EM TEMPO - 7 de março de 2014

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Política

MANAUS, SEXTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2014

DIVULGAÇÃO

Cláudio Humberto COM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

www.claudiohumberto.com.br

Para esse [projeto] se justifica a urgência. Outros não” DEPUTADO HENRIQUE ALVES e seu incomum empenho para aprovar o ‘marco de protestos’

TSE adverte para propaganda ilegal na internet O ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral, mandou tirar do ar a página do presidenciável Eduardo Campos (PSB) no Facebook porque se convenceu de que não estava em “ambiente fechado”, como o Twitter, e fazia propaganda eleitoral deslavada. Em conversa com a coluna, ele lembrou que o Judiciário só atua mediante provocação, mas está atento e utilizará os mesmos critérios para examinar outros casos. Digitais pernambucanas O ministro Admar Gonzaga concluiu que o conteúdo do Facebook tinha como origem o próprio Eduardo Campos ou sua assessoria. Confissão na rede O PSB divulgou que Campos não sabia do Facebook, mas a página entrega a autoria: a atrapalhada equipe de mídias sociais do PSB. Propaganda bem bolada A oposição se articula para representar contra a página “Dilma Bolada”, queantes ironizava e agora se dedica a divulgar elogios à presidente. Só não vê quem não quer líder do PSB na câmara, Beto Albuquerque (RS) espera que o MP examine Dilma Bolada: “Não precisa ser provocado para cumprir a lei”. Crise PT-PMDB dá esperança a Aécio e Campos Virtuais candidatos à presidência, o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador Eduardo Campos (PSB) veem na crise entre PT e PMDB uma chance de comprometer a reeleição da presidente Dilma. No mínimo, apostam que o alto grau de descontentamento

pode levar o PMDB à mesma postura do PP em 2010, optando pela neutralidade no primeiro turno. Mas Aécio ainda sonha com o apoio formal do PMDB. Contra hegemonia Diante da ação do PT para aumentar sua bancada, em detrimento do PMDB, só cresce no partido grupo contrário à aliança com Dilma. Libera geral Dentre patrocinadores do movimento “libera geral” no PMDB estão os diretórios de maior peso na convenção nacional: RJ, MG, RS, PR e CE. Caminho sem volta O próprio vice Michel Temer já admite a correligionários que está cada dia mais difícil conter a rebelião e manter a aliança nacional com o PT. Bobeira tucana Amigo do deputado Sergio Guerra, Aécio Neves só conseguiu divulgar nota de pesar 4 horas depois de confirmada a morte do seu antecessor na presidência do PSDB. E uma hora depois da presidente Dilma. Acervo valioso Sérgio Guerra deixou à família, a mais valiosa coleção de Cícero Dias, consagrado pernambucano que foi amigo e dividiu atelier com Picasso, em Paris. Em breve retorno ao Brasil, na ditadura, Cícero viveu por dois anos num imóvel de guerra e pagou o aluguel com telas, muitas telas. Do arco da velha Se for verdade tudo o que se disse de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na reunião de Dilma com Lula e agregados, na calada da noite no Alvorada, intriga como o deputado conseguiu escapar, até agora.

Jornalista

Garras de fora Demitido do Ministério do Desenvolvimento pelo exministro Fernando Pimentel e hoje desfrutando de uma boquinha no Planalto, Alessandro Teixeira não larga o osso. Faz lobby para emplacar um amigo, André Cordeiro, de limitada experiência, na diretoria na agência ApexBrasil. Preocupação Apesar dos desmentidos, os muitos amigos do ex-ministro do Esporte Orlando Silva se preocupam com supostas sequelas do problema de saúde do qual se recupera. Deveria reaparecer para tranquilizá-los. Prévia da exploração A 97 dias da Copa do Mundo, o Carnaval já mostrou a prévia do que turistas vão enfrentar: botecos cariocas cobravam R$ 26 por um misto quente e um suco de laranja; R$ 70 por um prato feito com bife. Demagogia rastaquera Nicolás Maduro rompe com o Panamá, por ser “lacaio dos americanos”, mas não rompe com os Estados Unidos. Por quê? Compram petróleo da Venezuela e ainda permitem postos da PDVSA em todo território americano. E pensar que o Brasil se associou a gente dessa laia... Mau agouro Foi uma sucessão de desastres na TV estatal venezuelana a visita do ditador substituto cubano: não só caiu do mastro a bandeira de Cuba, como apareceu na legenda “Raúl Castro presidente da Venezuela”. Pensando bem... ...é fácil obter uma trégua na Ucrânia: o senador Suplicy canta e Fidel Castro faz um de seus discursos.

PODER SEM PUDOR

Conversa às cegas Wilson Braga era adversário de Ronaldo Cunha Lima, na Paraíba, e tentava se aproximar do político-poeta. Pediu a um amigo comum que promovesse uma reunião dos dois, mas recomendou absoluto sigilo: - Ninguém pode ver nada! Cunha Lima não contou conversa: - Não tem problema: vamos nos encontrar no Instituto dos Cegos! A reunião não foi realizada e o poeta ganhou a eleição.

Dilma elogia tema da Fraternidade cional dos Bispos do Brasil) lançou na última quarta-feira uma iniciativa contra o tráfico de pessoas. “Suas vítimas têm medo e vergonha de denunciar a prática. Por isto, é decisiva a participação da sociedade por meio de campanhas como esta”, completou. A campanha aborda os diversos tipos de tráfico - para trabalho forçado, exploração sexual,

Sérgio Guerra morre aos 66 anos vítima de Câncer Deputado federal, ele já havia cumprido mandato de 8 anos de senador e era ex-presidente nacional do PSDB

O

deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE) faleceu nesta quinta-feira, devido a complicações causadas por um câncer nos pulmões. Natural de Recife, Sérgio Guerra tinha 66 anos e estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde se tratava de uma pneumonia. Economista, pecuarista e professor, o deputado estava em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados. Foi também senador, no período de 2003 a 2011. Originalmente do PMDB, Guerra passou pelo PDT e pelo PSB. Desde 1999, era filiado ao PSDB, e foi presidente nacional do partido de 2007 a 2013. Atualmente, era presidente do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao partido, e do diretório da legenda em Pernambuco. O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), divulgou uma nota de pesar pela morte de Sérgio Guerra, destacando que ele foi, “durante todo o período em que esteve no Legislativo, como deputado ou senador, uma contribuição importante

para o debate político e parlamentar do país”. “Assim, é com grande tristeza que compartilho o momento de dor pelo qual familiares e amigos passam com a perda desse grande homem público”, conclui. A presidente Dilma Rousseff também enviou uma nota se solidarizando a amigos e familiares do parlamentar.

TRAJETÓRIA

Experiente na política, Sérgio Guerra já havia militado no PMDB, PDT e PSB. Há 15 anos estava no PSDB, onde foi presidente nacional da legenda. Ele estava em seu quarto mandato de deputado federal Sessão de homenagens Com a morte do deputado, a sessão de debates do plenário foi cancelada. Antes da suspensão, os parlamentares presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Sérgio Guerra. Em seguida, deputados da base aliada e da oposição fizeram discursos a

favor do tucano. “Sérgio Guerra sempre foi respeitado pelos seus liderados, correligionários e também pelos partidos adversários. Ele deixa uma marca muito grande nesta casa”, declarou o deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE). O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) disse que o tucano dignificou o papel da oposição. “Queremos em nome do PT reconhecer que Sérgio Guerra dignificou o papel da oposição. Ele soube trabalhar, cumprir seu papel, trazer os embates para a casa”. Para o deputado Domingos Dutra (SDD-MA), a morte do parlamentar deve reforçar a pesquisa para combater o câncer. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que Guerra sempre foi um fiel defensor dos princípios democráticos e sempre lutou por um Brasil melhor. “Continuará presente entre nós por meio do seu legado, de enorme valor”, ressaltou. Em nota, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou luto de três dias pela morte do tucano.

Partido ressalta importância

CAMPANHA

Por meio de conta em rede social, a presidente Dilma Rousseff elogiou ontem o tema da Campanha da Fraternidade de 2014. “Saúdo a decisão da @CNBBNacional de se lançar na luta contra o #traficodepessoas”, afirmou a presidente em sua conta oficial no twitter. Dilma ponderou que este “ainda é um crime difícil de combater”. A CNBB (Conferência Na-

Sérgio Guerra não conseguiu vencer o câncer de pulmão e morreu, ontem, aos 66 anos de idade

extração de órgãos e adoção irregular de crianças. A presidente aproveitou ainda para divulgar o telefone 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que recebe denúncias sobre o tema. “Desde 2006 o Brasil tem uma política nacional para combater esse crime que atinge, principalmente, as mulheres jovens”, afirmou.

A Executiva Nacional do PSDB também divulgou uma nota sobre a morte do deputado, ressaltando que, em sua gestão como presidente do partido, ele “modernizou o processo de comunicação do PSDB, investiu em mídias sociais (Facebook e Twitter) e incrementou o diálogo do partido com os diversos segmentos da sociedade (jovens, mulheres, minorias, sindicalistas)”. O deputado Izalci (PSDBDF) lembrou a importância de Guerra para reestruturação do PSDB. “Ele foi o grande responsável, realmente, pela unidade do partido e

até mesmo a consolidação, agora, da candidatura do Aécio (Neves) à presidência”, disse. A Executiva do Democratas afirmou que Guerra tinha valor “inestimável” de combatividade e espírito público, modernidade e visão de futuro. André Carlos Alves de Paula (DEM-PE) deve assumir o mandato de Sérgio Guerra, pois é o primeiro suplente de sua coligação (PMDBPPS-DEM-PMN-PSDB). PSDB-AM lamenta O diretório regional do PSDB no Amazonas emitiu

nota, ontem, lamentando a morte de Sérgio Guerra, classificado como “grande amigo, dedicado e competente”. O presidente regional do PSDB no Estado, deputado estadual Arthur Bisneto, o presidente de honra, prefeito Arthur Virgílio Neto, e demais lideranças tucanas sentem muito o falecimento do grande amigo, que tanto se dedicou e organizou o partido nacionalmente. “Sérgio fará falta nas discussões e planejamento do partido, pois sempre foi muito atuante e presente”, declarou Arthur Bisneto.


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