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Mensagem: Engº. João Horta
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO GRUPO DE TRABALHO DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Impedido, por razões de saúde, de comparecer, o Senhor
Sabem por acaso, passando a publicidade, que todos os
Deputado o Eng. João Horta enviou a seguinte mensagem :
volantes de condução de todos os OPEL que circulam em todo
Quem alguma vez foi ferroviário, salvo prova em contrário,
o mundo são fabricados em Portugal, assim como cablagens
fica com um “vírus” que não mais nos sai do sangue. Foi esse
eléctricas e muitas outras componentes.Como oportunidades
o meu caso.
recordo :
Ao ter sido convidado para participar na vossa Sessão, tal
1.
deixou-me muito honrado, já que temporalmente e, na
novos parceiros na comunidade.
minha modesta opinião, “A cimeira da Figueira da Foz”, foi um
2.
acto histórico, para o transporte ferroviário futuro em
incluindo as da Europa Ocidental e Oriental.
Dentro de muito pouco tempo temos mais quinze
Existem, se ainda me recordo, quatro bitolas de via,
Portugal; por outro lado considero que as soluções encontradas são quase a cem por cento irreversíveis.
3.
Os Portugueses têm largos conhecimentos em
técnicas de telecomunicações, manutenção de material Mas que vantagens, além das internas, nomeadamente a
circulante, etc.
valorização da nossa vasta costa atlântica, poderemos 4.
Temos um espírito geneticamente inovador.
e soubermos trabalhar em equipe, como muitos dos
5.
Temos técnicos de grande qualidade e pessoal
presentes já o fizemos no início das nossas carreiras, no início
operário, com óptimo espirito de trabalho (porque será que
da década de setenta na velha CP. Alguém terá recebido
sempre que visitei fábricas no estrangeiro, os nossos
nessa altura mais formação extra curricular do que alguns de
conterrâneos eram sempre os melhores ?).
esperar de repercussões internacionais se estivermos unidos
nós tivemos ? Está na altura de transmitirmos essas nossas experiências aos mais novos.
6.
Temos portanto uma série de nichos de mercado
onde podemos actuar, melhorando a economia nacional . 7.
Temos que ter consciência que nos anos sessenta
Mas acabemos com o saudosismo e passemos ao tema da
salvo raras excepções, só existiam ensino secundário nas
nossa sessão.
sedes de Distrito. Hoje penso não existir nenhuma sede de
Irei procurar analisar o tema por duas vertentes, uma com
Concelho que não tenha um estabelecimento desse ensino. Porque trago este assunto à coação ? Porque o trabalho
um exemplo de sucesso da economia portuguesa, que embora pareça diferente tem muito de semelhante, em minha opinião, ao caso ferroviário. A outra com as oportunidades que estão ao nosso alcance. Como exemplo refiro-me ao “Cluster “ do sector automóvel. Fazem, curiosamente, este ano quarenta anos, que iniciaram a sua actividade duas fábricas de montagem automóvel a GENERAL MOTORS e a FORD. Nessa altura tudo vinha de fora. Hoje, mais de 60% é produção nacional, sendo componentes exportados de Portugal para todo mundo.
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histórico dos comboios de levarem os estudantes à escola felizmente desapareceu praticamente. Será pois necessário ter a coragem política de terminar com determinadas linhas da chamada ferrovia pesada, substituindo-a por outras mais económicas, com vantagens acrescidas para os utentes e para a economia nacional. 8.
Por último temos todos, sem excepção, que
acreditar que o transporte ferroviário é o transporte por excelência das próximas décadas, necessitando por isso de decisões firmes e rápidas.
O Cluster Ferroviário Português Que Modelo Para a Gestão dos Transportes