Depois de nove anos morando no Rio de Janeiro,
muito bem filmado e dirigido, contribuindo para que as cenas ficassem tão reais quanto a história. É importan-
já se considera uma “rio-pretense - carioca”?
te ressaltar a coragem de José Padilha ao fazer esse filme com características documentárias, denunciando
Sim, inclusive, meu sotaque é uma mistura. No Rio,
a polícia corrupta que, infelizmente, existe no Rio de Janeiro.
dizem que tenho sotaque de caipira e em São José do Rio Preto, dizem que já estou carioca.
Como foi gravá-lo nas favelas cariocas? Foi uma grande experiência fazer esse filme, tanto profissional como pessoal. Filmar nas favelas e viver o dia-
O sotaque te atrapalhou no início da carreira? Sim, por isso, tive que passar por não pode ter sotaque, a não ser para personagens específicos. Em São José do Rio Preto, por ser uma cidade do interior, as pessoas ainda conseguem saber muito da vida das outras. Hoje, o público acompanha seus passos por meio dos “paparazes”. Essa perseguição da mídia te incomoda?
“
Acho que nunca tive um trabalho com tanta notoriedade para os críticos. Agora que estou tendo críticas, graças a Deus, estão sendo positivas
Incomoda sim. Não é nada agradável a sensação de estar sendo
“
seções de fonoaudiologia. Um ator
vigiada.
a-dia da comunidade me fez refletir muito sobre varias questões pessoais e sociais. Atualmente, você faz novela, teatro e TV. Como consegue conciliar tanto trabalho? O filme “Casa da Mãe Joana” foi rodado há dois anos, por isso, agora só faço trabalho de divulgação. No musical infantil “A Ver Estrelas”, eu tenho uma substituta; quando não posso, ela faz. Então, tenho que conciliar o "Ensiname a Viver", nas noites de quinta à domingo, com as gravações da novela. Qual dessas três artes mais te atrai? Gosto muito de fazer as três, mas o teatro é muito mágico. É um contato direto e fascinante com o público. Dos 14 aos 19 anos você foi professora de dança em São José do Rio Preto. Até hoje pratica? Faço aulas de ballet clássico todos os dias da semana, a não ser, quando
estou gravando de manhã. Comecei a praticar aos seis anos de idade e me apaixonei. Hoje, no musical infantil Às vezes, a crítica também não perdoa. Como
“A ver Estrelas” eu canto, represento e também danço. É uma delícia!
você lida com os comentários maldosos em relação ao seu trabalho?
Sobra tempo de pensar em novos projetos?
Acho que nunca tive um trabalho com tanta notorie-
Por enquanto não. Estou fazendo muita coisa ao mesmo tempo. A novela está começando e até 2009 faço
dade para os críticos. Agora que estou tendo críticas,
turnê com as duas peças. Por isso, é melhor ir com calma... ■
graças a Deus, estão sendo positivas. Quando ocorreu o grande “boom” da sua carreira, fazendo com que as pessoas valorizassem mais seu talento e esquecessem um pouco sua semelhança com a atriz Deborah Secco? Isso está acontecendo agora. Depois que eu estreei no teatro, fazendo uma coisa completamente diferente do que eu já tinha feito, o reconhecimento aconteceu. Na peça “Ensina-me a Viver”, interpreto três personagens: Dora Alegria, Nacy Mercuri e Silvia Gazela, tipos bem diferentes, e todos na comédia. O filme “Tropa de Elite” gerou muita polêmica e notoriedade em todo o mundo. Qual sua opinião sobre o longa? Acho o roteiro extremamente verossímil. O filme foi Fernanda de Freitas durante as gravações da novela Global "Negócio da China"
Em cena com o ator Paulo Betti, no filme "Casa da mãe Joana"