Revista Borracha Atual Ed 155

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borrachaatual .com.br Ano XXVI • Nº 155 • ASPA Editora

26 Agro brasileiro

é a solução para mudanças climáticas

ISSN 2317-4544

40 Importações

puxam déficit recorde

34 Máquinas têm

resultados sem surpresas

04 ENTREVISTA

Amilton Medeiros Silva, CEO do Grupo Dalton Dynamics

42 MATÉRIA TÉCNICA

Função de uma vedação de borracha


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SUMÁRIO

EDITORIAL

borrachaatual .com.br Ano XXVI • Nº 155 • ASPA Editora

ISSN 2317-4544

26 Agro brasileiro é a solução para mudanças climáticas

40 Importações puxam déficit recorde

34 Máquinas têm

resultados sem surpresas

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MATÉRIA DE CAPA 04 ENTREVISTA

Amilton Medeiros Silva, CEO do Grupo Dalton Dynamics

42 MATÉRIA TÉCNICA

Função de uma vedação de borracha

Desafios do Brasil para a descarbonização do setor automotivo

04 ENTREVISTA

Amilton Medeiros Silva, CEO do Grupo Dalton Dynamics

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MERCADO

Queda nos emplacamentos de automóveis em julho

24 MOBILIDADE

Continental firma parceria com Kopernikus

26 AGRONEGÓCIO

Agro brasileiro é a solução para mudanças climáticas

30 PNEUS

Michelin lança pneu para transporte rodoviário

34 MAQUINATUAL

Máquinas e Equipamentos: resultados sem surpresas

38 CALÇADOS

Exportações de calçados desaceleram recuperação em julho

40 QUÍMICA

Importação puxam déficit recorde

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NOTAS & NEGÓCIOS

Oryzasil produz sandália sustentável

42 MATÉRIA TÉCNICA

Função de uma vedação de borracha

50 FRASES & FRASES

Descarbonizar é preciso A Natureza está em constante transformação, criando espécies e ex�nguindo outras. Até o surgimento do homem moderno reinou sozinha e soberana, ditando as regras ou seguindo o des�no do universo. A razão humana e sua cria�vidade trouxeram novos elementos para esta complexa evolução, afirmando que o mundo deveria ser comandado por uma espécie inteligente e transformadora. O século XX foi o divisor de águas, onde os recursos ambientais disponíveis já não poderiam ser compartlhados por todos, mas apenas por nações dotadas de know-how e tecnologia para aproveitá-los. Hoje, a economia mundial está sendo afetada por cataclismas naturais e aquecimento atmosférico que poderão comprometer uma sobrevivência mais tranquila. A disparidade entre nações já desenvolvidas com melhores condições de controlar suas emissões de poluentes e países mais atrasados e populosos que não conseguirão fazê-lo, aumenta a cada dia. A solução, sem utopias, precisará ser negociada para con�nuarmos nossa evolução econômica, social e existencial. Descarbonizar é preciso! A propalada eletrificação veicular atenderá países com carências energé�cas, enquanto nações tropicais poderão usar seus potenciais bioenergé�cos de maneira mais racional. O Brasil necessita adotar uma estratégia híbrida, u�lizando seu enorme e já consagrado potencial biológico, sem abrir mão das novas tecnologias. O isolamento não traz bene�cios e fornecer somente grãos e metais, certamente não trará bem estar a toda uma nação. Boa leitura, amigos! Antonio Carlos Spalle�a Editor

EXPEDIENTE

Ano XXVI - Edição 155 - Jul/Ago de 2021 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

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Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 | 11 97353.8887 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Ilustração Capa: Geralt/Freepik. Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

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ENTREVISTA ©DIVULGAÇÃO

Amilton Medeiros Silva

CEO do Grupo Dalton Dynamics

“Temos orgulho de mostrar a capacidade dos brasileiros em estar presente nos grandes projetos mundiais” O executivo Amilton Medeiros Silva criou a Dalton Dynamics em 1986 para produzir e comercializar adesivos metal-borracha. Em 1996 a empresa abriu sua primeira fábrica em Cajamar, SP. Hoje, com maquinário de última geração e capacidade de produção de 3000 ton/ano, a empresa tem unidades na Espanha, em Soria, a Dalton Dynamics Ibérica, que atende os mercados da Europa, África e Ásia e nos Estados Unidos, no estado da Carolina do Norte, a Dalton Dynamics Corporation, a fim de produzir e comercializar adesivos para a América do Norte e Central.

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O proprietário do atual Grupo Dalton Chemitac fala nesta entrevista sobe a história da corporação, os desafios empresariais e questões técnicas dos adesivos metal-borracha. BORRACHA ATUAL: Como surgiu a empresa? Quem foi seu fundador? Amilton Medeiros Silva: A Dalton Dynamics surgiu em 1986 para desenvolver e produzir adesivos metal-borracha para algumas especialidades, devido à falta de interesse do fornecedor da época por produções pequenas. Eu era um técnico na área de borracha, comecei a pesquisar esse �po de produto e vi que seria interessante con�nuar a desenvolver esse mercado. A Dalton Chemitac hoje é uma empresa mul�nacional brasileira conhecida no mundo todo e temos orgulho de mostrar a capacidade do Brasil e dos brasileiros em estar presente nos grandes projetos mundiais. www.borrachaatual.com.br


Sede em São Paulo.

Os nomes da empresa e dos produtos têm significado especial? Sim, tentei registrar a marca General Dynamics no Brasil, mas já exis�a no mundo e nós poderíamos ter problemas para con�nuar. Então resolvi homenagear um querido amigo que perdi na infância que se chamava Dalton. A marca CHEMITAC é uma mistura de “Chemical + Tackfier” (agente químico de adesão) e hoje está registrada em todo o mundo.

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Quais foram os desafios iniciais? O primeiro desafio foi conseguir matérias-primas no Brasil. Tivemos que mandar fabricá-las especialmente para nosso uso, convencer os produtores – que eram grandes empresas na época – e após um tempo, por questões econômicas e de segurança, resolvemos produzi-las aqui no Brasil. Hoje a planta brasileira produz as matérias-primas especiais para as bases do EUA e da Europa. O outro desafio, e na nossa opinião o mais di�cil, era convencer os clientes de que nós poderíamos fabricar um produto com a mesma qualidade da concorrência. Isso demorou uns 20 anos, até que as empresas estrangeiras, lá fora, começaram a dar aval à qualidade dos nossos produtos. Foi di�cil, pelo fato de ser uma empresa brasileira familiar com pouca expressão internacional, criada por um funcionário de uma empresa de borracha. Fui fazendo algo que eu via como interessante porque era uma reserva de mercado e eu �nha a certeza de que conseguiria fazer melhor.

questões polí�cas. Quando viajava ao exterior, observava que o Brasil era muito longe dos grandes centros mundiais. Muita gente instruída não sabia exatamente onde nosso país ficava. Mas também ouvia pessoas afirmarem que as melhores peças que haviam comprado na Europa vinham do Brasil, onde tem a melhor mão de obra... Algumas pessoas foram importantes nesta trajetória, como o Sr. Wolf, proprietário da Woco. Quando visitei sua fábrica na Alemanha, ele falou para um técnico se referindo a mim como o fabricante do adesivo que vem nas peças do Mercedes Classe A. Na ocasião, estava chegando um container com as peças, ele mandou abrir e me falou que o meu material era o melhor que ele já havia visto. Que o dia que eu �vesse uma planta na Europa iria fazer sucesso, porque o material era muito bom e me deu os parabéns. Aquilo me deu um estalo: vou fazer uma fábrica aqui. Mas não foi tão fácil. Não por questão de inves�mento, mas por questão de mercado. Ninguém �nha coragem de comprar de uma empresa que não

Sempre teve esse espírito empreendedor? Nunca me preocupei com essa questão do empreendedorismo, que é uma palavra recente no sen�do de uma pessoa começar algo para fazer e terminar. Tudo o que comecei, levei até terminar. Assim fui evoluindo e começaram as

“A planta do Brasil produz as matérias-primas especiais para as bases do EUA e da Europa.”

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�nha uma história, sem tradição... O material é bom, mas vamos ver de onde veio, onde nasceu, como nasceu... Muita gente par�cipou, por exemplo, grandes mestres do adesivo, os grandes cien�stas... Eu �ve o privilégio de ter conversado com um deles, o americano Irving Skeist, que era o maior nome de adesivos do mundo, na sua empresa. Ele me falou que eu iria mexer em uma reserva de mercado, que pertencia à família Hudson, proprietária de uma empresa de adesivos. É reserva deles. E matéria-prima eu não iria achar, pelo fato deles fabricarem sua própria matéria-prima. Vim pensando no que iria fazer. Afinal �nhamos alguns adesivos que não precisavam dessas matérias-primas e con�nuei em busca das matérias-primas. O desenvolvimento da sua matériaprima foi feito por você mesmo? Sim. Quando entendi o mecanismo de adesão metal-borracha, o porquê da colagem, a razão de uma borracha colar mais que outra, comecei a ver os dois lados da moeda. Observei que poderia fazer produtos a “la carte”. Esse adesivo cola mais ou menos, porque é de um material composto que serve para determinada aplicação, mas também para outra. Só que a força de adesão dessa é menor porque essa borracha tem uma fórmula diferente com alguns componentes que interferem na melhor prá�ca. Comecei a fazer adesivo para essa

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ENTREVISTA

“Quando um cliente se adapta ao produto, passa a ser um parceiro fiel.”

Dalton Dynamics Corporation, Gastonia, Carolina do Norte, EUA.

borracha para não ser necessário mexer na formulação com essa carga para obter uma adesão melhor. Desenvolvemos produtos para cada caso específico, visto que uma empresa de grande porte com enormes reatores, não se interessaria em fazer 500 kg de adesivo, por exemplo, a hélice do reator nem a�ngiria este volume lá embaixo. Como hoje na Dalton. O mínimo de produção é uma tonelada, não tem como fazer menos. Nossas máquinas são para esse volume. Então, mantemos uma máquina pequena para fazer as especialidades que somente nós podemos fazer e não podemos �rar do mercado. Quando o material começou a chegar nas empresas do exterior, elas confirmaram que o material era bom – apesar de que aqui no Brasil ninguém dava atenção. Nem mesmo as filiais das mesmas companhias estrangeiras que estavam aqui. Começaram a dar atenção lá fora. Falaram para seus representantes no Brasil que havia uma empresa aqui chamada Chemitac que �nha um material bom, que deviam inves�r em desenvolvimentos com ela. Qual a razão de não ter surgido um europeu ou chinês fazendo adesivo? Por que teve que aparecer um brasileiro para competir com os americanos? Não sei. Depende da companhia.

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Ouvi dizer por ex-funcionários da Henkel e outras companhias europeias, pessoal da alemã Megum, que foi a precursora do adesivo, que o volume não era significa�vo para uma empresa grande fazer. Um volume de 500 toneladas por mês para a Henkel não era interessante. Era interessante an�gamente, quando o adesivo custava 40 dólares o quilo. Hoje o adesivo custa 15 dólares o quilo. Atualmente a �nta de pintar calçada custa mais caro do que o adesivo aqui no Brasil. A concorrência foi intensa e o preço foi abaixando, chegando ao ponto de não interessar para muitas empresas. Por isso, talvez os chineses não se interessaram tanto em fazer. O adesivo tem muitos detalhes. Se errar em um deles, você perde toda sua produção. A mão do adesivo é como a comida de um restaurante. Tem a pitada dela. Está com um gosto ruim porque o cozinheiro errou a pitada. O adesivo é a mesma coisa. Uma vez, um cliente chinês reclamou que o nosso adesivo quando aplicado com pistola, �nha cheiro de peixe podre. Perguntei o que eles fizeram. Explicaram que pegaram a amostra de retenção, fizeram a mesma coisa e não tem cheiro de peixe podre. Eles diluíram em um solvente reciclado ou alguma outra coisa que contaminou. Então nós precisamos demonstrar seu funcionamento. Nossa retenção fica guardada por um ano. Temos que dizer que é as-

sim que se faz, mas depende do que se usa. Hoje nós podemos perguntar se ele vai querer que troque um peixe podre por uma banana podre. Dá para fazer isso. Depende do solvente. Na China tem muito material recuperado, agora que estão recuperando o solvente volá�l e vem tudo no mesmo pacote. Ajudamos um desenvolvimento na Alemanha, emprestando um tambor de solvente MEK e um tambor de solvente de xileno para uma empresa fazer uma torre para coletar esses voláteis. Gastaram 600 mil euros e foi no�cia até no jornal da região de Navarra, Espanha, onde está a fábrica que é a primeira que capta estes voláteis (VOC). Eles conseguem captar, mas esse material bruto é inú�l quando coletado os dois misturados e acaba não servindo para nada... E não tem como, porque as máquinas que expelem esse VOC (o volá�l), não têm como separar. Eles recuperam isso e depois é o solvente que será misturado com o adesivo. Quais são os principais segmentos em que a empresa atua no Brasil? O principal segmento é o automo�vo, que responde hoje por 75% dos adesivos metal-borracha no mundo. A Dalton produz adesivos especiais para todas as linhas: elétrica, construção civil, alimentação, siderurgia, setor químico etc. O mercado de metal-borracha é muito competitivo? Não vemos esse mercado como compe��vo. Quando um cliente se adapta ao produto, passa a ser um parceiro fiel. www.borrachaatual.com.br


Qual é a estrutura da Dalton Dynamics no país? E no exterior? Hoje a Dalton Dynamics tem uma fábrica de adesivos e matérias-primas em São Paulo e a Uptec Brasil em Caieiras, que faz tratamento de super�cie e aplica adesivos para a indústria automo�va, “Tier 1”. A Uptec é a maior empresa do Brasil nesse segmento e aplica para todos os carros produzidos aqui. No exterior temos uma fábrica na Europa (Dalton Dynamics Chemitac España) que atende toda a Europa e Ásia e a Dalton Dynamics Corpora�on, na Carolina do Norte (EUA), além dos centros de distribuição próprios na China, Índia, Turquia e distribuidores em vários outros países. Hoje a Chemitac está presente em mais de 80 países. Trabalha com distribuidores? Sim. A Dalton, além dos distribuidores estrangeiros já mencionados, tem também distribuidores no Brasil. A produção brasileira atende à demanda do mercado? E as importações? A produção brasileira comparada ao resto do mundo é pequena. Os preços dos produtos aqui no Brasil são compe��vos em relação aos importados, devido aos altos custos de importação. ©DIVULGAÇÃO

Como a companhia vê os mercados nacional, latino-americano e mundial? O mercado brasileiro é dependente principalmente da indústria automobilís�ca, que como eu disse anteriormente consome ¾ do mercado de adesivos – e, como estamos vivenciando, dependemos da polí�ca econômica do país. O mercado la�no-americano é pequeno e depende principalmente de pequenos negócios e da mineração. Quanto ao mundial, a Ásia e o principal mercado e consome metade do que é produzido no mundo. Quais os principais mercados de exportação? Para nós do Brasil, além da exportação da matéria-prima para atender as outras fábricas, exportamos também para toda a América La�na. A falta de insumos afetou a produção? Sim, �vemos que contratar fretes aéreos para poder atender a falta de matérias-primas nacionais. A conjuntura econômicotributária brasileira dificulta o ambiente de negócios? Sim. O custo Brasil é muito alto e isso afeta e dificulta esse ambiente.

Existem parcerias nos mercados de borracha e automotivo? Com certeza. Nossa companhia tem contratos globais com clientes automo�vos nível 1 e com produtores de insumos químicos também globais. Como são desenvolvidos os novos produtos? Há parcerias com Universidades ou Institutos de Pesquisa? Hoje quando nasce um projeto novo a pedido de um cliente, dispara um desenvolvimento que envolve nossos laboratórios do Brasil e da Europa. Atualmente nossa empresa tem um centro de pesquisa com equipamentos de ensaios como FTIR, DSC, TGA u�lizados para esses desenvolvimentos e também temos parceria com o governo espanhol para desenvolvimento de novas tecnologias através do ITA (Ins�tuto Técnico de Aragón) e da Universidade de Zaragoza, já há alguns anos. Hoje já podemos afirmar que a tecnologia brasileira é reconhecida no mundo, ou é necessário dizer que é a unidade europeia que faz? De forma alguma. Tudo nasceu aqui no Brasil. Fizemos descobertas por acaso – o �po de acidente em que você derruba o enxofre e vulcaniza a borracha, como o Charles Goodyear na descoberta da vulcanização. Aqui o acaso do des�no aconteceu quando um dos nossos técnicos colocou um componente, se desculpando porque o ensaio �nha sido

“Temos parceria com o governo espanhol para desenvolvimento de novas tecnologias”. Dalton Dynamics Chemitac España SL.

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ENTREVISTA Tem que ser bombeada. Então existem alguns segredos de bombeamento. A �nta tem muitos segredos. Aprendemos muito. Fui para fora do Brasil ver como que era. Aqui temos um problema no sistema porque isso acontece com o adesivo. Quando fui ver porque que acontecia... ia verificar a massa de adesivo. Observei que os técnicos estavam errando. E começamos a pegar o “pulo do gato” e a fazer um adesivo de transporte. Temos linha em que ele anda um quilômetro até chegar ao ponto de aplicação. Escritório central da Dalton China em Foshan.

feito há quatro meses... Fiquei curioso, fui ver o material e estava estável. Avançamos com o ensaio e descobrimos que havia algo que teoricamente não era compa�vel e começamos a entender porque, na realidade, era compa�vel. E começamos a descobrir que os adesivos têm a caracterís�ca da maneira como são produzidos. Descobrimos que podemos usar um material caríssimo baseado em material velho. Hoje, por exemplo, você pode usar um óxido de zinco micronizado, que é um supermicronizado, que ninguém consegue fazer ele tão fino. Em nosso equipamento conseguimos obter este adesivo bem fino. E isso foi descoberto no ensaio que fizemos no ITA (Ins�tuto Técnico de Aragón). Os técnicos de lá fizeram uma pesquisa muito grande; dissemos o que queríamos e que fizessem um compara�vo desse adesivo da Inglaterra e o nosso adesivo. Aí eles fizeram tudo, TGA, DCC, todos os ensaios em microscópio eletrônico de varredura... Eles disseram que descobriram que o nosso material, microscopicamente falando, parecia um véu de noiva, todo distribuído, enquanto o outro era repleto de nós, mostrando que a nossa dispersão era perfeita e o tamanho das par�culas era oito vezes menor que o do concorrente. As fórmulas eram exatamente iguais,

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mas os processos eram diferentes. Então, quando iniciamos nosso sistema de nanomoagem – acredito que somente nós fazemos –, moemos com microesfera de óxido de zircônio, sete décimos cada esferinha. Temos uma precisão de acabamento do adesivo que tem mais cobertura, porque o material é mais disperso. E os alemães descobriram isso. Viram que o Chemitac cobre 15% mais do que eles usavam lá. Essa tecnologia de nanomoagem é usada em adesivos e também em tintas? Em �ntas também. Mas em adesivos nós ainda não conhecemos quem faz nanomoagem porque tem alguns segredos. O material pode ser estragado, pode ser provocada uma sobremoagem (que chamamos de overgind) e ele perde várias caracterís�cas de aplicação. Por exemplo, uma fábrica de �nta não realiza a pintura em si, somente faz a �nta. Nós temos uma fábrica de pintura. Fazemos adesivos e levamos lá, fazendo o acompanhamento na própria linha de produção. Produzimos adesivo para andar em uma linha de longe, para não entupir, porque esse é um grande problema global, fazer o transporte da �nta de onde ela foi preparada até onde será aplicada. É indesejável levar baldinho na mão.

Como está a formação de mão de obra qualificada no Brasil? Nossa empresa desde a fundação tem o costume de contratar, formar e treinar funcionários exclusivamente para nossas operações. A competição internacional é forte neste mercado? Não muito. Como todo mercado da área da borracha a compe�ção existe, mas seguimos controlando e nos mantendo atualizados. Quais serão as novas aplicações no futuro? E os novos produtos? Hoje a China, que é o maior consumidor no mundo, e muitos países estão colocando normas de redução de voláteis na atmosfera e é a principal meta a ser a�ngida. Nossos inves�mentos são fortes na área de adesivos base água que sejam aplicáveis em escala de produção. Hoje é apenas um folclore, e isso nós já estamos a�ngindo. Podemos considerar que a indústria de adesivos metal-borracha ainda é uma indústria artesanal? Ainda é. E com muitos segredos. Cada um tem o seu. Aprendemos muita coisa até com as dificuldades dos concorrentes, analisando o porquê deles não irem bem, a razão do cliente não chamar, razões que fomos conhecendo www.borrachaatual.com.br


e guardando. Como aqui tudo é centralizado, temos um coringa que coordena isso e ramifica para as outras áreas, Sabemos exatamente o que acontece, podendo até prever um suposto acontecimento e caso ele venha a ocorrer, já teremos um plano de ação preparado. Ro�neiramente, a cada dez dias mais ou menos, realizamos um encontro com o pessoal para saber aonde �vemos algum problema ou onde temos uma oportunidade nova que possa ser desenvolvida ou melhor trabalhada. Existem políticas ambientais ou de reciclagem implantadas? Pode-se considerar que a indústria de adesivos (pelo menos na Dalton) está fazendo a sua parte na contribuição ambiental? Seguimos todas as normas e polí�cas ambientais onde a Dalton atua. Somos os primeiros no mundo a fazer adesivo metal-borracha sem metal pesado. Quando fomos para a Europa, em 2002, estava saindo a norma�va européia que proibia a u�lização de metais pesados em qualquer produto químico importado ou produzido no mercado europeu. Nós �vemos esse cuidado e começamos a trabalhar em pesquisa para ver como poderíamos acabar com isso. E aí as coisas foram se somando. Para trocar o metal pesado por outro produto exigia mudança de processo, mudança no sistema de moagem... e aconteceu tudo ao mesmo tempo... Começamos a aprender a moer com alta tecnologia. Para nós foi muito fácil. Há quase 20 anos banimos os metais pesados. A nossa concorrência baniu só recentemente na Europa e nos Estados Unidos. E ainda têm problemas no mundo. O programa “We Think Green” é global? Do que consiste? Quando fundamos a Dalton Espanha foi baixada a norma�va europeia www.borrachaatual.com.br

2003 que tratava da proibição dos metais pesados. Uma empresa alemã que começou a confiar e consumir nossos produtos dizia “a Chemitac pensa verde” e a par�r daí criamos o “We think Green” e todos os desenvolvimentos são baseados nesse pensamento. Podemos dizer que hoje o mercado está migrando para a Ásia ou Europa e Estados Unidos ainda vão ser os mercados mais importantes? Muita coisa está acontecendo. A velocidade de produção da China é impressionante. Temos clientes lá que são grandes empresas. Fui visitá-los e são fábricas de componentes de automóveis que produzem em uma escala impressionante. A produção de automóveis na China hoje é uma coisa incrível. Mesmo com a pandemia eles não baixaram o ritmo de produção? Agora diminuiu um pouco. Em muitos setores estão fazendo rodízio de pessoas. São as informações que temos, pois faz tempo que não vamos para lá. Mas conversamos com a China diuturnamente, observando que muitas mudanças já estão aparecendo no horizonte...

“Nosso plano é ter uma produção no Sudeste Asiático.” A questão do câmbio... continuaria sendo o dólar ou a moeda chinesa poderia ter alguma importância? Acho que mesmo a China prefere o dólar. Porque é uma moeda forte inclusive para eles. É isso o que eu ouço do pessoal de lá. O dólar deve perdurar bastante tempo. A nova mobilidade e os carros elétricos abrem novas oportunidades para o grupo? Na nossa avaliação os carros elétricos serão um grande problema futuro, custos de baterias, problemas de reciclagem etc. Acreditamos que o futuro dos carros será motores de combustão a hidrogênio, que já andam na Europa e Ásia.

O que, por exemplo? Um gestor nosso na China, que faz a parte documental, falou que an�gamente você só poderia abrir uma empresa naquele país com um sócio chinês. Parece que isso vai ser mudado, mas em um país comunista pode levar algum tempo. Ele perguntou por que não fabricamos adesivos lá. Respondemos que no momento a produção estava equilibrada com o consumo e nossos planos era ter uma produção no sudeste asiá�co.

Caso os carros elétricos predominem, você acha que a indústria dos adesivos metalborracha vai conseguir ter o mesmo desempenho de hoje? Nós vamos diminuir um pouco os an�vibratórios de motor porque o motor elétrico não é de compressão, então pra�camente não vai ter vibração. Alguns componentes vão reduzir, mas por outro lado há a parte de suspensão, os an�vibratórios de suspensão. O carro elétrico é mais pesado, vai haver uma pequena perda na questão do an�vibratório. Mas não acredito que vá acabar o motor sem compressão.

Sudeste asiático? Exatamente. Já temos um projeto hoje bastante avançado e teremos material recém-produzido lá para atender rapidamente os clientes da região.

Quais as perspectivas para 2022? Estamos trabalhando forte na infraestrutura e esperando que termine a pandemia para as coisas voltarem ao normal. 

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CAPA

DESAFIOS DO BRASIL PARA A DESCARBONIZAÇÃO DO SETOR AUTOMOTIVO

A

Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores promoveu em agosto o seminário “ANFAVEA: O Caminho da Descarbonização do Setor Automo�vo”, que apresentou três cenários para o futuro da motorização veicular, considerando a realidade brasileira, incluindo os resultados de um estudo inédito feito pelo Boston Consul�ng Group (BCG). A exibição foi feita de forma unificada para representantes do poder público, empresas e associações ligadas aos setores automo�vo, energé�co e de transportes, além da imprensa. “Ul�mamente temos observado eventos climá�cos extremos, como enchentes na Europa e na China, incêndios devastadores no Mediterrâneo e nos EUA, seca e geadas no Brasil, além de temperaturas aumentando em escala global”, afirmou o Presidente da en�dade, Luiz Carlos Moraes. Segundo ele, o tema ficou ainda mais em pauta com a divulgação feita pela ONU do relatório IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climá�cas), com a es�ma�va de que o limite de +1,5° C de aquecimento global em relação à era pré-industrial será alcançado em 2030, dez anos antes do previsto, com efeitos climá�cos sem precedentes. “A ANFAVEA lidera esse debate fundamental e inadiável, pois a indústria

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automo�va precisa saber como direcionar seus inves�mentos para as próximas gerações de veículos e para inserir o Brasil nas estratégias globais de motorização com foco total na descarbonização”, acrescentou Moraes. “Enfrentar as mudanças climá�cas é o maior desafio da nossa geração. Na indústria automo�va, tecnologias de eletrificação e maior uso de combus�veis sustentáveis já se mostram um caminho sem volta. As empresas precisam se preparar para o desafio e mirar as novas oportunidades, inves�ndo em produção, infraestrutura, distribuição, novos modelos de mobilidade e serviços, além da capacitação dos seus profissionais”, disse Masao Ukon, sócio sênior do BCG Brasil e líder do setor Automo�vo na América do Sul.

Desafios e perspectivas Quais rotas tecnológicas e energé�cas deverão ser seguidas? Eletrificação da frota em que grau? Qual o papel dos biocombus�veis na estratégia de descarbonização? Como os setores público e privado precisam agir hoje para garan�r a inserção do Brasil no tabuleiro do setor automo�vo global, tendo em vista os debates e os reflexos da COP-

26 que será realizada em novembro em Glasgow, na Escócia? Essas perguntas ainda dependem de uma polí�ca de Estado no Brasil, enquanto vários países já têm metas de descarbonização bem definidas a serem a�ngidas até meados da próxima década. O detalhado estudo organizado pela ANFAVEA e pelo BCG, com a ajuda de vários players do setor automo�vo, apontou três grandes cenários possíveis para o país nos próximos 15 anos. O primeiro seria o “Inercial”, no qual a transformação viria no ritmo atual, sem metas estabelecidas, sem uma organização geral dos setores envolvidos no transporte e na geração de energia, e sem uma polí�ca de Estado que incen�ve a eletrificação. O segundo, ba�zado de “Convergência Global”, seria o mais acelerado no sen�do de acompanhar os movimentos já em curso nos países mais desenvolvidos. O terceiro é o “Protagonismo de Biocombus�veis”, um caminho que privilegiaria combus�veis “verdes”, mas com um grau de eletrificação semelhante ao do cenário “Inercial”. Com base nesses três cenários e em uma série de premissas ligadas às caracterís�cas socioeconômicas, geopolí�cas e legais do Brasil, além do custo de propriedade do veículo, foi possível iden�ficar seis grandes blocos de conclusões que, na visão da ANFAVEA, devem nortear o debate sobre esse tema com grande urgência. www.borrachaatual.com.br


Emissões de CO2 e participação do setor de transporte Emissões de CO2 e participação do setor de transporte Desmatamento é fator importante na flutuação de emissões

Emissões líquidas por setor - estimativa (MtCO2e - 2018) 11.706

5.794

3.333

5%

6%

11%

58%

3.347 21%

59%

76%

13% das emissões vindo dos transportes, sendo 91% referentes ao rodoviário

1.421

1.155 2%

763 8%

27%

35%

5%

Mudança de uso da Terra e Floresta1

75%

57%

Energia (s/ transporte)

63%

Transporte Processos industriais

17%

29%

7% 9% -5%

2%

China

2%

23%

4%

EUA

-4%

5% -7%

9% 3%

UE3 (28)

2%

4%

Índia

Agropecuária2

13% 2% 5% BRASIL

25%

17% -3%

6%

2%

Japão

Resíduos

3%

Canadá

1. Considera captura e liberação de CO2 atmosférico por mudanças no uso do solo (ex. área florestal transformada em área agrícola). Valores negativos podem existir por

1. Considera captura e liberação de CO atmosférico porCO mudanças no uso do solo (ex. área florestal transformada em área agrícola). Valores negativos podem existir por mudanças no uso do solo que capturem CO2 atmosférico. Inclui mudanças no uso do solo que capturem Unido2.na UE.emissões de gado e 2 2 atmosférico. 2. Inclui emissões de gado e relacionadas a solos agrícolas (fertilizantes, estrume, etc...) 3. Inclui Reino 6 Fonte: CAIT, relacionadas a solosSEEG agrícolas (fertilizantes, estrume, etc...) 3. Inclui Reino Unido na UE. Fonte: CAIT, SEEG

1

Impactos no setor automotivo

Se hoje os modelos eletrificados respondem por 2% do mix de vendas de leves, em 2030 eles representarão de 12% a 22%, dependendo dos cenários previstos no estudo, e de 32% a 62% em 2035. Os pesados também terão sua parcela de novas tecnologias, embora um pouco menor (10% a 26% do mix em 2030, 14% a 32% em 2035). Ou seja, mesmo no cenário mais conservador, o mercado brasileiro vai demandar milhões de unidades de veículos eletrificados até a metade da próxima década. Seriam 432 mil veículos leves/ano em 2030, subindo para 1,3 milhão/ano em 2035. Um volume dessa magnitude não poderá ser importado, o que geraria sérios prejuízos à balança comercial brasileira, além de ociosidade ainda maior da indústria local. Com mais de 40 fábricas espalhadas pelo país, sem contar as de fornecedores de autopeças, a indústria precisará entrar em um novo ciclo de inwww.borrachaatual.com.br

ves�mentos para se manter compe��va, e ao mesmo tempo garan�r 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos na cadeia automo�va – ou até ampliar esse con�ngente. Mesmo no cenário inercial, serão necessários al�ssimos inves�mentos em toda a cadeia (pesquisa e desenvolvimento, adaptação de fábricas, desenvolvimento de fornecedores, preparação/treinamento da rede de concessionários etc.) para que o Brasil abasteça seu mercado local e se consolide como um polo exportador dessas tecnologias para os países vizinhos, e até de outros con�nentes. Esse movimento abre uma janela de oportunidades para outros inves�mentos no Brasil, como semicondutores e baterias, já que nosso país possui matéria-prima abundante para essas novas tecnologias. Isso es�mulará P&D em toda a cadeia e o surgimento de startups, promovendo um grande ciclo de inves�mentos e uma revolução tecnológica no país, beneficiando vários setores, não só o automo�vo.

2

Estímulos governamentais

A exemplo do que ocorre em países europeus, asiá�cos e norte-americanos, o poder público brasileiro deve estabelecer polí�cas para acelerar os cenários de descarbonização. Mesmo sem oferecer bônus aos compradores, como ocorre sobretudo na Europa, é possível es�mular o consumo de carros mais “limpos” com medidas como menor tributação, ou “imposto verde” (modalidade na qual o poder público enxerga este tema sob um prisma mais amplo do que o de arrecadação imediata), descontos ou isenções em recarga, pedágio, zona-azul, rodízio e financiamentos com métrica ESG (dados ambientais, sociais e de governança das empresas). Tais es�mulos aos clientes par�culares e corpora�vos permi�riam que o acesso às novas tecnologias não ficasse restrito aos modelos mais premium como ocorre atualmente. Certamente o custo/bene�cio para sociedade seria altamente posi�vo.

11


CAPA 3

Reflexos sobre os combustíveis

Mesmo no cenário de convergência global, com quase 2,5 milhões veículos eletrificados vendidos em 2035, a renovação natural da frota será muito lenta. A frota circulante de leves ainda terá quase 80% de motores flex (gasolina/etanol), enquanto pra�camente 90% dos caminhões e ônibus nas ruas con�nuarão consumindo diesel. Logo, a demanda por etanol e álcool anidro (presente em 27% na gasolina) exigirá altos inves�mentos da indústria sucroalcooleira, algo em torno de R$ 50 bilhões em 15 anos. O mesmo raciocínio vale para os produtores de diesel e biodiesel. Além disso, serão necessários inves�mentos significa�vos e mandatórios na produção de HVO (diesel de origem vegetal) para a frota circulante.

�dade de quase 2,5 milhões de veículos eletrificados vendidos por ano já em 2035, a contribuição para a redução de emissões de CO2 será bastante limitada. É impossível tentar resolver o problema contando apenas com os veículos novos que serão vendidos a Regulação brasileira segue refer cada ano. A única saída é implantar mas sem vínculo direto com ga polí�cas eficientes que promovam Proconve: Redução progressiva dos limites de a rápida re�rada da frota velha das Proconve: Redução progressiva dos limites poluentes em Proconve: dosdiversas limites fases de poluentes em diversas ruas. Polí�cas de Inspeção Veicular e Reduçãodeprogressiva de Renovação da Frota, previstas em Leves lei desde a criação do Proconve emLeves Limites de emissão (g/km) Pesados Limit 1986, até hoje não saíram do papel. Limites de emissão2,0 (g/km) Limites de emissão (g/kWh) 10

Regulação brasileira segue referências internacionais,brasileira mas Regulação s sem vínculo diretovínculo com mas sem dir gases de efeito estufa

2,0

10

6 Oportunidade única: Regulação avalanche de brasileira segue referências in investimentos país mas sem no vínculo direto com gases de e Regulação brasileira segue refer 1,5

1,5

1,0

1,0

0,5

0,5

5

5

Considerando todos os aspectos 0,0 mas sem vínculo direto 0 com gaR 1995 2000 2005 2020 2025 1995 2000 2005 2010 20150 2020 0,02010 Proconve: Redução dos limites de2015 poluentes em 2015 diversas destacados no estudo progressiva ANFAVEA-BCG, 1995 2000 2005 2010 2020 fases 2025 1995 HC NOx Aldeídos MP podemos inferir que o Brasil,Proconve: com ReduçãoCOprogressiva dos limites de poluentes em diversas CO = Monóxido de carbono, HC = Hidrocarbonetos, NOx =CO Óxidos de Nitrogênio, MPNOx = Material Particulado HC Aldeído uma polí�ca industrial de EstadoNota: adeFonte: Anfavea Leves Pesados Nota: CO = Monóxido de carbono, HC = Hidrocarbonetos, NOx = Óxidos deEx N quada e bem planejada, poderá proFonte: Anfavea p Leves Pesados Limites de emissão (g/km) Limites de emissão (g/kWh) 4 Investimentos em mover um novo ciclo de inves�menenergia e infraestrutura 2,0 Limites de emissão10 (g/km) Limites de emissão (g/kWh) tos nos próximos 15 anos superior a 3 2,0 10 1,5 150 bilhões. Ficou comprovada pelo estudo, no R$ 1,5 “Outros países já definiram suas 2 cenário de Convergência Global, a necesRegulação 1,0 5 1,0 5 metas de descarbonização, bem como sidade de instalação de ao menos 150 1 caminhos para se chegar a elas. O mil carregadores para atender os veícu- os 0,5 0,5 los eletrificados, o que implica num in- Brasil, em seu papel de um dos princi0,0 0 1995 2000 2005 0 2010 2015 2020 2025 1995 2000 2005 2010 2015 02020 0,0 mercados para o setor de transves�mento da aproximadamente R$ 14 pais 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 800 Exemplos bilhões. Além disso, é imprescindível um porte no mundo, não pode mais perder CO HC NOx Aldeídos MP tempo”, acredita Luiz Moraes. CO HC fases NOx Aldeídos MP Controle Nota: CO = Monóxido de carbono, HC = Hidrocarbonetos, NOx = Óxidos de Nitrogênio, MP = Material Particulado pesado inves�Redução mento em geração/distriProconve: progressiva dos limites de poluentes emCarlos diversas Rota 2030: dos níveis Fonte: Anfavea “É hora de unir esforços de todos 2030: dos níveis Nota: CO = Monóxido de carbono, HC = Hidrocarbonetos, NOx = Óxidos deRota Nitrogênio, MPControle = Material Particulado de eficiência energética buição de energia de fontes limpas para Fonte: Anfavea de eficiência energética suprir a frota de elétricos, que criará uma os setores envolvidos com a cadeia de Pesados terrestre no país e de todas Exemplo: Meta de eficiência energética demandaLeves adicional de 7.252 Gwh (1,5% transporte para automóveis (1.564 kg) (MJ/km) a Limites de emissão (g/km) Limites de emissão (g/kWh) de tudo o que é gerado atualmente). Daí as esferas do poder público para defipartir de out/2022 2,0 10 a importância de uma polí�ca de Esta- nir o que queremos, respeitando as vo3 do1,5com a par�cipação do poder público cações de nossa indústria e as par�cuou de parcerias público-privadas, sejam laridades do nosso país-con�nente. Só 2 1,0 5 essas definições de metas é que quais forem as rotas tecnológica e ener- com 1 os inves�mentos corretos poderão ser gé� 0,5ca definidas. feitos, colocando o Brasil em um camiMeta (MJ/km) 0,0 0 global que não tem mais volta, que 0 nho Redução de emissões de 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 1,000 800 1,200 1,400 1,600 5 é o da redução das emissões dos gases CO2 e de poluentes Peso do automóvel (kg) CO HC NOx Aldeídos MP de efeito estufa. Temos essa obrigação NOTA: CO = MONÓXIDO DE CARBONO, HC = HIDROCARBONETOS, NOX = ÓXIDOS Nota: CO = Monóxido de carbono, HC = Hidrocarbonetos, NOx = Óxidos de Nitrogênio, MP = Material Particulado para com as futuras gerações”, conDE NITROGÊNIO, MP = MATERIAL PARTICULADO Mesmo Fonte: Anfavea no cenário mais acelerado 12 FONTE: ANFAVEA cluiu o Presidente da ANFAVEA.  de convergência global, com uma quan-

Regulação brasileira segue referências internacionais, mas sem vínculo direto com gases de efeito estufa

12

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Regulação

segue referências internacionais, reto com gases de efeito estufa rências internacionais, Regulação

Exemplos

ases de efeito estufa e poluentes em diversas fases

Exemplos

s fases

Rota 2030: Controle dos níveis de eficiência energética

Pesados

Rota 2030: Controle dos níveis de eficiência energética Exemplo: Meta de eficiência energética

tes de emissão (g/kWh) Exemplo: Meta de eficiência energéticapara automóveis (1.564 kg) (MJ/km) a partir de out/2022 para automóveis (1.564 kg) (MJ/km) a partir de out/2022 3 Regulação 3

nternacionais, efeito estufa rências internacionais, 2

Regulação

1

2 1

Exemplos

ases de efeito estufa Rota 2030: Controle dos níveis 0

2025

800

Meta (MJ/km)

01,600 1,400 Exemplos 800 Peso do automóvel (kg)

1,000

1,200

2000 2005 2010 2015 2020 2025

de eficiência energética

s fases

os

Rota 2030: Controle dos níveis de eficiência energética

MP

1,200

1,400

1,600

Peso do automóvel (kg)

12

Nitrogênio, MP = Material Particulado energética xemplo: Meta de eficiência para automóveisExemplo: (1.564 Meta kg) (MJ/km) a de eficiência energética partir de paraout/2022 automóveis (1.564 kg) (MJ/km) a

0

Meta (MJ/km) 1,000

partir de out/2022

3 2 1

2025

0

1,000

800

1,200

Meta (MJ/km)

1,000

1,200

1,400

Meta (MJ/km) 1,400

1,600

1,600

Peso do automóvel (kg)

Peso do automóvel (kg) 12

12

12


MERCADO

QUEDA NOS EMPLACAMENTOS DE AUTOMÓVEIS EM JULHO às vendas de automóveis, caso houvesse disponibilidade de produtos. “A economia está, aos poucos, retornando à normalidade com o avanço da vacinação, e há boa oferta de crédito, com um nível de aceitação de proposta de 7 para cada 10 enviadas aos bancos”, diz o Alarico Assumpção Júnior.

Caminhões e Ônibus

O ©DIVULGAÇÃO

s emplacamentos de veículos automotores, considerando todos os segmentos automo�vos, encerraram o mês de julho próximos da estabilidade, na comparação com junho (baixa de 0,02%). Mas o dado que mais chamou a atenção, no levantamento realizado pela FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores foi a queda de 7,3% no volume de automóveis emplacados, segmento que, conforme ranking histórico, registrou o pior mês de julho desde 2005. A explicação é a escassez de produtos nas concessionárias, por conta das dificuldades que a indústria enfrenta para a obtenção de peças e componentes. Apesar da retração nos licenciamentos de automóveis, os segmentos de caminhões, implementos rodoviários, motos e comerciais leves �veram resultados posi�vos em julho. Com isso, o setor, como um todo, registrou alta de 10,9% em julho deste ano, sobre julho de 2020, e aumento de

14

33,74% no acumulado dos 7 primeiros meses de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. “O número de emplacamentos, até agora, mostra que o setor, no geral, mantém sua trajetória de recuperação, com um volume total próximo ao que registramos nos úl�mos anos, antes da pandemia. E se a produção es�vesse normalizada, principalmente, para automóveis, poderíamos ter um crescimento ainda maior do que o previsto para este ano”, afirma Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE.

Automóveis e Comerciais Leves De acordo com o Presidente da FENABRAVE, a dificuldade na obtenção de peças e componentes, como os semicondutores, segue como o principal gargalo para o segmento de automóveis e faz com que os estoques das concessionárias permaneçam em níveis cri�camente baixos. Já os comerciais leves, que apresentam menor dependência de componentes eletrônicos, mantêm a recuperação e mostram que o bom momento poderia ser estendido

Com o mercado agrícola aquecido e a economia registrando crescimento nos primeiros meses do ano, o segmento de caminhões é um dos destaques do setor e pode ter, em 2021, um dos melhores resultados de sua história. O segmento de ônibus é um do que mais tem sofrido os impactos da pandemia, já que a restrição de circulação de pessoas fez com que as empresas de transporte cancelassem ou adiassem inves�mentos em renovação ou ampliação de suas frotas.

Implementos Rodoviários Muito atrelados ao segmento de caminhões, os implementos rodoviários seguem es�mulados pelo agronegócio e pela retomada da economia.

Tratores e Máquinas Agrícolas O segmento fechou o primeiro semestre de 2021 com crescimento expressivo em relação a 2020, mesmo com a indústria ainda enfrentando dificuldades na obtenção de peças e componentes. ©DIVULGAÇÃO

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2021

2021

2021

2020

2020

Jul (A)

Jun (B)

Acumulado (C)

Jul (D)

Acumulado (E)

(A) Autos

123.579

133.306

927.735

134.927

(B) Com. Leves

38.825

36.269

241.317

162.404

169.575

11.488

Segmentos

Variação (A) / (B)

(A) / (D)

(C) / (E)

771.821

-7,30

-8,41

20,20

28.128

154.456

7,05

38,03

56,24

1.169.052

163.055

926.277

-4,23

-0,40

26,21

11.102

69.535

9.506

47.090

3,48

20,85

47,66

1.562

1.765

10.876

1.893

9.769

-11,50

-17,49

11,33

13.050

12.867

80.411

11.399

56.859

1,42

14,48

41,42

Subtotal

175.454

182.422

1.249.463

174.454

983.136

-3,83

0,57

27,09

(E) Motos

112.586

106.716

629.937

85.165

435.445

5,50

32,20

44,67

8.426

8.103

53.325

7.212

33.927

3,99

16,83

57,18

Outros

13.028

12.283

79.605

12.233

52.098

6,07

6,50

52,80

TOTAL

309.494

309.544

2.012.330

279.064

1.504.606

-0,02

10,90

33,74

A+B (C) Caminhões (D) Ônibus C+D

(F) Impl. Rod.

Mas os emplacamentos crescem quase 39% no 1º semestre O mercado de veículos consolidou sua trajetória de recuperação no primeiro semestre de 2021. De acordo com dados da FENABRAVE, os emplacamentos de veículos cresceram quase 39% nos primeiros seis meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o Brasil passou a sofrer os impactos da pandemia do Coronavírus. “A alta em relação ao primeiro semestre do ano passado já era esperada, pois �vemos uma paralisação quase completa da economia em abril de 2020, mas, de qualquer forma, o mercado mostrou boa adaptação à pandemia”, destaca Alarico Assumpção Júnior, presidente da en�dade. O mercado consolida recuperação, mas escassez de produtos ainda é gargalo para alguns segmentos. Mesmo com crescimento, o ano de 2021 deverá fechar com 3.455.080 veículos emplacados, 13,6% acima de 2020, mas 12,05% menor do que em 2019 (3.928.668 veículos). Este ano, contudo, www.borrachaatual.com.br

deverá ser melhor do que os de 2016 e 2017, quando o Brasil apresentou uma das piores crises econômicas e polí�cas de sua história.

Revisão das projeções para 2021 Neste cenário, a FENABRAVE revisou em julho as projeções iniciais de emplacamentos para 2021. Em janeiro, a en�dade havia es�mado que o setor automo�vo, como um todo, cresceria 16,6% este ano. Agora, a previsão é de uma alta de 13,6%. “Como disse, automóveis e comerciais leves con�nuam muito afetados pela baixa disponibilidade de produtos. Em função da importância de ambos, em termos de volume, para o setor automo�vo, o número global foi reduzido, mas outros segmentos, como caminhões, ônibus e implementos rodoviários, �veram suas es�ma�vas ajustadas para cima”, analisa Assumpção Júnior.

Produção de veículos cai 2% em julho Pelo segundo mês consecu�vo a produção de autoveículos recuou no Brasil, de acordo com levantamento mensal feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). A queda é creditada às paralisações de algumas fábricas em função da falta de semicondutores, item que integra centenas de equipamentos eletrônicos dos veículos. Em julho, a produção total foi de 163,6 mil unidades, 2% a menos do que no mês de junho e 4,2% abaixo de julho de 2020. Foi a pior produção para um mês de julho desde 2003. As dificuldades no ritmo de produção obviamente têm seus reflexos tanto nas vendas internas quanto nas exportações. O mês de julho teve 8 mil licenciamentos diários, pior média em 12 meses. O total de 175,5 mil unidades licenciadas representou queda de 3,8% em relação a junho. O recuo foi ainda mais dramá�co

15


MERCADO

Mercado Interno Mercado Interno MERCADO INTERNO Autoveículos Autoveículos

jul/21jul/20

jun/21

jul/21

983

Em mil unidades

De janeiro a julho de cada ano De janeiro julho de cada ano Em mil aunidades

+27,1%

552

2020

1.384 1.250

2021 2018

175,5

+27,1%

1.552 983

2019

Em mil unidades

182,5

175,5 174,5

2020

1.250

De janeiro a julho de cada ano Em mil unidades

182,5

2021

A

nas exportações, com 23,8 mil veículos enviados a outros países, volume 29,1% inferior ao do mês anterior. “Há demanda interna e externa por um volume maior de veículos, mas infelizmente a falta de semicondutores e outros insumos tem impedido a indústria de produzir tudo o que vem sendo demandado, apesar dos esforços logís�cos empenhados pelas empresas”, afirma o Presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes. A situação é especialmente delicada para os fabricantes de automóveis, em função dos maiores volumes de produção necessários para abastecer o mercado. O segmento de caminhões, em contrapar�da, vem sofrendo de forma mais amena esses impactos nega�vos, embora também tenha seus percalços e poderia ter desempenho ainda melhor. Em julho a produção foi de 14,8 mil unidades, alta de 1,1% sobre junho. Já os licenciamentos totais de 12 mil caminhões foram 5,3% superiores aos do mês anterior.

16

9,5

11,4

Cenário ainda é nebuloso

+25,5%

+5,3%

-3,8%

Em mil unidades Em mil unidades

-3,8%

jun/21

9

+25,5%

+0,6%

-16,6%

Em mil unidades

+0,6%

Caminhões Ônibus Caminhões e Ônibus Caminhões e Ônibus

12,0 9,5

+5,3%

11,4

-16,6%

12,0

A performance nega�va dos auto-11,2% móveis e o desempenho surpreendente1,4do segmento 1,5 1,4 1,3 de caminhões fizeram 1,31,5 a ANFAVEA atualizar as projeções que jul/20 jun/21 jul/21 jul/20 jun/21 jul/21 havia apresentado em janeiro, referentes ao fechamento de 2021. A produ+49,2% +49,2% ção total, que era es�mada em 2.520 mil unidades (alta de 25% sobre 2020), 70,7 70,7 55,7 55,7 foi reduzida para 2.463 mil (alta de 22% 47,4 47,4 38,6 38,6 sobre o ano passado). Separando leves +21,7% +21,7% a alta na produção es�mada 11,4e pesados, 11,4 8,8 8,8 7,4 7,4 7,2 7,2 2021/2020 caiu de 25% para 21% no segmento de automóveis e comerciais leves, 2018 2019 2020 2021 2018 2019 2020 2021 e subiu de 23% para 42% no caso de caFonte: ANFAVEA minhões e ônibus. Mesmo com a baixa oferta para Já para as vendas internas, a extanta demanda, os preços dos automó- pectativa agora é de 2.320 mil licenciaveis e comerciais leves cresceram em mé- mentos (elevação de 13% sobre o ano dia 8,3% nos úl�mos 12 meses, segundo anterior), ante os 2.367 mil previstos acompanhamento da KBB, mul�nacional em janeiro. Automóveis foram revistos especializada em preços de carros. Esse para baixo, enquanto comerciais leves, índice é bem inferior ao da inflação do caminhões e ônibus foram revistos período, que foi superior a 35%, de acor- para cima. do com o IGPM. É menor também que Finalmente, as exportações foa valorização dos veículos seminovos em ram revisadas de 353 mil para 389 mil 12 meses (cerca de 17% pelo índice KBB) na expecta�va do ano, uma esperada e dos insumos que impactam o custo alta de 20% sobre 2020, melhor que a de produção, como resinas e elastôme- elevação de 9% inicialmente projetada. ros (109%), siderurgia (84%) e plás�cos “Nunca foi tão di�cil fazer projeções no (43%), entre outros aferidos pelo IBGE. Brasil”, desabafa o Presidente da ANFAEm termos de produção, 1.148,5 VEA. “Além das variáveis socioeconômimil autoveículos deixaram as linhas de cas, agora temos também de levar em montagem no primeiro semestre do ano, conta a situação da pandemia, o ritmo 57,5% a mais que os 729 mil do mesmo da vacinação, a instabilidade polí�ca e período do ano passado, quando todas essa crise global dos semicondutores, as fábricas passaram por paradas de até sobre a qual pouco podemos antever”, dois meses. Numa comparação mais jus- acrescenta Moraes, ressaltando que ta, com o primeiro semestre de 2019 (an- uma possível restrição de fornecimento tes da pandemia), houve uma retração de energia elétrica não entrou nos cálde mais de 300 mil unidades, ou 22%. culos da associação. -11,2%

De janeiro a julho de cada ano Em mil unidades

ulos

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MERCADO

PROJEÇÕES 2021 PARA AUTOVEÍCULOS Autoveículos

Relializado 2020

Automóveis, Com. Leves, Caminhões e Ônibus

mil unidades

mil unidades

2.058 1.955 1.616 339 104 90 13,9 324 307 17,4 2.014 1.905 109

2.367 2.250 1.850 400 117 101 15,7 353 333 20,1 2.520 2.385 135

US$ bilhões

US$ bilhões

5,5

6,0

TOTAL Veículos Leves Automóveis Comerciais Leves Veículos Pesados Caminhões Ônibus TOTAL Veículos Leves Veículos Pesados TOTAL Veículos Leves Veículos Pesados

Licenciamento

Exportações

Produção

Automóveis, Com. Leves, Caminhões e Ônibus TOTAL

Exportações

Projeção 2021 (posição janeiro)

Projeção 2021 (posição julho) %

mil unidades

15 15 14 18 13 13 13 9 8 16 25 25 23

%

2.320 2.182 1.732 450 138 122 16 389 365 24 2.459 2.304 156

%

13 12 7 33 33 36 15 20 19 38 22 21 42

US$ bilhões

%

7,0

Fonte: 27ANFAVEA

8

COMPARATIVO 2019/20/21 Licenciamento - Média diária

1,8 1,8

1,8

1,7 1,8

1,6

1,7 1,8

1,8 1,6 1,5

1,7

1,6 1,2

fev mar abr mai

ago set out nov dez

2021 83

51

59

68

71

66 58

59

68

79

80

76

81 51

40

56

75 71

73 68 51

430 468

453 457

409 377

433 348

429 385

84

544

542

96

2020

55

2019

69

2021

389 415

405 426

489

jul

Ônibus (unidades)

16

33

241

415

jun

92

2020 548

2019

405

0,6

1,0

1,1

jan

Caminhões (unidades)

198

1,6

1,6

1,6

1,5

1,6

1,6 1,5 1,6

1,4

1,4 1,2

ago set out nov dez

83

jul

94

jun

78

fev mar abr mai

318 331 377 344 356 389 400 293 468

2021

2,2

2,0

jan

2020

1,8

10,8 9,3

9,8 8,9

8,9 8,0

8,9 7,7

2019

0,6

4,9

6,8

8,5

8,9

2021

5,9 5,6

6,3

6,8

9,0

9,5

2020

6,4

9,0

9,0 6,0 6,2

6,4

7,4 7,0 6,5 8,1

9,2

2019

Comerciais Leves (mil unidades) 1,7

Automóveis (mil unidades)

jan

18

fev mar abr mai

jun

jul

ago set out nov dez

jan

fev mar abr mai

jun

jul

ago set out nov dez Fonte: ANFAVEA

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MERCADO

Importados crescem no mercado As treze marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 7.398 unidades, das quais 2.555 importadas e 4.843 veículos de produção nacional, anotaram em julho úl�mo alta em suas vendas de 6,3% ante junho de 2021, quando foram comercializadas 6.960 unidades. Comparado a julho de 2020, o aumento é de 33,2%: 7.398 unidades contra 5.556 veículos. Na importação, as 2.555 unidades vendidas significaram redução de 3,7% ante as 2.653 unidades de junho de 2021 e de 9,8%% ante julho de 2020; enquanto na produção nacional – com 4.843 unidades – a alta de vendas foi de 12,4% ante as 4.307 unidades do mês anterior e de 77,8%% em relação a julho de 2020. Com essas parciais mensais dos dados do acumulado dos primeiros sete meses do ano, as unidades importadas significaram aumento de 9,9%: de janeiro a julho de 2021, foram registradas 15.736 unidades, contra 14.315 emplacamentos de importados em igual período de 2020. Já a produção nacional das associadas à Abeifa acumula, no mesmo período, 26.151 unidades licenciadas contra 14.536 unidades dos primeiros sete meses de 2020, regirstraram alta de 79,9%. Somadas as unidades importadas e as nacionais, com total de 41.887 veículos nos primeiros sete meses de 2021, as associadas à Abeifa registram percentual posi�vo de 45,2%. Em 2020, em igual período compara�vo, o total de licenciamentos foi de 28.851 unidades. “As empresas filiadas, também fabricantes locais, ob�veram resultados muito expressivos em julho. Para as importadoras, porém, as vendas foram

20

EMPLACAMENTO DE AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES Todas as marcas (Veículos Importados)

225.000

Evolução dos acumulados 2020

13,1%

2021 72,2%

-21,8%

104.265 92.184

58.985

57.935 45.280 34.249

1º TRIMESTRE

2º TRIMESTRE

1º SEMESTRE

PREVISÃO 2021 Fonte: Abeifa

inibidas por falta de vários modelos. O desabastecimento instável de peças e de componentes ainda tem impactado a produção de nossas matrizes. Mas entendemos que o setor consegue se recuperar nos próximos meses porque há uma demanda reprimida”, esclarece João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa. No acumulado dos primeiros sete meses, com 41.887 unidades, as associadas à Abeifa representam 3,58% do mercado interno brasileiro, de 1.169.177 veículos emplacados.

Produção de motos ultrapassa 560 mil unidades No primeiro semestre de 2021 as fabricantes de motocicletas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) produziram 568.863 unidades. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, o volume é 45% superior às 392.217 motocicletas produzidas no mesmo período do ano passado. Ainda de acordo

com levantamento da Abraciclo, este é o melhor resultado para o semestre desde 2015, que fechou com 697.540 motocicletas fabricadas. Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, o setor mantém seu ritmo de recuperação de forma consistente. “Ainda estamos trabalhando para atender a demanda reprimida resultante da pandemia. Todas as unidades fabris trabalham para recuperar parte do atraso registrado no primeiro bimestre devido à crise sanitária enfrentada pela cidade de Manaus”, explica. Ao analisar o cenário atual, o presidente da Abraciclo afirma que o volume produ�vo segue o ritmo esperado pela Associação, mas não descarta a possibilidade de revisar para cima a projeção anual nos próximos meses. A perspec�va atual da Abraciclo é de fabricar 1.060.000 motocicletas neste ano. No primeiro semestre, os licenciamentos somaram 517.154 unidades, aumento de 47,7% em relação ao mesmo período de 2020 (350.141). As categorias mais emplacadas foram Street (250.131 unidades e 48,4% do mercado), Trail (109.401 unidades e 21,2%) e Motoneta (70.503 unidades e 13,6%). www.borrachaatual.com.br


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MERCADO

EMPLACAMENTO DE MOTOCICLETAS Junho/20

Maio/21

Junho/21

Categoria

A

Participação

B

Participação

C

Participação

C/A

C/B

Street

21.861

47,7%

54.714

49,6%

48.580

45,5%

122,2%

-11,2%

Trail

8.671

18,9%

24.028

21,8%

24.748

23,2%

185,4%

3,0%

Motoneta

5.034

11,0%

14.941

13,5%

15.962

15,0%

217,1%

6,8%

Scooter

4.790

10,4%

9.742

8,8%

9.910

9,3%

106,9%

1,7%

Naked

1.872

4,1%

2.534

2,3%

2.735

2,6%

46,1%

7,9%

Bigtrail

1.653

3,6%

2.132

1,9%

2.389

2,2%

44,5%

12,1%

Ciclomotor

656

1,4%

1.188

1,1%

1.309

1,2%

99,5%

10,2%

Sport

508

1,1%

615

0,6%

578

0,5%

13,8%

-6,0%

Custom

696

1,5%

360

0,3%

354

0,3%

-49,1%

-1,7%

Touring

14

0,0%

8

0,0%

9

0,0%

-35,7%

12,5%

Triciclo

100

0,2%

114

0,1%

106

0,1%

6,0%

-7,0%

TOTAL

45.855

100,0%

110.376

100,0%

106.680

100,0%

132,6%

-3,3%

Fonte: Associadas Abraciclo

Exportações – No primeiro semestre, foram exportadas 26.260 motocicletas, volume 148,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (10.558 unidades). De acordo com dados do portal de esta�s�cas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Argen�na foi o país que mais recebeu motocicletas produzidas no Brasil, com 8.345 unidades e 30,8% do total exportado. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar (5.838 unidades e 21,6% das exportações), seguidos pela Colômbia (5.457 unidades e 20,1%). “Os Estados Unidos se tornaram um mercado ca�vo, graças aos inves�mentos das fabricantes nacionais para aperfeiçoar cada vez mais seus processos produ�vos e, com isso, elevar os níveis de qualidade e segurança das motocicletas”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. A Argen�na foi o principal parceiro comercial com 1.425 motocicletas embarcadas, o que corresponde a 30,7% do volume total exportado. Na sequência do ranking, vieram Colômbia (1.208 unidades e 26% das exportações) e Austrália (616 unidades e 13,3%).

22

Aumenta confiança do setor industrial O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de julho, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), está em 62 pontos, sendo o terceiro aumento consecu�vo, o que mostra uma confiança maior e mais disseminada entre os industriais. Composto por dois indicadores - Condições Atuais e Expecta�va, nos úl�mos três meses, o ICEI acumula alta de 8,3 pontos, se distanciou da média histórica de 53,9 pontos e se encontra no maior patamar dos úl�mos 11 anos para o mês de julho.

Vendas de elétricos crescem 84% Os veículos elétricos já são realidade na Europa, EUA e na Ásia, e esta tendência está ganhando espaço no mercado brasileiro. A prova disso é o balanço entregue pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), que mostrou que no primeiro semestre de 2021 o

crescimento das vendas foi de 84% em relação ao ano anterior, levando ao emplacamento de 13.899 novos veículos. No mês de junho, o crescimento foi de 13% em relação a maio, com 3.507 novos emplacamentos. Pela primeira vez, o veículo elétrico mais emplacado no Brasil foi um comercial leve, o Furgão BYD eT3. Em junho, a BYD emplacou no país 82 furgões BYD eT3. Estes veículos foram des�nados à TB Green, empresa de soluções integradas de locação de frotas verdes, fornecimento de mão de obra e gestão de resíduos e limpeza urbana. Os veículos serão operados por empresas de e-commerce focadas na logís�ca verde. Carlos Roma, Diretor Geral da TB Green acredita que “A adoção dos 100% elétricos será inicialmente puxada por corporações que busquem de fato cumprir com o ESG, que tenham aplicações de serviço 24/7, que estejam abertas para abastecê-los com energias limpas como a fotovoltaica, e que aqui na TB Green chamamos de projeto “Sun to Wheel”. Não é apenas o veículo elétrico, formamos internamente os Green Pilots que pertencem às minorias sociais, dirigem de forma eficiente e dão exemplo de cidadania”.  www.borrachaatual.com.br



MOBILIDADE

Continental firma parceria com Kopernikus ©DIVULGAÇÃO

A Con�nental, empresa que desenvolve tecnologias e serviços pioneiros em mobilidade sustentável, anuncia inves�mento na startup especializada em tecnologias de direção autônoma, Kopernikus Automo�ve. A parceria focará no desenvolvimento de soluções de automação de manobra e recebeu o nome de Automated Valet Parking (AVP). Localizada em Leipzig, a Kopernikus desenvolve produtos inteligentes para a automação de manobras de veículos. Seus ar�gos contam com uma tecnologia sensorial instalada na

infraestrutura dos automóveis e com o auxílio de algoritmos baseados em inteligência ar�ficial que movimentam os veículos de maneira centralizada, garan�ndo a perfeição das manobras. Em um futuro próximo, os motoristas entregarão seus veículos à uma infraestrutura que estacionará os automóveis de forma autônoma. A mediação será feita por meio de um aplica�vo e os algoritmos baseados em inteligência ar�ficial serão responsáveis por garan�r uma orientação segura dos carros. A Kopernikus garante que os recursos poderão ser implementados de forma econômica em qualquer garagem, trazendo tecnologia de ponta para todos os estacionamentos. O pré-requisito para obter o aparato de manobra é uma função adicional chamada Central de Controle de Movimento, que converte a trajetória especificada pela infraestrutura inteligente

no controle dos respec�vos atuadores. Os componentes embarcados necessários para a instalação dos sensores são uma transmissão automá�ca, um freio de estacionamento elétrico, assistência de direção elétrica e uma unidade de comunicação inteligente. “No futuro, os carros nas fábricas, centros de logís�ca e garagens serão movimentados de forma autônoma. A Kopernikus e a Con�nental estão trabalhando juntas para desenvolver uma solução segura, confortável e acessível. Na Con�nental, estamos trabalhando em duas soluções: um procedimento de estacionamento autônomo baseado em dados de sensores de veículos e uma solução baseada em infraestrutura semelhante a cruzamentos inteligentes”, afirma Ralph Lauxmann, chefe de Estratégia e Soluções Futuras para a área de negócios de Mobilidade Autônoma e Segurança na Con�nental. 

VW e-Delivery entrega energia em operações reais gasta para desacelerar. Essa solução foi construída em linha com condições reais de operações urbanas. Por trás dessa energia, estão baterias de íons de lí�o com design o�mizado para que os conjuntos fiquem mais leves ao mesmo tempo que oferecem uma das melhores densidades de energia do mercado. Além disso, são livres de níquel, cobalto e manganês, sendo a opção mais sustentável. São refrigeradas a água, com controle de temperatura para prolon©DIVULGAÇÃO

Com a opção de seis ou três pacotes de bateria, a engenharia inteligente do e-Delivery se traduz em uma autonomia de até 250 km, de acordo com a configuração do veículo e a aplicação. Seu freio regenera�vo de três estágios pode aproveitar até 40% da energia

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gar sua vida ú�l e também podem ser aquecidas, se necessário. Tudo isso de forma totalmente segura. O e-Delivery opera com uma tensão nominal de 650 volts. Todos os componentes do veículo foram desenvolvidos para operar de forma eficiente, sendo acionados apenas quando necessário. O e-Delivery suporta uma recarga em corrente con�nua de até 150 kW de potência, bem acima da maioria das opções disponíveis no mercado, o que reduz significa�vamente o tempo do veículo parado nas estações de carregamento e aumenta a disponibilidade ao usuário. Para a operação, o padrão de tomada é internacional, o CCS-2, seguido também pelo mercado europeu e pela maioria das montadoras de veículos elétricos.  www.borrachaatual.com.br


GENTE

Centenário de Vicencio Paludo, fundador da Vipal No dia 12 de agosto, o empresário Vicencio Paludo, fundador da Vipal Borrachas e patriarca da família Paludo, completaria seu centenário. Falecido em 2015, Paludo fundou a empresa em 1973, na cidade de Nova Prata, na Serra Gaúcha, deixando como legado uma líder na América Latina. Natural de Paraí (RS), Vicencio é um exemplo de superação e de visão empreendedora. Com a ajuda dos filhos, Vicencio construiu uma das principais empresas do segmento de borrachas, responsável por levar o Rio Grande do Sul e o Brasil para cerca de 90 países de todos os continentes. Hoje, com 48 anos de estrada, a Vipal Borrachas conta com quatro fábricas com capacidade instalada superior a 19 mil toneladas por mês e 3 mil funcionários, que usufruem de uma estrutura física de 183 mil m². ©DIVULGAÇÃO

Flávio Ribeiro é o novo “Country Manager” da Bridgestone... A Bridgestone anunciou a chegada de Flávio Ribeiro como novo “Country Manager” para as operações da companhia no Brasil. O executivo estará baseado em São Paulo e trabalhará junto ao Presidente ©DIVULGAÇÃO da Bridgestone Latin America South, Fabio Fossen. Com mais de 25 anos de experiência, Flávio deverá liderar a estratégia de Vendas e Marketing da Bridgestone no país. Ele também terá sob sua responsabilidade impulsionar o negócio de Soluções e Mobilidade no Brasil e reforçar os pilares da visão North Star da companhia, que visa oferecer valor social aos clientes como uma empresa de soluções sustentáveis até 2050.

...e Fernanda Aranha é gerente de Assuntos Corporativos Mais um nome novo na diretoria da Bridgestone do Brasil. A empresa anuncia a chegada de Fernanda Aranha, como nova gerente de Assuntos Corporativos para a região Latin America South (BS-LAS), que inclui ©DIVULGAÇÃO Argentina, Brasil e Chile & Non-Manufacturing Countries. Fernanda Aranha estará baseada no Brasil e irá liderar a estratégia de relações governamentais, comunicação interna e externa e de responsabilidade social corporativa. Ela chega à equipe Bridgestone após 7 anos na Heineken. www.borrachaatual.com.br

Roberto Righi é Gerente Geral Adjunto do Prometeon Tyre Group O Prometeon Tyre Group anuncia a nomeação, com efeito imediato, de Roberto Righi como Gerente Geral Adjunto. Righi reportará diretamente ao Conselho de Administração do grupo. Depois de se formar em Administração de Empresas e Gestão pela Universidade Bocconi em Milão, na Itália, Righi ocupou funções de crescente responsabilidade enquanto trabalhava em empresas de prestígio como Ducati e Pirelli, onde passou a maior parte de sua carreira profissional. Até o fim de 2019, foi vice-presidente executivo de Substituição Comercial, Região Emea e Business Moto.

Izabela de Oliveira assume presidência do Conselho da CAOA Izabela Molon Luchesi de Oliveira Andrade é a nova presidente do Conselho da CAOA. Formada em direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, a advogada Izabela Andrade já tinha participação ativa junto ao Conselho e ao lado do Dr. Carlos Alberto de Oliveira Andrade, tendo contribuído com as decisões nos negócios e operações da CAOA. No comando executivo da CAOA, o CEO Mauro Correia seguirá com a responsabilidade de coordenar a Gestão de Negócios de toda a empresa e seus departamentos operacionais, fazendo o elo com o Conselho de Administração.

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AGRONEGÓCIO

Marcello Brito, presidente do Conselho Diretor da Abag na abertura do 20º Congresso Brasileiro do Agronegócio Foto: Cauê Diniz

©DIVULGAÇÃO

AGRO BRASILEIRO É A SOLUÇÃO PARA MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O

Brasil tem tudo: agroambiente, água, floresta e pessoas. Por isso, o agronegócio é a solução para mudanças climá�cas e para mi�gação de emissões de carbono no país. Essa foi uma das conclusões do 20º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), uma realização da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), em parceria com a B3, a Bolsa de Valores do Brasil, que aconteceu em agosto. Considerado um dos eventos mais relevantes do universo do agro nacional, reuniu mais de 8.000 par�cipantes, de 24 países, que

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puderam acompanhar importantes debates sobre o tema central do encontro Nosso Carbono é Verde. “Precisamos recuperar nosso protagonismo na agenda agroambiental. Somos um país com florestas, que são man�das também pelos agricultores, que devem ser remunerados por essa proteção. Desse modo, o Brasil é o domicílio preferencial do carbono verde do mundo, portanto, o que nos cabe é usar nossa inteligência e manter nossas boas relações. Precisamos nos manter unidos: antes e depois da porteira”, resumiu Marcello Brito, presidente do Conselho Diretor da ABAG, no encerramento do evento online.

Diante desse cenário, embaixador Marcos Azambuja, conselheiro Emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), disse no O Futuro o Agro no Comércio Mundial, que o Brasil está em outro nível de inserção internacional graças à qualidade e à cria�vidade do seu agronegócio, portanto o setor mais certo é o da produção de tecnologia alimentar, respeitando as condições do meio ambiente. Ele ressaltou que o segmento tem feito uma perfeita aliança entre Estado e o setor privado, na diplomacia, defendendo a proteção do meio ambiente, e uma cooperação ímpar com o mundo acadêmico. Por fim, ele enfa�zou a importância do cuidawww.borrachaatual.com.br


do ambiental não porque outros países querem, mas em bene�cios do todos os brasileiros. “O meio ambiente brasileiro é do Brasil”. Para Malu Nachreiner, presidente da divisão Crop Science da Bayer no Brasil, o país precisa par�cipar da pauta global relacionada à sustentabilidade e ao mercado de carbono. “Devemos ter um lugar à mesa nas discussões de regulamentação desse mercado. Há muita coisa para descobrir, além da implantação de uma metodologia para que o agricultor realmente possa ser remunerado”. Em sua opinião, essa regulamentação é imprescindível porque o país possui uma agricultura tropical, diferente das nações do Hemisfério Norte, o que pode trazer uma desvantagem compe��va para o setor. Ela citou, por exemplo, como a adoção do plan�o direto pelos americanos melhora o saldo do carbono sequestrado, mas para o Brasil, cuja prá�ca é bastante comum, o resultado acaba sendo pequeno.

O Brasil está em outro nível de inserção internacional graças à qualidade e à criatividade do seu agronegócio. Elizabeth Farina, diretora Execu�va da WRI Brasil; concordou com Malu sobre ter começado primeiro a implantação de prá�cas sustentáveis �ra uma vantagem compe��va. Contudo, ela pondera que se houver a produção de boa informação, ou seja, métricas e de indicadores para quan�ficar as ações e comprovar os resultados de proteção ambiental. Ela ponderou ainda que a estratégia de mudança climá�ca é um www.borrachaatual.com.br

projeto de desenvolvimento para um país. Por isso, o Brasil deve chegar com metas estabelecidas na COP26, prevista para acontecer em novembro. “O Brasil precisa par�cipar desse debate, construindo o mercado com regras e com a par�cipação dos agentes da oferta e da demanda”. Segundo Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé; o agronegócio brasileiro é forte, desenvolvido e sustentável, e conseguirá superar os desafios impostos pelas mudanças do mercado internacional e pelo crescimento populacional. A seu ver, o país possui estratégias inovadoras e condições de atender a expansão mundial de consumo, visto o potencial em clima, solo e topografia. Além disso, o mundo tem demandado qualidade, ESG, sustentabilidade e a participação de famílias de pequenos produtores. “Se o país demostrar realmente que possui todas essas condições, estaremos na frente”.

Conciliar produção, crédito, tecnologia e sustentabilidade O desenvolvimento de uma agenda agroambiental passa também pela oferta de mecanismos de financiamento, investimento e crédito. Assim, Otávio Ribeiro Damaso, diretor de Regulação do Banco Central do Brasil, enfatizou em seu depoimento no painel Brasil Verde e Competitivo a realocação dos fundos internacionais para projetos e empreendimentos que atendam aos critérios de sustentabilidade, com os componentes social, ambiental e climático. Ele afirmou ainda que esse cenário representa uma grande oportunidade para desenvolvimento e investimento na economia, especialmente no agronegócio. Assim, o produtor rural e a sociedade brasileira devem olhar essa tendência e aproveitá-la para ampliar seus negócios.

“Nosso carbono não terá o destaque e não desenvolverá seu potencial se não houver um projeto de produção.” Nesse panorama, Carolina da Costa, sócia da Mauá Capital, analisou que é preciso escalar essas inicia�vas que conciliam a produção agropecuária, produ�vidade, tecnologia e sustentabilidade. E, para isso, é necessário crédito, educação e assistência técnica. Desse modo, o grande desafio está na coordenação. “Nosso carbono não terá o destaque e não desenvolverá seu potencial se não houver um projeto de produção, alinhado com inves�mento, educação e embasado em indicadores de verificação”, frisou. Para ela, trabalhar a integração das cadeias produ�vas é outro fator importante para que todos os players entendam que essas tecnologias trazem outros bene�cios, além da conservação ambiental, como produ�vidade, ganhos financeiros e de reputação. Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, ao projeto é essencial também no setor público e, infelizmente, o Brasil está com dificuldade de gerar um plano para o crescimento da produ�vidade na economia brasileira, devido ao atraso da educação nacional. Ele comentou sobre a piora da dificuldade macroeconômica, o deterioramento da questão fiscal e os sinais pouco posi�vos para o próximo ano. Sobre o mercado do carbono, ele ressaltou a importância da realização da COP26 para a definição de ações concretas para alcançar as metas definidas para 2050, incluindo o valor do carbono, que hoje está em cerca de US$ 3 por tonelada e deveria estar em US$ 75 por tonelada.

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AGRONEGÓCIO Fábio Zenaro, diretor de Produtos Balcão e Novos Negócios da B3, citou o potencial da emissão de �tulos com temá�ca ESG. Atualmente, são 24 debentures, 15 CRAs, 2 CRI e 4 cotas de fundos fechados, com valor de cerca de R$ 12 bilhões. Ele também avaliou que as empresas estão mais engajadas na temá�ca ESG e que existe uma mudança de comportamento do inves�dor ins�tucional e de pessoa �sica que, além da remuneração, tem procurado propósito. Outro ponto trazido por ele foi a importância de haver critérios e regras relevantes em relação aos critérios ESG. Caso contrário, o cenário não se manterá ao longo do tempo.

Iniciativa privada tem protagonismo em sustentabilidade O 20º Congresso Brasileiro do Agronegócio trouxe ainda o papel da inicia�va privada nas questões de sustentabilidade e do mercado de carbono. No painel Energia Limpa e Sustentável do Congresso Brasileiro do Agronegócio, Ricardo Mussa, CEO da Raízen, trouxe uma avaliação sobre a maior demanda de sustentabilidade e o potencial do setor sucroalcooleiro para atender essas necessidades, com o etanol da segunda geração, a cogeração da bioeletricidade, uma vez que a cana é despachável e permite sua produção mesmo em período de seca, e o biogás. Ele ainda ressaltou o papel do etanol na transição energé�ca por emi�r menos gases de efeito estufa e pela possibli-

dade de uso, por exemplo, em motor a célula de combus�vel a hidrogênio.

“A iniciativa privada tem papel de protagonismo, uma vez que a melhor forma de descarbonização é eletrificar a economia. De acordo com Solange Ribeiro, presidente adjunta da Neoenergia, a prá�ca ESG é uma oportunidade e a inicia�va privada tem papel de protagonismo, uma vez que a melhor forma de descarbonização é eletrificar a economia. E o Brasil tem uma grande vantagem por ter 80% de matriz renovável. “Qualquer produto fabricado aqui é eito com 80% de energia renovável”, ponderou. A seu ver, se as companhias querem seguir suas trajetórias daqui a 30 anos, é preciso priorizar essa questão, ou seja, a sustentabilidade deve ser parte da estratégia da empresa. “Aquelas que não colocarem efe�vamente em seus balanços as informações sobre conservação ambiental, par�cipando dessa transformação, não estarão aqui”, asseverou. Nesse sen�do, a JBS tem como obje�vo ser zero emissões até 2040, por isso está inves�ndo mais de US$ 1 bilhão nessa transformação. Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS; ressaltou

como as mudanças climá�cas estão afetando a vida e a produção agrícola e como o Brasil tem um grande potencial para acelerar esse processo de mudança no agro. Em sua avaliação, a Integração Pecuária, Lavoura e Floresta, ao invés de emi�r carbono, sequestra esse carbono, além de permi�r um crescimento de cerca de 40% na produção de alimentos em uma mesma área. Desse modo, ele enfa�zou a importância de dar escalabilidade em métodos de produção sustentáveis para que os produtores rurais de todo o país sejam beneficiados por elas. Assim, a empresa decidiu inves�r US$ 100 bilhões para desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e inovação para possibilitar essa aceleração. A proposta da JBS em buscar sustentabilidade fez com que a empresa adquirisse o recém-lançamento da Volkswagen Caminhões, o caminhão elétrico E-Delivery, produzido em território nacional. Segundo Antonio Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões; o veículo atende as demandas para redução da pagada de carbono, além de u�lizar energia eólica para sua recarga. A seu ver, há espaço para a aplicação de diversos �pos de tecnologia para diminuir ou zerar a emissões de carbono, mas é importante que haja polí�cas públicas ou questões regulatórias para incen�var a produção de veículos sustentáveis. Outro ponto tratado por ele também é diminuir a idade da frota de veículos comerciais no país, isto é, renovar por caminhões mais eficientes. 

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Michelin lançou o novo pneu Michelin 295/80 r22.5 x mul� energy Z para o transporte rodoviário de carga e passageiro. O pneu, indicado para todas as posições, é o�mizado para eixos direcionais e aplicação nos mais variados �pos de veículos. “Com uma menor resistência ao rolamento, o lançamento é ideal para clientes que valorizam a redução de consumo de combus�vel. Indicado para aplicação no uso rodoviário, seja autoestrada ou regional, é um produto realmente desenvolvido para as estradas brasileiras”, afirma Alessandra Rudloff, Diretora de Marke�ng da Michelin América do Sul. O diferencial, destacado pela execu�va, foi comprovado em teste auditado pelo ins�tuto independente DEKRA, que apontou que o novo pneu oferece uma diminuição em média de 4,4% no consumo de combus�vel em relação à média dos principais concorrentes da categoria. “Como o pneu influencia em torno de 20% o consumo de combus�vel do veículo, a sua escolha impacta diretamente não só o meio ambiente, como o bolso do fro�sta”, explica Ruy Ferreira, Diretor Comercial da Michelin América do Sul. Por exemplo, ao u�lizar por um ano o pneu Michelin 295/80 R22.5 X Mul� Energy Z em uma frota de 50 ônibus rodoviários, com uma quilometragem mensal de 10.000 por mês, com um consumo 3,5 Km / litro, a es�ma�va é a u�lização a menos de 75 mil litros de diesel, economizando assim, duran-

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te o período, aproximadamente 286 mil reais, além de evitar a emissão de mais de 200 mil kg de CO2 na atmosfera – economia equivalente ao plan�o de 8.026 árvores. “Com esse lançamento, os clientes terão uma redução no custo de suas operações, ponto chave da oferta, também por ter à sua disposição um produto com excelente recapabilidade e alto rendimento quilométrico”, completa Ruy. Nova tecnologia Infinicoil – O lançamento apresenta a já conhecida tecnologia MICHELIN X Core que, desde 2014, tem seus bene�cios comprovados devido ao exclusivo composto interno de alta tecnologia e à proteção em nylon em volta do aro. Agora, a grande novidade é a tecnologia Infinicoil, que reduz significa�vamente a resistência ao rolamento, contribuindo para uma expressiva redução do consumo de combus�vel, preservando o rendimento quilométrico e a segurança. Nova tecnologia Infinicoil é patenteada pela Michelin, e composta por um cabo de aço único e con�nuo, que envolve a carcaça, proporcionando maior estabilidade e menor quan�dade de deformações do pneu durante o uso. Isso resulta em um desgaste mais uniforme da banda de rodagem, maior índice de carga (7,5 toneladas), menor consumo de combus�vel, preservando a entrega de um alto rendimento quilométrico. “Em nosso novo pneu, a menor resistência ao rolamento, que contribui para um menor consumo de combus�vel, é proporcionada pelo inovador desenho de sua banda de rodagem e ao composto de borracha Energy, aliados à sua carcaça de alta tecnologia”,

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Michelin lança pneu para transporte rodoviário

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PNEUS

explica Paulo Francischelli, Gerente de Segmento da Michelin América do Sul. Novo desenho com a Escultura Regenion e Blocante – na tecnologia desenvolvida e patenteada pela Michelin, o pneu contém 4 sulcos, sendo 2 abertos e 2 ocultos a serem expostos ao longo de sua 1ª vida, garan�ndo o mesmo nível de aderência durante a sua u�lização e mantendo um alto nível de rendimento quilométrico. Isso ocorre devido à união das esculturas Regenion e Blocante, que proporciona um desgaste mais lento e uniforme da banda de rodagem, maior aderência em solo seco e molhado, além de reduzir danos causados por perfurações na banda de rodagem devido aos sulcos mais fechados. Composto Energy: composto de alta tecnologia que proporciona redução no consumo de combus�vel do veículo, mantendo o equilíbrio de performances.  www.borrachaatual.com.br


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Sumitomo investe R$ 1 bilhão na fábrica Comemorando 10 anos de operação no pais, a Sumitomo Rubber do Brasil anuncia mais um inves�mento robusto para ampliação da capacidade produ�va de sua fábrica, localizada na cidade de Fazenda Rio Grande, no Paraná. Depois do R$ 1,6 bilhão já inves�do anteriormente, agora será mais R$ 1,06 bilhão de inves�mento nas linhas de produção de pneus para veículos de passeio e de carga. Com este novo aporte do Grupo, previsão é mais do que dobrar a capacidade de produção de pneus para veículos de carga, que atualmente está em mil unidades por dia, para mais de 2.2 mil pneus por dia até 2025. Já a meta para a produção de pneus para veículos de passeio é aumentar em 28% a capacidade de produção até 2024, ou seja,

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chegar a 23 mil pneus por dia. “Este inves�mento no Brasil reforça o nosso compromisso com o país nestes 10 anos de operação em solo nacional. Acreditamos muito no potencial do mercado brasileiro e esperamos com isso consolidar ainda mais as nossas marcas junto ao consumidor brasileiro, oferecendo produtos que são referência em segurança e tecnologia”, diz Yoshinori Wakitani, presidente da Sumitomo Rubber do Brasil, que detém as marcas Dunlop, Falken e Sumitomo. Com boas expecta�vas para o futuro, a empresa deve criar mais de 300 novos empregos diretos na fábrica até 2025, fortalecendo ainda mais sua posição como uma das principais empregadoras da região metropolitana de Curi�ba. 

Venda de pneus tem alta de 8,2% Depois de registrar queda em abril e junho, as vendas totais de pneus apresentaram alta de 8,2% em julho na relação com o mês anterior. Dentre as vendas totais dos segmentos, destacam-se a alta para pneus de comerciais leves (15,2%) e para pneus de passeio (12%). Os dados fazem parte do levantamento setorial divulgado pela ANIP - Associação Nacional da Indústria de Pneumá�cos. Na comparação com julho de 2020, os números são em sua maioria posi�vos, com destaque para as altas nos segmentos www.borrachaatual.com.br

comercial leve (25,6%) e passeio (10,6%). Com isso, as vendas totais apresentaram aumento de 6,5%. Quando comparado aos números pré-pandemia, contudo, os resultados de julho de 2021 são um pouco mais �midos, apesar de ainda serem de alta nas vendas totais (4,3%). Apesar do bom resultado de julho, os meses de baixa fizeram o acumulado em 2021 ficar 2,1% abaixo em comparação ao cenário pré-pandemia de 2019, principalmente para o segmento de passeio, o qual registrou queda de 8,7% nessa comparação. 

Firestone apresenta pneu para picapes A Firestone acaba de lançar no Brasil o pneu Des�na�on ATX que, com um design robusto e agressivo, proporciona uma direção confortável tanto em asfalto, como em terra ou cascalho, sendo uma excelente opção para quem busca controle e segurança em qualquer terreno. A novidade chega ao mercado oferecendo segurança em pisos molhados, robustez e resistência na experiência off-road, e um conforto superior em todas as situações, já que o pneu está preparado para circular em terrenos mais agressivos e no asfalto. “O segmento de picapes no Brasil con�nua muito relevante dentro do parque veicular. Este é um consumidor que busca a funcionalidade e resposta que um produto A/T precisa entregar, além de um produto com excelente apelo esté�co. E nesses aspectos, a nova linha Firestone Des�na�on ATX supera as expecta�vas”, explica Pedro Silva, Gerente de Marke�ng Bridgestone La�n America South para veículos de passeio. O modelo está disponível nas medidas: 235/70R16, LT265/75R16, LT31X10.5R15, 215/80R16 e 265/65R17. 

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PNEUS

Reforços no portfólio da General Tire A General Tire, tradicional marca norte-americana fundada em 1915 e integrante do por�ólio da Con�nental Pneus, está lançando no mercado brasileiro os modelos Al�max One e Al�max One S. Voltados para aplicação em veículos de passeio, eles são uma evolução do Al�max RT, HP, UHP e Evertrek e equilibram dois atributos muito procurados pelo consumidor nacional: alta quilometragem e preço compe��vo. “Nossa oferta de medidas atenderá, aproximadamente, 91% da frota de passeio que roda no Brasil, o equivalente a cerca de 33 milhões de veículos. Entre as muitas evoluções do projeto dos novos Al�max estão, por exemplo, o emprego de um novo composto de sílica, a distribuição o�mizada do peso e uma

nova construção e desenho de banda que, juntos, reduzem o ruído, ampliam a quilometragem e melhoram a segurança de condução em piso seco e molhado”, explica João Scalabrin, supervisor comercial de desenvolvimento de produto da Con�nental Pneus. Outra tecnologia comum a ambos os modelos é o Monitor de Subs�tuição do Pneu (RTM), que dá ao proprietário do veículo uma segurança adicional, ao indicar visualmente quando o pneu precisa ser subs�tuído. O tradicional wet wear indicator (WWI) da Con�nental também está presente, avisando quando os sulcos chegaram a 3 mm e, mesmo que ainda não seja necessária a troca do pneu, alertando que performance no molhado não é mais a mesma. 

Altimax One

Altimax One S

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Pirelli revela seu primeiro pneu de alto índice de carga

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A Pirelli apresenta seu primeiro pneu de alto índice de carga, dedicado principalmente a carros elétricos ou híbridos e SUVs e feito para suportar o peso de veículos novos equipados com baterias. O novo pneu apresenta a marcação HL (High Load) na parede lateral como uma indicação de suas capacidades. É capaz de suportar 20% mais peso em comparação com um pneu padrão e 6-9% mais peso do que um pneu XL de

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carga extra da mesma medida. É indicado para veículos mais pesados, como carros elétricos e projetado para fornecer baixa resistência ao rolamento, bem como um alto nível de conforto de direção. O Lucid Air será o primeiro carro a usar os novos pneus Pirelli HL. O Pirelli P ZERO para este modelo estará disponível nas seguintes medidas: HL 245/35R21 99 Y XL no eixo dianteiro e HL 265/35R21 103 Y XL no eixo traseiro, especificamente pro-

jetado para o novo sedan elétrico de luxo produzido e vendido ainda este ano nos Estados Unidos. De acordo com a estratégia ‘Perfect Fit’ da Pirelli, os pneus P ZERO para o Lucid Air foram desenvolvidos em conjunto com o fabricante de automóveis, para atender totalmente aos padrões de desempenho exigidos. Para iden�ficar o projeto específico do fabricante americano, esses pneus serão marcados com ‘LM1’ nas paredes laterais. “A busca por soluções técnicas de ponta sempre esteve no centro dos negócios da Pirelli. A atenção que dedicamos a todas as novas formas de mobilidade sustentável nos leva agora a uma tecnologia capaz de antecipar as demandas futuras dos fabricantes de automóveis por seus novos veículos elétricos e híbridos, que exigem cada vez mais um desempenho especializado dos pneus”, afirma Pierangelo Misani, vice-presidente sênior de P&D e Cyber da Pirelli.  www.borrachaatual.com.br


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A Dunlop apresenta seu mais novo lançamento no Brasil para o segmento de pick-ups, SUVs e u�litários que se aventuram em todos os terrenos, sejam eles no asfalto ou na terra: o Dunlop Grandtrek AT5. O novo modelo de pneu é produzido no Brasil na fábrica da Dunlop, localizada em Fazenda Rio Grande/PR, e foi desenvolvido para atender aos clientes que usam seus veículos nas mais diferentes condições. O desenho e rigidez da banda de rodagem, a adoção de ejetores de pedras e o perfil da carcaça aprimorado garantem performance em todos os terrenos, seja no asfalto ou na estrada de terra. Com a proposta “all terrain”, ou seja, pronto para enfrentar qualquer

condição de terreno, o lançamento do Grandtrek AT5 é uma atualização da linha de pneus da marca e tem como diferenciais uma durabilidade 50% maior, além de proporcionar ao veículo estabilidade 25% melhor e uma aderência 10% maior no molhado quando comparado ao modelo antecessor, oferecendo maior performance e dirigibilidade. “Este lançamento vem para reafirmar o compromisso da Dunlop com o mercado brasileiro e busca reforçar ainda mais a imagem da marca neste importante segmento de pneus para pick-ups e u�litários de uso misto, trazendo inovação e tecnologia para nossos clientes, embarcadas em um produto fabricado no Brasil,” comenta Rodrigo Alonso, Diretor de Vendas e Marke�ng da Dunlop. Assim como todos os pneus Dunlop fabricados no Brasil, o Grandtrek AT5 é produzido com a tecnologia TAIYO (Sun) System, sistema de fabricação de pneus sem emendas nas partes de borracha, tecnologia que garante pneus mais uniformes e proporciona mais conforto e estabilidade, favorecendo um menor consumo de combus�vel. 

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Dunlop lança novo pneu “all terrain” ALAPA publica versão gratuita do Manual de Normas Técnicas 2021 A Associação La�no Americana de Pneus e Aros – ALAPA, en�dade de referência técnica do setor na América La�na disponibilizou a par�r do úl�mo dia 30 de junho o Manual de Normas Técnicas 2021 de forma totalmente gratuita. O arquivo está disponível no novo site www.alapa.org.br, que traz a versão em língua portuguesa e espanhola. O documento atualizado possui 12 capítulos e mais de 300 páginas de informações técnicas voltadas para pneus, aros e válvulas de automóveis, camionetas, motocicletas, caminhões, ônibus, veículos industriais, tratores e máquinas fora de estrada. 

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MAQUINATUAL

Máquinas e Equipamentos: resultados sem surpresas ©DIVULGAÇÃO

Importações

Após terem encolhido para a média de US$ 1,4 bilhão ao mês, as importações de máquinas e equipamentos ganharam força e em 2021 passaram a oscilar ao redor de US$ 1,7 bilhão, como reflexo da recuperação das a�vidades produ�vas observada a par�r do segundo semestre de 2020.

Consumo aparente

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s dados do mês de julho do setor de máquinas e equipamentos não revelaram surpresas. Divulgados pela ABIMAQ – Associação da Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos – no final de agosto, apresentaram queda em relação a junho e crescimento menos intenso na comparação com o mesmo período de 2020. No compara�vo com julho de 2020, mês que marcou o início da recuperação das vendas de máquinas e equipamentos, após o auge da crise causada pela pandemia do Covid-19, houve crescimento de 7,1%, puxado pelos setores ligados ao agronegócio e de bens de consumo. Assim, com a base de comparação menos pressionada pelas ações

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de controle das infecções, o segundo semestre iniciou com taxas moderadas de crescimento em relação a 2020. No mercado interno o crescimento foi de 10,9% e nas exportações, de 26,3%. Nos sete primeiros meses de 2021, as vendas superaram em 34,3% as realizadas no mesmo período do ano passado. No mercado interno a taxa de crescimento foi de 45,7%.

Exportações

As exportações de máquinas e equipamentos, que vinham de queda de 24,5% em 2020, voltaram a registrar crescimento em fevereiro deste ano e já em abril o setor contava com valores superiores aos do ano passado. Até o mês de julho o setor superou em 22,4% as exportações de 2020 e representam atualmente 23% da receita total do setor.

Em julho o consumo aparente de máquinas e equipamentos encolheu 2,5% na comparação com junho. No período houve queda tanto na aquisição de máquinas produzidas localmente (-4,6%) como nas máquinas importadas (-1%). Em razão disso, a taxa de crescimento no ano recuou para 22,3%. Em julho de 2020 a par�cipação do produtor local no consumo aparente era de 45,5%.

Emprego

O mês de julho de 2021 registrou o décimo terceiro crescimento consecu�vo no número de pessoas ocupadas no setor. A indústria de máquinas e equipamentos encerrou julho com 363 pessoas empregadas diretamente. Em relação ao mês de julho de 2020 foram criados 62,5 mil postos de trabalho. Os setores que se destacaram nas contratações foram os fabricantes de máquinas agrícolas e de máquinas para a indústria de transformação – setores que, junto com a indústria de máquinas para construção vem acumulando as maiores altas na receita de vendas. 

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Cummins testa motor a hidrogênio

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A Cummins Inc. dá mais um passo adiante no avanço da tecnologia de carbono zero ao iniciar testes com um motor de combustão interna movido a hidrogênio. O teste de prova de conceito baseia-se na liderança em tecnologia existente da Cummins em aplicações de combus�vel gasoso e na liderança do trem de força para criação de novas soluções de energia que ajudem os clientes a atender às necessidades ambientais e de energia do futuro. “A Cummins está entusiasmada com o potencial do motor a hidrogênio para reduzir as emissões e fornecer potência e desempenho para os clientes. Estamos u�lizando todas as novas plataformas de motores equipadas com as tecnologias mais recentes para melhorar a densidade de potência, reduzir o atrito e melhorar a eficiência térmica, o

Mercedes-Benz totalmente elétrica ©DIVULGAÇÃO

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que nos permite evitar as limitações de desempenho �picas e compromissos de eficiência associados à conversão de motores a diesel ou gás natural em combus�vel de hidrogênio. Fizemos avanços tecnológicos significa�vos e con�nuaremos avançando. Estamos o�mistas em trazer esta solução para o mercado”, diz Srikanth Padmanabhan, presidente do Segmento de Motores da Cummins. A joint venture da Cummins com o especialista em armazenamento de hidrogênio NPROXX adiciona a capacidade de integrar a célula de combus�vel ou motor a hidrogênio com os tanques do cilindro de gás de alta pressão e linhas de abastecimento do veículo. O NPROXX também é um fornecedor líder de recipientes de armazenamento em contêiner, permi�ndo o rápido reabastecimento de hidrogênio para os usuários finais. O papel fundamental da Cummins na expansão da ecosfera do hidrogênio vai além das células de combus�vel e soluções de armazenamento para a fabricação de hidrogênio renovável descarbonizado, com a experiência de mais de 600 instalações de eletrolisadores em todo o mundo. 

A Mercedes-Benz está mudando de “primeiro elétrico” para “somente elétrico”, acelerando em direção a um futuro sustentável e digitalizado até o final da década, naqueles mercados que apresentarem as condições para isso. Até 2022, a Mercedes-Benz terá veículos elétricos a bateria (BEV) em todos os segmentos que a empresa atua. E a par�r de 2025, todas as novas arquiteturas de veículos serão prioritariamente elétricas e assim os clientes terão sempre uma alterna�va totalmente elétrica para cada modelo que a marca produz. 

AEA lança boletins sobre o Rota 2030 e seus PPP´s Com a coordenação editorial de Marcelo Massarani, diretor de Academia da en�dade e professor da POLI-USP, a AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automo�va lança, a par�r de agosto, bole�ns informa�vos sobre o Rota 2030 e seus PPP´s – Programas e Projetos Prioritários. A cada quinzena, até o final deste ano, dez edições digitalizadas – com conteúdos didá�cos – serão distribuídas para a indústria, en�dades correlatas da cadeia automo�va e às universidades. A compilação de debates, de estudos e de dados foi elaborada a par�r das cinco linhas de desenvolvimento temá�co dos Programas e Projetos Prioritários, resumidas em Linha I – Alavancagem industrial através do es�mulo ao desenvolvimento de produtos e processo inovadores da indústria da cadeia automo�va; Linha III – PD&I na cadeia produ�va automo�va; Linha IV – Ferramentas brasileiras mais compe��vas; e Linha V – Biocombus�veis, segurança veicular e propulsão alterna�va à combustão. A Linha II – Digitalização foi absorvida na I e IV. “Inúmeros profissionais e execu�vos de empresas, representantes de órgãos governamentais, de ministérios e de universidades par�ciparam das primeiras audiências públicas, que visavam a formulação do Rota 2030 e, depois, da criação dos PPP´s. Entendemos que os resultados dos estudos e dos debates técnicos estão disseminados em vários fóruns. Daí a importância de se consolidar essas informações. Por isso, decidimos lançar os bole�ns informa�vos”, explica Massarani. 

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MAQUINATUAL

A Resolução no 6/2021 do Conselho Nacional de Polí�ca Energé�ca determinou ao Ministério de Minas e Energia que, em cooperação com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações e Desenvolvimento Regional e com a Empresa de Pesquisa Energé�ca, elabore proposta de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio, que devem observar: o desenvolvimento do mercado de hidrogênio no Brasil e a inserção internacional do País em bases compe��vas; o hidrogênio como um dos temas prioritários para inves�mentos em PD&I; a importância do hidrogênio como vetor energé�co de baixo carbono; o interesse na cooperação internacional; a diversidade de fontes energé�cas disponíveis no País para a produção de hidrogênio; a diversidade de aplicações do hidrogênio na economia; o potencial de demanda interna e para exportação de hidrogênio e a liderança do Brasil no tema “Transição Energé�ca” no Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia. Em sua par�cipação pela ABIMAQ, Marcelo Veneroso destacou a importância do Plano e a necessidade da inclusão em toda a cadeia de valor, envolvendo tecnologia, engenharia, fabricação de máquinas e equipamentos, como oportunidade para o desenvolvimento da economia nacional. Alberto Machado acrescentou que a inclusão do Brasil na cadeia de valor é fundamental para que, no mercado do hidrogênio, o Brasil não se torne apenas exportador de mais uma commodity de baixo valor agregado e sim atue como importante player no fornecimento de tecnologia e de bens e serviços para os mercados nacional e internacional. 

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Nissan apresenta nova geração do esportivo Z ©DIVULGAÇÃO

A Nissan apresentou em Nova Iorque a nova geração do espor�vo Nissan Z. A totalmente nova sé�ma geração do Z está programada para chegar às concessionárias dos Estados Unidos na primavera de 2022 do hemisfério Norte. Em uma primeira vez para um veículo Nissan com tração traseira, a transmissão manual de 6 velocidades inclui um sistema de controle avançado de assistência ao lançamento – arranca-

da – (na versão Performance) que ajuda a proporcionar uma aceleração suave a par�r de uma posição está�ca. Todos os modelos equipados com transmissão automá�ca já contam com esse sistema de série. Os modelos equipados com transmissão manual também apresentam um eixo de transmissão composto de fibra de carbono e redução da rotação correspondente (downshi� rev matching). 

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ABIMAQ no Programa Nacional do Hidrogênio

Meritor Brasil celebra 8,7 milhões de eixos produzidos A Meritor Brasil celebrou 65 anos de atuação no País. Neste tempo, fabricou um total de 8.700.065 de eixos, sendo 3.500.065 unidades dedicadas exclusivamente a veículos comerciais em seus dois polos industriais, localizados em Osasco (SP) e Resende (RJ). A representa�vidade da empresa no País, 50% de par�cipação em veículos comer-

ciais acima de 6 toneladas, é fôlego para a Meritor Brasil mirar um futuro promissor e sustentável, promovendo um ambiente de grandes transformações para o setor. O primeiro trem de força elétrico 14xe, desenvolvido pela marca Blue Horizon, unidade de negócio dedicada a novas tecnologias para a mobilidade, começou a ser fabricado este mês.  www.borrachaatual.com.br


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Mitsubishi Motores Marítimos fortalece operações no Norte

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De olho no potencial de crescimento da demanda por motores a diesel no Norte do País, a divisão de motores marí�mos da Mitsubishi está ampliando suas operações na região, com a nomeação de duas novas revendas em Manaus, no Amazonas, a RB Coimbra e a Riomor. O obje�vo é fortalecer a área de pós-venda, garan�ndo atendimento ágil e de qualidade para os clientes da região, que pelas suas caracterís�cas geográficas concentra grande parte dos negócios da marca no País. 

JCB será fornecedor oficial do GP São Paulo de F1 A JCB, empresa especializada em vendas de retroescavadeiras e manipuladores telescópicos (Loadall), renovou por mais dois anos como fornecedora oficial de manipuladores telescópicos para o Grande Prêmio de São Paulo de F1. Após o hiato no ano passado, quando não foi realizado por conta da pandemia do Coronavírus, o evento retorna à programação oficial do país durante os dias 5, 6 e 7 de novembro, no circuito de Interlagos, em São Paulo. 

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CALÇADOS

Exportações de calçados desaceleram recuperação em julho ©GPOINTSTUDIO/FREEPIK

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ados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que as exportações de calçados desaceleraram a recuperação em julho. Naquele mês foram embarcados 8,8 milhões de pares de calçados por US$ 74,18 milhões, quedas de 1,2% em volume e de 5,8% em receita na relação com o mês anterior, feito o ajuste sazonal. Já na relação com o mesmo mês do ano passado, quando o Brasil ainda enfrentava os mais pesados efeitos da pandemia, os resultados são 47% superiores em volume e 52,2% superiores em dólares. Com o resultado de julho, no acumulado do ano, os calçadistas somaram o embarque de 65,9 milhões de pares por US$ 463,22 milhões, resultados 34% e 22,2% melhores do que no mesmo período de

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2020. Já na comparação com janeiro a julho de 2019, portanto com o período pré-pandêmico, as exportações de calçados são levemente superiores em volume (+0,7%) e ainda bastante inferiores em valores gerados (-18,3%). O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, avalia que a recuperação das exportações de calçados iniciaram processo de desaceleração. “A base de comparação do primeiro semestre era muito fraca, pois no ano passado vivíamos o ápice da crise. Cerca de 65% da queda sofrida no ano de 2020 decorreu do primeiro semestre. Muito provavelmente a recuperação desacelerará ainda mais até o final do ano, sendo que devemos fechar com resultados cerca de 13% superiores ante 2020 e ainda abaixo dos índices de 2019 em 5% ou 6%”, comenta. Segundo o dirigente, o mercado internacional ainda não está plenamente

recuperado e está receoso com as novas cepas do novo coronavírus. Entre janeiro e julho, o principal des�no do calçado brasileiro foram os Estados Unidos, para onde foram embarcados 7,7 milhões de pares que geraram US$ 109,18 milhões, incrementos de 56,2% em volume e de 42,6% em receita na relação com igual período do ano passado. O segundo des�no de 2021 foi a Argen�na. No período, os hermanos importaram 6 milhões de pares verde-amarelos, pelos quais foram pagos US$ 57,5 milhões, resultados superiores tanto em volume (+64,5%) quanto em receita (+52%) em relação ao mesmo período de 2020. O Rio Grande do Sul segue sendo o principal exportador de calçados do Brasil. Entre janeiro e julho, as fábricas gaúchas embarcaram 16,5 milhões de pares, que geraram US$ 202,33 milhões, incrementos de 36,5% e de 17,8%, respec�vamente, no compara�vo com o mesmo período do ano passado. Já o segundo exportador de calçados do Brasil foi o Ceará. Nos sete meses do ano, par�ram das fábricas cearenses 20 milhões de pares, que geraram US$ 111 milhões. Os incrementos são de 28% em volume e de 23,5% em receita no compara�vo com o mesmo intervalo de 2020. Com incrementos de 24,5% em volume e de 24,6% em receita na relação com o mesmo período do ano passado, os paulistas exportaram 4,8 milhões de pares, que geraram US$ 49,3 milhões. No mês de julho, entraram no Brasil 1,34 milhão de pares, pelos quais foram pagos US$ 26,27 milhões, quedas de 32,3% em volume e de 16,7% www.borrachaatual.com.br


em receita na relação com o mês correspondente de 2020. No acumulado dos sete meses do ano, entraram no Brasil 13,46 milhões de pares por US$ 186 milhões, quedas de 2% em volume e de 8,4% em receita na relação com o mesmo período do ano passado. As principais origens das importações nos sete meses foram Vietnã (5,18 milhões de pares por US$ 105 milhões, quedas de 18% e 4%, respec�vamente, ante igual período do ano passado); Indonésia (1,65 milhão de pares por US$ 30,43 milhões, quedas de 16% e 5%); e China (5 milhões de pares e US$ 20,33 milhões, quedas de 0,2% e 12%). Depois de experimentar um ano de queda em função dos impactos da pandemia da Covid-19, o setor calçadista brasileiro indicou uma sensível recuperação nos embarques de calçados no primeiro semestre de 2021. Conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), no primeiro semestre as exportações de calçados somaram US$ 389 milhões, geradas pela comercialização de 57 milhões de pares. As altas são de 17,7% em receita e de 32,3% em volume no compara�vo com a base deprimida de 2020 do mesmo período do ano passado, quando o mundo passava pelo auge da pandemia do novo coronavírus. Já no compara�vo com o período pré-pandêmico, com o primeiro semestre de 2019, houve quedas de 19% em receita e de 0,3% em volume. O valor menor gerado pelas exportações, explica a Abicalçados, se dá em função do ajuste de preços para o mercado internacional, já que com o dólar mais valorizado é possível conceder valores mais compe��vos.  www.borrachaatual.com.br

Desoneração da folha de pagamento Com prazo de vigência até 31 de dezembro deste ano, a desoneração da folha de pagamentos, mecanismo que permite a subs�tuição do pagamento de 20% sobre a folha para o INSS por 1,5% da receita interna para empresas do setor coureiro-calçadista, está avançando rumo à renovação para 2022. O Projeto de Lei do deputado federal Lucas Redecker (PSDB-RS), que prevê a prorrogação por mais um ano para o setor, teve parecer favorável na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Agora, o PL vai para a Comissão de Cons�tuição e Jus�ça da Câmara e, se aprovado, passa diretamente para votação no Senado Federal. A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) vê com o�mismo o avanço da proposta e frisa que, caso a desoneração não seja prorrogada, o setor deve ter um impacto de mais

R$ 600 milhões em aumento em carga tributária, gerando a perda de cerca de 13 mil postos de trabalho. “A con�nuidade da desoneração da folha de pagamentos em 2022 será essencial para a consolidação da recuperação do setor calçadista, que viu sua produção despencar mais de 18% no ano passado e que somente agora experimenta uma retomada gradual. Em voga desde 2012, a desoneração da folha de pagamentos permite que empresas de 17 setores intensivos em mão de obra subs�tuam o pagamento de 20% sobre a folha de salários por 1% a 4,5% da receita interna. No caso do setor calçadista o pagamento aos cofres públicos é de 1,5% da receita bruta interna. Conforme a Abicalçados, a medida tem papel fundamental na preservação de postos de trabalho, pois diminui o peso da carga tributária. 

Rodadas digitais com russos devem gerar mais de US$ 2 milhões As rodadas digitais promovidas por meio do Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados man�do pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves�mentos (Apex-Brasil), seguem gerando volumes significa�vos em negócios para calçadistas brasileiros. Recentes rodadas, com compradores da Rússia, ocorreram entre os dias 21 de junho e 2 de julho e devem gerar US$ 2,2 milhões entre negócios efe�vados e alinhavados durante o evento. A analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Ruisa Scheffel, destaca que, somente durante o even-

to, foram comercializados mais de 26 mil pares, que geraram US$ 366 mil, número que deve chegar a US$ 2,2 milhões em função dos negócios que ficaram alinhavados. “Para se ter uma ideia da importância do evento, foram vendidos, durante as rodadas, 15% do total exportado para a Rússia em todo o primeiro semestre”, comemora, ressaltando que, mesmo com a pandemia tendo afetado muitos dos players russos, o evento possibilitou reuniões asser�vas e que efe�varam negócios. No total, foram realizadas 109 reuniões. Além de reuniões com compradores da Rússia, as rodadas permi�ram a�ngir compradores de outros países, como Ucrânia, Cazaquistão e Belarus. 

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QUÍMICA

Importações puxam déficit recorde

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s importações brasileiras de produtos químicos no primeiro semestre do ano totalizaram US$ 25 bilhões, aumento de expressivos 27,8% em relação ao igual período de 2020 e superando em U$ 3 bilhões (total equivalente ao valor médio de um mês em importações) o maior valor até então registrado para igual período, de US 22 bilhões, entre janeiro e junho de 2013 (ano do déficit recorde de US$ 32 bilhões em produtos químicos). Em uma avaliação mensal, no contexto das perspec�vas posi�vas de desempenho da economia brasileira para o ano com a retomada mais sólida de várias a�vidades que ainda sen�am severos impactos da pandemia, o valor importado foi superior a US$ 3,5 bilhões em todos os meses do primeiro semestre, tendo a�ngido, em junho, a inédita marca de US$ 5 bilhões em um único mês. As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, so-

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©JCOMP/FREEPIK

maram no período US$ 6,4 bilhões, elevação de 15,6% em relação aos mesmos meses do ano anterior. Esse crescimento é em grande parte jus�ficado pelo aumento dos preços médios de produtos químicos no mercado internacional, com o desdobramento de um incremento de 9,8% nos preços de vendas dessas mercadorias pelo Brasil aos seus parceiros comerciais. Em termos de quan�dades transacionadas, as movimentações de produtos químicos foram recorde tanto com as importações de 26,5 milhões de toneladas quanto com as exportações de 8,1 milhões de toneladas, respec�vamente aumentos de 15,9% e de 5,2% em relação aos maiores registros anteriores. O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos a�ngiu o recorde de US$ 18,6 bilhões para primeiros semestres, um expressivo aumento de 32,7% comparado com o mesmo período de 2020. Nos úl�mos 12 meses (jul/20 a jun/21), esse indicador totalizou US$ 34,8 bilhões, sinalizando que o déficit em 2021 deverá

ser o maior em toda a série histórica do monitoramento da balança comercial setorial, mesmo com os enormes desafios no enfrentamento da pandemia e para a retomada sustentada da a�vidade econômica. Para o presidente-execu�vo da Abiquim, Ciro Marino, os resultados do primeiro semestre são simultaneamente encorajadores, uma vez que confirmam as expecta�vas quanto ao nível de retomada das trocas comerciais, mas gravemente alarmantes, pois ainda são enormes os desafios na agenda de compe��vidade para transformar o potencial de inves�mentos do setor em projetos a serem implementados no curto e médio prazos. “Indiscu�velmente, o mercado interno é um a�vo estratégico para o Brasil e somente por meio da aceleração das reformas estruturantes, do fortalecimento da compe��vidade e de um sistema de defesa comercial robusto e eficaz no combate contra prá�cas predatórias e desleais é que conseguiremos maximizar a u�lização do parque industrial já instalado e captar novos inves�mentos produ�vos, trazendo mais empregos e renda para o Brasil nesse novo momento econômico em que já começa a ganhar forma como será o mundo pós-pandemia”, destaca Ciro.  ©WAYHOMESTUDIO/FREEPIK

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NOTAS & NEGÓCIOS

Oryzasil produz sandália sustentável

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A Oryzasil produziu, em parceria com Randall, uma sandália sustentável, desenvolvida a par�r de sílica precipitada de alta qualidade e origem ambientalmente responsável. A sílica da biomassa do arroz que a Oryzasil desenvolve, aten-

dendo aos mais altos padrões da indústria calçadista, confere flexibilidade, conforto e durabilidade para os solados. Sendo um dos principais ingredientes da formulação do artefato de borracha, a sílica reduz a pegada de carbono e reveste de sustentabilidade o calçado brasileiro �pico para os momentos de lazer. Pensando nisso, a Oryzasil resolveu presentear seus clientes com as sandálias, como forma de agradecer a parceria e desejar que eles aproveitem ao máximo o prazer de relaxar com um calçado confortável e, ao mesmo tempo, ambientalmente responsável.

Orion lança primeiro negro de fumo renovável para indústria de pneus ©DIVULGAÇÃO

Orion Engineered Carbons SA (NYSE: OEC), fornecedora líder global de negro de fumo especial e de alto desempenho, anunciou o lançamento comercial de ECORAX ® Nature, uma nova família de produtos desenvolvidos para aplicações de borracha u�lizando óleos vegetais de qua-

lidade industrial; uma matéria-prima renovável, não fóssil. ECORAX® Nature 100 é o primeiro �po de negro de fumo altamente reforçador feito de matérias-primas renováveis que pode ser usado em construções de pneus de alta complexidade. O produto está sendo testado por clientes e entrará em produção de alto volume no segundo semestre de 2022.Ao usar exclusivamente óleos vegetais, o ECORAX® Nature é um caminho para reduzir as emissões líquidas de CO2 na cadeia de suprimentos da indústria de pneus. 

Y.W.F Ventures e Oswaldo Cruz Química abrem inscrições para projeto de inovações A Oswaldo Cruz Química, empresa que atua no setor químico, e a Y.W.F Venture, organização de fomento ao empreendedorismo, se uniram em busca de Startups e novos negócios de soluções inovadoras, que promovem impacto posi�vo e sustentável para a cadeia química brasileira. O obje�vo do projeto é transwww.borrachaatual.com.br

formar e desenvolver as futuras tecnologias e startups químicas do Brasil. A premissa da primeira edição do “programa de inovação aberta” é que todos os projetos atendam a pelo menos um dos obje�vos de desenvolvimento sustentável da ONU – ESG – e tenha conceitos de Indústria 4.0. 

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Dow inaugura seu primeiro centro de inovação para a América Latina A Dow escolheu o Brasil para ser sede do seu primeiro centro de inovação para a América La�na, o La�n America Inspira�on Center. Localizado em Jundiaí (SP), o La�n America Inspira�on Center concentra em um único lugar uma estrutura robusta de pesquisa e desenvolvimento que será o núcleo tecnológico de inovação sustentável e colabora�va da Dow para a América La�na. A empresa é uma das indústrias químicas que mais investe, globalmente, em Pesquisa e Desenvolvimento. De Jundiaí, graças a recursos tecnológicos de úl�ma geração, atenderá a clientes e parceiros de todos os países em que a Dow atua na América La�na. 

SI Group negocia com ASK venda de seus negócios em Resinas e Especialidades A SI Group anunciou planos para concluir o acordo para vender a maior parte de seus negócios globais de Resinas Industriais e Especialidades do Brasil para a ASK Chemicals, uma empresa do por�ólio da private equity, Rhône Group, LLC. Com este acordo, a ASK passará a ser proprietária da en�dade jurídica da Crios.

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MATÉRIA TÉCNICA

FUNÇÃO DE UMA VEDAÇÃO DE BORRACHA Autor: Luis Tormento

O aumento da velocidade dos sistemas mecânicos, garan�do pelo desejo de maior produ�vidade, leva a temperaturas de operação mais altas e viscosidades de fluido reduzidas. Isso, associado a pressões mais altas, causa uma tendência crescente de vazamento de fluidos. Esse vazamento em sistemas de combus�vel que lidam com solventes altamente inflamáveis não pode ser esquecido, já que há uma alta probabilidade de incêndio. Por essa razão, tornou-se prá�ca comum incluir uma rota de vazamento segura no projeto do sistema para um ponto de escape ou coleta, a fim de minimizar o risco. As vedações evitam o escape de fluidos de um cilindro oco quando um eixo penetra na parede do cilindro. Mais comumente, o eixo terá um movimento rota�vo ou linear. Se um selo não for feito por requisitos funcionais ou instalado e man�do de forma adequada pode falhar, causando perda de fluido. As duas funções principais de uma vedação são manter o fluido dentro, enquanto mantém a sujeira e os detritos do lado de fora. Vazamentos de fluidos em sistemas hidráulicos e de lubrificação são uma ocorrência comum em muitos equipamentos mecânicos, cons�tuindo-se em eventos indesejáveis e embaraçosos que alimentam o aumento de custo de qualquer a�vidade de fabricação e manutenção de equipamentos. Frequentemente, riscos de incêndio e acidentes são consequências diretas de tais vazamentos. Em muitas situações, apesar da antecipação de tais perigos, os vazamentos são negligenciados e o sistema de vazamento não é atendido, uma vez que os engenheiros operacionais não levam a sério a ameaça de acidentes. Por anos, o vazamento recebeu atenção de baixo nível por parte da gestão corpora�va em muitos fabricantes industriais. Um dos mo�vos é que os vazamentos são muitas vezes vistos como inevitáveis e ações corre�vas, como o reparo e a subs�tuição são feitos apenas quando conveniente. Vazamentos não supervisionados podem resultar em

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tempo de ina�vidade, afetar a qualidade do produto, poluir o ambiente e causar ferimentos. A vibração do sistema, pulsação e ciclagem térmica são causas comuns de vazamento do sistema. Pode-se presumir que qualquer �po de encaixe ou conexão pode vazar, independentemente do �po de tubo que é usado, especialmente quando uma vibração mecânica está presente. Esta ‘fadiga de vibração’ é um fator inevitável que pode ser agravado por má consistência metalúrgica no material de construção, estresse indevido imposto à conexão, outras caracterís�cas de design do sistema ou simplesmente instalação inadequada. Normalmente para evitar tais falhas u�liza-se um anel de borracha com caracterís�cas �sicas e químicas para resistir e impedir o vazamento do fluido interno.

Selo

Figura 1: Representação de um selo de vedação.

A falha mais comum dessas vedações são bolhas causadas por: • Processo de mistura do composto (ar ocluído). • Dureza do produto (geralmente baixa). • Deformação permanente (geralmente baixa). • Alongamento à ruptura alto (maior que 200%). • Baixa densidade de re�culação (que causa alta deformação). www.borrachaatual.com.br


1. PROPRIEDADES DE BORRACHA PARA SELO FUNCIONAL Os vedantes de borracha são usados em uma variedade de aplicações, nas quais as forças que atuam sobre eles são muito diferentes. Para o�mizar o desempenho de uma vedação, as forças que atuam em uma determinada aplicação, juntamente com as propriedades funcionais que são necessárias para respondê-las, precisam ser entendidas. Quando uma vedação de borracha é usada em uma aplicação externa, como um anel ‘O’, geralmente é es�cada sobre o pistão em uma ranhura onde, em geral, estará inicialmente em um es�ramento máximo de 8%. O diâmetro seccional do anel ficará reduzido devido a este es�ramento e, quando o pistão é montado no furo do cilindro, esta seção será comprimida dando um efeito de vedação devido à força de recuperação da borracha. O relaxamento do estresse ocorrerá quando a vedação es�ver sob tensão constante por um período prolongado e a deformação permanente será observada. Se este ocorrer em uma aplicação recíproca em uma cabeça de pistão, o anel ‘O’ será empurrado para trás em seu alojamento e pode extrudar para fora em ambos os lados ou ser torcido em espiral. Alterna�vamente, as vedações do �po compressão operam distorcendo sob carga de compressão e a dureza especificada para tal aplicação deve ser suficiente para garan�r a retenção adequada da pressão de vedação. A resistência à compressão pode ser aumentada incorporando uma ou mais camadas de tecidos na seção de borracha em vez de aumentar a dureza do composto, pois isso pode afetar adversamente outras propriedades. Variações dimensionais devido ao contato com fluidos podem ser ajustadas para alcançar uma pequena expansão posi�va que pode manter a eficiência da vedação, compensando o desgaste e a compressão definida. A escolha do composto vai depender do efeito do fluido com o qual a vedação está em contato, a temperatura de operação e condições mecânicas como pressão, velocidade rela�va e abrasão. No projeto de vedações para aplicações específicas, o engenheiro deve primeiro entender as limitações das propriedades �sicas do material de borracha a ser usado, evitando a aplicação de tensões (cargas aplicadas) e deformações que excedem esses limites. Os pontos fortes das borrachas são consideravelmente mais baixas do que as de metais, plás�cos ou madeira, mas sua elas�cidade é muito maior. A capacidade da borracha de retornar à sua forma e dimensões originais após uma deformação é frewww.borrachaatual.com.br

quentemente chamada de resiliência ou memória. Resiliência implica retorno rápido, enquanto a memória implica um retorno lento. Em vedações, a resiliência é importante porque permite uma vedação dinâmica para se adaptar às variações na super�cie de vedação. A memória, que implica um retorno lento, é a mesma chamada de “creep” (rastejo). A reversibilidade da deformação elás�ca da borracha é conhecida como histerese. Se, por um dado alongamento antes da quebra, o estresse é relaxado e a amostra pode retrair, a energia de retração é menor do que a u�lizada para o alongamento. Este fenômeno é a histerese. Assim, a histerese indica que a energia recuperada pela borracha durante a retração é dis�ntamente menor do que a energia usada no alongamento. Se uma amostra de borracha for subme�da a vários alongamentos seguidos de retrações, será verificado que a amostra de borracha finalmente a�nge um limite, isso é chamado de deformação permanente. Na prá�ca, o endurecimento permanente também ocorre durante tensões compressivas. Para uma aplicação de vedação, a borracha deve decair ou relaxar menos, e a deformação permanente deve ser a mais baixa possível. No caso dos metais, o fenômeno de fluência se manifesta de forma diferente. Por exemplo, quando uma barra metálica ver�cal é subme�da a uma carga “p’ para um determinado período de tempo “t0”, ele produz um alongamento igual a “d0”. Após o tempo “t0”, se a carga é mantida constante e o tempo aumenta, a barra aumenta gradativa e lentamente. Este efeito de alongamento, ou seja, o aumento da tensão na barra metálica, enquanto a carga (tensão) não muda, é chamado de comportamento de fluência do metal. A resistência ao desgaste e à abrasão de uma vedação de borracha quando em contato com uma super�cie móvel está relacionada a outras propriedades �sicas, como dureza e resistência ao rasgo, e deformação térmica. A resiliência da borracha fornece uma vedação firme e durável. Geralmente, em aplicação de alta pressão facilita melhorias de vedação. As vedações de borracha usadas sob alta pressão devem ter uma alta resistência ao rasgo, dureza e módulo para evitar a extrusão da junta de borracha. É prá�ca usual neste �po de sistema de pressão a vedação de borracha ser apoiada por uma borracha de alta dureza a fim de evitar a extrusão. Os fabricantes de selos desenvolvem seus próprios compostos de borracha adequados, que possuem as propriedades químicas, �sicas e de dilatação para atender aos requisitos funcionais e condições de trabalho da aplicação. Os compostos usados na fabricação de vedações são deri-

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MATÉRIA TÉCNICA vados de borrachas de base, como borracha natural, NBR, Neoprene, IIR, SBR, XNBR, Viton, silicones e politetrafluoroe�leno. Das propriedades exibidas pelos vários �pos de compostos de borracha, os mais crí�cos referem-se a como eles mudam quando são instalados como vedações e durante o serviço. Todas as propriedades �sicas mudam com a idade e a exposição a variações de temperatura, �po de fluido, pressão e outros fatores que podem incluir produtos químicos corrosivos e fumos e gases. Compostos com a menor tendência de alterar suas propriedades, sejam químicas ou �sicas, são mais fáceis de trabalhar. Selos mais adaptáveis e versáteis podem ser produzidos com esses compostos. 1.1. Comportamento a Baixa Temperatura TRANSIÇÃO VITREA (Tg) Uma propriedade fundamental de um elastômero é a temperatura de transição vítrea (Tg) que difere de um para o outro. Por exemplo, para NBR a Tg é -25ºC. Em termos gerais, iste significa que acima de -25ºC, o material se comporta como uma borracha, mas abaixo de -25º C, o material se comporta mais como um vidro. Quando vítrea, a NBR é cerca de mil vezes mais rígida do que quando emborrachada. Quando vítrea, um golpe de martelo na borracha natural fará com que se es�lhace como vidro, enquanto quando emborrachado, o martelo provavelmente irá ricochetear. Em temperaturas normais, as moléculas da cadeia de borracha estão em um estado constante de movimento térmico; eles estão constantemente mudando sua configuração e este movimento os torna razoavelmente fácil de es�car. É de notar que, à medida que a temperatura diminui, as correntes tornam-se menos flexíveis e a quan�dade de movimento térmico diminui. Eventualmente, na transição da temperatura vítrea, todo o movimento principal das cadeias cessa. O material não tem mais as propriedades que o tornam borracha e se comporta como vidro. Para todos os usos prá�cos de engenharia de elastômeros, exigimos boa flexibilidade e, portanto, é essencial que os u�lizemos apenas em temperaturas que estejam confortavelmente acima da transição vítrea. Isso geralmente não é problema para a NBR com uma Tg de -25ºC, ou borracha de cis-butadieno com uma Tg de -108ºC. Mas muitos elastômeros, especialmente aqueles que foram projetados para serem altamente resistentes ao calor ou ao óleo, têm Tg muito mais elevada e esta deve ser levada em consideração ao selecioná-los. Por exemplo, alguns fluoroelastômeros que têm excelente resistência ao óleo e ao calor, têm uma Tg não muito abaixo da temperatura ambiente. Isso

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pode resultar em problemas se um componente precisar trabalhar em alta temperatura e também precisar funcionar em condições mais frias. 1.2. Comportamento em Alta Temperatura O limite da temperatura superior na qual uma borracha pode ser usada é geralmente determinado por sua estabilidade química e, portanto, variará para diferentes borrachas. Borrachas podem ser atacadas por oxigênio ou outros agentes químicos e, porque o ataque resulta em uma reação química, a degradação aumentará com a temperatura. 1.3. Reações Químicas Degradáveis As reações químicas degradáveis são geralmente de dois tipos. As primeiras são aquelas que causam quebra das cadeias moleculares ou ligações cruzadas, amolecendo a borracha porque enfraquecem a rede. Os segundos são aqueles que resultam em re�culação adicional, endurecendo a borracha e frequentemente caracterizado por uma formação de película dura e degradada no componente de borracha. A seleção de uma borracha adequada e o uso de an�degradantes químicos podem reduzir a taxa de ataque. 1.4. Alongamento – Um Fenômeno Reversível É um fato conhecido que os elastômeros podem esticar, mas isso não explica por que, quando a força de alongamento é removida, o material retorna à sua forma original. Isso pode ser explicado por termodinâmica. 1.5. Resistência de Fluidos A estrutura de um elastômero compreende uma rede de cadeias, o que significa que existem lacunas entre as cadeias adjacentes. Na verdade, a elas�cidade da borracha depende de um substancial movimento térmico das correntes, o que não seria possível se as correntes es�vessem muito próximas. O volume livre disponível na borracha significa que alguns líquidos podem entrar na borracha e causar inchaço - às vezes em grandes quan�dades. Por exemplo, a capacidade do óleo para aumentar o volume da borracha natural é bem conhecida. Um determinado líquido terá uma solubilidade específica em qualquer borracha e o conhecimento disso irá permi�r que os proje�stas evitem o inchaço excessivo, quando uma borracha entrar em contato com fluidos enquanto em serviço. Os parâmetros de solubilidade foram desenvolvidos por Charles Hansen como uma forma de prever se um material vai se dissolver em outro e formar uma solução. Eles www.borrachaatual.com.br


são baseados na ideia de que “semelhante se dissolve como semelhante“, onde uma molécula é definida como sendo “como” outra se sua ligação química for semelhante. O parâmetro de solubilidade de Hildebrand fornece uma es�ma�va numérica do grau de interação entre materiais e pode ser uma boa indicação de solubilidade, par�cularmente para materiais não polares, como muitos polímeros. Materiais com valores e parâmetros semelhantes de solubilidade são provavelmente miscíveis. 1.6. Incompressibilidade Outra propriedade das borrachas que as dis�ngue de outros materiais sólidos é a sua incompressibilidade. Para a maioria dos fins prá�cos, exceto o uso sob pressões muito altas, os elastômeros não mudam seu volume significa�vamente quando deformados. Um elás�co pode es�car em 600%, mas se seu volume fosse medido no estado es�cado, seria encontrado quase idên�co ao seu volume não ampliado. Isso tem implicações importantes para o projeto com borrachas, pois a rigidez dos componentes pode ser controlada, não apenas alterando a rigidez da borracha em si, mas por vários designs. Este fenômeno, conhecido como efeito do fator de forma, é descrito com mais detalhes em vários livros-texto e leva a uma grande versa�lidade no design. Em par�cular, permite a engenharia de componentes de borracha, bem como a de vedações de metal com ligação de borracha, ser projetada com diferentes formas e rigidez controlada.

um aperto inicial ou deformação de aproximadamente 8% a 10% do seu diâmetro transversal. Isso basicamente significa que o anel O’ring é fabricado para ser maior do que o necessário, fazendo com que role e distorça quando pressão é aplicada. Este aperto de deformação achata o anel O’ring em contato ín�mo com o super�cies de vedação e fornece a ação de vedação. Nenhuma ferramenta especial é necessária para encaixar os anéis “O”. Em geral, eles são encaixados em uma ranhura de formato retangular usinada em um dos dois componentes a serem vedados e o efeito de vedação é ob�do apertando o anel ‘O’ entre a parte inferior da ranhura e a face oposta. O tamanho da ranhura é projetada para fornecer a quan�dade correta de interferência (ou seja, encaixe por pressão ou encaixe apertado). Os anéis ‘O’ fornecem vedação eficaz em ambas as direções com pressão constante ou variável, alto vácuo e temperaturas extremas. 2.2. Aplicação Estática Para aplicações está�cas, a ranhura deve ser projetada para permi�r que o anel O’ring entre em contato com todos os seus quatro lados quando em posição (Figura 2).

2. “O” RINGS 2.1. “O” rings Em todos os sistemas industriais hidráulicos e de fluidos, bombas, pistões e conexões de tubos existe a exigência de vedação contra vazamento de fluidos operacionais ou combus�veis. Anéis toroidais (sólidos espessos com seção transversal circular) conhecidos como anéis “O” de borracha (anéis “O’ring”), feitos principalmente de borracha nitrílica, policloropreno ou fluoro-elastômeros, possuem várias vantagens nessas aplicações. Estes selos toroidais universalmente aceitos são leves, flexíveis e, sob compressão, irão deformar para seguir os contornos das partes componentes a serem vedadas. Os anéis O’ring são normalmente usados em eixos rota�vos, aplicações recíprocas e oscilantes. A operação principal do anel O’ring pode ser descrita como deformação controlada. Esta deformação ocorre porque todos os anéis O’ring são fabricados para permitir www.borrachaatual.com.br

Figura 2: Aplicação estática de O’ring.

2.3. Aplicações alternativas Em uma aplicação recíproca, o anel O’ring deve fazer contato com a parte inferior da ranhura e a super�cie oposta. A folga deve ser deixada em cada lado para permi�r que o anel de vedação mova para qualquer um dos lados da ranhura de acordo com a direção da pressão (Figura 3).

Figura 3 e 4: Aplicação Recíproca de O’ring.

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MATÉRIA TÉCNICA Ao fornecer espaço para um anel ‘O’, a ranhura anular deve ser grande o suficiente para conter seu volume total quando subme�do a pressões diamétricas. Se a cavidade da ranhura for muito pequena, o anel ‘O’ será distorcido, tenderá a extrudar ao longo das folgas e ser mu�lado. A pressões superiores a 2.000 psi, o anel ‘O’ pode extrudar ao longo das folgas, a menos que um anel an�-extrusão feito de uma borracha rígida seja colocado ao lado dele. 2.4. Seção transversal de anéis O’ring Exemplificando se um anel O’ring é necessário para a vedação entre um pistão e um cilindro de diâmetros, respec�vamente, de 3,5 polegadas (9 cm) e 4,00 (10 cm) polegadas, e a seção transversal nominal do anel tem 0,25 polegada (0,635 cm). Neste caso a seção transversal real do anel deve ser de 0,275 polegada (0,698 cm), onde a diferença de 0,025 polegada (0,063 cm) é permi�da para compressão como representado na Figura 5. 1. A ven�lação deve ser fornecida no espaço entre os anéis ‘O’ para evitar que o fluido ou o lubrificante fique preso entre eles.

Figura 5 – Tolerância de compressão de um anel ‘O’. Aplicação Dinâmica, (O’ring estático)

Aplicação Estática Aplicação Dinâmica (Recíproca), O’ring em movimento

Figura 6: O’ rings estáticos e dinâmicos.

2. Deve-se tomar providências para lubrificar os anéis “O” que não estão em contato com o fluido que está sendo selado, usando anéis de feltro embebidos em óleo em cada lado do anel não lubrificado. 3. Cada anel O’ring deve estar em uma ranhura separada.

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Os anéis an�-extrusão são recomendados para serem usados quando: 1. A folga é maior do que o normal. 2. Um anel ‘O’ de um composto de borracha par�cularmente macio é usado. . 3 É usada lubrificação extra. 4. Em todas as aplicações dinâmicas onde a pressão excede 1500 psi. Onde a pressão no anel ‘O’ está sendo aplicada em apenas um lado, então apenas um anel de extrusão é necessário. Se a pressão for aplicada de ambos os lados, então dois anéis an�-extrusão são ajustados, um de cada lado do anel. 2.5. O’ rings para aplicação de vedação rotativa Quando um elás�co é es�cado em cerca de 200% a 300% de alongamento (Figura 7), ele se contrai e se es�ver aquecido, levanta o peso em cerca de 0,25 polegada (0,063 cm). O módulo de elas�cidade ou a capacidade de carregar uma carga aumenta com a temperatura. Borracha sob tensão constante exerce maior estresse. Ao usar um anel O’ring para vedar um eixo rota�vo, um anel O’ring de menor diâmetro do que o do eixo é escolhido para que ele se encaixe e faça uma vedação perfeita. O selo está, portanto, em uma condição es�cada, resultando no atrito da borracha contra o eixo giratório, gerando calor. Este calor, por sua vez, faz com que um anel O’ring es�cado se contraia, onde o efeito Joule atua para isso A contração ou retração de um anel O’ring de borracha encaixado em um eixo causa uma unidade de carregamento superior contra o eixo devido ao efeito Joule citado acima. Assim, o ciclo de atrito, aquecimento e contração (diminuição da tensão ou relaxamento) do anel de borracha são repe�dos até que ocorra a falha. Isso pode ocorrer dentro de alguns minutos em velocidades de eixo acima de 200 pés/min. A presença de pressão dentro do sistema de vedação causará falha mesmo em velocidades mais lentas, uma vez que este aumenta a pressão do anel O’ring no eixo. Uma vez que a borracha é um mau condutor de calor, a super�cie em contato com o eixo giratório carbonizará antes que o resto do anel seja afetado a qualquer extensão. Se a montagem puder ser executada por mais de alguns minutos nesta condição, o eixo ficará chamuscado e de cor azul com o calor excessivo desenvolvido. Posteriormente, aparecerão rachaduras no anel à medida que ele se deteriora e o fluido sendo vedado vazar. A www.borrachaatual.com.br


solução u�lizada por muitos proje�stas de vedação é especificar o diâmetro interno da vedação, que deverá ser um pouco maior que o diâmetro do eixo em pelo menos 3% a 5%. O selo superdimensionado não tem a mesma tendência para aquecer. Durante a operação, os níveis de temperatura diminuem após um aumento moderado.

Elástico Alongado (200-300%)

Peso Figura 7: Borracha sob tensão.

uma vez que a falha da ligação causará a falha do selo. A caixa de metal do selo de óleo é geralmente feita de aço macio de qualidade de repuxo profundo, que permite cunhar, puncionar e estampar o aço para as dimensões exigidas. A borda do metal é finamente lixada após a fabricação da vedação em uma re�ficadora centerless para permi�r um ajuste de interferência na caixa de vedação de óleo. Um ligeiro chanfro no diâmetro externo (OD) do selo é desejável para fácil montagem. O lábio de vedação é preparado por polimento, lixamento ou corte para afastar a rebarba de borracha que ocorre na borda de vedação. Uma borda de vedação fina cria suficiente pressão no eixo para minimizar a carga da mola, levando a um menor atrito, mantendo o desempenho efe�vo do selo. A mola helicoidal exerce um papel importante na eficiência do selo do óleo. Caso sua tensão seja muito alta, o calor será gerado entre o lábio de vedação e o eixo, resultando em um desgaste rápido do lábio. Se muito baixo, a mola será ineficaz e o lábio de vedação poderá ser desgastado levando ao vazamento do fluido. Outro �po de projeto de vedação tem o metal envolto em borracha (Figura 9).

3. Retentores de óleo (Selos de óleo)

Mola Borracha

Um selo de óleo padrão consiste em um disco de metal circular externo com uma borracha flexível interna que é afixado ao metal durante a vulcanização. O selo colado não tem peças soltas para permi�r vazamento de óleo ou entrada de qualquer contaminante. Este �po de selo é mais preciso e pode facilmente ser instalado em um espaço menor. Um exemplo é mostrado na Figura 8.

Figura 9: Vedação de metal fechada em borracha.

Borracha

Lábio de vedação

Chanfro Mola Metal

Figura 8: Selo ligado a metal.

A mola mostrada na figura é conhecida como mola circular e mantém a tensão no lábio de vedação do selo. Molas-liga são molas helicoidais fechadas usadas na forma de um anel, onde as extremidades estão conectadas juntas. A profundidade da vedação ligada poderá ser menor entre o espaço do furo e o exterior. O diâmetro poderá ser alterado para facilitar o ajuste. A ligação da borracha ao metal é um importante fator a ser considerado na fabricação de tais vedações e deverá ser considerado com cuidado, www.borrachaatual.com.br

Borracha Concha Metálica

Neste �po de vedação, tolerâncias mais amplas são possíveis entre o diâmetro externo da vedação e a vedação. Irregularidades da super�cie do invólucro podem ser eliminadas pela camada de borracha resiliente na parte externa do selo. No entanto, a vedação coberta de borracha pode ser soprada sob alta pressão em uma aplicação recíproca, ao passo que com uma caixa de metal não existe tal perigo. Nenhuma propriedade �sica isolada das borrachas é responsável pelo desempenho bem-sucedido de um selo de óleo ou anel O’ring. A resistência à tração final, alongamento de ruptura, módulo, dureza Shore, relaxamento de fluência, estresse em cargas de tensão e compressão são todas importantes propriedades �sicas que caracterizam uma vedação ou anel O’ring. Força de compressão em conjunto com o relaxamento ou a deterioração do estresse são importantes para uma vedação eficaz. A diferença nessas propriedades em um selo inchado é altamente crí�ca. Um valor ideal de intumescimento em um meio fluido é uma caracterís�ca desejável. O inchaço diminui a pressão de vedação contra a parede do

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MATÉRIA TÉCNICA alojamento onde a vedação é fixada, levando a vazamentos. O inchaço minimiza as propriedades �sicas da borracha. As vedações feitas de borrachas de polissulfeto têm extrema resistência ao combus�vel, mas deformação indesejável à compressão alta. O efeito da temperatura na vedação é um fator importante. Inchaço sob estresse pode aumentar em temperaturas mais altas e uma técnica de composição adequada deve ser adotada para reduzir esse efeito. 3.1. Projeto de Vedação de Lábios Esse �po de vedação tem um lábio de vedação que está em contato com o eixo. Portanto, é importante que a super�cie do eixo seja lisa e livre de detritos antes da instalação. A maioria das vedações labiais tem um encaixe por pressão. A Figura 10 dá exemplos de designs de lábios de vedação.

duro pode ser um colar bem ajustado inserido no eixo ou pode ser uma parte dele. As super�cies de contato devem ser verdadeiras em altas velocidades ou as super�cies podem quebrar o contato e pode ocorrer vazamento. Um selo mecânico e sua aplicação são apresentados nas Figuras 11 e 12. Nariz de Vedação (carbono etc) Concha Metálica (aço macio) Arruela Metálica Mola Helicoidal Metálica Borracha Arruela Metálica Figura 11: Selo mecânico.

Selos Rotativos Material Duro Nariz de Vedação Concha Metálica Borracha

Figura 12: A operação de um selo mecânico.

Figura 10

3.2. Selos Mecânicos Essas vedações operam de maneira diferente das vedações de óleo padrão. Elas são usadas axialmente. Nariz de foca de bronze, carbono ou Teflon são acoplados a um material muito mais duro (ou seja, uma dureza de 500 brinell) e man�do em posição por uma mola. O material mais

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Essas vedações são adequadas para uso em altas velocidades, temperaturas e pressões, como por exemplo, 5.000 pés por minuto e 4.000 psi de pressão a 250OC. Desgaste no nariz de vedação é insignificante e levado pela borracha, movendo-se axialmente sob a pressão da mola helicoidal. Um selo mecânico elimina o excesso de vazamento, mas uma pequena quan�dade é aceitável, pois lubrifica a vedação. Isso é realizado por usinagem das faces que são u�lizadas na ação de vedação. Essas vedações são usadas principalmente para aplicações de vedação rota�va.

4. Referências Bibliográficas https://en.wikipedia.org/wiki/Hansen_solubility_parameter Ericks Techinical Rubber – Sealing Elements Elastomers for Steam Service Presented at the High Performance Elastomers & Polymers for Oil & Gas 2010 - 5th International Conference, Aberdeen, Scotland, 277th – 28th April, 2010 Rubber Seals for fluid and Hydrau.ic Systems, Chellappa Chandrasekaran, 2010, Elsivier Inc www.borrachaatual.com.br



FRASES & FRASES “A música é a língua das emoções.” Emmanuel Kant

“A mentira é filha primogênita do ócio.” Padre Antonio Vieira

“A certeza daquilo que somos nada mais é do que uma ilusão daquilo que seremos.”

“Os livros são a luz que guia a civilização.” Franklin Roosevelt

“Um bom poeta será sempre mau filósofo; a imaginação eclipsa a razão.” Mariano da Fonseca

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“Há muitas portas para serem abertas, e eu não tenho medo de olhar atrás delas.” Elizabeth Taylor

“A literatura não modifica a ordem estabelecida, mas sim os homens que estabelecem essa ordem.” Ilys Ehrenbourg

“Não há mais nenhum erudito, só aqueles que sabem tudo sobre quase nada. Sou um deles.” Jean Dausset

“O teatro deve ser uma luz para a inteligência.” Romain Rolland

“Nada mais eloquente que a ação.” William Shakespeare

“A antiguidade é boa, mas é preciso descansar um pouco e respirar ares modernos.” Machado de Assis

“É perigoso ser sincero, a menos que se seja também estúpido.”

“O conhecimento pode ser apenas uma distração para nossa ignorância.” Charles Bright

George Bernard Shaw

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