Edição 112

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ISSN 2317-4544

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Editorial

Paciência também tem limite

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ISSN 2317-4544

Ano XIX - Edição 112 - Mai/Jun de 2014 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta ASPA Editora Ltda. Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 CEP 13033-580 - Vila Proost de Souza - Campinas - SP CNPJ 07.063.433/0001-35 Insc. Municipal: 00106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 CEP 13033-580 - Vila Proost de Souza - Campinas - SP redacao@borrachaatual.com.br Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044-2609 - assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto Gráfico: Ponto Quatro Propaganda Ltda. Impressão: Gráfica Josemar Ltda. Tiragem: 5.000 exemplares

Editora

A paciência é uma virtude cultuada em diversas culturas orientais e ocidentais. Essa dádiva, porém, é benéfica apenas em países culturalmente avançados ou socialmente desenvolvidos. Nas nações atrasadas e politicamente dependentes de heróis ou grandes realizações, a paciência torna-se arma de manobra para enganar o povo e manter o status político daqueles que deliberadamente usam recursos do país em benefício próprio e de seu colegiado político. Devemos acreditar que tudo tem limite, inclusive a paciência. Nesta edição retratamos uma série de eventos que antecederam a Copa do Mundo. Afinal ninguém em sã consciência pensaria em realizar algo em plena Copa de Futebol no País do Futebol, o Brasil. Assim tivemos o Congresso Brasileiro da Borracha, organizado pela ABTB, que teve um nível técnico elogiado pelos participantes e uma organização de primeira linha. A Expobor também se superou nesta edição, com estandes refinados e um público especializado que se encarregou de colaborar para o sucesso do evento. Outras exposições como a Agrishow em Ribeirão Preto, a Feira da Mecânica e a M&T Peças e Serviços, ambas em São Paulo, serviram para mostrar que o Brasil continua com uma base sólida para crescer. Falta segurança e confiança para os investimentos, que deverão ficar represados até depois da eleição. Podemos afirmar que as empresas acreditam numa recuperação no médio e longo prazo. Isto é comprovado pela série de lançamentos e investimentos que estão sendo feitos pelas companhias do setor de pneus e borracha. A Continental lançou um novo pneu de caminhão com baixa resistência à rolagem, a Michelin lançou novos pneus agrícolas radiais, a Goodyear investe em sua produção de radiais OTR, a Pirelli dinamiza seu atendimento aos clientes, a Levorin cresce com sua nova fábrica em Manaus e a Titan avança no segmento agrícola. Resta-nos cuidar do curto prazo pois o momento presente é de torcer pela seleção canarinho. Que ela conquiste a Copa e mostre a todos que mesmo com improvisação e falhas de planejamento é possível atingir um dos objetivos que é desejo do Povo Brasileiro, a taça de campeão. Afinal, tudo tem limite. Boa Sorte Brasil! Antonio Carlos Spalletta Editor

-3 A revista Borracha Atual, editada pela ASPA Editora Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre asBORRACHAAtual montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizada pela ASPA Editora.


Entrevista

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Wacker


Entrevista

Wacker Por Antonio Carlos Spalletta e Pedro Damian

Wacker: 100 anos antecipando tendências de consumo

A

lexander Wacker fundou a empresa Dr. Alexander Wacker Gesellschaft für elektrochemische Industrie em Nuremberg, Alemanha, em 1914. A empresa, hoje chamada Wacker Chemie, teve como primeira fábrica a unidade de Burghausen, que produzia ácido acético, acetaldeído e acetona. Cem anos depois, a Wacker não fabrica mais seus produtos iniciais, mas mantém a visão de seu criador, de antecipar tendências de consumo. Danilo Timish, Dir. Geral da Wacker Brasil, Paul Schmitz, Dir. de Negócios de Silicone e Vagner Fonseca, Ger. de Vendas de Borrachas de Silicone na América do Sul, receberam Borracha Atual na fábrica da empresa no Brasil, em Jandira, cidade próxima à capital paulista e descreveram a história da empresa, seus principais produtos e seus planos para o futuro.

BORRACHA ATUAL - Como foi o começo da história da Wacker? Danilo Timish - A Wacker foi fundada pelo Dr. Alexander Wacker em 1914. O Dr. Wacker nasceu em 1946 em Heidelberg e trabalhava como vendedor de máquinas eletrodinâmicas para a S. Schuckert antes de constituir a sua empresa. Era o início da eletrificação da Alemanha e em pouco tempo ele teve sucesso e se tornou sócio do Sr. Schuckert. Pouco tempo depois o Sr. Schuckert faleceu e ele assumiu o negócio, mudando o nome de Schuckert para EAG, que é uma empresa (como a Eletropaulo) geradora de energia. Em 1903 o Dr. Wacker fundou outra empresa chamada Consortium, que era uma reunião de pessoas com

bastante conhecimento técnico para desenvolver soluções químicas a partir da eletricidade (eletroquímica). Entre 1913 e 1914 ele desenvolveu a ideia de fabricar produtos químicos derivados do acetileno e decidiu, para isso, fundar a Wacker. Por causa das necessidades da época? Sim. A química estava muito fundamentada no carvão. A matériaprima era o carbureto, e o carbureto é feito a partir do calcáreo, mais o carvão submetido ao arco voltaico. Aí entra a eletricidade na história. O carbonato de cálcio se decompõe, fica só o óxido de cálcio e a partir daí você entra com o carvão e essa reação gera o carbureto.

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Entrevista

Wacker

Em 1916 começou a construção da fábrica de Burghausen e em novembro de 1918 foi fundada a usina Alzwerke, que foi a razão principal para a instalação da fábrica em Burghausen. A produção foi alavancada pelo baixo custo de energia, pois essa forma hidrelétrica é uma maneira barata e ambientalmente amigável para gerar eletricidade. A partir daí a Wacker deslanchou. O Consortium existe ainda hoje? Sim. Pertence à Wacker e é a área de pesquisa e desenvolvimento da empresa. Nós temos aqui laboratório de aplicações técnicas mas são laboratórios voltados e pertencentes à área comercial. Não são considerados como investimento em Pesquisa e Desenvolvimento. O Consortium sim, ele concentra toda a pesquisa e desenvolvimento da Wacker e desenvolve uma série de produtos. Aqui estão os solventes clorados, aproveitando o etano do acetileno, e o cloro que vinha do sal - que tem uma larga aplicação na indústria têxtil. Houve um fato marcante em 1922, quando o Consortium registrou a patente de fabricação do anidrido acético através do ceteno, vindo do acetileno, que é o chamado o Método Wacker, e outras invenções se seguiram. Até hoje o Consortium continua inventando novas soluções, novos produtos. O Consortium é só da Wacker ou tem outra empresa associada? Só da Wacker. O destaque depois foi toda a química dos polímeros de vinila. Acetato de polivinila, cloreto de polivinila, como exemplos. Voltando um pouco para a questão da construção... O Dr. Wacker fundou a empresa em 1914, registrou e começou 6- BORRACHAAtual

“O silicone está muito relacionado com o estágio de desenvolvimento tecnológico de uma nação.”

a construção. As primeiras produções já sairam em 1916, de acetaldeído e acetona também. Depois fundou essa hidrelétrica, que na época tinha identidade jurídica própria. Em 1922 saiu a primeira produção de material sintético, a goma laca sintética, a partir do acetaldeído, matéria-prima dos discos de vinil. Até então não havia discos assim... Havia, mas de origem vegetal. Goma laca mesmo, resina da árvore. Depois disso vieram as nossas marcas. Em 1928 começou a produção do acetato de vinila em escala industrial, e o acetato de vinila é um líquido branco, utilizado largamente como adesivo em geral, uma resina importante na área de tintas também. Em 1957 a Wacker inventou um processo para secar essa dispersão, fazendo com que esse pó branco resultante, uma vez colocado em água voltasse de novo a se transformar em uma dispersão. Como se fosse um concentrado do acetato de vinila. Mais tarde desenvolveu-se um processo de produção de copolímero, ou seja, mais um monômero utilizado na produção. Esse produto, seus derivados, são largamente utilizados, porque o etileno é um vinil acetato. O etileno e o acetato de vinila em proporções variáveis geram toda uma gama de produtos. Uma das aplicações, principalmente na forma pó, é a argamassa cimentícia adesiva (“cimentcola”). É uma das aplicações mais conhecidas, mas há diversas outras também...

O EVA não vem daí? O EVA tem as mesmas letras e a diferença é que o etileno vinil acetato na verdade é um polietileno com alguns poucos acetatos de vinila pendurados. Aqui não, aqui é uma produção congênita com alternâncias do etileno e do acetato de vinila em proporções diferentes na própria cadeia e é um processo complicado, de alta pressão, os reatores têm paredes muito grossas, são enterrados, é um processo bastante específico, que gera uma gama de características que permitem aplicações diversas. Em 1947 iniciam-se os primeiros trabalhos para a química do silicone (silício e seus derivados, não é só silicone). Depois a Wacker foi atuar na área de outros derivados de silício, utilizados, por exemplo, como matériaprima para células solares, matériaprima para a produção de chips de computador, e até hoje é uma das grandes áreas de atuação da Wacker, na qual a Wacker é líder mundial. Do silício se produz também a sílica pirogênica, muito utilizada na indústria de tintas, um espessante, estabilizante principalmente para tintas base água. No pós-guerra, época do milagre econômico alemão, havia recursos para reconstruir, tudo por fazer. Quando se deu a mudança da base tecnológica da Wacker? Com relação à situação jurídica da Wacker, em 1953 ela se chamava Wacker-Chemie GmbH. A partir de 1957, a Wacker começou a abandonar a química derivada do acetileno e foi para o etileno. Para isso precisava de etileno de refinaria, então ela também participou da construção de uma refinaria vizinha, que hoje está em Burghausen nos fornecendo etileno. Nós produzimos os mesmos derivados, com mais economicidade.


Ao longo do tempo foram ocorrendo outras mudanças da Wacker na química, ou seja, ela foi abandonando algumas químicas que ela mesma havia desenvolvido para se dedicar a outras, por motivo de economicidade, escala etc. A Wacker também desenvolveu o processo de produção de PVC em suspensão. Há vários processos, e em suspensão foi a Wacker que desenvolveu e chegou a produzir PVC por muito tempo,mas após 65 anos resolveu sair do negócio. Depois foram criadas empresas focadas na área de matérias-primas para chips e depois a sílica pirogênica, em 1969. Alguns testes foram feitos no espaço, experimentos na área de semicondutores. A empresa que se chamava Chemitronic hoje se chama Siltronic e pertence ao grupo Wacker. A empresa tem produtos para a área aeroespacial? Sim. Um adesivo especial para painéis solares, em satélites. Este adesivo foi um ETV2, silicones, modificados com grupos benignos para resistir a -100°C, temperatura extremamente baixa. O silicone tem como propriedade uma resistência térmica muito grande. De -50°C até mais de 200°C. Porém, no espaço a coisa é um pouco pior que -50°C. De que maneira a Wacker conseguiu expandir-se para fora da Alemanha? Um fato que ajudou a marca nesse sentido foi a associação com a Hoechst. O Dr. Wacker faleceu em 1922, mas em 1921 ele fechou um acordo com a Hoechst e se associou a ela. E passou a ter a possibilidade de usar a estrutura comercial da Hoechst pelo mundo. Isso motivou os investimentos industriais. Na medida em que os mercados foram acessados, justificou a colocar investimentos em outras regiões e foi

“Estamos com intensos esforços para conseguir transformar as oportunidades, seja por qual motivação, em aumento de negócios.”

assim que acabamos existindo também no Brasil. Começamos em Diadema e efetivamente com produção em 1980, e depois nos mudamos para Jandira. Investimentos foram feitos em várias outras partes do mundo. Hoje a Wacker tem 25 fábricas e 52 distribuidores em 28 países. O último investimento ainda não está finalizado, uma grande unidade de produção de polisilício, matéria para células solares, no Tenessee, Estados Unidos. A Wacker sempre está se voltando para outros produtos, novos negócios, dentro de uma visão de futuro. Talvez seja um dos segredos para esses 100 anos, essa automutação, e querer atingir muito mais do que isso. Desenvolvendo e procurando especialidades... E sempre procurando aquilo que em sua visão seria a tendência de consumo da humanidade. Hoje em dia a visão é clara de que o mundo vai precisar de energia, economizar recursos naturais, vai precisar de transporte, de bem estar. Tudo isso você pode traduzir no final em produtos químicos, quer seja para isolamento térmico de edificações, de ruído, sistemas para reduzir a utilização de água, ou economizar... uma série de estratégias que derivam dessas visões básicas do alto comando da empresa. Hoje a Wacker não produz mais o carbureto, assim como não produz mais o PVC. Por outro lado, ela começou a atuar, lá em 1990, com um pequeno laboratório de biotecnologia e dali se

desenvolveu todo um negócio voltado para biotecnologia. A Wacker hoje, através dessa divisão (a empresa hoje é organizada por divisões) chamada Wacker Biosolutions, produz vários produtos, alguns criados e patenteados por ela, como por exemplo a ciclodextrina, que é produzida na fábrica de Edville, Estados Unidos, tendo como matéria-prima o amido de milho. A ciclodextrina é usada em várias aplicações e uma delas é um ingrediente para proteger e depois liberar lentamente o princípio ativo do creme anti-rugas, na área de cosméticos. A ciclodextrina também pode ser incorporada na tinta de parede. Ela é um encapsulante. Ela retém, por exemplo, um produto como citronela, um produto que espanta os mosquitos. Você incorpora na tinta e ela vai liberando depois - um ano e meio, dois anos, em hospital (geralmente vale a pena em grandes ambientes). Talvez na prevenção do mosquito da dengue seja uma opção também. Quando você incorpora, consegue ancorar na tinta de forma temporária, porque depois de um tempo se acaba. Qual é a atual posição da empresa no mercado? Depois de se tornar sócia da Hoechst, com o passar do tempo a família Wacker recomprou de volta as ações. Foi um processo que começou em 2001 e terminou em 2005. A partir daí a Wacker se reestruturou e abriu o capital em 2006. Hoje opera como empresa aberta, com capital na bolsa. A família ainda detém o controle, mas ela atua dentro dos padrões de governança que se exige de uma empresa aberta.Nós temos normas rígidas sobre publicação de números e dados. A cada trimestre há uma reunião com a imprensa onde se divulgam os resultados. Hoje estamos praticamente no mundo inteiro, são 16 mil colaboradores, 5.400 BORRACHAAtual - 7


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Wacker

patentes ativas e 2.900 pedidos de patentes, estamos nos 5 continentes, temos 25 unidades fabris, atuamos bastante com distribuidores, são 52 em 28 países. A Wacker tem uma química bastante diversificada mas não tem tudo para todos os segmentos. Não tem tudo para borracha, não tem tudo para cosméticos... Os distribuidores completam o portfólio. E chamo a atenção para o fato de que a Wacker investe em pesquisa e desenvolvimento na proporção do faturamento, o que resulta em um dos mais altos níveis de investimento da indústria.

“O silicone líquido é uma tecnologia que ganhou muito espaço na Europa, Estados Unidos, Ásia e no Brasil está vindo bem.” Isso é recente? Sim, nós começamos em 2010 de forma mais limitada e fizemos investimentos em instalações mais adequadas, que inauguramos em abril do ano passado. O Wacker Academy tem suas instalações mas também é um conceito, fazemos o Wacker Academy em um hotel na Argentina, por exemplo. Levamos equipamentos de demonstração, quando necessário, ou apenas apresentações para treinamento. Quantos colaboradores a Wacker tem na fábrica de Jandira?

Wagner Fonseca

Como é o trabalho com os centros técnicos? Nossa venda é muito técnica. Esses centros são essenciais não só para testar e fazer programas de desenvolvimento com os clientes como também para treinar as próprias equipes deles. Isso acontece no que chamamos de Wacker Academy, que inclusive temos instalado aqui também em Jandira. 8- BORRACHAAtual

Próximo a cem. A Wacker é extremamente diversificada em termos dos mercados que atende. Borracha, por exemplo, tem uma grande demanda, assim como a área de construção, linha branca etc. Juntando todas as químicas da Wacker, ela tem vendas extremamente diversificadas, apesar de partir de poucas matériasprimas. Basicamente do silício metálico, do metanol, do etileno. Se pagar etileno, metanol, ácido acético, isso é petróleo ou gás. O silício metálico é quartzo. Então, do quartzo, do petróleo e do amido de milho, a Wacker faz tudo o que ela faz. Nós aqui em Jandira somos completos em termos de atividade, ou seja, temos produção, temos escritórios comerciais e temos o centro técnico. São os únicos na América do Sul? Sim. Nossa área de responsabilidade é Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai, depois nossos colegas situados no México são responsáveis

pela América Central e pelo norte da América do Sul. Cada empresa tem sua forma de estruturar sua área comercial e de atendimento. Produção mesmo nós temos no Brasil, como a maioria das empresas semelhantes, e temos duas parcerias com distribuidores em outros países. Nossa equipe está bastante presente também, não só no Brasil como nos países vizinhos. É uma divisão bem lógica, até porque países como a Colômbia, países do Caribe, estão mais próximos dos Estados Unidos que do Brasil. Eles olham mais para cima. O Peru, por exemplo, tem muitos acordos diretamente com os Estados Unidos. E aqui a gente está praticamente na área do Mercosul. É a nossa área de atuação. Qual é a área de maior faturamento na Wacker, levando em conta os segmentos em que atua no Brasil? No Brasil atuamos diretamente em três áreas. Os negócios de silicone representaram 37% do faturamento global no ano passado, o negócio de polímeros, que inclui, por exemplo, o polímero de argamassas colantes, representou 21% e a área Biosolutions, 4%. É o novo “filhote”... Novo comparado com 100 anos, pois começou em 1990. Quais as outras áreas em que a empresa atua e que não estão representadas no Brasil? São as áreas mais eletrônicas. A área de matérias-primas para células solares e a área de matérias-primas para chips. Aqui praticamente não há clientes em nossa região, não só no Brasil como na América do Sul. Porque aqui estamos bem no início da cadeia de valores da


célula solar. Nós vendemos para quem fabrica célula solar, que vai vender para quem fabrica módulo solar, que vai vender para quem faz o projeto solar, que depois vai implantar... O Brasil não tem essa indústria estabelecida. O mesmo acontece com o chip. O Brasil tem iniciativas muito pequenas, até fomentadas pelo governo para a produção local de chips, mas é praticamente inexistente esse negócio aqui. Por quê o único setor em que caíram as vendas em 2013 foi o de Polysilicon? A geração de energia solar é um negócio novo e tem crescido. A questão aqui é o período. No período de avaliação 2009-2013 infelizmente onde houve uma retração (pós-queda do Lehmann Brothers em 2008), mas nos anos anteriores o negócio tem crescido 60%, 80% ao ano. E também começou a haver uma consolidação. A Wacker hoje é uma dos maiores nesse negócio e nessa consolidação alguns fecharam as portas, outros foram se juntando, mas a demanda por energia elétrica gerada a partir da energia solar, pensando em um horizonte de 100 anos, certamente vai vingar.

No aeroporto de Munique, na parte exterior, há paineis de geração de energia solar.

Sim. Na Alemanha, o que tem de painel de geração de energia solar... é incrível. Esse negócio foi regulamentado somente no ano passado no Brasil, de forma que começa agora a ter a possibilidade de existir. Pessoas poderão implantar unidades de geração e até vender o excedente de volta para a rede. Até então não se poderia fazer isso, era proibido... Você poderia até instalar o seu, mas não tinha sentido nenhum, custaria muito caro, e se tivesse excedente não teria para quem vender. Acho que não era proibido instalar. Quais são as perspectivas de crescimento da Wacker? Em termos de crescimento das vendas o que a Wacker prevê é abaixo de dois dígitos para 2014. Em termos de lucratividade, dois dígitos. A Wacker tem muitos investimentos em andamento, muitos feitos com capital próprio também.

No Brasil também? O Brasil tem tudo, chove, venta... Já deveria ter dado certo. Seria a nossa solução. Se não chove, tem sol, então não faltaria energia. Uma grande fabricante de pneus já tem um projeto interessante de geração de energia solar em sua fábrica de Feira de Santana, na Bahia... Eu li sobre isso. Eles estão aproveitando as instalações e vão colocar os paineis para a geração.

O importante é que a previsão é de crescimento.

Paul Schmitz

Isso a nível mundial. E no Brasil? No Brasil nós prevemos também crescimento baseados nas nossas estratégias. Tanto os momentos de crescimento e demanda como os momentos “frios” quanto à demanda acabam gerando oportunidades. Gostaria de conseguir detectar essas oportunidades e de preferência ter a solução para elas. Estou falando das soluções que a Wacker tem para ajudar os clientes, por exemplo, a tornarem os seus processos mais produtivos, a reduzir o custo de seus processos... Por exemplo, na área de antiespumantes, largamente empregados na indústria química, que ajudam a aumentar a produtividade de alguns processos através do controle de espuma que é possibilitado através de nossos produtos. Inclusive nós desenvolvemos aqui as adaptações às necessidades locais. Estou falando de celulose, produção de celulose, tratamento de efluentes, uma série de processos químicos que você consegue dar ao cliente permitindo que ele utilize menos água e que o processo dele seja mais produtivo. Que no final o custo por tonelada produzida fique mais baixo. Essa é uma forma de você aumentar a competitividade do cliente. Essa área de silicone está muito relacionada com o estágio de desenvolvimento tecnológico de uma nação. A Wacker, como atua no mundo inteiro, tem o know-how do que pode ser trazido para cá, o que pode ser colocado como ideia e estímulo para os clientes, o que tem ajudado a desenvolver novas soluções. E através da inovação também crescer. A demanda do que já é oferecido, do que a gente já vende, é muito difícil BORRACHAAtual - 9


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de prever. Primeiro que eu não posso fazer nenhuma afirmação sobre taxa de crescimento futuro, pela política corporativa, e segundo porque é muito difícil prever efetivamente. O que posso assegurar é que nós estamos com intensos esforços para conseguir transformar as oportunidades, seja por qual motivação, em aumento de negócios. E temos tido sucesso. Ao longo dos últimos anos temos crescido acima do PIB, acima do crescimento da indústria química e de diversos segmentos. Esperamos continuar dessa forma.

certa forma os microorganismos a produzirem produtos químicos que na verdade são princípios ativos farmacêuticos ou também intermediários para a indústria farmacêutica... Ela produz, por exemplo, a citeína a partir de uma matéria-prima vegetal - e a citeína hoje é produzida a partir de cabelo humano ou pena de aves. Aí com gripe aviária, vaca louca, o mundo todo ficou ressabiado e não quer mais matéria-prima de origem animal, o que gerou oportunidade. Isso através da química e bioquímica.

E quanto aos produtos, quais são as últimas novidades?

Quais são os produtos principais da Wacker?

O silicone líquido, que é algo muito novo no Brasil, está chegando mais e mais. Conseguimos ter uma produção muito maior, uma produtividade muito grande. E conseguimos ajudar o cliente a melhorar a sua competitividade.

Em relação aos produtos, a nossa área de elastômeros está voltada para o mercado de borracha, o nosso mercado de atuação é fornecer borracha de silicone para potenciais clientes, fabricantes de peças ou compostos, que transformam uma base de silicone em compostos de borracha, os clientes finais deles. São duas atuações. O mercado brasileiro é mais focado no próprio cliente fazer o seu composto e ele mesmo fazer a peça. É a mentalidade dominante. Para esse mercado, como nós atuamos no Brasil? Nós temos estoque local de produtos-chave, de bases-chave para atender esse mercado, temos distribuidor, a Fragon. Nem todo o portfólio que temos na Alemanha está aqui no Brasil. O portfólio que temos é muito grande. Então alguns produtos vêm diretamente da Alemanha, via importação direta. No mercado de borracha a gente vê dois tipos de tecnologia: borracha sólida, convencional, onde se compra uma base, você formula essa base com peróxidos, descarga, vulcaniza, e faz o seu artefato. O que nós estamos introduzindo, o nosso trabalho, é silicone líquido, uma tecnologia nova no Brasil (lá fora já existe há um bom

Se o fornecedor é bom, o cliente sempre fica bem... Uma coisa que eu percebo é que não importa o momento, tem que ter oportunidade. E a Wacker, felizmente, tem um portfólio diversificado, atua em diversos segmentos, está sempre se desenvolvendo, e ajudando os seus clientes a se desenvolver através de um portfólio que ela tem de tecnologias disponíveis. A própria história dela. Começou em 1914, depois em 1947 trocou a base tecnológica... Hoje necessariamente a Wacker não faz o que fazia no início. Quem iria pensar que ela estaria em matéria-prima de células solares ou então nessa área biológica, onde atua na engenharia genética, no desenvolvimento de microorganismos, “ensinando” de 10- BORRACHAAtual

tempo). Aqui no Brasil ela existe para alguns mercados, mas em geral o pessoal ainda desconhece. A vantagem do silicone líquido é que ele já vem pronto para uso, não há um passo intermediário que pode gerar erros de pesagem de misturas mais variações. Esse é o processo. Ele já vem pronto para uso. O silicone líquido é colocado em um dispositivo com dosadores que misturam; os componentes são misturados com o silicone e dosados diretamente para aplicação. A grande vantagem do silicone líquido é sua cura, a vulcanização é muito mais rápida que o silicone via tradicional, que é o mais convencional. Então o ciclo é muito menor. Por ser líquido, você ganha também na velocidade de injeção. Quando falo líquido, falo em consistência pastosa. Porém a viscosidade dessa pasta é muito menor do que a do silicone sólido, da borracha que tem que colocar no cilindro. A injeção é muito rápida, a vulcanização é extremamente rápida. Por isso você consegue “acelerar” o silicone para que ele vulcanize rápido, porque como você consegue injetar rapidamente, você pode deixar ele bem acelerado. Você tendo esse processo afinado com uma produção grande, com uma peça que entra em produção em larga escala, é o ideal, porque aí você coloca um molde na injetora e a peça sai mais perfeita. Você elimina mão-de-obra, principalmente de acabamento. Tendo um molde ajustado, seu processo de injeção todo ajustado, a peça tem que sair sem rebarba, sem necessidade de remoção de rebarba, de ajuste, de cortar... Além do ganho de tempo... Em termos de vulcanização, você consegue reduzir, comparando tempo de cura, pelo menos uns 30%. Isso só pensando em ciclo de cura. Você tem injeção, fechar rebarbas, é um


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processo muito mais afinado. Então mesmo o refugo que praticamente na borracha inexiste, é um refugo grande; faltou pré-moldado, faltou isso, deixou 100% correto, tem a mistura, o composto que está errado na curva de iluminação, tem que processar. Então o silicone líquido é uma tecnologia que ganhou muito espaço na Europa, Estados Unidos, Ásia e no Brasil está vindo bem. O investimento é um pouco caro. A máquina é um investimento alto, comparado com uma prensa, e o molde de silicone líquido ainda no Brasil é uma coisa nova. Empresas que nós conhecemos estão fora, algumas novas estão tendo, mais ainda não se tem o domínio total dessa tecnologia. Como se fazer um molde para isso? No Brasil se domina plástico, mas não ainda o silicone líquido. Mas à medida que a Wacker for ganhando mercado o custo não abaixará? O investimento é alto. Ele só se paga quando a sua produção é muito alta. É importante para a empresa que está pensando em utilizar silicone líquido ter uma peça que ela produza muito. Porque se ela fizer 10 moldes para ficar entrando e saindo não dá.

“A Wacker está sempre se desenvolvendo e ajudando os seus clientes a se desenvolver.” Podemos concluir que esse processo é mais viável para peças novas e a substituição das antigas não seria vantajoso?

Quando você vende o material, vende também o sistema...

É viável para as peças que já existem, desde que em grandes volumes. É para melhorar a produtividade. A empresa tem que avaliar todos os custos, onde ela perde, o que ela gasta de mão-deobra, rebarbação, refugo, preparação de composto... Um exemplo clássico onde o silicone líquido vai muito bem é em bicos de mamadeira. Porque o volume é muito grande. Há poucos modelos de peças e uma alta produção de cada item. E requer alta qualidade, uma peça que não tenha nenhum defeito, nada que possa rasgar. O que também vem ganhando interesse, onde temos feito um trabalho para tornar mais conhecido é o silicone de cura para tinta. Hoje posicionaramse o curaperóxido (borracha sólida na mistura), o silicone líquido já seria uma tecnologia para injeção, para altos volumes, existe o silicone sólido, que tem vantagens como não usar peróxido, um material indesejável para alguns usos (médico, coisas de farmácia, indústria alimentícia). Você tem que fazer pós-cura, o vulcanizado com muito rigor, para eliminar todo esse subproduto. Lá fora, na Europa principalmente, a gente vê que para uso médico, hospitalar, há tendência muito grande do silicone cura rápida que tem um rendimento melhor.

A indústria automobilística tem apresentado exigências como a indústria farmacêutica?

A Wacker também vende o agente de cura? ELASTOSIL® LR 3022/60: Borracha de silicone para vedações moldadas utilizadas em sistemas de refrigeração de motores de automóveis. 12- BORRACHAAtual

tem o catalizador, o masterbatch para acrescentar àquele material específico.

Ele já vem incorporado. É bicomponente. Na embalagem você já

O sistema de cura.

São coisas bem diferentes. A indústria automobilística exige muito mais na área de temperatura, precisa de materiais que resistam à alta temperatura, porque os motores vão ficando cada vez menores e mais potentes. Já a indústria médica, farmacêutica, de alimentos vai mais para o lado da compatibilidade. Vocês fornecem para quem trabalha com próteses? A Wacker tem uma linha de produtos para a fabricação de próteses externas, para casos de pessoas que perderam um membro, próteses de seios, também externas. O silicone líquido é usado nessa aplicação (prótese mamária)? Geralmente o volume que se produz não é tão grande. E é customizado, feito para cada cliente. Então é um processo mais artesanal. Usa outra tecnologia, chamada RTV2. São silicones bicomponentes de cura ambiente. Quando você mistura dois silicones não tem líquido. Eles são realmente base água perto do outro, que é pastoso. Para o silicone líquido precisa de volume. A Wacker lançou recentemente uma linha de produtos para a fabricação de próteses internas, porém a nossa política é que há algumas aplicações que a Wacker


endossa e outras não. Isso é uma coisa nova para a Wacker e estamos trabalhando com alguns parceiros seletos na Europa, alguns clientes já conhecidos e vamos entrando com essa tecnologia em alguns mercados específicos. Prótese não é um produto aberto hoje. Não tínhamos essa linha de prótese interna, que foi lançada no final do ano passado, chamada Silcuran UR. Todos os projetos têm que ser avaliados, a diretriz do negócio, até o “board” da máquina tem que avaliar a aplicação, o que é o produto, que empresa está fazendo isso... entender um pouco para entrar ou não nesse negócio. Até porque algo que vai dentro do corpo não pode falhar. Que novidades a Wacker apresentou na Expobor? Aproveitamos a Expobor para fazer um comunicado mostrando o que estávamos trazendo - mas não só para a Expobor, na verdade para o mercado. Dois silicones líquidos e um silicone sólido. Esses produtos estão dentre os que a Wacker tem desenvolvido. Um deles é o Elastosil LR 3094/60, um silicone líquido de cura rápida desenvolvido para fabricação de peças automobilísticas, principalmente cabos de vela e outras peças que vão instaladas no motor. Outro é o Elastosil LR 3022/60. O silicone não tem uma resistência tão alta em contato com o fluido do radiador. Porém nesse composto específico desenvolvido pela Wacker, a formação foi otimizada para que ele tenha contato constante com fluido de arrefecimento. E vem junto com ele as propriedades do silicone. Então ele resiste de menos 50 graus a mais 200 graus e tem contato com fluido de arrefecimento. Ele melhora a vedação de radiador, de um anel. Também destacamos o Elastosil R

ELASTOSIL® R 781/80. Borracha de silicone sólida com carga de partículas magnetizáveis é adequada para aplicações nos setores alimentícios, farmacêuticos e médicos.

781/80, um produto com propriedades magnéticas. É um silicone que tem magnetita na composição e essa magnetita é magnetizada. Com um imã você pode atraí-la. Isso permite que os fabricantes usem de criatividade pensando na vedação. Você tem que colocar a vedação em uma determinada posição normalmente numa linha de processo. Com esse material a empresa pode posicionar alguns imãs onde vai ser aplicada a vedação, monta rapidamente e manda para a produção. É uma novidade que a Wacker está lançando.

Quais os produtos Wacker mais bem-sucedidos no Brasil? São vários que tem obtido comprovadamente sucesso no mercado. Um deles é a linha 304050, fabricação de bicos de mamadeira, um silicone líquido, e outro material é o 300360, produto de uso geral para quem quer fazer peças de diversas aplicações. Um fato interessante é que toda a linha de silicone líquido de uso geral da Wacker é controlada por mais ou menos 3 shores. Praticamente, a norma da ASTM prescreve 5 shores. A Wacker hoje tem um controle de processo tão grande que permite estreitar isso. Não é uma linha especial. Nossa linha é controlada por 3 shores. O nome ASTM é a principal norma internacional para compostos da borracha. Se entrar nessa norma é mais ou menos 5 de tolerância, para qualquer fabricante produzir uma peça. A Wacker vai além: controla mais ou menos três. É mais preciso para quem fabrica as peças.

Quais são os grandes mercados para o silicone? São o automotivo, médico (tubos, cateteres), linha baby care (bicos de mamadeira, chupetas para crianças) e linha branca (vedações em fogões, eletrodomésticos). Outro mercado importante para o silicone é o de isoladores elétricos. Porque o silicone traz uma vantagem: é hidrofóbico, ele repele a água. Então no caso de você utilizar um isolador, que vai ficar em um ambiente poluído (pode ser mesmo poluição natural, como no mar, onde aquele depósito salino em cima de um isolador de vidro deposita sal, a água deposita e forma um eletrólido perfeito - o sal e a água formam um filme e isso conduz eletricidade). Já o silicone, como é hidrofóbico, ele não deixa que esse filme se forme. A água fica parada e com isso não há um caminho de passagem de corrente. Outra vantagem nesse caso é o peso. O isolador de vidro e de porcelana pesam pela densidade dos materiais e pela construção. O isolador de silicone é bem mais leve. Então a tendência do mercado é crescer, já que estão trazendo energia lá do norte... linhas de transmissão no sul. Tem crescido, mas infelizmente ainda não deslanchamos. E esteira alimentícia, usa silicone? Também usa silicone, porém, até onde conhecemos esse mercado, a maioria das empresas ainda tem importado. O pessoal do Brasil ainda não tem uma produção tão grande, é um mercado

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Entrevista

Wacker

incipiente no país. Outros países não permitem uso de outro material que não seja silicone. Vocês ajudam seus clientes a desenvolverem seus produtos? A maioria dos clientes, especialmente da indústria da borracha, tem seu laboratório próprio. Fazemos o trabalho junto com eles, na produção, laboratório... Trabalhamos também com certificação. Para alguma dúvida que o cliente tenha, mandamos realizar testes na Alemanha. Esse é um trabalho constante.

a área de construção tem bastante coisa. Para borracha, como temos um laboratório muito completo na Alemanha, definimos que é melhor usar essa estrutura, que tem todo o equipamento. Os clientes também usam o centro técnico daqui? Sim. O centro técnico está aberto para os clientes. São feitas geralmente palestras com eles, há uma sala de treinamento, mostramos a parte teórica, explicamos como e porque vai ser desenvolvido, e depois tem um laboratório de aplicação mesmo.

A Wacker tem um centro técnico no Brasil?

Como funciona o Wacker Academy?

Sim, porém para várias borrachas não temos equipamento específico. A área de borracha é muito específica. Teríamos que ter equipamentos como prensas, reômetro, cilindro misturador, específicos para borracha. Nós temos em nosso laboratório vários equipamentos, mas generalistas. Para

É o centro técnico. Nele, na amplitude total, além do Wacker Academy, é feita também a parte interna, desenvolvimento, informação de aplicações. O Wacker Academy é isso: abrir o laboratório da Wacker para o cliente poder vir, poder aprender com a Wacker ou trocar informações.

Está sendo bem usado pelos clientes brasileiros? Há muito movimento no laboratório, principalmente na área de construção. Porque nesta área os clientes precisam de muita informação. O mercado de borracha já tem laboratório próprio, 90% das empresas têm laboratório, fazem os seus testes, tem tudo. Tem o químico... O cliente já domina a matéria-prima que ele usa. Já o cliente de construção precisa de uma empresa que formule para ele, por exemplo, uma argamassa colante. Imaginamos as grandes construtoras com grandes estruturas, mas existem as outras... Várias. E elas precisam de empresas que formulem a argamassa. Mesmo as grandes precisam. A argamassa varia muito. Depende do substrato, onde vai colar, onde vai ficar, e onde está a empresa que está fabricando, a areia que formula, o concreto. FÁBRICA DA WACKER NA ALEMANHA

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ABTB

15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha

A Inovação do Evento Técnico foi um sucesso Nos dias 23 a 24 de Abril de 2014 a ABTB-Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha realizou o 15º Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha.

Abertura do Congresso com Henrique O. Brito Presidente ABTB

O evento, que contou com 264 Congressistas, 50 Palestrantes, 5 Painelistas, 16 Patrocinadores e 3 Entidades Apoiadoras, se destacou pela organização, inovação e qualidade das palestras com maior perfil tecnológico e científico, obtendo 89% de avaliação ótimo ou bom. A seguir, o resultado detalhado da pesquisa de opinião. • 100% de avaliação boa ou ótimo para a recepção • 89% das pessoas pesquisadas consideraram o Congresso ótimo ou bom • 75% das palestras avaliadas como ótimas ou boas 63% consideraram as palestras técnicas e inovadoras

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Foram apresentadas as seguintes palestras:

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ABTB

Congressistas:

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Profº Robert Schuster

Diretor ABTB, Congressitas RJ, RS e SC

Família Melo - SC e diretoria ABTB

Tiago e Marco -UNIQUE e Luciana – Acmos

Sérgio Braga - GS-SC e Edilson - Polimertec-SC

Werlesson Buzzi, Amauri e Guilherme Luzzani, WOLF BORRACHAAtual - 19


ABTB

Em agradecimento aos mediadores do congresso, patrocinadores e apoiadores diretos na seleção dos trabalhos, a diretoria da ABTB ofereceu um jantar de confraternização, no dia 22 de Abril, no hotel Novotel/SP. Compareceram também Antonio Carlos Spalletta (diretor da Borracha Atual – apoio de mídia), Victor Dvoskin (diretor da SLTC – apoio institucional), Gilberto Brocco (diretor do Sinborsul – apoio institucional).

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“Projeto Universidade da ABTB” “O Projeto Universidade da ABTB possibilitou a apresentação de trabalhos universitários e acadêmicos, onde foram apresentados seis trabalhos de alunos bolsistas de mestrado e doutorado de diversas universidades brasileiras (UERJ, UFRJ e UCS) incentivando a nova geração de borracheiros a participarem do congresso, através de pôsteres e isentando o pagamento da sua inscrição para assistir toda a programação do evento.“

Opiniões sobre o evento:

Mônica Fernandes – LANXESS Paulo Garbelotto – Solvay Rhodia

“Fiquei agradavelmente surpreso com a evolução tecnológica exposta durante o congresso, com o excelente nível das palestras, e feliz em poder encontrar aqui no Brasil com colegas pesquisadores e especialistas na Tecnologia da Borracha. Foi um grande prazer participar deste evento da ABTB, conte sempre com a Pirelli.” Argemiro Costa - Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento - Pirelli “A ABTB está de parabéns pela organização do Congresso, que levou apresentações relevantes e de alto nível ao público participante, garantindo a satisfação dos congressistas e valorizando as empresas que apoiaram e vincularam suas marcas ao evento.” Felipe Arnold – Marketing - Unique Profº Robert Schuster “Estimados ABTB Fue muy grato presenciar las ponencias de los Congresistas en la ABTB y recorrer la EXPOBOR 2014.” Raúl García - Ingeniero de Producto - Dunlop Argentina

Theo Al – Cabot

“Gostaria de parabenizar a todos que participaram da criação e gerenciamento do 15º Congresso da ABTB. A cada ano essas pessoas se superam e esse sem dúvida foi um dos mais bem organizados que vi em todos esses anos que participo (desde o primeiro). Parabenizo também todas as pessoas que participaram no suporte desse evento voluntariamente, selecionando palestras, julgando e elaborando todo o material de suporte.” Luis Tormento – Diretor - LT Químicos “As pessoas que fizeram parte da organização merecem sempre um agradecimento pelo esforço dispensado para atingir os objetivos, em especial a aquelas que ficam por trás dos diretores que não aparecem tanto ao público.” Marcelo Eduardo da Silva – Diretor - Flexlab Consultoria

Leandro Auricchio – Auriquímica Dariusz M. Bielinsk – Lodz

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ABTB “Comprimento vocês pela organização, pelo empenho e pela atmosfera cordial que caracterizou o evento. Não me manifestei pelo fórum, mas endosso as opiniões do fórum. Valeu a pena todo o esforço de trazer alguns palestrantes internacionais e de integrar pesquisadores e alunos de Universidades, assim como todo o empenho da Comissão Organizadora em conscientizar profissionais de empresas em tornar as suas palestras mais técnicas do que comerciais. O resultado apareceu. Muitos comentários pelos corredores e pelas salas sobre o alto nível das palestras.” Professora Dra. Marly Antonia Jacobi - Instituto de química - UFRGS Dr. Ulrich Giese

Dr. Argemiro Costa - Pirelli

Márcia Oliveira – Nitriflex e Miguel Rovesta – Triaac

“Concordo, o Congresso foi um sucesso!, ao menos com todos que falei, foi muito importante termos agregado as palestras dos especialistas internacionais e das Universidades, foi o grande diferencial das outras edições. Parabéns pela excelente condução técnica das palestras! Parabéns, também, aos demais que colaboraram de forma direta ou indiretamente. Só quem atua neste tipo de atividade sabe que a colaboração de todos, por menor que seja, sempre é importante!” Viviane Lovison - Gerente de Operações - Centro Tecnológico de Polímeros

SENAI-CETEPO

“Gostaria de parabenizá-los pela organização do Congresso, seguindo os meus agradecimentos pela consideração ao nosso trabalho.” Professora Dra. Regina Célia Reis Nunes - Instituto de Macromoléculas IMA/UFRJ

Amauri Gentil - GM e Miguel Rovesta – Triaac

Profª Marly Jacobi

Evandro Falaguasta Arkema 22- BORRACHAAtual

“Em minha opinião o 15º Congresso da ABTB cumpriu seu objetivo, promovendo a apresentação e discussão de assuntos muito relevantes no cenário nacional e mundial da borracha, porém os Congressos e encontros técnicos não dependem somente de bons trabalhos e profissionais engajados na apresentação e organização, mas principalmente do interesse do público-alvo, empresas, profissionais e técnicos do setor. Assim, esperamos que a cada evento, um maior número de empresas e profissionais participem, buscando aperfeiçoamento e desenvolvimento do setor, prestigiando o bom trabalho desenvolvido pela ABTB no segmento brasileiro da borracha.” Evandro Falaguasta - Sales Development Manager - Arkema “First of all I would like to thank The Organizing Committee for inviting me to take part in the 15th Brasilian Congress on Rubber Technology. I am impressed by the quality of its organisation.


Everything was on time and according to the programme. Keeping timing of presentations should be very much appreciated. The scientific level was also high. Apart very basic, but of course very interesting and well presented lectures,I caught some ideas, which have inspired me to start research in new directions, concerning e.g. new approach to elastomer-filler interactions by polymer functionalization, new generation of plasticizers at the same time playing the role of a compatibilizer or application of ionizing radiation to regeneration of rubber. “ Prof. Dariusz M. Bielinski - Eng. Institute of Polymer & Dye Technology - Lodz University of Technology Mason V. Myers – Lord FICHA TÉCNICA

Profª Regina Célia

COMITÊS ORGANIZADORES DO 15º CONGRESSO DE TECNOLOGIA DA BORRACHA COORDENAÇÃO GERAL Henrique de Oliveira Brito, Fernando Genova e Marcos Carpeggiani. COMITÊ TÉCNICO André Mautone, Antonio Demattê e Jorge Battastini. COMITÊ ADMINISTRATIVO Lucas Leonardo, Eduardo Clauson e Giselle Margonar. Jordão Gheller – SENAI CETEPO COMITÊ COMUNICAÇÃO E MARKETING Cleber Fernandes, Miguel Rovesta e Núbia Leonardo. COMITÊ CONSULTIVO DO CONGRESSO: Quim. André Hamerski (Borrachas Vipal S.A), Dra. Janaina da Silva Crespo (Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, UCS), MS Marcelo Eduardo da Silva (Flexlab Consultoria e treinamento Ltda), Dra. Marly Antonia Jacobi (Instituto de química, UFRGS), Dra. Mônica Romero Santos Fernandes (LATAM -Lanxess), Dra. Regina Célia Reis Nunes (IMA, UFRJ), Quim. Viviane Meyer Hammel Lovison (CETEPO, SENAI). MEDIADORES: Amauri Pontes (Borrachas Wolf), Antonio Demattê (Solvay), Dariusz Bielinski (Lodz University), Eder da Silva (Unique), Edgar Citrinite (Cabot), Guilherme Bruneto (Solvay), Janaina Crespo (UCS), Jordao Gheller (SENAI/CETEPO), Jose Azevedo (Birla Carbon), Jussara Marciglia (Fragon), Marcos Carpeggiani (Zanaflex), Marly Jacobi (UFRGS), Miguel Rovesta (Seriac), Monica Fernandes (Lanxess), Orlando Pavan (GMSM), Regina Celia (IMAUFRJ), Renan Ozelo (Pirelli), Tatiana Rocha (Unisinos). PALESTRANTES CONVIDADOS: Dr.Robert Schuster (Ex-Managing Director DIK - Alemanha), Dr. Ulrich Giese (Managing Director of DIK-Alemanha), Dr. Dariusz Bielinski (Lodz University of Technology-Polônia) e Dr. Argemiro Costa (Gerente P&D Pirelli Pneus-Brasil).

Marcos Rufato – Chem-Trend

Camila Taliotto - Vipal

Richard Jorkasky – Kobelco e Marcos Carpeggiani – Zanaflex BORRACHAAtual - 23


ABTB DIRETORIA EXECUTIVA ABTB - BIÊNIO 2014/2016

Diretor Presidente Henrique de Oliveira Brito Diretor Vice Presidente Fernando Genova Antonio Demattê – Solvay Rhodia

Diretor Tesoureiro Lucas Leonardo Suplente Eduardo Clauson Diretor Administrativo Cleber Fernandes Pereira Suplente Edgar Citrinite Diretor Cultural Antonio Roberto Demattê Suplente Miguel Fernando Rovesta

Marcos Milheiro – Birla Carbon

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GERÊNCIA REGIONAL SUL Gerência Executiva Viviane Meyer Hammel Lovison Gerência Administrativa Sul André Mello Guimarães Mautone Gerência Cultural Sul Jorge Battastini Contato pelos telefones ABTB Nacional (11) 5589-8713 ou ABTB Regional Sul (51) 3589-6673 ou pelos e-mails abtb@abtb.com.br ou abtb_ regionalsul@abtb.com.br www.abtb.com.br Hotsite do congresso/2014 www.congressoabtb.com.br


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Notícias

AGRISHOW 2014 VOLUME DE NEGÓCIOS CHEGA PERTO DOS R$ 3 BILHÕES

A Agrishow 2014 – 21ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, realizada em Ribeirão Preto, São Paulo, recebeu uma visitação de mais de 160 mil pessoas, gerando negócios que devem chegar a R$ 2,7 bilhões, superando os R$ 2,6 bilhões registrados na edição do ano passado. Ambos os números superam os registrados na edição do ano passado da feira, que teve 152 mil visitantes e negócios da ordem de R$ 2,6 bilhões. É idealizada pelas principais entidades ligadas, direta e indiretamente, ao agronegócio brasileiro, como Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos, Faesp – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e SRB - Sociedade Rural Brasileira. A Agrishow é organizada pela BTS Informa. “Os números ainda serão confirmados nos próximos dias, mas estamos confiantes de que atingiremos R$ 2,7 bilhões. Apesar de todas as adversidades, como a crise pela qual passa o setor sucroenergético, os problemas

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climáticos que causaram perdas de safra em alguns locais e ainda um cenário de incertezas por conta das eleições, foi uma surpresa termos superado o volume de negócios do ano passado. O que ouvimos dos expositores é que o número de máquinas vendidas foi menor, porém foram comercializadas máquinas de maior valor agregado, o que possibilitou o aumento o faturamento”, explicou o presidente da Agrishow, Maurilio Biagi Filho, em coletiva de imprensa. Além do aumento do número de visitantes, Biagi destacou as melhorias de infraestrutura realizadas nesta edição, como recuperação de poços artesianos, reparos em tubulações, reservatório de água, início do asfaltamento de algumas vias internas da feira, ampliação e mudança de layout do estacionamento, novo sistema de credenciamento eletrônico e convites impressos que agilizaram a entrada do público. Essas melhorias serão aprimoradas em 2015 com o Plano Diretor, que já foi aprovado este ano. Para ele, além do aspecto financeiro, a Agrishow deste ano teve um ganho político significativo ao ter sido visitada pelos principais pré-candidatos à presidência e governo do estado de São Paulo.


Destaques & Novidades PIRELLI lança linha de pneus de alta flutuação A Pirelli anunciou, em entrevista coletiva na Agrishow 2014, uma programação de investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão até 2017. A maior parte dos recursos será aplicada na ampliação da rede de distribuidores e na construção de uma unidade produtiva dentro da futura fábrica da Fiat, em Pernambuco. Durante a coletiva, a diretoria da empresa também deu detalhes sobre a nova linha de pneus que chegará ao mercado a partir do ano que vem. “Estamos apresentando um produto novo que auxiliará os agricultores na próxima colheita. O nosso principal objetivo é propor soluções que otimizem as condições de trabalho, como produtos de última geração e tecnologia avançada, favorecendo o crescimento do setor agrícola sul-americano”, afirmou Giovanni Pomati, diretor mundial da unidade de negócios de pneus de caminhão da Pirelli. Os novos pneus radiais de alta flutuação são destinados para transbordo de cana-de-açúcar. Em termos de lançamentos destacam-se os novos pneus radiais de alta flutuação destinados para transbordo de cana-de-açúcar. Complementando a gama de produtos agrícolas da Pirelli, o HF85 tem como diferencial a tecnologia voltada para compostos radiais, diferente da já conhecida linha HF75. Entre as principais características dos produtos, destacam-se o alto índice de carga, a baixa compactação do solo, a baixa rumorosidade e a capacidade de autolimpeza. A Pirelli desenvolveu esta nova linha de pneus com foco na safra de 2015. “Estamos apresentando um produto novo que irá auxiliar os agricultores

na próxima colheita. O nosso principal objetivo é propor soluções que otimizem as condições de trabalho, com produtos de última geração e tecnologia avançada, favorecendo o crescimento do setor agrícola sul-americano”, afirma Giovanni Pomati, diretor mundial da unidade de negócios de pneus de caminhão da Pirelli.

MICHELIN apresenta o maior pneu para tratores do mundo A Michelin apresentou, pela primeira vez no Brasil, o maior pneu para tratores do mundo durante a 21ª Agrishow, de 28 de abril a 02 de maio, em Ribeirão Preto (SP). Desenvolvido para máquinas agrícolas de forte potência, de 250 CV a mais de 450 CV, o MICHELIN AxioBib possui a inovadora tecnologia Ultraflex, presente nos pneus do segmento agrícola da empresa, que permite às máquinas carregar a mesma quantidade de carga, com menores níveis de pressão nos pneus - ou cargas mais pesadas com a mesma pressão. Único pneu com a denominação IF (Increased Flexion - que em português significa “Flexão Aumentada” ou “Maior Flexão”), estabelecida pela Tire and Rim Association dos Estados Unidos, o MICHELIN AxioBib oferece uma melhor tração e uma menor resistência à rodagem. Isto significa, para o cliente, um ganho de produtividade: tempo trabalhado e economia de combustível. Além disso, a solução Ultraflex permite carregar 20% a mais de carga. A tecnologia ainda oferece 22% a mais de aderência quando comparado a pneus radiais padrões, proporcionando máximo contato com a superfície, além de diminuir a compactação do solo, garantindo melhores resultados no campo.

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Notícias

TITAN PNEUS anuncia investimentos de US$ 25 milhões em expansão da produção A Titan Pneus, empresa americana que atua no Brasil há três anos, investirá US$ 25 milhões num plano de expansão e no desenvolvimento de novos produtos. O anúncio foi feito pela empresa em entrevista coletiva na Agrishow 2014. “Os investimentos concentram-se no aumento da capacidade de produção e na modernização do parque industrial. Novos equipamentos, prensas e moldes garantirão um maior ganho em escala e o lançamento de novas linhas que complementem o portfólio de todas as marcas produzidas pela Titan no Brasil”, relatou Luiz Marthe, diretor de Vendas e Marketing para a América Latina. No Brasil, a Titan produz e comercializa para o país e também para o mercado da América Latina pneus das marcas Goodyear Farm Tires, Goodyear (Florestal e Ônibus e Caminhões / convencionais), Titan OTR (fora de estrada) e Titan (industrial).

GOODYEAR lança pneu que permite transportar até 15 mil toneladas adicionais de cana A Goodyear apresentou na Agrishow 2014 os novos modelos de pneus G686 PLUS e G677 MSD PLUS, de uso misto, que possibilitam ao produtor de cana transportar até 15 mil toneladas de carga adicionais. Os novos produtos foram desenvolvidos com base numa pesquisa encomendada pela Goodyear, envolvendo 500 empresas e que exigiu um ano de estudo. “Os lançamentos são, na verdade, resultados de um esforço de investimento na nossa fábrica de Americana (SP) que foi iniciado há alguns anos e deverá estar concluído

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agora em 2014”, informou Fabio Garcia, gerente sênior de marketing da Goodyear, em entrevista coletiva realizada durante a Agrishow 2014. No total, o investimento alcançou a marca de US$ 240 milhões.

VIPAL apresenta soluções para o agronegócio Entender as necessidades do homem do campo para, assim, fornecer produtos que atendam as particularidades do público agricultor. Esse é o mote que a Vipal Borrachas levou para Agrishow 2014 ao apresentar o que tem de melhor em soluções voltadas para o agronegócio. O evento, que aconteceu em Ribeirão Preto (SP), chega a sua 21ª edição reconhecida como a maior e mais completa feira de tecnologia agrícola da América Latina. Por isso, a Vipal não poderia deixar de marcar presença, já que o agronegócio é um dos principais setores consumidores de seus produtos. O atual momento é de expansão do mercado agrícola, fato que exige, cada vez mais, produtos e equipamentos que contemplem as necessidades desse público. Em 2013, a produção de pneus desse segmento acompanhou o crescimento das safras, se expandindo em 11,6%. O aumento mais expressivo no mercado de pneus no país ocorreu nos segmentos de carga (+15,7%) e camionetas (+23,1%), devido, entre outros fatores, às boas safras agrícolas. Já o mercado de reposição cresceu 13%, passando de 30,53 para 34,49 milhões de pneus em 2013 de acordo com os dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) do mesmo período do ano anterior. Ou seja, para um mercado em plena expansão, se faz necessária a alta qualidade dos produtos de uma empresa


líder na América Latina e uma das mais importantes fabricantes mundiais de produtos para reforma de pneus, como a Vipal.

VALTRA lança 18 equipamentos A Valtra aproveitou para apresentar quase duas dezenas de novidades, entre tratores cabinados da Série A, o trator de esteira Challenger MT775E e a Colheitadeira BC 8800. O visitante que passar pelo estande da marca durante a feira poderá conferir, de uma só vez, 18 lançamentos, envolvendo as linhas de tratores, colheitadeiras, pulverizadores, implementos e agricultura de precisão. “A Agrishow é uma feira de relacionamento e de grandes negócios, na qual lançamos produtos que foram desenvolvidos com tecnologia de última geração. Neste ano temos uma boa expectativa em relação ao setor de grãos, que está vivendo uma situação bastante interessante”, afirmou Paulo Beraldi, diretor comercial da empresa, em coletiva realizada na feira.

JOHN DEERE mostra pulverizador específico para o setor canavieiro Dentre quase cem produtos levados para a Agrishow 2014, a John Deere apresentou ao público uma linha de pulverizadores específica para o setor canavieiro e a nova Série S de colheitadeiras. Segundo Celso Schwengber, diretor de Vendas para a América Latina, todos os anos, a empresa leva à Agrishow novidades que vão ao encontro das necessidades do agricultor. “Passamos por um momento de grande crescimento no Brasil, fruto de importantes investimentos em fábricas, em tecnologia e em uma sólida rede de concessionários e distribuidores”, afirmou o executivo.

Entre os lançamentos apresentados na feira, o grande destaque da John Deere é a Série S de colheitadeiras. Com os modelos S540, S550, S660, S670 e S680, a nova Série S teve todos os componentes e sistemas projetados para ampliar o desempenho da máquina e a capacidade de colheita, reduzindo o consumo de combustível em até 17% e aumentando a produtividade em até 15% com relação às similares. A eficiência do operador também aumentou, em razão de cabines mais modernas e 30% maiores.

Enfardadora gigante para cana é lançada pela NEW HOLLAND Na edição deste ano da Agrishow, a New Holland mostrou uma nova família de tratores e a BigBaler 1290, uma enfardadora gigante para o segmento de cana. Os fardos da BigBaler possuem seção de 120 x 90 cm podendo chegar a 2,50 m de comprimento. Ela é indicada para o mercado de biomassa, grandes produtores e frotistas. Segundo a empresa, com a nova enfardadora, o produtor consegue aumentar em até 20% sua capacidade de enfardamento.

Para o vice-presidente da New Holland para a América Latina, Alessandro Maritano, a estratégia da marca está na renovação de duas linhas de tratores em 2014 no portfólio de maquinário – modelos T6 e T7. “Estamos apostando na agricultura do país, ampliando nossa linha de máquinas e equipamentos que são fundamentais para o avanço da agricultura nos países latinos. Alinhados a isso, os produtores também investem em tecnologia de ponta e conforto para atuar na lavoura. Portanto, para a Agrishow, trouxemos duas linhas de tratores com modelos novos de potência intermediária”, afirmou ele.

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Notícias

EMPRESA HOLANDESA lança bioinseticida para controle da helicoverpa A empresa holandesa Koppert Biological Systems lançou, na Agrishow 2014, o inseticida biológico Diplomata, produto que tem como princípio ativo o vírus núcleo – poliédrico Helicoverpa armigera, e que começa a ser importado e distribuído no Brasil. “Além das perdas econômicas, cada vez mais as pragas e doenças estão ficando tolerantes e resistentes aos defensivos convencionais. Temos uma tecnologia exclusiva para os produtores, que minimiza o impacto ambiental, conserva a biodiversidade local e combate efetivamente as pragas”, informou o diretor industrial da Koppert do Brasil, Danilo Pedrazzoli. O diretor informou também que a formulação do novo produto contém somente aditivos de grau alimentício, portanto sem efeito tóxico após sua aplicação. O bioinseticida preserva os inimigos naturais devido à sua especificidade, ou seja, não altera o ecossistema. Espécies aquáticas, pássaros e mamíferos não são afetados. Segundo os diretores da empresa, no entanto, não será possível atender todo o Brasil, uma vez que o produto tem de ser mantido refrigerado, o que acaba sendo uma limitante.

Case lança a maior colheitadeira fabricada no país A Case IH apresentou na Agrishow 2014, realizada em Ribeirão Preto, a Axial-Flow 9230, a maior colheitadeira em capacidade produtiva de fabricação nacional e única classe 9 do mercado, e os modelos Axial-Flow 8230 e 7230, que são atualizações dos modelos AxialFlow 8120 e 7120. Em entrevista coletiva promovida na feira, Felipe Dantas, da área de colheitadeiras de grãos da Case IH para América Latina, disse que o

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lançamento agrega qualidades, como potência, economia operacional, maior produtividade. A principal característica das colheitadeiras Axial-flow é que a massa colhida é introduzida ao sistema de debulha em movimento espiral, com um cone de transição, garantindo um processamento suave, uma maior produtividade e um menor dano mecânico e latente aos grãos colhidos. O sistema conta também com toda a versatilidade que possibilita adequar a máquina para alcançar o melhor desempenho em diferentes tipos de cultura e condições de colheita, aumentando a confiabilidade do equipamento.

MASSEY apresenta novo sistema de atendimento para agricultura de precisão Um atendimento telefônico que funciona das 4 às 23 horas durante os sete dias da semana para esclarecer dúvidas, de forma personalizada, sobre ajustes operacionais nos equipamentos da empresa voltados para a aplicação da agricultura de precisão é uma das novidades apresentadas pela Massey Ferguson. Denominado de Fuse Contact Center, o sistema de conectividade, lançado oficialmente na Agrishow 2014, integra equipamentos, equipe técnica e serviços especializados no atendimento ao cliente. A AGCO, detentora da marca Massey Ferguson, irá investir R$ 8 milhões até 2016, quando o uso do novo conceito estará completamente implantado. Para Jack Torretta, diretor de Produtos da AGCO, o momento vivido pela agricultura no Brasil, em que o produtor precisa elevar a produtividade sem aumentar a área plantada, exige cada vez mais o uso de tecnologia aplicada no campo. “A Fuse Technologies vai fazer com que os clientes Massey Ferguson tirem maior


proveito da agricultura de precisão, como redução de custos de produção, maior eficiência e rentabilidade. Desta forma, a marca oferece não só produtos com alta tecnologia agregada, mas soluções para todas as etapas do ciclo produtivo”, afirmou Torretta, em entrevista coletiva na Agrishow 2014.

exemplo, é ideal para o transporte de grãos, em composição do tipo bitrem. Com potência e toques altos, o modelo aumenta a produtividade de transporte, já que consegue, segundo a empresa, manter uma velocidade média alta.

TOYOTA estima crescimento de 30% sobre 2013 Participando pelo décimo ano consecutivo da Agrishow, a Toyota planeja alcançar um crescimento de 30% em suas vendas na feira em relação ao ano anterior. “Nossa expectativa de vendas para as linhas Hilux e SW4 durante o período do evento é de 300 unidades”, informou, em entrevista coletiva na Agrishow 2014, Felipe Doho, gerente de produtos médios da Toyota.

VOLVO destaca caminhões com capacidade 26% maior Com uma nova linha de caminhões vm 8x2, colocada no mercado a partir deste ano, a Volvo completa sua oferta de veículos destinados à cadeia do agronegócio. Os veículos da nova linha, segundo a empresa, transportam um adicional de 5 mil kg de carga líquida, capacidade 26% maior do que os demais modelos da mesma categoria. “Na prática, esta configuração representa um ganho de uma viagem em cada quatro realizadas”, afirmou, em entrevista coletiva na Agrishow 2014, Omar Simonetto, gerente de caminhões da Volvo. Segundo o executivo, além da linha VM, a Volvo apresenta ainda na feira os modelos da linha F, que são ideais para composição de bitrem, rodotrem e carreta de três eixos normais ou espaças (vanderleia). O FH460, por

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Notas de Pneus Goodyear apresenta linha de pneus e tecnologia exclusiva na M&T Peças e Serviços Na recente M&T Peças e Serviços a Goodyear exibiu toda a linha de pneus fora de estrada, além de mostrar seus avanços tecnológicos. Em destaque no estande, foram expostos os pneus RL-5K para carregadeiras, RL-5S para equipamentos de minas subterrâneas, RM-4A+ e RT-4A+ para caminhões rígidos. “Contamos com uma linha completa de pneus com construção radial e diagonal que atendem todos os segmentos do mercado de pneus fora de estrada”, conta Fabio Garcia, gerente sênior de marketing para pneus comerciais da Goodyear Brasil. Pronta para suprir o mercado, a Goodyear tem suas fábricas estrategicamente localizadas para o fornecimento mundial da marca. Os pneus Goodyear são desenvolvidos com alta tecnologia de construção de carcaça e compostos de borracha para resistir às mais severas condições de operação. Assim, a empresa ainda mostra sua inovadora tecnologia Hi-Stability, onde a estrutura do pneu é reforçada proporcionando resistência superior e maior estabilidade em carregadeiras e caminhões articulados. Características dos principais produtos: RL-5K: Desenvolvido para equipar carregadeiras de pequeno, médio e grande porte que operam com velocidade de até 10km/h. Este modelo de pneu possui a tecnologia Hi-Stability, onde a estrutura do pneu é reforçada proporcionando resistência superior e maior estabilidade. A banda de rodagem do RL-5K foi desenvolvida com composto de borracha de altíssima resistência a cortes e perfurações, e desenho com blocos profundos que proporcionam excelente tração e autolimpeza. Ele possui excelente rendimento em condições severas de carregamento e alto torque. Disponível do aro 20 ao 45 em diversas medidas. GP-4D: Desenvolvido para equipar carregadeiras e caminhões articulados que operam com velocidade de até 50km/h. Este pneu possui a tecnologia Hi-Stability, onde a estrutura do pneu é reforçada proporcionando resistência superior e maior estabilidade. Desenvolvido com composto de borracha com resistência superior a cortes e perfurações. Possui desenho em blocos que proporcionam excelente tração e autolimpeza. Disponível nos aros 25 e 29 em 6 medidas diferentes. GT-4A: Desenvolvido para equipar caminhões articulados que operam com velocidade de até 50km/h. Este pneu possui dois compostos especiais de borracha para aplicação em operações de superfície e também em minas subterrâneas. Disponível no tamanho 29.5R25. RM-4A+/4B+: Especialmente desenvolvido para caminhões rígidos de grande porte que operam com velocidade de até 50km/h. Esse produto entrega excelente tração, dirigibilidade, economia de combustível 32- BORRACHAAtual

e suporta cargas elevadas. Sua banda de rodagem possui um composto especial para suportar as mais altas temperaturas. Disponível nos aros 49, 51, 57 e 63. RT-4A+: Desenvolvido para equipar caminhões rígidos de médio e grande porte que operam com velocidade de até 50km/h. Desenvolvido com blocos agressivos que proporcionam excelente tração, durabilidade em qualquer tipo de terreno. A banda de rodagem foi desenvolvida com um composto especial que suporta altas temperaturas. Possui construção reforçada que garante alta durabilidade e recapabilidade da carcaça. Disponível nos aros 33, 35 e 49.

Titan Pneus lança primeiro radial fora de estrada produzido no Brasil A Titan Pneus participou da M&T Peças e Serviços – 2ª Feira e Congresso de Tecnologia e Gestão de Equipamentos para Construção e Mineração –, de 3 a 6 de junho, apresentando as novas tecnologias que passam a integrar o portfólio da marca em 2014. Como principal lançamento, a empresa mostrou o primeiro pneu radial fora de estrada produzido no Brasil, homologado para equipar as pás carregadeiras 966H e 972H da Caterpillar. Desenvolvido para máquinas de médio porte, o lançamento radial LDR250 proporciona excelente tração com profundidade extra. Para garantir mais resistência a perfurações e horas trabalhadas para serviços de média/ alta severidade, o modelo é construído com duplo talão e amarrações do tipo “aero-tie-in”, cintas amortecedoras em aramida, além do desenho de rodagem extra profundo. Outra novidade apresentada foi a ampliação da linha de pneus diagonais ND LCM, nas medidas 20.5-25, com capacidade de carga de 16 e 24 lonas, e 29.5-25, com capacidade de carga de 28 e 34 lonas. O Titan ND LCM apresenta excelente estrutura de carcaça, assegurando maior resistência a cortes. Outra vantagem é o desenho da banda de rodagem não direcional, com barras transversais espaçadas no centro, que proporcionam excelente tração e estabilidade lateral. Essa linha é homologada pelas montadoras Hyundai, John Deere e Manitowoc para equipamentos originais. “Seguimos ampliando nosso portfólio em sintonia com as demandas exigidas pelo mercado, investindo em


Metzeler ME888 é apresentado na Megacycle

novos modelos e medidas, e atuando nos diversos setores importantes deste segmento”, afirma o líder de vendas OTR, Vagner Fernandes. “Para o mercado de reposição, focamos na formação de parcerias que estejam alinhadas e comprometidas com os resultados, investindo na capacitação técnica desses parceiros para melhorar ainda mais os atendimentos pré e pós-venda”, conclui. Para o mercado OTR, a Titan é fornecedor homologado pelas montadoras JCB e CNH.

A linha ME 888 Marathon Ultra, herdeira da renomada ME 880 Marathon, da Metzeler, foi um dos destaques da última Megacycle, importante feira do setor de motos, realizada em maio em duas edições - a primeira entre os dias 10 a 13 de abril, em São Lourenço (MG), e a segunda do dia 29 de maio a 1º de junho, em Poços de Caldas (MG). No desenvolvimento destes novos pneus buscou-se o aumento de quilometragem, que se integra às qualidades do antecessor ME 880 Marathon: estabilidade, aderência, agilidade e extremo conforto. Os polímeros escolhidos para a nova linha são mais resistentes à abrasão e, portanto, garantem o aumento de quilometragem. Além disso, a seleção de resinas apropriadas permite que a adesão ao solo continue eficiente mesmo em pisos molhados. As características do ME 888 Marathon Ultra englobam uma geometria diferenciada nos compostos e a redução da deformação da banda de rodagem, garantindo a uniformidade da pressão de contato e menor geração de calor. A nova linha também tem um padrão de tramas mais sólido e menor área de contato com o piso, reduzindo assim a transmissão de forças de estresse da banda de rodagem nas correias e camadas da carcaça, e também

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Notas de Pneus proporciona uma melhor drenagem da água para prevenir a aquaplanagem e dar mais segurança ao condutor. Além das principais medidas do segmento Custom, também foi exposta no estande da fabricante alemã a medida dianteira de 23 polegadas, sem precedentes na gama de produtos da Metzeler. Esta nova medida é voltada para todos aqueles que desejam transformar suas motocicletas em baggers (que consiste em customização da carenagem, do para-brisas e na substituição da roda dianteira por uma de diâmetro maior) e obter um veículo não só para viajar em estradas, mas que seja digno de exposição. Juntando-se à versão clássica, a linha ME 888 MARATHON™ inclui na versão de faixa branca 12 medidas, sendo cinco dianteiras e sete traseiras, que oferecem o mesmo desempenho das similares que não contém a faixa branca e contam ainda com um aspecto vintage, com acabamento cuidadoso. A seguir, toda a gama de pneus com as novas medidas que já estão disponíveis para o mercado brasileiro: *As outras medidas estarão disponíveis a partir do segundo semestre de 2014 Dianteiro 130/90 - 16 M/C 67H TL 130/90 - 16 M/C 67H TL Faixa Branca MT90 B 16 M/C 72H TL MT90 B 16 M/C 72H TL Faixa Branca 130/80 B17 M/C 65H TL 130/80 B 17 M/C 65H TL Faixa Branca 130/70 R 18 M/C 63H TL 110/90 - 19 M/C 57H TL 100/90 - 19 M/C 57H TL Faixa Branca MH90 - 21 M/C 54H TL MH90 - 21 M/C 54H TL Faixa Branca 130/60 B 23 M/C 65H TL Traseiro 140/90 B 15 M/C 70H TL 170/80 B 15 M/C 77H TL 170/80 B 15 M/C 77H TL Faixa Branca 130/90 B 16 M/C 73H Reinf TL 130/90 B 16 M/C 73H Reinf TL Faixa Branca 140/90 B 16 M/C Reinf 77H TL 140/90 B 16 M/C 77H Reinf TL Faixa Branca 150/80 B 16 M/C 77H Reinf TL 150/80 B 16 M/C 77H Reinf TL Faixa Branca 180/60 R 16 M/C 74H TL 180/65 B 16 M/C 81H Reinf TL 180/65 B 16 M/C 81H Reinf TL Faixa Branca MT90 B 16 M/C 74H TL MT90 B 16 M/C 74H TL Faixa Branca MU85 B 16 M/C 77H TL MU85 B 16 M/C 77H TL Faixa Branca 160/70 B 17 M/C 79V Reinf TL

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Firestone FS400 II: maior segurança no uso rodoviário A Bridgestone, detentora da marca Firestone, apresenta ao mercado um novo produto de sua linha de pneumáticos para caminhões e ônibus: o Firestone FS400 II, um pneu radial sem câmara para todas as posições. O produto possui, além de excelente desempenho quilométrico, ombros arredondados, que minimizam o desgaste irregular por arraste lateral - característica única que confere ao pneu alto potencial para aplicação em carretas. Desenvolvido para atender aos requerimentos operacionais do mercado brasileiro em eixos direcionais, livre e de tração moderada, em rodovias pavimentadas de médias e longas distâncias, o FS400 II revitaliza a linha de produtos Firestone, proporcionando excelente índice de recapabilidade, conforto, segurança ao motorista. O Firestone FS400 II está disponível na medida 275/80R22.5 e vem com o Groove Fence, tecnologia que possibilita a redução de ruído. “O FS400 II foi desenvolvido para atender as necessidades do mercado, proporcionando qualidade, conforto e segurança ao motorista. Com tecnologias de última geração, o FS400 II permite a redução de custos operacionais. Trata-se de mais um importante lançamento para o setor de cargas, que, sem dúvidas, fortalece ainda mais a marca Firestone no País”, afirma Marcos Aoki, Diretor de Vendas e Marketing da Bridgestone.

Nova banda VP401 da Vipal garante maior estabilidade para carros de passeio Uma das principais empresas do segmento de reforma de pneus no mundo, a Vipal está lançando uma nova banda para aplicação em carros de passeio e veículos comerciais de pequeno porte, a VP401. A banda chega ao mercado de forma competitiva com mais qualidade e tecnologia diferenciada proporcionando segurança aos usuários. O seu projeto de fabricação resultou em menor ruído na rodagem e, por consequência, mais estabilidade e conforto ao usuário final. Ela é mais leve que os atuais modelos encontrados no mercado, o que garante maior vida útil ao pneu: “Procuramos estar presentes em todos os segmentos, atendendo-os com nossa comprovada qualidade. Neste caso, estamos trazendo uma solução competitiva de alta tecnologia para veículos de pequeno porte”, destaca Eduardo Sacco, Gerente de Marketing da Vipal.


A VP401 é 6% mais leve que os atuais modelos encontrados no mercado, o que garante maior vida útil ao pneu. O acabamento lateral da banda é mais afinado, tornando o aspecto do pneu reformado praticamente idêntico ao de um pneu novo. Empresa apresenta duas novas bandas de rodagem na Reifen 2014 – A Vipal mostrou na Reifen 2014, um dos eventos mais importantes para o setor automotivo, realizado em Essen, Alemanha, entre os dias 27 e 30 de maio, duas novas bandas de rodagem: a VL140 e a VT190. A banda VL140 é voltada especialmente para o mercado europeu e destinada ao transporte rodoviário de carga. É para ser usada em pneus super single, mais largos e correspondentes a dois pneus de carga, reduzindo o peso e aumentando a carga útil do veículo. A banda se destaca por sua alta resistência ao desgaste por abrasão, possibilitando maior quilometragem, além da baixa resistência ao rolamento, que contribui para uma redução no consumo de combustível. Outro lançamento que a Vipal trouxe para a Reifen é a banda de rodagem VT190. Também voltada para o segmento de transporte de carga, pode ser utilizada em caminhões

pequenos e médios, micro-ônibus, camionetes e veículos comerciais leves. Seu desenho em blocos e os ombros abertos permitem um maior poder de tração e escoamento da água. O alto desempenho na lama e na neve torna a VT190 ideal também para uso nas condições climáticas de mercados como o europeu e o norte-americano.

Michelin Pilot Road 4: novo pneu para motos Sport Touring e Naked Com objetivo de oferecer o melhor pneu radial do mercado para o segmento Sport Touring, a Michelin desenvolveu o novo Pilot Road 4. Por meio do Michelin Total Performance, conceito que guia a empresa na fabricação de seus produtos, o novo pneu da quarta geração Pilot Road reforça a liderança da Michelin nas performances segurança, prazer em pilotar e durabilidade, ao mesmo tempo e sem exceção. Como resultado, o lançamento, que chegou ao mercado em maio nas versões Standart e GT,

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Notas de Pneus freia 17% mais rápido que seu principal concorrente em piso molhado, além de durar até 20% mais que seu antecessor. Show de tecnologia - Compostos e design inovadores atribuem ao Michelin Pilot Road 4 surpreendente performance. O pneu Michelin Pilot Road 4 apresenta tecnologia 2CT de duplo composto, 100% à base de sílica, que proporciona um equilíbrio perfeito entre a aderência em piso molhado e a durabilidade. Os compostos mais duros, localizados na parte central do pneu, ajudam a promover maior durabilidade, enquanto os compostos mais macios, nos ombros, proporcionam aderência extra especialmente nas curvas. Os recortes patenteados com reservatórios de água integrados, da tecnologia Michelin XST X-Sipe, proporcionam aderência excepcional em pistas molhadas. Para o pneu MICHELIN Pilot Road 4 dianteiro, a empresa desenvolveu XST+, que inclui recortes transversais para melhorar a frenagem no molhado, e acrescenta chanfros nos recortes para previnir desgaste irregular em condições extremas. Também foram desenvolvidos novos padrões de banda de rodagem, tanto para pneus dianteiros quanto traseiros, otimizando a aderência em piso seco e molhado, em todos os ângulos de inclinação, e promovendo um desgaste uniforme. Os recortes transversais no pneu dianteiro oferecem um melhor escoamento de água e proporcionam uma excelente frenagem na chuva. Os recortes longitudinais e faixas sólidas, em torno do meio do pneu traseiro, reforçam a tração, ajudando a retomar a velocidade rapidamente. Nova tecnologia 2AT, para motocicletas de classe GT - A nova tecnologia patenteada da Michelin – 2AT Duplo Ângulo – representa uma revolucionária arquitetura para pneus de motocicletas, proporcionando a rigidez necessária para motos de passeio mais pesadas e o conforto necessário para viagens mais longas. A 2AT combina elementos tanto de estrutura diagonal quanto de estrutura radial em sua fabricação, no intuito de oferecer o que há de melhor em cada tipo: a capacidade de carregar carga extra, a aderência ao asfalto em todas as condições do pneu diagonal e o prazer em pilotar do pneu radial. 36- BORRACHAAtual

Empresa reforça parceria com BMW Motorrad - A parceria da Michelin com a BMW Motorrad ganha maior amplitude com a homologação do pneu Michelin Pilot Road 4, em sua versão GT, para a nova BMW R1200 RT, a moto mais vendida de sua categoria. Com sua chegada ao mercado nacional, em maio, o novo pneu passa a equipar 40% deste modelo ao sair da fábrica. Este é mais um passo da parceria entre as duas empresas, iniciada em 2013, com o pneu Michelin Anakee III, que equipa 80% das BMW GS 1200 e 1200GS Adventure, em primeira montagem. Michelin é a nova fornecedora de pneus para o MotoGP - A Michelin será a única fornecedora de pneus do Campeonato Mundial de MotoGP a partir de 2016, conforme anunciou a Dorna Sports, promotora e organizadora da competição, com o apoio da Federação Internacional de Motociclismo (FIM). “A nossa política de transferência de tecnologias das pistas para as ruas está em total sintonia com a nova regulamentação técnica, que entrará em vigor a partir da temporada de 2016, impondo o uso de pneus de 17 polegadas”, afirma o diretor Pascal Couasnon, do Michelin Motorsport. Devido à participação das motos mais avançadas tecnologicamente, com mais d e 250 CV de potência, o Campeonato Mundial de MotoGP, apresenta um elevado nível de performances, tanto mecânicas como dinâmicas. Participam da competição os melhores pilotos do mundo, cujos desempenhos estão diretamente relacionados à confiança que possuem em seus equipamentos, especialmente, em seus pneus.


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Notas e Negócios Birla Carbon apresenta executivo de vendas para pneus

Helvio Manke

“O principal consumidor desse produto é o setor de mineração, que o utiliza em reparos de correias transportadoras e revestimentos de tanques e tubos”, afirma Helvio Manke, gerente de vendas para o mercado industrial da LORD. Entre as características do Chemlok® 6111 A/B, Manke destaca o fato de o produto dispensar as autoclaves necessárias para a cura a quente. “Dessa forma, o usuário pode fazer a aplicação no campo, reduzindo tempo e consumo de energia”, detalha. Com esse lançamento, a LORD passa a fornecer adesivos para os dois sistemas de cura. Flavio Ricardo Rodrigues e Marcelo Montesanti Fragoso A Birla Carbon, empresa do Grupo Aditya Birla, marcou presença na 11ª edição da EXPOBOR, recebendo seus clientes, parceiros e amigos. Na ocasião, além de também palestrar sobre Negro de Fumo para Bandas de Rodagem com Baixa Resistência ao Rolamento, teve a oportunidade de apresentar seu novo Coordenador de Vendas para Pneus Sr. Marcelo Montesanti Fragoso, Tecnólogo Industrial e Pós Graduado em Marketing pela ESPM, com larga experiência no setor de pneus e na indústria automotiva. Ele será responsável por Vendas e Relacionamento com as Indústrias de Pneus da América do Sul se reportando ao Vice Presidente da América do Sul - Flavio Ricardo Rodrigues. A Birla Carbon agradece a todos que prestigiaram seu stand na EXPOBOR-2014 e deseja Boas Vindas ao seu novo integrante da equipe de vendas.

LORD lança adesivo de cura a frio Líder mundial em adesivos estruturais, coatings de alta performance e sistemas para controle de vibração e ruído, a LORD lançou na Expobor, feira do setor de borracha que aconteceu entre 23 e 25 de abril em São Paulo, o Chemlok® 6111 A/B, adesivo de cura a frio – ou seja, em temperatura ambiente – para a colagem do tipo borracha/borracha ou metal/borracha.

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A empresa também reforçou na Expobor a divulgação dos adesivos ambientalmente amigáveis Chemlok® e os revestimentos especiais HPC e HRC. Empregados na adesão borracha/substratos, os adesivos Chemlok® de base aquosa não contêm solventes responsáveis pela emissão de compostos orgânicos voláteis (VOC) na atmosfera. “Respondem por 50% das vendas da LORD no Brasil, sendo que a maior parte dos negócios acontece com os Tier-1, que fornecem para as montadoras”, explica Nilson Pavani, gerente de vendas para o mercado automotivo. Os revestimentos especiais HPC e HRC melhoram o desempenho de diversos tipos de artefatos de borracha. O primeiro – sigla de High Performance Coatings – possibilita a substituição de elastômeros mais sofisticados por formulações convencionais, o que diminui o custo final do projeto. “A Petrobras, por exemplo, utiliza os revestimentos HPC para proteger algumas peças das plataformas offshore contra o ataque do ozônio”. Já a família HRC (Heat Reflective Coatings) permite que o calor por radiação seja refletido, reduzindo assim a temperatura de trabalho do artefato e, em decorrência, ampliando a sua vida útil. Nilson Pavani “Ao usar o HRC nos suportes dos escapamentos, algumas montadoras conseguiram substituir a borracha de silicone pela de EPDM, que apresenta custo menor”, ressalta.


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Notas e Negócios Synthos investe US$ 170 milhões em polibutadieno A Synthos S.A., uma das maiores produtoras de matériasprimas químicas da Polônia, esteve representada em um estande na última Expobor, evento no qual apresentou ousado plano de investimento no Brasil. Faz parte da estratégia da empresa a construção de uma fábrica em Triunfo, interior do Rio Grande do Sul, onde deverá fabricar polibutadieno com tecnologia de ponta para pneus de alta performance. Segundo Arkadiusz Haras, diretor de marketing da Synthos, “o investimento total no projeto é de 170 milhões de dólares. Serão gerados 120 empregos diretos e indiretos. Não é um investimento para agora, pois o atual momento econômico não é favorável, mas para o futuro, pois o mercado brasileiro é muito bom. Acreditamos que ele irá crescer e ficar mais exigente, adquirindo produtos com melhor tecnologia”. Haras acrescenta que o início da produção está previsto entre o final de 2016 e o início de 2017.

44 e Synteca® 63) é produzida com uma tecnologia de polimerização em solução, contendo aproximadamente 97% de estrutura de CIS. Os grados de Synteca não contêm nenhum óleo de diluição e são estabilizados por um antioxidante não-manchante. Devido à sua baixa temperatura de transição vítrea e à polidispersão, a Synteca® é preferida para pneus modernos, tendo uma baixa resistência de rolamento. O uso de pneus de borracha NdBR resultam em boa abrasão e excelente dinâmicas do pneu, reduzem o consumo de combustível, diminuindo significativamente a resistência de rolamento. A alta performance da Borracha de Neodímio Polibutadieno é adequada para compostos usados na produção de pneus de carro e de caminhão avançados, bem como diversos artigos técnicos de borracha, e devido à estabilidade do antioxidante não-manchante é adequada para a produção de artigos de borracha claros ou coloridos.

“Nossa planta no Brasil será uma cópia perfeita de nossa primeira fábrica, na República Tcheca, construída no tempo récorde de 8 meses”, informa o diretor. A capacidade de produção, segundo Haras, será de 80 mil toneladas por ano, e utilizará tecnologia avançada, da Michelin, a sua principal cliente (à frente da Pirelli, outra grande compradora dos produtos Synthos). “Pretendemos vender 80% da produção no Brasil e exportar os outros 20%”, afirma o executivo. Se houver excedente na produção, será dividido com outros clientes. “Como o processo de aprovação por parte das empresas é demorado, levando de 6 meses a um ano, no início a produção irá majoritariamente para exportação”, completa Arkadiusz Haras. Otimista com o projeto, o diretor afirma que também alguns dos principais parceiros estão definidos. “Temos um contrato de longa duração com a Braskem e com nosso fornecedor de matéria-prima”, finaliza. Amplo portfólio no setor de borracha - A Synthos nasceu da fusão de duas antigas empresas regionais de borrachas sintéticas e deu origem ao maior produtor europeu de ESBR, um polímero de butadieno e estireno, produzido por uma emulsão de polimerização fria. A oferta da empresa inclui estireno-butadieno (ESBR), nitrila (NBR), polibutadieno (NdBR) e borracha de alto estireno (HSR). Em breve, o portfólio de produtos será enriquecido com as borrachas SSBR. Em 2011, a empresa começou a produção de Borracha de Neodímio Polibutadieno (NdBR) na sua unidade de produção da República Checa (Kralupy), com uma licença Michelin. A Borracha de Neodímio Polibutadieno (Synteca® 40- BORRACHAAtual

Evonik lança site para o mercado de borracha A Evonik, uma das líderes mundiais em especialidades químicas lançou uma página na internet que reúne informações sobre produtos, serviços e tecnologias voltadas aos fabricantes de componentes de borracha. O objetivo é oferecer informação dirigida a um público específico. Esse é o objetivo da empresa ao desenvolver um novo site na internet, dedicado ao segmento de Silanos para Borrachas. A página reúne dados sobre produtos e serviços disponibilizados a fabricantes de artefatos de borracha de todos os portes. O site, que pode ser acessado no endereço evonik. com.br/rubber-silanos, com conteúdo em português, entrou no ar recentemente e conta com as seções: Sobre


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Notas e Negócios Rubber Silanos, Produto, Aplicações, Efeitos e Serviços, nas quais encontram-se informações detalhadas e úteis para formuladores de compostos de borracha e profissionais da área. O internauta também terá acesso a algumas literaturas, em inglês, a partir de um cadastro feito no próprio site. O conteúdo em português – antes disponível somente em alemão e inglês – facilita a busca por orientações e torna mais eficiente o contato com a empresa, além de demonstrar a importância do mercado nacional para os negócios da Evonik. “Queremos estar mais próximo do nosso cliente, principalmente aquele que vai se informar sobre produtos, aplicações e soluções pela internet, antes de entrar em contato conosco”, afirma Camila Pecerini, Chefe de Produto – América Latina - da área Inorganic Materials, da Evonik. “Diante do fácil acesso às informações e tecnologias pela internet, e do profundo conhecimento técnico que a Evonik possui na área, tornou-se fundamental criar mais este canal de comunicação com o cliente potencial, seja o formulador ou o comprador”, observa.

Pneu verde com sílica da Rhodia economiza combustível O uso da sílica de alta dispersabilidade da Rhodia – insumo fundamental para a produção dos pneus de eficiência energética, também conhecidos por pneus verdes – ajuda a economizar até 7% de combustível e pode ser um aliado importante para se conseguir alcançar os objetivos de redução de consumo de combustível propostos pel programa Inovar-Auto, que é de 12% entre 2013 e 2017. A sílica de alto desempenho (HDS – Highly Dispersible Sílica, em inglês), inventada pela empresa, está sendo cada vez mais empregada na produção de pneus, inclusive nas empresas instaladas no Brasil, tendo em vista os ganhos que proporciona tanto do ponto de vista econômico quanto do meio ambiente.

Também estão em estudos novos investimentos na Coréia do Sul e no Brasil, países que já possuem plantas de sílicas precipitadas. No Brasil, a planta industrial está instalada no conjunto industrial de Paulínia (SP), próxima Centro de Pesquisas da empresa, onde a empresa mantém um laboratório de desenvolvimento de aplicações. Participação da Rhodia na Expobor 2014 - Além de sua ampla gama de produtos, a Rhodia apresentou três papers técnicos no congresso, voltados para as indústrias de pneus e de artefatos de borracha, com destaque para as possibilidades de uso de sílicas em pneus de caminhões e um estudo de caso sobre sílica em pneus de motocicletas. “Como líderes de mercado e com a melhor tecnologia de sílica, estamos trabalhando forte para atender ao mercado com os melhores produtos, seguindo a tendência de aplicação de sílicas em pneus e artefatos técnicos de borracha”, explica Paulo Garbelotto, Gerente Comercial e Marketing para América Latina da área global de negócios Sílica, do grupo Solvay, ao explicar o destaque dado à sílica nesta edição da Expobor 2014 – congresso técnico e feira de exposições. “A nossa sílica é o caminho mais rápido e de menor custo de investimento para se alcançar índices importantes de redução do consumo de combustível do automóvel”, acrescenta Garbelotto. O uso da sílica de alto desempenho, comercializada pela empresa sob a marca Zeosil® em pneus aumenta em 25% a resistência ao rolamento e oferece mais 10% de aderência ao piso, o que resulta em redução de 7% de consumo de combustível e, na mesma proporção, a redução de emissões de CO2. Esses ganhos comprovados têm impulsionado o uso de sílica HDS em todo o mundo. Estudos da Rhodia indicam que a demanda por esse produto tem crescido em torno de 12% ao ano, o que tem levado à ampliação de capacidades para atender a demanda dos produtores de pneus.

O uso da sílica HDS, comercializada pela empresa sob a marca Zeosil®, aumenta em 25% a resistência do pneu ao rolamento e oferece mais 10% de aderência ao piso, o que resulta em redução de 7% de consumo de combustível e, na mesma proporção, a redução de emissões de CO2.

A Rhodia, por exemplo, está investindo em uma nova planta de sílica na Polônia, que deverá entrar em operação a partir do terceiro trimestre de 2014. Também estão em estudos novos investimentos na Coréia do Sul e no Brasil, países que já possuem plantas de sílicas precipitadas. No Brasil, a planta industrial está instalada no conjunto industrial de Paulínia (SP), próxima Centro de Pesquisas da empresa, onde a empresa mantém um laboratório de desenvolvimento de aplicações.

Estudos da Rhodia indicam que a demanda por esse produto tem crescido em torno de 12% ao ano, o que tem levado à ampliação de capacidades para atender a demanda dos produtores de pneus. A empresa está investindo em uma nova planta de sílica na Polônia, que deverá entrar em operação a partir de setembro de 2014.

Fios Industriais – Outra linha de produtos da Rhodia em destaque durante a Expobor foi a de fios industriais de poliamida e telas dipadas, desenvolvidos com tecnologia de última geração, que integra os processos de polimerização, fiação e estiragem em uma única etapa. Esses produtos apresentam características especiais,

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tais como alta adesão, resistência à fadiga, durabilidade, resistência mecânica, estabilidade dimensional, resistência térmica e alta resistência abrasiva. São empregados em diferentes mercados, com destaque para pneus e correias transportadoras, entre outros.

Deltarubber em novo endereço A Deltarubber informa que desde o dia 05/05/2014 está em novo endereço. Porém, devido à burocracia da legislação brasileira, ainda vai demorar alguns dias para que a documentação esteja totalmente regularizada no novo endereço. Portanto, até que tudo se normalize favor mudar o endereço de entrega, retiradas e de cobrança para o endereço abaixo: RUA DONA MARIA FIDÉLIS, Nº 195 PIRAPORINHA – DIADEMA CEP: 09950-350 / SP

Produtos químicos apresentam volumes negativos De acordo com apuração preliminar da Equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), os volumes do primeiro quadrimestre de 2014 exibiram recuos na comparação com mesmo período do ano passado. O índice de produção retraiu 7,41% no acumulado dos quatro primeiros meses do ano e o de vendas internas apresentou redução de 2,34%, ambos em relação a iguais meses de 2013. Na mesma base de comparação, o Consumo Aparente Nacional (CAN) – importante indicador da demanda interna por produtos químicos de uso industrial – caiu 5,6%, enquanto o volume de importações cresceu 3,8% e o de exportações caiu 13,3%. De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, esses resultados evidenciam uma conjuntura crítica, que se agravou no período recente. “Está difícil vender no mercado interno e também no externo. Toda a indústria brasileira tem perdido competitividade e não tem sido diferente com a química. Altamente dependente de matérias-primas e de alguns insumos energéticos, a química

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Notas e Negócios encontra-se em uma situação difícil de manutenção do ritmo de atividades e, para piorar o quadro, não há perspectivas de recuperação no curto prazo”, comenta. O cenário preocupante de crise energética, possibilidade de falta de água, e a ocorrência de pequenos apagões trazem insegurança e encarecem a produção do segmento, que opera em processo contínuo e não pode parar a produção abruptamente. A expectativa do final do ano passado, que era a de que 2014 apresentaria volumes semelhantes aos do ano anterior, com possível elevação de produção e de vendas, não se confirmou. Pelo contrário, os resultados estão em trajetória de declínio em relação a 2013. No que se refere às vendas internas, após a elevação atípica de 13,76% de janeiro, o índice vem apresentando quedas nos três últimos meses: -7,34% em fevereiro, -0,92% em março e -2,42% em abril. No acumulado do ano, o índice de vendas inverteu sinal, passando a exibir recuo de 2,34%, na comparação com igual período do ano passado. Na comparação com abril de 2013, o índice médio de produção caiu 13,18% em abril deste ano. O índice de utilização da capacidade instalada ficou em apenas 75% em abril, oito pontos abaixo da média registrada em igual mês do ano passado. Na média dos primeiros quatro meses, a taxa de ocupação está em 78%, quatro pontos abaixo da de igual período de 2013. Segundo Fátima Giovanna, ainda que esses resultados tenham sido impactados pela realização generalizada de paradas para manutenção, muitas delas também só aconteceram em razão de um cenário negativo de demanda. Na análise dos últimos 12 meses sobre os 12 meses imediatamente anteriores, os índices de volume são negativos, dando continuidade à tendência de queda desde julho do ano passado. Nos últimos 12 meses, a produção caiu 0,46% – contra +0,88% na comparação dos 12 meses anteriores – e as vendas internas reduziram 0,05%. Nesse mesmo período, o CAN cresceu 2,8% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. Essa taxa, no entanto, também apresenta resultados decrescentes, uma vez que na comparação dos 12 meses anteriores, a elevação era de 5,8%. O CAN analisa as variáveis produção, exportações e importações. Nesse intervalo de 12 meses, a produção caiu 0,5%, as exportações caíram 9,9% e o volume importado teve crescimento de 10,4%. “Preocupa a Abiquim o fato de esses resultados demonstrarem uma diminuição da demanda nacional por produtos químicos, o que pode também significar uma maior importação de produtos acabados. Caso isso venha a se confirmar, o Brasil pode estar desestruturando importantes cadeias produtivas que são dependentes de produtos químicos nas suas bases de produção”, alerta Fátima Giovanna.

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Dayco recebe prêmio da Ford Na categoria Reconhecimento e Desempenho (Recognition of Achievement), do Prêmio World Excellence Awards da Ford - referente a 2013, a Dayco Brasil foi uma das três empresas vencedoras. Este prêmio é destinado a fornecedores que aumentaram a satisfação dos clientes, com contribuições importantes em áreas como novas tecnologias focadas no consumidor, durabilidade e confiabilidade, responsabilidade corporativa, desenvolvimento da diversidade em seu ambiente e serviços comunitários. O prêmio foi recebido pelo CEO da Dayco, Jim Orchard, nos Estados Unidos, e segundo Eduardo Buchaim, Diretor de Vendas e Gerente Geral OE da empresa na América do Sul, “temos de ter muito orgulho por esta conquista, que é fruto do excelente suporte prestado localmente à Ford nos últimos anos em todas as áreas atinentes, bem como à impecável performance de qualidade, pontualidade e competitividade de nosso fornecimento”. Já Mark Fields, diretor de Operações da Ford, durante a premiação parabenizou todos os parceiros fornecedores que demonstram compromisso com a excelência. “Nossos fornecedores são fundamentais para o sucesso do Plano One Ford, incluindo o compromisso de acelerar o ritmo de progresso e entregar, ainda mais, grandes produtos e inovações que irão criar maior crescimento e definirão nossa empresa daqui para frente”.

Calçadistas comemoram desoneração permanente Os calçadistas brasileiros estão comemorando o anúncio de desoneração permanente da folha de pagamento da indústria. O benefício, que terminaria este ano, tem auxiliado o setor em um momento difícil tanto no mercado interno como no internacional. A avaliação é da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Segundo o presidente-executivo da entidade, Heitor Klein, o quadro negativo, que aponta para uma queda de 4,5% na produção de calçados no primeiro trimestre deste ano no comparativo com igual período de 2013, só não é pior devido à medida do Governo Federal, em vigor desde


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Notas e Negócios 2011. “A medida é de extrema importância para a indústria calçadista que, intensiva em mão de obra, terá significativa redução de custos”, avalia o executivo. Atualmente o setor calçadista gera mais de 340 mil postos de trabalho. Além do segmento, mais de 50 setores industriais são beneficiados com o anúncio. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a renúncia, em 2014, deve chegar a mais de R$ 21,6 bilhões. A medida permite que as empresas contempladas substituam o pagamento de 20% da folha de pagamentos como contribuição patronal à Previdência Social por 1% ou 2% - para a indústria calçadista a taxa é de 1% - do faturamento

um beaker, um dispositivo com proveta de vidro que permite visualizar em tempo real o consumo de combustível, que constatou a eficiência superior dos pneus Continental. O formato deste teste de eficiência de consumo de combustível, realizado ao vivo pela empresa, está baseado nos anos de experiência e nos milhares de quilômetros rodados ao redor do mundo pelos pneus da marca. A Continental tem um papel marcante no desenvolvimento de tecnologias automotivas determinantes para maior eficiência no consumo de combustível ao longo dos tempos. Em 1991, a Continental foi pioneira no lançamento de pneus de passeio “environment friendly” e, seis anos depois, também deu a partida para o desenvolvimento dos sistemas que precederam as tecnologias de veículos híbridos. O consumo de combustível, que representa atualmente o maior custo de uma frota, está diretamente relacionado com a resistência ao rolamento dos pneus quando em contato com o solo. Um pneu com menor resistência ao rolamento consome menos combustível, pois desperdiça menos energia em atrito e calor. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Transportadores de Carga e Logística (NTC & Logística), em 2013 o diesel aumentou 15%, passando de R$ 2,152 para R$ 2,475 por litro. Nos últimos dez anos, o aumento acumulado chega a mais de 40%.

Pneus da Continental vencem teste comparativo Teste realizado na pista da Test Motors na cidade de Tatuí, em São Paulo, comprovou que os pneus de carga da Continental, um dos maiores fabricantes de pneus do mundo, possibilitam uma economia de combustível de 4,46%. O comparativo foi realizado com os seus principais concorrentes no mercado brasileiro*. Foram testados os modelos Continental HSR2 SA e HDR2 na medida 295/80 R22.5. O veículo utilizado foi um caminhão Volvo FH 460, motor D13 e transmissão I-Shift de 12 velocidades. Com o piloto automático ativado e carregando 45 toneladas de areia, o caminhão rodou por cerca de 20 km na pista a uma velocidade constante de 60 km/hora. Para a mensuração do resultado foi empregado

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“A economia registrada no teste é mais do que expressiva. Basta considerar, por exemplo, um caminhão de carga que rode uma média anual de 120 mil quilômetros e o valor de R$ 2,57 para o litro do diesel. Por caminhão, a economia proporcionada pelo emprego dos pneus Continental foi de R$ 6.322,86 em um ano. Se imaginarmos uma empresa com uma frota de 100 caminhões, esse valor chega a R$ 632.286,00, o equivalente à compra de cerca de 450 pneus”, destaca Glen Carson, gerente de vendas de pneus para veículos comerciais da Continental Pneus Mercosul. O mercado de transporte de cargas é extremamente competitivo e os frotistas estão em busca de soluções capazes de auxiliá-los na obtenção de melhores resultados operacionais. “A tecnologia presente nos pneus Continental contribui de forma decisiva para a redução do consumo de combustível, item responsável pela principal despesa desse negócio. É importante lembrar que os pneus respondem pelo segundo maior investimento de uma frota. Daí a nossa filosofia de entregar produtos que contribuam efetivamente para a redução dos custos de operação”, conclui Glen Carson. Eficiência no consumo de combustível e baixa resistência ao rolamento - A busca pela redução do consumo de combustível e por menores emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera tem sido um dos grandes desafios enfrentados não apenas pelas montadoras de veículos, mas também pelos fabricantes de pneus.


A Continental vem, ao longo dos últimos anos, ampliando o seu portfolio de pneus de carga com o lançamento de modelos que se destacam por sua baixa resistência ao rolamento, o que contribui diretamente para economia de combustível, como comprovam os modelos HSR2 SA e HDR2, ambos fabricados na planta da empresa em Camaçari, na Bahia. Voltado para veículos pesados que trafegam em estradas sinuosas, com aclives e declives, em linhas regionais cobrindo médias e longas distâncias, o HSR2 SA entrega desempenho, resistência e estabilidade. Flexível, pode ser usado tanto no eixo direcional como na função de eixo livre, atendendo com igual eficiência às diferentes demandas geradas por mudanças frequentes de rotas e de superfícies, bem como de pesos e de cargas. A nova especificação do talão, que possui maior densidade de fios metálicos, diminui a chance de danos na montagem e na desmontagem. O talão mais robusto aumenta a rigidez, reduzindo deformações, diminuindo a resistência ao rolamento e proporcionando economia de combustível. O HSR2 SA agrega a tecnologia VAI (Indicador Visual de Alinhamento), um sistema inteligente que monitora e alerta o condutor para eventuais problemas na geometria do veículo. Indicadores com sinais de “+” e de “-” estão assinalados nas ranhuras da banda de rodagem. Com o uso, elas vão “desaparecendo” e alertam para situações relacionadas ao desgaste do pneu, tais como sulco remanescente de 6,5 mm, representando que ele já atingiu metade de sua vida útil, e de 3,0 mm, marca que recomenda a recapagem. Par do HSR2 SA, o HDR2 da Continental é indicado para emprego no eixo responsável pela tração, atuando como “borrachudo”, e foi desenvolvido para atender plenamente às demandas geradas por mudanças frequentes nas rotas, superfícies, pesos e cargas. O pneu oferece agilidade nas respostas e alto desempenho na tração graças aos seus numerosos e bem distribuídos blocos e ao seu ombro aberto, que minimizam possíveis desgastes irregulares. Com excepcional capacidade de autolimpeza, o HDR2 tem sulcos 2,5 mm mais profundos em relação à geração anterior, detalhe que em conjunto com o novo composto da banda de rodagem conferem maior rendimento quilométrico à primeira vida. Tanto o HSR2 SA como o HDR2 incorporam ainda outras tecnologias inovadoras como o Air Keep Inner Liner. Por possuir uma estrutura molecular mais densa, ele proporciona menor perda de ar e, consequentemente, mantém a pressão a um nível ótimo por um tempo até 50% superior em relação às tecnologias convencionais. A redução na deformação da carcaça também contribui para diminuir a resistência do pneu ao rolamento, com reflexos na economia de combustível e na menor emissão de CO2 na atmosfera, prolongando sua vida útil e seu índice de reforma. Outro destaque do HSR2 SA e do HDR2 é o pacote de cintas denominado “Triangle Belt”. Essa estrutura atribui maior rigidez no sentido longitudinal e aumenta a flexibilidade na extremidade das cintas. Isso significa menos tensão em razão da diferença de rigidez entre o ombro e a extremidade das cintas do pneu, proporcionando um desgaste homogêneo e maior vida útil. O aumento de rigidez no sentido da direção também reduz a resistência ao rolamento.

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Notas e Negócios

Vipal recebe diretor da TRIB O diretor da Tire Retread & Repair Information Bureau (TRIB), David Stevens, visitou o Brasil a convite da Vipal Borrachas. Durante sua estadia, ele participou de uma reunião entre as associações de reformadores de pneus de diversos países da América Latina. A Vipal, empresa líder na América Latina e uma das maiores fabri-cantes mundiais de produtos para a reforma de pneus, fez parte desse encontro, em que representantes de cada país apresentaram números e a realidade do segmento de reforma nas suas regiões. A TRIB é a principal entidade norte-americana do segmento de reforma de pneus. Stevens teve ainda a oportunidade de visitar as instalações da Vipal em Nova Prata, no Rio Grande do Sul, e também em Feira de Santana, na Bahia, além de estar presente na feira PneuShow-Recaufair, ocorrida em São Paulo, uma das mais importantes para o segmento na América Latina. Durante a sua passagem pelo País, Stevens agradeceu a oportunidade e se disse impressionado com o as instalações da Vipal. “Muito obrigado pelo convite para vir ao Brasil. Foi muito proveitoso ver as operações da Vipal em primeira mão. Fiquei muito impressionado com a tecnologia empregada e realmente apreciei muito. A fábrica de Feira de Santana, inaugurada em 2008, é uma das mais modernas que já conheci”, disse. As fábricas da Vipal totalizam cerca de 160 mil metros quadrados de parque fabril.

Borgwarner produz embreagem viscosa eletrônica A BorgWarner recentemente iniciou a produção da embreagem viscosa eletrônica Visctronic® em sua nova fábrica na cidade de Itatiba, SP. A tecnologia avançada da empresa possibilita controlar a velocidade da ventoinha de forma precisa, fornecendo um mecanismo mais eficiente de refrigeração. A partir dessa mudança é gerada então uma maior economia de combustível e a redução de emissões geradas por caminhões, ônibus e demais veículos com aplicação fora de estrada. Além disso, as embreagens Visctronic® oferecem mais conforto ao condutor, reduzindo o ruído, a vibração e aumentando a dirigibilidade. “Podemos dizer que é motivo de orgulho para nós que a produção em série das embreagens viscosas eletrônicas Visctronic® aconteça nas novas instalações da BorgWarner na cidade de Itatiba,SP, dando sequência aos trabalhos iniciados desde a data de inauguração “, afirma Daniel Paterra, presidente e diretor-geral do setor de Sistemas Térmicos da BorgWarner. “Com a embreagem Visctronic®, auxiliamos os fabricantes de veículos a cumprir as normas de emissões, que estão cada vez mais exigentes. Nossa nova fábrica permite produzir regionalmente estas tecnologias avançadas para nossos clientes. Além disso, nosso novo centro 48- BORRACHAAtual


de engenharia expande a rede de centros técnicos da BorgWarner, aprimorando nossa capacidade local para testes e validação”, conclui o executivo. As elevadas taxas de recirculação dos gases de escape, aliadas ao aumento do rendimento do motor, aceleram a demanda por soluções de fluxo de ar mais eficazes e eficientes. Os veículos comerciais, em particular, exigem o máximo de desempenho da refrigeração mesmo em baixo torque. Por essa razão, as embreagens viscosas eletrônicas Visctronic® da BorgWarner utilizam um software especialmente calibrado para se comunicar com a unidade eletrônica de controle do motor, respondendo constante e diretamente às necessidades de arrefecimento. Ao girar a uma velocidade mínima, a tecnologia permite reduzir o consumo de energia quando o arrefecimento de ar não é necessário. Quando o motor requer mais refrigeração, a embreagem se reengata automaticamente, fornecendo arrefecimento eficiente e preciso na hora certa. Vale ressaltar que essa tecnologia já foi testada e aprovada na Europa, América do Norte e Ásia.

“O Futuro do Automobilismo está em Paris.” O Mondial de l’Automobile, como é conhecido o Salão do Automóvel de Paris, recebeu há dois anos em sua última edição, 1.231.416 visitantes e cerca de 12.000 jornalistas de 103 países, confirmando a primeira posição do “Mondial” dentre os maiores salões internacionais. As áreas de exposição aumentaram e inúmeros lançamentos mundiais estão programados pelas montadoras do mundo todo, incluindo a volta da Aston Martin, Tesla Motors e de fornecedores de autopeças como a Faurecia e Visteon Electronics, que enriquecerão a exposição. Todos os protagonistas do setor automobilístico mundial estarão presentes: veículos de passeio, veículos utilitários e de frota, carroçarias, equipamentos e acessórios, serviços e automóveis seminovos. Além disso, vários eventos paralelos e testes de veículos marcarão esta nova edição do Salão. Um destes eventos será uma exposição histórica sobre o tema “O Automóvel e a Moda”, em parceira com o INA (Instituto Nacional do Audiovisual). Mais de 40 carros, relacionados ao tema, serão expostos nesta exposição. Mais informações pelo www. mondial-automobile.com. BORRACHAAtual - 49


Notícias

M&T Peças e Serviços mostra inovações para equipamentos A M&T Peças e Serviços – 2ª Feira e Congresso de Tecnologia e Gestão de Equipamentos para Construção e Mineração, realizada no Centro de Exposições Imigrantes, apresentou uma série de lançamentos para os segmentos de peças, acessórios, componentes, serviços, pós-venda e gestão de máquinas para construção e mineração, tornando-se uma vitrine de inovações tecnológicas para os profissionais que atuam no setor. Uma das novidades foi a realização do Salão de Tecnologia de Equipamentos de Construção e Mineração, com a participação de construtoras, locadoras, fabricantes e prestadores de serviço, cujo objetivo foi apresentar ao mercado e aos visitantes as principais tecnologias inovadoras utilizadas no segmento, que agregam vantagens competitivas, ganhos de produtividade e redução de custos de operação. Entre os participantes destacaram-se as construtoras CR Almeida, Galvão Engenharia e Odebrecht Infraestrutura, a locadora Escad Rental e as empresas Argos Guindastes, Beka Lube, Bomag Marini, DN4 Tecnologia, Leica Geosystems, Novak & Gouveia, OilCheck, Real Bombas e Totvs. Durante a mesa-redonda promovida pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, na M&T Peças e Serviços Congresso, sobre máquinas híbridas: conceitos e tecnologia - especialistas das empresas Caterpillar, Komatsu, Liebherr e Volvo apresentaram equipamentos que utilizam este tipo de tecnologia, assim como softwares para gestão e conceitos inovadores para o setor. Expor e reforçar o conceito de redução do impacto ambiental e de diminuição do consumo de diesel resultantes do uso de equipamentos híbridos no segmento da construção são temas presentes no cenário das empresas. Segundo Carlos Joaquim Stocco Portes, gerente de engenharia de produtos e desenvolvimento de novos produtos na Caterpillar Brasil, as características principais das máquinas híbridas são a presença de tecnologias inovadoras no uso de energia, não presentes nos projetos tradicionais; transformam, coletam, armazenam, e reutilizam energia quando apropriado; e não precisam ser apenas elétricas ou hidráulicas, combinando assim as tecnologias.

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Um dos equipamentos apresentados pela Komatsu que utilizam o sistema híbrido, a escavadeira hidráulica HB205-1, explica Paulo Jauhar, gerente de vendas, recupera a energia de frenagem, convertendo a energia de movimento em energia elétrica para carregamento dos capacitores; e, durante a operação de giro, a energia armazenada retorna ao sistema em forma de energia de movimento/torque de giro e também como um suporte a aceleração do motor diesel. “Os equipamentos híbridos da Komatsu trabalham com o conceito de regeneração”, disse. A Liebherr apresentou o Sistema Pactronic - sistema híbrido (hidrostático + acumuladores hidráulicos) em que a energia dos guinchos é armazenada nos dois acumuladores hidráulicos e o acionamento dos guinchos é feito por meio do sistema hidrostático e auxiliado pelos acumuladores hidráulicos. Além disso, o sistema integrado Liebherr de tecnologia avançada, explicou Sergio Kioshi Sassaki, engenheiro de vendas senior, conta com sistema de controle eletrônico e software que resulta em baixo consumo de combustível, controle de movimentos que garante precisão com suavidade e precisão com extremas forças, além de um alto nível de segurança. De acordo com Massami Murakami, diretor de engenharia de aplicações para a América Latina da Volvo, a empresa conta com tecnologia híbrida, especialmente em ônibus, que contribui para a redução de 35% do combustível e CO2. “Para o futuro, estamos pensando em desenvolver esta tecnologia para os equipamentos de construção, visando à evolução das regulamentações de emissões; evolução de custos de combustíveis fósseis e garantindo uma maior tecnologia dos sistemas de potência e controle”, afirmou. Setor de transporte de cargas pesadas e especiais busca soluções para avançar - Em seminário promovido pelo Sindipesa – Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais na M&T Peças e Serviços Congresso, João Batista Dominici, vice-presidente da entidade, destacou a movimentação que ocorre no setor no sentido de adequar as empresas às novas exigências legais que estabelecem a obrigatoriedade de projetos específicos para atividades de amarração de cargas. “Está havendo um esforço


Segundo ele, dentre as principais reivindicações dos profissionais do setor de cargas especiais estão o estabelecimento de normas que garantam gabarito vertical mínimo de 6,5 m, área de passagem em praças de pedágio de 8,5 m e lay-passes junto às passarelas, além de redução de custos, aumento da segurança, desburocratização e outros itens. “Precisamos ainda universalizar a certificação de operadores, estimular a nacionalização de caminhões superpesados e adequar implementos específicos para a atividade”, opinou Dominici.

Foto: Marcelo Vigneron

conjunto para sairmos da zona do conforto, o que inclui iniciativas privadas na busca de soluções”, afirmou.

Em seguida, o engenheiro Gustavo Cassiolato, diretor da Rigging Brasil, elaborou um panorama dos processos e metodologias aplicados à atividade de amarração de cargas. O especialista apontou problemas que o transporte de cargas extrapesadas enfrenta no país, como a insuficiência de veículos específicos, treinamentos e reciclagem, além de indisponibilidade de acessórios adequados à atividade. “Hoje, só temos cintas de poliéster, com baixíssima presença de correntes e cabos de aço”, disse. “Também sofremos com a falta de conhecimento técnico, incluindo uma análise cuidadosa de fatores importantes como forças atuantes, tensão, atrito e perda de capacidade dos materiais e dispositivos”. Cassiolato também exibiu conceitos de fixação que aumentam a segurança do usuário, como os métodos de amarração envolvente e direta, em variações com contendores, bloqueadores, cabos, correntes, cantoneiras, divisórias e cintas. “O conceito mais importante, no entanto, é unir os pesos da carga e do veículo, gerando um centro de gravidade único”, explicou à plateia. Outro destaque do engenheiro diz respeito ao projeto de criação da ABEMAC (Associação Brasileira de Engenharia de Movimentação e Amarração de Cargas), que pretende promover requisitos técnicos como os definidos pela Resolução 293/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e regulamentar a utilização de acessórios e sistemas no segmento. “Costuma-se comparar preço e não qualidade, o que não agrega qualquer valor e ainda põe em risco o nome da empresa e os usuários”, finalizou.

Indústria ferroviária produz locomotivas que consomem 25% menos combustível - Apesar das deficiências ainda existentes no setor, a indústria ferroviária brasileira tem vencido importantes desafios. Hoje, por exemplo, a capacidade de carga por eixo

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Notícias chega a 37 toneladas, quando era de apenas 30 toneladas antes da privatização. Além disso, as locomotivas que saem hoje da linha de produção consomem até 25% menos combustível, assim como os novos vagões de passageiros conseguem reduzir em até 30% o consumo de energia. Tais referências fizeram parte da palestra A Indústria ferroviária no Brasil e seus desafios tecnológicos, proferida pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, Vicente Abate, no seminário promovido pela entidade na M&T Peças e Serviços Congresso, realizado em São Paulo, conjuntamente com a M&T Peças e Serviços. Além desses avanços, Abate também lembrou que além de ter maior capacidade de carga, os novos vagões também propiciam maior produtividade em razão do avanço tecnológico. No caso de vagões destinados ao transporte de açúcar, por exemplo, podem ser descarregados em um minuto, enquanto os antigos demoram 45 minutos. Para essa operação, atualmente é necessário apenas um operário, contra seis exigidos nos passado. “Essa é mais uma prova da capacidade de inovação de toda a cadeia produtiva envolvida com a indústria ferroviária brasileira”, afirmou Abate. O presidente também deu detalhes do Plano de Renovação de Frotas, que está sendo estudado pela iniciativa privada e o governo e que prevê a renovação de 40 mil vagões. Abate ainda lembrou dos investimentos específicos para o setor ferroviário contemplados no PIL – Programa de Investimentos em Logística, cujo montante chega a R$ 99 bilhões e que prevê dobrar a extensão da malha ferroviária atual, estabelecer a velocidade de 80km/h como padrão e conseguir a interoperabilidade de toda a rede ferroviária nacional. Após a palestra de Abate, o consultor Sérgio Coutinho chamou a atenção para a necessidade de se acelerar esses investimentos para beneficiar a sociedade com a redução do custo nos transportes. Nesse sentido, ele lembrou que o custo logístico no Brasil é estimado em 11% do PIB, enquanto em países como Estados Unidos fica entre 5% e 8%. “É vital investir na modernização do setor ferroviário, pois ele, comprovadamente, é o que melhor resposta dá para aprimorar a mobilidade urbana, além de ser o que melhor faz uso do solo e o menos prejudicial ao ambiente”, finalizou o consultor.

Falta de controle no transporte de cargas reduz de sete a dois anos a vida útil das rodovias - Já no seminário Venda no Limite Legal, organizado pelo Sindipedras – Sindicato da Indústria de Mineração

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de Pedra Britada no Estado de São Paulo, na M&T Peças e Serviços Congresso, o diretor da Confederação Nacional de Transporte (CNT), Geraldo Viana, afirmou que os grandes problemas enfrentados pelas rodovias brasileiras são o excesso de peso nos caminhões e o ineficaz monitoramento da lei da balança. No entender de Fernando Pedraça Junior, especialista em técnicas de pesagem, que também participou do seminário, é de grande importância uma fiscalização eficaz e adequada em todas as rodovias brasileiras. Segundo ele, somente assim a Lei da Balança, que regulamenta as normas e configurações dos veículos rodoviários, será respeitada. De acordo com os dados apresentados no Seminário, quando o limite de peso da rodovia não é respeitado, sua vida útil cai de sete para dois anos. Conforme Viana, para um monitoramento adequado é necessário que as balanças operem 24 horas por dia em todo Brasil. Além disso, ele salienta a importância de se investir em outros meios de maior capacidade para escoamento das cargas, como ferrovias e hidrovias. Goodyear apresenta sua nova linha radial de pneus fora de estrada - A Goodyear apresentou na M&T Peças e Serviços 2014 a sua nova linha de pneus radiais. Segundo Fabio Garcia, gerente sênior de marketing para pneus comerciais da Goodyear, a linha traz mais qualidade e possui um desempenho diferenciado, além de atender todos os segmentos do mercado. De acordo com ele, entre 2012 e 2014, cerca de US$ 240 milhões foram investidos na fábrica brasileira da Goodyear, em Americana, para a área de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I), a fim de aperfeiçoar as soluções para este segmento. A empresa também traz a tecnologia Hi-Stability, onde a estrutura do pneu possui um reforço extra com quatro carcaças de aço, o que possibilita mais resistência e estabilidade em caminhões articulados. Além disso, disponibiliza o guia de inovação de pneus fora de estrada, um material explicativo que possui todos os detalhes e tipos de aplicação de cada pneu com o intuito de simplificar o entendimento para qualquer usuário.


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Notícias

Feira da Mecânica

Freudenberg aposta no mercado brasileiro O Grupo Freudenberg, de origem alemã, que atua nos segmentos de vedação, controle de vibrações, não tecidos, lubrificantes especiais, agentes desmoldantes, filtração, dentre outros, marcou presença na recente Feira da Mecânica, realizada em maio no Pavilhão de Exposições do Anhembi, com seu extenso portfólio. O diretor de marketing Luiz Freitas recebeu Borracha Atual em seu estande, falando com entusiasmo sobre o crescimento da empresa no país, destacando os principais produtos de seu portfólio e os vários investimentos anunciados recentemente.

Luiz Freitas diretor de marketing

Qual o tamanho do portfólio da Freudenberg e em quantos segmentos atua? Temos perto de 700 mil itens em nosso portfólio mundial e atuamos em 28 segmentos. Como está o andamento do processo de renovação da fábrica em Diadema? O processo de renovação de fábrica é extenso. São três anos de projeto, e o padrão de fábrica que estamos realizando aqui será exatamente igual a uma das fábricas mais modernas do mundo, padrão da Alemanha. Renovamos todo o parque, todos os equipamentos são novos, temos uma nova sala de mistura, que acabou de ficar pronta, e é incrível.

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A empresa está investindo e vendo os negócios prosperarem... Isso é bom. O Brasil infelizmente não está respondendo como deveria mas a empresa, devido à sua visão de longo prazo, está entendendo que é um mercado próspero, vai aumentar o seu negócio. Focar as divisões aqui no Brasil, principalmente na divisão de não tecidos, em que a empresa está colocando mais recursos consistentes. Porém, não investirá apenas nela. Qual o tamanho do investimento que a Freudenberg está fazendo em suas unidades no Brasil? São 40 milhões de Reais para o grupo na região em um espaço de dois, três anos, fundamentalmente para a área

de não tecidos, na fábrica de Jacareí. O processo de busca para divisões é intenso. A empresa tem isso como política, desenvolver mercados, mas também “comprar” mercado, no sentido de buscar empresas que tenham alguma complementação de portfólio. Quais as principais marcas que a empresa adquiriu nos últimos anos? A Trelleborg, na parte de controle de vibração, aqui na região. Fora do Brasil, toda hora tem uma nova. Formalmente a empresa está muito próspera e diversificando, até porque é da característica do grupo. E segue constante, porque, desde a crise de 2008, não parou de conseguir resultados positivos, nem aqui nem


no mundo. Em todos esses anos, cresceu menos ou cresceu mais, mas nunca retraiu. A empresa, apesar da esquematização muito longa, dá passos lentos porém consistentes... Alemão vai devagar... Vai devagar, mas quando vai, vai... Como o grupo vê o mercado brasileiro? Nós temos um evento na Alemanha, onde todos os principais líderes das divisões da empresa se reúnem para discutir as megatendências e definir as grandes estratégias por regiões. É claro que o Brasil, como a América do Sul, é uma região eleita com uma das regiões de maiores possibilidades. Estamos pensando a longo prazo e o trabalho tem evoluído, porque trabalhamos com soluções de tecnologia muito inovadoras, e conseguindo muitas conversões de clientes dentro do segmento automotivo – aqui também, um trabalho de reconhecimento complicado dentro de um mercado muito mais amplo. E essas derrapadas da economia brasileira, isso influencia alguma correção de rumo ou a Freudenberg continua mantendo os planos estabelecidos? Continuamos mantendo os planos, fazendo ajustes em relação à receita, os projetos que vamos ter para o mercado, alguns na parte comercial, mas nem se está retraindo, pelo contrário. Acabamos de anunciar investimentos na região. Claro que não é o que se esperava, mas não temos indicador de que a empresa vai deixar de investir, porque ela

entende que é uma situação dentro de um contexto. E outra: quanto à participação em si, na hora em que se fala de montadora, tudo bem, afinal nós somos líderes. Mas tem os mercados de distribuição, manutenção, do segmento industrial, reposição... No final, como se tem uma diversidade de mercado, acaba equilibrando um pelo outro.

gaxetas etc) no mesmo padrão que a gente tem com o mesmo material original e aqui podemos entregar em até 24 horas. A usinagem mesma é feita em segundos...

Outro caminho é buscar novos negócios. Quando se fala de divisão de juntas, produtos para empresas automotivas, é uma coisa. Aqui no segmento industrial, é outra categoria, sempre há coisas novas acontecendo, novos materiais, necessidade de achar novas soluções, na parte de vedação para a área alimentícia, da área de fabricação de cercamentos, coisas novas. É um setor que exige, vamos dizer, 50 certificações, porque a vedação é uma área que trabalha com água, que não pode criar limbo, material superestéril...

É um mercado muito amplo. É muito difícil conseguir dimensionar isso. E outra, a questão do portfólio. A fábrica tem um portfólio ideal, tem uma série de materiais diferentes, em nitrílica, em HMBR, poliuretano.

Estamos tentando levar esse conceito de que são necessárias qualidade e inovação. O tamanho do portfólio é imenso, é muito grande o número de produtos e de materiais. Um dos destaques da Freudenberg na Feira da Mecânica foi o serviço X-Press. Como funciona? Temos a linha de produtos standard que normalmente pode ir para o mercado de manutenção, reposição industrial... Mas algumas indústrias, como por exemplo de papel e celulose, siderurgia, têm uma demanda para manutenção para alta tecnologia, mas baixo volume, e uma demanda muito urgente. O centro de usinagem computadorizado faz as peças (retentores, raspadores,

Até porque para o cliente não deve compensar ter um estoque disso porque não sabe qual a dimensão da peça que vai querer...

É muita coisa... É. Você passa pela questão da inovação, através de produtos, materiais, e os serviços. Uma coisa que o pessoal sempre comenta são as várias reversões de negócios na divisão industrial. Ocorrem quando clientes que investiram em uma máquina, acontece de quebrar uma vedação e eles colocam uma vedação de qualidade inferior, depois quebra, e para a linha de novo... daí ele nos chamam. Os técnicos vão ao local, analisam, vêem qual a necessidade do equipamento, instalam a vedação, que dura 10 mil, 20 mil, 50 mil horas. São clientes que ganhamos para o resto da vida. Qual o setor industrial em que essa reversão de clientes ocorre com mais frequência? Está ocorrendo bastante na indústria alimentícia. Pela questão das grandes exigências e também pela durabilidade. Para batedeiras de massa em fábricas de bolacha, panetone, esse tipo de produto, são muito exigentes com a vedação. Não pode ter falha, e não pode parar.

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Notícias

Empresa mostra tecnologias revolucionárias em vedações industriais na Feira da Mecânica Para comemorar os 85 anos de inovações em componentes de vedação, a Freudenberg-NOK Sealing Technologies revelou na mais tradicional exposição da indústria brasileira itens recém-lançados no mercado mundial para atender aos novos padrões de eficiência exigidos pelo setor de máquinas e equipamentos. Para máquinas que operam em condições extremas, a novidade são os retentores Radiamatic HTS II. Formados por uma vedação em PTFE e um anel em aço inoxidável, atuam sob temperaturas de até 200°C e velocidades periféricas de 25 m/s. Ainda contam com várias opções de design para diferentes aplicações.

Sistemas Hidráulicos Uma das grandes novidades da Freudenberg-NOK na Feira da Mecânica foi o lançamento de um novo poliuretano para aplicações hidráulicas. Resultado de três anos de pesquisas, o composto 94 AU 30000 suporta temperaturas entre -35 e 120°C, fluidos minerais ou sintéticos, picos de pressão e ataque do ozônio. Com o material, as vedações duram até quatro vezes mais. Outra solução para usos extremos é a gaxeta de pistão HDP 330. Para um máximo desempenho, é produzida em duas partes, com um anel deslizante em poliamida unido a um energizador em borracha nitrílica ou HNBR. Possui alta resistência à extrusão e abrasão, além de resistir a pressões de trabalho de até 800 bar. É ideal para cilindros com variações de rugosidade. Para transmissões e atuadores, a empresa desenvolveu uma nova série de selos hidráulicos radiais. Produzidos em poliuretano termoplástico, os novos Rotomatic 2C são mais simples de montar que os produtos tradicionais em elastômeros, suportam pressões e temperaturas elevadas (500 bar 100°C), além de serem resistentes a cortes e extrusão. 56- BORRACHAAtual

Linha Pneumática Neste segmento, uma novidade importante é o D-Jack, um vedador com alto desempenho para sistemas que usam pistões lubrificados a seco. É feito a partir da união de elastômeros especiais com revestimentos em PTFE. Outro lançamento que chegará ao Brasil é a linha de diafragmas em materiais compostos. Para atingirem a melhor relação entre resistência e flexibilidade, unem membranas em poliéster, poliamida ou aramida com materiais como borracha nitrílica ou FKM, além de superfícies de contato em PTFE ou TFM. Também podem contar com insertos metálicos ou plásticos. Equipamentos Industriais Na Mecânica 2014, a FreudenbergNOK apresentou muitas inovações para as empresas que atuam nas áreas de projeto, construção e manutenção de equipamentos industriais. São vedações projetadas para as aplicações mais desafiadoras, como os O-rings Simriz 498 em perfluoroelastômero (FFKM), capazes de suportar temperaturas de trabalho acima de 325°C.

Os equipamentos submetidos às intempéries e sujidade poderão contar com os novos selos flutuantes Track Roller. Formados por um O-ring (produzido em NBR, HNBR ou FKM) acoplado a um anel em ferro fundido, resistem ao contato intenso com água, poeira, barro, areia ou fibras e suportam as mais duras condições meteorológicas, como temperaturas entre -40 e 100°C. Tecnologia Diesel Para os especialistas em motores industriais, a Freudenberg-NOK mostrou os últimos lançamentos da linha LESS - Low Emission Sealing Solutions. São vedações sustentáveis criadas a partir dos novos desafios enfrentados pelos fabricantes de conjuntos propulsores ou grupos geradores, como a redução de peso, menor atrito, maior resistência e emissões mínimas. Entre as novidades, está a apresentação da junta curva. Com seu design inédito, inspirado na eficiência dos materiais corrugados, consegue ser mais leve, custar menos e oferecer


Gates: reestruturação para crescer um alto poder de vedação. Usada em tampas de válvulas, pode ter a forma e composição alteradas para cada aplicação, até atingir o máximo em desempenho e durabilidade. Também esteve em exposição uma série de soluções fornecidas atualmente pela empresa para os principais fabricantes de motores do mundo, como as vedações com sensores magnéticos, os retentores de baixo atrito das séries CASCO e ESS, os selos para hastes das válvulas Gas Lip e os conectores em metal-borracha Plug & Seal, aplicados em circuitos de água, ar e óleo. Sob Demanda Os profissionais que visitaram o estande da Freudenberg-NOK na Mecânica conheceram as potencialidades do serviço Freudenberg Xpress, capaz de usinar mais de 120 modelos de vedações hidráulicas e pneumáticas (nos mais diferentes materiais) em menos de 24 horas. É uma solução ideal para a fabricação de protótipos, peças de reposição e grandes componentes. Importado da Alemanha e configurado com o suporte da matriz, o centro de usinagem computadorizado instalado em Diadema (SP) fabrica retentores, O-rings, gaxetas, raspadores, fitas-guia e backups com diâmetros entre 4,5 e 500 milímetros. Itens especiais, até o limite de três metros, são moldados no exterior e entregues no Brasil em tempo recorde.

A Gates Corporation, referência mundial na produção de correias, tensionadores e mangueiras esteve presente na última Feira da Mecânica. Fabio Murta, gerente de marketing, recebeu a equipe de Borracha Atual em seu estande, e falou sobre a empresa e seus produtos. Para que setores da indústria a Gates fornece? Temos divisão automotiva e divisão industrial. Quais seus principais produtos? Nossa linha de produtos é focada em correias, mangueiras (tanto mangueiras industriais como hidráulicas, são conceitos bem diferenciados) e também terminais hidráulicos na parte de metal, tensionadores para correias, no caso automotivas. Tanto OM quanto para reposição. Fornecem máquinas? Máquinas não fornecemos. Temos uma linha de máquinas chamadas crimpadoras de modelos, que são as máquinas que vão revestir a ponta da mangueira com o terminal dela. Como funciona o novo serviço que a empresa tem em conjunto com os distribuidores? O que acontece... no sistema de hidráulica, a pessoa vai comprar uma mangueira e vai comprar um terminal. Só que o usuário final não tem como juntar as duas coisas. Então o nosso distribuidor tem o seu local onde ele atende os clientes da marca dele, com as máquinas e os componentes da Gates. A pessoa informa a necessidade dela e o distribuidor monta na mesma hora, sob a nossa supervisão. Então a loja não é nossa, é do distribuidor. Mas ela cede todo um parâmetro.

Fabio Murta, Gerente Marketing da Gates A Gates passou por um processo de reestruturação. Como ela se organiza no Brasil agora? Essa nova estruturação uniu três unidades que atuavam na América do Sul em uma só unidade de negócios, com a união da Gates Brasil, Gates Argentina e da Gates Interamericas. Ela tem um escritório comercial em São Paulo, duas fábricas em Jacareí, uma unidade comercial e um centro de distribuição em Buenos Aires, e um escritório comercial em Miami. Esse escritório de Miami na realidade é um ponto de exportação para a Gates North America, também de algumas outras marcas mas atende fundamentalmente a parte do Caribe e América Central. A Gates do Brasil atende todo o território nacional mais Paraguai, Bolívia e alguma coisa de Uruguai na exportação hoje, a Argentina atende também Chile, um pouco do Uruguai... existem clientes em comum em alguns países, então há algumas confluências. Isso forma uma sinergia muito grande na maioria dos negócios no Brasil, na Argentina e no Caribe. De lá para cá houve outras reestruturações. Por exemplo: foi criado um departamento de marketing. Antes havia pessoas que executavam atividades de marketing dentro de cada mercado - são dois grandes mercados, o automotivo e o industrial. De um tempo para cá conseguimos formatar essa estrutura nova e agora o marketing é um braço da empresa para poder atender aos mercados. Mercados que tínhamos menos foco, outros mais focos, na realidade conseguimos equilibrar um pouco mais esse atendimento. BORRACHAAtual - 57


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Braskem mostra nova patente

Pensando em soluções que podem aperfeiçoar os produtos, a Braskem, maior petroquímica das Américas e líder mundial em biopolímeros, apresentou na Expobor 2014 seu portfólio com resinas diferenciadas, competitivas e com aplicação em artigos de borracha. Além da indústria pneumática e artefatos de borracha, os materiais podem ser utilizados em tintas, adesivos, plásticos, madeiras, entre outros. Aguinaldo Souza, porta-voz da empresa na Expobor 2014, recebeu Borracha Atual no estande da Braskem, onde falou sobre os produtos apresentados no evento.

Quais os principais produtos que a Braskem apresentou na Expobor? Na área de especialidades temos um polímero que é bem conhecido pelo segmento de borracha que é o Unilene, que está aí há vários anos, e que melhora a produção da borracha, de incorporação de carga, dispersão com possibilidades finais de melhoria do produto. É amplamente utilizado pelo segmento de borracha que, para nós, é um share muito bom. O mercado de borracha para a Unilene é um mercado importante

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porque é o de maior share que a gente tem, de 40, 45%. A Braskem não está tão acostumada com o universo de borracha, apesar de hoje ela fornecer o butadieno, basicamente a matéria-prima para a obtenção da borracha também... Isso é bom porque a Braskem está entendendo mais o mercado de borracha com o Unilene e entrando em outros mercados que ela não entendia antes. Pneus é o nosso maior cliente, seguido bem de perto por recapagem, e também solados de

calçados (tivemos problemas no passado com os chineses e ainda temos um pouco). É um mercado em que a gente atua também e estamos bem sólidos, bem sedimentados. A Braskem tem uma outra unidade, de polibuteno, que está aqui em São Paulo também e produz o poliisobuteno (PIB) que é um polímero líquido, claro e transparente, e que tem um grade bem grande, igual ao de óleo sintético, até de alta viscosidade, semi-sólido, o que permite haver uma grande gama de aplicações diferentes. O maior


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mercado para o PIB hoje é o de óleos lubrificantes, mas alguns de nossos grades hoje já são utilizados para modificação de polímero. No caso de polietileno de baixa densidade e de alta densidade também. Nós percebemos que na tecnologia que a gente tinha, tecnologia americana, de Chevry (?) que o código deles também era aplicado como extensor de borracha, para aplicações mais técnicas, artefatos mais técnicos em que a gente tem que ter um pouco mais de resistência a temperatura, baixas temperaturas, para o contato com alimentos - e o poliisobuteno tem uma aprovação de uso muito forte no contato humano, na indústria de cosméticos, indústria de alimentos, máquinas que movimentam equipamentos. Na modificação de polímeros a gente pensou “o que será que o polibutileno pode fazer em relação à borracha, pode acrescentar algum tipo de propriedade?”. Nós pesquisamos, em termos de estrutura, se poderia ter uma molécula maior... e trazer de uma borracha, por exemplo, para ocupar esses espaços vazios no caso da borracha de clorobutil os espaços vazios são preenchidos por moléculas maiores de cloro. E como a nossa borracha, o nosso polímero iria entrar no meio desses espaços vazios aumentando a resistência à permeação de gases. Fizemos alguns estudos e desenvolvimentos no ano passado que de certa forma contribuíram para que a gente realmente conseguisse fazer isso, aumentar a barreira... A Braskem achou interessante e um grupo que me ajudou viu que era possível patentearmos essa ideia. No ano passado depositamos a patente relacionada a esse tipo de aplicação junto a nossa equipe de ideias e junto a nossos clientes também. Isso possibilita que a gente consiga ter artefatos que sejam mais resistentes a essa permeação, ou vazar menos no caso de mangueiras, películas, câmaras pneumáticas, e que terão uma resistência na passagem – para quem sabe fazer materiais mais leves, e economizar material e energia. Essa é nossa possibilidade maior e divulgamos na feira.

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Já tem gente comprando?

Os chineses ainda preocupam?

Fomos orientados a fazer o seguinte: antes de ir para o mercado e divulgar, vamos patentear primeiro e nos garantir. Isso aconteceu em novembro, dezembro do ano passado. Já começamos a desenvolver com alguns clientes nossos que são ligados diretamente ao mercado de pneumáticos. E aproveitamos a feira, um dos principais eventos desse primeiro semestre, para divulgar para outros mercados também.

Os chineses, nessa área, preocupam e muitas vezes a gente nem entende os planos que eles fazem, os custos que têm... Eles chegam a preços muito baixos. Um dos aspectos que mais preocupam é quanto à propriedade intelectual, que muitas vezes faz com que tenhamos algum problema. Nós temos uma unidade aqui. Temos serviços que eles não têm, por exemplo estoques, logística, abastecimento. Mesmo na parte técnica, produto, nós temos um centro de tecnologia no Rio Grande do Sul que nos dá um apoio muito grande, temos engenheiro de produto que nos ajuda bastante quanto a dúvidas, temos parceria com o Senai, que é um grande parceiro em nossos desenvolvimentos.

Esse processo está em desenvolvimento ainda? A gente já tinha a patente e já tem de certa forma essa aplicação desenvolvida. O que fazemos hoje é o que? Desenvolver com os nossos clientes diretamente. Quando vocês esperam ter os primeiros resultados? Das nossas aplicações já temos. Com os clientes geralmente essas homologações demoram um ano, um ano e meio. Porque, por exemplo, um pneu é um item de segurança. Então de um ano e maio a dois vão ser necessários testes como a gente fez em laboratório, até testes de campo, para ver se a propriedade vai ser afetada. Em termos de segurança, para ficarmos seguros quanto a isso, é necessário um processo um pouco mais demorado. Mas nada impede que em outras aplicações não tão seguras como mangueiras pneumáticas, a gente já consiga ter algum resultado hoje. Vocês acompanham o desenvolvimento com os clientes? Sim. Faz parte, principalmente nesse mercado temos feito com essa aplicação e com essa patente. Vocês vão desenvolver esse produto também para o mercado externo? A princípio todos os clientes com que estamos trabalhando são internacionais. O que acredito possa permitir que eles levem isso para fora do país.

Com essas novas aplicações, quanto deve aumentar o volume de vendas desses produtos? Ainda só temos uma ideia do potencial. Temos aí de 4 a 5 produtores de pneus no país, fora outros artefatos. Não fico muito confortável para passar números. Um percentual de 20% desses mercados em que a gente atua... é um potencial bem grande.


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Lanxess apresenta dois grandes lançamentos

A Lanxess, líder mundial na fabricação de borracha sintética, foi representada na Expobor pelas unidades de negócios Performance Butadiene Rubbers (PBR), Keltan Elastômeros (KEL), Rhein Chemie (RCH), Butyl Rubber (BTR), High Performance Elastomers (HPE) e Rubber Chemicals (RUC). A equipe de Borracha Atual entrevistou Marcos Esteves Oliveira, líder da unidade de negócios KEL para a América Latina da Lanxess, no estande da empresa no evento, que discorreu sobre as novidade apresentadas pela Lanxess. Que novidades a Lanxess trouxe para a Expobor? Trouxemos duas novidades para a Expobor. Uma mais no campo técnico. Os nossos cientistas na Holanda conseguiram desenvolver e patentear um sistema de cura à base de resina. Esse sistema de cura é uma revolução no sentido que ele permite que se faça a cura de um elastômero, de um EPDM, com propriedades de alta resistència à temperatura, propriedades na cura hiperóxido, ao ar livre, usando túnel de vulcanização. Utilizando esse pacote de cura consegue-se fazer a cura com uma propriedade extrema ao ar livre, sem a necessidade de autoclave. Nesse sentido é uma grande evolução. O interessante disso é que nosso suporte técnico não só compreende nossos produtos, é um benefício que será utilizado pelos nossos clientes que até podem ate nem ter os nossos produtos. É claro que fazemos pensando em desenvolver o Keltan,

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que é líder mundial, líder de mercado, mas é uma técnica de cura que estamos investindo para esse mercado.

ouvimos falar muito em lançamentos, mas a Lanxess continua investindo em todas as frentes. Em produtos e serviços.

É para qualquer tipo de Keltan?

Quais os benefícios desse novo tipo de vulcanização?

É para qualquer tipo de borracha insaturada. Nesse sentido acho interessante a Lanxess não só divulgar o seu próprio produto mas oferecer facilidades para os nossos clientes. Outro grande lançamento que estamos fazendo é um EPDM feito no Brasil focando a indústria de pneumáticos. O EPDM foi desenhado para ser utilizado junto com misturas com borracha butílica, ajudando o processamento, na resistência ao ozônio e na durabilidade das peças. Já fazemos grande sucesso junto a fabricantes de câmara de ar, de envelope de vulcanização, de bladder. É o EPDM voltando à sua origem, voltando ao mercado de pneumáticos. São dois grandes lançamentos para um mercado que está mais ou menos estagnado. Não

Um deles é que permite fazer extrusão contínua de produtos com as propriedades do curado com peróxido, benefícios que com o pacote são muito maiores. Você faz um perfil que pode resistir a mais de 170 graus com exclusão contínua, curado em ar quente, então é uma grande evolução. A Lanxess patenteou e utilizamos a Expobor para lançar o produto. Depois vamos participar de outras feiras. Aqui no Brasil? Sim. Fizemos uma pequena apresentação nos Estados Unidos, muito restrita a um grupo, mas em eventos maiores, só aqui.


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Vipal, empresa brasileira com presença global

Eduardo Sacco - gerente MKT A Vipal Borrachas esteve presente na Pneushow-Recaufair, evento paralelo à Expobor, mostrando, além de seus produtos, sua forte presença nos cinco continentes do planeta. Eduardo Sacco, diretor da empresa, recebeu Borracha Atual no estande da Vipal e falou sobre as novidades apresentadas.

A VL130 ECO é a maior atração da Vipal no Pneushow-Recaufair? O objetivo da nossa participação na feira é, primeiro, reforçar a presença mundial da Vipal, mesmo porque a VL130 ECO é uma banda que foi homologada nos Estados Unidos, em um processo que eles chamam de Smartway, do departamento de transportes americano. Há certas exigências de economia de combustível em termos de várias peças que vão no caminhão de transporte e uma delas é pneu e bandas de rodagem. E homologamos nesse ano nos Estados Unidos essa nova banda, a VL130 ECO, para esse mercado bastante exigente. Usamos uma tecnologia para economia de combustível como a gente vem fazendo aqui no Brasil com as bandas ECO que oferecem 10% ou mais de economia de combustível. Por isso é que a gente quer divulgar isso como um marco da tecnologia brasileira, fazendo produtos para o mercado internacional.

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Há a tendência da Vipal em antecipar-se às normas estabelecidas aqui no Brasil... A prova disso é a própria normativa do Inmetro 544 que vai entrar em vigor em 2016 e obriga o pneu novo ter a etiquetagem como se fosse para o eletrodoméstico, e um dos pontos que essa etiqueta exige é a economia de combustível, eficiência energética. Lançamos já em 2009 a banda ECO que comprovadamente economiza combustível. É um produto que lançamos em 2009 e é uma tendência que vem se comprovando. A presença no mercado externo traz essa vantagem competitiva que é antecipar o que há de mais moderno, estar afinado com regulamentações que surgem no exterior. Essa etiqueta mesmo surgiu na Europa, em 2012. O mercado vê a Vipal como empresa inovadora? Com certeza. Mesmo porque a liderança da Vipal no mercado não é

resultado apenas da boa qualidade do produto, mas da antecipação de soluções para os transportadores. Não só o segmento rodoviário, como também os segmentos agrícola, industrial, estão constatando que a gente oferece tecnologia para conserto de pneus, aquele conserto que faz estender a vida dos pneus, que é usado durante a reforma. Nós temos um manchão chamado aramida que é feito de material flexível mas é cinco vezes mais resistente que o aço. A Vipal também investe forte em pneus de moto? Há dois anos fabricamos pneus novos para moto, que também foram mostrados na feira. Estamos com a produção na Bahia, o produto está com uma aceitação muito boa, até pelo nome Vipal, que garante a qualidade do produto. Nós temos, como pneu novo, a Fate, uma produção nossa em sociedade com a Fate argentina.


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E em pneus de carga? No ano passado o mercado de reforma de pneus de carga terminou em 9 milhões de pneus, enquanto que o de reposição foi de 6,5 milhões. O mercado de reforma é maior do que o de novos. Mesmo porque o pneu novo é feito para ser reformado e a gente vê que no final da primeira vida do pneu o transportador confia, ou melhora o seu pneu no reformador. E isso traz subsídio também para produzir melhor o pneu novo. Qual o tamanho atual da rede de revendedores Vipal? A rede conta com 240 reformadores no Brasil e no mercado internacional contamos com 70 reformadores na América Latina. No total temos 310 reformadores que têm conceito forte de rede, que é uma proposta de valor além do produto de alta qualidade, de oferecer serviço e a garantia, que é até a terceira reforma, com 14 marcas de pneus diferentes. A nossa RQG

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(Reforma Qualificada e Garantida) é a maior do mercado. Temos também o Protrans, programa de orientação ao Transportador, focando muito no treinamento. Qual a importância do treinamento de seus funcionários para a Vipal? Nós criamos em 2012 a UniVipal, justamente para formar a mão-de-obra do reformador, da produção da reformadora, da rede, da parte comercial... Está funcionando a pleno vapor, oferecendo suporte e treinamento para a rede de reformadores. Do exterior também? Todas as semanas temos gente do mercado internacional. Além da especialização em reparo, a UniVipal oferece todas as condições para avaliação do pneu, tipos de desgaste, defeitos, danos, como resolver, os cuidados na reforma, como obter a garantia, como orientar o transportador a cuidar bem dos

pneus, para que ele tenha uma boa reforma, enfim, acredito que isso é até um benefício para a sociedade, porque o custo com pneus que não teriam condições de se reformar seria muito grande. A nossa preocupação é dar todas as condições tanto para a rede de reformadores quanto para o time de vendas tomarem o máximo de cuidado com o pneu para que ele tenha a primeira reforma, segunda, terceira (quarta e quinta em alguns casos, dependendo do segmento de atuação). Em relação ao último Pneushow o estande da Vipal parece ter crescido bastante. Isso reflete o crescimento da empresa? A ideia é mostrar que é uma empresa internacional. Lá fora o padrão é esse. E aqui percebe-se que tem muita gente circulando de outros países... ingleses, italianos, pessoal da América Latina... Então esse é o nível de uma empresa multinacional brasileira, por isso temos que elevar o padrão.


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Frases & Frases

“Querer ser de seu tempo já é estar ultrapassado.” Eugène Ionesco “O cúmulo do orgulho é desprezar a si mesmo.” Gustave Flaubert “A razão fala e o sentimento morde.” Francesco Petrarca “ Quem pode tudo deve tudo temer.” Pierre Corneille “O mundo não saberia mudar de cara sem que houvesse dor.” François René de Chateaubriand “A piada muitas vezes serve de veículo para a verdade.” Francis Bacon “Sem a ironia o mundo seria como uma floresta sem pássaros.” Pierre Veron “O couro tem a maciez da seda quando bem trabalhado.” Charles Bright “ A arte é fruto da criatividade das pessoas livres.” John Fritzgerald Kennedy “O dinheiro não faz a felicidade daqueles que não o têm.” Boris Vian “Quase sempre, a responsabilidade confere grandeza ao homem.” Stefan Zweig “É a pior loucura querer ser sensato em um mundo de loucos.” Erasmo de Roterdam “Um pouco de sinceridade é uma coisa perigosa; muita sinceridade, absolutamente fatal.” Oscar Wilde 74- BORRACHAAtual


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• RUBBER TECH – 14ª Exposição Internacional de Tecnologia da Borracha

12 e 13.08.2014 - Informações com Christie Robinson em

/ 5ª Exibição de Artefatos de Borracha para Automóveis e Engenharia –

crobinson@rubber.org ou pelo site www.rubber.org/upcoming-training

SHANGAI / CHINA

• Molding of Rubber - Rubber Division, ACS – CHARLOTTE / NC

03 a 05.12.2014 – Mais informações em www.rubbertech.com.cn

14.08.2014 - Informações com Christie Robinson em crobinson@rubber.org

• REIFEN CHINA – 8th Essen Asiático Espetáculo do Pneu – SHANGAI / CHINA

ou pelo site www.rubber.org/upcoming-training

03 a 05.12.2014 – Mais informações em www.reifenchina.com

• 14º Seminário Internacional de Elastômeros ISE’14

• Propriedades Físicas: Significado e Prática

– BRATISLAVA / ESLOVÁQUIA

10 e 11.12.2014 – Informações:

24 a 28.08.2014 – Informações: www.ise2014.sav.sk ise2014@savba.sk

www.flexlabconsultoria.com.br;

78- BORRACHAAtual

Tels: 11 2669-5094 / 11 9.9971-5320


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