Brasília Médica Nº49

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artigo original

Utilização da ultrassonografia quantitativa de calcâneo e sua correlação com fatores de risco na osteoporose em campanha de rastreamento populacional na cidade de Curitiba, Paraná Nádila Cecyn Pietszkowski Mañas, Olavo Kyosen Nakamura, Fernando Micheviz, Carolina Monteguti, Viviane Vieira Passini, Érica Couto Calixto, Carolina Aguiar Moreira Kulak e Victória Zeghbi Cochenski Borba

RESUMO Introdução. A osteoporose é caracterizada por baixa massa óssea e alteração da microarquitetura, com diminuição da força óssea com aumento do risco de fraturas. Para avaliação da densidade mineral óssea a densitometria por absorciometria radiológica de dupla energia (DXA) é considerada o método padrão-ouro. Porém, têm-se como desvantagens o alto custo e a falta de disponibilidade, sendo o ultrassom um método alternativo. Objetivo. Estimar a prevalência de fatores de risco de osteoporose em campanha de rastreamento populacional e avaliar a sua correlação com a ultrassonografia quantitativa de calcâneo. Método. Em campanha de prevenção e detecção da doença, na cidade de Curitiba, em 2009, voluntários foram cadastrados e foi aplicado um questionário sobre história mórbida atual e pregressa, obstétrica e ginecológica, fatores de risco de osteoporose e fratura e coleta de dados antropométricos. Realizaram-se exames com ultrassonografia quantitativa de calcâneo no aparelho Sonost-2000 (Osteosys), com avaliação de valores do T-score, sendo distribuídos em dois grupos, aqueles com T-score < -1.0 e T-score < -2,5 desvios-padrão da uma população de adultos jovens. Resultados. Dentre os 660 participantes da campanha, 388 participaram do estudo, 82,2% mulheres e 17,8% homens, média etária de 59 ± 12 anos. Entre as mulheres, 46,4% apresentaram ultrassonografia quantitativa de calcâneo sem anormalidades, 47,3% T-score < -1.0 e 6,3% T-score < -2,5. Entre os

2 • Brasília Med 2012;49(1):2-10

Nádila Cecyn Pietszkowski Mañas – médica, Serviço de Endocrinologia e Metabologia, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil Olavo Kyosen Nakamura – graduando, curso de Medicina, Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil Fernando Micheviz – graduando, curso de Medicina, Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil Carolina Monteguti – graduando, curso de Medicina, Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil Viviane Vieira Passini – graduando, curso de Medicina, Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil Érica Couto Calixto – graduando, curso de Medicina, Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil Carolina Aguiar Moreira Kulak – médica, Serviço de Endocrinologia e Metabologia, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil Victória Zeghbi Cochenski Borba – médica, Serviço de Endocrinologia e Metabologia, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba-PR, Brasil

Correspondência: Victória Zehgbi Cochenski Borba. SEMPR – Serviço de Endocrinologia e Metabologia. Rua Agostinho Leão Junior, n.º 285, Alto da Glória, CEP 80030-110, Curitiba, Paraná. Internet: vzcborba@gmail.com

Recebido em 6-2-2012. Aceito em 10-3-2012. Os autores declaram não haver potencial conflito de interesses.


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