Gentil Lopes - Teologias Não Euclidianas

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O que um teólogo considera verdadeiro não pode não ser falso: nisso reside praticamente um critério de verdade. É seu profundo instinto de conservação que não lhe permite honrar ou sequer mencionar a verdade sob qualquer ponto de vista. (Nietzsche)

É preciso não se deixar induzir em erro: “Não julgueis!”, dizem eles, mas mandam para o inferno tudo o que fica em seu caminho. Ao fazerem Deus julgar, julgam eles próprios; ao glorificarem a Deus, glorificam a si próprios. (Nietzsche)

De uma vez por todas denunciamos a estratégia das religiões: Elas primeiro te adoecem para depois te venderem o remédio. Toda criança nasce sadia, posteriormente uma ou outra religião a torna doente, fanática, cega e aleijada. Reiteramos: Se um médico chega em uma cidade onde todos os seus habitantes estãos sadios, o médico ficará desempregado . . . a menos que primeiro adoeça as pessoas. Esta é precisamente a astúcia adotada pelas religiões. A teologia não euclidiana ainda tem mais a nos ensinar: a elite pensante da humanidade não é mais criança, não se guia pela ameaça de um inferno e nem pela esperança de um suposto paraı́so, tudo deve ser exposto com clareza e honestidade, não existe mais espaço para a “fé ingênua”, por séculos e milênios o homem foi feito de trouxa por lı́deres polı́ticos e religiosos inescrupulosos, a razão exige que “daqui pra frente toda e qualquer afirmação no universo da espiritualidade deve ser provada, na TNE já mostramos como se faz isto: enuncia-se claramente e sem tergiversações um postulado, nosso interlocutor é livre para aceitá-lo ou rejeitá-lo, no primeiro caso estabelecemos uma prova, no segundo não, mas nem por isso o ameaçamos com o inferno.” Não podemos então forçar alguém através da razão a aceitar argumentos, que ele mesmo não os tenha aceitado. “Tudo o que podemos fazer numa conversação na qual não há concordância [. . . ] é seduzir nosso interlocutor a aceitar como válidas as premissas básicas que definem o domı́nio no qual nosso argumento é operacionalmente válido”. (Humberto Maturana/neurobiólogo chileno, crı́tico do realismo matemático)

Claro, a fé simplória é um direito de cada um, assim como é um dever nosso alertar de que quando se trata da fé imposta pelas religiões estar-se correndo um sério risco de fazer o papel de trouxa, é só isto! Afirmamos que as religiões impõem a fé às incautas ovelhas pela simples razão de que quem não tem fé vai para o inferno, resumindo é isto o que acontece. Que Deus de amor é esse que lhe dá apenas duas alternativas: a obediência às “suas leis” ou o inferno? . . . Querem nos fazer de trouxas!

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