Ed 127

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ISSN 2317-4544

BORRACHAAtual - 1



Índice 3 6 8 16 22 24 38 40 46 48 50

Editorial

ANO NOVO

Editorial Entrevista K2016

com menos Espinhos

Pneus Notícias

Ano complicado e difícil que termina melhor do que começou,

Notas & Negócios

considerando que temos pela frente o sonho de uma nação se

ABTB

reerguendo. A história talvez nos mostre no futuro que este ano foi

Matéria Técnica

o começo de uma nova era, que no presente é apenas uma promessa

Classificados

e mais do que tudo uma esperança de dias melhores. O mercado

Frases & Frases

encolheu; as empresas ainda estão se ajustando à nova realidade e os políticos trabalham para aprovar algumas medidas de urgência,

Agenda & Cursos

movidos mais pela necessidade do que pela vontade. As batalhas

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A MELHOR PUBLICAÇÃO DO SETOR.

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expediente

jurídicas continuarão no próximo exercício e entram em uma nova seara, focada mais na classe política do que nos empresários. Porém, nem tudo foi espinhoso em 2016. O setor agrícola mostrou mais uma vez sua força e garantiu um bom resultado. A cara do Brasil no exterior já está melhorando. Deixamos para trás a fase de calote das embaixadas sem recursos para a etapa de discursos em fóruns internacionais com casa cheia. Que venham os novos tempos.

ISSN 2317-4544 A matéria especial desta edição mostra como foi a K 2016 - Feira de

Ano XXII - Edição 127 - Nov/Dez de 2016

Borracha e Plásticos em Dusseldorf, na Alemanha. Novamente viram-

Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

se as mais modernas máquinas de borracha do mundo em exposição,

ASPA Editora Ltda. Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 CEP 13033-580 - Vila Proost de Souza - Campinas - SP CNPJ 07.063.433/0001-35 Insc. Municipal: 00106758-3

Destaque para a impressora de silicone que é um esboço de um futuro

bem como uma infinidade de fornecedores de matérias primas. que já chegou. Afora as novidades, mereceu destaque a vontade de investir dos visitantes, notadamente dos asiáticos que mais uma vez vieram em grande número e superaram os números da edição anterior. Nas palestras e apresentações técnicas, a indústria 4.0

Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 CEP 13033-580 - Vila Proost de Souza - Campinas - SP redacao@borrachaatual.com.br

mais uma vez mostrou que deverá ser a próxima revolução industrial e exigirá de todas as nações uma adaptação de seus processos de produção, muito mais eletrônicos e digitais. Esta poderá ser uma

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grande oportunidade para o Brasil diminuir a distância tecnológica

Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392)

Na próxima edição, teremos a apresentação dos vencedores do

Projeto Gráfico: Ponto Quatro Propaganda Ltda. Impressão: Gráfica Josemar Ltda. Tiragem: 5.000 exemplares

os nossos amigos e leitores!

que o separa dos países geradores de tecnologia.

Prêmio TOPRUBBER 2016. Um FELIZ e RENOVADOR 2017 a todos

Editora

Antonio Carlos Spalletta Editor BORRACHAAtual - 3

A revista Borracha Atual, editada pela ASPA Editora Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizada pela ASPA Editora.


Entrevista

“Em 2018 o brasileiro verá o mercado 100% etiquetado.” Andréa Leal

A

ndréa Leal trabalha na Goodyear há 15 anos, é engenheira de produção mecânica, com background na área de manufatura. Atualmente trabalha como Gerente de Conformidade de

Produtos & Regulamentação Técnica para a América Latina e está na liderança da implementação do Programa Brasileiro de Etiquetagem na Goodyear. A executiva recebeu Borracha Atual no escritório da empresa, em São Paulo, onde explicou detalhes do programa de etiquetagem.

BORRACHA ATUAL: A Goodyear teve participação ativa na formulação do Programa Brasileiro de Etiquetagem? Andréa Leal: Sim. A Goodyear vem desde o começo trabalhando junto com a ANIP e também com o Inmetro, auxiliando tecnicamente na elaboração desse regulamento, um trabalho a três mãos Goodyear, indústria e Inmetro.

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Tecnicamente, qual foi a participação da Goodyear?

Os critérios utilizados são os mesmos para pneus de carros de passeio e comerciais ou há diferenças?

A Goodyear teve uma participação bem intensa, desde a concepção dos critérios de análise, método de teste até o estabelecimento da avaliação de conformidade. A Goodyear junto com a ANIP também promoveu e auxiliou o Inmetro a promover alguns workshops, inclusive com participação internacional para entender melhor o contexto do regulamento.

Seguem os mesmos critérios. São três: resistência ao rolamento, aderência em pista molhada e o terceiro é ruído externo. Esses critérios são aplicáveis a todos os pneus das linhas de radiais, incluindo automóveis, SUV’s, picapes, caminhonetes e caminhões. Existem algumas exceções que podem ser consultadas no regulamento.


Como o consumidor deve ler a etiqueta? Na etiqueta, há três informações importantes. A primeira delas é a figura que diz respeito à resistência ao rolamento, onde são atribuídas graduações, que podem variar de A a G, sendo A a melhor graduação. Essa figura fica no lado esquerdo da etiqueta. No lado direito, vem a frenagem, ou aderência em piso molhado, onde também é atribuída uma graduação de A a G. Na parte inferior da etiqueta, abaixo dessas duas figuras, vem a indicação do ruído externo que é medido em decibéis e são atribuídas ondas, onde uma onda em negrito significa o menor valor de ruído externo e três ondas indicam o maior valor de ruído externo. Basicamente, essas são as três informações relevantes que as etiquetas trazem. E na parte superior à esquerda são indicados o tamanho do pneu, o desenho do pneu, a capacidade de carga e o limite de velocidade. Lendo essas informações o consumidor é capaz de identificar a graduação desses três parâmetros. Esse é o objetivo da etiqueta, ser muito visual. Os símbolos que ali estão facilitam a leitura. Porque são três itens oficialmente levados em consideração na etiquetagem e a Goodyear exibe em seu site dezenas de outros? A Goodyear, no processo de desenvolvimento de produtos, mede 50 itens. A Empresa tem dois centros técnicos e está presente no mundo há 118 anos, no Brasil há 97 anos. Temos dois centros de tecnologia, um em Akron (Ohio, EUA) e outro em Colmar-Berg (Luxemburgo). Esses critérios são medidos desde a concepção do produto. E dentre esses 50 estão os três da etiquetagem. Buscamos sempre o equilíbrio de todos esses parâmetros nos produtos.

“A Goodyear teve uma participação bem intensa, desde a concepção dos critérios de análise, até o estabelecimento da avaliação de conformidade.”

Pode-se dizer que, em relação à concorrência, os critérios da Goodyear são mais completos? A Goodyear busca produtos equilibrados. A aplicação do produto no mercado correto para aquilo que o consumidor precisa. Por isso, a preocupação com esses 50 critérios, desde a fase de concepção.

O objetivo da etiquetagem é o meio ambiente e a segurança.

A Goodyear tem feito trabalhos com seus revendedores esclarecendo pontos do Programa de Etiquetagem?

Além de trabalhos com revendedores, a Goodyear também realiza trabalhos junto aos consumidores?

A Goodyear vem se preparando para esse momento e tem também em parceria junto com a rede de revendedores credenciados para ajudálos no cumprimento desse regulamento.

Em nosso site fazemos justamente isso, orientar o que é um processo de etiquetagem, provendo informações de forma bem didática para nosso consumidor final. E também através de nossa rede de revendas credenciadas.

Qual foi a idéia principal quando vocês se reuniram com a ANIP para fazer a etiquetagem? Seria para bloquear a entrada de pneus clandestinos no Brasil? Na verdade o regulamento visa o meio ambiente, através da resistência ao rolamento, pois essa resistência está relacionada ao consumo de combustível e também ao ruído externo, que também tem relação com o meio ambiente, e por fim, a segurança, que tem relação com aderência em pista molhada. Esses são os principais objetivos do regulamento. E prover critérios para que o consumidor final tenha a decisão de compra baseada nessas graduações. O objetivo da etiquetagem é o meio ambiente e a segurança.

A etiquetagem também visa criar um consumidor mais consciente, para que possa selecionar melhor o produto que está comprando. Em quanto tempo o consumidor brasileiro, de uma forma geral, estará totalmente maduro para fazer a melhor escolha? Esse é um dos motivos pelos quais montamos o site. Para prover informação para que o consumidor final possa consultá-lo e assim ficar mais “maduro”. Outros países já adotam a etiquetagem, principalmente na Europa. Vocês já têm dados sobre o consumo desse tipo de pneu naquele continente? BORRACHAAtual - 5


Entrevista

São mercados diferentes, realidades diferentes. O regulamento é similar, porém no Brasil traz características peculiares. Por isso é importante focar em nosso mercado.

Quais as principais diferenças entre o programa brasileiro e o europeu? Uma diferença importante é o processo de verificação de conformidade. No Inmetro fazemos auditoria para verificar e atestar as graduações que os fabricantes atribuem.

Então é possível deduzir que o programa brasileiro é mais rígido? O brasileiro tem um processo de avaliação de conformidade muito peculiar e acompanhado de perto pelo Inmetro.

Haverá controle do Inmetro sobre o consumo desses pneus? O Inmetro, através de um organismo de certificação de produto, anualmente verifica a graduação dos fabricantes.

Isso vai valer para os pneus importados também? Sim, para todos os pneus comercializados no Brasil.

Quando o Programa Brasileiro de Etiquetagem estará totalmente implantado? O programa tem três datas importantes. A primeira delas, em outubro de 2016, onde todos os pneus fabricados e importados devem ter 6- BORRACHAAtual

“Em abril de 2017, os fabricantes e importadores deverão vender todos os pneus com etiqueta.”

etiqueta. A segunda data é abril de 2017, que é quando os fabricantes e importadores devem vender todos os seus produtos com etiqueta. A terceira data é abril de 2018, quando as revendas deverão vender somente pneus com etiqueta. Nesse momento o consumidor brasileiro verá o mercado 100% etiquetado.

E os pneus que não tiverem etiqueta a partir dessa data, serão considerados irregulares? Na verdade o regulamento permite a comercialização desses produtos por fabricantes e importadores até abril de 2017. E pela rede até abril de 2018. Esse ponto está bem claro.

Quais são os limites mínimos que os revendedores precisam ter? O regulamento, para resistência ao rolamento e frenagem no molhado, traz graduações, começando no A, até o G. Para um produto ser comercializado no mercado brasileiro, ele tem que atingir no mínimo o G. Um produto com graduação acima de G não poderia ser comercializado. Isso é o que chamamos de limite mínimo.

“Em abril de 2018, revendas deverão vender somente pneus com etiqueta.”

Dentro dessa graduação, onde os pneus verdes se encaixam? Os fabricantes como a Goodyear buscam um produto equilibrado. O equilíbrio dentro daqueles mais de 50 critérios é importante. E a concepção de pneu verde passa também por esse conceito, por esse equilíbrio.

A Goodyear tem trabalhado com compostos diferentes... O regulamento visa aqueles três critérios que falamos. E existem alguns critérios, como por exemplo, quilometragem, que é um fator importante. É um conceito ambiental e não está inserido no regulamento. Por isso a busca do pneu equilibrado é importante.

Houve discussão, dentro da comissão que elaborou o Programa, para a inclusão de alguns desses critérios que a Goodyear utiliza? Houve discussões nesse sentido, e ao final, ficaram esses três parâmetros porque são uma referência para o consumidor, e que existem metas de testes específicos e regulamentados que podem acrescer atribuição à graduação. Esse é o motivo pelo qual esses testes foram selecionados. Como já foi dito, a Goodyear tem seus métodos desenvolvidos para que ela possa medir os vários critérios e conseguir o equilíbrio de todos eles, de forma a atender o que o consumidor de cada segmento espera da proposta de valor daquele produto.


Detalhamento dos três critérios contidos na etiqueta: 1)

RESISTÊNCIA AO ROLAMENTO

A etiqueta mostra neste critério uma graduação de resistência ao rolamento, que vai de “A” até “G”, no qual “A” é o mais eficiente e “G” é o menos eficiente na classe de consumo de combustível. A seta mais escura, neste caso “B”, indica o nível de desempenho de pneu. A resistência ao rolamento é a força que se opõe à rotação do pneu, sendo influenciada principalmente pelo desenho e composto da banda de rodagem. O consumo de combustível é influenciado pela resistência ao rolamento, o qual resulta em perdas energéticas. Em outras palavras, uma menor resistência ao rolamento significa um menor consumo de combustível e, consequentemente, menores emissões de gases poluentes.

2)

ADERÊNCIA NO MOLHADO

Este critério descreve a capacidade de aderência de um pneu em uma superfície molhada. Dentre os comportamentos esperados pela aderência, podemos citar:

Outros testes que a Goodyear realiza com os pneus além dos itens da etiqueta: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Aceleração lateral Aderência em pista molhada Alta Velocidade Aquaplanagem em curva Aquaplanagem em linha reta Conforto objetivo Conforto subjetivo Detalonamento do pneu na roda Dimensional Dirigibilidade Dirigibilidade ou comportamento no molhado Dirigibilidade ou comportamento no seco Distância de parada no piso molhado Distância de parada no piso seco Durabilidade Foot Print Força Resistência de carcaça Ruído externo ou ruído de passagem Ruído interior objetivo Ruído interior subjetivo Tendência direcional

Distância de frenagem mais curta; Melhor dirigibilidade em retas; Maior estabilidade em curvas.

3)

RUÍDO EXTERNO

A etiqueta mostra, neste terceiro critério, uma graduação na qual uma onda representa o pneu mais silencioso e três ondas representam o pneu mais sonoro e menos eficiente. Para as categorias de veículos: O ruído é um parâmetro importante e de significativo impacto para o meio ambiente. Consiste no som emitido externamente pelos pneus durante o deslocamento do veículo, o nível sonoro gerado é medido em decibéis. Uma onda: Veículos de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus: nível de ruído ≤ 69 dB. Duas ondas: Veículos de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus: 69 dB < nível de ruído ≤ 72 dB. Três ondas: Passeio: 72 dB < nível de ruído ≤ 75 dB. Comerciais leves: 72 dB < nível de ruído ≤ 77 dB. Caminhões e ônibus : 72 dB < nível de ruído ≤ 78 dB.

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Fotos desta matéria - Crédito: Messe Dusseldorf / ctillmann

K 2016 registra forte onda de investimentos O número de negócios fechados surpreendeu grande parte dos expositores, principalmente aqueles vindos de empresários asiáticos, que estiveram presentes em grande número e com apetite para investir em tecnologia e inovação A indústria internacional de borracha e plásticos apresentase em grande forma, beneficiada por um mercado globalmente crescente de usuários finais com demandas de alta qualidade e poder inovador em toda a cadeia de valor. A extraordinária situação econômica destes setores e as perspectivas positivas para o futuro, caracterizaram a maior feira mundial da indústria e criaram um excelente clima entre os 3.285 expositores da K 2016 em Düsseldorf, na Alemanha. As empresas receberam inúmeros novos clientes potenciais, muitos dos quais já fecharam negócios ao longo dos oito dias da feira.

produtos semi-acabados, peças técnicas, máquinas e equipamentos para a indústria de borracha e plásticos. A presença cada vez maior de visitantes internacionais e seu elevado grau de especialização profissional, aliado ao poder de decisão de altos executivos e empresários, marcaram a edição deste evento em Düsseldorf. Cerca de 70% dos 230.000 visitantes vieram de mais de 160 países. Em 2013 foram 218.000 visitantes.

Ulrich Reifenhäuser, Presidente do Conselho Consultivo K 2016, disse em poucas palavras: “Nunca vi um número tão vasto de clientes dispostos a comprar numa feira antes! O número e a magnitude dos negócios, alguns dos quais foram concluídos aqui espontaneamente, bem como as muitas consultas concretas sobre novos projetos superaram muito as nossas expectativas! Era claro desde o primeiro dia que os clientes queriam não só descobrir sobre novas tecnologias, mas também comprá-las. Há uma forte onda de investimento em todas as nossas indústrias e em todas as regiões do mundo.”

Werner Matthias Dornscheidt, presidente e CEO da Messe Düsseldorf, afirmou: “Apenas o número de especialistas que visitaram a K 2016 confirma de forma impressionante a importância da feira, uma vez que este número é mais uma vez claramente mais elevado do que no evento anterior em 2013. No entanto, o que é mais importante: a repartição de visitantes profissionais foi de um padrão extremamente alto. Registramos uma visitação intensa por parte dos alemães, o que já era normal, mas uma presença desproporcionalmente elevada de asiáticos. Sabe-se que em todo o mundo a K em Düsseldorf é a plataforma de inovação para todo o setor. Uma visita aqui é simplesmente indispensável para todos que querem ficar à frente da concorrência,”

Empresas de todos os continentes e mercados apresentaram suas inovações em matérias-primas, auxiliares de processos,

A próxima K será nos dias 16 a 23 de outubro de 2019, também em Düsseldorf .

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Foco na Indústria 4.0 Os expositores em todos os segmentos de exposição prepararam-se para a K 2016 durante meses para enfrentar a concorrência internacional com inovações convincentes. E eles receberam uma enorme aprovação: os visitantes do comércio ficaram encantados com a riqueza de novos desenvolvimentos técnicos apresentados a eles por produtores de matériasprimas, fabricantes de máquinas e produtores de peças semiacabadas e técnicas. Mais de 70% dos visitantes confirmaram ter recebido informações sobre notícias e tendências. Por conta própria, numerosos visitantes converteram em negócios essas novas percepções de investimento: 60% dos empresários da indústria disseram ter visitado a feira com intenções concretas de comprar enquanto 58% já haviam encontrado novos fornecedores. Com estas novas aquisições, eles buscaram três objetivos para as suas empresas: expandir o seu portfólio de produtos, aumentar a capacidade de produção e aumentar a eficiência. Os resultados de pesquisas também confirmam a positiva situação comercial nos setores a jusante das indústrias: 60% dos visitantes classificaram a situação atual como “muito boa” e “boa”, enquanto a mesma porcentagem esperava a situação melhorar nos próximos doze meses. Os temas dominantes na K 2016 foram energia, novos materiais, eficiência de recursos, conceitos inovadores de reciclagem, novas áreas de aplicação para plásticos orgânicos e fabricação de aditivos. A indústria 4.0 dominou não apenas palestras e discussões, mas também foi demonstrado handson em muitos estandes. Os visitantes eram de inúmeros setores de mercado como: construção, automotivo, embalagens, equipamentos elétricos, dispositivos médicos e agricultura.

Braskem mostra novas resinas Maxio® Durante a Feira K, realizada em Düsseldorf, Alemanha, a Braskem reforçou seu compromisso com soluções competitivas e sustentáveis ao apresentar duas resinas certificadas pela linha Maxio®, a FT 120WV e PG 480. O selo Maxio® foi criado para indicar as resinas ecoeficientes do portfólio da companhia que proporcionam aos clientes redução do consumo de energia, maior produtividade no processo produtivo ou redução de peso do produto final, o que garante mais eficiência e, consequentemente, ganhos ambientais. A resina FT 120WV, desenvolvida para produção de tampas e peças técnicas, possui como diferencial a oportunidade de extrair mais produtividade no processo de injeção. Como exemplo, testes realizados em clientes apontaram uma redução de 7,5% no ciclo de produção, além de uma redução de 3,5% no índice de perdas. Já a Maxio® PG 480, quando aplicada na produção de fitas de ráfia, registrou ganhos de produtividade de 15% com manutenção de propriedades mecânicas e redução na variação de espessura. 10- BORRACHAAtual

“A ecoeficiência da linha Maxio® permite diminuir progressivamente os custos de produção e os impactos ambientais, contribuindo para melhorar a vida das pessoas e a preservação do meio ambiente. Os nossos clientes também ganham com aumento de produção e eficiência de processos”, afirmou Walmir Soller, diretor do negócio de Polipropileno da Braskem. Em 2015, o volume total de vendas de resinas com selo Maxio® foi de 110 mil toneladas, distribuídas entre os dez itens que compõem o portfolio da linha. Algumas das principais aplicações estão em utilidades domésticas (UD), embalagens rígidas, tampas, farma e cosméticos. O selo Maxio® foi criado para identificar as resinas com melhor ecoeficiência dentro do portfólio da petroquímica que proporcionam aos clientes redução do consumo de energia, maior produtividade no processo produtivo ou redução de peso do produto final. Os benefícios são obtidos graças à evolução contínua das resinas, preservando ou melhorando propriedades mecânicas, químicas e óticas de produtos acabados. Essa linha é mais um exemplo que ratifica o propósito da Braskem de melhorar a vida das pessoas através das soluções sustentáveis da química e do plástico. Nova resina para filme stretch – Outro lançamento da empresa na Feira K foi o Braskem Flexus Cling, nova resina de polietileno (PE). A novidade foi especialmente desenvolvida para extrusão de filmes stretch (estiráveis), utilizados por indústrias para proteger cargas durante transportes, e chega ao mercado para complementar o portfólio da Braskem, que passa a oferecer soluções completas para a aplicação. O mercado de filmes stretch é um dos maiores consumidores de polietileno, representando aproximadamente 6% do volume global. Entre os mercados de utilização estão indústrias de pisos cerâmicos, frascos, latas, refrigerantes, tampas, indústrias de fraldas, papel e celulose, movimentação de cargas (transportes rodoviários, aéreos e marítimos), na agricultura e também para uso doméstico. A resina chega para ampliar o portfólio da linha Flexus, uma das marcas de polietileno para filmes da companhia. O novo produto da Braskem destaca-se pela elevada retenção de carga e excelente performance de “pega”, mesmo em baixas temperaturas. Os filmes produzidos com a solução 100% Braskem apresentam flexibilidade, alta robustez e excelente resistência ao impacto e à perfuração, garantindo principalmente a segurança na movimentação e transporte das cargas unitizadas. “Como estratégia da companhia, buscamos oferecer soluções cada vez mais eficientes e competitivas para nossos clientes. Com o lançamento do Braskem Flexus Cling, passamos a ser um fornecedor completo para o segmento de filmes stretch, oferecendo opções de resinas para todas as camadas”, comenta Edison Terra, diretor de Polietileno da Braskem.


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Braskem entre as maiores produtoras globais de resinas termoplásticas A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, participou pela quinta vez da Feira K, principal evento internacional da indústria de borracha e plásticos, realizada em Düsseldorf, na Alemanha. Nesta edição, a empresa apresentou os projetos internacionais de expansão da companhia e exibiu seu portfólio de soluções inovadoras em polímeros e em química, atendendo clientes de diversos segmentos em mais de 70 países.

A nova resina será produzida no Brasil focando o atendimento do mercado doméstico e eventualmente outros mercados de interesse. Durante a Feira K, a austríaca SML, fornecedora de extrusoras de alta performance, rodou em uma de suas máquinas a solução Braskem, apresentando aos visitantes os resultados da nova resina. Núcleo Técnico na Alemanha é inaugurado - A Braskem inaugurou em outubro seu Núcleo Técnico da Europa em sua fábrica em Wesseling, na Alemanha. Com investimento de cerca de € 5 milhões, a unidade vai possibilitar o desenvolvimento de novos produtos voltados especificamente às demandas do mercado europeu. De acordo com Srivatsan Iyer, CEO da Braskem Europa, com o Núcleo Técnico da Europa, a empresa vai ampliar seu portfólio de produtos e soluções para melhor servir mercados de alto crescimento na região. “Essa decisão reflete nosso compromisso de oferecer produtos e suporte técnico aos nossos clientes na Europa, com foco no contínuo desenvolvimento da indústria petroquímica e da cadeia do plástico”, destaca o executivo. A Braskem reforça sua área de inovação com mais esse investimento na Alemanha. Nos últimos sete anos, a companhia aportou mais de R$ 1 bilhão em inovação – em linha com sua estratégia de internacionalização. “A nova unidade chega para complementar a nossa estrutura de inovação, permitindo uma valiosa troca de experiências, práticas e conhecimento entre equipes ao redor do mundo, bem como o aumento na capilaridade de nossas parcerias tecnológicas. Esse é um passo importante para que a Braskem fortaleça sua presença global”, afirma Patrick Teyssonneyre, diretor de Inovação da empresa. A nova unidade soma-se a dois Centros de Tecnologia da Braskem, um no Brasil e outro nos Estados Unidos, localizados em Triunfo (RS) e Pittsburgh (Pensilvânia), respectivamente, além do Núcleo de Pesquisa em Renováveis, Núcleo de Desenvolvimento de Tecnologias de Processo e o Núcleo Técnico do México. Somente no último ano, foram registrados 51 novos pedidos de patentes, 23% deles relacionados a tecnologias que utilizam matéria-prima renovável. O total de patentes depositadas pela Braskem já chegou à soma de 959. 12- BORRACHAAtual

Entre as cinco maiores produtoras de resinas termoplásticas com atuação global, a Braskem levou novidades sobre os projetos de internacionalização que estão em andamento, entre eles, a inauguração do Complexo Petroquímico no México, realizado em junho deste ano. A joint-venture com o grupo mexicano Idesa contou com investimentos de US$ 5,2 bilhões, sendo esse considerado o maior investimento feito no setor petroquímico mexicano nos últimos 20 anos. Com capacidade de produção de 1,05 milhão de toneladas de eteno e polietileno por ano, eleva produção anual total da Braskem para 8,7 milhões de toneladas de resinas. Na ocasião, a Braskem também apresentou novidades sobre a fábrica de Polietileno de Ultra-Alto Peso Molecular (UHMW-PE), que está sendo construída em La Porte, no Texas e inauguração prevista para o início de 2017 - a planta produzirá a resina UTEC®. Com características físicas que a tornam resistente ao impacto e ao desgaste, é um produto utilizado pelas indústrias de extração de petróleo e gás, defesa e construção civil, entre outras. “A atuação da Braskem permanece pautada pela diversificação e expansão geográfica. A consolidação da presença global e o forte relacionamento que estabelecemos com nossos clientes, nos estimulam a buscar, cada vez mais, novas soluções inovadoras para o setor em âmbito global. Será possível ver esse empenho nas inovações que iremos demonstrar durante a Feira K”, afirma Luciano Guidolin, vice-presidente de Poliolefinas, Vinílicos, Químicos Renováveis e Tecnologia da Braskem.

Evonik leva biopoliamida de mamona para os corredores da K A Evonik trouxe a moda e o estilo da Königsallee (Kö) de Dusseldorf para os corredores de exposição da capital do estado de North Rhine-


Westphalia: na feira deste ano, a empresa de especialidades químicas apresentou moda feminina! A parte fascinante: As elegantes roupas eram feitas 100% com inovadoras fibras de biopoliamida baseadas em VESTAMID® Terra. Essas fibras têxteis de alta qualidade têm conforto de uso e desempenho inigualável. Elas são extremamente leves, flexíveis e ‘respiráveis’. Processadas para formar tecidos de alta qualidade, eles proporcionam um efeito redutor de odores graças às suas características bacteriostáticas naturais de longa duração. Além disso, elas secam com rapidez e não precisam ser passadas a ferro. Em decorrência de seu caráter único, as inovadoras fibras de alto desempenho podem ser processadas em todas as aplicações têxteis, incluindo tecidos de um estilista italiano de roupas de festa, trajes esportivos funcionais e duráveis materiais para estofamento. As fibras são produzidas a partir do VESTAMID® Terra, uma biopoliamida obtida 100% a partir de sementes da mamona. Além das vantagens ambientais, o que é tão convincente é sobretudo a abordagem de sustentabilidade do VESTAMID® Terra. Como a mamona também consegue suportar longos períodos de seca, ela é cultivada em áreas secas que não são adequadas a nenhuma outra forma de agricultura. O biopolímero do Segmento Resource Efficiency da Evonik não exerce efeito adverso sobre a cadeia alimentar humana, diferentemente de outros biopolímeros baseados em produtos naturais plantados em terras cultiváveis. O processo de desenvolvimento de produto se beneficiou da expertise técnica da Evonik na área de plásticos de alta performance bem como da experiência de processamento de fibras da Fulgar, fabricante italiano de fibras que comercializa as fibras de biopoliamida sob a marca EVO®. Por meio do VESTAMID® Terra, a Evonik oferece três variantes de biopoliamidas. Elas oferecem longa duração e cumprem os requisitos de aplicações exigentes como, por exemplo, nas indústrias automobilística, esportiva e têxtil. As aplicações típicas dos produtos VESTAMID® Terra são moldagem por injeção, fibras, pós, extrusão e filmes. Mais informações em www.vestamidterra.com.

em que a necessidade por material sustentável e soluções de embalagens são cruciais para dar apoio à conservação de alimentos e melhor eficiência de recursos, reciclagem e gerenciamento de resíduos. Como empresa, ela está incentivando a mudança no setor de plásticos por meio de projetos inovadores que unem protagonistas, criando novas tecnologias com benefícios aprimorados de sustentabilidade e apresentando iniciativas que informem as pessoas e comunidades locais sobre o melhor uso do plástico. O progresso tem acontecido em inúmeras frentes, atendendo à mudança sustentável no setor, incluindo as INNATE™ Precision Packaging Resins. Elas fornecem funcionalidade com filme mais fino para preenchimento, exposição e armazenamento eficaz de embalagens, como stand-up pouches; rigidez aprimorada, juntamente com resistência flexível excelente para embalagens de plástico; integridade de pacote para uma excelente vida útil, ajudando a manter os alimentos protegidos por mais tempo para reduzir o desperdício. Em reciclagem, a empresa introduziu a primeira tecnologia RecycleReadyTM, que ajuda a criar stand-up pouches recicláveis flexíveis que atendem à demanda dos consumidores de hoje. O stand-up pouch feito com modificadores de polímero RETAINTM é o primeiro pacote de sua linha com uma película

Dow traz à vida a sustentabilidade Na K 2016, a Dow Chemical Company demonstrou suas mais recentes inovações e colaborações da cadeia de valor que estão levando a soluções mais sustentáveis ao redor do mundo. Isso vem em um momento BORRACHAAtual - 13


alimentação é realizada pelo operador durante o tempo de cura para vários ciclos. Isso resulta em uma economia de tempo tremenda com seqüência de ciclo constante e qualidade de artigo ideal. Se o operador entrar na área de segurança, a máquina de moldagem por injeção e o robô interromperão todos os movimentos, mas ambos continuarão a funcionar automaticamente assim que o operador tiver recuperado a distância de segurança suficiente. Isso não requer qualquer liberação ou reconhecimento pelo sistema de controle!

A Dow se comprometeu com US$ 2,8 milhões (€ 2,5 milhões) nos próximos dois anos para ajudar a limpar os oceanos da Terra cheios de entulho marinho. Cerca de metade desta contribuição irá para a pesquisa da Ocean Conservancy. Visite www.faceofinnovation.com para saber mais sobre como a Dow está trazendo inovação e sustentabilidade à vida.

O BENCHMARK D 968.250 ZOB vertical apresentado pela empresa tem o novo sistema de canal frio FlowControl E-Drive com bicos de corte acionados eletricamente. O processo de enchimento de cada bocal pode ser individualmente acionado e balanceado através do sistema de controle da máquina ou através do sensor de pressão interno do molde PressureSense. A conexão elétrica permite uma adaptação de máquina consideravelmente mais rápida do que uma hidráulica. A distribuição do material é realizada por trilhos desmontáveis e é viável com ou sem bucha de deflexão. A limpeza completa e a mudança de material podem ser feito de forma rápida e fácil. O popular “DESMA Open House” será nos dias 27 e 28 de setembro de 2017, onde a empresa informará sobre os últimos desenvolvimentos com palestras e workshops, bem como uma exposição de máquinas e tecnologias. Informações adicionais em www.desma.biz

DESMA estabelece padrões para Moldagem de Elastômero

SABIC produz a primeira Borracha Sintética da ARÁBIA SAUDITA

Experimentando automação ao vivo com duas máquinas de moldagem por injeção da série S3, a DESMA apresentou todo o espectro de novas tecnologias desenvolvidas. O D 969.100 Z mostrou às empresas de processamento de elastômero como é possível uma produção de artigos sem desperdício e retrabalho. Para este efeito, o potenciômetro ITM ZeroWaste com oito bicos com temperatura controlada para injeção direta sem correntes foi desenvolvido ainda mais e foi equipado com um sensor de pressão interno do molde integrado para desligar o processo de transferência para um volume de artigos constante. Um rápido composto e mudança de molde dentro de 10 minutos é possível usando um cilindro de parafuso giratório.

A SABIC apresentou a sua nova gama de produtos de borracha sintética fabricada pela primeira vez na Arábia Saudita, reforçando seu compromisso de entregar alta qualidade e rentabilidade em produtos de borracha sintética.

O desenvolvimento da inovadora gama de produtos SmartConnect 4.U proporcionou à DESMA moldar os processos de produção através de redes inteligentes de forma mais flexível, eficiente e protegendo os recursos. Serviços digitais podem ser facilmente operados usando o SmartConnect 4.U Cockpit, que proporciona a interface perfeita entre o usuário e a plataforma SmartConnect 4.U.

Sami Mohammed AlOsaimi, vice-presidente de Elastômeros, PVC, PS, PET, PMMA e POM, afirmou: “A Europa é um mercado estratégico para os novos produtos de borracha da SABIC que serão usados principalmente para aplicações automotivas como pneus, gaxetas,

protetora que pode ser reciclado em um fluxo de reciclagem de polietileno. Quando combinado com outras resinas de polietileno, o compatibilizador RETAIN™ oferece uma solução reciclável com características de proteção aprimoradas.

O DESMA PartnerFlexCell oferece uma solução de automação com um robô colaborativo de 6 eixos em um processo totalmente automático. A inserção de pré14- BORRACHAAtual

Abdulrahman Al-Fageeh, vice-presidente executivo da SABIC, disse: “Estamos muito orgulhosos de sermos pioneiros na produção de borrachas sintéticas no Oriente Médio para apoiar as indústrias de conversão de pneus, automóveis e construção. Com a nossa localização ideal, devemos ser capazes de alcançar mercados globais estratégicos, especialmente a Europa, desenvolvendo ainda mais a proximidade do cliente. “


mangueiras e anéis de vedação. As principais aplicações para a indústria da construção incluem telhados e perfis de construção, além de usos industriais, como correias transportadoras.

WACKER apresenta inovações em indústrias-chave Na K 2016, a empresa química WACKER, com sede em Munique, apresentou-se como um motor de inovação para a indústria de transformação. A empresa mostrou mais de uma dúzia de novos produtos e duas inovações tecnológicas para indústrias-chave nos setores automotivo, eletrônico, de iluminação e de saúde. Os destaques incluem sensores têxteis feitos de finas películas de silicone, graus de borracha de silicone de alto módulo, encapsulantes de silicone cristalinos para LED’s e lentes ópticas, bem como aditivos para a fabricação de compósitos de madeira e plástico. Ela também apresentou a primeira impressora em escala industrial 3D para silicones. O dispositivo high-tech produziu peças de silicone durante a feira. “Na K deste ano, demonstramos mais uma vez nossa posição de liderança como um dos fornecedores de silicone e polímeros mais inovadores do mundo “, diz Robert Gnann, diretor da divisão de negócios de silicones da WACKER, em relação à feira. Com 5,3 mil milhões de euros em vendas e despesas de I & D de 175 milhões de euros, a WACKER está entre as empresas mais intensivas em investimento na indústria química. No ano passado, o grupo gerou € 1,9 bilhões, ou seja, 37% de suas vendas com silicones. Silicones são cada vez mais utilizados em vários setores, como o automóvel, saúde, iluminação e indústrias eletrônicas. Há duas razões para isso: por um lado, as especificações dos materiais estão aumentando constantemente. Por outro lado, os materiais padrão estão atingindo seus limites. A fim de desenvolver e produzir produtos inovadores, a indústria precisa de materiais de alto desempenho, como os silicones “, enfatiza Gnann. “Devido às suas propriedades físicas e químicas únicas que podem ser combinadas de várias maneiras e a sua excelente processabilidade, os silicones tornaram-se indispensáveis em muitas indústrias”. Em seu estande de 300 metros quadrados, a empresa apresentou óleos sólidos e líquidos de borracha de silicone, encapsulantes de silicone, aditivos para fabricação de compósitos de madeira e plástico, promotores de aderência, dispersões de borracha de silicone condutoras

elétricas e pastas pigmentadas projetadas para a marcação fluorescente de borrachas de silicone como aditivos de cura. A empresa também apresentou novos aditivos VINNEX® para compostos bioplásticos da sua divisão de negócios da WACKER POLYMERS. Novas Borrachas Líquidas de Silicone – Foram apresentados novos tipos de borrachas líquidas de silicone (LSR): ELASTOSIL® LR 3003/90, ELASTOSIL® LR 3020/60, ELASTOSIL® LR 3072/50 e ELASTOSIL® LR 3016 / 65, bem como ELASTOSIL® LR 5040, um novo LSR que contém componentes significativamente menos voláteis. Todos os graus LSR são caracterizados por um conjunto significativamente melhorado de propriedades. ELASTOSIL® LR 3003/90 cura rapidamente para formar um elastômero excepcionalmente duro e de alto módulo, oferecendo uma dureza de 90 Shore A. Isto torna o material ideal para a produção em grande escala rentável de produtos de silicone dimensionalmente estáveis. Também pode ser usado como o componente duro em combinações duras / macias. Novos Encapsulantes de Silicone para a Indústria de Iluminação – Foram apresentados novos encapsulantes para LEDs (óptica primária) e para lentes ópticas e elementos de acoplamento (óptica secundária): LUMISIL® 590 & 591, LUMISIL® 740 & 770 e LUMISIL® 7601. LUMISIL® 590 e LUMISIL® 591 são encapsulantes de silicone altamente resistentes e altamente transparentes. Eles formam elastômeros com um índice de refração de 1,53, que os classifica entre os encapsulantes de alto índice de refração (HRI). Isto permite uma ótima eficiência luminosa. Os silicones são quase completamente transparentes para a luz na faixa espectral visível (cerca de 400 a 700 nm). Além disso, eles não amarelam, mesmo quando a radiação é extremamente intensa. LUMISIL® 590 e LUMISIL® 591 protegem o chip LED de forma confiável contra as influências ambientais e assim prolongam sua vida útil. Os compostos de silicone podem ser usados em processos de medição industrial, tais como distribuição. Outros Destaques do Produto: Aditivos VINNEX® para Compostos Bioplásticos, WACKER® Primer G790 TF, ELASTOSIL® Pasta Color FL Fluorescente UV, POWERSIL® 403 e SEMICOSIL® 811

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Pneus Pirelli foca na Tecnologia A Pirelli celebrou a tecnologia na edição de 2016 do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. O modelo PZero, que calça o recém-lançado Porsche Panamera, foi um dos destaques, por trazer a tecnologia exclusiva PNCS, Pirelli Noise Cancelling System, responsável pela diminuição de cerca de dois a três decibéis dos ruídos gerados pela rodagem dos pneus. Desta forma, o dispositivo contribui para o conforto acústico experimentado dentro do carro, com uma redução equivalente à metade do barulho total dentro da cabine. A fabricante também participou da feira com os modelos Scorpion Verde, Scorpion Verde All-Season, Scorpion STR, Scorpion ATR, Cinturato P7 e Cinturato P1 Plus. Os pneus da marca estiveram presentes em mais de 87% dos veículos exibidos pela Mercedes e em 100% dos automóveis da Mitsubishi e da Suzuki. O Cinturato P7 equipa os principais modelos de montadoras como Mercedes e Suzuki. Este é o representante premium da linha Green Performance, projetada observando especialmente a proteção ao meio ambiente. Dos 368 veículos exibidos na feira, praticamente 40% estiveram calçados com Pirelli. Desta forma, a empresa confirma a já consolidada presença nos veículos premium e prestigie e reforça a parceria com as principais montadoras do mundo. A família PZero abrange uma gama completa de produtos de alta performance, com tecnologia de ponta nos compostos, na estrutura e no desenho da banda de rodagem, visando atingir máximo desempenho e segurança. Os PZero são equipamentos originais de montadoras como Audi, Aston Martin, Alfa Romeo, BMW, Ferrari, Jaguar, Lamborghini, Maserati, Mercedes-Benz, Porsche, Volvo, entre outras. Como equipamentos originais para novos carros em particular, os pesquisadores da Pirelli trabalham lado a lado com engenheiros de carros para desenvolver uma versão do PZero que atenda às necessidades de um modelo específico de carro, em termos de desempenho (integração com o sistema de freios, resposta da direção etc.) e conforto (ruído, estabilidade). A principal característica dos PZero é garantir o desempenho ideal em condições molhadas e secas ao longo de sua vida útil, combinando esportividade e conforto.

Tipler celebra resultado positivo em 2016 O ano de 2016 foi marcado pelas incertezas econômicas e políticas, especialmente no Brasil. Porém, para a Tipler, 1616-BORRACHAAtual BORRACHAAtual

os resultados estão sendo comemorados, encerrando 2016 com seis novos Concessionários em todas as regiões do Brasil. Foram cinco novos Concessionários apenas no primeiro semestre, com a expansão sendo mantida na segunda metade do ano, com mais um novo parceiro antes do início de 2017. O crescimento é reflexo da estratégia da empresa em fazer crescer ainda mais sua presença e relevância no mercado de recapagens. “Foi um saldo altamente positivo, principalmente porque foi conquistado em um ano considerado delicado para a economia e política brasileira, onde há muita apreensão por parte das empresas e investidores”, lembra o Gerente Comercial da Tipler, Fabiano Fratta. Os novos Concessionários passam a contar com todo o suporte de uma marca forte, que é referência no segmento de reforma de pneus no Brasil e em toda a América do Sul. Os novos parceiros da Tipler estão em diferentes regiões do Brasil. No Sudeste, em Minas Gerais, a Toca do Pneu, de Belo Horizonte juntou-se à Rede. Na Região Sul, o Paraná recebeu dois novos Concessionários: a Siga Pneus, de Marialva e a Recapadora Taquarense, de Curitiba. No Nordeste brasileiro, no Maranhão, a BR Renovadora, de São Luiz, passou a ser mais uma parceira da marca. No Norte, no estado do Pará, o novo Concessionário é a Recapadora do Gaúcho, da cidade de Santarém. No Centro-Oeste, em Goiás, o mais novo integrante da Rede é a Renovadora de Pneus São Bento, da cidade de Catalão. Todas as empresas citadas passaram a contar com diversos benefícios que se transformam em lucratividade e rentabilidade, como o amplo mix de bandas pré-moldadas para atender a todas as demandas do segmento de transporte e ferramentas/ softwares exclusivos, presentes no Pacote de Valor Tipler.

Como aumentar a vida útil dos pneus de carga? Os pneus constituem um dos itens mais importantes dos caminhões. Além de suportarem a carga e absorverem as irregularidades do piso, eles são responsáveis por transferir toda a potência da tração e frenagem do veículo ao solo. Além disso, eles representam um alto investimento dentro da planilha de custos dos frotistas e empresas. Por estes motivos, aumentar a vida útil dos pneus é fundamental para favorecer a segurança ao motorista e gerar ganho


em quilometragem rodada, aumentando assim seu custo benefício. “Uma metodologia de grande impacto para aumentar a vida útil dos pneus de caminhão, tanto em primeira vida quanto reformados, é o controle dos “5 Ladrões de Quilometragem”: Alinhamento, Balanceamento, Calibragem, Desenho de Banda e o Emparelhamento. Se estes itens não forem bem avaliados e corrigidos, cada um deles, por si só, pode reduzir a quilometragem do pneu de 20% até 40%”, informa José Carlos Quadrelli, gerente geral de Engenharia de Vendas da Bridgestone. O rodízio de pneus também é essencial. Ele evita este irregular, fazendo com que o desgaste aconteça de maneira mais uniforme, prolongando assim a vida útil do produto. Outra dica importante é manter os pneus distantes dos derivados de petróleo ou solventes. Estes produtos atacam a borracha, fazendo com que ela perca suas propriedades físico-químicas e mecânicas, reduzindo a vida útil. A recapagem, que permite reaproveitar com total segurança o pneu usado e adicionar a ele uma nova banda de rodagem (parte que entra em contato com o solo), também é uma prática consolidada no Brasil. Se realizado por um

revendedor credenciado e com suporte do fabricante, o pneu reformado pode rodar tanto ou mais que um pneu novo e com 1/3 do valor de um pneu original.

Manchões RA da Vipal geram resultados positivos A EcoFlex Pneus, reformadora da Vipal Rede Autorizada de Cachoeiro de Itapemirim (ES), proporcionou motivos para a Vipal comemorar, após testar manchões RA (Radial Aramida) da Vipal Borrachas e obter resultados positivos, constatando maior flexibilidade, leveza e resistência a trincas. Iniciados em março de 2016, os testes foram realizados

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Pneus com êxito numa região onde a extração de blocos de mármore é bastante expressiva, e, por isso, o formato de transporte empregado deve atuar bem em condições severas de peso e estrada. Alessandro Perim Careta, Gerente Comercial da EcoFlex Pneus, manifestou sua satisfação com os resultados. “Recebemos a orientação técnica da Vipal e passamos a usar os manchões RA no flanco de todos os pneus reformados. Dito e feito: não tivemos mais incidência de trincas ou rompimento de pneus na região consertada”, comenta.

desenvolvido em parceria com as montadoras para vencer o duplo desafio de reduzir o consumo de combustível e a emissão de CO2. Vale lembrar que os pneus são responsáveis por até 20% do consumo de combustível de um veículo.

Os manchões RA são produzidos com fibra de aramida, um reforço têxtil utilizado, por exemplo, em coletes a prova de bala, cintos de segurança e blindagem de automóveis. O material suporta temperaturas acima de 420 graus, além de ser cinco vezes mais resistentes que o aço. A linha RA é composta de produtos resistentes e flexíveis, e os manchões, além de apresentarem menores efeitos de vinco na área reparada, contribuem para o balanceamento dos pneus nos modelos mais leves.

A etiqueta do PBE é um ótimo indicador em relação à resistência ao rolamento, à aderência em piso molhado e ao nível de ruído externo, mas é muito importante lembrar que o projeto de um pneu leva em conta muitos outras características de desempenho também relevantes para o consumidor, tais como robustez, desempenho no seco e quilometragem. Por isso, a Continental Pneus está introduzindo no Brasil o sistema de classificação por estrelas (ContiStars). Os pneus ContiPremiumContact 5 e ContiEcoContact 5 estão disponíveis no Brasil nas principais medidas do aro 14 ao 17.

Continental apresenta portfólio premium No momento em que entra em vigor o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), a Continental apresenta os modelos ContiPremiumContact 5 e o ContiEcoContact 5, dois dos destaques de seu portfólio de passeio premium para o mercado brasileiro. Referência de desempenho em piso molhado com nota A na etiqueta do PBE, o ContiPremiumContact™5 conta com avançadas tecnologias como Macro-Blocks, blocos maiores que permitem excepcional dirigibilidade e aderência, mesmo em situações extremas, em função da maior área de contato nas curvas. Blocos 3D ampliam a área de contato, entregando a aderência necessária para uma frenagem segura, enquanto a nova geometria dos sulcos se encarrega do escoamento da água mesmo em altas velocidades, gerando um canal para a passagem da água. De acordo com Elias Nogueira, supervisor comercial de desenvolvimento de produto da Continental Pneus, “uma das situações mais críticas de direção ocorre quando a pista está molhada. A mistura da água com a sujeira e a oleosidade compromete o contato do pneus com o solo, criando o cenário ideal para a perda do controle do veículo. Avaliado como A por seu excepcional desempenho em pisos molhados, o ContiPremiumContact 5 entrega total segurança nas frenagens em condições adversas”. Já o ContiEcoContact 5, com nota B na etiqueta do PBE, é o destaque da Continental em eficiência energética e foi 1818-BORRACHAAtual BORRACHAAtual

“As tecnologias embarcadas no ContiEcoContact 5 permitem que o pneu rode mais “frio”, ou seja, com uma absorção mínima de energia em forma de calor, reduzindo a resistência ao rolamento. Isso reduz o consumo de combustível e diminui a emissão de CO2”, explica Elias Nogueira.

Pneu-conceito Eagle-360 da Goodyear Todos os anos, os editores de tecnologia da revista Time fazem uma lista com as “melhores invenções que contribuem para um mundo melhor, mais inteligente e - em alguns casos - mais divertido”. Neste ano, a lista reuniu 25 invenções, entre as quais - além do protótipo Eagle-360 da Goodyear - estão fones de realidade virtual, sapatos que se amarram sozinhos, uma colaboração entre Tesla e SolarCity para telhados solares e o veículo elétrico Chevy Bolt. “À medida que se reduzem a interação e a intervenção dos motoristas com os veículos autônomos os pneus passam a desempenhar um papel muito mais importante por serem o ponto de contato principal com o solo”, diz Joseph Zekoski, vice-presidente sênior e diretor técnico da Goodyear. “Os pneus-conceito da Goodyear têm um papel duplo, primeiro como plataformas criativas que quebram


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Pneus as barreiras do pensamento convencional e segundo como pilotos de teste para as novas gerações de tecnologia.” O Eagle-360 é um pneu de forma esférica que, por suas características, permite que os veículos autônomos contem com o que há de mais atual em termos de dirigibilidade, conectividade e biomimética - inovação que busca soluções que emulem modelos e formas da natureza - para aumentar a segurança. Entre as principais características do conceito Eagle-360 estão a capacidade de manobra. A orientação múltipla desse pneu esférico permitirá que o veículo se movimente em qualquer direção, contribuindo para a segurança do passageiro e dando maior liberdade para manobrar em ruas estreitas ou estacionamentos. Conectividade: Sensores incorporados elevam ainda mais o nível de segurança ao comunicarem as condições climáticas e das vias ao sistema de controle do veículo e a outros automóveis ao redor, enquanto a banda de rodagem e a tecnologia que mede a pressão dos pneus regulam o desgaste destes componentes em 360 graus para maximizar a quilometragem. Os pneus contam com um sistema de levitação magnética para suspender o veículo, resultando em uma condução suave e silenciosa para o passageiro e a Biomimética, que inspirada na natureza, proporciona ao desenho 3D da banda de rodagem imitar o padrão da superfície cerebral e age como uma esponja natural, tendo sido projetado para endurecer em pisos secos e ficar macio em pisos molhados com excelente desempenho e resistência contra deslizamentos na água.

Michelin reforça foco em inovação A Michelin aproveitou o Salão do Automóvel 2016 para demostrar a sua liderança em inovação. Em total sintonia com a proposta da Citröen no evento, a empresa foi convidada pela montadora a estar presente em seu estande, 100% conceitual. No local, estiveram cinco carros conceitos da Citröen equipados com pneus Michelin, evidenciando a inovação tecnológica oferecida sobre quatro rodas. Entre eles, trazendo os conceitos de agilidade e esportividade, respectivamente, foram mostrados o Citröen C3 e o C4 Picasso, calçados com o recém-lançado modelo Pilot Sport 4, que proporciona, além de mais segurança, melhor controle, reatividade e excelente durabilidade. Os visitantes do estande puderam conferir visualmente - e na ponta dos dedos – a tecnologia Premium Touch effect, inovação patenteada pela Michelin e disponível no novo pneu Pilot Sport 4, que simula o efeito da textura aveludada no flanco, o que valoriza a sua estética e, consequentemente, a do carro. Provando que a inovação de um pneu pode ir além de sua performance, essa é a primeira vez que uma empresa investe em uma tecnologia focada em sua estética. 2020-BORRACHAAtual BORRACHAAtual

Segundo Antonio Mello, Diretor Comercial de Pneus de Passeio e Caminhonete Primeiro Equipamento da Michelin América do Sul, “são parcerias como essa que permitiram que a Michelin duplicasse o volume de pneus vendidos para as montadoras nos últimos quatro anos em um mercado como o da América do Sul, que apresenta um forte retração de 40% no mesmo período. Como resultado desse trabalho, a Michelin vem construindo sólidas parcerias com as principais montadoras do país, estando presente com pneus para equipamento original em todos os segmentos de veículos”.

Recauchutar, recapar e remoldar pneus. Recapar, recauchutar e remoldar pneus parecem palavras sinônimas, mas na prática não é assim que funciona e as três opções acima ainda geram muitas dúvidas. Afinal, o que é mais seguro na hora de reformar pneus? Tornar um pneu reutilizável é ajudar na preservação do meio ambiente, colaborar na economia para as transportadoras e proporcionar mais segurança aos motoristas. O Grupo SL Pneus & Auto Lins, reformador de pneus com mais de 60 anos de mercado, esclarece quais as diferenças entre recapar, recauchutar e remoldar pneus para não comprometer a vida útil do segundo maior custo para as transportadoras. “Muitos consumidores duvidam de que um pneu reformado tenha a mesma segurança de um novo. Além de ser bom para o meio ambiente, a reconstrução de um pneu sai mais barato para o bolso do transportador e tem qualidade semelhante à de um pneu novo”, explica o diretor comercial da SL Pneus & Autolins, Alexandre Levi Cardoso. Existem várias formas de tornar um pneu reutilizável, porém, há processos mais seguros e indicados para quem faz da estrada e do caminhão sua profissão. A durabilidade de um pneu reformado uma vez é igual ou até mesmo superior a de um novo. Para evitar dúvidas, confira abaixo,


as principais diferenças entre recapagem, recauchutagem e remoldagem: Recapagem: É a substituição somente da borracha desgastada da banda de rodagem em contato com o solo. Utilizado exclusivamente aos pneus de transporte de carga, como, caminhões e ônibus, esse processo pode ser feito a quente ou a frio. Na recapagem a quente usase o camelback, ou seja, uma banda de rodagem que no processo de vulcanização se juntará ao pneu a uma temperatura de 150ºC, formando um desenho. Já na recapagem a frio a temperatura vai a 115ºC e utiliza-se uma banda de rodagem pré-moldada, isto é, já pronta para ser aplicada a carcaça do pneu. Recauchutagem: É a substituição somente da borracha desgastada da banda de rodagem e dos ombros da carcaça dos pneus. Assim como na recapagem à quente que a temperatura chega a 150ºc, na recauchutagem também há aplicação do camelback. Remoldagem: É a substituição de toda a banda de rodagem e os flancos, sendo toda a parte externa do pneu revestida com nova camada de borracha. Nessa reforma, as informações do pneu original, como origem da data de

fabricação, capacidade de carga, índice de velocidade e nome do fabricante são eliminadas pela nova camada de borracha. O processo “remold” também é feito em uma temperatura à quente. Desde 1º de julho de 2006, os pneus reformados passaram a ser assegurados pelo INMETRO e, após 10 anos, a indústria da reforma de pneus comemora mais um avanço para o setor. “Realizamos testes constantes com nossos produtos, buscando sempre trazer segurança às transportadoras, além de atender a quaisquer conformidades do segmento. Nos últimos 10 anos, foi possível avançar não só em segurança, mas em tecnologias e produtos que impactam positivamente na vida das transportadoras”, afirma Cardoso. A partir deste ano, pneus de reuso devem obrigatoriamente conter “Selo de Identificação de Conformidade”, com testes que comprovam segurança e qualidade, além de informar por qual processo foi reutilizado, como recapagem, recauchutagem ou remoldagem, data do conserto e número de reformas já efetuadas. Trata-se de uma portaria complementar do INMETRO que altera as regras para reforma e venda de pneus usados de veículos leves, comerciais leves e comerciais.

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Notícias

Evento ajudará a impulsionar setor de borracha A Plástico Brasil acontece no primeiro trimestre de 2017 (20 a 24 de março), quando medidas para retomada da atividade econômica começarão a dar primeiros resultados. Setores industriais consumidores de borracha vão aproveitar oportunidades oferecidas pelo evento para suprir necessidades de tecnologia e insumos a partir de soluções oferecidas pelas empresas expositoras. De agosto para setembro deste ano, o grupo “fabricação de produtos de borracha” subiu 3,2%, de acordo com o IBGE. Muito embora o setor tenha sofrido nos últimos anos com a retração das indústrias de automóveis, máquinas e equipamentos e construção civil – principais consumidores de artefatos de borracha – o recente indicador aponta para uma retomada gradual dos negócios. Nesse contexto de recuperação, a Plástico Brasil – Feira Internacional do Plástico e da Borracha - se posiciona como uma importante ferramenta para alavancar os negócios de toda a cadeia da borracha. Iniciativa da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos e da ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, com organização e promoção da Informa Exhibitions, o evento acontece em um período em que as ações e programas de incentivo que vêm sendo implementados pelo Governo nos últimos meses terão seus resultados mais visíveis.

A Plástico Brasil será palco dos últimos avanços tecnológicos e tendências globais dos diversos segmentos que compõem a cadeia produtiva do plástico: instrumentação, controle e automação, máquinas, equipamentos e acessórios, moldes e ferramentas, produtos básicos e matérias-primas, reciclagem, resinas sintéticas, serviços e projetos técnicos e outros. Para negociar com esses players, os organizadores vão atrair uma visitação altamente qualificada de transformadores e profissionais de setores consumidores, como construção civil, automóveis e autopeças, agricultura, móveis, eletrônicos, instrumentos médicos, vestuário e calçados, eletrodomésticos e químico. Liliane cita também, como vantagens da Plástico Brasil, a realização no melhor pavilhão de exposições da América Latina. O São Paulo Expo Exhibition & Convention Center oferece 4,5 mil vagas de estacionamento cobertas, climatização em todo o pavilhão, proximidade com o metrô, o aeroporto de Congonhas, e o Rodoanel, e a grande rede hoteleira no entorno. Apoios - Outro diferencial da Plástico Brasil é o forte apoio que vem recebendo das principais entidades representativas da indústria. Atualmente, mais de 57 dessas entidades, do Brasil e do exterior, já confirmaram seu apoio. É o caso, por exemplo, da CNI – Confederação Nacional da Indústria, FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e outras 5 federações.

“O período de realização da Plástico Brasil vai ajudar a impulsionar muito as vendas das indústrias do plástico e da borracha”, diz Liliane Bortoluci, diretora da feira. “A indústria, hoje com demanda reprimida, vai explorar as oportunidades oferecidas pelo evento para suprir suas necessidades em termos de tecnologia, soluções e insumos”.

“Todo esse apoio é refletido tanto no mix de expositores da feira, quanto em visitantes”, lembra Liliane. “Dentro da Fiesp e das demais federações estão os principais sindicatos e empresas ligadas não apenas ao segmento de transformação do plástico e da borracha, mas também a segmentos que têm interesse direto no setor, como a indústria automotiva, da construção civil, de alimentos e bebidas e dezenas de outros mercados”.

Para Liliane, a grande adesão das empresas à Plástico Brasil se deve ao fato de que a feira traz novas propostas ao mercado e mantém seu foco no desenvolvimento e fortalecimento das indústrias e de toda a cadeia do plástico e da borracha. “Num período de economia em lento aquecimento, as empresas precisam investir em ações e ideias diferentes. A Plástico Brasil está trabalhando para trazer aos expositores novos mercados, novos clientes”.

No âmbito internacional, a Plástico Brasil é a única feira brasileira a receber apoio oficial da EUROMAP – European Plastics and Rubber Machinery, que agrega os fabricantes europeus de máquinas de plásticos e borracha. Por se tratar da feira oficial do setor, a Plástico Brasil tem exclusividade na parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para a realização do programa de estímulo às exportações, o Brazilian Machinery.

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Notas e Negócios

Fras-le e Federal-Mogul Motorparts criam Joint Venture A Fras-le, integrante das Empresas Randon, focada na produção de material de fricção, e a Federal-Mogul Motorpart’s, uma divisão da Federal-Mogul Holdings Corporation, assinaram em dezembroum acordo para a criação de uma Joint Venture, ainda sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e à aprovação de todas as autoridades requeridas. Nos termos deste acordo, as Companhias planejam formar uma parceria estratégica para o fornecimento de produtos de freio premium e para melhor servir os mercados de montadoras e clientes de reposição no mercado de veículos leves no Brasil e na América do Sul. Liquid rubber Kuraray

Novo plastificante reativo e co-agente para EPDM da Kuraray A Kuraray está lançando novos tipos de borracha líquida que, além de função de plastificante reativo, também atuam como co-agente, aumentando dureza de compostos de EPDM com cura por peróxido.

A Joint Venture terá sede em Sorocaba, em São Paulo, e operará sob o nome de JURID do Brasil Sistemas Automotivos Ltda. Os produtos vendidos através da Joint Venture serão fabricados em Sorocaba ou fornecidos a partir de outras instalações da Federal-Mogul Motorparts e distribuídos pela rede de distribuição da Fras-le em toda a região. A Frasle fornecerá tecnologias complementares de fabricação e instalações de engenharia e testes através de suas operações em Caxias do Sul. O acordo está atualmente sob revisão e sujeito à aprovação de todas as autoridades requeridas.

Kuraray Liquid Rubber (KLR – borracha líquida) é a linha de borrachas sintéticas com alta viscosidade que atuam como plastificante reativo, isto é, além de reduzirem viscosidade Mooney e melhorarem o processamento dos compostos de borracha, são co-vulcanizáveis, o que reduz a migração sem alterar propriedades mecânicas do composto curado e aumentando a vida útil do artefato de borracha. A empresa desenvolve diversos tipos de KLR que são adequados para composto de EPDM com cura por peróxido atuando como plastificante reativo e co-agente, aumentando propriedades mecânicas, incluindo dureza e reduzindo VOC (composto orgânico volátil). Em especial, o grade LBR-361 melhora compressão, o que é desejável para artigos de borracha em especial para a indústria automotiva, mangueiras etc. Em contrapartida ao LBR-361, a Kuraray também lança o LBR-302, que promove máxima maciez em compostos de EPDM por cura por peróxido, isso devido ao seu baixo peso molecular e baixa viscosidade. Compostos de EPDM que utilizam como plastificante KLR (Kuraray Liquid Rubber) podem ser utilizados em artefatos de borracha em contato com água potável. As aplicações comuns para KLR incluem pneus, correias, mangueiras e outros produtos de borracha. Além disso, o KLR é utilizado para produzir revestimentos, adesivos e selantes de alto desempenho. 24- BORRACHAAtual

Executivos na Fras-le e da Federal-Mogul Motorpart’s na assinatura do acordo

Mercado de duas rodas mantém queda A produção de motocicletas em novembro registrou retração de 1,7% frente a outubro, segundo dados da ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores. Saíram das fábricas 70.320 motocicletas contra 71.520 no mês passado. No acumulado dos 11 meses de 2016, foram fabricadas 854.839 unidades, o que corresponde a uma queda de 29,5% em relação a igual período de 2015, com 1.212.075.


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Notas e Negócios O setor de bicicletas seguiu a mesma tendência de impacto da situação econômica, a produção de bicicletas das associadas da Abraciclo, todas com fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM, recuou 4,5% em novembro (68.850) em comparação com o volume de outubro (72.085). Entretanto, se comparado com novembro de 2015 (55.515 unidades produzidas), houve crescimento de 24%.

BorgWarner fornece motores de partida para a Hyundai Após aquisição global pela BorgWarner da Remy International, uma das empresas líderes mundiais na fabricação de componentes elétricos rotativos, tais como alternadores, motores de partida e motores elétricos de tração, a companhia comemora bons resultados e novos negócios. Uma das principais novidades é o fornecimento de motores de partida para os motores Kappa e Gamma da Hyundai HB20 no Brasil. Desenhado para motores até 1.8 litros, o compacto motor de partida da BorgWarner entrega 0.9kW de potência e é fabricado com 50% de conteúdo local.

Gates cresce 18% em 2016 Mesmo enfrentando cenário econômico desfavorável, a Gates alcançou resultados positivos no ano passado. A unidade de Reposição Automotiva foi a que apresentou maior crescimento, registrando avanço de 28% frente ao ano anterior Em seguida à contratação do novo diretor de Vendas & Marketing, Sidney Aguilar e consequente reestruturação de gerências estratégicas sob sua responsabilidade, como Vendas Automotivas, Industriais, Agrícolas, Exportação e Produto, a Gates iniciou processo de ajustes estruturais no atendimento ao mercado. A nova dinâmica empresarial atingiu as áreas de vendas e desenvolvimento de novos produtos, o que foi fundamental para manter o alto índice de confiabilidade dos distribuidores, revendedores e usuários finais, além de sua ampliação. Entre os principais destaques desse incremento foi o lançamento da linha AGR (Alternativa Gates para Reposição), composta por mangueiras hidráulicas, terminais e correias industriais destinada a aplicações de baixo custo e rápido consumo. Só em 2016, a empresa já vendeu quase 1 milhão de metros da nova mangueira. Outro fator que contribuiu muito para os bons resultados foi o crescimento nas vendas dos já consagrados Kits de Transmissão de Força. Neste ano foram comercializados mais de 240 mil kits compostos por correias e tensionadores. Para o 26- BORRACHAAtual

próximo ano, a Gates espera aumentar ainda mais sua participação no mercado nacional com o lançamento de produtos já no primeiro trimestre.

Cade aprova venda da Solvay Indupa para Unipar Carbocloro O Grupo Solvay obteve em 7 de dezembro passado a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para concluir a venda de sua participação acionária de 70,59% na Solvay Indupa para o grupo químico Unipar Carbocloro. A conclusão dessa transação, no valor de empresa total de 202,2 milhões de dólares conforme anunciado em maio deste ano, está prevista para as próximas semanas. A Solvay Indupa é produtora de PVC e soda cáustica no Brasil e na Argentina.

Resinas Dow ajudam na redução de custos logísticos Em resposta às pressões econômicas, operadores logísticos têm conseguido otimizar custos e evitar desperdícios por meio de filmes para unitização de alto desempenho. Elaborados a partir do investimento em pesquisa e desenvolvimento, os filmes para unitização (unificar diversas cargas), que utilizam resinas Dow, têm apresentado maior resistência e maior capacidade de estiramento (rendimento). “O processo de unitização de paletes é um fator crítico para a movimentação de cargas, pois muitos produtos são danificados durante o trajeto por falhas no processo logístico, o que aumenta o custo para a cadeia e diminui sua eficiência. Assim, investimentos constantemente para produzir resinas que possibilitem unitizar mais produtos com a mesma quantidade de filmes e que tenham mais resistência à perfuração, mantendo a integridade da carga”, afirma Miguel Molano, Gerente de Marketing de Embalagens Industriais e de Consumo para a América Latina.

Indústria química brasileira cai no ranking mundial A Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química - divulgou “O Desempenho da Indústria Química Brasileira” durante a 21ª edição do ENAIQ – Encontro Anual da Indústria Química, realizado no WTC Events Center, em São Paulo. Refletindo a grave situação do setor, a indústria química brasileira caiu da 6ª para a 8ª posição no ranking


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Notas e Negócios mundial, que considerou o faturamento de 2014, quando a indústria nacional faturou US$ 147 bilhões, para a oitava posição no ranking de 2015, quando a indústria faturou US$ 111,8 bilhões, sendo ultrapassada por Índia e França. Os primeiros colocados permanecem: China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Coreia do Sul. O setor químico brasileiro, no entanto, subiu para a terceira posição no PIB industrial, estimulado pela queda da indústria automobilística, representando 10,4% de toda a indústria de transformação. A indústria química brasileira deverá encerrar 2016 com um faturamento líquido de US$ 113,5 bilhões, segundo estimativa da Abiquim e associações específicas dos segmentos ligados ao setor.

Veículos na cor branca continuam em alta A PPG anunciou em novembro os resultados de sua pesquisa anual com as cores automotivas mais populares. O estudo mundial, que serve de base para saber quais serão as mais utilizadas nos próximos anos pela indústria automobilística, revela que os consumidores continuarão a preferir carros com tonalidades neutras. O brasileiro está em linha com os demais clientes da América do Sul ao querer a cor branca no momento da compra. Em menos de uma década, a procura pelo branco quase triplicou ao saltar de 13%, em 2009, para 37%, atualmente. Isso fez com que superasse o até então líder absoluto prata, que ficou estabilizado em 29% de procura. Em seguida, aparecem as cores preta (12%), cinza (10%) e vermelho (8%). Atualmente, cerca de 40% dos veículos de luxo no Brasil apresentam a cor branca. Já entre os populares, este índice chega a 35%.

Treinamento SENAI RJ

SENAI do RJ utiliza corte a plasma da Hypertherm em cursos Referência em soluções para corte industrial, a Hypertherm forneceu ao Instituto SENAI de Tecnologia de Solda, entidade de ensino situada no Rio de Janeiro (RJ), um conjunto completo de equipamentos para o corte a plasma. O pacote é formado pela fonte HyPerformance® HPR400XD, CNC Edge® Pro, controlador de altura ArcGlide® e software de nesting ProNest® 2017, além de pleno acesso à tecnologia SureCut™. Entre outras ferramentas, a SureCut™ conta com a True Hole®, que melhora a qualidade de furos em aço carbono, True Bevel®, para a configuração automática de cortes chanfrados, e Rapid Part®, que aumenta a produtividade do equipamento graças à otimização das rotas de corte. “Trata-se do estado da arte em termos de tecnologia para o corte a plasma”, resume Wagner Turri, líder de vendas da Hypertherm. 28- BORRACHAAtual

TMD/COBREQ lança lonas de freio para Volksbus A TMD Friction do Brasil coloca no mercado nacional de reposição lonas para os freios dianteiros (referência Cobreq 0546T) e traseiros (referência Cobreq 0549T) dos ônibus Volksbus 17.230 OD e 17.260 OD produzidos entre 2010 e 2014. O 17.230, com motor de 225 cv, e o 17.260, com motor de 256 cv, ambos com transmissão automatizada, são ônibus ideais para operações urbanas com grande volume de passageiros.

Colas, Adesivos e Selantes têm desempenho positivo A Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim lança o estudo de “Estatísticas do Segmento de Colas, Adesivos e Selantes”. O documento, desenvolvido pela Equipe de Economia e Estatísticas (ECON) da Abiquim


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Notas e Negócios e que contou com o importante apoio da Comissão Setorial de Colas, Adesivos e Selantes e a Equipe de Economia e Estatísticas (ECON) da associação, apresenta o perfil estatístico do segmento e tem o objetivo de dimensionar o consumo brasileiro desses produtos, incluindo a parcela da demanda que é coberta por importações e exportações. Conforme análise do consumo aparente nacional (CAN) apesar do agravamento e aprofundamento da crise econômica, política e financeira brasileira em 2015, houve elevação do CAN do segmento de colas, adesivos e selantes de 3,5% sobre o do ano anterior, diferentemente do que ocorreu com a indústria química como um todo, em que houve um recuo de 6,6% em 2015, comparativamente ao ano anterior.

calçados, construção civil, couro, descartáveis higiênicos, embalagens, fitas adesivas, gráfico, madeireiro, papel e celulose, dentre outras. “Há uma forte correlação da demanda de colas com o aumento da renda per capita da população brasileira e, consequentemente, do PIB. Vale ressaltar também a agregação de valor incorporada a esses produtos, não só relacionadas aos recursos naturais, como também de serviços e diferenciação de produtos que são ofertados pelas empresas aos consumidores”.

As parcelas que compõem o CAN tiveram os seguintes desempenhos: produção e exportações apresentaram crescimento expressivo, com taxas de 5,1% e de 10,7%, respectivamente, enquanto as importações recuaram 5,5%. Ou seja, houve elevação do share do produtor nacional em relação à demanda, na comparação com o produtor externo, representado pelas importações. Diferente da média da indústria química, cuja participação das importações é de cerca de 1/3 da demanda, o segmento de colas, adesivos e selantes tem uma participação de importados de 12% do mercado. A demanda total de produtos desse segmento está estimada em cerca de 380 mil toneladas. O CAN de colas, adesivos e selantes cresceu em média 1,6% ao ano, já a produção doméstica subiu 1,4% ao ano. Como no restante da química, no segmento de colas, adesivos e selantes, as importações cresceram a uma taxa superior, de 3,6% ao ano. O total produzido pela amostra de empresas consultadas na pesquisa chegou a 255,4 mil toneladas, das quais a maior parcela, 60% do volume, refere-se ao grupo colas e adesivos base água, o grupo de selantes/mástiques representa 14% do volume total produzido, as colas base solvente tem 12% da produção, o hot-melt representa 10% enquanto as outras colas têm uma participação de 4% da produção. Na produção total, em toneladas, por família de produtos tem destaque o desempenho das colas e adesivos base água, que tiveram uma evolução significativa, saltando de um volume de 97 mil toneladas produzidas em 2006 para 152 mil toneladas em 2015, crescimento de 57,6% de ponta a ponta, ou 5,2% ao ano, taxa expressiva para os padrões da indústria química. Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, na medida em que se melhora o acesso das famílias menos favorecidas a bens e produtos mais elaborados também há um aumento da quantidade demandada de colas e adesivos, uma vez que o segmento está presente na base de inúmeras cadeias industriais, destacando-se automobilística, borrachas, 30- BORRACHAAtual

Evonik tem nova sede em São Paulo Desde 19 de dezembro a Evonik, uma das líderes mundiais em especialidades químicas, está de casa nova. O endereço escolhido foi a torre A do moderno empreendimento EZ Towers, localizado na região do bairro Morumbi, em São Paulo. A nova sede abriga áreas administrativas e comerciais que antes estavam localizadas na região da Avenida Paulista. “A empresa estava dividida em 12 andares de lajes pequenas, o que dificultava a comunicação e integração entre os diversos setores. Agora em dois andares ligados por uma escada interna e com mais espaços, teremos um ambiente mais produtivo e inovador; com um aumento substancial de interação entre os diferentes departamentos da empresa”, declara Weber Porto, Diretor-Presidente para Região América do Sul e Central da Evonik.


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Notas e Negócios Foto

Jaguar apresenta concept-car elétrico I-Pace A Jaguar, marca britânica de veículos premium, inaugurou uma nova era em sua história com a apresentação do I-PACE, um carro conceito totalmente elétrico que estará disponível para venda em 2018. Os times de engenharia e design da Jaguar criaram um carro-conceito elétrico que combina com um design totalmente inovador. O resultado é um veículo de cinco lugares inteligente, que reúne o desempenho de um esportivo e a versatilidade de um SUV.

Produção da Braskem no Brasil bate recorde A Braskem bateu recorde de produção no Brasil durante o terceiro trimestre de 2016. A petroquímica registrou taxa média de utilização dos crackers de 96%, quatro pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado. A produção de eteno alcançou o recorde de 903 mil toneladas enquanto a de petroquímicos básicos atingiu 1,6 milhão de toneladas, alta, respectivamente, de 4% e 3% sobre igual período de 2015. Ao longo do terceiro trimestre, a Braskem observou sinais de retomada gradual do mercado brasileiro de resinas. A demanda por resinas foi de 1,3 milhão de toneladas, uma expansão de 6% quando comparada ao mesmo período do ano passado. As vendas da companhia totalizaram 890 mil toneladas, um crescimento de 3% em relação ao terceiro trimestre de 2015. Para fazer frente ao crescimento da demanda interna, a Braskem reduziu o volume de exportações de resinas, verificando queda de 7% na comparação com o trimestre anterior. Já as exportações de petroquímicos básicos atingiram 338 mil toneladas, 11% superior ao volume registrado no segundo trimestre do ano. 32- BORRACHAAtual

Randon anuncia queda na receita Os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2016 anunciados pela Randon S.A Implementos e Participações estão dentro de um contexto que aponta para uma recuperação longa e gradual da economia brasileira. A receita bruta total no período foi de R$ 808,7 milhões, 28,7% menor quando comparado a igual trimestre de 2015, somando uma receita bruta total acumulada de R$ 2,8 bilhões, o que significa uma queda de 10,6% em relação aos primeiros nove meses de 2015. A receita líquida trimestral ficou em R$ 570,2 milhões (-33,1%) e a consolidada somou em R$ 2,0 bilhões, 12,4% menor que a receita obtida mesmo período (R$ 2,3 bilhões). O mercado de semirreboques continua com a demanda bastante baixa e os volumes de produção e vendas permanecem nas mínimas históricas da última década. No terceiro trimestre de 2016, foram vendidas 2.300 unidades contra 2.989 no mesmo trimestre do ano anterior (-23,1%), por conta, principalmente, de um mercado proporcionalmente menor e da quebra da safra de grãos. No acumulado de 9 meses em 2016, o número de licenciamentos permanece mais próximo da estabilidade, com redução de 5,0%, ano contra ano. O volume de licenciamento de caminhões está apresentando maior estabilidade, mas o fraco desempenho deste segmento ainda exige que as montadoras façam ajustes de capacidade produtiva, numa tentativa de ficarem mais próximas do tamanho ideal para este mercado. A Randon vem se destacando como um importante fornecedor para o setor ferroviário que ganha cada vez mais relevância no país. Apesar das oscilações do mercado, os volumes dos últimos anos têm impulsionado este negócio dentre os segmentos de atuação da empresa. No entanto, pela sua característica, é comum que em alguns períodos haja redução nos volumes de produção, seja pela troca do modelo a ser produzido ou por alterações técnicas solicitadas pelos clientes, como ocorreu no terceiro trimestre encerrado com a entrega de 111 vagões (queda de 81,8% em relação ao mesmo período de 2015).

Grupo Solvay divulga resultados O Grupo Solvay obteve um faturamento de 2,9 bilhões de euros no terceiro trimestre de 2016, segundo anúncio feito em novembro pela companhia. O EBITDA ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – subiu 6% no período, alcançando 664 milhões de euros. O lucro líquido ajustado no trimestre foi de 247 milhões de euros. Segundo Jean-Pierre Clamadieu, CEO do Grupo Solvay, a empresa registrou um sólido terceiro trimestre,


com crescimento de 6% no EBITDA, margem recorde e forte geração de caixa. De acordo com as estimativas anteriores, a empresa prevê o crescimento do EBITDA ajustado para o ano entre 7% e 8% e um free cash flow superior a 700 milhões de euros.

Abiquim divulga vencedores do Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia Associação Brasileira da Indústria Química apresentou durante a 21ª edição do ENAIQ – Encontro Anual da Indústria Química, realizado no WTC Events Center, em São Paulo, os vencedores do Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia 2016, que prestigia a PD&I do País, reconhecendo projetos de inovação tecnológica na área química que demonstrem inventividade e criatividade. Os troféus foram entregues aos vencedores pelo deputado federal João Paulo Papa, novo presidente da Frente Parlamentar da Química. Na categoria Empresa, o prêmio foi concedido à Nortec Química, representada pelo gerente de P&D, Otávio Vianna

de Carvalho. A empresa foi premiada pelo projeto “Inovação na fronteira do conhecimento entre a Nortec Química e o Instituto de Química da UFRJ alavancando a tecnologia de fluxo contínuo na produção de fármacos de alta potência. Na categoria Pesquisador, o prêmio foi concedido às doutoras Denise Alves Fungaro, Suzimara Rovani e Luciana Cavalcanti de Azevedo, do Centro de Química e Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, pelo trabalho “Produção de Sílica Gel e Nanosílica de Alta Pureza a partir de cinzas da biomassa de cana-de-açúcar, com alto potencial de comercialização”. A sílica gel e a nanosílica de alta pureza podem ser usadas em tintas, polímeros, cerâmicas, revestimentos, pneus de carro, agentes de limpeza, filtros de água, catalisadores, entre outros. Na categoria Empresa Nascente de Base Tecnológica (Startup), o prêmio foi concedido à Integra Bioprocessos e Análises, representada pela diretora de Operações, Nádia Skorupa Parachin. A empresa foi premiada pelo trabalho “Beauty Yeast: produção de L-Ácido Lático em Leveduras Geneticamente Modificadas”, que visa a produção de um polímero de alto valor agregado utilizando um resíduo como matéria-prima, o Poli-L-Ácido Lático (P-L-L-A), polímero biodegradável utilizado na indústria de cosméticos e de bioplásticos. No projeto premiado o P-L-L-A é obtido pela

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Notas e Negócios polimerização de L-Ácido Lático produzido por leveduras geneticamente modificadas capazes de utilizar glicerol cru, um resíduo da indústria de biodiesel. O 21º Encontro Anual da Indústria Química (ENAIQ) teve patrocínio de Basf, Birla Carbon, Braskem, Clariant, Deten, Dow, DuPont, Elekeiroz, Kraton, Lanxess, Nitro Química, Oxiteno, Química Geral do Nordeste, Rhodia Solvay, Solvay Indupa, Sura Seguros, Ultracargo, Unigel, Unipar Carbocloro, Videolar-Innova e White Martins.

desde 2009 é aplicada uma sobretaxa de antidumping contra o produto chinês, o que fez as importações daquele país caírem de mais de US$ 200 milhões por ano para US$ 46 milhões, em 2015. Renovada em março passado, a sobretaxa por par importado da China está em US$ 10,22.

“Cummins Na Estrada” em Rondônia O caminhão itinerante “Cummins Na Estrada” chegou à região Norte, com parada estratégica em Rondônia/RO, mais especificamente nas cidades Cacoal e Ariquemes, para receber clientes, parceiros e acadêmicos com o objetivo de disseminar conteúdo sobre motorização Diesel e Grupos Geradores na região. Esta edição do “Cummins Na Estrada” que começou em Cacoal/RO, é realizada em parceria com o Distribuidor Cummins Noroeste, com sede em Manaus/AM e filial na capital Porto Velho/RO. Aconteceram palestras na Tozzo Bombas, dealer independente da Noroeste, com programação sobre serviços de manutenção em motores para os convidados e o Cummins Open Energy Day, uma ação que oferece mais conhecimentos sobre a instalação, operação e funcionamento de grupos geradores e sistemas de energia fabricados pela Cummins.

Abicalçados encontra-se com presidente Temer Com o objetivo de frisar a importância do setor calçadista para a economia nacional, uma comitiva da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) liderada pelos seus presidentes do Conselho e Executivo, Rosnei Alfredo e Heitor Klein, e composta por empresários dos principais polos calçadistas brasileiros, foi ao encontro do presidente Michel Temer em novembro passado. Segundo Klein, a reunião foi produtiva. “Na oportunidade, destacamos que o setor calçadista brasileiro, composto por quase oito mil empresas que geram diretamente mais de 300 mil postos, fora os indiretos no varejo, pode dar uma resposta rápida e ajudar o Brasil na saída para a crise econômica”, ressaltou o dirigente, acrescentando que, para isso, é preciso ter condições melhores de competitividade no mercado interno e no exterior. A China é considerada uma concorrente voraz dos calçados brasileiros, tanto no mercado interno, pelas importações, como no exterior, já que quase 70% das exportações de calçados no mundo são feitas pelo país asiático. Como forma de proteção no mercado doméstico, 34- BORRACHAAtual

Orion consolida produção na Coreia A Orion Engineered Carbons anunciou que planeja consolidar sua produção de negro de fumo na Coreia do Sul em sua fábrica de Yeosu nos próximos 20 meses, resultando no fechamento de sua fábrica em Bupyeong, em Incheon. “Após a revisão de nossas operações na Coreia, anunciamos a intenção de concentrar nossa produção coreana em um site que nos permitirá servir mais eficazmente o mercado doméstico coreano e os clientes de exportação da Ásia-Pacífico, bem como apoiar suprimentos para o resto do mundo “, disse Jack Clem, CEO da Orion. “As pressões de altos custos de mão-de-obra, o custo e a disponibilidade de matérias-primas essenciais e a contínua necessidade de melhorar a produtividade de nossa rede de produção são os principais impulsionadores dessa decisão, com detalhes a serem finalizados até o final do ano”. Clem acrescentou: “Durante a transição para Yeosu, a capacidade adicional será concentrada em produtos que atendam o mercado de borracha com maior especialização e tecnicamente mais exigente, apoiando a nossa estratégia de expandir nossa liderança na oferta de produtos de maior valor agregado exigidos por nossos clientes. A consolidação está prevista para ocorrer em meados de 2018. “


Quando concluída, a capacidade de 45.000 toneladas de Bupyeong será desmantelada e o local será reutilizado para uso comercial e residencial. A Bupyeong emprega 38 pessoas em suas operações de fabricação. Para obter mais informações, os clientes podem entrar em contato com o Sr. Morris Qian, Vice-Presidente da Linha de Negócios de Borracha de Negro de Fumo para a ÁsiaPacífico (Morris.Qian@orioncarbons.com) ou o Sr. Michael Hu, Michael.Hu@orioncarbons.com). Demais interessados podem contatar Diana Downey, Vice-Presidente de Finanças e Relações com Investidores (Diana.Downey @ orioncarbons.com).

COIM promove Imuthane

Na categoria Projeto Estudante, o primeiro lugar coube à estudante Luana Barbosa, do SENAC Santo André, que propõe a utilização das luvas Dupont™ Kevlar® (quatro fios de punho padrão) em marcenarias. Na categoria Proteção Química, foi laureado o Frigorífico Better Beef pelo Macacão Encapsulado Nível A Tychem® TK CA 9571 que passou a proteger os trabalhadores de possíveis vazamentos de amônia na Sala de Máquinas da companhia. A Pirelli foi a melhor colocada na categoria Proteção Térmica. Na categoria Corte e Abrasão, a montadora Nissan do Brasil, primeira colocada, obteve sucesso ao fornecer luvas de Kevlar® com nível 3 de proteção. A Sekita Agronegócios conquistou o segundo lugar ao adotar luvas de proteção com a tecnologia DuPont™ Kevlar®.

De olho na abertura de novos mercados na América Latina, a COIM - Chimica Organica Industriale Milanese – realizou em setembro um Seminário da Linha Imuthane, pré-polímeros de poliuretanos flexíveis, em Lima, no Peru. O objetivo foi apresentar sua linha de produtos nessa área para empresas fabricantes e fornecedoras de matériaprima. A marca projeta boas perspectivas neste mercado, segundo Roberto Imai, gerente de negócios. Segundo o gerente de negócios, o elastômero de poliuretano é um produto com grande potencial de crescimento na América Latina, o mercado é de aproximadamente 6.000 ton/ano, sendo que o Brasil corresponde a 40% do volume. Os produtos COIM se destacam pela qualidade e adaptabilidade para formação de diferentes materiais, como por exemplo, fabricação de peças de poliuretano para mineração, petróleo, indústrias de calçado, embalagem, bebidas, manutenção industrial, rodas, rolos industriais e gráficos, entre outros.

Prêmio DuPont de Saúde e Segurança do Trabalhador As empresas que mais investiram e inovaram em gestão de segurança e saúde do trabalhador foram reconhecidas na sexta edição do Prêmio DuPont de Saúde e Segurança do Trabalhador, promovido pela DuPont em parceria com as revistas CIPA e Proteção, em São Paulo, durante evento no Buffet Giardini. A disputa foi dividida em quatro categorias: Projeto Estudante, Corte e Abrasão, Proteção Térmica e Proteção Química. Os cases premiados serão publicados pelos veículos parceiros. “O evento reforça o compromisso da DuPont em incentivar que a segurança faça parte da cultura de todas as empresas”, diz Bruno Bezerra, gerente de vendas da DuPont para América Latina.

BASF oferece soluções sustentáveis A BASF tem definido padrões para revestimentos e processos ecoeficientes. No campo de tintas automotivas, um exemplo é o CathoGuard® 800, tinta de E-coat catódico aplicada como a primeira de várias camadas de tintas na carroceria do automóvel para protegê-lo contra a corrosão. Ele provou ser uma tecnologia de ponta no mercado global de E-coatings. Os E-coats CathoGuard® contribuem para uma maior durabilidade de milhões de carros, são à base d’ água e uma alternativa às formulações contendo estanho. Eles oferecem alta qualidade de superfície, proteção de borda ideal e excelente aparência de filme (throwpower), o que permite consumo eficiente de material. Eles são perfeitamente adequados para processos de aplicação integrada de tintas ecoeficientes em que a aplicação do primer é dispensada. BORRACHAAtual - 35


Notas e Negócios

Economia Circular. O passo necessário para negócios sustentáveis *Por Emiliano Graziano

Um dos principais desafios dos executivos atualmente é como tornar o seu negócio mais sustentável. Há algum tempo, a sustentabilidade deixou de ser um atributo auxiliar e passou a direcionar os modelos de negócios das empresas líderes de mercado. Nesse sentido, hoje percebemos que os avanços mais importantes são alcançados graças a temas e atividades vinculadas ao conceito de economia circular. Essa é a estratégia mais simples e direta para reduzir o desperdício dos recursos – uma vez que sua atuação se amplia para toda a cadeia de valor – e gerar novas oportunidades de negócios. Economia circular é muito mais do que a gestão de resíduos. O conceito engloba manter os recursos em uso o maior tempo possível, minimizar sua disposição, utilizar de maneira mais eficiente possível, recuperar e regenerar produtos e materiais em todo o seu ciclo de vida. O modelo exige mudanças substanciais em termos de tecnologia e, principalmente, de comportamento de todos nós. Para isso, o pensamento circular não deve ser limitado às operações internas de uma empresa. Um conceito de economia circular atuante tem que considerar o produto, o processo, o uso e o seu sistema de reutilização desde a concepção. Ele deve incentivar as empresas a pensar não só em sua etapa de produção individual, mas, sim, considerar toda a cadeia de valor para o seu desenvolvimento, uso, descarte e reuso de produtos. A economia circular é uma tendência relevante principalmente nos setores de transporte, agricultura e construção. No setor do transporte, as tendências de conectividade, a condução autônoma e o aumento de carros elétricos devem permitir aos fornecedores de serviços de mobilidade oferecer opções de transporte coordenado. Já as mudanças na cadeia da agricultura, provavelmente, seriam menos disruptivas. As inovações nos sistemas de tecnologia de informação podem facilitar a agricultura de precisão e criar a oportunidade de coordenar as cadeias de suprimento totalmente digitalizadas, o que reduz a quantidade de desperdício de alimentos ao longo de toda a cadeia. Além disso, as mudanças podem conduzir a uma maior eficiência dos recursos e também a práticas agrícolas regenerativas, que permitam um melhor ciclo dos nutrientes, inclusive com a integração com tecnologias de outras indústrias. Uma delas é a de embalagens, com a utilização de plásticos biodegradáveis para o acondicionamento de resíduos orgânicos - que possibilitam a sua compostagem e um reaproveitamento dos nutrientes. 36- BORRACHAAtual

Finalmente, na cadeia da construção, já vemos a influência das novas tecnologias, como a impressão 3D e os processos de construção industrial na fábrica, o que significa que desde o desenvolvimento dos materiais se procura economizar recursos como água e energia, por exemplo. O setor da construção também está mudando devido às novas formas de distribuição residencial, escritórios compartilhados e o trabalho remoto. O conceito de economia circular afeta as empresas, produtos e serviços de diferentes maneiras. Com sua capacidade de inovação, o setor químico desenvolve um papel fundamental quando se trata de processos de novas soluções. A BASF, como a companhia química líder mundial em inovação, não é alheia às tendências globais e, por isso, desenvolveu duas táticas que estão sendo usadas na América do Sul. São elas: Keep it Smart (Mantenha o Processo Inteligente) e Close the loops (Conecte os pontos).

Keep it Smart é o uso inteligente das soluções para aumentar a eficiência dos processos em toda a cadeia e tornar os produtos mais eficazes. Um exemplo disso é o conceito Verbund da BASF. O sistema cria cadeias de valor eficazes desde os químicos básicos até produtos de valor elevado, tais como pigmentos e produtos de proteção ao cultivo. Para produzir essa variedade de soluções, os coprodutos de uma planta são utilizados como matérias-primas de outra. Neste sistema, processos químicos consomem menos energia, criam menos resíduos e, como consequência, preservam recursos. Já a tática Close the Loops refere-se aos resíduos e coprodutos que são transformados em recursos que podem ser reutilizados no mesmo processo ou modificados para contribuir para processos diferentes. Um exemplo disso é a reutilização dos metais preciosos recuperados após o fim da vida dos catalizadores automotivos, que podem ser usados novamente na produção de catalisadores ou outros produtos. A transição de uma economia linear para um modelo circular traz alterações significativas nos modelos de negócios e nas atividades de muitas indústrias. O grau e velocidade de “circularidade” dependerão do ritmo do desenvolvimento tecnológico, incentivos regulatórios, novos modelos de negócios, disponibilidade de investimentos e da disposição dos consumidores e do setor empresarial para mudar o seu comportamento.

* Emiliano Graziano, gerente de sustentabilidade da BASF para América do Sul


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ABTB

Atuação Voluntária ao longo de 41 anos A ABTB, ao longo de seus 41 anos de fundação, contou com diretorias compostas por empresários do setor de borracha que atuaram de forma voluntária, juntamente com seus associados, tanto as pessoas físicas como jurídicas e empresas do segmento que se identificaram com sua missão, somando forças para congregar todos os que no Brasil se dedicam a desenvolver a tecnologia da borracha e suas atividades afins, promover o progresso e a divulgação dos conhecimentos por meio de reuniões de estudo, pesquisas, cursos, seminários, congressos, publicações, mantendo intercâmbio com técnicos e associações técnicas, universidades e centros de pesquisas brasileiros e estrangeiros. A ABTB atua nos polos de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e desde 2014 está atuando no polo de Minas Gerais com o apoio do Sinborminas na figura do seu presidente e tradicional empresário do setor, Sr. Roland Von Urban e do Senai Contagem CFP Euvaldo Lodi. Entre Congresso, Encontros Tecnológicos, Cursos e Workshops a informação foi difundida a 922 pessoas representando as empresas ABC Borrachas, ABF, Andino, Arbolite, Ameron, ASFI, CBPol, Agel Anéis, Arlanxeo, Amazonas, Anilbras, Artbor, Bins, Basile Química, Bins, Birla Carbon, Borbonite, Borracha Brasil, Borrachas N S O, Borrachas PCR, Borrachas Planalto, Borrachas Wolf, Borroz, Brentag, Borvultex, Brentag, Cabot, Camelback, Caribor, Centro Federal de Educação Tecnológica MG, Cia do Metropolitano de SP, Cia. Siderúrgica Nacional, CNH Industrial, Controil, Consultores, Continental, Copé, Convip, Cya, Dalton, Daikin, Decabor, Delquímica, Dicetti, Dinaflex, Del Rey Minerals, DTR VMS Brasil, Ecobor, Ecope, Evasola, Embralec, Flexlab, Frenzel, Fiat Chrysler, Fragon, Freios Controil, Have e Boecker, Gates, Hard Com. Fixadores, Gato Elastômeros GM, GMSM/Flatway, Hypermaq, Inabor, Indubor, Ingabor, Inoquímica, Instituto Federal de Pernambuco, Ion Compostos, Interquímica, Instituto Senai, Iveco, Instituto Politécnico, Jacto, Joaneta, Killing, Kuraray, Lev Termoplásticos, Lion Polimers, LPM, LT Químicos, Luciane tecnologia em vedações, 38- BORRACHAAtual

Magma-Mix, Marangoni, MGBor, Molinaplast, Mvem Ind. Com., Mercur, Microjuntas, Microniza, MSM Solados, Newplac, Netzsch, Nitriflex, Nitrile, NGT, Nynas, OM Ind.Com. Artefatos, Parabor, Pirelli, Pinheiro e Santos Ltda, Plena, Pollyrubber, Progomme, Proquitec, PUCRS, Pirelli, Prisma Montelur, Progomme, PUCRS, Quantiq, Quisvi Química, Ragobor, Retilox, Real Polymers, Reval Bombas, Revista Borracha Atual, Rhodia/Solvay, Ritz MG, Ruberplast, Rubber Trade, Rubberflex, Rubberart, Rebor, Reweflon, Rinaldi, RPD Borrachas AMW Borrachas, Roffebor, SENAI Euvaldo Lodi, SENAI Mário Amato, TA Insctruments, Seriac, SI Group, Stick, Techseal, Tec Revest, UFMG, UMA, Unifesp, USP, UFRGS, Unique, Valbrasil Service, Vibtech Indl, Viflex, Vizatech, Vipal, Vibor Borrachas, V.R. Prods. p/calçados, Weatherford, Wutec, Zaccaria. e contando com o patrocínio das empresas Arlanxeo, Cya, Daikin, Kuaray, Nynas, Rhodia/Solvay, Sinborminas, Sinborsul, Apoio FIESC SENAI/SC - Unidade Joinville, Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros - Sistema Fiergs e Senai Contagem CFP Euvaldo Lodi. Destacamos a participação do professor Valdemir José Garbim que se disponibilizou, desde o ano passado, a realizar voluntariamente mais de oito palestras e cursos pela ABTB. Ao total de palestras e cursos nos polos de SP, SC, RS e MG o Professor Garbim reuniu 400 pessoas. No polo de Santa Catarina houve um recorde de participantes reunindo 98 pessoas para o Curso Básico de Borracha durante dois dias. A pesquisa de opinião reafirmou o sucesso do evento e todos parabenizaram a ABTB por convidar um profissional com uma didática exemplar para apresentar os conteúdos em questão. E abrangendo todos os polos Professor Garbim atuou também no Rio Grande do Sul através da realização do Workshop da Borracha. Ainda neste ano de 2016 foi feito um convênio com a “Rubber Division” dos EUA que é um marco na história da ABTB, pois através dele os estudantes brasileiros poderão ser inscritos, sem custos, como “Students Membership” na própria “Rubber Division” recebendo gratuitamente, entre outros benefícios,

a assinatura do periódico Rubber Chemistry and Technology. Além disso, a associação dispensará estes mesmos estudantes do pagamento da mensalidade até dezembro de 2017. A celebração deste convênio exigiu um esforço muito grande da ABTB e da “Rubber Division”, com destaque especial ao Sr. Jorge Battastini, gerente cultural do polo Sul e da Sra. Heather Maimone - Rubber Division, que foram os principais articuladores desta ação. Em 2017 a ABTB sediará as Jornadas XIV Jornadas Latinoamericanas de Tecnología del Caucho, que serão realizadas de 08 a 10 de novembro no Hotel Deville – Porto Alegre/RS e as Pré Jornadas dias 06 e 07 do mesmo mês no Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros – São Leopoldo/RS Contamos com os seguintes associados na gestão 2014/2016: Diretoria Executiva Presidente: Henrique de Oliveira Brito Vice-Presidente: Fernando Genova Diretor Tesoureiro: Lucas Leonardo Suplente de Diretor Tesoureiro: Eduardo Clauson Diretor Secretário: Cleber Fernandes Suplente de Diretor Secretário: Edgar Citrinite Diretor Cultural: Antonio Roberto Demattê Suplente de Diretor Cultural: Miguel Fernando Rovesta ABTB Regional Sul Gerente Executiva: Viviane Meyer Hammel Lovison Gerente Administrativo: André Mello Guimarães Mautone Gerente Cultural: Jorge Battastini A ABTB convida-o a conhecer mais detalhes de suas atividades e benefícios em tornar-se associado. Contate-nos e conheça nossas páginas nas redes sociais e website. São Paulo | abtb@abtb.com.br | (11) 5589.8713 Regionais Sul e SC | abtb_regionalsul@abtb.com.br | (51) 3589.6673 Minais Gerais | abtb@abtb.com.br | (11) 5589.8713 www.abtb.com.br | fc.com/abtbtecnologia linkedin.com/in/abtbtecnologia


ABTB 40 anos

BORRACHAAtual - 39


Matéria Técnica

Nanotecnologia Aplicada em Compostos de Borracha Por: Luis Antonio Tormento

A nanotecnologia está rapidamente se tornando uma

Hoje em dia, os materiais poliméricos são aplicados em

tecnologia-chave do século 21. A nanotecnologia pode ser

quase todos os setores da nossa vida, com potencial para

definida como a engenharia da matéria em escalas menores

o desenvolvimento de tecnologias futuras. Em contraste

que 100 nanômetros (nm) para alcançar propriedades e

com materiais metálicos e cerâmicos, os polímeros são

funções dependentes do tamanho.

relativamente baratos; podem ser facilmente processados, pois precisam de menos energia para a produção e

Mitos estão aparecendo no mercado de nanotecnologia,

moldagem, e têm uma variedade de aplicações como:

mas a realidade é que a nanotecnologia não é um

têxteis, blindagem eletromagnética, revestimentos, peças

mercado, mas uma cadeia de valor. A cadeia compreende

automotivas, aparelhos eletrônicos e domésticos etc.

nanomateriais

(nanopartículas),

(revestimentos,

compostos,

finalmente,

levando

roupas, aviões, robôs).

a

nanointermediários

tecidos

nano-produtos

inteligentes) (para

e,

A indústria da borracha pode se beneficiar de nanotecnologia.

carros,

O uso de nanocompósitos de borracha pode ser vantajoso sobre compostos de borracha convencionais, por exemplo:

Entendendo sobre tamanho

40- BORRACHAAtual


menor peso; melhores propriedades de materiais e novas

alcançados através da compreensão dos diferentes princípios

funcionalidades, tais como retardadores de chama, ação

fundamentais são refletidos no aumento do financiamento do

antimicrobiana; e, um processamento mais fácil. Recentemente,

governo, no desenvolvimento de iniciativas e no interesse de

elastômeros-nanocompósitos reforçados com baixa fração

pesquisa corporativa. O resultado dos avanços tecnológicos

volumétrica de nanopartículas têm atraído grande interesse

são as melhorias em produtos existentes, criação de novos

devido às suas propriedades fascinantes. A incorporação de

produtos e linhas de produção com alternativas de processo

nanopartículas, tais como nanotubos de carbono, nanofibras,

superiores e alteração na dinâmica e estrutura de custos.

carbonato de cálcio, óxidos de metais ou nanopartículas de sílica em elastômeros, melhora significativamente suas

Enchimentos/Reforçamentos de escala nano, tais como negro

propriedades térmicas, dinâmicas, propriedades de barreira,

de fumo e sílica, são essenciais para que a borracha tenha

retardamento de chama etc.

as necessárias propriedades de uso, tais como resistência à abrasão, resistência ao rasgo e propagação do rasgo.

O tamanho muito pequeno das partículas e sua grande área de interface produzem extraordinária melhoria das propriedades

Iremos detalhar aqui várias aplicações potenciais para

em uma ampla gama de materiais de borracha. A dispersão

esta tecnologia emergente na indústria da borracha, bem

uniforme de nanopartículas em matrizes elastoméricas é um

como delinear alguns dos desafios que faltam para os

pré-requisito geral para alcançar ótimas características físicas

nanocompósitos ganharem impulso, como por exemplo

e mecânicas.

questões de custo. As nanopartículas são relativamente mais caras do que os materiais convencionais. A longo prazo,

A comercialização da Nanotecnologia está caminhando para

os efeitos positivos da nanotecnologia no que diz respeito à

uma transformação de grande alcance. Os avanços científicos

borracha se tornarão visíveis.

Sobre que tamanho estamos falando?

BORRACHAAtual - 41


Matéria Técnica Tamanho da matéria

são dependentes de commodities, como

etapas de processamento e adição de

minerais, metais e borracha natural.

valor antes de chegar aos consumidores

Em nanotecnologia não estamos falando

Para

finais,

de tamanho, ou sua dimensão. Estamos

esta posição da cadeia de valor pode

querem identificar o tipo de plástico ou

falando do que podemos fazer com isso

aumentar a magnitude com que eles

o composto a partir do qual o produto

e entendendo os efeitos de:

experimentam algumas das tendências

comprado

Gravidade

globais de mercado.

artefatos, portanto, não são limitados

Fricção

Combustão

Mais do que outros produtos da cadeia

qualidade da fonte de materiais- eles

Eletrostática

de valor, borracha, plástico e compósito

têm flexibilidade para alterar seus

Forças de Van der Walls

são versáteis e têm aplicações em uma

insumos de acordo com fatores como

Movimento Browniano

ampla gama de indústrias e produtos.

disponibilidade e custo.

os

produtores

de

artefatos,

que

raramente

é

feito.

podem

Fabricantes

ou

de

por sensibilidade de consumo ou por

Consequentemente,

Em relação ao tamanho temos os seguintes efeitos:

o

desequilíbrio

no poder de negociação entre os Gravidade, fricção, combustão

produtores primários e os produtores

Gravidade, fricção, combustão, eletrostática

secundários pode ser muito maior do

Micrometro:

Eletrostática, van der Walls, Browniano

que para outros grupos.

Nanômetro:

Eletrostática, van der Walls, Browniano, Mecânica Quântica

Centímetro: Milímetro:

Mecânica Quântica

Angstrom

A nanotecnologia pode ser descrita como:

Esta versatilidade cria tanto benefícios como problemas para os produtores

Nano (metrologia)

de artefatos. Por um lado, eles têm

Ciência em nanoescala (efeitos)

muitas

Tecnologia em nanoescala

materiais, reduzindo sua exposição

(fabricação)

a riscos associados com a demanda

Nanotecnologia molecular (química)

do consumidor e flutuações de preços.

opções

para

vender

seus

Por outro lado, eles enfrentam uma Com relação ao mercado da borracha,

quantidade significativa de competição

quais os processos que afetam os

entre indústrias de materiais de mercados.

compostos e produtos de borracha? Como

exemplo

podemos

citar:

Produtores

de

artefatos

podem

Encapsulamento, Nanopartículas, Nano-

também enfrentar forte concorrência

compósitos e Química de superfície.

de diferentes tipos do mesmo artefato; por exemplo: um concorrente é capaz de reduzir o custo de um artefato de

Nanotecnologia no setor de borracha

alta qualidade ou melhorar a qualidade

Tecnologia em borrachas, plásticos e compósitos Tecnologia e inovação também têm um papel muito diferente na produção dos artefatos de borracha. Por um lado, os produtores de materiais são limitados na sua capacidade de mudar seus materiais através da inovação, porque as propriedades dos produtos feitos com estes materiais são mutuamente dependentes das propriedades das matérias-primas dos materiais. Inclui-se então produtos químicos e cargas de reforço/enchimento, e os processos

tecnológicos,

tais

como

métodos de produção e tratamentos secundários, utilizados pelos fabricantes

de um artefato mais barato. Como resultado deste elevado grau de

de artefatos.

Borrachas, plásticos e compósitos

concorrência, produtores de artefatos

Caso um novo material exija significativa

são itens primários na cadeia de

normalmente

forte

mudança nos processos e tecnologias

valor - geralmente, compreendem

pressão descendente sobre os preços,

- utilizadas em níveis mais elevados

a

especialmente quando aparecem novas aplicações ou novos mercados.

da cadeia de valor - não pode ser

primeira

inicia

fase

qualquer

competitiva.

em

que

se

diferenciação

experimentam

adotado por fabricantes de artefatos. Assim, oportunidades em inovação de

Consequentemente,

eles são frequentemente sujeitos à

Os artefatos são parte de uma cadeia

materiais nesse mercado geralmente

comoditização

de

de valor muito maior do que outras

ocorrem de duas maneiras. A primeira

produtos, enquanto, simultaneamente,

commodities; são submetidos a várias

é o desenvolvimento de propriedades

42- BORRACHAAtual

por

fabricantes


superiores ou materiais substitutos mais

preta são geralmente feitos com

lixiviação de aterros. O óxido de zinco

baratos. A segunda é o contexto em que

negro de fumo, enquanto produtos de

também pode entrar no ambiente

um novo material é inicialmente adotado

borracha de cor clara são feitos com

durante o uso de pneus. Estes riscos

por um nicho de mercado e, ao longo

sílica, que podem ser relativamente

ambientais, bem como a legislação,

do tempo, é capaz de obter ganhos de

caros e têm um tempo de cura longo.

tais como os requisitos de identificação

desempenho e efetividade de custo para

Cargas

como

ecológica da CEE para pneus, criaram a

se infiltrar em mercados tradicionais.

argilas, talco e caulim, podem ser uma

demanda por produtos de borracha com

fonte de sílica mais barata; quando

reduzido teor de óxido de zinco por um

utilizadas como enchimentos naturais

fator de 10 a 20.

A

nanotecnologia

oportunidades

aos

pode

fornecer

produtores

de

nanoparticuladas

borracha, plástico e compósitos com

da

baixo risco, aumentando o

valor da

propriedades mecânicas compatíveis

A nanotecnologia também pode permitir

mercadoria com aditivos ou processos nanotecnológicos. nanotecnologia

Além pode

borracha,

mostraram

produzir

com a sílica convencional. Nanotubos

o uso de borracha natural em novos

disso,

a

de carbono geram muito interesse

mercados. Por exemplo, alguns grupos

permitir

o

como enchimentos para compostos de

estão pesquisando e desenvolvendo

desenvolvimento de novos materiais

borracha de alto desempenho, devido

a adição de ferro, níquel, e outras

que podem substituir a borracha natural

a maiores propriedades mecânicas,

nanopartículas magnéticas na borracha

e plásticos usados atualmente.

elétricas e térmicas.

natural para alterar suas propriedades elétricas e magnéticas- desta forma,

Aplicação de

Potencial implicação

aumentam o potencial para serem

nanotecnologia

em commodities

utilizados em eletrônica, remediação

Nanoaditivos e cargas para materiais com

Movimento da cadeia de valor

ambiental e outras indústrias.

melhora na vulcanização e propriedades físicas, Pode-se também criar produtos de

térmicas e elétricas.

borracha de maior valor agregado. Por Melhoria na produção

Melhorias baseadas em nanotecnologia para

exemplo, nos EUA a “Nanoproducts Corporation” tem usado PureNano,

máquinas e outros equipamentos de produção.

um aditivo a base de carboneto de Novos mercados industriais

Materiais nano-reforçados com melhores

silício aditivo para produzir pneus com

propriedades térmicas, magnéticas, ou elétricas

melhor resistência à derrapagem e 50

para utilização em eletrônica, remediação

% menos abrasão em relação a pneus

ambiental, plásticos biodegradáveis em base

convencionais.

nano, e outras indústrias. Muitos grupos estão pesquisando nanoRedução na demanda

Nanoargilas, aero-géis, e materiais de

argilas e aero-géis como alternativas

engenharia substitutos.

para a borracha. Nano-géis e nano-

Redução na demanda devido à durabilidade

argilas

dos materiais nano-reforçados.

para reduzir a quantidade de borracha

estão

sendo

desenvolvidos

necessária em pneus de carros e aumentar a sua vida útil.

Nanotecnologia aplicada em artefatos de borracha Produtos

de

borracha

O

óxido

de

zinco

é

atualmente

Estes materiais também podem ser

adicionado aos compostos de borracha,

usados como um substituto para

para reduzir o tempo de vulcanização e

a

borracha

em

aplicações

como

são

melhorar as propriedades da borracha.

luvas médicas.

normalmente feitos com diferentes

Compostos de zinco solúveis podem ser

Há uma série de fatores determinantes da

tipos de borracha e cargas de reforço/

tóxicos para os organismos aquáticos e

adoção de nanotecnologia na indústria

enchimento naturais/ sintéticas que

podem ser liberados no meio ambiente

de polímeros dos países desenvolvidos.

permitem reforçar a borracha após a

durante a produção da borracha e

Um deles é a globalização que conduz à

vulcanização. Produtos de borracha

sua reciclagem, bem como através da

fabricação de produtos com polímeros BORRACHAAtual - 43


Matéria Técnica

Vantagens das nanopartículas

de baixa tecnologia em regiões em desenvolvimento, como China, Índia e América Latina, onde há uma abundância de mão de obra barata e crescente demanda dos mercados para

1) Redução de peso devido ao baixo

todos os produtos, em comparação com países desenvolvidos, onde os mercados estão crescendo lentamente.

nível de carga das partículas nano. 2) Propriedades do material melhoradas (ou seja, mecânica,

Além disso, fatores sócio-políticos, conflito específico entre os EUA e as nações produtoras de petróleo do Oriente Médio, são

térmica, elétrica). 3) Novas funcionalidades

fatores determinantes para novas fontes de insumos químicos e

(antimicrobiana, barreira,

energéticos; combinados com o aumento da energia e crescentes preocupações ambientais estão direcionando o interesse para

retardante de chamas). 4) Os artefatos de borracha exibem

outras matérias-primas para a fabricação de polímeros, assim

as seguintes características:

como para métodos com menos consumo de energia, menos

Alta elasticidade (> 300%)

desperdício e técnicas mais precisas de manufatura.

Material forte, flexível

Propriedade de amortecimento

Nanotecnologia pode ter grande aplicação em polímeros

(Energia)

biodegradáveis feitos com materiais naturais, como proteínas e amidos. É provável que a demanda por esses polímeros

Preparação de nanocompositos de borracha

biodegradáveis aumente, devido à demanda por produtos mais ecológicos e devido ao crescente preço do petróleo. Atualmente, o uso destes polímeros é limitado pelo seu pior desempenho em comparação com polímeros à base de petróleo.

Três técnicas são relatadas quanto ao uso de nanotecnologia em borracha:

Polímeros biodegradáveis feitos com proteínas e nanoaditivos à base de argila, no entanto, demonstraram

Mistura sólida

propriedades mecânicas e térmicas significativamente

Mistura em solução

melhores, em comparação com polímeros bio-degradáveis

Mistura de látex

tradicionais. Mistura Sólida: A borracha é misturada com a carga em Numerosas aplicações de nano-tecnologia podem também

misturadores de alto cisalhamento (ex. moinho de rolos,

ser usadas para adicionar valor aos plásticos existentes.

misturador interno).

Por exemplo, nanopartículas que funcionam como agentes

A dispersão da carga (nano ou micro) depende da força de

de nucleação podem ser adicionadas a produtos plásticos

cisalhamento, tempo de mistura, temperatura de mistura,

para criar produtos mais finos, e assim produzir recipientes

natureza do material de enchimento (modificado ou não

para alimentos mais baratos, materiais de embalagem com

modificado).

melhores propriedades, ou uma série de outros materiais com

Mistura em Solução: A carga dispersa em solução de borracha,

melhor resistência ao calor, resistência, baixo peso, e outras

em seguida, é seca ou precipitada.

propriedades.

A dispersão da carga depende da natureza da mesma, tipo de solvente, velocidade de solidificação.

Portanto, a nanotecnologia em borracha não é mais um mito, mas uma realidade. No entanto, é necessário estabelecer

Mistura na fase látex: A suspensão da carga em água é

uma cooperação entre os institutos de pesquisa, agências de

misturada com o látex (emulsão de partículas de borracha

financiamento e indústrias o mais rapidamente possível para

/ água) e em seguida coagulada com eletrólito. A dispersão

se alcançar um rápido crescimento do mercado.

depende da taxa de coagulação da borracha e da carga.

44- BORRACHAAtual


Exemplos de propriedades melhoradas em artefatos de borracha

Exemplo de aplicações

com o uso de nanotecnologia - Bolas esportivas - Aumento da resistência ao rasgamento

Tensão melhorada, desgaste menor – maior durabilidade Propriedades de barreira aumentadas, maior retenção de gases - Fios e cabos Melhoria na resistência à chama/queima - Correias de borracha Melhora na resistência à fadiga Custo

- Permeabilidade aos gases

O custo pode ser uma limitação na fabricação

de

nanocompósitos

de

borracha, o baixo custo de produção precisa

ser

desenvolvido.

Algumas

propriedades ainda são deficientes. Referências Bibliográficas: http://www.e-booksdirectory.com/listing. php?category=238 http://www.intechopen.com/subjects/ O caminho de passagem torna-se mais tortuoso, reduzindo a dissipação - Resistência a chama/combustão melhorada - Resistência ao desgaste aumentada

nanotechnology-and-nanomaterials http://www.azonano.com/book-reviews-index.aspx http://www.avanzare.es/ http://www.industryweek.com/emergingtechnologies/nanotech-innovation-adds-newstrength-rubber-industry http://dyuthi.cusat.ac.in/xmlui/bitstream/handle/ purl/943/Full%20paper%20PDF.pdf?sequence=6 http://nanopinion.eu/sites/default/files/briefing_ no.23_nanotechnology_in_automotive_tyres.pdf http://www.4spepro.org/view.php?article=0046552013-01-30&category=Composites http://shodhganga.inflibnet.ac.in:8080/jspui/ bitstream/10603/1406/10/10_chapter%204.pdf http://www.tntconf.org/2010/abstracts_TNT2010/ TNT2010_Guzman.pdf http://nadeeshadassooriya.com/docs/ZnO%20 nano.pdf http://doc.utwente.nl/41718/1/thesis_Heideman.pdf

BORRACHAAtual - 45


Classificados

LT QUÍMICOS

Atuando nos mercados de Borracha e Plástico.

Trabalhando com uma ampla linha de produtos: -

Poliuretanos Sólidos para revestimento de cilindros, petróleo e calçados. Mídias para rebarbação criogência de peças de borracha. Mídias para limpeza de moldes. Equipamentos para rebarbação criogênica e para limpeza de moldes. Aditivos para PVC. Negro de fumo. Óxido de zinco ativo e nano óxido de zinco Av. Pedro Severino Jr. 366 - cj. 35 - São Paulo/SP info@ltquimicos.com.br - www.ltquimicos.com.br Tel: (11)

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BORRACHAAtual - 47


Frases & Frases

“As cidades deveriam ser construídas no campo: lá o ar é muito mais puro.” Henri Mounier

“Não serve de nada para o homem ganhar a Lua se vier a perder a Terra.” François Mauriac

“O homem pode subir os mais altos cumes, mas não pode manter-se lá por muito tempo.” George B Shaw

“Fazer uma lei e não fazer com que seja cumprida é autorizar a coisa que se quer proibir.” Armand Jean du Plessis

“A felicidade está nos mais simples gestos.” George Gordon

“Onde a escolha começa, acabam o paraíso e a inocência.” Arthur Miller

“Não se pode fazer o certo em uma área da vida, enquanto ocupado em fazer o errado em outra.” Mahatma Gandhi

“Todo êxito encobre uma abdicação.” Simone de Beauvoir

“A língua é um membro pequeno que tem grandes pretensões.” São Tiago

“Os momentos de crise produzem um aumento de vida para os homens.” François René de Chateaubriand

“Vivas intensamente o Presente e chegarás plenamente ao Futuro.” Tony Flags

“Permita que a discrição seja sua tutora; ajuste a ação à palavra e a palavra à ação.” William Shakespeare

“Escolher uma parceira é demasiado perigoso. Arranje uma companhia.” Charles Bright

BORRACHAAtual - 48



2017 FEVEREIRO

• Iniciação à Tecnologia da Borracha - Modulus Assessoria Técnica e Treinamentos em Borracha – São Paulo / BRASIL

09 e 10 – informações: Tel: 11 4226-4443; treinamentos@modulusconsultoria.com.br modulus@modulusconsultoria.com.br; ou acesse www.modulusconsultoria.com.br

• Future Tire Conference 2017 - Colônia / ALEMANHA

27 a 28 – informações: www.tyre-conferences.com - Katherine Hampson (Marketing):

MARÇO • Reometria - Modulus Assessoria Técnica e Treinamentos em Borracha – S. Paulo/ BRASIL

khampson@crain.com - Tel +44 (0) 208 253 9609 ; ou Donna Bushell: dbushell@crain.com / Tel +44 (0) 208 253 9626

AGOSTO

10 – informações: Tel: 11 4226-4443; treinamentos@modulusconsultoria.com.br modulus@modulusconsultoria.com.br; ou acesse www.modulusconsultoria.com.br • Plástico Brasil - Feira de Plástico e Borracha – S. Paulo/ BRASIL

20 a 24 – das 10h às 19h. Local: São Paulo Expo. Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 Informações: www.plasticobrasil.com.br • WRS - World Rubber Summit 2017 - Singapura / MALÁSIA

22 a 23 – Informações: +65 6403 2521

• Estudo dos Elastômeros de EPDM - Modulus Assessoria Técnica e Treinamentos em Borracha – S. Paulo / BRASIL

04 –

informações: Tel: 11 4226-4443; treinamentos@modulusconsultoria.com.br modulus@modulusconsultoria.com.br; ou acesse www.modulusconsultoria.com.br

SETEMBRO

www.worldrubberweek.com - jermaine.tan@singex.com

ABRIL

• Iniciação à Tecnologia da Borracha - Modulus Assessoria Técnica e Treinamentos em Borracha – São Paulo / BRASIL

14 e 15 – informações: Tel: 11 4226-4443; treinamentos@modulusconsultoria.com.br modulus@modulusconsultoria.com.br; ou acesse www.modulusconsultoria.com.br

• Forneça para Cadeia Automotiva - Modulus Assessoria Técnica e Treinamentos em Borracha – S. Paulo / BRASIL

04 e 06 – informações: Tel: 11 4226-4443; treinamentos@modulusconsultoria.com.br modulus@modulusconsultoria.com.br; ou acesse www.modulusconsultoria.com.br

• 3rd North American Tire & Retread Expo - New Orleans, LA / EUA

• Rubbertech CHINA 2017 – Shangai / CHINA

20 a 22 – Informações: www.rubbertech-expo.com

OUTUBRO

19 a 21 – informações: www.usatireexpo.com - info@usatireexpo.com Tel: +1 (786) 293.5186

• Spring Technical Meeting – 191st Technical Meeting, New Orleans, LA / EUA

25 a 27 – Doubletree by Hilton, 3663 Park E. Dr., Beachwood, OH 44122. Informações: www.usatireexpo.com - info@usatireexpo.com e Tel: +1 (786) 293.5186

MAIO • Formação de Vendedor Técnico para o Mercado de Borracha - Modulus Assessoria Técnica e Treinamentos em Borracha – S. Paulo / BRASIL

11 e 12 – informações: Tel: 11 4226-4443; treinamentos@modulusconsultoria.com.br modulus@modulusconsultoria.com.br; ou acesse www.modulusconsultoria.com.br

• Estudo dos Aceleradores de Vulcanização - Modulus Assessoria Técnica e Treinamentos em Borracha – S.Paulo / BRASIL

06 – informações: Tel: 11 4226-4443; treinamentos@modulusconsultoria.com.br modulus@modulusconsultoria.com.br; ou acesse www.modulusconsultoria.com.br

• International Elastomer Conference – Cleveland / EUA

09 a 12 – Huntington Convention Center of Cleveland. Informações: reg@rubber.org - 330-595-5535 International Rubber & Advanced Materials In Healthcare Expo, 192nd Technical Meeting, Educational Symposium & Advanced Materials In Healthcare Conference Huntington Convention Center of Cleveland, Cleveland, OH

• IRCO - International Rubber Conference Organization – Cleveland / EUA

09 a 12 – Huntington Convention Center of Cleveland. Informações: reg@rubber.org - 330-595-5535

• Silicone Europe Conference - Berlim / Alemanha

16 a 17 – informações: Sarah Arnold + 1 (330) 865 6169 sarnold@crain.com - www.siliconeeuropeconference.com

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