Revista FERXXI nº28 - ADFER

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Mensagem: Engº. João Horta

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO GRUPO DE TRABALHO DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Impedido, por razões de saúde, de comparecer, o Senhor

Sabem por acaso, passando a publicidade, que todos os

Deputado o Eng. João Horta enviou a seguinte mensagem :

volantes de condução de todos os OPEL que circulam em todo

Quem alguma vez foi ferroviário, salvo prova em contrário,

o mundo são fabricados em Portugal, assim como cablagens

fica com um “vírus” que não mais nos sai do sangue. Foi esse

eléctricas e muitas outras componentes.Como oportunidades

o meu caso.

recordo :

Ao ter sido convidado para participar na vossa Sessão, tal

1.

deixou-me muito honrado, já que temporalmente e, na

novos parceiros na comunidade.

minha modesta opinião, “A cimeira da Figueira da Foz”, foi um

2.

acto histórico, para o transporte ferroviário futuro em

incluindo as da Europa Ocidental e Oriental.

Dentro de muito pouco tempo temos mais quinze

Existem, se ainda me recordo, quatro bitolas de via,

Portugal; por outro lado considero que as soluções encontradas são quase a cem por cento irreversíveis.

3.

Os Portugueses têm largos conhecimentos em

técnicas de telecomunicações, manutenção de material Mas que vantagens, além das internas, nomeadamente a

circulante, etc.

valorização da nossa vasta costa atlântica, poderemos 4.

Temos um espírito geneticamente inovador.

e soubermos trabalhar em equipe, como muitos dos

5.

Temos técnicos de grande qualidade e pessoal

presentes já o fizemos no início das nossas carreiras, no início

operário, com óptimo espirito de trabalho (porque será que

da década de setenta na velha CP. Alguém terá recebido

sempre que visitei fábricas no estrangeiro, os nossos

nessa altura mais formação extra curricular do que alguns de

conterrâneos eram sempre os melhores ?).

esperar de repercussões internacionais se estivermos unidos

nós tivemos ? Está na altura de transmitirmos essas nossas experiências aos mais novos.

6.

Temos portanto uma série de nichos de mercado

onde podemos actuar, melhorando a economia nacional . 7.

Temos que ter consciência que nos anos sessenta

Mas acabemos com o saudosismo e passemos ao tema da

salvo raras excepções, só existiam ensino secundário nas

nossa sessão.

sedes de Distrito. Hoje penso não existir nenhuma sede de

Irei procurar analisar o tema por duas vertentes, uma com

Concelho que não tenha um estabelecimento desse ensino. Porque trago este assunto à coação ? Porque o trabalho

um exemplo de sucesso da economia portuguesa, que embora pareça diferente tem muito de semelhante, em minha opinião, ao caso ferroviário. A outra com as oportunidades que estão ao nosso alcance. Como exemplo refiro-me ao “Cluster “ do sector automóvel. Fazem, curiosamente, este ano quarenta anos, que iniciaram a sua actividade duas fábricas de montagem automóvel a GENERAL MOTORS e a FORD. Nessa altura tudo vinha de fora. Hoje, mais de 60% é produção nacional, sendo componentes exportados de Portugal para todo mundo.

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histórico dos comboios de levarem os estudantes à escola felizmente desapareceu praticamente. Será pois necessário ter a coragem política de terminar com determinadas linhas da chamada ferrovia pesada, substituindo-a por outras mais económicas, com vantagens acrescidas para os utentes e para a economia nacional. 8.

Por último temos todos, sem excepção, que

acreditar que o transporte ferroviário é o transporte por excelência das próximas décadas, necessitando por isso de decisões firmes e rápidas.

O Cluster Ferroviário Português Que Modelo Para a Gestão dos Transportes


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