Princesa veneno

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Kresley Cole

Princesa Veneno

Não estou entendendo. Se eu tivesse uma lata de ravióli para cada vez que dissesse a Matthew que... — Você viu a bruxa vermelha? Infelizmente, sonho com ela o tempo todo. Ela está viva hoje? — Ela surge. Está vindo atrás de você. A Imperatriz luta com a bruxa vermelha. Aprenda suas forças e fraquezas. Você espera que eu a enfrente? — Evie, você deve estar preparada. Aparentemente. Deus, por que tolero você? — Pela mesma razão que tolero você. Qual é? — Nós somos amigos. Assim que ele se foi, furtivamente lavei o sangue com a água do meu cantil. Acabei justamente quando a tempestade diminuiu. Quando as cinzas caíram sobre a cidade, a temperatura começou a subir na rua sem sombra. O cheiro de lixo fervia do chão. Baixei meu capuz e puxei minha bandana pra baixo, inspecionando a área. Eu podia enxergar bem melhor ao meu redor. Não era necessariamente uma coisa boa. É claro que havia corpos. Mas era pior que isso... Por cima do ombro, Jackson murmurou para mim. — Confusão. Estava começando a entender sua compulsão para resolver enigmas. A cada poucos metros, um novo mistério zombava de mim. Um veículo com rodas de aro dezoito estava em cima de uma casa. À minha direita, alguém pregou meticulosamente um vestido de noiva e véu em uma porta da frente. Uma manga suja acenava no vento. Á minha esquerda, um homem morto e um menino estavam posicionados em um jardim, como se estivessem fazendo anjos de neve de cinzas até o fim. Ao lado de uma caçamba de lixo, alguém pichou: Olho de um furacão, ouça a si mesmo sacudir... O que quer que seja. Eu lutava para atribuir significado às coisas, ler pistas. Mas o pós-flash fazia pouco sentido. Eu me perguntei se Jackson não poderia estar certo, que talvez todos fossem maus agora. Ou pelo menos loucos. Mais adiante, havia um Saqueador gemendo, acorrentado pelo pescoço a uma geladeira, rastejando no lugar, suas calças apodrecendo. Quem em sua sã consciência pensaria que acorrentar um Saqueador era uma boa ideia? Sua pele era mais calcária que aqueles que eu vi no pântano, e gemia mais alto. Jackson parou diante dele, oferecendo-me sua besta. — Atire. Sacudi minha cabeça. — Anda, vai te fazer bem acabar com um. 174 | P R T


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