Ala Vip 70

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Depois de nove anos morando no Rio de Janeiro,

muito bem filmado e dirigido, contribuindo para que as cenas ficassem tão reais quanto a história. É importan-

já se considera uma “rio-pretense - carioca”?

te ressaltar a coragem de José Padilha ao fazer esse filme com características documentárias, denunciando

Sim, inclusive, meu sotaque é uma mistura. No Rio,

a polícia corrupta que, infelizmente, existe no Rio de Janeiro.

dizem que tenho sotaque de caipira e em São José do Rio Preto, dizem que já estou carioca.

Como foi gravá-lo nas favelas cariocas? Foi uma grande experiência fazer esse filme, tanto profissional como pessoal. Filmar nas favelas e viver o dia-

O sotaque te atrapalhou no início da carreira? Sim, por isso, tive que passar por não pode ter sotaque, a não ser para personagens específicos. Em São José do Rio Preto, por ser uma cidade do interior, as pessoas ainda conseguem saber muito da vida das outras. Hoje, o público acompanha seus passos por meio dos “paparazes”. Essa perseguição da mídia te incomoda?

Acho que nunca tive um trabalho com tanta notoriedade para os críticos. Agora que estou tendo críticas, graças a Deus, estão sendo positivas

Incomoda sim. Não é nada agradável a sensação de estar sendo

seções de fonoaudiologia. Um ator

vigiada.

a-dia da comunidade me fez refletir muito sobre varias questões pessoais e sociais. Atualmente, você faz novela, teatro e TV. Como consegue conciliar tanto trabalho? O filme “Casa da Mãe Joana” foi rodado há dois anos, por isso, agora só faço trabalho de divulgação. No musical infantil “A Ver Estrelas”, eu tenho uma substituta; quando não posso, ela faz. Então, tenho que conciliar o "Ensiname a Viver", nas noites de quinta à domingo, com as gravações da novela. Qual dessas três artes mais te atrai? Gosto muito de fazer as três, mas o teatro é muito mágico. É um contato direto e fascinante com o público. Dos 14 aos 19 anos você foi professora de dança em São José do Rio Preto. Até hoje pratica? Faço aulas de ballet clássico todos os dias da semana, a não ser, quando

estou gravando de manhã. Comecei a praticar aos seis anos de idade e me apaixonei. Hoje, no musical infantil Às vezes, a crítica também não perdoa. Como

“A ver Estrelas” eu canto, represento e também danço. É uma delícia!

você lida com os comentários maldosos em relação ao seu trabalho?

Sobra tempo de pensar em novos projetos?

Acho que nunca tive um trabalho com tanta notorie-

Por enquanto não. Estou fazendo muita coisa ao mesmo tempo. A novela está começando e até 2009 faço

dade para os críticos. Agora que estou tendo críticas,

turnê com as duas peças. Por isso, é melhor ir com calma... ■

graças a Deus, estão sendo positivas. Quando ocorreu o grande “boom” da sua carreira, fazendo com que as pessoas valorizassem mais seu talento e esquecessem um pouco sua semelhança com a atriz Deborah Secco? Isso está acontecendo agora. Depois que eu estreei no teatro, fazendo uma coisa completamente diferente do que eu já tinha feito, o reconhecimento aconteceu. Na peça “Ensina-me a Viver”, interpreto três personagens: Dora Alegria, Nacy Mercuri e Silvia Gazela, tipos bem diferentes, e todos na comédia. O filme “Tropa de Elite” gerou muita polêmica e notoriedade em todo o mundo. Qual sua opinião sobre o longa? Acho o roteiro extremamente verossímil. O filme foi Fernanda de Freitas durante as gravações da novela Global "Negócio da China"

Em cena com o ator Paulo Betti, no filme "Casa da mãe Joana"


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