Lynne graham a inocente noiva do sheik

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No interior da limusine, havia ar condicionado e Kirsten alongou as pernas e suspirou encantada enquanto Shahir estudava seu delicado perfil e se dizia que, além de ter um caráter independente que adorava, sua mulher tinha uma surpreendente sensibilidade. Quanto mais sabia sobre aquela mulher, mais queria saber. Kirsten era como um quadro que nunca perde seu atrativo. O elegante traje que tinha escolhido para a ocasião era próprio de uma mulher de sua surpreendente beleza. Em muitos aspectos, não deixava de surpreendê-lo e sempre agradavelmente. Chegados a aquele ponto, Shahir recordou o amargo incidente do colar de diamantes e não pôde evitar esticar-se aborrecido. -Minha mãe! -exclamou Kirsten. -Mas como? -acrescentou ao ver uma imensa fotografia dela e do Shahir em uma revista publicitária. -É o anúncio de nosso casamento -informou-lhe Shahir com frieza. - Todo o país o celebrará conosco e será um dia de festa popular. Kirsten tragou saliva e se perguntou por que Shahir a estava tratando de maneira tão distante. Seria por que não queria voltar a casar-se com ela? Ter que casar-se duas vezes com uma mulher a que não se amava tinha que ser insuportável. A capital do país, Jabil, resultou ser uma cidade de amplas avenidas com árvores e edifícios modernos situados junto a preciosas mesquitas e a maravilhosas casas com jardim, lojas estupendas e hotéis de nível internacional. -Nosso casamento será tradicional -explicou-lhe Shahir, temendo que sua noiva européia sofresse um choque cultural. -Os festejos começam esta noite e terminarão amanhã pela tarde. Não voltaremos a nos ver até que comece a cerimônia. Kirsten não fez nenhuma graça que a separassem dele tão cedo. -E tem que ser assim? Por que não podemos estar juntos? Ao detectar o pânico de sua voz, Shahir a olhou nos olhos e segurou sua mão. -É a tradição e me parece que já pulamos algumas regras, não acha? Normalmente, os festejos duram três dias e nós os reduzimos a um e meio pela apertada agenda de meu pai. -Mas eu não conheço ninguém aqui... -lamentou-se Kirsten com lágrimas nos olhos. -Todos em minha família falam inglês e vão se dar de maravilha com você -prometeu-lhe Shahir. -Minha família está muito aliviada porque, por fim, encontrei uma esposa. -Aliviada? -perguntou Kirsten confusa. -Pelo visto, meu pai nunca me pressionou para que me casasse porque acreditava que era a melhor maneira de que, algum dia, escolhesse uma mulher de meu gosto. Entretanto, ao ver que não tinha nenhuma pressa por contrair casamento, tinha começado a preocupar-se. Naquele momento, Kirsten se lembrou de Faria e se perguntou quantas pessoas saberiam que Shahir estava apaixonado por ela. -O que era o que tanto preocupava ao rei? -Como já te dará conta, meu pai é bastante pessimista e acreditava que, embora me casasse, demoraria anos em ter um herdeiro. Por isso, ao lhe dizer que me tinha casado e que estava esperando um filho ele se mostrou encantado. Kirsten sorriu mortificada. -O que contou a seu pai? -A verdade. Kirsten o olhou consternada. -Então, contou-lhe que... o que lhe contou exatamente? -Que me deitei com uma virgem -respondeu Shahir. -O que queria que lhe contasse? acrescentou como se aquela pergunta lhe parecesse da mais estranha. -Mas essa informação era entre você e eu, não para que fosse contando por aí! -ruborizou-se Kirsten. -Queria me assegurar de que meu pai não jogasse em você a culpa de nada, de que entendesse que o único responsável por esta situação era eu e assim foi.


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