Bragança em Pauta - Edição Especial

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Bragança Paulista, 08 de Maio de 2017

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Ano 1 - Nº1 - Edição Especial Foto: Rafael Moreira / C.A.B.

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Foto: Fábio Moraes Fotografia

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Alberto crava seu nome na história como jogador e técnico vencedor Não bastasse o reconhecimento como jogador do clube da década de 90, agora, Alberto Félix terá seu nome guardado com ainda mais carinho pela torcida do Bragantino. Com um trabalho sem muitos holofotes, o time saiu de uma campanha de início desacreditada, para o acesso.

O técnico conversou com a reportagem do Bragança Em Pauta e falou sobre a infância, família, dificuldades, experiência na seleção brasileira e a capacitação para se tornar hoje o técnico responsável pela volta do Braga ao Paulistão. Confira! Página 7.


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BRAGANÇA EM PAUTA - EDIÇÃO ESPECIAL

Braga perde título, mas é aplaudido pelo acesso Em

A PARTIDA

O jogo foi bastante equilibrado no primeiro tempo e mesmo diante da chuva, as duas equipes partiram para o ataque. Aos 10 minutos, Sandoval, marcou de cabeça para o São Caetano, mas o gol foi anulado. Quando o relógio

marcava quase 40 minutos, o juiz apitou uma falta para o São Caetano. A bola foi levantada na área por Alex Reinaldo e Paulinho Santos, chutou e marcou o gol do Azulão. A torcida do Bragantino sentiu o peso do gol. A chuva diminuiu no intervalo e o Braga voltou a campo pressionando o adversário. Logo aos três minutos, Rafael Grampola, marcou um golaço para o Braga, de bicicleta e a torcida cresceu novamente acreditando na virada. Entretanto, aos 21 minutos, Regis chutou forte da entrada da área para o fundo do gol e marcou o gol do título da equipe da grande São Paulo. O Braga ainda insistiu nas jogadas, mas não

conseguiu reverter o resultado. Mesmo após a derrota, os torcedores aplaudiram o Braga e entonaram gritos como “O Bragantino voltou, o Bragantino

voltou....” Mesmo tristes com a derrota, os jogadores fizeram questão de levar até os torcedores a taça de vice-campeão, já que o grupo conquistou o direito ao acesso em cima do

Água Santa, nos pênaltis, em partida realizada em Diadema. O Braga estava na Série A2 do Campeonato Paulista desde 2015 e em 2018, disputará o Paulis-

tão ao lado de clubes como Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos. Braga perde título, mas é aplaudido pelo acesso

Nova meta é conquistar acesso para a Série B do Brasileiro Depois de ficar com

o título de vice-campeão da Série A2 do Campeonato Paulista e conquistar o acesso para o Paulistão 2018, o Bragantino sonha agora subir para a Série B do Brasileiro.

A equipe mal terá tempo de descansar, já que a estreia na competição acontece no próximo sábado, dia 13, contra o Botafogo, de Ribeirão Preto, às 19h30, em casa. O Braga foi rebaixado da

Série B para a Série C no ano passado e os torcedores almejam o acesso. Para isto, querem a manutenção do técnico Alberto no comando da equipe, que deve contar com reforços para o restante da temporada.

Foto: Fábio Moraes Fotografia

uma noite de muita chuva na região do ABC, o Clube Atlético Bragantino perdeu para o São Caetano por 2x1, no Anacleto Campanella e, com isto, ficou com o vice-campeonato do Paulista da Série A2. No entanto, mesmo com a derrota, a equipe saiu de campo aplaudida pelos torcedores, felizes com o retorno do clube à elite do futebol paulista em 2018.

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F I C HA T É C N I C A São Caetano 2x1 Bragantino Estádio: Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul

do Luiz e Bruno Recife; Esley, Régis, Paulinho Santos (Lincom) e Paulo Vinícius; Carlão e Ermínio (Norton) Técnico: Luis Carlos Martins Bragantino: Renan Rocha; Bruno Oliveira (Kellyton), Gilberto, Guilherme Mattis e Fabiano; Adeníl-

Foto: Fábio Moraes Fotografia

São Caetano: Paes; Alex Reinaldo, Sandoval, Eduar-

A união de dois personagens nome de bragantinos famosos jogadores,AlémcomodeMauro Sil-

son (Wellington), Edson Sitta, Rafael Chorão e Vitor; Adriano Paulista (Anderson Lessa) e Rafael Grampola Técnico: Alberto Félix Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza Árbitro Assistente 1: Anderson Jose de Moraes Coelho Árbitro Assistente 2: Bruno Salgado Rizo Quarto Árbitro: Salim Fende Chavez Gols: Paulinho Santos (SCA, aos 40min do 1ºT), Rafael Grampola (BRA, aos 4min do 2ºT), Régis (SCA, aos 22min do 2ºT) Cartões Amarelos: Esley, Diogo Rangel e Lincom (SCA); Adenilson, Edson Sitta e Gilberto (BRA) Cartão Vermelho: Esley (SCA)

EXPEDIENTE Bragança Em Pauta – Edição Especial Tel: (11) 9. 9783.2095 E-mail: redacao@bragancaempauta.com.br Jornalista Responsável: Ana Maria de Oliveira MTB: 32.448 Projeto Gráfico / Impressão: Agência TEM E-mail: contato.agenciatem@gmail.com Tel: (11) 9.4168.9945

Quando se fala em Bra-

gança Paulista para alguém de fora, duas coisas vêm à tona: a linguiça bragantina e o Clube Atlético Bragantino. E se isto acontece, em boa parte, se deve à imprensa esportiva, que sempre divulgou a iguaria. Desde 2008 estes dois personagens, que carregam a fama da cidade, se uniram no Restaurante do Rosário. Lá você pode degustar vários lanches feitos com a iguaria e observar o time treinando em campo, já que o estabelecimento fica dentro do próprio estádio. A

união permitiu que os principais nomes da história do clube fossem imortalizados dando nome aos lanches do cardápio. Toda combinação desperta a curiosidade e encantamento de quem visita o local e alimenta ainda mais a paixão do torcedor. A maioria dos ídolos que dão nome aos lanches, surgiu entre 1989 e 1992, quando o Massa Bruta foi campeão paulista em 1990 e vice-brasileiro em 1991. Entre eles está o lanche X-Alberto, referência ao jogador na época e atual técnico, que leva além da tradicional linguiça, queijo e ovo frito.

va, Pintado e Biro Biro, os lanches também têm nomes de técnicos: como Vanderlei Luxemburgo e Carlos Alberto Parreira, que passaram pelo Braga. Em 2008, o cardápio listava os jogadores do elenco titular do Massa Bruta. Mas devido à rotatividade de atletas, era difícil fazer os lanches ficarem conhecidos. Aí surgiu a ideia de dar nomes de ídolos aos sanduíches. Os mais pedidos são o X-Marquinho Chedid (queijo, linguiça e salada), X-Nabi Chedid (quejo e linguiça) e o X-Luxemburgo (linguiça,bacon, ovo, salada, queijo e presunto). Além do nome nos lanches, no restaurante é possível passear pela história do Bragantino já que a parede é revestida com fotos de momentos importantes do clube.


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Fotos: Rafael Moreira / C.A. Bragantino

ELENCO DO ACESSO


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89 anos despertando a paixão dos bragantinos

União do grupo foi o segredo do sucesso na visão de Alberto

Conheça a trajetória de um dos clubes mais tradicionais do interior paulista

Se o ano passado foi

ruim para o Bragantino, que não conseguiu voltar para a Série A1 do Paulistão no primeiro semestre e no segundo amargou uma queda da Série B do Brasileiro para a Série C, o ano de 2017, já pode ser chamado de um ano de vitórias. O primeiro objetivo foi alcançado: o retorno à elite do futebol paulista. A meta para o segundo semestre é voltar para a Série B do Brasileiro. Um dos clubes mais tradicionais do interior, o Bragantino, foi fundado no dia 8 de janeiro de 1928, a partir de esportistas que atuavam na equipe Bragança Futebol Clube. Seu primeiro presidente foi Ismael Leme (1928 a1930). Em 1947, o clube foi campeão amador do interior, se profissionalizan-

do em 1949, quando participou da Segunda Divisão do Paulista (atual Série A3). No ano de 1958, a família Chedid, assumiu o comando da equipe, através de Nabi Abi Chedid,que hoje dá nome ao estádio. Em 1965, o Braga conquistou a ascensão para a Primeira Divisão (atual Série A1), mas no ano seguinte foi rebaixado. Nabi Chedid, que faleceu em 2006, ficou no comando do Braga de 1958 até 1977, quando assumiu a Federação Paulista de Futebol (FPF) entre 1979 e 1981, e depois a vice-presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de 1986 a 1989. Na época, o comando do clube passou então para seu irmão Jesus Chedid. Em 1988, o Braga

conquistou o título paulista da Segunda Divisão e no ano seguinte o Massa Bruta foi campeão da Série B subindo para a Série A do Brasileiro, tendo como técnico o então iniciante Vanderlei Luxemburgo. Já em 1990, o Braga foi campeão do Paulistão, sob o comando de Luxemburgo. O time derrotou o Novorizontino, após dois empates. A primeira partida foi 1x1 e a segunda 0x0. Daquela equipe campeã, despontariam para o mundo, nomes como o volante Gil Baiano, futuramente campeão mundial na Copa de 94 pela Seleção Brasileira; o meio campo Mauro Silva; e o centroavante Silvio, que seria vice-campeão da Copa América pela Seleção Brasileira. Em 1991, o Braga foi vice-campeão bra-

Nascido na Paraíba, Al-

C.A.B. 1945. Em pé: Gentilão - Chicão - Hélio Bertoloti - Cassununga - Antunes - Turibio. Agachados: Hédio Natalino - Palermo - Mococa - Oswaldinho Arruda

sileiro já sob o comando de Carlos Alberto Parreira perdendo o título para o São Paulo, após derrota no Morumbi por 1x0 com gol de Mário Tilico e empate em 0x0 em Bragança Paulista. O Braga disputou pela primeira vez em 1992 a Copa Conmebol e nos anos que se seguiram foram diversos rebaixamentos.

Em 1998 Marquinhos Chedid assumiu a presidência do clube e, em 2005, o Bragantino reconquistou o seu lugar na Série A1 do Paulista. Em 2006, o Braga foi vice-campeão da Copa Federação Paulista de Futebol, conseguindo vaga para a Copa do Brasil e em 2007 foi Campeão Brasileiro da Série C, sendo promovido ao Campeona-

to Brasileiro da Série B. Foi ainda semifinalista do Paulistão. Ou seja, a equipe conseguiu ficar 10 anos na elite do futebol Paulista e 9 anos na Série B do Brasileiro. Com a vitória de 5 x 3 nos pênaltis contra o Água Santa, depois de dois anos na Série A2 do Paulista, volta em 2018 para a elite do futebol paulista.

Lincom, o maior artilheiro do Braga é campeão pelo adversário

guns jogadores da minha época de Fluminense aqui com ele como Sílvio, João Santos, Ronaldo Alfredo, Robert, Franklin. Eu tinha me desgarrado do grupo em 1998”, ressalta. Em 1990 quando o Bragantino foi campeão Paulista, Alberto foi artilheiro da competição pelo Ituano e acredita que isto foi fundamental para sua vinda para o Massa Bruta. “Foi uma oportunidade grande jogar em um time campeão Paulista, uma equipe que já estava montada. Eu fui o único a ser contratado em 1991. Fui a única contratação que chegou pra ser titular”, comenta o técnico. Lembra, entretanto, que quando chegou a Bragança, o técnico já era o Parreira. “O Luxemburgo saiu quando eu ainda estava de férias no Rio. Ele acertou com o Flamengo e me disse para ficar lá, mas aí pesou mais o fato dos amigos estarem aqui no Bragantino, mesmo eu sendo flamenguista”, conta. A carreira de Alberto como jogador do Bragantino durou até 1995, quando ele foi vendido para o Cruzeiro. também atuou em clubes como Internacional, Portuguesa Santista e Guarani. América Mineiro e Londrina.

SELEÇÃO E CARREIRA DE TÉCNICO Em 2003, Delega deixou os gramados como jogador e já no ano seguinte começou a atuar como técnico em escolas de formação e categorias de base. Como técnico de equipes profissionais teve algumas experiências no Penapolense e no Taubaté substituindo os treinadores e em 2012 assumiu como titular do Atibaia, destacando a participação da equipe na Copa Paulista de Futebol Júnior. Formado em gestão esportiva, o técnico acredita que sua formação é importante para os trabalhos no gramado e ressalta que já tem em mente continuar sua capacitação e se aprimorar ainda mais como técnico. “A minha referência de planejamento tático vem do Parreira. Como montar uma equipe, como saber montar

nosso time. A gente fala muito tem que ter união, mas na prática é muito difícil isto e eles são muitos unidos”, conta. Esta união inclusive faz Alberto remeter à equipe de 1991 do Bragantino. “A gente se dava muito bem dentro do campo e fora dele também. A gente saía e aonde ia um, ia todo mundo. E hoje tem esta união”, conta.

O ACESSO E O FUTURO

um esquema de jogo. Ele sempre foi um cara muito organizado e ele é um cara que repetia muito aquilo que queria. Aquilo que ele cobrava, exigia, ele fazia com que a gente fizesse até pegar. Ele insistia até a gente entender”, narra. Inclusive, Alberto acredita que foi justamente o fato de ele entender o que o Parreira queria na época em que ele jogava no Bragantino, que o levou à Seleção Brasileira. O técnico lembra com orgulho de que Falcão convocou, não só ele, mas também outros cinco jogadores do Bragantino de uma só vez: Gil, João Santos, Sílvio, Mazinho e Mauro Silva. “Tinha também o Donizete, que tinha saído um pouco antes do Bragantino”, aponta. Ele foi convocado para dois amistosos: contra a Alemanha e o México.

SEGREDO PARA O ACESSO

Questionado se o fato de ser ex-jogador do Massa Bruta ajuda o relacionamento dele com os jogadores e com a torcida, Alberto afirma que sim. “Ajuda porque eu noto que os jogadores querem saber um pouco da trajetória que a gente viveu aqui. Isto faz com que eles criem um vínculo, uma identidade maior com o clube”, frisa. Quanto aos torcedores, Alberto ressaltou o carinho que sempre recebeu. “Eu já vi de cara que tinha o carinho do torcedor, mas futebol depende muito do resultado e até este carinho que a gente sabe que tem podia acabar. O futebol proporciona isto. A torcida tinha desconfiança da gente pelo mau desempenho do ano pas-

sado. A gente estava em quarto lugar, perdeu um jogo em casa e a torcida estava vaiando. Houve um exagero, mas era o sentimento que o torcedor ainda estava. Os resultados foram apagando isto”, afirma. Ele ressalta ainda que o segredo para que a equipe do Bragantino chegasse ao sucesso em 2017 foi o comprometimento dos jogadores. “O segredo deste grupo? Eu acho que o comprometimento que eles tiveram com o trabalho e a vontade de vencer, de almejar algo melhor para eles, sabe? Acho que foi o que motivou o time e fez com que adquirissem esta união. É uma palavra até banal da gente falar hoje em dia, união todo mundo fala. Mas este pessoal é muito unido. Acho que isto que fortaleceu o

Quanto à trajetória da equipe no campeonato, Delega confessou que no início não era tão otimista. “Com os resultados das primeiras rodadas, no meio da competição já dava para crer que era possível subir. A gente tinha etapas a cumprir: primeiro era não cair. Depois era se classificar e a gente foi sentindo que era possível. Nós vencemos equipes favoritas ao acesso e nós começamos a sentir capazes. Foi um campeonato equilibrado e, não é por nada não, mas eu achava que nosso time jogava melhor que os outros”, relembra. Alberto ressaltou que os jogadores entenderam durante a competição o que ele queria. “Isto é muito importante para um treinador: quando você percebe que os jogadores estão acreditando no que

você está falando. Isto te dá confiança”, afirma. Para o treinador, entre os jogos que merecem destaque na competição estão as partidas contra o Guarani, Rio Claro e em especial contra o Votuporanguense. “Este do Votuporanguense a gente tinha que vencer alguns medos que era a questão da gente não conseguir os pontos em casa e corrigir alguns que eram deficiência do nosso time. Foi naquele jogo que a gente notou que acertou o posicionamento tático”, conta. O técnico acredita ainda que a base deve ser mantida para o segundo semestre. “Houve uma valorização com a conquista, o que aumenta a chance dos jogadores ficarem aqui, porque o time já ganhou o status de jogar um campeonato melhor. Isto os motiva a ficar. Deve ter uns com propostas para sair, mas a partir do momento que a gente conseguiu subir de divisão valorizou o clube e aumenta a vontade dos jogadores de ficar”, aponta. Quanto a sua permanência no comando do Bragantino ele afirma: “Eu gostaria de ficar e acho que manter a base é importante. Tudo está se encaminhando para ficar, mas é preciso esperar”, finalizou o técnico. Fotos: Rafael Moreira / C.A. Bragantino

gols do Azulão foram marcados por Ferreira, Carlão e Ermínio. Já o gol do Braga foi marcado por Adriano Paulista. Antes da partida final, o atacante disse que queria se manter concentrado e jogar bem e mesmo tendo que enfrentar o ex-clube disse que estava feliz pelo fato do Bragantino ter conquistado o acesso diante do Água Santa. “Fiquei super feliz, na hora dos pênaltis já estávamos no vestiário, mas eu fiquei acompanhando pela internet”, revelou o atleta, que trabalhou com muitos jogadores do atual elenco do Braga. “Eu trabalhei com a maioria, acho que com 80%”, afirma. Sobre o título o atleta disse que a sensação de ser campeão é sempre inexplicável independente de qual seja o adversário “É sempre muito bom e gratificante poder ficar marcado positivamente na história do São Caetano”, comemorou. Foto: Filipe Granado

Não é à toa, que dizem que futebol é uma caixinha de surpresas. Quem diria que o maior artilheiro da história do Braga, poderia entrar em campo em uma final de campeonato justamente no time do adversário? E quem diria ainda que ele levantaria a taça de campeão contra cerca de 80% dos jogadores do Massa Bruta, que já foram seus colegas de equipe? Pois bem, isto aconteceu na noite deste último sábado, dia 6, com o jogador Lincom, que atuou no Braga, entre 2011 e 2016, tendo neste período, saído da equipe por empréstimos, por três vezes. Apelidado de “Lingol”, o atleta, que na final defendeu o São Caetano, disputou pelo Leão 163 partidas. “Sou o maior artilheiro da história do Braga com 72 gols”, conta. Na fase de classificação, Lincom já enfrentou o ex-clube, onde tem uma brilhante história. “Foi diferente enfrentar o bragantino. Ganhamos, mas não joguei bem”, relembra o atleta. A partida, contra o São Caetano aconteceu no dia 9 de fevereiro, no Anacleto Campanella e foi válida pela 5ª rodada da competição. O São Caetano derrotou o Braga por 3x1. Os

berto Carlos Félix da Silva, ou Delega, (apelido que ganhou quando jogador), técnico do Clube Atlético Bragantino, começou sua carreira como jogador no Rio de Janeiro. Aos 12 anos de idade, desembarcou com a mãe e os irmãos na capital carioca e já era apaixonado por futebol. Vindo de uma família humilde, Alberto relembra que teve uma infância difícil, já que foi criado apenas pela mãe junto com os irmãos Luis e Da Silva, que também chegou a atuar como jogador, mas diferente dele, os dois tiveram que trabalhar fora. A mãe, para sustentar os filhos trabalhava como doméstica, e cobradora de ônibus. “O futebol apareceu para mim quando eu estava precisando começar a trabalhar. Com 15, 16 anos, a família inteira resolveu que eu tivesse essa oportunidade, de treinar no Fluminense, para ver se dava certo ou não. Mas eu já estava até com carteira pronta. E deu certo”, conta. Delega passou pelas categorias de base e ganhou notoriedade na equipe profissional do Fluminense. O técnico relembra que em 1986, em uma das partidas que fez em Brasília a imprensa descobriu que ele não convivia com o pai que morava na capital brasileira e um reencontro entre eles foi promovido. “Ele foi assistir este jogo contra o Sobradinho e neste jogo aí eu acabei fazendo um gol que deu a vitória e a classificação para o Fluminense e para mim foi impressionante. Eu não sei se é coisa da cabeça da gente, mas eu fui comemorar e só via o meu pai. Interessante. Foi um dia bem marcante”, desabafa. Depois de anos no Fluminense, em 1988 Alberto foi transferido para o Taubaté. Ele também passou em 1989, pelo América de Rio Preto, Vitória da Bahia e na sequência pelo Ituano. Em 1991, a convite do treinador Vanderlei Luxemburgo veio para o Bragantino. “Ele era meu técnico na categoria sub 20 e estava aqui em 1990 quando eu joguei contra o Bragantino. Já tinham al-

Técnico abre o jogo e fala sobre a sua vida, trajetória como jogador e história no Bragantino


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Fotos: Fábio Moraes Fotografia

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