Princesa veneno

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Kresley Cole

Princesa Veneno

— Ela é fria como gelo e é uma vadia arrogante. — respondeu Jackson em francês, a voz alta de raiva. — Só uma bonequinha inútil — bonita de se ver e nada mais que isso. Quando Lionel riu, apertei os dentes, determinada a não deixá-los saber que eu entendia. Oh, sou mais do que uma bonequinha inútil, Cajun. Sou uma com defeito. E se soubesse o que se passa na minha cabeça, faria o sinal da cruz e sairia correndo. Ainda assim Jackson foi rápido. Seu olhar captou meus ombros enrijecidos e mandíbula apertada. Com os olhos estreitados, ele me encarou enquanto continuava a dizer a Lionel, em francês. — Deveria tentar algo com ela e se certificar de tirá-la do seu pedestal quando o fizer. Nunca conheci uma garota que precisasse mais de uma lição de humildade. Tentei controlar minha reação, não sabia se consegui. Quando o sino tocou e Lionel foi embora, Jackson cuspiu para mim. — Tu parles le Français Cadien? Hesitei por um momento, levantei os olhos e virei à cabeça por cima do ombro. Em um tom confuso, disse. — Está falando comigo? Olha a vantagem, Evie. Jackson parecia estupefato. — Tu parles Français! — Hã? O que está dizendo? Ele se aproximou com uma aparência perigosa, fazendo-me inclinar a cabeça para trás para manter seu olhar. — Como se não soubesse. Igualando o seu tom irado, eu anunciei. — Eu não falo Basin. — Aquilo saiu ainda mais esnobe do que eu pretendia, mas para mim tudo bem. Depois de infindáveis minutos, Jackson se virou em direção a sua sala, mas olhou para trás, apontando um dedo com curativo para mim. — Je te guette. — Estou de olho em você.

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