Revista ACDF julho/agosto 2017

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MOBILIDADE / ZONA AZUL

Estacionamento rotativo - Projeto Zona Azul da ACDF pode sair do papel PROJETO ACDF A Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) tem esperado pela aprovação do projeto Zona Azul desde o governo Agnelo Queiroz, quando protocolou toda a documentação, juntamente com as vantagens que gerariam arrecadação de impostos para o governo, como para o comércio e a comunidade, que teriam a possibilidade de estacionar no centro de Brasília, e para os flanelinhas, que poderiam ser capacitados em profissões que gerariam mais renda para a categoria. “Temos lutado por isso porque fizemos um estudo de implantação e benefícios para a cidade. Esclarecemos sua viabilidade em audiência pública recente na Câmara Legislativa do DF. Infelizmente, a máquina governamental é morosa. Agora, estamos na expectativa de sua implantação”, disse Leonardo Vinhal, vice-presidente da entidade. Polêmica Quem defende a cobrança diz que ela deixa o estacionamento mais democrático porque força o rodízio de carros para que mais pessoas consigam usar as vagas. A medida é comum em outras cidades e a população que utiliza este sistema relata que dá certo. No Rio de Janeiro, por exemplo, áreas mais concorridas custam R$ 2 por um período de duas horas. Em São Paulo, são R$ 5 reais a hora, em Florianópolis, R$ 2. Avanço das PPPs O sistema do Zona Azul é uma das parcerias público-privadas prometidas pelo governo desde o início desta gestão. Além dos estacionamentos rotativos, o GDF já autorizou parcerias com a iniciativa privada para PPP no Centro de Convenções, para a iluminação pública, para o Parque da Cidade e para a construção da rodovia Transbrasília. Muitos desses projetos tiveram prazo de apresentação de estudos prorrogado, a pedido dos interessados.

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EM AÇÃO

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL EM AÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

Entrevista – secretário Marcos Dantas – Secretaria de Cidades - DF 1 - Secretário, depois de 15 anos de debate sobre a cobrança de estacionamentos nas áreas centrais de Brasília, o GDF começou o processo de implantação do sistema Zona Azul. Como anda esta questão? O governo de Brasília está trabalhando com muita cautela neste projeto. Há um consenso de que existem zonas colapsadas nas nossas cidades em relação ao fluxo de veículos e a existência de vagas para estacionar. Pois bem, reconhecendo esta situação e atendendo a uma demanda dos setores produtivos, entre eles os setores de comércio e serviços, nós resolvemos enfrentar de frente essa questão. No último dia 27 de março, conseguimos uma autorização dada pelo Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas para iniciar um procedimento de manifestação de interesse (PMI). Na prática, o PMI é o primeiro passo para que este projeto saia do papel. 2- Como se dará este projeto? O PMI é o primeiro passo prático. É uma espécie de aviso ao mercado de que temos a intenção de implantar estacionamentos rotativos no DF. Nesta fase, nós especificamos os tipos de estudos que temos – temos que ter mãos para tomar as decisões sobre o modelo que mais atenda ao interesse público. Nós estamos justamente detalhando os tipos de estudos que precisamos receber e, em seguida, será aberto um prazo para que as empresas nos enviem estes estudos. Ressalto que este processo é demorado, justamente, por sua complexidade e que, antes da implantação de qualquer modelo, haverá consultas à sociedade. 3 - Por que é considerado, por muitos, um projeto polêmico? O modelo de estacionamentos rotativos em vagas públicas nunca vigorou em Brasília, mas já funciona em diversas outras capitais do país com resultados exitosos, como, por exemplo, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. As cidades mais modernas do mundo estão diminuindo gradativamente a utilização do automóvel como veículo de transporte individual. Estamos trabalhando na perspectiva de que Brasília precisa acompanhar esta tendência e de que vamos recuperar áreas da nossa cidade que estão absolutamente desorganizadas hoje. 4 – Até quando o governo pretende implantar o novo projeto? Ainda temos um longo caminho a percorrer, justamente, por causa da complexidade do projeto. No entanto, asseguro a você que este é mais um dos assuntos que estamos debatendo para tornar a nossa cidade melhor.


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