Revista ACIM Agosto de 2012

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Arquitetura

Mercado nacional da construção civil incorpora tecnologia que economiza mão de obra e recursos naturais e é amplamente utilizada em países da Europa e nos Estados Unidos; em Maringá e região, steel frame e drywall conquistam mais espaço Juliana Daibert

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m tempos de Rio+20, a conferência mundial que elevou o nível de prioridade das discussões e mobilizou a atenção da sociedade para o meio ambiente, pensar em maneiras de evitar o desperdício talvez seja a atitude mais ecologicamente correta e ambientalmente sustentável ao alcance de todos. Em Maringá e região, sistemas construtivos há mais de 20 anos utilizados pela indústria da construção civil em países desenvolvidos vêm conquistando a adesão dos arquitetos e engenheiros e ganhando espaço em novos projetos, principalmente industriais. O steel frame é bom exemplo. Trata-se de uma estrutura metálica formada por placas de fibra de cimento, chamadas cimentícias, com gesso acartonado (drywall) na parte interna, dispensando o serviço de caixaria, fundamental na construção em alvenaria para dar forma e confeccionar pilares e vigas. As consequências diretas do moderno sistema são a ausência quase total 24

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Agosto 2012

de madeira, maior rapidez e menor quantidade de pedreiros nos canteiros de obras. “É um modelo pré-fabricado, um grande ‘lego’ que funciona muito bem e tem tudo para predominar no mercado”, explica o arquiteto Marcos Kenji, adepto dos sistemas. Kenji optou pela utilização do steel frame e do drywall na ampliação da sede da ACIM, obra executada no final de 2011 e encerrada em dezembro daquele ano. A construção dos mais de 1,2 mil metros quadrados no terceiro piso deu origem a um auditório para 200 pessoas e novas salas para a presidência, superintendência e conselho superior, salão de eventos, jardim de inverno e banheiros, sendo que em todos os ambientes as normas de acessibilidade são respeitadas. Outra vantagem dos sistemas construtivos “limpos” é a qualidade do isolamento acústico e térmico, bem superior a do sistema convencional em alvenaria em razão da presença da lã de rocha. De acordo com o arquiteto, obras que

Walter Fernandes

Alternativas construtivas ‘limpam’ obras e meio ambiente utilizam esses sistemas levam um terço do tempo que seria empregado na construção convencional. Em relação ao custo, Kenji afirma haver equilíbrio entre os dois sistemas, embora o convencional seja mais vantajoso para os projetos residenciais. “O cliente quer custo-benefício e é nosso papel oferecer opções e soluções, mas muitas vezes o investimento acaba visto unicamente como custo, ainda que isso se traduza em menos uso de ar-condicionado, por exemplo”, diz o arquiteto. Segundo Kenji, muitas vezes o cliente desconhece as alternativas ambientalmente favoráveis disponíveis no mercado e conta com a orientação profissional para desenvolver o projeto mais adequado ao bolso e à proposta de espaço no qual pretende investir. “Em um primeiro momento, o que parece ser mais caro oferece maior retorno e de maneira mais rápida. O steel frame e o drywall vieram para ficar, mas como ainda são novos precisam passar por alguns ajustes”, conclui.


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