduard-balcells-plus-tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 76 - Escola El Til – Ler – Planta do primeiro pavimento do novo anexo - Disponí-vel em https://www.archdaily.com.br/ br/921003/escola-el-til-star-ler-eduard-balcells-plus-tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 77 - Escola El Til – Imagem interna - ÍDEM ÍTEM 67 Figura 78 - Escola El Til – Imagem interna - ÍDEM ÍTEM 67 Figura 79- Escola El Til – Imagem interna - ÍDEM ÍTEM 67 Figura 80 - Escola El Til – Diagrama de estrutura - ÍDEM ÍTEM 67 Figura 81 - Escola El Til – Corte humanizado - ÍDEM ÍTEM 67

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Figura 82 – Disponível em https://unsplash.com/photos/PhuGmoubvo8 - acesso em: 22 de Nov. 2020 Figura 83 – Imagem aérea da cidade de São Joaquim da Barra – Google Maps Figura 84 á 105 - Arquivo pessoal

Lista de gráficos: Gráfico 01 - População Brasileira de 0 a 17 anos (N= 56.290.196) e presença de SAI. Brasil e regiões – Disponível em: Levantamento Nacional, 2013 Gráfico 02 - Quantidade de crianças e adolescentes acolhidos segundo natureza do SAI - Disponível em: Levantamento Nacional, 2013 Gráfico 03 - Principais fontes de recursos dos SAI segundo natureza do serviço. Disponível em: Levantamento Nacional, 2013 Lista de Tabelas: Tabela 01 - Especificidades das crianças atendidas pelos SAI. Disponível em: Levantamento Nacional, 2013 Tabela 02 - Acolhimento de grupos de irmãos pelo SAI, Brasil e regiões. Disponível em: Levantamento Nacional, 2013 Tabela 03 - Violência familiar como motivo justificado para o acolhimento. Brasil e regiões - Disponível em: Levantamento Nacional, 2013 Lista de Mapas Mapa 01 - Municípios que participaram do Levantamento Nacioal de Crianças e Adolescentes em Serviços de Acolhimento Institucional. Disponível em: Levantamento Nacional, 2013 Mapa 02 - Situação de São joaquim da Barra no Estado de São Paulo Fonte: Arquivo pessoal

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