Livro de Resumos - XVIII Conferência Anual ABRAVEQ

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XVIII Conferência Anual Abraveq 2017 - Águas de Lindóia

cicatricial sofreu grande avanço após o início da fitoterapia, contribuindo para manter a estética da região peitoral do paciente tratado, sem a observação de efeitos colaterais. O uso de pomadas manipuladas a base do extrato vegetal da papaína, torna-se uma alternativa viável para a cicatrização de feridas cutâneas em equinos, principalmente as que se mostram contaminadas. Esta alternativa diminui o tempo de internação e consequentemente os custos relacionados ao tratamento. Agradecimentos: Villa Cavalcare, Drogavet. Palavras-chave: Carica papaya; cavalo; ferimento

207. UTILIZAÇÃO DE ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA (NEURODYN®) EM FERIDAS SUPERFICIAL E PROFUNDA NOS MEMBROS PÉVICOS DE POTRA QUARTO-DE-MILHA - RELATO DE CASO GUSTAVO HENRIQUE MARQUES ARAUJO*1; ANNA BEATRIZ BORGES DE CARVALHO1; GLAUCIANO ASSIS OLIVEIRA1; JÉSSICA BUENO GUIMARÃES1; KAMILLA FERREIRA TAVARES1; RHAVILLA SANTOS DE OLIVEIRA1; CARLA FREDRICHSEN MOYA-ARAUJO1; JULIA DE MIRANDA MORAES1 1.UFG - REJ, JATAI, GO, BRASIL.

e-mail:gustavoaraujovet@gmail.com Resumo: A pele é um órgão com múltiplas funções, além de atuar como barreira de proteção, mantem a termorregulação e o equilíbrio hemostático. A perda da integridade da pele pode ser causada por trauma físico, químico, mecânico ou ainda afecções clinicas. Quando há uma lesão, o processo de cicatrização instala-se com o propósito de restaurar a integridade do tecido, dependendo de uma coordenada cascata de eventos bioquímicos e celulares. O processo que envolve a cicatrização independe do evento desencadeante, sendo basicamente dividido em cinco fases: coagulação, inflamatória, proliferativa, contração e remodelamento. A fase de contração, tem como finalidade reduzir as dimensões da ferida, mediada principalmente por miofibroblastos. Este processo resulta em cicatrização mais rápida, sendo determinante na recuperação de extensas áreas lesadas. Atualmente diversas terapias são empregadas com a finalidade de acelerar o processo cicatricial. A estimulação elétrica de alta voltagem (EEAV) tem se mostrado eficiente no auxilio do reparo de lesões cutâneas. Acredita-se, que a estimulação elétrica possa acelerar o processo de cicatrização de feridas ou reinicia-lo, por transcrever corrente elétrica, a qual, é interrompida quando a pele é lesada. Objetivou-se avaliar o reparo tecidual utilizando EEAV em uma lesão superficial e, em uma lesão profunda. Foi atendida uma égua, 11 meses, apresentando lesões cutâneas advindas de acidente em cerca de arame liso. No membro pélvico direito (MPD) a lesão era superficial, no entanto, de grande extensão, localizada na região cranial da articulação do jarrete. A lesão do membro pélvico esquerdo (MPE), atingia o terço médio do metatarso, de caráter profunda, expondo medialmente o osso. O tratamento instituído envolveu a limpeza das feridas e duas sessões de perfusão regional com gentamicina intervaladas de 5 dias, com gentamicina (2,2mg/kg, 20mL de volume total, IV). Para o auxílio do processo de cicatrização, foi utilizado nas duas lesões o aparelho Neurodyn High Volt® (Hibramed – Amparo-SP). Este aparelho utiliza corrente pulsada de alta voltagem, e uma corrente com pulsos gêmeos de alta amplitude e curta duração. O formato de onda é monofásica, a alta voltagem causa uma diminuição da resistência da pele tornando a corrente confortável e tolerável. O aparelho disponibiliza três protocolos pré-programados, optou-se pelo protocolo 3, indicado para lesão cutânea infectada, arterial ou venosa. Os parâmetros utilizados foram: modo continuo, freqüência 100 Hz, tempo de tratamento 30 minutos, intensidade 180 Volts. Os eletrodos dispersivos foram posicionados acima da lesão, e os eletrodos condutivos de borracha ao lado da lesão. As sessões de eletro-estimulação tiveram duração de 30 minutos, realizada duas vezes por semana, totalizando 8 sessões. Semanalmente, as feridas foram fotografadas e analisadas utilizando o programa de análise de imagem Image J, para objetivamente calcular-se a área da lesão e sua redução ao longo do tempo da terapia. Na primeira semana a lesão do MDP tinha uma área total de 30,288 cm² e a lesão do MPE 28.531 cm². Ao final das sessões a ferida do MDP estava com 19.835 cm², e a MEP 12.263 cm², redução de 65,4% e 42,9% da área lesionada, respectivamente. O uso do EEAV, causou uma rápida modulação do tecido de granulação local, promovendo uma excelente retração das bordas, com boa epitelização tecidual. Essa taxa acelerada de recuperação se deve ao aumento da microcirculação 216


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