[trilogia texas 01] [lorraine heath] destino texano pdf

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dele. Na luz desvanecida da noite, Amelia estava de pé na sacada com a manta mais próxima do corpo. Em algum lugar, lá fora, onde o vento soprava livre e os cavalos selvagens viviam em liberdade, vivia um homem com o coração de um menino de quinze anos de idade. Por Deus, como a mãe de Houston tinha deixado que seu marido levasse os filhos para a guerra? Como alguma mulher deixava o filho sair para guerrear, independente da idade? A guerra tinha levado tantos meninos, até aqueles que ela não matou. Ela se perguntava como teria sido diferente a jornada de Houston se ele não tivesse marchado em um campo da batalha antes de ter se barbeado pela primeira vez. Os cabelos da nuca se arrepiaram com a brisa fresca que passou. Ela ouviu um movimento e se virou para ver Dallas contra a parede, estudando-a, um olhar intenso, penetrante. Ele precisou de apenas um passo para acabar a distância entre eles. Ele tocou os nós dos dedos em sua bochecha, e ela não conseguiu deixar de enrijecer. A mão dele pendeu para o lado. “Eu nunca forcei uma mulher. E não farei isso com a minha esposa”. Tocando a mão dele, ela colocou a dela por cima e mexeu a cabeça ligeiramente. “Você não terá que me forçar”. Ele chegou mais perto até que apenas um sussurro separava seus corpos. “Você ama Houston?”. “Eu sou sua esposa”. “Eu se de quem você é esposa. Estou perguntando se você ama Houston”. As lágrimas inundaram os olhos dela. Ela os apertou, lutando contra um rio de emoções. “Uma vez”. Ela abriu os olhos e encontrou o olhar dele. “Por que você se casou comigo?”. Ela respirou fundo. “Eu não tinha nada na Georgia. Nenhuma casa, nenhuma família. Você ofereceu a mim uma chance de ter uma casa, uma família, e um sonho”. “Em outras palavras, eu te pedi e Houston não”. Ela deu a ele um sorriso trêmulo. “Você pediu. Ele não”. Ele abriu os braços. Com uma aceitação muda, ela deitou a cabeça contra o peito dele enquanto ele a envolvia em um abraço forte. Ela gostava dele. Ela se importava com ele. Talvez, com o tempo, seu coração batesse mais rápido quando ele estivesse perto, sua pele formigaria quando ele a tocasse, e seus dedões do pé se contorceriam quando ele a beijasse. Ele deslizou o dedo embaixo do queixo dela, embalou o rosto, e levou os lábios de encontro aos dela enquanto a erguia nos braços e a levava para o quarto. A boca morna de Dallas cobriu a dela enquanto ela afundava na cama. Seu beijo era... bom. A mão dele tocou o peito dela. Bom. Ele gemeu e deitou o corpo por sobre o dela. Esguio, forte... bom. A porta se abriu com força e bateu contra a parede. Dallas saiu de cima dela com a rapidez de uma bala. Ele tirou o revólver do cinto que estava na cabeceira e mirou a porta, a respiração pesada. “O que foi isto?”. Amelia encostou-se na cabeceira da cama, a mão em cima do coração que batia rápido, a respiração presa na garganta. Ela olhou com esforço para Dallas. Houston permanecia na entrada, as pernas bem abertas. Ele olhou fixamente para o irmão. “Eu preciso conversar com você”. Dallas deslizou a arma de fogo até o cinto e colocou a mão em torno do suporte, as juntas 160


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