Ed 142

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borrachaatual .com.br Ano XXIV • Nº 142 • Mai/Jun 2019 • ASPA Editora

24 Produção de

sílica natural

04 ENTREVISTA

Valdemir Prodocimo, Diretor Regional de Negócios da Cabot

ISSN 2317-4544

26 chem-Trend confirma

manutenção de investimentos

29 MAQUINATUAL

Apoio ao mercado internacional com Apex-Brasil


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SUMÁRIO

EDITORIAL

borrachaatual .com.br ISSN 2317-4544

Ano XXIV • Nº 142 • Mai/Jun 2019 • ASPA Editora

24 Produção de sílica natural

26 chem-Trend confirma manutenção de investimentos

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MATÉRiA De cAPA 04 ENTREVISTA

Valdemir Prodocimo, Diretor Regional de Negócios da Cabot

04 08

29 MAQUINATUAL

Apoio ao mercado internacional com Apex-Brasil

Os novos caminhos rumo à Sustentabilidade 4.0

Entrevista

Valdemir Prodocimo, diretor regional de negócios da Cabot

Lançamentos Novos pneus

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Pneus

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Chem-Trend confirma manutenção de investimento

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MAQUINATUAL

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Notas & Negócios

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Frases & Frases

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AGC pronta para retomada dos investimentos Oryzasil inaugura produção de sílicas naturais

ABIMAQ apoia atuação com Apex-Brasil no exterior

Turbilhão tecnológico Nosso mundo vive uma expansão tecnológica meteórica e incontrolável. As possibilidades tornam-se infinitas à medida que novos recursos são criados. Definimos esta evolução como a Quarta Revolução Industrial, nome que poderá ser modificado em pouco tempo uma vez que o grande motor do desenvolvimento não é mais a indústria, mas sim os serviços e a tecnologia embarcada neles. Neste turbilhão de mudanças tecnológicas e de costumes, a sustentabilidade do meio ambiente não pode ser atropelada e deixada para trás. Vemos, nesta edição, o engajamento de diversas empresas em proporcionar um mundo melhor e sustentável para as próximas gerações. A cadeia deve ser envolvida em seu todo, desde a produção até a reciclagem, utilizando-se da facilidade de comunicação e inúmeros aplicativos para instruir, conscientizar e engajar as pessoas na preservação dos recursos naturais, vitais ao nosso estilo de vida contemporâneo. As votações do TOPRUBBER continuam no site da BORRACHAATUAL e os preparativos para a ELASTE 2019 também. Mesmo num ano tão desafiador como este, estamos fazendo a nossa parte. Todos são bem-vindos nesta jornada. Boa leitura amigos!

Gente

Antonio Carlos Spalletta Editor

Calçados

Falta de investimentos trava economia nacional

Prêmio

TOPRUBBER

Matéria Técnica

Óxido de magnésio com alta área superficial aplicado em compostos de fluorelastômeros

CHEGA A SUA 15ª EDIÇÃO

Classificados

Local: Centro de Convenções Milenium

Vote pelo site: premiotoprubber.com.br

Agenda

EXPEDIENTE

08 de Agosto | 18h30

Ano XXIV - Edição 142 - Mai/Jun de 2019 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

www.borrachaatual.com.br

Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Foto Capa: Divulgação. Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

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ENTREVISTA

Valdemir Prodocimo Diretor Regional de Negócios da Cabot

“A Cabot Brasil tornou-se uma “fábrica seca”. Reaproveita 100% da água utilizada em seu processo.” Um importante player da indústria química, a Cabot inclui em sua forma de gerenciamento a essência do desenvolvimento sustentável, não só nos produtos, como também apoiando os clientes em toda sua cadeia de valor. A empresa afirma ter o compromisso de disseminar a sustentabilidade com funcionários, comunidades e parceiros. A Cabot tem demonstrado alto desempenho relacionado à segurança, saúde, meio ambiente, diversidade e inclusão. Foi reconhecida neste ano como uma das 50 melhores corporações de acordo com a “Corporate Responsibility Magazine”, e com classificação Gold pelo “EcoVadis”, plataforma focada em metas ambientais e sociais, que classifica empresas de acordo com seus avanços sustentáveis. Além disso, é signatária da “United Nations Global Compact”, comprometida a continuar avançando nas áreas de práticas trabalhistas justas, direitos humanos, questões ambientais e combate à corrupção.

Valdemir Prodoscimo, Diretor Regional de Negócios da Cabot, explica nesta entrevista para a Borracha Atual, as ações sustentáveis da empresa, a situação atual do mercado e as perspectivas para 2019. BORRACHA ATUAL: A sustentabilidade do meio ambiente está disseminada por toda a sociedade? VALDEMIR PRODOSCIMO: O termo sustentabilidade, focado no meio ambiente, está sendo disseminado na sociedade de maneira gradual. Apesar dos múltiplos esforços, esse conceito é inserido aos poucos na rotina de cada um, dependendo de como a pessoa recebe o conceito, o processa e depois coloca em prática. No caso da Cabot, além de nossas metas ambientais, nos comprometemos a disseminar a sustentabilidade com nossos funcionários, comunidades e parceiros. Quais os principais pontos devem ser observados quando nos referimos à sustentabilidade?

Quando nos referimos à sustentabilidade, existem inúmeros pontos que podem ser abordados. A Organização das Nações Unidas (ONU) implementou 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os ODS, que são mensuráveis e gerenciáveis: (1) Erradicação da Pobreza; (2) Fome Zero e Agricultura Sustentável; (3) Saúde e Bem-Estar; (4) Educação de Qualida-

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de; (5) Igualdade de Gênero; (6) Água Potável e Saneamento; (7) Energia Limpa e Acessível; (8) Trabalho Decente e Crescimento Econômico; (9) Indústria, Inovação e Infraestrutura; (10) Redução das Desigualdades; (11) Cidades e Comunidades Sustentáveis; (12) Consumo e Produção Responsáveis; (13) Ação Contra a Mudança do Clima; (14) Vida na Água; (15) Vida Terrestre; (16) Paz, Justiça e Instituições Eficazes; e (17) Parcerias e Meios de Implementação. Esses objetivos estão alinhados aos princípios Cabot. Como o Brasil está inserido neste contexto?

O Brasil vem apoiando o movimento de sustentabilidade há algum tempo. O país é signatário ao Acordo de Paris, firmado em 2016, que visa fortalecer uma ação global em resposta às mudanças climáticas e reforçar a capacidade dos países em lidar com tais impactos. Além disso, o Brasil está comprometido com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU. A Cabot se preocupa com a sustentabilidade?

Sim, a Cabot sempre esteve preocupada com os fundamentos que apoiam o tema sustentabilidade. Incluímos em nossa forma de gerenciamento a essência do desenvolvimento sustentável, não só em nossos produtos, como também apoiando nossos clientes em toda sua cadeia de valor. Quais as medidas que a empresa tem tomado para enfrentar as dificuldades deste desafio?

Estamos comprometidos com a sustentabilidade, fornecendo de forma responsável um portfólio de soluções de alta performance. A Cabot tem demonstrado consistentemente um alto desempenho relacionado à segurança, saúde, meio ambiente, diversidade e inclusão. Reconhecida, em 2019, como www.borrachaatual.com.br

“Estamos comprometidos com a sustentabilidade, fornecendo de forma responsável um portfólio de soluções de alta performance .” uma das 50 melhores corporações de acordo com a Corporate Responsibility Magazine, e com classificação Gold pelo EcoVadis, uma plataforma focada em metas ambientais e sociais, que classifica empresas de acordo com seus avanços sustentáveis. Além disso, somos signatários da United Nations Global Compact, comprometidos a continuar avançando nas áreas de práticas trabalhistas justas, direitos humanos, questões ambientais e combate à corrupção; e também participamos do Responsible Care, o que ressalta nosso compromisso de melhorar continuamente o desempenho em segurança, saúde e meio ambiente. Quais as vantagens para a indústria e os processos industriais da adoção de medidas que protejam o meio ambiente?

Em todo o processo industrial, a adição de valor à sociedade é, e será cada vez mais, um fator de valorização e sobrevivência da indústria, não só em todas as dimensões dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, como também à preservação do meio ambiente. Essa é uma das metas Cabot. A questão da água é importante?

A Cabot é extremamente preocupada com a questão da água, que é um dos principais pontos quando discutimos recursos naturais. Ela é um recurso es-

sencial para a sobrevivência dos seres vivos e é altamente utilizada dentro de processos industriais. Com a expansão dos processos industriais, mudanças climáticas e agravamento das crises hídricas, tornou-se indispensável otimizar o consumo de água. Sua distribuição nem sempre é proporcional à quantidade de pessoas que a utilizam, o que pode causar crises de abastecimento, somando isso às mudanças climáticas que vivenciamos nas últimas décadas, torna-se imprescindível ações sustentáveis em relação a esse recurso. Existe algum projeto implantado ou em implantação para diminuir o consumo de água?

Preocupada com a utilização responsável da água, um dos recursos indispensáveis no processo de produção do negro de fumo, a Cabot Brasil decidiu: investir em tanques para armazenagem de águas de chuva e de lavagem na fábrica em Mauá (SP); participar do maior empreendimento de água de reuso industrial na América Latina, com capacidade de 1.000 l/s, o Aquapolo – responsável por abastecer a água do Polo Petroquímico do ABC; e ter seu abastecimento de água potável, para o consumo dos nossos funcionários, realizado por uma empresa ambiental. A partir dessas e outras iniciativas, a Cabot Brasil tornou-se uma “fábrica seca”, isto é, há o reaproveitamento de 100% da água utilizada em seu processo. Como são tratados os resíduos industriais? E os gases dos processos?

Consideramos nossos resíduos industriais como potencial fonte de reuso, sendo a Cabot Brasil uma “fábrica seca”, sem a geração de efluentes líquidos. Da mesma forma como tratamos a problemática da água, a Cabot investiu fortemente em avançados processos de controle de emissões, atingindo níveis cada vez mais baixos dos limites aceitáveis.

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ENTREVISTA Qual o envolvimento dos funcionários na preservação do meio ambiente e solução de problemas?

A Cabot tem um processo de integração da sustentabilidade com programas que englobam nossa cadeia de valores, o meio ambiente, funcionários, comunidades e parceiros, no qual consideramos nossos funcionários os principais agentes de transformação. O engajamento dos funcionários nos programas de segurança, saúde e meio ambiente sempre foram essenciais à melhora contínua de nossos resultados, o que não será diferente nos programas de sustentabilidade. Estimulamos a participação ativa dos funcionários na compreensão, individual e coletiva, que podemos ter do meio ambiente e na solução criativa de problemas. Somos associados ao Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC, o COFIPABC, que visa a sinergia entre as indústrias do Polo Petroquímico, a comunidade e o poder público, um avanço na relação a diversos stakeholders; além disso, administramos, e ajudamos a administrar, cursos, palestras e atividades, contribuindo para a preservação do meio ambiente e na elaboração de soluções de problemas das nossas comunidades. A conscientização é feita somente no ambiente industrial ou também no familiar?

Incentivamos nossos funcionários a transmitir os conhecimentos adquiridos em seu ambiente familiar e comunidade, alcançando a maior quantidade possível de pessoas através do envolvimento das mesmas. Quais as grandes diferenças, se é que existem, no tratamento da sustentabilidade aqui no Brasil e nos EUA e Europa?

A Cabot possui metas globais de sustentabilidade, sendo que o tratamento e comprometimento são iguais em toda a corporação.

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“Nossos funcionários, clientes e parceiros são essenciais para o sucesso de nossa jornada sustentável .” O que é Economia Circular?

A Economia Circular é um modelo, diferente do modelo de fabricação linear tradicional, que visa uma produção mais sustentável, considerando toda a cadeia de valor. Inclusive, este modelo já é utilizado pela Cabot. Quais as vantagens que ela proporciona?

Considerando que o crescimento da economia global das últimas décadas levou a desequilíbrios ambientais, sociais e econômicos, a Economia Circular surge como um modelo que ajuda a restaurar esses equilíbrios. Através de um pensamento integrado à toda cadeia de valor, a Cabot vem investindo para que esse modelo não seja interrompido e, com isso, possa progredir juntamente com a sustentabilidade. Quais os resultados e sucessos obtidos nos últimos tempos?

A sustentabilidade é uma jornada na qual estamos dando passos importantes para fortalecer nossos alicerces. A identificação da comunidade Cabot com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável tem acelerado o processo de conscientização e engajamento nas atividades de cada operação, e obtivemos muitos resultados positivos no decorrer dos últimos anos. Em relação à gestão da água, otimizamos o consumo desse recurso, eliminando o uso de água potável no processo produtivo e o uso por tonelada de produto produzido. É importante citar

que a Cabot Brasil é uma “fábrica seca”, em que se aproveita 100% desse recurso, sem a geração de efluentes líquidos, além do manejo circular dos resíduos sólidos. Preocupados com o efeito estufa, investimos em tecnologia para reduzir a emissão desses gases durante nosso processo de produção, com ótimos resultados. A Cabot possui excelentes resultados na segurança de nossos funcionários e comunidades. Também somos associados ao COFIPABC e à Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM); participamos do programa Responsible Care; ajudamos a administrar diversos projetos sociais, como palestras em escolas, cursos oferecidos com nossos parceiros, disponibilização de grupos de orientação, doações etc.; temos um maior engajamento de nossos funcionários e familiares sobre sustentabilidade e sua importância; fabricamos produtos de alta performance, entre muitas outras ações. A compreensão de que a diversidade auxilia na criatividade e que a inclusão abre portas à participação coletiva tem trazido contribuições relativas. Em 2019, os comprometimentos sociais e ambientais da Cabot foram novamente reconhecidos, sendo nomeada pela Corporate Responsibility Magazine como uma das 50 corporações de melhor desempenho em sustentabilidade, conquistamos a classificação Gold da plataforma EcoVadis, e evoluímos juntamente com o pacto Global da ONU. Fornecedores e clientes também participam dos projetos?

A preocupação da Cabot em integrar toda sua cadeia de valor envolve clientes, fornecedores e parceiros na otimização e solução de problemas de forma integrada e inteligente. Nossos funcionários, clientes e parceiros podem participar de nossos esforços, seja direta ou indiretamente. Eles fazem parte da nossa jornada sustentável e são essenciais para esse sucesso. www.borrachaatual.com.br


Como países ainda em desenvolvimento tratam deste tema?

Sustentabilidade é um assunto global, tanto que os objetivos da ONU são aplicáveis em todos os países. Alguns países em desenvolvimento podem tratar certos assuntos de forma distinta, dependendo de como o país se encontra no momento, porém, a finalidade seria a mesma, e todos os países devem ter uma melhora nesse tema com o decorrer o tempo. O Brasil, sendo um país em desenvolvimento rico em recursos naturais, tem a responsabilidade de atrair a atenção e o capital, não só da comunidade internacional, mas também dos próprios brasileiros. Assim, o país irá impulsionar ainda mais o crescimento econômico, respeitando o meio ambiente, combatendo a pobreza e estimulando a diversidade e a inclusão. Qual o panorama para o futuro?

A Cabot é extremamente otimista em relação ao futuro da sustentabilidade. Continuaremos praticando em nossos negócios o protagonismo do desenvolvimento sustentável, atingindo nossas metas e responsabilidades conforme compromissos assinados junto às entidades regulamentadoras. Com certeza, as gerações futuras ainda poderão contar com a Cabot. 

“O Brasil irá impulsionar ainda mais o crescimento econômico, respeitando o meio ambiente .” www.borrachaatual.com.br

Unidade fabril da Cabot em Mauá, SP.

A Cabot Corporation (NYSE: CBT) é uma empresa líder global em materiais de desempenho e produtos químicos especiais com sede em Boston, Massachusetts, EUA. Nossas empresas oferecem uma gama completa de produtos e soluções para clientes no mundo todo, atendendo as principais indústrias como transporte, infraestrutura, meio ambiente e consumo. Fornecemos soluções de desempenho que enfrentam os desafios dos clientes hoje e os preparam para satisfazer as necessidades de amanhã. Nosso comprometimento com a inovação é estimulado por uma paixão pela expansão dos negócios de nossos clientes graças ao nosso profundo conhecimento de seus setores e das tendências globais que afetam suas operações. Com aproximadamente 4.500 funcionários em todo o mundo, nossos clientes valorizam nossa posição de liderança global nos setores em que atuamos e nosso comprometimento para ajudá-los a crescer onde quer que façam negócios. Valorizamos integridade, respeito, excelência e responsabilidade. Temos o compromisso de viver à altura desses valores todos os dias, pois eles são parte integrante da maneira como realizamos negócios com nossos clientes, parceiros, distribuidores, acionistas e colegas. Na região, a Cabot possui 4 fábricas: Altamira (México), Cartagena (Colômbia), Campana (Argentina) e Mauá (Brasil).

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LANÇAMENTOS

Turanza T005 para veículos de alto desempenho

Bridgestone Turanza T005.

A Bridgestone, maior fabricante de pneus do mundo, lançou para o segmento premium de automóveis o pneu Turanza T005, desenvolvido para proporcionar maior controle e frenagem em condições adversas, especialmente em pista molhada. “Com o Turanza T005, a Bridgestone apresenta aos consumidores um pneu que lhes garante maior segurança ao mesmo tempo que permite desfrutar a direção”, comenta Oduvaldo Viana, diretor de Marketing da Bridgestone. “Este novo modelo possui tecnologias inovadoras no talão e sulcos que possibilitam o total controle em situações complicadas do quoti-

diano, em especial nos dias de chuva”, completa. O pneu foi desenvolvido com um composto voltado ao equilíbrio entre aderência no molhado e resistência ao rolamento. Os arames que compõem a estrutura, possuem otimização em peso que ajudam o pneumático a diminuir o atrito ao solo. Sua carcaça foi elaborada com a tecnologia Spiral Wrap, que otimiza o conforto ao dirigir e a estabilidade do pneu em altas velocidades. Além disso, os sulcos longitudinais otimizam a drenagem de água e os transversais potencializam a aderência no molhado. Priorizando a segurança do usuário, o pneu apresenta a tecnologia MRB (Multi Round Block) que fortalece a pressão do contato dos blocos do pneu com o solo e melhora a aderência na pista molhada. O modelo ainda possui a tecnologia O-Bead que muda a forma com que o pneu interage com o aro, criando um conjunto precisamente redondo e proporcionando um desgaste lento e uniforme. “O Turanza T005 equipa veículos nos aros 17” e 18” e está disponível nas medidas 225/50R17; 215/50R17; 215/45R17; 205/50R17; 235/55R17; 205/40R17; 225/45R18; 225/40R18; 235/45R18; 205/55R17 e 225/45R17. 

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na Revista Borracha Atual 04 ENTREVISTA

Valdemir Prodocimo, Diretor Regional de Negócios da Cabot

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Apoio ao mercado internacional com Apex-Brasil

Todas as novidades do mercado da borracha.

Pneu desenvolvido especialmente para SuVs A Firestone, marca pertencente à Bridgestone, anunciou o lançamento do pneu Firestone Destination LE2 desenvolvido exclusivamente para o segmento de SUVs. “O mercado de SUVs apresenta um crescimento expressivo em vendas. Por isso, estamos traFirestone zendo para os conDestination LE2. sumidores uma nova geração de produtos Firestone que atende a constante demanda por pneus que oferecem melhor desempenho”, explica Oduvaldo Viana, diretor de Marketing da Bridgestone. “O Destination LE2 é uma ótima opção para quem busca segurança, dirigibilidade e conforto”, completa. Este pneu foi desenvolvido com uma construção de rodagem e carcaça otimizada que garante maior conforto ao rodar, além de um pacote de tecnologias que possibilita um elevado grau de uniformidade, acentuando o desempenho de uso em altas velocidades. Seus blocos de ombro fechados ajudam no piso seco e na vida útil, enquanto os sulcos circunferenciais amplos ajudam a canalizar a água para longe do piso para melhorar o desempenho em pista molhada. O novo pnemático incorporou a tecnologia O-Bead, que muda a forma como o pneu interage com o aro, criando um conjunto precisamente redondo e proporcionando um desgaste lento e uniforme. O lançamento está disponível para os aros 16” a 18” nas medidas 225/55R18; 265/60R18; 265/65R17; 235/60R18; 235/50R18; 235/55R19; 225/65R17 e 235/55R18.  ©Fotos Divulgação

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CAPA

Os novos caminhos rumo à

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Sustentabilidade

N

o dia 5 de junho passado foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, data que ganha cada dia mais importância no calendário industrial, principalmente no das empresas que têm atividades as quais impactam diretamente a natureza. É um momento precioso para mostrarem suas ações, internas e externas, mesmo que estejam adiantadas em seu processo de inclusão de medidas sustentáveis tanto em sua produção como em seus relacionamentos com fornecedores.

O termo sustentabilidade começou a ser discutido ainda nos anos 60, quando ambientalistas fizeram alertas em relação à poluição do ar e das águas, e empresários com visão de longo prazo também passaram a discutir o esgotamento de recursos renováveis. Ao longo do tempo muito foi discutido, mas poucas aplicações foram adotadas na prática, principalmente nos países em desenvolvimento, o que levou à gradativa piora das condições ambientais. Efeito estufa e aquecimento global passaram a ser temas recorrentes nos noticiários. Com a situação ambiental se agravando, a indústria juntou-se a um amplo movimento mundial de conscientização em

relação à degradação do meio ambiente e do esgotamento de recursos naturais e hoje o que se vê é o tema ganhando extrema relevância até para a realização de negócios – o grupo FCA, do setor automotivo, por exemplo, adotou sustentabilidade como tema estratégico dentro da empresa e no Brasil todos os seus diretores têm o dever de fazer algum tipo de ação relacionado ao tema. A seguir, Borracha Atual traça um panorama das ações de importantes empresas dos setores químico, automotivo e pneumático – dos mais sensíveis quando o assunto é sustentabilidade – que estão levando o setor industrial a um novo patamar de responsabilidade ambiental. ©Foto Divulgação

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Importante fabricante mundial de pneumáticos, a Goodyear tem investido na Sustentabilidade como premissa de seus negócios. Uma de suas conquistas nesse contexto foi a certificação ISO 14001 em sua fábrica de Americana (SP) desde 1999. O ISO 14001 é um dos principais selos do Sistema de Gestão Ambiental efetivo, que atesta um padrão de excelência na adoção de práticas de preservação ambiental. Ele reconhece as empresas que, como a Goodyear, mantêm políticas ambientais, metas e objetivos para a minimização de impactos ao meio-ambiente. A Goodyear também atua no recolhimento e destinação ambientalmente correta de pneus inservíveis por meio da Reciclanip – entidade criada pelas principais empresas pneumáticas para promover a responsabilidade pós-consumo. Os pneus coletados são utilizados como combustível alternativo para as indústrias de cimento, na fabricação de solados de sapato, em borrachas de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos industriais, asfalto-borracha e tapetes para automóveis. Principais ações desenvolvidas pela Goodyear com foco no meio ambiente: Consumo de água – Toda água utilizada nos processos produtivos nas fábricas é tratada antes e depois de sua utilização, retornando ao meio ambiente com uma qualidade igual ou superior à que foi captada. Dentro de sua meta de reduzir cada vez mais o consumo de água, a empresa está adotando o conceito de reuso em sua fábrica da cidade de Americana (SP), utilizando de maneira responsável este recurso cada vez mais escasso e necessário para a qualidade de vida das pessoas.

Conservação de energia – Uma das principais metas da Goodyear está relacionada à redução do consumo de energia durante o processo produtivo. Por isso, a utilização de gás natural, que já é usado nas caldeiras para a produção de vapor ou energia elétrica, tem se demonstrado uma alternativa eficaz capaz de reduzir também a quantidade de gases e particulados na atmosfera. Além disso, a empresa investe constantemente em tecnologia e aquisição de máquinas cada vez mais eficientes e que necessitam de menos energia. Resíduos e Solventes Zero – Com a conscientização e o processo de educação feito com os funcionários e fornecedores em relação à diminuição de resíduos em todas as fábricas, foi possível reduzir este índice próximo a zero, atitude que resultou numa quantidade menor de resíduos enviados aos aterros sanitários e a redução de emissão de gases de efeito estufa que provocam o aquecimento global e afeta todo o clima e funcionamento ideal do planeta. A empresa também investe em programas internos para a redução do uso de solventes nas fábricas. Tecnologias Ecoeficientes – A Goodyear investe no desenvolvimento de tecnologias ecoeficentes para em-

pregar em seus pneus, proporcionando menor impacto ao meio ambiente ao longo de sua vida. Um exemplo é a tecnologia FuelMax, que permite redução de até 5,7% no consumo de combustível dos veículos, gerando menor emissão de CO2 pela baixa resistência ao rolamento. Pneus-conceito que fazem a diferença hoje e no futuro Ao atuar de forma bastante alinhada às demandas das várias indústrias que atende, a Goodyear investe recursos humanos e financeiros no esforço de desenvolvimento de inovações que atendam as demandas do mundo moderno em termos de mobilidade. Neste sentido, a marca é reconhecida mundialmente pelos lançamentos de pneus inovadores. Conheça alguns modelos: Pneu de Arroz – em 2015, a Goodyear firmou um acordo de fornecimento de sílica derivada da cinza de casca de arroz para a empresa chinesa de agronegócios e alimentos Yihai Food and Oil Industry para a qual realizou testes que de-

©Fotos Divulgação

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CAPA monstraram que o produto tem o mesmo impacto que as fontes tradicionais em termos de desempenho dos pneus. A sílica é utilizada como agente de reforço em compostos da banda de rodagem de pneus. Pneu de soja – comercializado nos EUA desde 2017, estes pneus utilizam óleo de soja misturado em compostos de borracha, com benefícios em termos de redução do consumo de energia e melhora na eficiência da fabricação de pneus. Sobre esta inovação, vale citar que pesquisas da empresa mostraram que o óleo de soja se mistura mais facilmente com os compostos de borracha e, desta forma, ajuda a reduzir o consumo de energia e melhora a eficiência na fabricação de pneus. Pneus conectados – a partir de 2017, a empresa aplicou a sua experiência de desenvolvimento em carros autônomos em um grupo de carros elétricos semiautônomos no Tesloop, serviço de mobilidade em cidades que usam veículos elétricos da Tesla, que foram equipados com pneus com sensores sem fios, os quais aprimoram a gestão dos pneus e maximizam o tempo de atividade da frota ao medirem e registrarem continuamente a temperatura e a calibragem dos pneus. Estas informações são compartilhadas e cruzadas com dados de outros veículos, conectando-se a algoritmos exclusivos da Goodyear e que ajudam a melhorar o desempenho geral dos veículos, chegando a prever quando os pneus devem ser substituídos ou quando necessitam de manutenção. Eletric Drive – inovação apresentada pela empresa no Salão Internacional do Automóvel de Genebra (Suíça) em 2018, o EfficientGrip Performance com tecnologia Electric Drive é um protótipo para veículos elétricos que, segundo testes da Goodyear, geram um desgaste até 30% maior que os pneus tradicionais devido ao torque instantâneo dos motores elétricos e ao maior peso deste tipo de veículo, em função dos packs de baterias.

Em seu último Relatório de Sustentabilidade, divulgado em 6 de junho passado, a Ford revela que, entre os objetivos da companhia para os próximos anos estão impulsionar o progresso humano, proporcionando mobilidade e acessibilidade para todos; tornar-se a empresa mais inclusiva e diversificada globalmente; usar matérias-primas vindas de fontes responsáveis e somente plásticos reciclados e renováveis nos veículos globalmente. A Ford também compromete-se com novos objetivos de sustentabilidade que a ajudarão a atingir suas metas: • Usar 100% de energia renovável em todas as unidades de manufatura globalmente até 2035; • Continuar a fazer a sua parte para reduzir as emissões de CO2 conforme o Acordo Climático de Paris, sendo que o primeiro Relatório de Cenário sobre Mudanças Climáticas, publicado em conjunto com o Relatório de Sustentabilidade, detalha a visão da empresa para a transição para uma economia de baixo carbono e resiliência na gestão do risco climático no futuro; • Eliminar os plásticos de uso único (que não são recicláveis) das operações até 2030. Além disso, a Ford lançou oficialmente um programa social dedicado a empoderar mulheres para criar impacto positivo nas suas comunidades por meio de serviços de mobilidade. Chamada de SHE-MOVES – acrônimo em inglês que significa “Fortalecendo-a: Mobilizando Empreendimentos para Inovação Social” –, a iniciativa é feita em conjunto com o Ford Fund, braço filantrópico da empresa. As ações terão início com mulheres na Índia, Nigéria e África do Sul.

Na Índia, a Zaclon India Pvt. Ltd. treina mais de 40 mulheres para dirigir e fazer a manutenção de veículos e as ajuda na colocação profissional. Na Nigéria, a Shuttlers, que atua na área de transporte especializado, já atendeu cerca de 600 mulheres em um ano. E na África do Sul, a Fundação Uhambo dá apoio, educação e transporte a pessoas com deficiência e promove o desenvolvimento de lideranças para as mães.

Outra fabricante de pneus com foco total em sustentabilidade é a Bridgestone. A empresa afirma estar trabalhando continuamente por uma sociedade mais sustentável, com o intuito de ajudar a garantir um meio ambiente saudável para as gerações atual e futura. Uma das areas prioritárias deste compromisso, Meio Ambiente, baseia-se em três princípios: trabalhar em harmonia com a natureza; conservar os recursos naturais e reduzir as emissões de carbono. Deste modo, a Bridgestone desenvolve em todas as suas plantas programas dedicados ao meio ambiente e sustentabilidade. Na fábrica de Santo André – SP, por exemplo, a Bridgestone implementou em 2014 o Projeto Água de Reúso (proveniente da ETE ABC) e a utilização de efluentes tratados internamente. Estas ações apresentaram diminuição no consumo de água de fontes naturais (rios e aquífero) de 2,24 m³ em 2014 para 0,43 m³ em 2018 (redução de mais de 5x do consumo de 2014). Na unidade de Camaçari – BA, a companhia alcançou uma redução importante nos últimos 4 anos no consumo de água (-46%) e energia (-17%), redução da emissão de CO2 (-26%) e aumento expressivo na reciclagem em seus processos (+14) e dos resíduos orgânicos gerados na fábrica (99,6% é reciclado). No local, será ©Fotos Divulgação

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implementado o Centro de Educação Ambiental (CEA) com ações focadas no meio ambiente e sustentabilidade. Desde 2016, na planta de Campinas – SP, a água dos aparelhos de ar condicionado é reaproveitada para abastecer o tanque de combate a incêndio. A cada mês, cerca de 3 mil litros de água são captados desta forma. Em Mafra – SC, regularmente são realizadas palestras e diálogos visando a redução do consumo de água no ambiente industrial. Esta ação, somada a outras medidas de melhoria implantadas

na unidade, diminuiu em 20% o consumo de água da planta. Em virtude dos trabalhos de reutilização e reciclagem de materiais, reaproveitamento da água e eficiência energética realizados, o Centro de Distribuição Ecopia da Bridgestone, localizado na cidade de Mauá – SP, recebeu a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedido pela U.S. Green Building Council. O selo reconhece e atesta as construções e edificações que são planejadas, construídas e operadas seguindo os mais eficientes padrões de sustentabilidade.

Visão Global para 2050 – Em maio de 2012, o Grupo Bridgestone definiu uma visão ambiental de longo prazo para 2050 em diante. Essa visão busca alcançar um equilíbrio entre as operações de negócios e a proteção ambiental por todas as empresas do Grupo. O Grupo está reduzindo as emissões de CO2 em todo o ciclo de vida de seus produtos, desde a aquisição de matérias-primas até a fabricação, distribuição, uso e descarte ou reciclagem, para contribuir para a criação de uma sociedade sustentável.

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CAPA

Para o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Vipal Borrachas criou uma campanha interna, composta por um quiz com perguntas sobre os 3Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar, presenteando com o sorteio de ecobags. Com ajuda do Dispensário Santana, entidade que atua junto a crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social em Feira de Santana, a empresa aproveitou as lonas de banners e minidoors utilizadas em outras campanhas, que seriam descartadas, para produzir lindas sacolas, todas feitas à mão. Parte delas será doada para o Dispensário Santana reforçar o caixa da instituição.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, a Volkswagen Caminhões e Ônibus mostrou seus avanços para reduzir, de forma consistente, a pegada de carbono de suas operações. Em comparação com 2010, a montadora já conseguiu diminuir em mais de 70% as emissões de CO2 por ano, relativas às suas atividades de produção em Resende. Em outras frentes, aumenta a quantidade de resíduos destinados à reciclagem em sua fábrica e minimiza o consumo de água, além de tratar 100% de seus efluentes. Parte dos avanços com relação às emissões deriva dos mais recentes ciclos de investimento da VWCO, em que modernizou sua unidade fabril. Mas uma parcela expressiva também se deve à compra de energia originada em fontes limpas. Os recursos foram aplicados ainda para aumentar o volume de resíduos reciclados. Em 2015, esse patamar estava em 51%. Com a adoção de novos processos industriais que facilitam a separação e a triagem, em 2018, a empresa fechou o ano

com 71% desse material destinado à reciclagem. E a meta é progredir ainda mais. A VWCO também promove o uso consciente da água, através do monitoramento de perto do consumo para garantir que não haja desperdícios, reduzindo o volume e utilizando substâncias mais eficientes. E, ao fim da operação, está a estação de tratamento de efluentes da VWCO para assegurar que a água chegue limpa ao Rio Paraíba do Sul, que abastece a região. Conscientização ambiental – Ao chegar à fábrica, todo novo colaborador passa por uma integração em que recebe orientações para uma atitude mais responsável, profissionalmente ou em sua casa. Além dos projetos e campanhas internas, a VWCO promove ações com a comunidade do entorno da fábrica para conscientização ambiental. Entre as iniciativas, está a realização de palestras e dinâmicas com foco no tema realizadas dentro do programa social “Olá, Mundo”, em que a montadora proporciona nova perspectiva de vida e amplia as expectativas dos jovens da Emaús, região carente de Resende (RJ). Em paralelo, a empresa apoia financeiramente a obra necessária para que eles possam lucrar com a coleta seletiva.  ©Fotos Divulgação

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Em abril/2019 tivemos a nossa 2ª participação na Feiplastic que foi um sucesso e também comemoramos junto aos nossos clientes e amigos os 34 anos de Auriquimica. Com a busca constante em ampliar o nosso portfólio e desenvolver novidades para atender os nossos clientes, anunciamos os novos produtos em nossa distribuição:

Elvaloy®

As resinas de copolímero de etileno Elvaloy® são compostas por matérias primas para aumentar a flexibilidade, resistência, exposição externa a longo prazo e o toque suave. As aplicações incluem modificação de PVC, PP, PE, EVA, PBT, PET, ABS entre outros, além de aplicações como pavimentação de asfalto, revestimento de cabos e membranas para telhados.

Elvax®

As resinas de copolímero Elvax® EVA (Etileno Vinil Acetato) adicionam tenacidade, resiliência, resistência à quebra e melhor flexibilidade em relação ao LDPE em amplas faixas de temperatura para aplicações industriais e de consumo. Destacando-se nas aplicações de solados para calçados, adesivos hot melt, roupas de mergulho, tapetes, pisos, pastas, flutuadores, pranchas, entre outros.

São Paulo Av. Henry Ford, 1.980 - São Paulo - SP Tel: 11 2066-5600 | Fax: 11 2066-5612 auriquimica@auriquimica.com.br

Fusabond®

Fusabond® é um agente acoplante e modificador de impacto para vários tipos de polímeros, como PP / PA / PE / EVA, entre outros. O produto é capaz de tornar estes compostos mais fortes, rígidos e compactos. Além disso, melhora as propriedades mecânicas dos compósitos, criando ligações químicas duráveis entre vários tipos de polímeros. Isso representa uma melhora significativa em termos de força, rigidez, dureza e resistência a umidade.

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PNEUS

Goodyear relembra ícones da indústria

Novo SUV elétrico da Audi A Bridgestone se juntou à Audi em uma nova jornada, o lançamento de primeiro utilitário esportivo totalmente elétrico, o Audi e-tron. As duas empresas estabeleceram uma lista de demandas que destacam as especificações do novo modelo, desde a sua espetacular aceleração até o conforto e silêncio do veículo, garantindo a máxima segurança e sem qualquer queda no desempenho. A Audi escolheu a Bridgestone como fornecedora de equipamento original para seis modelos de pneus do aro 19 para o 21, sendo quatro medidas de verão e duas de inverno. Impulsionado por dois motores elétricos, o Audi e-tron tem aceleração incrível: alcança 100 km/h em menos de 6 segundos. Essa característica, imediatamente, estabeleceu a necessidade de pneus com excelente contato para garantir uma direção de alto nível e excelente desempenho de frenagem. A empresa forneceu o pneu de verão Alenza 001 especialmente projetado para SUVs, que conta com uma estrutura de bloco que otimiza o contato com a estrada para melhorar a resposta de direção nas curvas e a estabilidade ao dirigir em linha reta. Este pneu conquistou a nota A, segundo os critérios de etiquetagem para aderência em piso molhado, a melhor do mercado. Para as condições de inverno, a Bridgestone forneceu o Blizzak LM 001 por sua segurança nas curvas e direção confiável em estradas molhadas, secas, geladas, lamacentas e com neve. O pneu combina um composto com alto teor de sílica com a tecnologia Nano Pro-tech da Bridgestone para garantir excelente aderência. 

O dia 13 de maio é celebrado como o Dia do Automóvel, data criada em homenagem à inauguração da primeira estrada pavimentada do Brasil. A rodovia que liga a cidade do Rio de Janeiro a Petrópolis, com aproximadamente 66 quilômetros, foi inaugurada em 13 de maio de 1926. Nessa data especial para a história da indústria automotiva a Goodyear lembra alguns modelos icônicos que rodaram com a marca. A Goodyear nasceu há 120 anos em Akron, Ohio, praticamente junto com automóvel e se fortaleceu no mercado quando o fundador da companhia ofereceu ao jovem Henry Ford os pneus para serem utilizados em seu carro de corrida, marcando simultaneamente o início da aliança da marca com a indústria e com as competições. Mas foi em 1908 que os icônicos modelos Ford T, que popularizaram e revolucionaram a indústria automobilística, começaram a sair da linha de montagem equipados com pneus Goodyear. Outro modelo icônico em que a Goodyear marcou presença é o MP4/4, monoposto da McLaren pilotado por Ayrton Senna na conquista do primeiro campeonato mundial, em 1988 e o do tricampeonato em 1991, esse recentemente exposto no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. Das pistas para as ruas e estradas – Fora das pistas, mas ainda no mundo dos esportivos, a Goodyear se sobressai por ser a fabricante original e exclusiva do Chevrolet Camaro. Os engenheiros da Goodyear trabalharam em estreita colaboração com a equipe de desenvolvimento do Camaro para projetar pneus que proporcionassem performance superior e equivalente ao desempenho do esportivo. O projeto, que incluiu mais de 13.000 horas de desenvolvimento e testes de pneus, resultou em três adaptações dos pneus

originais para contemplar as características do veículo. Tanto na versão cupê como na conversível, o Chevrolet Camaro vem equipado com rodas de 20 polegadas e pneus Goodyear Eagle F1 Asymmetric 3 RunOnFlat®. A Goodyear desembarcou no Brasil em 1919, quando iniciou as suas atividades em um escritório de vendas no Rio de Janeiro (RJ). Em 1954, a Goodyear lançou o famoso pneu Papaléguas (1954) que, por cinco décadas, conquistou a preferência das gerações de profissionais que atuavam no setor de transporte no País. O sucesso do composto utilizado neste pneu foi tanto que contribuiu para a decisão, em 1957, de criar uma área totalmente focada no atendimento a montadoras. As inovações continuaram e a década de 1980 começou com o lançamento do primeiro pneu radial de aço para veículos de passeio no Brasil, o Grand Prix S. Ao longo deste período, outros pneus emblemáticos chegaram ao mercado nacional, como o Wrangler (1985), voltado ao atendimento de usuários de off-road. Com estes lançamentos na preferência dos motoristas, a Goodyear iniciou a implantação dos autocentros (1987), apresentando um novo conceito de atendimento e serviço aos consumidores do País. As principais diferenças entre os modelos fabricados para carros de entrada diante dos de alta performance estão nos tipos de compostos utilizados e na maneira que são fabricados. Em pneus elaborados para carros mais potentes, por exemplo, o costado é mais rígido e as respostas são mais rápidas. Nos modelos que prezam pela economia de combustível e pela durabilidade, são utilizados compostos de borracha diferenciados na banda de rodagem, proporcionando maior longevidade e melhor custo-benefício.  ©Foto Divulgação

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Veículo autônomo elétrico da Citroën

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Para comemorar 100 anos, a Citroën apresentou um veículo elétrico autônomo e conectado, o Citroën 19_19 Concept. O veículo está equipado com o pneu conceito Goodyear C100 em uma parceria firmada com a unidade europeia da Goodyear com objetivo de proporcionar conforto e o desempenho inteligente que este veículo exclusivo exige. “O pneu conceito C100 da Goodyear foi projetado especificamente para o veículo Concept 19_19 da Citroën”, disse Mike Rytokoski, diretor de marketing de Consumer da Goodyear Europa. “Ele apresenta tecnologia para oferecer o máximo conforto e eficiência para a mobilidade elétrica e os recursos inteligentes necessários para suportar um veículo autônomo”. O C100 tem quase um metro de diâmetro, medida superior à maioria dos pneus oferecidos no mercado, que contam com algo próximo de 60 cm. Por ter um aro de 30 polegadas, a eficiência, o conforto e a performance são beneficiadas, assim como o melhor desempenho tanto em pisos secos como em molhados. Apresenta um design de piso

personalizado e inspirado na natureza que proporciona benefícios de conforto e manuseio. Com quase 100 gomos a mais em sua banda de rodagem do que o pneu médio, o C100 proporcionaria um passeio muito mais silencioso, uma questão crucial para garantir o conforto em veículos elétricos. Além disso, o composto do C100 é inspirado nos atributos de uma esponja natural, com capacidade para endurecer no seco ou amolecer no molhado, adaptando-se melhor aos percursos e oferecendo maior aderência em diversas condições. O conceito C100 foi projetado para usar tecnologia avançada de sensores. Ele tem capacidade de detectar a superfície da estrada e prever as condições meteorológicas, se comunicando com o sistema autônomo Citroën 19_19 Concept. Ele também sugere avançada tecnologia de desgaste ativo para avaliar o estado do pneu, permitindo a manutenção proativa dos pneus. Apesar de ser um pneu conceitual, muitas das tecnologias apresentadas no C100 já estão nos modelos comercializados pela Goodyear. Entre elas os pneus de perfil baixo e banda de rodagem larga e os sistemas de monitoramento. 

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Bridgestone equipa caminhões e ônibus Volvo Modelo R268.

Modelo M792.

A Bridgestone é um dos fornecedores de equipamento original para os principais caminhões e ônibus da Volvo. Com o uso das tecnologias mais avançadas, a empresa desenvolve pneus com maior capacidade de carga, excepcional tração, maior estabilidade e vida útil mais longa, trazendo ao usuário a melhor opção de custo-benefício. Para os caminhões semipesados e pesados das linhas

VM, FH e FM a Bridgestone fornece o modelo R268 Ecopia. O produto possui ombros com barras sólidas e planas, filete de proteção lateral e talão reforçado que ajudam a atingir um desgaste uniforme, conforto (baixo nível de ruído), além de apresentar um alto índice de recapabilidade e desempenho quilométrico. O pneu R268 Ecopia, projetado com materiais que minimizam a resistência ao rolamento, aumentam a eficiência energética e ajudam a diminuir a emissão de dióxido de carbono (CO2), também equipa os caminhões das linhas FH e FM, além dos ônibus rodoviários na medida 295/80 R22.5 152/148M. Desenvolvido para uso nos eixos de tração em rodovias pavimentadas de curta, média e longa distâncias, o mode-

lo M736 equipa os veículos pesados das linhas de caminhões FH e FM na medida 295/80 R22.5 152/148M e na linha de semipesados VM na medida 275/80 R22.5 149/146L. Elaborado com um composto de rodagem especial e talão reforçado, o pneu apresenta grande aderência e tração em diversas condições e maior resistência a roçamentos e alto índice de recapabilidade. Completando a lista de fornecimento de equipamento original da Bridgestone para a Volvo, o pneu M792 Ecopia equipa, na medida 295/80 R22.5 152/148M, os caminhões pesados das linhas FH e FM. O modelo apresenta maior número de blocos e filetes de proteção lateral que ajudam na economia de combustível e aderência em piso molhado, além de menor ruído, devido à tecnologia Groove Fence. 

Pirelli investe 120 milhões de euros A Pirelli confirma sua presença estratégica no Brasil por meio de uma reorganização da estrutura produtiva, que permitirá acelerar o foco nos produtos High Value e melhorar a competitividade das fábricas no País, tendo em vista, inclusive, o cenário conjuntural difícil. Está previsto um plano de investimentos de 120 milhões de euro no período 2019-2021 para a modernização e a reconversão dos estabelecimentos produtivos de Standard a High Value e para o melhoramento contínuo do mix e da qualidade das fábricas de Campinas (São Paulo) e Feira de Santana (Bahia). Estes investimentos se somam aos 320 milhões de euro que já foram realizados no período 2013-2018. Esta reorganização torna mais sólida e mais competitiva a presença da Pirelli no Brasil. O rearranjo prevê, em particular, o fortalecimento da fábrica de Campinas,

que atualmente se concentra exclusivamente na produção de pneus para carros, por meio da transferência da produção de pneus de moto da unidade de Gravataí (Rio Grande do Sul), processo que se completará até a metade de 2021. Esta reorganização permitirá a criação de um polo industrial à serviço dos mercados latino-americanos, que se dedicará à produção de pneus de carro, moto e Motorsport, com foco crescente em High Value. Esta operação permitirá a otimização dos processos produtivos e dos fluxos logísticos, inclusive graças à localização favorável da fábrica de Campinas, mais próxima às unidades produtivas das montadoras de carro e moto, e cujo fortalecimento permitirá a contratação de cerca de 300 pessoas até 2022. Os recursos relativos à reorganização derivam principalmente da subscrição do acordo fiscal Patent Box, divulgada

em outubro 2018 que, como antecipado à época, foram destinados a acelerar o processo de maior foco no segmento High Value e de uma redução mais rápida do Standard. Contextualmente, com o objetivo de chegar a um acordo com o Sindicato, durante o período de transferência da produção, serão tomadas todas as medidas de mitigação para reduzir os impactos sociais na planta de Gravataí, que emprega hoje cerca de 900 pessoas. Em um primeiro passo deste percurso, considerando a confirmação recebida da Prometeon Tyre Group Brasil em relação à sua presença industrial em Gravataí, Pirelli e Prometeon Tyre Group avaliarão reciprocamente ações que mitiguem os efeitos ocupacionais, de forma compatível às condições do mercado local e à competitividade dos respectivos setores de atuação.  ©Fotos Divulgação

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Pneu mais resistente Aumentar a vida útil dos pneus automotivos. Esse é o objetivo da nova tecnologia desenvolvida pela multinacional Pirelli, em parceria com o IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, unidade credenciada da EMBRAPII - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial. O setor automotivo no Brasil representa 22% do PIB industrial e somente a indústria produtora de pneus é responsável por cerca de 24,2 mil empregos diretos e por mais de 100 mil empregos indiretos, de acordo com a ANIP - Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Novas tecnologias são, portanto, essenciais para alavancar ainda mais o segmento, gerando oportunidades e crescimento para o país. O projeto cria uma substância (material particulado e QT_Anuncio_BA_Ed_MAI.pdf

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microencapsulado) que funcionará como um aditivo para ser inserido na borracha durante a etapa de fabricação. Ele terá a capacidade de regulação térmica evitando que os pneus atinjam níveis excessivos de calor provocando seu desgaste precoce. Atualmente, o projeto está em fase de testes para avaliação de desempenho e, assim que as etapas forem concluídas, deve entrar no mercado para comercialização. De acordo com o pesquisador Renato Gavioli, do IPT, ampliar o tempo de vida útil dos pneumáticos é uma inovação muito importante para a indústria automobilística. “O projeto pode trazer ganhos relevantes para a durabilidade dos componentes e a parceria com a EMBRAPII foi decisiva na viabilização deste projeto”, afirma.

Investimento no modelo EMBRAPII A EMBRAPII, organização vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, tem um modelo próprio de investimento em projetos de PD&I (Pesquisa Desenvolvimento e Inovação) que visa a atender a demanda da indústria. Empresas que possuem um projeto avaliado como inovador devem se associar a uma das 42 unidades credenciadas existentes no país. Caso o projeto seja aprovado, após avaliação técnica, os gastos para o desenvolvimento são divididos em três partes. A EMBRAPII fica responsável por um terço do investimento, a unidade disponibiliza mão de obra e equipamentos e a empresa financia o restante. 

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EMPRESA

AGc pronta para retomada dos investimentos

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AGC Chemicals, divisão química da incorporação Japonesa AGC Inc., que é líder mundial em fabricação de produtos químicos, vidros e displays, com US$ 13 bilhões em vendas líquidas, aproximadamente 51.500 funcionários em 30 países, oferece ao mercado uma ampla gama de fluorpolímeros e compostos de alto desempenho baseados em elastômeros fluorados e resinas de PTFE, PFA e ETFE. Seus produtos de alto desempenho e ambientalmente corretos fornecem soluções para as aplicações mais desafiadoras. Em matéria de elastômeros fluorados, a AGC é a única fabricante de FEPM no mundo além de ser um dos principais fornecedores globais de FFKM e FKM tipo IV. A AGC comercializa esta linha de produtos sob a marca globalmente conhecida por AFLAS®. Este portfólio diversificado traz uma versatilidade única que transita entre os mais variados ambientes agressivos, de vapor superaquecido a ácidos e bases extremamente fortes, sem perder a alta resistência à temperatura que é tradicional nestes elastômeros. Ou seja, para uma aplicação desafiadora em um ambiente agressivo, AFLAS® é a solução. Acompanhe na figura abaixo como a ASTM (American Society of Testing and Materials) classifica e diferencia estes diferentes polímeros (ASTM D1418).

A classificação FEPM é atribuída à molécula TFE-P que é composta apenas pelos monômeros TFE (Tetrafluoretileno) e Propileno, o que proporciona à sua peça formulada com AFLAS® estas características inigualáveis em ambientes complicados.

O AFLAS® destaca-se em diversas aplicações exigentes que variam desde simples anéis O-rings e gaxetas até peças extremamente complexas como packers usados na indústria de petróleo, que exigem altíssima resistência mecânica.

TFE HFP hexafluoropropylene F2C=CF2-CF3 (76% fluorine)

VF2

tetrafluoroethylene F2C=CF2 (76% fluorine)

vinyldenefluoride H2C=CF2 (59% fluorine)

Packers e outros elementos de vedação na indústria de petróleo.

P propylene H2C=CH-CH3

E ethylene H2C=CH2

PMVE Perfluoro (methyl-based vinyl) ether H2C=CF-O-CF3 (69% fluorine) carbon

hydrogen

Type I

VF2

HFP

Type II

VF2

HFP

TFE

fluorine

oxygen

Type III

VF2

Type IV

VF2

TFE

P

Type V

VF2

HFP

TFE

TFE

PMVE

E

PMVE

Anéis de vedação para diversas aplicações.

“O novo cenário brasileiro chamou a atenção da empresa que pretende fornecer seus produtos no Brasil de uma maneira mais intensa, notadamente nas áreas de petróleo e gás, indústria de processos químicos, trocadores de calor, entre outras, afirmou Drew D’Agosta”, diretor de vendas e marketing da AGC Chemicals Americas. O executivo salienta que além da qualidade de seus produtos, o grande diferencial para atender o mercado brasileiro é a possibilidade de poder contar com um laboratório de desenvolvimento e assistência técnica de primeira linha, capaz de atender às mais exigentes demandas do mercado. A AGC Chemicals Americas disponibiliza este centro de tecnologia totalmente para uso de seus clientes. Localizado estrategicamente na Pensilvânia, EUA, perto de grandes centros como Nova Iorque, Filadélfia e Washington, é o que há de ©Foto: Divulgação

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mais completo em serviços de pesquisa e suporte técnico comercialmente disponível para clientes fabricantes de artefatos de borracha. O diretor de negócios para a América do Sul da AGC, Marcos Luciano Nunhez, confirma esta posição e salienta que o mercado está reunindo todas as condições positivas para voltar a crescer de uma maneira sustentável nos próximos meses. Segundo ele, os investimentos serão retomados e a demanda exigirá fornecedores de qualidade, confiabilidade e capacidade de atender especificações muito exigentes. 

Distribuição no Brasil Comprometida com o mercado brasileiro, a AGC Chemicals Brasil firmou uma parceria com a Biesterfeld Simko Distribuição S.A., parte do grupo alemão Biesterfeld, para comercializar a linha AFLAS® no Brasil. Operando no Brasil desde 2015, distribui polímeros de engenharia, polímeros de estireno, polímeros acrílicos, polímeros padrão, elastômeros, borrachas termoplásticas e aditivos. Biesterfeld Simko é uma organização que oferece suporte e assistência técnica em todo o Brasil. “Estamos entusiasmados com a perspectiva desta nova parceria. O elastômero AFLAS® apresenta características, únicas para solucionar demandas específicas da indústria química e de petróleo. Desta forma, a Biesterfeld no Brasil passa a completar a sua oferta de elastômeros técnicos com um produto de altíssima performance” afirma o diretor comercial da Biesterfeld Brasil, Walter Atolino. 

Mais informações contate a Biesterfeld.

São Paulo: +55 11 2385.9129 Florianópolis: +55 48 3307.3770 atendimento.bsd@biesterfeld.com

©Fotos: Divulgação

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EMPRESA

Oryzasil inaugura

produção de Sílicas naturais

Considerado um projeto inovador, a empresa apresentou um processo de produção de sílicas precipitadas, de alto nível de sustentabilidade, a partir de matéria-prima renovável (casca de arroz) e livre de efluentes.

“A partir de um estudo, lançamos um programa de apoio à indústria química, que abordava silício brasileiro a partir de fontes renováveis, elaborado pela Oryzasil”.

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oi Inaugurada no início do mês de maio a Oryzasil Sílicas Naturais, localizada em Itaqui, no Rio Grande do Sul, que prevê revolucionar o mercado de produção da sílica precipitada sendo 100% sustentável, a partir da casca do arroz para gerar energia e produtos químicos, sendo a sílica precipitada o principal deles, através de um processo livre de efluentes.

Sendo assim, esta é a primeira unidade do gênero no mundo a focar na sustentabilidade. A empresa considerou na sílica a oportunidade de usar a casca do arroz, que representa cerca de 20% dos grãos colhidos, e atualmente despejada em aterros que causam danos à natureza, pois geram gás metano e dióxido de carbono, elementos que danificam o solo, ©Fotos Ronny Borges

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conceito esse alinhado com a indústria química moderna. O projeto gera energia térmica e elétrica suficiente para o processo, além de abastecer o mercado livre de energia. O estudo também teve o apoio da Finep, que esteve representada no evento de inauguração por seu Gerente Operacional, Henrique Vasquez. “A partir de um estudo, lançamos um programa de apoio à indústria química, que abordava silício brasileiro a partir de fontes renováveis, elaborado pela Oryzasil. Foi um investimento caro e com barreiras no mercado, porém, de extrema importância. E, nós, da Finep, temos o papel de ajudar nessa fase de risco”, declarou, ressaltando que a Finep apoiou o projeto com R$ 17,5 milhões. A planta foi desenvolvida para otimizar o processo de queima da casca de arroz, de forma a melhor aproveitar o calor e a boa qualidade das cinzas necessárias no processo de fabricação da sílica. Com isso, a Oryzasil tem uma capacidade de queimar 20 toneladas por hora de cascas, gerando energia equivalente ao abastecimento de uma cidade com aproximadamente 200 mil habitantes. O processo da companhia cria um ciclo sustentável e completo, desde a entrega das cascas de arroz até a utilização da cinza como fonte de sílica e dos demais produtos.

A sílica precipitada pode ser utilizada em diferentes especificações para diversas aplicações, como a indústria de pneus, artefatos de borracha, creme dental, tintas, mercados de nutrição e saúde. A estratégia da Oryzasil se baseia no mercado de pneus, conhecidos como pneus verdes ou pneus de alta eficiência energética. Estes podem economizar de 5% a 10% de combustível e, consequentemente, reduzem as emissões de CO2. Outro destaque é que, em seu processo, a empresa é capaz de produzir mais de 2,5 mil toneladas de sílica por mês. Cerca de 250 convidados prestigiaram o evento de inauguração, autoridades municipais representando Itaqui e municípios da região, do governo estadual, federal, e do poder legislativo, que foram recepcionados pelos membros do conselho da Ferrostaal. As autoridades presentes em seus

discursos ressaltaram a importância do projeto Oryzasil, cujo investimento traz empregos e desenvolvimento para a região, além de atuar em sinergia positiva com o ecossistema e as empresas locais da cadeia de produção do arroz. 

©Fotos Ronny Borges

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EMPRESA

chem-Trend confirma manutenção de investimentos Patricia Ajeje, desde o dia primeiro de abril, é a nova CEO do grupo Chem-Trend no Brasil, cargo que acumula com o de Diretora de Vendas, que já exercia. Segundo a executiva, sua atuação será focada na manutenção dos negócios e expansão, pautados em sustentabilidade e inovação. Nesta entrevista para Borracha Atual ela fala sobre seus planos, o momento da empresa, além de perspectivas para este ano. Como a Chem-Trend vê o mercado brasileiro atual? Em linha com a perspectiva do Grupo Freudenberg, consideramos que o ano de 2019 será desafiador na região. Trabalhamos com uma expectativa de crescimento do PIB brasileiro em torno de 2%, com uma inflação anual de 3,6% e uma taxa básica de juros estável em 6.5% ao ano. Acreditamos na força das nossas soluções e seguimos atuando fortemente no Brasil, com investimentos em inovação e aprimoramentos em nossa planta produtiva e laboratórios. Como foi o desempenho da empresa em 2018? O Grupo Freudenberg continuou com seu bom desenvolvimento dos negócios em 2018 mesmo em um ambiente instável e difícil e registrou um sólido crescimento orgânico de 4,3%. Incluindo os efeitos de aquisições e desinvestimentos, implicações significativas de taxa de câmbio negativa e dos efeitos da nova regra contábil IFRS 15, as vendas aumentaram 1,2% em relação ao ano anterior. As vendas totais da Freudenberg em 2018 cresceram para € 9,45 bilhões (ano anterior: € 9,34 bilhões), com base no IFRS. O lucro operacional foi de € 910,3 milhões, ligeiramente acima do total registrado no ano anterior, de € 905 milhões. As vendas na América do Sul permaneceram estáveis em reais em torno de R$ 1 bilhão, o que representa aproximadamente € 239

milhões. Comparado com o ano anterior, o faturamento no Brasil cresceu 9,9% em moeda local, alcançando R$ 874 milhões, A Chem-Trend no Hemisfério Sul, mesmo em um ambiente bastante desafiador, também vivenciou um crescimento expressivo de dois dígitos nas vendas e no lucro operacional em 2018, muito acima do crescimento dos mercados onde atuamos. Os resultados foram suportados pela constante busca da inovação e geração de valor, expertise do nosso time de colaboradores e pela busca de desenvolvimento de novas aplicações nas indústrias onde atuamos.

Quais as perspectivas para 2019? Acredito que temos uma posição única com planta produtiva, laboratórios de pesquisa e desenvolvimento e uma equipe comercial e técnica com profundo conhecimento sobre as diversas indústrias onde atuamos. Isso nos permite uma atuação focada em nossos clientes, por meio de um serviço de classe mundial e senso de urgência. Nosso mix de negócios e nossa completa linha de produtos auxiliares para diversos setores, como borrachas, pneus, poliuretanos, fundição, madeira, compósitos e termoplásticos, nos dão suporte durante períodos de crise e oferecem novas oportunidades. Quais os planos da nova gestão? Com base nas 16 principais me-

ga-tendências identificadas pelo Grupo Freudenberg e as principais áreas de foco estratégico da empresa como Nova mobilidade, Sustentabilidade e Digitalização, seguirei fortalecendo nossas iniciativas de maneira a identificar oportunidades e prover suporte a nossos clientes. Nesse sentido, posso destacar que estão nos nossos planos a implementação e fortalecimento de algumas iniciativas de digitalização que aumentam a conectividade com nossos clientes, otimizando o uso de nossos produtos. Vou ainda continuar promovendo a oferta de soluções inovadoras, sustentáveis e de alto valor agregado. Minha missão é sustentar a posição de liderança da Chem-Trend em mercados tradicionais de atuação, além de desenvolver novos negócios de maneira sustentável e fortalecer a participação da empresa no Hemisfério Sul. Assim como o Grupo, eu também acredito na nossa responsabilidade com a sociedade. E é por isso que continuamos com nossos projetos sociais orientados à educação da comunidade. O Grupo Freudenberg apresenta um compromisso muito forte com a Cidadania Corporativa e a Chem-Trend também apoia essa causa. O programa “e2” (educação e meio ambiente) tem fortalecido a Cidadania Corporativa do Grupo desde o seu lançamento em 2015. O objetivo é proporcionar às pessoas acesso à educação e ao trabalho e incentivar a proteção ambiental. A Freudenberg já destinou um total de € 14 ©Foto Divulgação

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milhões ao programa. Até o final de 2018, o “e2” apoiava cerca de 70 projetos. Na América do Sul, o programa apoia 8 projetos no total, sendo que um deles é apoiado pela Chem-Trend. Ainda nesse semestre, vamos promover a inauguração na cidade de Campinas de um desses projetos.

Quais os lançamentos para este ano e para os próximos anos? Inovação faz parte do DNA da Chem-Trend. Nós fornecemos muito mais que especialidades químicas de processo, fornecemos produtividade e eficiência a nossos clientes. É a forma como adicionamos valor. Por isso, estamos em constante busca por inovações. Em 2018, o valor total investido pelo Grupo Freudenberg em inovação foi de € 444,3 milhões (ano anterior: € 427,8 milhões). Isso corresponde a 4,7% das vendas (ano anterior: 4,6%). O número de colaboradores em Pesquisa e Desenvolvimento cresceu para 3.590 (ano anterior: 3.445). Para a Chem-trend, em muitos casos, nosso investimento em Pequisa&Desenvolvimento pode superar o faturamento de nossos concorrentes. A cada ano, 500 produtos são lançados e, a cada cinco, a renovação do nosso portfólio de produtos é total. A diversificação e atuação global nos traz fatores de diferenciação e fortalece o nosso pensamento inovador. Atuamos em diferentes segmentos de mercado, o que nos traz agilidade e know-how em desmoldantes. Somos uma empresa cross regional, com atuação nos cinco continentes e com troca de informações constante entre as equipes. Porém, buscamos atuar de forma mais regionalizada possível, para atender as necessidades e demandas específicas de cada mercado. Nossos lançamentos estão sempre focados na criação de valor por meio de aperfeiçoamentos na produtividade, qualidade e sustentabilidade de nossos clientes. Para citar alguns exemplos, estawww.borrachaatual.com.br

mos promovendo o lançamento no Brasil da tecnologia HERA (High Efficiency Release Agent), um lubrificante utilizado na indústria de die casting (ou fundição de alta pressão) que ajuda os fabricantes a obterem maior eficiência por meio da redução no uso de água e na quantidade de produto aplicado. Para o segmento de Compósitos e Poliuretano, estaremos lançando uma nova linha de produtos promovendo a sustentabilidade e performance com a utilização de um solvente mais seguro nas formulações. Nossos lançamentos previstos para esse ano também trarão benefícios como agilidade na aplicação e produtividade. A indústria vem apresentando uma tendência na busca dos benefícios de sustentabilidade e uso da tecnologia base água. A Chem-Trend acompanha essas evoluções oferecendo inovações e novos produtos desenvolvidos em laboratórios dedicados em todas as zonas do mundo com equipe especializada, inclusive no Brasil. Temos um cuidado constante com a sustentabilidade, tanto em relação ao footprint - por conta do impacto direto das nossas operações -, como no que se refere ao handprint, ou seja, como as nossas soluções e serviços ajudam os clientes a serem ainda mais sustentáveis. Sobre o mercado de borracha, podemos destacar que a inovação está presente desde sempre na história de atuação da Chem-Trend. Em 1978, a empresa revolucionou essa indústria com o desenvolvimento da primeira linha comercializada com sucesso de desmoldantes semi-permanentes. Essa inovação permitiu que o desmoldante fosse aplicado uma vez e usado por múltiplos ciclos, reduzindo cycle times e a frequência de limpeza dos moldes, promovendo ganhos significativos de tempo e recursos com o aumento da produtividade. Nesse segmento, a Chem-Trend é um líder global no fornecimento de desmoldantes a base de água e continua investindo de forma significativa nessa tecnologia.

Especificamente sobre o mercado de calçados, nós atuamos sob o modelo de colaboração com os laboratórios globais e regionais e também com as marcas globais, o que nos permite ter um portfólio completo de desmoldantes para “Rubber outsole” e “EVA midsole (& PU)”. Temos o que há de mais moderno sobre desmoldantes a base de água para “Rubber outsole”, e também estamos lançando vários novos produtos para “unisole”.

A importação preocupa a atuação das empresas instaladas no Brasil? A Chem-Trend está presente no Brasil há mais de 30 anos e vem continuamente investindo na localização da produção e na nacionalização de fontes de matérias-primas. Atualmente, mais de 90% dos produtos vendidos na região são produzidos na fábrica de Valinhos com tecnologia state of art. Como está a qualificação da mão de obra brasileira? Estamos sempre buscando o futuro de longo prazo e acreditamos que o sucesso de uma empresa está nas pessoas. Por isso, investimos constantemente no treinamento e na formação de nossos funcionários. Em 2018, investimos aproximadamente 9 dias de treinamento por funcionário. A empresa exporta para a América Latina? A nova planta da empresa, inaugurada em 2016 e com investimento de R$ 60 milhões, fornece produtos para toda a América do Sul e África do Sul. Quais os investimentos planejados para os próximos anos? Estamos continuamente investindo no aprimoramento do nosso laboratório de desenvolvimento e ampliação da nossa capacidade produtiva. Em 2019, seguimos com essa tendência. 

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BMW inicia pré-venda do novo i3

A divisão do grupo BMW de veículos eletrificados BMW i, iniciou a campanha de prévenda do novo BMW i3 120Ah, que atinge uma autonomia de até 440 quilômetros. O novo BMW i3 — agora também oferecido na versão BEV, sem o extensor de autonomia à combustão — pode ser adquirido diretamente nas concessionárias autorizadas BMW i localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Joinville, Florianópolis, Salvador, Recife e Brasília. O compacto premium elétrico é disponibilizado nas versões i3 BEV, com preço sugerido de R$ 205.950; i3 BEV Connected, que parte de R$ 229.950; e i3 REX Full, por R$ 257.950. Tecnologia estrutural – O “BMW LifeDrive” é uma tecnologia com arquitetura especialmente concebida para veículos elétricos e capaz de proporcionar segurança, baixo centro de gravidade, distribuição e redução significativa de peso. Ela é composta por duas unidades funcionais específicas: o módulo superior Life, que integra uma célula de passageiros, altamente resistente, construída em plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP) e o módulo Drive, feito de alumínio, apto a abrigar os conjuntos motriz, de suspensão e das baterias de alta tensão, além de outros componentes estruturais do veículo. Destacam-se a disposição segura como os elementos do módulo Drive estão abrigados e a ausência do túnel central no assoalho traseiro, proporcionando mais espaço para os ocupantes do veículo. Os motores elétricos e à combustão interna ficam posicionados sobre o eixo traseiro, acompanhados do sistema de transmissão. As baterias de íons de lítio, por sua vez, estão acomodadas embaixo do assoalho, entre os eixos do veículo. 

Adesivos estruturais permitem desenvolver veículos mais leves Carros cada vez mais eficientes, que consumam – e poluam – menos. Esse é o desejo de dez entre dez montadoras. Além de investir em motores mais econômicos, as fabricantes têm dado preferência a materiais leves, caso dos compósitos, um plástico especial que combina polímeros e fibras, como as de vidro e carbono. Mas, para unir para-choques e tetos de compósitos ao restante da carroceria, não é possível usar solda, tampouco faz sentido recorrer a pesados parafusos ou rebites. Unem-se as peças, então, com adesivos estruturais, produtos que dão origem ao método conhecido como solda ou união química. “Os adesivos estruturais são facilmente adaptáveis aos processos de produção das montadoras, atendendo a requisitos como agilidade na aplicação e cura sob temperatura ambiente. Também ajudam a reduzir o peso dos veículos, distribuem de maneira mais uniforme as tensões e aprimoram os aspectos estéticos das peças unidas”, afirma Gabriel Matos, assistente técnico de vendas da LORD. Outra vantagem fica por conta do fato de os adesivos unirem materiais de composição química totalmente distinta, por exemplo, compósitos e reforços metálicos. A adesão estrutural, portanto, amplia o leque de possibilidades de combinação de materiais e, com isso, garante muito mais liberdade de design aos projetistas, além de reduzir

etapas de processo e possibilitar o desenvolvimento de componentes mais leves. De forma geral, os adesivos cumprem três funções em um automóvel: adesão, vedação e fixação. A adesão está relacionada com a união de componentes estruturais à carroceria, como um front-end. A fixação baseia-se na junção de elementos cilíndricos, caso de uma engrenagem ao eixo, e a vedação tem como objetivo impedir a passagem de gases ou líquidos entre as superfícies, como acontece no cárter do motor. Mesmo assim, ainda há muito espaço para a evolução dos adesivos estruturais no segmento de veículos leves. “A substituição de pontos de solda nas carrocerias é um exemplo. Adesivos de elevada resistência mecânica permitem que a montadora elimine a solda MIG do seu processo, o que significa redução de custo, aumento de produtividade e diminuição do retrabalho que a soldagem normalmente exige quando é feita em chapas finas, mais sujeitas a marcações e distorções”, completa Matos.  ©Fotos: Divulgação

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ABiMAQ apoia atuação com Apex-Brasil no exterior “Desde 2000, a ABIMAQ tem mantido Convênios com a Apex-Brasil que deu origem ao Programa Brazil Machinery Solutions (BMS). Trata-se de um Projeto Setorial que tem como objetivo fomentar a exportação da indústria de máquinas e equipamentos pelo desenvolvimento sustentável no processo de internacionalização das empresas do setor, atualmente o maior exportador brasileiro de manufaturados. O fomento é possível pelo aprofundamento do relacionamento com empresas fabricantes de máquinas e equipamentos e execução de ações direcionadas à capacitação, informação, defesa de interesses, fortalecimento de imagem e agenda de promoção de negócios para o setor. Em função dessa parceria, o Programa BMS atende atualmente a mais de 400 empresas de diferentes portes e níveis de maturidade exportadora. A capacitação e organização das empresas do setor possibilitou que nos últimos oito anos fossem realizadas cerca de 200 ações de promoção comercial entre feiras internacionais, projetos compradores, projetos imagem, missões comerciais e prospectivas, além de eventos de capacitação e qualificação das empresas para a internacionalização. Esse trabalho permitiu a presença brasileira em praticamente todos os continentes, com forte atuação em países como os EUA, México, Alemanha, Argentina, Cowww.borrachaatual.com.br

lômbia, Chile, Peru, África do Sul, entre outros, sendo que a diversificação de mercados também foi um dos pontos fortes do Projeto Setorial que em 2018 atingiu 159 destinos. Como resultado, nestes últimos oito anos, as exportações das empresas apoiadas crescessem 82%, ou mais de US$ 23,7 bilhões no período. Este cenário faz com que a ABIMAQ e a indústria brasileira de máquinas e equipamentos considere e defenda a relevância da Apex-Brasil como parceira nas ações voltadas para o crescimento das exportações, bem como o desenvolvimento da vocação exportadora de nossas empresas, além do fortalecimento da imagem do Brasil. Vocação esta até então desconhecida das próprias empresas. Dentro do universo de empresas associadas à ABIMAQ, neste periodo, saímos de um número de aproximadamente 300 para mais de 800 empresas exportadoras. As exportações cresceram de US$ 7 bilhões para aproximadamente US$ 11 bilhões. Nos tornamos o setor da Indústria de Transformação que mais exporta. A Apex-Brasil não foi a única razão desta expansão, mas com certeza é uma valiosa ferramenta. Sem dúvida uma importante iniciativa do governo brasileiro. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equimentos (ABIMAQ) manifesta seu apoio à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex -Brasil).” 

exportação de máquinas em abril surpreende O resultado das exportações de máquinas e equipamentos em abril foi surpreendente. Após 63 meses, o setor voltou à marca de R$ 1 bilhão de exportações, um crescimento de 25,5% sobre o mês de março. O desempenho está relacionado a três eventos específicos, que juntos totalizaram US$ 268 milhões – o que indica dificuldades na manutenção desta marca nos próximos meses. Ainda assim este resultado permite ao setor diminuir a queda acumulada nas exportações neste ano de -11,7% para -3,2%. Quanto às vendas em abril, também superaram as expectativas e registraram crescimento, compensando o fraco mês de março. O desempenho observado nos quatro primeiros meses do ano indica um 2019 positivo, mas provavelmente abaixo de 2018, quando as vendas cresceram 7,2%. Exportações por setores – Na comparação com março, a maioria dos grupos fabricantes de máquinas e equipamentos registrou aumento nas exportações, destacando-se as máquinas para agricultura, que registraram um crescimento de 207% nas vendas ao exterior, as máquinas para bens e consumo (165,1%, com a maior contribuição sendo da exportação de máquinaferramenta de serrar madeira) e máquinas para logística e construção civil, com aumento de 144% nas exportações de aparelhos elevadores e transportadores. Importações – No mês de abril as importações cresceram 3,3% em relação a março, mas encolheram 4,6% na comparação com o mesmo mês de 2018, indicativo de que a demanda interna por produtos importados continua fraca. Com esta piora das importações em relação ao ano anterior, o resultado acumulado nos primeiros quatro meses do ano, antes positivo em 0,1%, passou a registrar queda de 1,2% na comparação com o mesmo período de 2018. 

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Randon mostra tecnologia Em rota acelerada de internacionalização, a divisão Autopeças das Empresas Randon levou os diferenciais de alta tecnologia, segurança e qualidade que estão conduzindo esta nova fase para uma das maiores feiras mundiais do mercado de componentes, serviços e pós-venda automotiva. De 10 a 12 de junho, Fras-le, Fremax, Suspensys e Controil estiveram entre os mais de 1,8 mil expositores da Automechanika Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Por meio de parceria com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), as empresas acessaram oportunidades diante das representações de mais de 60 países – 20 deles, em pavilhões nacionais específicos. O evento compreende seis segmentos de negócios: peças e componentes, eletrônicos e sistemas, acessórios e customização, reparos e manutenção, estética automotiva e recondicionamento, pneus e baterias. “O caminho da expansão internacional é o que buscamos mais intensamente nos últimos dois anos e o que pretendemos reforçar e consolidar nos próximos. A Automechanika Dubai já faz parte do nosso roteiro de feiras internacionais desde 2006 e é considerada estratégica, pois trata-se de uma grande oportunidade de apresentar diretamente nosso amplo catálogo de produtos e serviços de classe mundial a diversos clientes das regiões da Europa, Oriente Médio e África”, pondera o gerente da Operação Fras-le Europa, André Incerti. 

Vipal realiza treinamento na Argentina

Reunir parceiros e qualificá-los através de um conhecimento adquirido em mais de 45 anos de estrada. Assim se resume a atuação da Vipal Borrachas junto a Vipal Rede Autorizada, a maior rede de reformadores da América Latina e que mantém a constante motivação de desenvolver seus integrantes. Por isso, a líder em reformas de pneus na América Latina busca sempre aproximá-los, bem como capacitá-los. Isso aconteceu no início de março, quando a companhia promoveu, em Córdoba, na Argentina, um encontro para realizar um treinamento sobre vendas técnicas para representantes de 20 empresas da Argentina, do Chile, Paraguai e Uruguai. Durante três dias de atividades, 108 colaboradores de reformadoras parceiras tiveram a oportunidade de saber um pouco mais a respeito dos produtos e serviços com os quais lidam diariamente. Cinco palestras, comandadas pela equipe da Vipal, contemplaram o período e trataram dos seguintes assuntos: RQG (Reforma Qualificada Garantida), que abrange as 16 principais marcas de pneus do mer-

cado; escolhas de desenhos de bandas de rodagem; técnicas de vendas e modelos de execução Vipal, danos e desgastes em pneus e Vipal Fleets, plataforma digital da empresa, que permite realizar diagnósticos rápidos e precisos dos pneus. 

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LORD concede prêmio Pelo segundo ano consecutivo, a LORD concedeu o prêmio de Distribuidor Preferencial para Adesivos Estruturais na América do Sul em 2019 para a Redelease. Especialista no desenvolvimento de adesivos estruturais e coatings de alta performance, a LORD é parceira da Redelease desde 2005. “Ao longo de 2018, a Redelease foi o distribuidor da nossa rede que mais se destacou, apresentando um crescimento de cerca de 100% das vendas em relação ao período anterior”, afirma Tiago Fruet, gestor de contas da LORD. Além do desempenho comercial, os quesitos avaliados pela LORD para definir o ganhador do prêmio são os números de projetos implementados e alguns aspectos qualitativos, a exemplo da excelência no atendimento aos clientes. 

Levorin com novo logotipo Ao completar 76 anos, a Levorin, empresa 100% brasileira, inova em sua comunicação visual e traz logotipo totalmente redesenhado. Assinada pelo escritório Ana Couto, a nova identidade da empresa, que foi adquirida pelo Grupo Michelin em 2016, chega para responder ao novo posicionamento da marca. “A fase em que a LEVORIN se encontra é de inovação e ruptura, com amplo investimento em novas tecnologias. Estamos adequando o nosso portfólio com novos produtos, entrando em segmentos em que não atuávamos, com foco em qualidade e performance. O reposicionamento da marca vai ao encontro desse objetivo, de oferecer pneus com altos padrões de excelência, durabilidade e confiabilidade, mantendo nossa liderança de mercado”, afirma Francis Ferreira, presidente da LEVORIN. 

Importados crescem 4,9% em maio As dezesseis marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 3.094 unidades, registraram em maio último alta de 4,9% em relação a abril de 2019, quando foram vendidas 2.950 unidades importadas. No entanto, perante maio de 2018, quando foram comercializadas 3.238 unidades, a queda foi de 4,4%. A alta de 4,9% no comparativo mensal, porém, não foi suficiente para melhorar o desempenho das associadas à Abeifa no acumulado dos primeiros cinco meses de 2019. De janeiro a maio, dados do acumulado mostram a comercialização de 13.538 unidades importadas contra 14.935 unidades em igual período de 2018, o que significa queda de 9,4%. Na avaliação de José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, “a persistência da moeda norte-americana acima dos R$ 4,00 e falta de confiança do consumidor na economia brasileira ainda impactaram o setor. Ainda assim, o setor conseguiu índices de crescimento mensais desde janeiro. Já é um alento, mas poderíamos ter tido resultados mais promissores”. “Com pouco mais de 13 mil unidades importadas em cinco meses, se anualizar-

mos esses números estamos chegando a 32 mil unidades em 2019, quando nossa previsão inicial é chegar a 50 mil veículos importados. Por isso, estamos apreensivos. Na torcida para que a economia retome um ritmo mais acelerado de crescimento e também de confiança”, ressalta Gandini. As cinco marcas que mais venderam, em maio, foram a Kia Motors (888 unidades / +4,3%), Volvo (702 / +23,6%), BMW (530 / -0,2%), Land Rover (199 / -3,9%) e Jac Motors (189 / +34%). Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, CAOA Chery, Land Rover e Suzuki fecharam abril último com 2.547 unidades emplacadas, total que representou alta de 3,6% em relação a março de 2019, quando totalizaram 2.458 unidades e significaram alta de 40,3% ante abril de 2018, quando anotaram 1.816 unidades. Em maio último, ao considerar somente os veículos importados por associadas à entidade – total de 3.094 unidades-, o setor significou marketshare de 1,32%. Com 5.749 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,45% do mercado total de autos e comerciais leves (234.173 unidades). 

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Tarugos resistentes ao fogo para ferrovias

Materiais apropriados são necessários para evitar incêndios em trens e bondes. Exatamente para esses casos, a igus oferece o material especial Iglidur RW370, não apenas sob a forma de buchas e mancais autolubrificantes na sua gama de produtos, mas agora também como tarugos de um material livre de lubrificação e manutenção para a produção de soluções especiais. Este material resistente ao desgaste está em conformidade

com a norma de proteção contra incêndios EN 45545. Com o Iglidur RW370 de alto desempenho, a igus tem um material para buchas adequadas para aplicações em trens e bondes. Ele tem alta resistência ao desgaste e baixos coeficientes de atrito no funcionamento a seco. O material comprovado é bastante resistente, possui vida útil longa e é livre de lubrificação. Outra vantagem importante do material: ele atende à norma de proteção contra incêndios EN 45545, exigida para materiais usados na tecnologia ferroviária. Para a produção de soluções especiais personalizadas, agora a igus oferece o iglidur RW370 como tarugos e placas em diferentes tamanhos e espessuras, para que o designer tenha a oportunidade de desenhar formas livremente. O tarugo livre de manutenção pode ser usado no truque ou em acoplamentos de trens e bondes, por exemplo. Ali eles permitem que o carrinho deslize sobre o truque e gire o acoplamento no caso de desalinhamento lateral dos trilhos ou das curvas. 

Produção de motos segue em crescimento O setor de motocicletas continua em ritmo de crescimento. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo mostram que em abril saíram das linhas de produção 91.220 unidades, aumento de 3,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado (88.422 unidades). Na comparação com março passado (91.537 unidades), houve um recuo de 0,3%. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano foram produzidas 368.055 motocicletas no Polo Industrial de Manaus – PIM, correspondendo a uma alta de 5,8% ante igual período de

2018 (348.009 unidades). Em recente revisão de suas projeções, o setor passou a ter a expectativa de produzir 1.100.000 motocicletas em 2019, volume 6,1% superior ao de 2018 (1.036.846 unidades). “Houve uma ampliação da oferta de crédito pelas instituições financeiras, sobretudo bancos de montadoras. Além disso, cresce a contemplação de motocicletas pelo sistema de consórcio, contribuindo para o aquecimento da demanda. O Crédito Direto ao Consumidor – CDC e o Consórcio representam quase 70% das vendas de motocicletas no mercado nacional”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. 

Fras-le Colômbia apresenta pastilhas e sapatas para freios

As pastilhas e sapatas para freios de classe mundial desenvolvidas e fabricadas pela Fras-le estiveram em evidência de 2 a 5 de maio em Medellín, na Colômbia, durante a Feria de Las 2 Ruedas – feira internacional dedicada ao setor automotivo sobre duas rodas. Com escritório na capital, Bogotá, e um Centro de Distribuição na litorânea Cartagena, a empresa desfruta de capacidade de comercialização e apoio técnico, com qualidade e agilidade para entregas rápidas por todo o território colombiano, além de toda a América Central, Caribe e países vizinhos. A companhia, agora, olha de maneira especial para o movimentado mercado dos veículos de duas rodas, que fechou 2018 em rota ascendente. “A Colômbia representa um mercado extremamente estratégico para o negócio de motos. Proporcionalmente, até mais expressivo do que o brasileiro. E quando se fala em frota latino-americana, chama atenção o crescimento médio de 4% ao ano. A Fras-le, diante deste cenário, vem intensificando sua atuação no segmento”, comenta o diretor comercial da Divisão Autopeças das Empresas Randon, Paulo Gomes.  ©Fotos Divulgação

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Mancais de polímero melhoram a produção de vinho Após a colheita da uva, seu delicado processamento tem um papel vital na qualidade do vinho. Máquinas arrancam cuidadosamente as uvas dos caules. As buchas autolubrificantes Iglidur J, que não precisam de manutenção nem lubrificação, são usadas nesta etapa. Elas compõem o tambor interno e, assim, aumentam a vida útil das máquinas. Durante a colheita, as uvas são colhidas por máquinas ainda com os caules e talos. A seguir, elas são transportadas para uma máquina de desengace. Usando uma peneira em formato de tambor, a fruta é separada dos caules e talos amargos em um movimento rotativo (semelhante a uma máquina de lavar roupa). O ambiente de sujeira, madeira e mosto é um verdadeiro desafio para os mancais. Por isso são usadas buchas para maior disponibilidade da máquina. 

Freudenberg cresce 4,3% em 2018 O grupo mundial de tecnologia Freudenberg continuou com seu bom desenvolvimento dos negócios em 2018 mesmo em um ambiente instável e difícil e registrou um sólido crescimento orgânico de 4,3%. Incluindo os efeitos de aquisições e desinvestimentos, implicações significativas de taxa de câmbio negativa e dos efeitos da nova regra contábil IFRS 15, as vendas aumentaram 1,2% em relação ao ano anterior. As vendas totais da Freudenberg em 2018 cresceram para € 9,45 bilhões (ano anterior: € 9,34 bilhões), com base no IFRS. O lucro operacional foi de € 910,3 milhões, ligeiramente acima do total registrado no ano anterior, de € 905 milhões. 

BorgWarner anuncia nova Joint Venture

Com expertise global no fornecimento de soluções em propulsão para veículos a combustão, híbridos e elétricos, a BorgWarner continua a incrementar seu portfólio de eletrificação e especialização em sistemas ao iniciar uma joint venture com a Romeo Power Technology, um fornecedor líder em tecnologia de packs e módulos de bateria. Esta nova joint venture está dividida na razão 60/40, sendo a BorgWarner a acionista majoritária. "Esta joint venture não apenas complementa nosso sólido portfólio de propulsão existente, mas preenche uma lacuna no mercado entre os fabricantes de células de bateria e os clientes de veículos híbridos e elétricos", diz Joel Wiegert, presidente e gerentegeral da BorgWarner Morse Systems. “Nossa presença global com engenharia e produção permite-nos comercializar rapidamente nossa tecnologia de ponta, oferecendo ainda mais valor agregado aos nossos clientes.” A BorgWarner acredita que unir o lançamento de produtos e sua excelência em qualidade ao módulo de bateria

e tecnologia de packs líderes de mercado da Romeo atenderá a uma ampla gama de necessidades dos clientes de veículos elétricos a bateria. Os módulos e packs de bateria incluem sistemas inteligentes de gerenciamento de bateria com algoritmos proprietários para desempenho e vida útil aprimorados, bem como engenharia térmica proprietária para resfriamento ativo e passivo. A adição dos packs de bateria energiza o portfólio atual de produtos da BorgWarner para veículos híbridos e elétricos que incluem motores elétricos, eletrônica de potência, aquecedores de bateria de alta tensão, eAxle iDMs, carregadores de bateria a bordo e muito mais. A “joint-venture” engloba a parte de mobilidade do negócio de baterias, inicialmente focada em desempenho e veículos leves. A BorgWarner também assumirá uma posição de 20% na Romeo Power Technology e ocupará dois lugares na sua diretoria. O investimento de capital e a joint venture devem ser concluídos no segundo trimestre de 2019, sujeito à satisfação das condições habituais de fechamento.  ©Foto Divulgação

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evonik mostra solidez A Evonik começou muito bem o novo ano. As vendas aumentaram 1% no primeiro trimestre para 3,29 bilhões de euros em comparação ao mesmo período do exercício anterior. O EBITDA ajustado recuou 3% para 539 milhões de euros. “A despeito do enfraquecimento da economia global, conseguimos manter a nossa posição no que diz respeito a volumes e resultados”, diz Christian Kullmann, presidente da diretoria executiva. “Em termos de fluxo de caixa livre, conseguimos até registrar um ganho significativo. No geral, nosso portfólio agora é mais robusto do que antes em relação às tendências macroeconômicas. O desinvestimento do nosso negócio de metacrilatos contribuiu para isso”. Custos iniciais não recorrentes para novas unidades de produção e um gargalo temporário no fornecimento de matérias-primas no segmento Performance Materials contribuíram para

a queda do EBITDA ajustado. Em consequência, a margem EBITDA ajustada encolheu de 17,1% para 16,4%. A receita líquida ajustada recuou 5% para 249 milhões de euros, o que corresponde a um lucro ajustado por ação de 0,53 euro. O fluxo de caixa livre melhorou de modo significativo em 109 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 159 milhões de euros. Isso se deveu sobretudo a uma formação menor de capital de giro líquido e a uma redução nos pagamentos de aposentadorias. Perspectivas são elevadas – Como resultado do acordo de venda do negócio de metacrilatos, as perspectivas para as operações continuadas foram revisadas. A Evonik agora prevê que os valores de EBITDA ajustado e vendas fiquem, no mínimo, no mesmo nível dos do ano passado. A receita da planejada aquisição da empresa Americana PeroxyChem não está incluída na perspectiva ajustada. Em 2018, as operações contínuas registraram

um EBITDA ajustado de 2,15 bilhões de euros e vendas de 13,3 bilhões de euros. Os progressos significativos alcançados com o programa de economia de custos, aplicado na empresa toda, também contribuíram para as receitas. Mais da metade dos 1.000 empregos a serem reduzidos será concretizada até o fim deste ano. Tecnologia de implantes – Expandindo o leque de polímeros biocompatíveis de alta performance de sua marca VESTAKEEP® PEEK para aplicação na tecnologia médica, a empresa de especialidades químicas desenvolveu um novo material plástico radiopaco para implantes, à base de poliéter-éter-cetona, com sulfato de bário. Essa classe de produtos permite o contraste radiográfico, sem a desvantagem da formação de artefatos, algo que pode ocorrer com outros materiais populares para tecnologia de implantes. Além disso, os implantes feitos do novo VESTAKEEP® i-Grade PEEK da Evonik não esquentam durante a tomografia de ressonância magnética. 

LORD mostra adesivos de PU Especialista no desenvolvimento de adesivos estruturais, a LORD apresentou em maio uma palestra sobre adesivos poliuretano (PU) de cura rápida no 1º Encontro Regional de 2019 promovido pela Associação Latino-Americana de Materiais Compósitos (ALMACO). O evento aconteceu na sede do Núcleo de Estruturas Leves (LEL), laboratório que pertence ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Intitulado “Aumentando a produtividade com adesivos PU de cura rápida”, o trabalho de Gabriel Matos, assistente técnico de vendas da LORD, detalhou as características do adesivo LORD Fusor 2001/2003 NG. À base de poliuretano, é indicado para a colagem de peças de compósitos – um tipo de plástico especial – em processos caracterizados pela

elevada cadência produtiva, comuns, por exemplo, na indústria automotiva. Em comparação aos adesivos PU convencionais, o LORD Fusor 2001/2003 NG mantém o tempo de aplicação (open time) – período para aplicar o adesivo após a sua mistura –, mas reduz o tempo de manuseio da peça (handling time). “Devido à curva de cura muito mais rápida, o LORD Fusor 2001/2003 NG proporciona um sensível aumento da produtividade”, comenta Matos. Essa característica, ele observa, atende a uma das principais demandas das montadoras, público-alvo do LORD Fusor 2001/2003 NG. “É o produto ideal para a colagem de para-choques, tetos e painéis, entre outras peças de compósitos presentes em ônibus, caminhões e veículos agrícolas”.

Sob o ponto de vista da aplicação, o LORD Fusor 2001/2003 NG é muito similar aos demais adesivos à base de PU produzidos pela LORD. “Apresenta a mesma viscosidade da geração anterior. Assim, o usuário não precisa fazer qualquer alteração na sua linha para utilizar essa formulação”.  ©Foto Divulgação

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Luvas Strike para motociclistas

A Laquila, distribuidora e importadora de peças e acessórios para motociclistas, anuncia as novas luvas STRIKE. Projetado para atender as necessidades do dia a dia do motociclista, o item de segurança conta com material TPR (Thermoplastic Rubber), na parte superior da mão, gerando mais flexibilidade e amarra nas palmas, que garantem maior aderência à manopla. Além disso, o acessório conta com tecido antialérgico e reforço nas costuras, proporcionando maior durabilidade. O protetor superior apresenta certificado CE – indicativo de conformidade obrigatória para diversos produtos comercializados no Espaço Econômico Europeu -, e a tecnologia E.V.A nos dedos, assim como ajustes com velcro nos punhos. De acordo com Jedielson Batista – especialista de criação e desenvolvimento da Laquila -, a equipe responsável pelos lançamentos da TEXX buscou o que existe de mais novo na moda e em segurança para atender às demandas dos pilotos. “Este produto é uma remodelagem que trazemos para o mercado. A primeira Luva Strike foi lançada em 2014 e como o mercado exige constante atualização, trabalhamos em um novo design e materiais diferenciados para evolução da linha, sempre com a intenção de trazer mais conforto e confiança para quem pilota”, afirma Batista. 

Déficit em produtos químicos soma US$ 9,1 bi O déficit da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 9,1 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, equivalente a um avanço de 21,0% em relação ao mesmo período de 2018. De janeiro a abril de 2019, o Brasil importou US$ 13,2 bilhões e exportou US$ 4,1 bilhões em produtos químicos, respectivamente aumento de 9,5% e recuo de 9,6%. Os intermediários para fertilizantes permanecem como o principal grupo da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 2,2 bilhões no acumulado do ano, um importante aumento de 39,6% na comparação com o período entre janeiro e abril de 2018. Já o grupo das resinas termoplásticas foi o mais exportado pelo País, com vendas de US$ 630,5 milhões, uma retração de 9,2% na mesma comparação. De janeiro a abril, os produtos químicos responderam por 23,7% do total de US$ 55,8 bilhões em importações e 5,7% dos US$ 72,1 bilhões em exportações realizadas pelo País. As importações de produtos químicos movimentaram 13,2 milhões de toneladas e o volume das exportações chegou a 4,1 milhões de toneladas, respectivamente um aumento de 15,2% e uma retração de 15,9% em relação aos quatro primeiros meses de 2018. No acumulado dos últimos 12

meses (maio de 2018 a abril de 2019), o déficit é de US$ 31,1 bilhões, confirmando a tendência de alta dos últimos meses e fazendo deste valor apenas inferior aos recordes de 2013 e 2014, respectivamente de US$ 32 bilhões e de US$ 31,2 bilhões. De acordo com a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Mazzaro Naranjo, são crescentes os sinais de que o déficit em 2019 possa ser o maior de toda a série histórica do acompanhamento da balança comercial setorial, o que torna ainda mais central se garantir que o processo de inserção comercial seja responsável, gradual, concomitante e condicionado a reformas estruturais, com foco no fortalecimento de um ambiente de negócios previsível, seguro e saudável. “O setor possui o inabalável compromisso de trabalhar em conjunto com o Governo nas reformas estruturantes nacionais, transversais a todos os setores, e igualmente em contribuir na construção de propostas sobre temas bastante relevantes para a pauta setorial: energia, logística e inserção internacional responsável, isto é, concomitante à redução do custo Brasil, transparente, gradual, negociado, debatido publicamente, de forma a garantir segurança jurídica e sustentabilidade à competitividade e integração comercial brasileira”, destaca Denise. 

cobreq para Fiat Ducato A Cobreq, marca da TMD Friction, uma empresa do grupo Nisshinbo, apresenta ao mercado a pastilha de freio N-2066 para eixo dianteiro, e N-2068 para eixo traseiro, novos lançamentos para atender o modelo Fiat Ducato. 

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GENTE

Marina Mattar, Diretora da Abiquim, participará de projeto global do Banco Mundial

A diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Abiquim, Marina Mattar, foi escolhida pela Assembleia Geral da Carbon Pricing Leadership Coalition (CPLC), liderada pelo Banco Mundial, para integrar o Steering Committee dessa iniciativa global, em reunião na sede do Banco Mundial, no dia 11 de abril, liderada por Kristalina Georgieva, CEO do World Bank Group, e Christine Lagarde, do Fundo Monetário Internacional (FMI). O governo brasileiro foi representado na reunião pelo secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Da Costa. Marina, única brasileira a integrar o Comitê, já havia sido eleita para exercer a função de co-chair do grupo de trabalho internacional Mobilizing Business Support da CPLC, no período de 2016 a 2018. Essa nova escolha reflete o permanente trabalho da executiva nas ações de mitigação aos efeitos das mudanças climáticas, bem como o sólido engajamento da indústria química com respeito ao tema precificação de carbono, sendo que o setor químico está na vanguarda das discussões sobre o assunto no segmento industrial brasileiro lançando seu ©Fotos: Divulgação

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posicionamento oficial sobre o tema ainda em 2017. “O desenvolvimento sustentável é uma responsabilidade compartilhada entre o governo, o setor privado e a sociedade e a indústria química está ciente do seu importante papel nesse cenário, uma vez que é um dos setores que mais investem em inovações criando soluções de baixo carbono para diversos setores industriais. Nesse sentido, a economia de baixo carbono não deve ser vista como um desafio, mas sim como uma oportunidade, especialmente para o Brasil, por ter a maior biodiversidade do mundo, ser rico em recursos naturais, ter um extenso território e uma indústria forte. Além de importante para o meio ambiente, políticas que viabilizam uma economia de baixo carbono sustentável podem ser muito positivas para o Brasil e para indústria brasileira, no sentido de atrair investimentos e viabilizar novas tecnologias para o próprio País e para os países vizinhos. Não há sustentabilidade sem competitividade e grandes oportunidades de negócio poderão ser geradas com o novo cenário de economia de baixo carbono”, enfatiza Marina. A CPLC é um projeto global do Banco Mundial e reúne governos nacionais e regionais, empresas e ONGs, que trabalham em prol do desenvolvimento de diferentes políticas de precificação de carbono no mundo. O Steering Committee é responsável por monitorar o progresso do plano de trabalho, fazer recomendações de novos grupos de trabalho e novas atividades à CPLC, mobilizar apoio empresarial, fomentar o engajamento das partes interessadas, rever as estratégias de divulgação e comunicação do tema, analisar os relatórios de progresso das atividades; e seus membros devem atuar como embaixadores da Coalizão

em eventos e atividades para promover a precificação de carbono. Natural de Jaú, no interior do estado de São Paulo, com experiência de trabalho nos setores privado, público e terceiro setor, adquirindo experiência profissional na BASF SA, em São Paulo; na Anistia Internacional, no Escritório da Secretária-Geral, em Londres; no Governo de Illinois, no Escritório de Comércio e Investimento, em Chicago; no Instituto Sou da Paz; no Consulado Americano, no Departamento Comercial, em São Paulo; e na Organização das Nações Unidas (ONU), no Departamento de Informação Pública, em Nova York. Marina é articulista e tem proferido palestras no Brasil e no exterior, incluindo em diversas Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e do Banco Mundial, bem como exerce a coordenação-executiva da Frente Parlamentar da Química, representando a Abiquim; é membro do Leadership Group on Energy & Climate Change do International Council on Chemical Industry (ICCA); conselheira do Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI; e membro do Comitê da Rede Brasileira do Pacto Global da ONU. Formada em Relações Internacionais pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Marina obteve o título de Mestre em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP), com a dissertação “Migrações Ambientais, Direitos Humanos e o Caso dos Pequenos Países Insulares”. Durante a sua graduação, Marina criou e implementou o projeto Doando Conhecimento, projeto de cooperação internacional, que resultou na doação de salas de leitura para três países africanos de língua portuguesa.  ©Foto Divulgação

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Jefferson Schiavon é novo diretor de Materiais de Performance da BASF O negócio de Materiais de Performance da BASF América do Sul está sob nova direção a partir do mês de maio. Jefferson Schiavon, que até então atuava como gerente de marketing e vendas Cellasto para América do Sul, assume a nova posição e se torna também responsável pela integração de plásticos de engenharia para a região. Ele substitui Daniel Schönfelder, que está retornando para a Alemanha após dois anos no Brasil, onde será responsável pela vice-presidência da unidade Europa de Battery Materials. “Temos importantes desafios pela frente, mas também oportunidades interessantes nas mais diversas indústrias, como automotiva, de construção, calçados e bens de consumo, principalmente oferecendo inovação e sustentabilidade”, afirma Schiavon. “Estou grato pela oportunidade e bastante otimista com as possibilidades para o negócio”, afirma. Engenheiro mecânico, Schiavon trabalha na indústria automotiva desde o início de carreira, começando diretamente com desenvolvimento de motores e depois migrando para vendas, marketing e gestão de negócios, sempre em grandes empresas do setor. Está na BASF há mais de 12 anos, onde iniciou na área de negócio de Catalisadores. Durante 3 anos passou por delegação em Hanover, Alemanha, retornando ao Brasil em 2015, quando assumiu o negócio de Cellasto, que agora é incorporado à diretoria. 

Daniel Randon assume presidência das Empresas Randon O Conselho de Administração (CA) das Empresas Randon, reunido em 8 de maio, elegeu Daniel Randon para presidente/CEO da companhia, sucedendo a David Randon, que ocupava o cargo desde 2009 - sendo confirmada a indicação feita pela acionista controladora. Até o momento, Daniel atuava como vice-presidente de Administração das Empresas Randon. Na mesma reunião, foi escolhido David Randon para assumir a presidência do Conselho, ocupada até então por Alexandre Randon, que passa a vice-presidente do Conselho. Um dos cinco filhos de Raul Randon, um dos fundadores do conglomerado empresarial, Daniel está há 20 anos na Randon e teve passagens por diversas áreas da companhia. Segundo Daniel Randon, assumir o novo cargo no ano em que a empresa completa 70 anos é gratificante. “Assumo a presidência com o compromisso de preservar o legado e os resultados alcançados. Nosso crescimento futuro será suportado pelo aumento da rentabilidade, pela consolidação de novas parcerias e pelo fomento à inovação em todas as áreas da empresa. Tudo isso seguindo os valores da companhia, os princípios éticos e a valorização das nossas pessoas. Estamos convictos de que este é o caminho para seguirmos oferecendo soluções inteligentes e sustentáveis para os nossos clientes”, salienta Daniel. Para David Randon, que sucedeu ao pai em 2009, a forma como a governança está estabelecida nas Empresas Randon possibilita um adequado suporte a esta transição. Durante os dez anos de sua gestão, David liderou um dos mais fortes períodos de expansão e globalização das Empresas Randon dentro de um dos cenários mais desafiadores dos últimos anos. Sobre Daniel Randon - Engenheiro Mecânico graduado pela UCS (Universida-

de de Caxias do Sul) e com MBA em Gestão e Finanças na Universidade de Chicago (EUA), chegou à presidência após passar por diversas áreas e posições na Randon. Como vice-presidente de Administração até esta data, Daniel Randon tinha sob sua responsabilidade as áreas de RH, Serviços Financeiros, Compras, TI e CSC (Centro de Soluções Compartilhadas). Em 20 anos atuando na Randon, também respondeu pela área Financeira, como CFO. Durante sua passagem pela Frasle, empresa do grupo na qual ocupou a presidência entre 2010 e 2014, Daniel liderou a expansão nos mercados internacionais, com aberturas de fábricas nos EUA e na China, além da inauguração de um centro de distribuição na Alemanha, colocando a empresa entre os maiores players globais do setor de autopeças. Daniel Randon concilia suas atividades na empresa com uma ativa agenda institucional. Entre as suas participações em entidades de classe estão a coordenação do Conselho de Inovação e Tecnologia da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), a presidência do Conselho Diretor do PGQP (Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade) e a participação como membro do Conselho de Administração do Sindipeças. 

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Eventos da Prêmio TOPRUBBER

CHEGA A SUA 15ª EDIÇÃO A principal premiação do mercado brasileiro de borrachas e em 2019 destacaremos as empresas vencedoras do ano passado, confirmando o sucesso das edições anteriores.

08 de Agosto de 2019 às 18h30

Local: Centro de Convenções Milenium Rua Dr. Bacelar, 1043, Vila Clementino – São Paulo

VOTAÇÃO ABERTA Pelo site: www.premiotoprubber.com.br

Serão 20 categorias premiadas para a escolha dos melhores do ano de 2018. O “Prêmio TOPRUBBER - Maiores & Melhores" chegou a sua 15ª edição cumprindo seu objetivo de divulgar e incentivar o trabalho realizado pelas empresas e profissionais do setor de borracha, recompensando seu esforço através do reconhecimento de seus resultados e principalmente destacando a busca pela excelência e inovação.


Borracha Atual em DOSE DUPLA

Exposição e Seminário de Borrachas e Máquinas

Um Seminário durante o dia inteiro que mostrará as tendências tecnológicas do mercado de borracha e as perspectivas econômicas para 2020.

05/09

Contaremos com palestrantes especializados em suas áreas, além de profissionais das áreas automobilística, pneus, autopeças e calçados.

ÀS 09 HORAS

Local: Centro de Convenções Milenium Rua Dr. Bacelar, 1043, Vila Clementino – São Paulo


CALÇADOS

Balanço do setor calçadista

Azaleia inicia produção de Under Armour A primeira produção de Under Armour “made in Brasil” acaba de sair das esteiras da fábrica da Vulcabras Azaleia em Horizonte-CE. Criados pela Vulcabras em parceria com a Under Armour global, os produtos foram desenvolvidos especialmente para o mercado brasileiro. Com os novos produtos, a companhia brasileira, especialista em gestão de marcas esportivas, avança sobre o segmento de produtos premium. “É uma das maiores e mais inovadoras marcas para performance esportiva. Pretendemos ampliar sua distribuição em todo o país”, afirma Pedro Bartelle, CEO da Vulcabras Azaleia. O destaque nos seis modelos nacionais é a Charged Cushioning, tecnologia de amortecimento com duas camadas de EVA que interagem para proporcionar proteção contra o impacto, gerando a energia necessária para impulsionar a corrida. O formato geométrico do solado permite a substituição da placa estabilizadora por um solado com estabilidade integrada, resultando em calçados mais leves e com maior eficiência no amortecimento. A Charged Cushioning foi desenvolvida em parceria com a Dow Chemical*, criando uma combinação de polímeros exclusiva para Under Armour, e está em quatro modelos de running e dois de sportstyle. 

A coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados, Priscila Linck, comenta que o Brasil é o quarto produtor mundial do segmento calçadista. A executiva afirma que a produção de calçados cresceu apenas 0,1% em 2018 (chegando a 944 milhões de pares), muito longe de recuperar as perdas dos anos anteriores. E esse pequeno crescimento foi prejudicado pelas exportações, que caíram mais de 10% naquele ano. “O impacto dos embarques no indicador de produção ficou em 1,4%, ou seja, se tivéssemos melhores resultados no ano passado, teríamos um crescimento de 1,5% no total produzido”, destaca. A estabilidade da produção brasileira contrastou com o incremento da produção mundial de calçados, que fechou 2018 somando 22,3 bilhões de pares, quase 3,5% mais do que no ano anterior. “Porém, há um processo de desaceleração da produção de calçados na China, que tem migrado para países vizinhos, como Vietnã e Indonésia”, explica Priscila, ressaltando que, mesmo assim, o Tigre Asiático segue respondendo por mais de 53% da produção mundial de calçados (mais de 11 bilhões de pares). Conforme o relatório, o Brasil permanece na quarta posição entre os produtores mundiais, atrás de China, Índia e Vietnã, e seguido de perto pela Indonésia. Segundo Priscila, o que tem mantido essa alta produção brasileira, hoje a maior do Ocidente, tem sido o mercado interno, que, no entanto, vem desaquecendo nos anos recentes. Quanto à exportação mundial, o Brasil responde apenas pela 11ª posição, com 123 milhões de pares exportados ao longo do ano passado, atrás de países não tradicionais na produção do setor, como Países Baixos e Reino Unido. “O Brasil é pouco competitivo no cenário internacional”, comenta a coordenadora.

Consumo de calçados – Outro dado importante e que pode auxiliar as empresas na adoção de estratégias para o mercado externo é o relativo ao consumo. Em 2017, último ranking levantado, a China consumiu 3,3 bilhões de pares, a Índia 2,75 bilhões e os Estados Unidos 2,38 bilhões. O Brasil foi o quarto consumidor internacional do produto, com 839 milhões de pares. Fazendo o recorte do consumo per capita, os Estados Unidos se destacaram com o elevado número de 7,2 pares consumidos por habitante, muito acima da média mundial, de 2,6 pares. O Brasil apareceu na 31ª posição, com 4 pares consumidos por habitante. Chinelos – A produção brasileira de calçados segue sendo pautada por produtos de plástico ou borracha. Dos 944 milhões de pares produzidos, 49% eram deste material, 28,8% eram de laminado sintético e apenas 17,7% eram de couro. Segundo Priscila, a produção de calçados de plástico e borracha cresceu 3%, enquanto a de couro teve um revés de 0,5%. O fato também explica o incremento de produção do Ceará, maior produtor de calçados do Brasil e que produziu 259 milhões de pares no ano passado (incremento de 1,3% ante 2017). “O Ceará é caracterizado pela indústria de calçados de plástico ou borracha”. O segundo produtor do Brasil foi o Rio Grande do Sul, com 190 milhões de pares fabricados, número estável em relação a 2017. Os gaúchos são os principais produtores de calçados de couro do País. Exportações – Buscando detalhar os números de exportações brasileiras de calçados, a Abicalçados lançou também o Panorama de Exportações. Ambos os materiais estão disponíveis para download gratuito no site da Abicalçados – www.abicalcados.com.br/ relatorios.  ©Foto: Divulgação

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Falta de investimentos trava economia nacional Durante o evento Análise de Cenários, o doutor em Economia Marcos Lélis, afirmou que a economia brasileira perdeu a “capacidade de arranque” e que o problema é mais estrutural do que conjuntural. Segundo ele, a falta de investimentos trava a economia nacional. O economista ressaltou que, apesar das expectativas positivas geradas pelo novo governo, a economia ainda não reagiu de forma efetiva, com índices de desemprego e inadimplência elevados. “Estamos andando de lado há cinco, seis anos. Os investimentos, tanto públicos quanto privados, estão nos mesmos patamares de 2008 e 2009”, disse, acrescentando que a baixa utilização da capacidade instalada do setor – de cerca de 75% – não permite outro cenário. Segundo Lélis, a situação não irá mudar sem uma transformação estrutural, com mais investimentos, especialmente por parte do setor público. “Os investimentos públicos vêm caindo de forma mais elevada do que o privado. Em quatro anos, de 2014 a 2018, essa queda ultrapassou 52%”, destacou, ressaltando que o governo precisa voltar a investir, seja por meios próprios ou por meio de parcerias público -privadas. Além do investimento, a retomada econômica passa ainda pelo consumo, que está estagnado em função do desemprego elevado – mais de 12%, sendo que, considerando o subemprego, esse índice sobe para 24% –, e pelo aumento do endividamento das famílias, já em mais de 62%. “Hoje, 88% da produção industrial brasileira é consumida no mercado interno, então

se não houver recuperação dessa demanda dificilmente teremos resultados positivos”, frisou o economista, acrescentando que esta vem registrando quedas há oito meses. “Estão nos vendendo que a Reforma da Previdência vai resolver todos esses problemas e não vai”, reforçou. Cenário externo – Quanto ao cenário externo, Lélis destacou que em 2019 o mundo vem sentindo com mais força a crise provocada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, com um desaquecimento maior da economia norte-americana. “O PIB mundial vai desacelerar, mas não será a mesma catástrofe de 2009”, projetou, ressaltando que a queda do PIB global deve ser de 0,2% neste ano. O economista previu, ainda, que o dólar ficará, no melhor dos cenários, em R$ 3,72 até junho de 2019. 

Dados do Relatório Setorial 2019 Produção mundial (2017): 21,48 bilhões de pares Produção brasileira (2018): 944 milhões de pares Exportação mundial (2017): 12,5 bilhões de pares Exportação brasileira (2018): 113 milhões de pares Consumo no mundo (2017): 19,62 bilhões de pares Consumo no Brasil (2018): 857,1 milhões de pares Empregos diretos no Brasil (2018): 271 mil postos Número de estabelecimentos: 6,6 mil

Calçado estilo “athleisure” com materiais inovadores Um exclusivo calçado athleisure, tendência da moda que combina visual esportivo e versátil para diversos ambientes, reúne cinco materiais inovadores da BASF e a mais moderna tecnologia de automação de calçados, foi apresentado na Chinaplas, feira de plásticos global realizada entre 21 e 24 de maio na China. O X-Swift foi concebido em colaboração com o famoso designer de calçados Gu Guoyi e o Creation Center da BASF. O desenvolvimento foi feito em cooperação pelas empresas Longterm Concept e Gu Guoyi. O design é multifuncional, permitindo que as pessoas usem o mesmo sapato para trabalhar e para se exercitar. O solado externo, feito de Poliuretano Termoplástico (TPU) Elastollan® incorpora um padrão de pisada de alta aderência para melhorar a tração e oferecer maior contato de superfície. A entressola do X-Swift apresenta o poliuretano Elastopan® de alta resistência para excelente amortecimento e durabilidade, superiores aos das entressolas convencionais. A entressola é complementada por um solado único e permeável, feito com Elastopan®, projetado para funcionar com a palmilha de alta performance. O modelo traz um material inovador, de duas peças, para a construção da parte superior, que é uma combinação do couro sintético sustentável Haptex® e fibra feita com TPU Freeflex™. Os materiais se ajustam ao pé usando o mínimo de linhas e pontos de costura para oferecer mais conforto e o máximo de desempenho. 

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CALÇADOS

Under Armour lança tênis com monitoramento de dados

Abicalçados empossa novos dirigentes A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) empossou os novos Conselhos Deliberativo e Fiscal da entidade, além de anunciar a transição na presidência executiva. O evento, que marcou ainda a comemoração de 36 anos da Abicalçados, reuniu em Novo Hamburgo/RS, associados da entidade, autoridades e representantes do setor coureiro-calçadista. O então presidente do Conselho da entidade, Rosnei Alfredo da Silva, que passou o cargo para Caetano Bianco Neto, ressaltou que a iniciativa já está consolidada na agenda do setor calçadista nacional, valorizando boas práticas e gerando referência positivas. “Estamos aqui para valorizar as boas notícias, que muitas vezes não ganham espaço adequado em meio a tantas notícias ruins”, disse. Os vencedores, além do troféu do Prêmio Direções, receberão divulgação nos canais de comunicação da Abicalçados. O patrocínio do Prêmio foi do Sicoob Ecocredi, Couromoda e Francal Feiras. Mudanças – Em tom de despedida, Silva agradeceu o apoio dos conselheiros e da equipe da Abicalçados ao longo dos três anos em que esteve à frente da entidade. “A Abicalçados faz um trabalho importantíssimo para o setor, que muitas ve-

zes não aparece”, frisou, ressaltando que, em muitos casos, algumas medidas governamentais nem chegam aos ouvidos das empresas em função da ação preventiva da entidade junto ao Poder Público. “Nos anos 80 a indústria representava 20% do PIB brasileiro, hoje esse número caiu para menos de 10%. Então, alguma coisa está errada, e o papel da Abicalçados, enquanto representante de um setor tão importante, é levar essa situação aos governos. Seguiremos com essa missão”, discursou. Segundo o executivo, mesmo a proposta do governo federal, de diminuir o imposto de importação de calçados de 35% para 15%, em média, pode ser salutar se vier acompanhada da efetivação da promessa de diminuição, na mesma medida, do custo de produção. “Efetivada essa promessa, teríamos uma diminuição de 20% no nosso custo, o que não mudaria nada em relação aos nossos concorrentes no mercado interno, mas que daria uma maior competitividade nas exportações”, disse. Para o dirigente, cabe agora à Abicalçados e demais entidades do setor, cobrar do governo o cumprimento da promessa. “A entidade está pronta para esse papel e estará sempre vigilante pelos interesses do setor”, concluiu. 

A Under Armour, fabricante de calçados, vestuário e equipamentos de performance, anuncia o lançamento do UA HOVR Infinite, novo modelo da família UA HOVR que chega ao Brasil com chip embutido para proporcionar aos corredores sensação de gravidade zero, retorno de energia e monitoramento de dados via APP. A plataforma de amortecimento UA HOVR é feita de um composto exclusivo de espuma supermacia, criada em parceria com profissionais inovadores da Dow Chemical, com alta capacidade de amortecimento e absorção de impacto em cada passada. Além de toda a tecnologia da plataforma, o novo UA HOVR Infinite chega ao mercado com chip embutido que se conecta via bluetooth ao aplicativo UA Map My Run, consagrada plataforma de monitoramento de dados para treinos e exclusividade de Under Armour. O corredor faz a conexão do tênis com o APP (em processo que dura menos de 30 segundos) e passa a ter todo o histórico de corridas daquele modelo mapeado no aplicativo – que inclusive indica ao usuário quando chega ao fim o tempo de vida útil do calçado. O novo UA HOVR Infinite ainda se destaca por trazer um acolchoamento extra no cabedal, além de palmilha removível e borracha de carbono na sola, para aumentar a durabilidade nas zonas de maior impacto. 

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FRASES & FRASES

Na balança do destino, o músculo jamais pesa tanto quanto o cérebro. James Russel Lowell

“Sempre é preciso estudar a natureza dos outros antes de dar livre curso à sua.” August Strindberg

“O cínico é aquele que jamais vê uma boa qualidade no homem e jamais perde a chance de enxergar nele um defeito.” Henry Beecher

“Um ideal não é um objeto de troca.”

“Um saber múltiplo não ensina a sabedoria.” Heráclito

“Eu não abro jamais exceção. A exceção tira a força da regra.” Arthur Doyle

“Em regra geral, nenhum homem em apuros é de fato honesto.” William Thackeray

“As incertezas do futuro não serão amenizadas pelos erros do passado.” Tony Flags

“Ignorar as diferenças humanas é limitar a beleza da natureza.” Charles Bright

“O mais importante não é o número de ideias reunidas, e sim o elo que as une.” Shirley Temple

Moshé Charet

“Aqueles que aprovam uma opinião a chamam opinião; mas aqueles que a desaprovam a chamam de heresia.” Thomas Hobbes

“Quando um homem olha demais pra si mesmo, chega a não saber mais qual é a sua cara e qual é a sua máscara.” Pio Baroja y Nessi

“Não podemos dar verdade àquele que quer decidir que aparência ela deve ter.” Gunnar Björling

©Foto: Larisa Koshkina/Pixabay

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ÓXIDO DE MAGNÉSIO COM ALTA ÁREA SUPERFICIAL APLICADO EM COMPOSTOS DE FLUORELASTÔMEROS

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Autor: Willyan D. Fontoura, Salvelino A. Nunes e Emilton Becker.

inTRODuÇÃO O óxido de magnésio é utilizado como agente de cura em formulações de borrachas halogenadas, como: Fluorelastômeros (FKM), Policloropreno (CR), Polietileno Clorossulfonado (CSM), Halobutil (CIIR, BIIR), Acrilonitrilo Butadieno Hidrogenado (HNBR), Policloro Hydrin (ECO), entre outros compostos de borracha. A cura é um processo de reticulação da borracha de fluorelastômero, em que a estrutura química da borracha é alterada, formando uma rede tridimensional onde as moléculas ficam ligadas entre si. Logo, o emaranhamento viscoso de moléculas torna-se uma rede elástica tridimensional, com uniões de moléculas ao longo da cadeia. A aplicação de MgO em compostos de FKM é essencial pois, com o polímero, pode-se controlar a taxa de reatividade do composto. Figura 01 – Exemplo de processo de reticulação do fluorelastômero.

Fonte: Canevarolo (2006).

Em borrachas como flourelastômeros (FKM), o óxido de magnésio tem duas funções; na primeira age como receptador de fluoreto de hidrogênio, na segunda atua como receptor de subprodutos de fluoretos durante a cura e pós-reticulação. Os agentes de cura incorporados pelo fabricante tais como o dihidroxi aromáticos e os sais quaternários de fósforo que são usados para acelerar a cura e promovem a formação do ácido fluorídrico. O óxi-

do de magnésio é utilizado para remover o fluoretos e hidrogênio do polímero para criar insaturações na cadeia polimérica (dupla ligações) por adição de cadeias cruzadas. Adicionalmente, age como receptor ácido, estabilizando o sistema de cura seja por diamina, bisfenol ou com peróxidos orgânicos que irão promover um radical pela extração do hidrogênio ou bromo. Existem diversos óxidos de magnésio no mercado; este podem ser divididos em dois grupos, os quais se referem à fonte da qual o mesmo foi extraído. Dessa forma os compostos de magnésio podem ser de fonte mineral ou sintética. A fonte do magnésio mineral é proveniente de rochas como a Magnesita (MgCO3) e Brucita Mg(OH)2. Já o magnésio sintético pode ser extraído da água do mar ou ainda de salmoura na forma de cloreto de magnésio (MgCl2) e sintetizado para hidróxido de magnésio com posterior termo-decomposição para MgO. A densidade do óxido de magnésio sintético situa-se entre a pesada e a extra leve e apresenta alta reatividade e pequeno tamanho de partículas. Sendo estas duas propriedades, reatividade e tamanho de partícula, as mais importantes na aplicação em óxidos inorgânicos em compostos de borrachas. Segundo Shand (2006, p. 125), “as propriedades físicas e químicas do óxido de magnésio dependem principalmente da fonte do precursor, isto é, derivados da magnesita, sintetizados a partir de salmouras ou de água marinha”. Os óxidos de magnésio mais utilizados na indústria de borrachas halogênadas são os sintéticos, em que a área superficial e a distribuição do tamanho de partículas são ideais para o processo de reticulação de borrachas de fluorelastômeros. Um grau adequado de óxido de magnésio é aquele que tem uma área superficial alta, ©Foto Divulgação

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MATÉRIA TÉCNICA superior a 100 m²/g, e baixa distribuição do tamanho de partícula. A atividade da área de superfície indica a capacidade do óxido de magnésio para reagir com o ácido fluorídrico (HF), portanto, quanto maior a área de superfície, maior a segurança de processamento e propriedades de reticulação. O presente estudo tem por objetivo apresentar a influência da variação da distribuição do tamanho de partículas e área superficial (reatividade) do óxido de magnésio sintético em formulações de compostos de Fluorelastômero. Foram realizadas análises de dureza Shore A e reometria do material nas formulações de FKM para verificar a influência das características físicas da distribuição do tamanho de partículas e área superficial ou superfície de atividade a qual é medida pelo método de BET (Brunauer, Emmett e Teller). A análise de BET é medida pela quantidade de nitrogênio adsorvido na superfície do analito.

MATeRiAiS e MÉTODO As amostras de óxido de magnésio fornecidas pela empresa Buschle & Lepper fabricante da marca BELMAG, unidade que sintetiza derivados de magnésio extraídos da água marinha, do litoral norte de Santa Catarina, dentre eles o óxido de magnésio da amostra utilizada. Usouse três lotes de óxidos de magnésio com diferentes áreas superficiais, além disso, realizou-se a modificação de área superficial de duas das três amostras coletadas. Para preparação das amostras 2 e 5, realizou-se a calcinação das amostras 1 e 4, respectivamente. O processo de calcinação para geração da amostra 2 ocorreu à 800ºC por 4 horas, já para a amostra 5 utilizou-se a temperatura de 700ºC por duas horas. Todas as amostras foram submetidas à análise de distribuição de partículas, área superficial (BET) e análise de microscopia eletrônica de varredura. Posteriormente, as amostras foram submetidas a testes de aplicação em uma formulação de Fluorelastômero (FKM), realizada na empresa Winnerflex®. Para determinação de distribuição do tamanho de partículas, utilizou-se o equipamento granulométrico da marca CILAS 1090L, no qual realiza-se a dispersão do material sólido em uma cuba contendo meio líquido no qual o material seja insolúvel, nesta aplicação usou-se álcool isopropílico.

Figura 02 – Equipamento para determinação da distribuição do tamanho de partícula a laser.

Fonte: O autor (2019).

A análise de área superficial foi realizada aplicando-se o método de BET (Brunauer, Emmett e Teller). O princípio do método consiste em determinar, em um sistema fechado, à temperatura constante, a quantidade de gás adsorvido pela partícula porosa. Esse processo gera um aumento na massa da partícula e uma redução na pressão do gás. O ensaio só é finalizado quando a massa da partícula e a pressão de gás injetado assumem valores constantes na curva de pressão parcial. A Figura 03 ilustra o princípio da análise de BET (ANDRADE, 2014). Figura 03 – Princípio de análise de área superficial específica pelo método BET. Etapa 3 Aumentando ainda mais a pressão do gás, irá começar uma cobertura multicamadas, Poros menores na amostra irão ser preenchidos primeiro. Equação BRT é usada para calcular a área de superfície.

Etapa 4 Um aumento adicional da pressão do gás irá fazer uma cobertura completa da amostra e encher todos os poros. O cálculo BJH pode ser usado para determinar diâmetro, volume e distribuição do poro.

Etapa 2 Com o aumento da pressão do gás, a cobertura de moléculas absorvidas aumenta para formar uma monocamada.

Etapa 4 Etapa 3 Etapa 2 Etapa 1 Etapa 1 Locais isolados na superficie da amostra começam a absorver moléculas de gás em baixa pressão.

o do

ã ess a pr

gás

od ent

Aum

Fonte: Andrade (2014). ©Fotos Divulgação

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Para realização das análises de área superficial pela intrusão de nítrogênio é utilizado o método BET no equipamento NOVA 1200e da marca Quantachrome®, ilustrado na Figura 04. Figura 04 – Equipamento para análise de área superficial pelo método BET.

As amostras de óxido de magnésio foram submetidas a testes de aplicação em Fluorelastômeros. Para isso preparou-se uma formulação de FKM onde o óxido de magnésio foi inserido. A formulação detalhada do material é apresentada na tabela 1, em phr e na tabela 2, em gramas. Tabela 1 – Formulação em phr. Produto

Viton 401C

Negro de fumo MT 990

Óxido de Magnésio

Hidróxido de Cálcio

Quantidade (phr)

100

30

3

6

Fonte: O Autor (2019).

Tabela 2 – Formulação em gramas. Produto

Viton 401C

Negro de fumo MT 990

Óxido de Magnésio

Hidróxido de Cálcio

Quantidade (gramas)

600

180

18

36

Fonte: O Autor (2019).

Fonte: O Autor (2019).

A avaliação do formato das partículas, porosidade e verificação de partículas primárias e secundárias foi realizada através de microscópico eletrônico de varredura com emissão de campo, o que permite maior aproximação e nitidez na formação de imagens com 50 mil vezes de aumento. Para realização desse ensaio, utilizou-se o equipamento da marca JEOL modelo JSM – 6701F, conforme figura 05. Figura 05 – Microscópio eletrônico de varredura com emissão de campo.

A mistura dos componentes da formulação ocorreu em um misturador aberto tipo cilindro, incorporando inicialmente o negro de fumo ao Viton®. Posteriormente o óxido de magnésio e o hidróxido de cálcio foram adicionados, nessa sequência. Cinco formulações foram elaboradas seguindo o mesmo procedimento, substituindo apenas as amostras de óxido de magnésio a serem testadas. Após o preparo das amostras o material ficou em repouso por 24 horas, e parte dele foi separado para análise de dureza Shore A. Nessa análise o material é submetido a uma pressão aplicada através de uma mola calibrada que atua sobre o endentador, cônico. O valor de dureza é dado pela profundidade de penetração no material testado. Para realização dessa análise, é necessário realizar a reticulação do corpo de prova. Esse processo ocorreu em uma prensa elétrica à temperatura de 175ºC por 6 minutos. Os corpos de prova apresentaram 18mm de diâmetro e 6 mm de espessura. A segunda parte do material preparado em misturador aberto foi utilizado para as análises reométricas. O material foi analisado em um reômetro modelo MDR 2000 da Alpha Technologies à temperatura de 177ºC. Através dessa análise é possível determinar o torque mínimo, torque máximo, tempo de Scorch, T10, T50 e T90.

Fonte: O Autor (2019). ©Fotos Divulgação

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MATÉRIA TÉCNICA ReSuLTADOS e DiScuSSÕeS

Figura 06 – Curva reométrica da amostra 01.

A tabela 3 apresenta os resultados das análises realizadas em cada lote de óxido de magnésio. Já a tabela 4 apresenta as análises realizadas nas respectivas formulações de fluorelastômeros preparadas. Conforme descrito anteriormente, as amostras 2 e 5 foram geradas a partir das amostras 1 e 4, respectivamente. Como somente a área superficial das amostras 2 e 5 foram modificadas, os resultados para a determinação de distribuição de partículas foram iguais às amostras 1 e 4. Tabela 1 – Análises físicas das amostras de óxido de magnésio. Determinação

Fonte: O Autor (2019).

1

2

3

4

5

126

5

143

125

66

D10 (µm)

1,07

1,07

1,38

1,74

1,74

D50 (µm)

4,79

4,79

5,04

6,04

6,04

D90 (µm)

17,33

17,33

16,47

16,54

16,54

Média (µm)

7,41

7,41

7,26

7,92

7,92

BET (m2/g)

Diâmetro

Amostras

Figura 07 – Curva reométrica da amostra 02.

Fonte: O Autor (2019).

Tabela 2 – Análises nas formulações de borrachas preparadas com as amostras de óxido de magnésio. Determinação

Amostras 1

2

3

4

5

Dureza Shore A

77

74

77

77

77

Torque mín. (lb-in)

1,44

1,12

1,80

1,63

1,50

Torque Máx. (lb-in)

28,90

24,62

34,81

32,33

28,96

TS1 (min. e seg.)

1,13

1,34

1,00

1,11

1,20

T10 (min. e seg.)

1,30

1,52

1,17

1,32

1,39

T50 (min. e seg.)

1,50

2,21

1,39

1,59

2,06

T90 (min. e seg.)

3,27

4,34

3,06

3,39

4,02

Fonte: O Autor (2019).

Figura 08 – Curva reométrica da amostra 03.

Fonte: O Autor (2019).

As figuras 6, 7, 8, 9 e 10 ilustram as curvas reométricas dos resultados apresentados na tabela 2.

Fonte: O Autor (2019).

©Fotos Divulgação

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Figura 09 – Curva reométrica da amostra 04.

Fonte: O Autor (2019).

Figura 10 – Curva reométrica da amostra 05.

Figura 11 – Microscopia da amostra 01.

Fonte: O Autor (2019).

Figura 12 – Microscopia da amostra 02.

Fonte: O Autor (2019). Fonte: O Autor (2019).

As imagens ao lado ilustram o formato, tamanho de partícula, porosidade e as partículas primárias e secundária das amostras de óxido de magnésio testadas. As imagens foram obtidas através de microscopia eletrônica de varredura com emissão de campo.

Figura 13 – Microscopia da amostra 03.

Fonte: O Autor (2019). ©Fotos Divulgação

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MATÉRIA TÉCNICA Figura 14 – Microscopia da amostra 04.

superficial e para o teste de aplicação de óxido de magnésio em FKM. As imagens de microscopia mostram que as partículas são muito similares em formato e tamanho, mesmo nas amostras com área superficial elevada e reduzida. Logo, microscopicamente observa-se que em 50 mil vezes de aumento, não foi possível observar diferenças entre partículas com elevada e baixa área superficial.

ReSuLTADOS e DiScuSSÕeS

Fonte: O Autor (2019).

Figura 15 – Microscopia da amostra 05.

Fonte: O Autor (2019).

Através das análises realizadas no corpo de prova de FKM, observamos que a dureza Shore A não apresentou variação entre as amostras, com exceção à amostra 2, que possui área superficial de 5m²/g. Os torques máximos e mínimos apresentaram valores maiores quando a área superficial do óxido de magnésio é mais elevada, quando a área superficial reduz os resultados de torque máximo e torque mínimo também reduzem. Já para as determinações de tempo de Scorch, T10, T50 e T90 é possível verificar que quanto maior a área superficial menores os valores para essas determinações. Além disso, a boa uniformidade na distribuição de partículas das amostras testadas faz com que esse parâmetro não seja uma variável para os resultados de área

O uso de óxido de magnésio em compostos de borracha é considerado importante, por isso, é indispensável o conhecimento de suas funções no decorrer do processo, principalmente no que tange à performance, forma e tamanho de partículas. Este trabalho teve como principal objetivo o processamento e estudo dos efeitos relacionados às características de atividade e área superficial ou atividade quando utiliza-se óxido de magnésio no processo de cura de borrachas. Concluiu-se através dos ensaios realizados que as amostras 1, 3 e 4 atuaram como receptores de ácidos na composição de FKM em sistema bisfenol, proporcionando uma cura eficiente. Já para as amostras 2 e 5, verifica-se um maior tempo de início da reticulação e tempo ótimo de cura, ocorridos devido à baixa reatividade do óxido de magnésio intrinsicamente ligado com à sua baixa área superficial, que por usa vez faz com que a reação de neutralização do fluoreto de hidrogênio ocorra de forma mais lenta.  REFERÊNCIAS

1. SHAND, A. Mark. The chemistry and technology of magnesia. John Wiley & Sons, Inc., Hoboken, New Jersey, 2006.; 2. CANEVAROLO Jr., Sebastião V.. Ciências dos polímeros: um texto básico para tecnólogos e engenheiros. Artliber Editora Ltda., São Paulo, 2006.; 3. ANDRADE, Robson Carlos de. Preparação e Caracterização de Carvão Ativado a Partir de Material Alternativo Lignocelulósico. 2014. Dissertação (Mestrado em Química) – Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados. Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2014.; 4. GOMES, M. Manuel. Borracha Fluocarbonada (FKM, FPM). Disponível em: <http://www.rubberpedia.com/borrachas/borracha-fluorcarbonada.php> Acesso em: 08/11/2018. 5. MOORE, Albert L. Fluorelastomers Handbook: The Definitive User`s Guide And Databook. William Andrew Publishing, 2006. ©Fotos Divulgação

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CLASSIFICADOS

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AGENDA

JULHO

OUTUBRO

24 a 26 LATIN AMERICAN & CARIBBEAN TIRE EXPO AND LATIN AUTO PARTS EXPO

08 a 10 RUBBER DIVISION, AMERICAL CHEMICAL SOCIETY – International Elastomer Conference

Local:Amador Convention Center, Panama Informações: www.latinpartsexpo.com

Local: Expo, 196th Technical Meeting & Educational Symposium Huntington Convention Center of Cleveland, Cleveland, OH Informações: (1) 330-595-5531, www.rubber.org

29 a 02/08 CURSO FLEXLAB DE TECNOLOGIA DA BORRACHA 2019 Informações: (11) 2669-5094 marcelo@flexlabconsultoria.com.br

16 a 23 K 2019 - TRADE FAIR FOR PLASTICS & RUBBER Local: Dusseldorf, Alemanha Informações: www.k-online.com

AGOSTO 08 TOPRUBBER 2019 Maiores & Melhores do Ano Local: Centro de Convenções Milenium Dr Bacelar, 1043, Vila Mariana , São Paulo Informações: www.premiotoprubber.com.br

21 e 22 SIMEA 2019 – XXVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ENGENHARIA AUTOMOTIVA Informações: AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva Tel/Fax: 11 5908 4043, eventos@aea.org.br, www.aea.org.br

SETEMBRO 03 a 05 IRC - INTERNATIONAL RUBBER CONFERENCE 2019 Local: Kia Oval, London, UK Informações: www.irc2019.org

05 ELASTE 2019 9ª Exposição e Seminário de Borrachas e Máquinas Local: Centro de Convenções Milenium Dr Bacelar, 1043, Vila Mariana, São Paulo Informações: www.borrachaatual.com.br

18 a 20 RUBBERTECH CHINA 2019 Local: Shangai, China Informações: www.chrubber.com, rubbertech@chrubber.com

Confira agenda completa e atualizada dos eventos em nosso site: www.borrachaatual.com.br 54

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