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borrachaatual .com.br Ano XXIV • Nº 143 • Jul/Ago 2019 • ASPA Editora

10 Goodyear e os 175

anos da vulcanização da borracha

04 ENTREVISTA

Rafael Safra, Diretor Geral Aubicon

ISSN 2317-4544

26 Vencedores do TOPRuBBeR

50 MATÉRIA TÉCNICA

A borracha na economia circular


distribuidorafragon / www.fragon.com.br

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SUMÁRIO

EDITORIAL

borrachaatual .com.br Ano XXIV • Nº 143 • Jul/Ago 2019 • ASPA Editora

ISSN 2317-4544

10 Goodyear e os 175 anos da vulcanização da borracha

26 Vencedores do TOPRuBBeR

26

MATÉRiA De cAPA 04 ENTREVISTA

Rafael Safra, Diretor Geral Aubicon

04 10 12 16 18 20 31 32 42 45 46 48 49 50 53 54

50 MATÉRIA TÉCNICA

A borracha na economia circular

15º Prêmio TopRubber

ENTREVISTA

Rafael Safra, diretor geral Aubicon

PNEUS

Goodyear comemora 175º aniversário da patente de vulcanização da borracha

MAQUINATUAL MERCADOS

Tecnologias para resíduos estarão na BW Expo e Summit 2019

EVENTOS INOVAÇÃO QUÍMICA NOTAS & NEGÓCIOS SUSTENTABILIDADE GENTE CALÇADOS ABTB FRASES & FRASES MATÉRIA TÉCNICA CLASSIFICADOS

MUVUCA

Imagine morar em um mundo aonde 65% das crianças que estudam no ensino fundamental irão trabalhar em empregos que ainda não existem. Imagine um mundo aonde sua pizza chega voando e o taxi chega sem um motorista humano. Dinheiro não se usa mais. Somente dinheiro virtual. Este mundo de sonhos já existe e está sendo implantado. Podemos afirmar que é uma revolução tecnológica onde nada será como antes e tudo poderá ser reformulado. É o mundo VUCA, sigla em inglês que significa Volatility (Vola�lidade), Uncertainty (Incerteza), Complexity (Complexidade) e Ambiguity (Ambiguidade). Neste novo mundo as ideias surgem a cada momento, conceitos são refeitos e as relações interpessoais podem parecer estranhas. No Brasil, poderemos usar nossa cria�vidade e criar a MUVUCA, nosso jei�nho de adaptar as tendências internacionais e criar uma realidade bem brasileira. As mudanças externas serão centradas em tecnologia, mundo virtual e robó�ca, deixando pouco espaço para quem não �ver uma educação de qualidade, liberdade econômica, segurança jurídica e centros de inovação. O Brasil tem que aproveitar este momento de mudanças e inves�r em tecnologia e em mão de obra especializada para não perder seu espaço no mundo digital. Nesta edição, com muito orgulho, o Prêmio TOPRUBBER revelou as empresas e profissionais que se destacaram no mundo da borracha e que enfrentaram com muita coragem os desafios do atual momento econômico. O mercado seleciona os melhores e os sobreviventes estarão mais fortes e preparados para o que está por vir, desde que sejam rápidos. Vamos juntos. Boa leitura, meus amigos!

AGENDA

EXPEDIENTE

Antonio Carlos Spalle�a Editor

Ano XXIV - Edição 143 - Jul/Ago de 2019 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

www.borrachaatual.com.br

Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Foto Capa: Divulgação. Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

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ENTREVISTA

Rafael Safra Diretor Geral Aubicon

“Muitos não querem sair de sua zona de conforto. Somos o contrário. Queremos sair da zona de conforto.”

No ano passado a Aubicon cresceu

10%

e em 2019 esperamos crescer

15%

Rafael Safra é formado em administração e marketing pela ESPM. O empresário recebeu Borracha Atual na sede da

empresa em São Paulo, quando falou sobre a história da Aubicon, o mercado de mantas e pisos de borracha, o desempenho em 2018 e perspec�vas de crescimento para este ano.

BORRACHA ATUAL: Como foi o início da Aubicon? RAFAEL SAFRA: A Aubicon está a dez anos no mercado. Estávamos pesquisando no exterior alguns produtos para começar a fabricar no Brasil e encontramos os produtos reciclados de pneus, principalmente mantas acús�cas que são usadas na construção civil embaixo do contrapiso. Quando trouxemos o maquinário, acabamos também incorporando o maquinário de pisos. Decidimos experimentar esse mercado no Brasil, já que não exis�a essa solução acús�ca, não havia piso emborrachado para criança - quando a criança caía não havia uma solução adequada para o amortecimento. Então resolvemos iniciar a fabricação da manta em 2009. Trouxemos todo o maquinário de fora e iniciamos a produção. Desde o início focamos muito na questão da qualidade (vimos que havia uma demanda que não era atendida). Este é um produto que resolve grande parte do passivo ©Foto Divulgação

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ambiental que é o grande problema do pneu despejado no meio ambiente. Não se dava na época - e ainda não se dá hoje - à proporção que se recicla um des�no certo para o pneu. Hoje só 30% do pneu inservível é u�lizado em artefatos de borracha, asfalto, entre outros. Então decidimos começar por esse mercado. De lá pra cá desenvolvemos linhas de mantas e pisos para playground, academias, área corpora�va. Dentro da linha de acús�ca trouxemos maquinários que fazem mantas diferentes... Fomos desenvolvendo produtos sempre focados na linha acús�ca e na linha do piso de absorção de impacto. Esse é o nosso principal mercado, sempre pensando em aproveitar a principal caracterís�ca do pneu que é a sua resiliência. Por isso, não perde a maciez e o formato, possibilitando a absorção de impacto que é necessária nos mercados em que atuamos.

“Teria que haver um crédito para quem está usando o artefato feito a partir de pneu reciclado.” A empresa atua sozinha neste mercado? Hoje há muitas empresas fabricando vários �pos de materiais, mas que não têm a mesma qualidade. Focamos em qualidade e na funcionalidade do produto para o nível que se precisa. Hoje somos referência e líderes nos mercados em que atuamos: mantas e nos pisos para playground e academia. Hoje nos destacamos pelos nossos métodos produ�vos, que apenas parecem simples. Pegamos os grânulos de pneus, usamos maquinário específico, cola adequada, envolvendo a tecnologia toda, para transformar em produtos de primeira linha. www.borrachaatual.com.br

Qual o “market-share” da empresa? É um mercado embrionário criado por nós. Es�mamos em 45%. Vocês desenvolvem produtos com os clientes? Sim. Trabalhamos muito - e essa é uma de nossas caracterís�cas – porque é um mercado que estamos criando (um produto que se usa lá fora não é necessariamente o mesmo usado no Brasil). Quando começamos com os emborrachados, u�lizamos poucas cores de produtos. Em uma praça pública na Europa o ambiente é mais escuro, pois os europeus não têm tanta necessidade de esté�ca, eles são muito mais funcionais. Então começamos fabricando três cores mais escuras. Viemos para o Brasil - e o brasileiro gosta de cor - e hoje temos cores em grande variedade. Tivemos que desenvolver de acordo com a necessidade e da demanda, tanto da parte de piso quanto da parte de manta. Por exemplo, em 2012 lançaram uma norma de desempenho da construção civil onde as construtoras �nham que atender um requisito mínimo de acús�ca - já trabalhávamos com mercado de alto padrão na época. As construtoras do segmento econômico deveriam atender essa norma, mas não �nham a solução. Elas nos pediram para desenvolver uma manta acús�ca para o sistema “laje zero”, que não tem o contra piso e assim desenvolvemos. Nós nos guiamos pelo que os consumidores nos pedem. É o nosso obje�vo. Vocês, que atendiam as construtoras de alto padrão, passaram também a atender as mais populares? Sim. E hoje é bem variada a nossa atuação. A Aubicon tem dois tipos de pisos? Um em SBR e outro em EPDM? Isso é interessante. Nesses dez anos

fomos evoluindo. Começamos a fabricar esses pisos que são de pneu pintado e três espessuras de mantas acús�cas. Depois, na medida do possível, fomos entrando em outros mercados. Dentro do playground, por exemplo, descobrimos que exis�a uma demanda por pisos mais duráveis do que um pneu pintado, porque com o tempo, a pigmentação, que é só exterior, com a abrasão vai saindo. O pneu tende a perder um pouco da cor. O que fizemos? Pesquisamos no exterior quais eram as úl�mas tecnologias u�lizadas. Encontramos a borracha de EPDM. Como é feito, o EPDM de lá é um pouco diferente do que conhecemos aqui, usado em batente, esquadrias, que é o EPDM preto. Lá eles têm o EPDM para uso espor�vo com a mesma matéria-prima, mas composta de um jeito que é feita para durar. Com essa borracha, usada, por exemplo, em uma pista de atle�smo, é ob�da a mesma propriedade de absorção, de amortecimento, de durabilidade, da caracterís�ca de poder ser u�lizada na área externa para aguentar intempéries e ainda pode ser colorida. Um EPDM colorido é totalmente diferente daquele que encontramos em um fabricante para o setor automo�vo. É feito para uso externo e hoje trazemos este material da Alemanha.

Vocês têm algum tipo de parceria com a Reciclanip? Não. Porque a Aubicon não é encarada como uma recicladora. Compramos de fabricantes que reciclam. Provavelmente muitos de nossos fornecedores têm parceria. Eles fazem todo o processo de reciclagem e nos vendem o grânulo reciclado. Mas é algo interessante porque nós estamos puxando a cadeia. Consumimos todo o grânulo que o fornecedor fabrica. Teria que haver um crédito para quem está usando o artefato feito a par�r de pneu reciclado.

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ENTREVISTA Todo o grânulo que vocês compram é reciclado, ou eventualmente, na falta desse material, precisam comprar o material virgem? Fora o EPDM, tudo o que usamos de SBR é reciclado. Tem muito pneu. É um passivo ambiental. Hoje nossos fornecedores não têm porque pegar uma borracha virgem e triturar porque vai sair muito caro. O obje�vo deles sempre é reciclar pneu e vender os grânulos que eles estão reciclando. Então para o SBR não tem falta de matéria-prima? Não. Na verdade faltam fornecedores que façam essa reciclagem de uma maneira adequada para nosso �po de material. Muitas empresas não têm maquinário adequado, específico e junto com o SBR acabam vindo muitas impurezas, como o nylon do pneu, poliéster, até o aço... Imagine colocar um piso para criança com esse material... Criança não pode brincar em piso que tem metal. E o nosso processo produ�vo também não permite, pois trabalhamos com facas e a faca quando bate em um material mais rígido estraga. Temos poucos fornecedores com essa qualidade de grânulo que precisamos.

“Faltam fornecedores que façam a reciclagem de uma maneira adequada para nosso tipo de material.” Na eventualidade da falta deste material no Brasil vocês importam? Não. Temos fornecedores, criamos uma cadeia em que eles nos suprem. Então usamos material brasileiro, não tem porque trazer de fora. Temos trabalhado muito para entender quem são

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eles, qual a capacidade deles, qual o obje�vo deles de crescimento para poder nos suprir.

Se a demanda subir exponencialmente, vocês têm capacidade para atender? Nosso trabalho é muito próximo. Vemos a entrada de gente nova no mercado, novos recicladores. Então nosso trabalho é muito mais de procura por desenvolvimento, entender primeiro a capacidade e a possibilidade de crescimento. Se eles não têm como nos suprir, procuramos novas opções. Então vamos mapeando o cenário. Não compensa trazer pneu de fora, é impossível, porque o frete é muito caro e não faz sen�do usar pneu reciclado da Argen�na, por exemplo. Temos que usar pneu reciclado do Brasil. O que nos interessa é exportar o produto final. Para que mercados vocês exportam? Estamos fazendo um trabalho de desenvolvimento. Conseguimos a�ngir um nível de qualidade equiparável aos produtos internacionais. Isso é muito posi�vo. Inclusive com EPDM, com maquinário. Vendemos para vários países na América La�na, Inglaterra, Vietnã... são mercados variados, de acordo com o que estamos formatando de cadeia de distribuidores. Como foi esse mercado em 2018 e quais as perspectivas de crescimento para este ano? O mercado em que estamos é uma criação de cultura, então o que vimos? Que sofreu em 2018, como todo o mercado brasileiro. Em crise, as pessoas perderam o poder de compra, mas con�nuam comprando. Porque existe uma necessidade por segurança, os projetos não param e a aí pensamos em um condomínio, uma obra pública, um colégio, tudo tem que ser feito. Lógico que re-

duziu a quan�dade, os negócios ficaram mais escassos. Conseguimos crescer como queríamos em 2018 e a expecta�va é crescer neste ano também. No ano passado crescemos 10% e em 2019 esperamos crescer 15%. Nesse mercado estão aparecendo novos entrantes, só que não estão fazendo produtos de qualidade e acabam atrapalhando um pouco.

Vocês fazem algum tipo de divulgação para “separar o joio do trigo”? Trabalhamos muito no marke�ng para a conscien�zação. Desde o início procuramos ficar muito perto de nossos públicos, os especificadores, os proje�stas. Par�cipamos de feiras como a Reves�r, focada em reves�mento, a Feicom... Temos um trabalho junto às prefeituras especificando, mostrando as diferenças entre os pisos, a durabilidade, explicando que se tem que analisar a matéria-prima, a diferença entre SBR e EPDM (que tem uma diferença gritante de valor)... Enfim, estamos trabalhando bastante para criar essa cultura. Trabalhamos com laudos, é uma conscien�zação junto a esse mercado. Esse mercado está preparado para entender a qualidade do material de vocês? Depende do mercado. Quando falamos com um pessoal mais técnico, que é a parte de projetos, de construção, de obra mesmo, eles entendem a diferença. Mas quando dialogamos com um público mais “cru”, ele não consegue entender, acha que é tudo piso. É um pouco mais di�cil. Quais são os seus principais clientes? São muito variados. Uma grande parte é de construtoras, a manta acústica basicamente é para o mercado de www.borrachaatual.com.br


construção. Na parte de piso temos construtoras, academias, clubes, colégios, obras públicas e áreas corporativas.

Esse material é aceito também em casas de shows (lembrando o caso da boate Kiss, no sul)? Depende do produto. Se você precisa de maior requerimento quanto ao fogo, recomendamos trabalhar com EPDM. Dependendo da necessidade temos a solução. Você acha que com a atuação de vocês é possível fomentar o mercado de EPDM no Brasil? Falando de pisos para academia, não, porque o EPDM automo�vo já é superdesenvolvido. Acho muito di�cil uma produção local suprir o mercado daqui. O mercado de EPDM é muito grande e nossos fornecedores fabricam toneladas de EPDM por mês. O que consumimos é muito distante do que seria necessário para uma empresa vir produzir no Brasil. Então o EPDM que poderia ser reciclado por seu fornecedor precisa de alguém que forneça o EPDM para ele... Na verdade o EPDM não é reciclado, é uma borracha virgem. O que os fornecedores fazem? Granulam a borracha virgem do tamanho que você precisa pois ela entra como uma borracha térmica. Eles podem fazer EPDM de vários tamanhos, várias cores, mas sempre virgem. É uma cultura nova. Na Europa isso é muito mais avançado. Lá é o berço de todo o piso espor�vo. Os europeus têm uma demanda muito grande e acabam suprindo tudo. Mas aqui na América La�na é pra�camente inexistente. Porque tem que se desenvolver uma cultura de EPDM no mercado para jus�ficar estar aqui. www.borrachaatual.com.br

Qual a estrutura da Aubicon no Brasil? O escritório fica em São Paulo, onde está toda a administração. A parte fabril fica em Extrema, onde está o estoque e a parte administra�va da fábrica. No ano passado incorporamos uma nova empresa chamada Barcelona que também fabrica piso de pneu lá em Colombo, região da grande Curi�ba. Qual a capacidade de produção da fábrica de Extrema? Mantas acús�cas: 150 mil metros quadrados/mês. Pisos: 15 mil metros quadrados/mês. Tudo o que é fabricado é vendido? Podemos dizer que temos uma demanda que conseguimos suprir com folga.

chutagem do pneu. Quando um pneu de caminhão fica careca, ele é levado para um recauchutador que vai reaproveitá-lo. Ele cria uma fibra de pneu para colocar uma nova parte de fora. A raspa é resultado dessa recauchutagem.

No grânulo o pneu já acabou... Já acabou e será triturado. Na raspa, ele será reaproveitado para poder rodar mais.

“Hoje os fornecedores têm mais dificuldades em obter raspa do que tinham antigamente.”

Há planos de expansão, além da incorporação da empresa Barcelona? A incorporação da Barcelona já fazia parte de nosso plano, a fim de entrar em um novo mercado. Agora temos que rodar a empresa lá no sul. Ela tem um produto que é muito bom. Por ter a produção reduzida, ele tem um custo interessante.

A raspa então é mais barata que o grânulo... Hoje em dia o preço é equivalente. Porque com a crise os caminhões rodam menos, então você tem menos disponibilidade de matéria-prima. A gente compra essa raspa, processa essa raspa, separa por tamanho... Hoje os fornecedores têm mais dificuldades em obter raspa do que �nham an�gamente.

As tecnologias são diferentes nas duas unidades? São parecidas. O que muda é a escala de lá, que é menor por fabricar menos produtos e a matéria-prima. Usamos grânulos aqui e na Barcelona usamos raspas de pneu. Raspas dos recauchutadores de pneu. É diferente a proveniência, mas a matéria-prima acaba sendo a mesma.

A logística é muito importante. Você pega uma raspa em São Paulo ou no Paraná, é mais barato. Não se consegue trazer de Manaus uma raspa... Como você opera essa logística? Ela tem limite, senão o frete fica muito caro. Então procuramos parceiros que estejam perto da gente ou, quando necessário por uma questão de qualidade de um determinado produto, acabamos trazendo do mais perto possível, se não está tão perto de casa como gostaríamos. Um fator determinante é a logís�ca. Temos que fazer o cálculo do pneu mais frete e aí quem está longe

Qual a diferença entre grânulo e raspa? O grânulo vem do pneu inservível que o nosso fornecedor vai �rar do talão e vai picotar, transformando em grânulos. A raspa é proveniente da recau-

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ENTREVISTA sofre mais e muitas vezes não consegue fazer negócio por conta disso.

Vocês trabalham com startups no desenvolvimento de novos produtos? Por enquanto ainda não. Mas faz parte de nossos planos. Estamos sempre muito abertos a novos produtos, novas tecnologias, à inovação. Um dos nossos clientes tem feito um piso customizado em que você escolhe o desenho que quer, se quer colocar o logo e já fazemos a borracha de EPDM embu�da na placa de pneu. Também temos um projeto para crianças, uma academia que faz crossfit para crianças, tudo feito em borracha e customizada. Ela nos passou os desenhos e desenvolvemos. Temos sempre essa pegada de inovar, de atender o que o cliente quer. Muitos não querem sair de sua zona de conforto. Nós somos o contrário. Queremos sair da zona de conforto. Esse é um de nossos lemas. Como as mantas são produzidas? O processo consiste em pegar grânulos, que podem ser de pneu, mas também podem ser de qualquer material flexível e aglomerar. Temos uma cola específica e essa massa que temos é prensada em prensa de alta capacidade e dependendo do produto ela formata. Uma placa já sai no formato. Tem um baixo consumo de água e de energia. É uma produção superlimpa, a temperatura é muito baixa, então não passa por nenhum processo de vulcanização. É só um processo de prensagem e aglomeração. No caso das mantas nem temperatura usamos. Vamos laminando os materiais gigantes como se fosse uma casca de laranja e transformando isso em rolos. Tem um rolo saindo como tecido? Sim. Tem rolo. Vamos laminando e a manta vai saindo como uma casca de laranja em um rolo con�nuo de 10 a 20 metros.

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Para fazer os desenhos deve ser complicado... É manual. Tudo é feito manualmente. Aí os instaladores na obra - esse é outro trabalho que fazemos, desenvolvemos equipes de instaladores para poder instalar - fazem todos os desenhos. São especializados nisso. Daí cola no piso e contrapiso... Sim. E qual é a durabilidade? Acima de 10 anos, falando em pisos. Para as mantas damos garan�a de 30 anos, pois o diferencial do material é justamente ser durável. Ele está embaixo do contrapiso, vai permanecer com a caracterís�ca de resiliência Caso aconteça algum problema e a pessoa quiser trocar, o que acontece com o material antigo? No Brasil é di�cil pensar em logís�ca reversa. Sabemos que é possível, mas ainda não conseguimos implantar isso. Poderia ser possível você retornar o material, reprocessar e reproduzir um novo piso. Nós já fazemos isso hoje com nossos resíduos industriais. Parte deles nós trituramos dentro da fábrica mesmo e reaproveitamos em quan�dade determinada e controlada, que sabemos que não afeta o resultado do produto. Poderíamos fazer isso, mas lá temos o controle do material que já está perto, está na nossa produção, então fica mais fácil. Podemos estudar fazer a logís�ca reversa desde que tenha viabilidade nos custos. Isso também vale na troca de pisos de outras fabricantes? Sim. É possível triturá-lo e fazer um novo produto, muitas vezes criando o mesmo, mas que �vesse parte ou que fosse o mesmo também. Mas fazer isso no Brasil é meio complicado...

O custo do frete é muito caro e o Brasil ainda não está preparado para pagar o custo da logís�ca reversa.

Vocês têm zero de perda em seu processo produtivo? Temos perda, mas reincorporada. Quando acabamos perdendo o custo da cola, muitas vezes não compensa fazer todo esse trabalho, então preferimos vender como linha “alter”, como a chamamos, que é um produto mais barato com alguns defeitos. Tem sempre que analisar o quanto vale a pena você retriturar e incorporar no processo, porque a cola sempre é perdida no aglomerado... O principal custo está aí. Cola é um produto caro. Essa cola é importada ou de fornecedor local? Trabalhamos com as duas opções, mas, quando começamos em 2009, recolhemos as receitas que havia e desenvolvemos com um fornecedor local. São empresas grandes que fabricam no Brasil. Mas foi tudo embrionário. Não �nhamos nada disso. Mesmo no começo, conseguimos um fornecedor produzindo. Hoje são uns três ou quatro fornecedores. Foi toda uma construção do mercado. Você fala que quando tem novidade, entra seu piso, entra sua tecnologia e criatividade. Você consegue deslocar pisos tradicionais que estão sendo utilizados hoje em função de uma vantagem ou de uma nova tecnologia? Sim. Por exemplo, fornecemos nosso piso em rolo para o “Google Camps”, que construiu um prédio no Paraíso focado em hospedar startups. Colocamos em toda a área. A ideia do piso é subs�tuir um carpete, pois quando você pensa no carpete, quer conforto acús�co e ele tem uma sensação mais quente que piso de madeira. Temos colocado muito como subs�tuto. Acabamos tendo www.borrachaatual.com.br


subs�tutos para pisos mais tradicionais, como o carpete...

então há uma consciência maior quanto à segurança de crianças.

Que traz outros problemas como alergia, o que não ocorre com o piso de vocês Ele é um produto muito mais fechado.

O segmento de clubes é importante para vocês? Atuamos, mas não é dos nossos principais segmentos. Não há muita demanda. Quando tem, atendemos.

A Aubicon é uma empresa nacional ou tem participação estrangeira? 100% nacional. Você já trabalhava na área de borracha? Somos alguns sócios, eu e meu irmão ficamos no dia a dia. Meu irmão havia visto esse produto no Brasil de uma maneira muito artesanal, tentou entrar com uma empresa, não deu certo e aí foi ao exterior procurar esse �po de tecnologia. E encontrou. Gostava muito de arquitetura e construção e acabou entrando nesse mercado por esse mo�vo. Vocês fazem manta de impermeabilização? Não, porque para ela ser acús�ca, ela tem que ter uns vazios entre os grânulos, ao contrário da impermeabilizante, que tem que ser fechada. Para ter melhor amortecimento tem que ter os vazios. Seu piso tem mais aplicações em climas quentes, climas frios ou tanto faz? Tanto faz. Pode ser aplicado nos dois. A borracha do pneu resiste. É um dos diferenciais tanto do EPDM quanto da borracha de pneu. Quais são os principais mercados no Brasil? Sul e Sudeste? Sul e Sudeste pelo poder aquisi�vo, mas acabamos atendendo todo o Brasil. Não podemos falar que é uma cultura só do Sul e Sudeste. Quando atende uma prefeitura, independe da região. Existe uma norma de segurança que fala que tem que ter piso emborrachado, www.borrachaatual.com.br

“Estamos sempre muito abertos a novos produtos, novas tecnologias, à inovação.” A tecnologia que vocês usam demanda por máquinas taylormade, feitas especificamente para o seu processo? Ou as pessoas acham que sabem fazer e usam máquinas que estão no mercado, começando a produzir e piorando a qualidade? Muita gente tem vendido essas máquinas milagrosas de fazer piso- e gente da borracha, inclusive. Soube que eles �veram bastantes problemas. Diziam que vendiam máquinas específicas para isso, mas que no final das contas não são próprias. Não dão a produ�vidade e a qualidade que precisam. Para fabricar o piso é necessário ter máquinas boas para isso. E não vai se conseguir isso nem na China e nem em lugar que não es�ver preparado para atender como deveria. E tem que garan�r constância. Não basta só fazer uma placa. Tem que garan�r que toda placa sairá igual. É um trabalho complicado, porque se trabalha com produto reciclável, com pessoas fazendo, então tem que haver um controle maior nessa produção. A Aubicon participa de eventos no exterior?

Vamos par�cipar da FSB neste ano em novembro, em Colônia, na Alemanha, com foco em pisos espor�vos. Estamos indo pela segunda vez levando o Brasil para compe�r com fabricantes da Europa e de outros lugares do mundo. Estamos orgulhosos em expor lá.

Vão para fazer negócios? Estamos desenvolvendo um trabalho de apresentar a empresa para o exterior. É um pouco mais demorado e exige inves�mento e muito trabalho. A empresa tem representantes no exterior? Sim. Estamos em nove países. Nossa ideia é ter uma cadeia mais aberta. Você precisa de alguma homologação especial para seu material no Brasil e no exterior? O que precisa são os laudos. Todos os nossos produtos têm laudos. Precisa mostrar o quanto atenua a acús�ca, o quanto o piso vai absorver a queda de uma criança... O que temos não é homologação, mas uma cer�ficação. São necessários muitos laudos e por isso também temos que inves�r bastante na parte de laboratório. Quantas certificações tem a Aubicon? São muitas, entre elas laudos de abrasão, de atenuação acús�ca, amortecimento... E para cada produto é uma coisa. Por exemplo, para piso de academia, os requerimentos são diferentes de um piso de playground. Para a manta acús�ca, a regra é diferente. Tivemos que mandar alguns produtos para o exterior. Para Portugal, por exemplo, para ensaiar o quanto ela comprime com o tempo, pensando na segurança de que o produto não irá perder performance a longo prazo. Por isso temos que estar muito envolvidos nessa parte de proje�sta, parte técnica... ter um corpo técnico para poder embasar. 

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PNEUS

novo Airbus A321XLR será equipado com pneu Goodyear Flight Radial Os pneus Flight Radial, lançados recentemente pela Goodyear, foram selecionados para equipar o trem de pouso dianteiro da nova aeronave da Airbus, a A321XLR. Tratase de um pneu radial ultraleve que oferece alto desempenho nas aterrisagens e que está homologado para ser usado em vários modelos de aviões de passageiros. Sobre o Flight Radial, a Goodyear informa se tratar de um dos seus produtos de aviação mais avançados, que incorpora a tecnologia Goodyear Featherweight Alloy Core Bead, criada para reduzir consideravelmente o peso da linha de pneus radiais para a aviação e que conta com correias de piso rígidas aliadas a cabos fundidos, gerando maior estabilidade dimensional, maior vida ú�l e maior resistência a perfurações ou cortes. “Os pneus Flight Radial da Goodyear são excelentes para o novo Airbus A321XLR e estamos contentes por ser um fornecedor dessa aeronave impressionante”, conta Dan Smytka, presidente de Negócios Fora de Estrada da Goodyear. O anúncio do novo equipamento para essa aeronave é representa�vo do relacionamento de colaboração bem-sucedido e de longo prazo entre a Airbus e a Goodyear, que reforça o compromisso de fornecer produtos e serviços de primeira linha para a indústria da aviação. 

Goodyear comemora 175º aniversário da patente de vulcanização da borracha A Goodyear, fabricante que completa 100 anos de presença no Brasil, comemorou durante o mês de junho o 175º aniversário da patente de vulcanização da borracha de Charles Goodyear. Em 1898, o empresário Frank Seiberling fez uma homenagem ao inventor ba�zando de The Goodyear Tire & Rubber Company a sua empresa recém-criada, na cidade de Akron, em Ohio, Estados Unidos. Charles Goodyear recebeu uma patente em 15 de junho de 1844 pela sua revolucionária invenção. A descoberta aconteceu por acaso, quando Goodyear deixou acidentalmente exposta ao calor uma mistura de borracha com enxofre e chumbo. Ele notou que a borracha sem tratamento derre�a no verão e congelava a ponto de se tornar

sólida no inverno. O inventor então nomeou o processo de vulcanização, em homenagem a Vulcano, o an�go deus romano do fogo. A borracha u�lizada no início do século XVIII �nha dois grandes problemas. Apresentava dificuldade de ser trabalhada no estado sólido e por outro lado se tornava muito mole e pegajosa quando subme�da ao calor. Em tempo frio, tornava-se progressivamente rígida e, no rigor do inverno, completamente inflexível. Além disso, desenvolvia odor desagradável após pouco tempo. Por conta disso, Goodyear começou a estudar uma maneira de conquistar maior resistência diante das oscilações de temperatura. Após vários ensaios, ele conseguiu obter borracha vulcanizada, misturando-a ao enxofre em alta temperatura. ©Fotos Divulgação

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Um século construindo histórias Há 100 anos no Brasil, a Goodyear conta com uma completa linha de pneus e reúne modelos dos mais variados segmentos, sempre com produtos pensados nas principais necessidades do motorista e nas diversas situações de uso. A Goodyear tem um elevado padrão de qualidade, tecnologia e inovação em todos os seus produtos. Cada modelo tem caracterís�cas de acordo com as necessidades do público ao qual se des�na. O Wrangler, por exemplo, é conhecido pela sua versa�lidade e capacidade off-road. Já a linha Eagle é focada em modelos espor�vos. O EfficientGrip é um pneu elaborado para oferecer alta performance, tanto em pisos molhados como secos, com um elevado grau de segurança e excelente tração. No caso do Assurance, o foco está na durabilidade e economia para carros compactos, enquanto o Direc�on é elaborado para aqueles que procuram conveniência. Por fim, a linha Cargo é focada nos motoristas que buscam total custo-bene�cio. Além de estar presente nos automóveis, a Goodyear também está nos veículos pesados, caminhões, ônibus e aviões. Entre as principais caracterís�cas oferecidas pela Goodyear para a linha comercial está a entrega do melhor custo por quilômetro durante a vida total do pneu. Os produtos estão direcionados para atender veículos que atuam nos setores rodoviário, regional, regional severo, urbano, misto e fora da estrada. Já nos ares, a Goodyear se destaca no Brasil por ser fornecedora das principais companhias aéreas do País. 

Rinaldi apresenta pneu para “hard enduro” Para complementar sua linha off-road de motocicletas, a Rinaldi anuncia uma novidade: o Stone Way SW 43, pneu específico para a modalidade de Hard Enduro que chega com duas medidas: 90/100-21 (dianteiro) e 140/80-18 (traseiro). “Nosso obje�vo era conseguir chegar a um composto que fosse macio, mas que ao mesmo tempo �vesse blocos resistentes a rompimentos, permi�ndo que se moldem aos diferentes �pos de terrenos e obstáculos”, explica o gerente industrial, Silvio Grecco, responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento. O Stone Way SW 43 é um pneu específico para a prá�ca do hard enduro, é importante seguir as especificações de uso da Rinaldi, evitando condições de sobrecarga, alta pressão na calibragem e tráfego em vias pavimentadas. O mesmo já se encontra disponível nos distribuidores Rinaldi. SS 48 Tubeless ganha versão sem câmara – O SS 48, pneu para uso urbano, acaba de ganhar uma versão sem câmara de ar, para ser montado em rodas de liga de alumínio. Ideal para motocicletas urbanas de baixa cilindrada, o SS 48 Tubeless oferece elevado desempenho quilométrico, sem comprometer a aderência. Além disso, possui reves�mento interno eficiente, que mantém estável sua calibragem. Para uso urbano e em rodovias pavimentadas, possui excelente rendimento quilométrico, além do visual moderno. Destaca-se pela ó�ma tração, equilíbrio e dirigibilidade, tendo superior relação custo bene�cio. Duas novas medidas do pneu RT 36 – Estão chegando ao mercado duas novas medidas do RT 36: 90/90-21 (54P) para o pneu dianteiro e 120/80-18 (62P) para o traseiro. Um dos grandes sucessos de venda da Rinaldi, este pneu foi desenvolvido para atender às demandas de uso misto das motocicletas trail, apresentan-

do caracterís�cas que conferem boa dirigibilidade tanto no asfalto como na terra. Para conseguir isso, a Rinaldi precisou desenvolver e testar vários �pos de compostos e desenhos até chegar a um resultado que oferecesse elevado grip e baixo desgaste – e consequentemente, longa durabilidade. “De maneira geral, os pneus on/off apresentam desgaste acelerado porque o atrito dos blocos em contato com o solo gera calor que acaba consumindo rapidamente a banda de rodagem”, explica Sílvio Grecco, gerente industrial da Rinaldi e responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento da empresa. “Mas no caso do RT 36, chegamos a um composto que, graças à sua ó�ma transmissão térmica, promove a refrigeração desses blocos, resultando em aumento da durabilidade sem comprometer sua aderência”, acrescenta. O desenho dos blocos do RT 36 foi pensado também para oferecer a máxima dissipação de barro para a pilotagem na terra, de modo a permi�r que o pneu mantenha o contato com o solo, promovendo aderência e uma pilotagem segura nesta condição. “As motos vêm apresentando um aumento em suas configurações de motor e isso nos mostrou a necessidade de acompanharmos esta demanda, oferecendo estas novas medidas que atenderão a motos trail de até 300 cm3 de cilindrada, como a Honda XRE 300 e Yamaha XTZ 250”, revela Mauro Thomé, gerente comercial da Rinaldi. 

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Vendas de máquinas e equipamentos caem 6,1% em junho A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou retração nas suas a�vidades durante o mês de junho de 2019. Segundo dados da ABIMAQ, em relação ao mês anterior (maio/19) a queda nas vendas foi de 6,1% e em relação ao mesmo período do ano anterior (junho/18), foi ainda maior, 12,1%. Estes resultados eliminaram boa parte da taxa de crescimento acumulada no ano pelo setor. No ano, o crescimento acumulado caiu de 7,5% (até maio) para 3,6%. O desempenho de 2019 con�nua influenciado pelo mercado domés�co, que registrou crescimento de 10,2% no semestre. As vendas para o mercado externo registraram, pelo terceiro mês consecu�vo, retração. A melhora no desempenho econômico nacional no úl�mo semestre de 2018 propiciou aumento da confiança do setor produ�vo e es�mulou o aumento dos inves�mentos naquele ano. Infelizmente este cenário mudou um pouco, e os dados recentes mostram rela�va desaceleração das a�vidades econômica domés�ca. No mercado internacional há também um cenário de desaceleração. Ainda que o semestre tenha encerrado com resultados acima dos observados em 2018, período cuja a�vidade foi influenciada nega�vamente pela paralização dos caminhoneiros, esta melhora vem claramente diminuindo. As exportações encolheram novamente no mês de junho de 2019 (-8,0%) quando comparado com o mês imediatamente anterior. Essa é a terceira queda mensal consecu�va neste �po de análise. Na comparação interanual também houve queda nas exportações, passaram de US$ 880 milhões em junho/18 para US$ 681 milhões em junho/19 (-22,5%). A acentuada desaceleração do comér-

cio internacional, em razão das tensões entre EUA e China e a crise na Argen�na ajudam a explicar a queda das exportações de máquinas observada no primeiro semestre/19. A queda das exportações de máquinas e equipamentos no mês de junho ocorreu na maioria dos setores exportadores. No mês junho/2019 o consumo de máquinas e equipamentos diminuiu em relação ao mês imediatamente anterior (-5,0%) influenciado pela redução tanto no consumo de máquinas nacionais (-2,4%) como de importadas (-2,9%). Sobre o mês junho/2018 houve crescimento de 8,4% em função, principalmente, do aumento das importações de máquinas, mas também pela melhora de 1,3% na aquisição de bens produzidos no mercado local. No primeiro semestre/2019 o crescimento observado foi 11,6%, um pequeno recuo quando comparado com o resultado acumulado até o mês de maio (12,3%).

O nível de u�lização da capacidade instalada da indústria brasileira de máquinas e equipamentos aumentou em 0,5 p.p.. Este nível é 0,3 p.p. acima do observado no mesmo mês de 2018. Apesar desta rela�va melhora no nível de u�lização da capacidade instalada, a carteira de pedidos da indústria de máquinas e equipamentos recuou um pouco. A par�r de 2018, o setor fabricante de máquinas e equipamentos iniciou o processo de ampliação do quadro de pessoal, encerrando o ano com pouco mais de 300 mil postos de trabalho. Um aumento de mais de 10 mil pessoas empregadas só em 2018. Em 2019, até o mês de maio, o setor registrou 5 meses consecu�vos de aumento nas suas contratações, porém, em junho houve uma pequena redução (-0,4%). Ainda assim, atualmente o setor fabricante de máquinas e equipamentos conta com 307.526 pessoas ocupadas um aumento de quase 7.000 postos de trabalho no setor em relação ao ano de 2018.

Troller lança o T4 Trail, versão para off-road radical

A Troller acaba de lançar no mercado o modelo T4 Trail, nova versão do u�litário equipada com acessórios exclusivos que ampliam a capacidade do veículo para enfrentar terrenos fora de estrada

severos. O modelo vem com para-choques off-road, snorkel, alargadores de para-lama e protetores de aço dianteiro e traseiro, além da iden�ficação Trail na coluna central, oferecidos pela primeira vez como itens de série na linha. O para-choque off-road, feito com estrutura e ponteiras de aço, vem com suporte de manilha e preparado para a instalação de guincho. Os alargadores de para-lama protegem a carroceria e ampliam o espaço da caixa de roda. Já o “snorkel” permite a travessia de rios e trechos alagados com mais segurança.  ©Foto: Divulgação

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Triumph lança no mercado brasileiro a novíssima Street Scrambler 1200 XE A Triumph está lançando no mercado brasileiro a novíssima Street Scrambler 1200 XE, agora equipada com o motor Bonneville de 1200 cc de Alto Torque, que traz suas especificações para o mais alto nível e eleva sua capacidade off-road e as credenciais scrambler à mais alta posição no mundo do motociclismo. O modelo chega às Concessionárias com preço de R$ 59.990,00. No início de agosto será lançada no Brasil a Street Scrambler 1200 XC, com a mesma motorização, mas com caracterís�cas técnicas que privilegiam seu uso em estradas asfaltadas, sem comprometer sua capacidade off-road. A nova linha Street Scrambler 1200 chega como uma referência em motocicletas de dupla finalidade (on e off-road), com es�lo moderno e customizado. Estas novas e lindas scramblers 1200 proporcionam níveis de desempenho, especificações e um acabamento que redefinem a categoria, combinados com o emblemá�co DNA Scrambler da Triumph e toda a capacidade de uma verdadeira motocicleta de aventura. Construídos para proporcionar uma experiência de pilotagem sublime em qualquer estrada, e repletos de especificações líderes de mercado e tecnologia de ponta, esses novos clássicos modernos elevam a lenda iniciada pela Triumph a um novo patamar. As primeiras de uma nova geração, e melhores sob todos os aspectos. O que há de melhor neste segmento está aqui. 

Harley-Davidson Livewire traz nova experiência de motociclismo

A Harley-Davidson® LiveWire® é uma motocicleta nova e totalmente elétrica; um novo modelo projetado para oferecer ao piloto uma experiência de motociclismo de alto desempenho com um novo nível de tecnologia. Impulsionada pelo torque imediato do motor totalmente elétrico H-D Revela�on™, a motocicleta LiveWire® é capaz de acelerar instantaneamente com apenas um giro do acelerador - não é necessário embreagem ou troca de marchas. Um centro de gravidade o�mizado, estrutura de alumínio rígida e componentes de suspensão ajustáveis premium dão um manuseio dinâmico à motocicleta LiveWire®. Com até 235 quilômetros de alcance (146 milhas), o desempenho é o�mizado para o motociclista urbano. O modelo LiveWire® é o primeiro de um amplo por�ólio de veículos elétricos de duas rodas projetados para estabelecer a Harley-Davidson

como líder na eletrificação de motocicletas. Sua estreia é uma parte significa�va do plano “More Roads to Harley-Davidson” para acelerar a formação da próxima geração de motociclistas por meio de novos produtos em novos segmentos de motocicletas, acesso mais amplo à rede e um compromisso de fortalecer os concessionários globalmente. A motocicleta LiveWire® estará disponível em 2019 nas concessionárias Harley-Davidson nos Estados Unidos, Canadá e na maioria dos países europeus onde a Harley-Davidson está presente. A disponibilidade global está planejada para acontecer até 2021 em outros mercados, ainda sem datas definidas. O preço sugerido da LiveWire® nos Estados Unidos é de US$ 29.799,00*.  ©Fotos: Divulgação

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Em abril/2019 tivemos a nossa 2ª participação na Feiplastic que foi um sucesso e também comemoramos junto aos nossos clientes e amigos os 34 anos de Auriquimica. Com a busca constante em ampliar o nosso portfólio e desenvolver novidades para atender os nossos clientes, anunciamos os novos produtos em nossa distribuição:

Elvaloy®

As resinas de copolímero de etileno Elvaloy® são compostas por matérias primas para aumentar a flexibilidade, resistência, exposição externa a longo prazo e o toque suave. As aplicações incluem modificação de PVC, PP, PE, EVA, PBT, PET, ABS entre outros, além de aplicações como pavimentação de asfalto, revestimento de cabos e membranas para telhados.

Elvax®

As resinas de copolímero Elvax® EVA (Etileno Vinil Acetato) adicionam tenacidade, resiliência, resistência à quebra e melhor flexibilidade em relação ao LDPE em amplas faixas de temperatura para aplicações industriais e de consumo. Destacando-se nas aplicações de solados para calçados, adesivos hot melt, roupas de mergulho, tapetes, pisos, pastas, flutuadores, pranchas, entre outros.

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Fusabond®

Fusabond® é um agente acoplante e modificador de impacto para vários tipos de polímeros, como PP / PA / PE / EVA, entre outros. O produto é capaz de tornar estes compostos mais fortes, rígidos e compactos. Além disso, melhora as propriedades mecânicas dos compósitos, criando ligações químicas duráveis entre vários tipos de polímeros. Isso representa uma melhora significativa em termos de força, rigidez, dureza e resistência a umidade.

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MERCADOS

Tecnologias para resíduos estarão na BW expo e Summit 2019

Entre os dias 5 e 7 de novembro, a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) promoverá no São Paulo Expo, na capital paulista, a BW Expo e Summit – 3ª Biosphere World, que proporcionará uma experiência para todos os seus par�cipantes, por ser o único evento mul�disciplinar do mercado direcionado exclusivamente às tecnologias voltadas à sustentabilidade do meio ambiente. Um dos destaques da exposição será a apresentação de soluções, produtos, equipamentos, tecnologias e serviços des�nados a atender as demandas para gestão de resíduos, incluindo os setores de remediação do solo, geração de energia a par�r de materiais residuais, aterros sanitários, análises laboratoriais, depuração de gases, logís�ca reversa, entre outros. Segundo Walter Rauen, diretor presidente da BOMAG MARINI La�n America, o avanço tecnológico voltado às soluções que ofereçam o menor impacto ao meio ambiente é uma tendência global, inserida tanto no contexto social, em uma escala micro ambiental, nos hábitos e escolhas individuais dos seres

humanos, avaliando o seu papel em relação ao futuro das próximas gerações, assim como em escala macro ambiental, no contexto corpora�vo e industrial, em relação às soluções disponibilizadas ao mercado no intuito de oferecer as melhores escolhas para a gestão da des�nação final de resíduos. Com par�cipação confirmada na BW Expo e Summit 2019, a BOMAG MARINI fornece compactadores de resíduos que atendem as capacidades de 21 a 56 toneladas e resultam em uma operação eficiente, econômica e sustentável e um ciclo de vida maior de aterros sanitários no Brasil e no mundo. “A sustentabilidade também presente na fabricação dos equipamentos, já que a matéria-prima u�lizada é escolhida considerando o seu potencial de reciclagem. Os níveis de emissões também são reduzidos, uma vez que os motores u�lizam novas tecnologias para garan�r a potência ideal com níveis de consumo reduzidos”, explica Rauen. Os compactadores possuem rodas projetadas para alcançar elevado nível de compactação, por meio de anéis poligonais que circundam as rodas e,

principalmente, por pontas agudas que esmagam o material devido ao aumento da pressão sobre ele. Contam ainda com raspadores nas partes frontal e traseira das rodas, com a função de evitar que os resíduos fiquem presos nas rodas, o que acaba comprometendo o desempenho de compactação, além do tempo necessário para limpeza. A estrutura inferior dos equipamentos da marca é completamente fechada, o que assegura que todos os componentes não fiquem expostos, garan�ndo limpeza, segurança e proteção. Esses equipamentos têm um sistema de deslocamento hidrostá�co, que oferece maior eficiência na transferência de potência entre o motor diesel e as rodas. Já o sistema de lubrificação automá�ca conta com uma bomba que distribui em todos os pontos de lubrificação a quan�dade correta de graxa em períodos específicos e programados. A BW Expo e Summit 2019 vai enfa�zar questões prá�cas e, ao mesmo tempo, reunir uma ampla cadeia de setores industriais e de serviços. Seu formato inovador permi�rá que o visitante possa estar em contato com a sustentabilidade do meio ambiente em diversos níveis: exposição de produtos e serviços, a�vidades inclusivas, experiências visuais e intera�vas, eventos de conteúdo, apresentação de cases, visitas às plantas industriais, laboratórios, construções, escritórios, usinas de tratamento de resíduos líquidos ou sólidos. BW eXPO e SuMMiT 2019 3ª BiOSPHeRe WORLD Data: 5 a 7 de novembro de 2019 Horário: 13h às 20h Local: São Paulo Expo endereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – CEP: 04329-900 – São Paulo/SP Mais informações: http://www.bwexpo.com.br/ Foto: Divulgação

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EVENTOS

congresso Brasileiro do Agronegócio discute ações de comunicação integrada

A agricultura brasileira fez uma verdadeira revolução nos úl�mos quarenta anos, tendo alcançado, atualmente, uma posição de destaque em termos mundiais na produção de alimentos, fibras e energia. “A nossa tecnologia dos trópicos e o empreendedorismo dos agricultores contribuíram para essa realidade, garan�ndo a segurança alimentar nacional e alimentado 1,2 bilhão de pessoas no mundo”, afirmou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cris�na, durante a solenidade de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, uma realização conjunta da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio e da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, que ocorreu no dia 5 de agosto, em São Paulo. No entanto, segundo Tereza Cris�na, a agricultura brasileira vem sendo afetada por algumas questões, como por exemplo, o desequilíbrio das forças internacionais e falta de uma comunicação eficiente sobre o que vem sendo feito pelo setor, seja do ponto de vista ambiental como no aspecto da segurança alimentar. “Nessa fase de transição pela qual passamos, precisamos estar integrados, precisamos de ações unificadas a favor do agronegócio e do Brasil. E isso passa por uma boa comunicação,

com todos falando na mesma direção. É inadmissível que o agronegócio brasileiro seja bombardeado, em decorrência da desinformação. Assim, tenho a convicção de que estamos fazendo o melhor para nosso país”, enfa�zou. Em seu discurso, a ministra da Agricultura ainda destacou a importância da biotecnologia, da agricultura digital e das agritechs. O presidente da ABAG, Marcello Brito, concorda com o posicionamento da Ministra da Agricultura pela uniformização da comunicação do agronegócio nacional. “Os temas mais deliberados nos úl�mos meses em nosso segmento foram: desmatamento, acordo entre a União Europeia e o Mercosul e a liberação dos agroquímicos”, disse. “Porém, as informações divulgadas não refletem, necessariamente, a realidade do nosso setor, o que faz com que haja uma percepção nega�va acerca do trabalho realizado por toda a cadeia produ�va”, acrescenta. Para Brito, a comunicação do agronegócio não está sendo feita de maneira asser�va. “Dessa forma, a percepção ganha mais força do que a realidade. Assim, precisamos de discursos mais centrados e organizados, pautados em ciência e em dados, menos em engajamento”, refle�u. Já o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, reafirmou a importância do Congresso Brasileiro do Agronegócio como um espaço para o debate dos temas mais relevantes, que vai contribuir para o desenvolvimento do agronegócio

nacional, com a par�cipação de toda a cadeia produ�va. O governador em exercício do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, afirmou que é notável o avanço do agronegócio nos úl�mos anos, quando conseguiu reunir os produtores rurais, a indústria, governos e a comunidade cien�fica em torno do desenvolvimento tecnológico, da pesquisa e inovação, a fim de obter maior produ�vidade. “Se há alguns erros em termos de comunicação, o agro conseguiu muito em termos de produção. Hoje, nosso país possui o maior potencial agrícola do mundo”, disse. “Não podemos perder essa janela de oportunidades para destravar o Brasil, por isso temos que aprovar outras pautas importantes, como a reforma tributária, que são tão necessárias para a compe��vidade da nação e do agro”, acrescentou. Ainda par�ciparam da solenidade de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, o deputado federal Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves�mentos (Apex-Brasil), Almirante Sergio Segovia e o presidente da SP Negócios, Juan Quirós. 

Marcello Brito, presidente da ABAG, durante a solenidade de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio. Fotos: Divulgação

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INOVAÇÃO

Empresas do setor automotivo e de mobilidade divulgam estudo sobre Segurança para Sistemas de Direção Autônoma

Enfa�zando a segurança por meio do design, 11 líderes de empresas de tecnologia voltadas para a direção automo�va e automa�zada publicaram recentemente o documento in�tulado “Segurança em primeiro lugar para condução automa�zada” (SaFAD). Trata-se de uma estrutura organizada, sem vínculos, para o desenvolvimento, teste e validação de veículos de passageiros automa�zados seguros. Esses 11 líderes – Ap�v, Audi, Baidu, BMW, Con�nental, Daimler, FCA EUA LLC, AQUI, Infineon, Intel e Volkswagen – formam a mais am-

O SaFAD oferece um sistema para rastreabilidade clara que prova que os AVs são “mais seguros” que o motorista convencional.

pla representação em toda a indústria e apresentaram o relatório mais abrangente, até hoje, sobre como construir, testar e operar um veículo automa�zado com segurança. O propósito dos autores do documento da SaFAD é enfa�zar a importância da segurança por meio do design, juntamente com a verificação e a validação, à medida que a indústria trabalha para criar padrões para a condução automa�zada. Pela primeira vez, o SaFAD oferece aos operadores e desenvolvedores de veículos automa�zados (AV) um sistema para rastreabilidade clara que prova que os AVs são “mais seguros que o motorista convencional”, por meio de componentes como câmeras ou sistemas de direção. É também a primeira vez que se apresenta um resumo de segurança amplamente conhecido por projeto e métodos de verificação e validação de direção automa�zada Nível 3 e Nível 4, conforme definido pela SAE (J3016). 

Desafios da mobilidade futura exigem soluções inovadoras As megatendências na indústria automo�va estão enfrentando novos desafios em termos de materiais, mas, ao mesmo tempo, criando oportunidades. A eletromobilidade e a direção autônoma estão prontas para revolucionar os carros, colocando à prova os conceitos consolidados sobre os veículos. As tendências automo�vas como emissões reduzidas, eletrificação e direção automa�zada só se tornarão uma realidade com a inovação constante. Os veículos modernos já dependem consideravelmente de soluções em materiais da indústria química; no entanto, no futuro, a química terá um papel ainda maior, contribuindo significa�vamente para a solução dos desafios da mobilidade. Os atuais sistemas de tração eletrônica ainda fazem parte da indústria de metais, principalmente. Até o momento, os fabricantes de motores eletrônicos e componentes eletrônicos de potência têm usado caixas feitas de aço ou alumínio fundido. Como muitos dos componentes são agora a�vamente resfriados, ou seja, o calor não precisa mais ser dissipado através da caixa, as soluções plás�cas são uma possibilidade para uma montagem leve, por exemplo, com os grades retardantes à chama Ultramid® A3U42G6 e B3U50G6. As caixas que contêm componentes elétricos de alta tensão devem ser blindadas eletricamente para evitar o comprome�mento da área ao redor. Os reves�mentos de metal nas peças de plás�co são uma das possíveis soluções que a BASF está buscando. O reves�mento realizado desta maneira consegue fornecer uma boa blindagem do campo magné�co. Além disso, os plás�cos de engenharia oferecem a vantagem de integrar funções adicionais ao componente. Em protó�pos pré-produção em projetos com clientes, já foi possível mostrar que as caixas de plás�co fabricadas usando esse processo são mais leves e mais econômicas do que as de alumínio fundido.  ©Foto: Divulgação

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INOVAÇÃO

Ford adquire Quantum Signal para acelerar desenvolvimento de carros autônomos

A Ford anunciou a aquisição da Quantum Signal, empresa especializada em robó�ca, sensores, simulação em tempo real e desenvolvimento de algoritmos para acelerar o seu plano de entrada no negócio de veículos autônomos. Embora seja pouco conhecida do público, a pequena empresa fundada em 1999 na cidade de Saline, Michigan, EUA, atua na vanguarda da robó�ca móvel para diversos clientes, incluindo o Exército dos Estados Unidos. A Quantum Signal ajudou os militares a desenvolver um so�ware que permite controlar veículos robó�cos a milhares de quilômetros de distância. Ela também construiu um ambiente de simulação robusto para projetos de veículos autônomos que é usado até hoje. “A Quantum Signal estava no nosso radar há algum tempo”, diz Randal Visintainer, diretor-técnico de Veículos Autônomos da Ford. “Nos úl�mos anos, a Ford vem montando um �me de especialistas altamente qualificados de desenvolvimento de so�ware, simulação e aprendizado de máquina, vindos de todas as partes do mundo, para acelerar o desenvolvimento de veículos autônomos. Com a integração da Quantum Signal, esse �me fica maior e ainda mais forte.” 

novo nissan LeAF chega ao mercado brasileiro A Nissan inicia oficialmente no Brasil – e também na Argen�na, Chile e Colômbia – as vendas da segunda geração do Nissan LEAF, o veículo 100% elétrico mais comercializado do mundo. O modelo, que representa um novo patamar para o mercado de carros elétricos produzidos em larga escala, chega à América La�na totalmente reinventado para oferecer ainda mais autonomia, design diferenciado e moderno, e uma série de tecnologias avançadas. E tudo isso com emissão zero. Vendido em 50 países, o Novo Nissan LEAF é o ícone da Nissan Intelligent Mobility, visão da marca que busca transformar a maneira como os veículos são conduzidos, impulsionados e integrados à sociedade. Com ela, a Nissan incorpora em seus veículos um conjunto de tecnologias avançadas que cria uma forma completamente nova de direção. Esta visão tem três pilares: Nissan Intelligent Drive, Nissan Intelligent Power e Nissan Intelligent Integra�on. Seguindo o conceito dos três pilares e graças à maior autonomia e a sistemas como o e-Pedal, o Novo Nissan LEAF fortalece a liderança da Nissan em veículos elétricos e promove a expansão do segmento globalmente –

já são mais de 400 mil LEAF vendidos em todo o mundo desde o lançamento da primeira geração, em 2010. Além disso, o novo modelo traz atributos importantes que serão vistos em futuros lançamentos da Nissan. No Brasil, o Novo Nissan LEAF ainda chega com uma solução completa para a mobilidade elétrica do consumidor e conta com um kit com equipamentos de recarga para casa e rua. Este kit tem como principal destaque o carregador residencial homologado pela Nissan e que já vem com a instalação incluída. Os clientes também receberão um cabo de recarga de emergência e um adaptador para plug do �po 2, que deixam bem amplas as possibilidades de recarga (o LEAF tem como padrão o chamado Tipo 1, também denominado J-1772). “A Nissan acredita na eletrificação do Brasil e da América La�na. O Novo Nissan LEAF chega para oferecer o que existe de melhor da marca, com tecnologias avançadas que entregam o máximo para a experiência de condução inteligente, desempenho e conec�vidade dentro da nossa visão do futuro da mobilidade, a Nissan Intelligent Mobility”, afirma Marco Silva, Presidente da Nissan do Brasil. 

©Fotos: Divulgação

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INOVAÇÃO

F-150 elétrico reboca trem de 560 toneladas

Depois de anunciar no ano passado o plano de lançar uma F-150 totalmente elétrica, a Ford apresentou agora o primeiro protó�po da picape. E aproveitou a oportunidade para fazer uma demonstração inédita de força: o modelo aparece num teste rebocando 10 vagões de trem carregados com 42 picapes F-150, com mais de 560 toneladas. “As 42 picapes representam os 42 anos da F-150 como picape mais vendida da América”, diz Linda Zhang, engenheira-chefe da Ford F-150. Ela apresenta o novo modelo a um grupo de proprietários da F-150, que acompanham a prova e falam sobre a sua ligação com o veículo. 

borrachaatual .com.br Ano XXIV • Nº 143 • Jul/Ago 2019 • ASPA Editora

10 Goodyear e os 175 anos da vulcanização da borracha

ISSN 2317-4544

26 Vencedores do TOPRuBBeR

Daimler AG e BMW Group assinam contrato para tecnologias de condução autônoma A Daimler AG e o BMW Group assinaram em 4 de julho um acordo de longo prazo para o desenvolvimento de novas tecnologias de condução autônoma e sistemas de assistência ao motorista. A parceria é fundamental para a mobilidade do futuro e representa uma cooperação estratégica cujo obje�vo é disponibilizar no mercado essas tecnologias nos veículos em série a par�r de 2024. Além disso, a parceria poderá futuramente se estender para a implantação de tecnologias autônomas em áreas urbanas e centros das cidades, agregando ainda outros fabricantes de equipamentos (“Original Equipment Manufacturer”, ou OEM na sigla em inglês). As duas empresas implementarão as tecnologias em seus respec�vos veículos de série de forma independente. No total, a cooperação envolve mais de 1.200 especialistas em desenvolvimento, que atuarão muitas vezes em equipes mistas. As equipes estarão baseadas em diferentes localidades na Alemanha, incluindo o Centro de Tecnologia da Mercedes-Benz (MTC, na sigla em inglês), na cidade de Sindelfingen, próximo a Stu�gart; o Centro de Testes e Tecnologia da Daimler na cidade de Immendingen, na região de Friburgo, ao sul do país; e o campus de Direção Autônoma do BMW Group na cidade de Unterschleissheim, próximo a Munique. 

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na Revista Borracha Atual 04 ENTREVISTA

Rafael Safra, Diretor Geral Aubicon

50 MATÉRIA TÉCNICA

A borracha na economia circular

Todas as novidades do mercado da borracha. ©Fotos: Divulgação

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CAPA

A cerimônia de entrega do prêmio TopRubber 2018, em sua 15ª edição, ocorreu nas dependências do Auditório Millenium em São Paulo, no dia 8 de agosto, e foi um sucesso. Aproximadamente 80 pessoas compareceram ao evento, representando as principais empresas do mercado da borracha e da indústria química. Mesmo com as dificuldades econômicas pelas quais passa o país, os par�cipantes mostraram entusiasmo com a premiação e revelaram suas expecta�vas de que o mercado deslanche ainda neste ano. ©Fotos: Redação

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COMPOSTOS DE BORRACHA: ZANAFLEX Jair Zanandrea S U ST E N T A B IL IDA D E William Lim E M E IO A M B IE N T E: C A B OT a e Patrícia Marchesa n

Foi espetacular. Não é qualquer empresa que consegue esse sucesso de 25 anos. A premiação dos participantes foi justa. As empresas que fazem a diferença no mercado estavam lá. Dentro de uma grande dificuldade que estamos tendo no Brasil, esses eventos motivam as empresas a buscarem sempre uma melhoria constante em atendimento, em inovação, em tudo o que possa trazer de benefício ao mercado e aos clientes. Sidnei Nasser (Proquitec) www.borrachaatual.com.br

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CAPA

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A premiação foi bem selecionada, com uma recepção bacana, em um local bacana, com ótima apresentação. Foi bem conveniente para as empresas que estavam lá, empresas de inovação, tecnologia em borracha. Foi uma grande satisfação para a Michelin. Trazer o prêmio deixou a todos muito satisfeitos. Leonardo Arcieri (Gerente Regional de Vendas – Michelin)

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CAPA

REALIZAÇÃO

Lista das 17 empresas Premiadas Adesivos LORD

Máquinas e Equipamentos Bonfan�

Artefatos de Borracha Con�tech

Negro de Fumo Birla Carbon

Bandas de Rodagem Vipal

Plas�ficantes quan�Q

Borrachas e Elastômeros Arlanxeo

Pneus Michelin

Sustentabilidade e Meio Ambiente Cabot

Silicones Wacker

Compostos de Borracha Zanaflex

Empresa de Destaque EvoniK

Desmoldantes Chem-Trend

Propaganda Auriquímica

Distribuição de Matérias-Primas Fragon

Personalidade do ano

Inovação Proquitec

Oswaldo Ruffo (Proquimil)

PAT R O C Í N I O

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QUÍMICA

importações somam US$ 20,4 bi no primeiro semestre

A

s importações brasileiras de produtos químicos no primeiro semestre do ano totalizaram US$ 20,4 bilhões, aumento de 6,1% em relação ao igual período de 2018, o que pra�camente iguala o resultado aos níveis prévios ao ciclo de retração da economia brasileira que se iniciou em 2014. Em uma avaliação mensal, o valor importado é superior a US$ 3 bilhões em todos os meses desde março de 2018. Em volume, as compras externas �veram comportamento ainda mais intenso, elevação de 14,8%, com movimentação de 20,5 milhões de toneladas, sendo o segundo maior em quan�dades importadas para toda a série histórica de verificação da Abiquim, com aumentos em pra�camente todos os grupos de produtos (inferior somente ao total verificado no primeiro semestre de 2017, de 20,8 milhões de toneladas). Entre janeiro e junho de 2019, as exportações brasileiras de produtos químicos somaram US$ 6,3 bilhões, redução de 3,6% em relação ao mesmo período

do ano anterior, ao passo que, em termos de volume, as quan�dades exportadas foram de 6,6 milhões de toneladas, resultado 5,5% menor do que verificado nos seis primeiros meses de 2018 e que somente não foi pior devido ao aumento de 2% nos preços médios dos produtos químicos exportados pelo País. A redução da alíquota do Reintegra, em junho de 2018, dos anteriores 2% para ínfimos 0,1%, teve grande impacto no desempenho exportador do setor. Desde então, o patamar mensal de exportações se estagnou em US$ 1 bilhão; enquanto, anteriormente à medida, oscilava entre US$ 1,2 e US$ 1,4 bilhão mensais. O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos a�ngiu US$ 14,1 bilhões no primeiro semestre deste ano. Nos úl�mos 12 meses (jul/18 a jun/19), esse indicador alcançou US$ 31 bilhões, sinalizando para a crescente possibilidade de um déficit recorde em 2019, caso se confirmem as projeções de um aumento mais intenso da a�vidade econômica nacional no segundo semestre.

Para o presidente-execu�vo da Abiquim, Fernando Figueiredo, a recente conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia está em linha com a postura do setor químico brasileiro em favor de uma inserção comercial responsável. “Temos certeza que a conclusão do maior acordo comercial de todos os tempos, Mercosul e União Europeia, é um sinal para o mundo de uma polí�ca comercial forte para um novo Brasil e entendemos ser imprescindível a implementação de uma agenda de compe��vidade consistente, alicerçada nas reformas estruturantes nacionais, sobretudo da Previdência e a Tributária, e na superação das limitações relacionadas a logís�ca, energia, burocracia, entre outras, para o pleno uso das potencialidades de comércio e especialmente de inves�mentos desse acordo e igualmente para a viabilização de novos acordos comerciais maduros, seguros e que permitam o desenvolvimento progressivo da polí�ca de integração comercial e o desenvolvimento econômico sustentável”, destaca Figueiredo. 

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NOTAS & NEGÓCIOS

continental atinge marca de 100 milhões de correias produzidas A Con�nental, empresa que desenvolve tecnologias e serviços pioneiros em mobilidade sustentável, comemora a marca de 100 milhões de correias produzidas e comercializadas no Brasil. Fabricadas na planta de Ponta Grossa (PR), inaugurada no final da década de 90, os modelos disponíveis no por�ólio são as correias Mul� V e correias dentadas (sincronizadoras), que são fornecidas para as principais montadoras do país e para os principais fornecedores de peças de reposição. Líder no mercado original e também no fornecimento das peças para o a�ermarket brasileiro, a empresa possui 40% de representa�vidade nos dois segmentos. Somente para as montadoras que atuam na região, foram des�nadas cerca de 55 milhões de correias nos úl�mos 20 anos. Em média, dos 10 carros mais vendidos no Brasil, cinco são equipados com correias produzidas pela Con�nental. “Sem dúvidas, esta marca precisa ser comemorada e nada disso aconteceria se não �véssemos uma equipe de vendas, produção, qualidade, logís�ca, manutenção, engenharia e áreas de suporte muito competente e proa�va. Além disso, este número reforça o compromisso com qualidade dos produtos da Con�Tech, divisão de tecnologia da Con�nental, que é u�lizada pelas principais montadoras e se destaca entre os concorrentes na preferência do consumidor final que busca as peças no mercado de reposição”, afirma Leandro José Curi – Gerente Industrial da unidade de correias da Con�nental de Ponta Grossa/PR. 

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H. B. Fuller traz nova geração de adesivos Em junho chegou ao mercado o adesivo Advantra® PHC 8290/1, um dos desenvolvimentos da H.B. Fuller já produzidos no novo Centro de Tecnologia de Adesivos Regional da América La�na, em Guarulhos. O adesivo é parte de uma plataforma de novos desenvolvimentos globais, que agora chegam ao Brasil. Pensado para as necessidades da região, ele é mais um produto da marca Advantra®, da empresa H.B. Fuller, criadora da tecnologia de adesivos base metaloceno, que revolucionou o mercado com adesivos de alto desempenho, e atende uma grande variedade de substratos, além de ter desempenho excelente de colagem, alta estabilidade térmica e rendimento superior em relação às tecnologias até então existentes no mercado. “Um dos diferenciais do Advantra®

PHC 8290/1 é a forte adesão em materiais de di�cil ancoragem, além da versa�lidade para múl�plos usos, tanto em baixas quanto altas temperaturas, além da proposta de valor já conhecida da marca Advantra®”, conta Fernando Raszl, Gerente Técnico de P&D da H.B. Fuller na América La�na, que ainda destaca a ó�ma estabilidade térmica dessa linha de produtos para reduzir os custos de manutenção dos clientes, o alto rendimento, que permite fazer mais com menos, e o nível muito baixo de odor e cor, o que confere ó�ma aparência no sistema de aplicação e na embalagem final. “A maior produ�vidade e a pouca geração de resíduos também ajudam os clientes a a�ngirem suas métricas de sustentabilidade”, completa. O produto já está sendo comercializado através dos canais de vendas da H.B. Fuller. 

Adiprene permite a moldagem por injeção de elastômeros PU O Adiprene C930, um exclusivo uretano fundido com baixo teor de MDI livre, fornecido pela LANXESS, demonstrou ser um material adequado para processamento via moldagem por injeção em aplicação realizada pela companhia coreana Autox. Esta desenvolveu um processo de produção que permite a moldagem por injeção de poliuretanos fundidos. Essa inovação traz uma nova perspec�va, já que combina as vantagens do processamento via moldagem por injeção com as excelentes propriedades dos uretanos fundidos. A Autox lançou recentemente uma nova tela vibratória para o setor de mineração, que é feita a par�r do pré-polímero fundido Adiprene C930 via moldagem por injeção. Vantagens da moldagem por injeção – Uma das vantagens de trabalhar

com a moldagem por injeção é a elevada taxa de produção que torna o processo altamente eficiente e rentável. Em uma quan�dade limitada de tempo e com um único molde, mais peças podem ser fabricadas. A eficiência de custo também é influenciada pelos gastos do trabalho que são �picamente menores do que na fundição por derramamento. Por exemplo, o tempo de produção atual de uma tela de malha moldada por injeção é de cinco minutos, enquanto o processo de fundição por derramamento leva, em geral, 35 minutos. O pré-polímero Adiprene LF (de baixo teor) proporciona melhor higiene industrial, além da facilidade de processamento. Oferece uma combinação perfeita com o processo de moldagem por injeção, pois a viscosidade é menor do que a de um pré-polímero convencional.  www.borrachaatual.com.br


evonik amplia capacidade de produção de sílica pirogênica

A Evonik iniciou as a�vidades em seu novo complexo industrial para a produção de sílica pirogênica em Antuérpia, na Bélgica. Com isso, a empresa de especialidades químicas pode abastecer a alta demanda por sílicas pirogênicas, comercializadas sob a marca AEROSIL®. Aplicações �picas incluem �ntas e reves�mentos, avançados sistemas adesivos, silicones transparentes e materiais isolantes não inflamáveis de alta performance. O inves�mento no complexo foi superior aos dois dígitos de milhões de euros. “Seguimos uma estratégia de crescimento clara para o nosso negócio de sílicas. Com as capacidades adicionais, asseguramos o fornecimento aos nossos clientes no longo prazo”, diz Harald Schwager, VP da diretoria execu�va da Evonik. A sílica faz parte dos Smart Materials, um dos quatro motores de crescimento estratégico da Evonik com expansão de mercado acima da média. Es�ma-

se que o crescimento do mercado global de sílicas pirogênicas exceda 4% ao ano, ultrapassando o crescimento da economia global como um todo. Além da expansão do mercado de sílica pirogênica hidro�lica, cresce também a demanda por sílicas especiais hidrofóbicas. Por esse mo�vo, a planta de Antuérpia inicia a produção com melhorias que permitem que, mediante um pós-tratamento especial, a sílica pirogênica hidro�lica possa adquirir propriedades hidrofóbicas. Com isso, a Evonik agora também produz o AEROSIL® hidrofóbico em uma segunda unidade na Europa, além da planta de Reinfelden, para sa�sfazer essa alta demanda. Andreas Fischer, membro da diretoria execu�va da Evonik Resource Efficiency GmbH, afirma: “Estamos sa�sfeitos por podermos agora atender as demandas dos clientes por quan�dades maiores, em par�cular de sílica hidrofóbica AEROSIL®”.

ARLAnXeO anuncia colaboração com a Dhahran Techno Valley Company A ARLANXEO anunciou a próxima fase dos seus planos de crescimento para expandir seus esforços de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na Arábia Saudita. A companhia está iniciando uma estrutura de colaboração com a Dhahran Techno Valley Company (DTVC), empresa da King Fahd University of Petroleum and Mineral (KFUPM), ins�tuição acadêmica mais importante daquele país na área de petróleo e gás. As duas partes formalizaram sua intenção de colaboração através de uma carta de intenções. De acordo com o documento, as empresas trabalharão juntas no desenvolvimento de produtos e aplicações relevantes para os negócios de elastômeros da ARLANXEO. A colaboração estará centralizada em um centro técnico de P&D que a ARLANXEO implantará no Dhahran Techno Valley, na Arábia Saudita. Donald Chen, CEO da ARLANXEO, falou sobre o acordo: “A ARLANXEO pretende alavancar o conhecimento técnico e as competências essenciais da DVTC e da KFUPM para respaldar nossos esforços na implantação de uma indústria inovadora de elastômeros na Arábia Saudita. Esta colaboração é um ajuste natural para a ARLANXEO como membro do grupo Saudi Aramco. A KFUPM, como ins�tuição acadêmica, mantém ligações estreitas com a Saudi Aramco em termos de parceria em P&D, enquanto a DTVC tem uma reputação de longa data por buscar excelência inovadora e abriga uma infraestrutura de P&D de úl�ma geração”. Abdulaziz Al-Judaimi, Vice-Presidente Sênior de Downstream da Saudi Aramco, comentou que “esta cooperação daria à ARLANXEO a oportunidade de captar a experiência da equipe acadêmica e dos pesquisadores altamente qualificados da DTVC e da KFUPM contribuindo para as aspirações de crescimento da ARLANXEO, assim como para a estratégia mais ampla de crescimento de produtos químicos da Saudi Aramco”. O execu�vo também afirmou que essa colaboração com a KFUPM, “permi�ria à ARLANXEO acelerar o desenvolvimento de oportunidades de crescimento, integrando a sólida posição de matérias-primas de sua controladora, a Saudi Aramco”. 

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NOTAS & NEGÓCIOS

LAnXeSS inaugura unidade de produção de pré-polímeros de alta performance

No ano em que comemora 40 anos do seu complexo industrial em Porto Feliz (SP), a LANXESS, empresa alemã de especialidades químicas, inicia a sua nova operação de pré-polímeros de alto desempenho, localizada na cidade. Com essa medida, que recebeu um inves�mento de aproximadamente R$ 15 milhões, a divisão de negócios de Sistemas de Uretanos da empresa amplia a sua capacidade produ�va no país, ao mesmo tempo em que instala um novo Centro de Desenvolvimento de Aplicações e Suporte Técnico com equipamentos de úl�ma geração para atender clientes na América La�na. Para o head global da unidade de negócios de Uretanos da LANXESS, Markus Eckert, a nova operação reforça o compromisso da empresa com o mercado brasileiro e sul-americano. “Estamos muito sa�sfeitos em poder oferecer aos nossos clientes globais e da região uma excelente qualidade de produto e uma maior velocidade na entrega, assim como garan�r suporte técnico e de engenharia a par�r de uma configuração de site que combina produção, desenvolvimento de aplicações e assistência técnica”, avalia. A presidente da LANXESS Brasil, Eliane Siviero, acrescenta que o negócio de uretanos é estratégico e os inves�mentos nessa área vão alavancar

o crescimento e fortalecer a atuação local. “A nova unidade fabril traz inovação e vai permi�r a ampliação da exportação dos nossos produtos”, destaca. Globalmente, a LANXESS é uma empresa centrada no cliente, com o obje�vo de fornecer suporte técnico para ajudá-los a crescer. Promover o intercâmbio inter-regional de conhecimento técnico é uma premissa da empresa. O seu �me de especialistas no Brasil e em todo o mundo desempenha um papel fundamental como consultores e parceiros na criação de soluções inovadoras para atender ou exceder os requisitos e necessidades específicas dos mais diversos segmentos de mercado. Um exemplo dessa cooperação e inovação brasileira é o Royalbond®, um adesivo empregado na reciclagem de espumas de colchões e na produção de pisos emborrachados, que foi desenvolvido no Brasil e atualmente é comercializado também nos Estados Unidos. Porto Feliz – O complexo industrial da LANXESS em Porto Feliz abriga, desde 1979, a maior unidade nas Américas de produção de Pigmentos Inorgânicos (IPG), comercializados sob as marcas Bayferrox® e Pó Xadrez. Além disso, fabrica uma gama de adi�vos químicos voltados às indústrias de borracha, plás�cos e corantes, da divisão Rhein Chemie (RCH). Há cinco anos, iniciou-se também a operação na fábrica de Plás�cos de Engenharia de Alto Desempenho (HPM), hoje entre as mais modernas do mundo. A nova unidade de pré-polímeros de Uretanos (URE), a quarta expansão do

complexo industrial, começou a ser construída em 2018 com apoio da InvestSP, Agência Paulista de Promoção de Inves�mentos e Compe��vidade. Para Wilson Mello Neto, presidente da InvestSP, a decisão da LANXESS de instalar em Porto Feliz sua nova unidade de Uretanos demonstra a diversidade econômica do Estado de São Paulo e sua capacidade em oferecer condições de mão-de-obra e infraestrutura que atendam a demanda dos mais variados setores. “É uma grande sa�sfação que mesmo depois de 40 anos já instalada no município, a LANXESS tenha escolhido São Paulo para ampliar suas operações no Brasil. Hoje em dia, a concorrência para atrair inves�mentos não ocorre apenas internamente no Brasil, mas concorremos também com outros países”, afirma Mello. Unidade de Sistemas de Uretanos – A unidade de negócios de Uretanos da LANXESS fornece sistemas para a indústria global de PU com exper�se em elastômeros fundidos, reves�mentos, adesivos e selantes. O por�ólio inclui pré -polímeros de isocianato convencionais e com baixo teor de isocianato, e dispersões aquosas especiais de poliuretano (PUDs). Além disso, produz catalisadores e agentes de cura para elastômeros fundidos e tecnologias para reves�mentos, adesivos e selantes para projetar sistemas completos que atendam as necessidades específicas dos clientes. A unidade é especialista em sistemas de pré-polímeros sem solventes e livres de monômeros, bem como os re�culadores bloqueados de fácil u�lização. As instalações industriais e centros de desenvolvimento de aplicações de Uretanos da LANXESS estão localizados em todas as principais regiões econômicas do mundo, incluindo Brasil, EUA, Índia, China, Austrália, Itália e Inglaterra.  ©Foto: Lucas Galli

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NOTAS & NEGÓCIOS

Vendas de pneus crescem 1% no primeiro semestre

BASF dobra capacidade dos adesivos acResin®

A indústria nacional de pneumá�cos fechou o primeiro semestre de 2019 com ligeira alta de 1% nas vendas em relação ao mesmo período de 2018. O resultado foi puxado pelo crescimento de 8,2% nas vendas para montadoras. Já as vendas de junho sofreram queda de 12,6% no mercado de reposição e de 1,6% para montadoras quando comparadas aos registros do ano passado. Tais baixas representaram 9,9% a menos de unidades comercializadas no mês. Os números fazem parte do levantamento setorial divulgado pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumá�cos). “O crescimento de 1% nas vendas do setor no primeiro semestre reflete a baixa expecta�va do PIB brasileiro, que novamente foi reduzido e fixado em 0,8% para 2019”, afirma Klaus Curt Müller, presidente execu�vo da ANIP. 

A BASF dobrou sua capacidade de fabricação dos adesivos hotmelt acrílicos curados por sistemas UV comercializados sob a marca acResin®, construindo uma segunda unidade de produção em Ludwigshafen, na Alemanha. Com isso, a empresa fortaleceu sua posição como fornecedora líder de soluções para aplicações sofis�cadas no setor de adesivos. A BASF inves�u dezenas de milhões de euros para construir a nova unidade e a capacidade adicional já está operante.“No setor de adesivos premium, a tendência global gira em torno de soluções de aplicação de alta qualidade e sustentáveis. A resina hotmelt acrílica 100% curável por UV atende a esses rigorosos requisitos e, como um parceiro da indústria de adesivos, buscamos crescimento con�nuo nesta especialidade”, explica Jürgen Pfister, vice-presidente de negócios de Adesivos & Fiber Bonding para Europa, Oriente Médio e África da BASF. 

©Fotos Divulgação

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quantiQ e Huatai anunciam parceria em soluções para borracha A quan�Q, empresa do grupo GTM, em parceria com a Huatai, uma das maiores fabricantes chinesas de produtos químicos para borracha, anuncia a distribuição exclusiva de soluções das linhas de aceleradores, an�oxidantes e an�ozonantes. Os produtos são u�lizados para acelerar o processo de vulcanização e retardar a oxidação em compostos de borracha no geral. Com disponibilidade imediata, a linha atende principalmente os mercados de pneumá�cos, solados, artefatos de borracha, fios e cabos. Disponível para todo o Brasil, a distribuição dessa linha fortalece a atuação da quan�Q no segmento de borracha. "Ter uma parceira como a Huatai, uma das principais produtoras de a�vos como esses, é fundamental para o nosso crescimento e de nossos clientes. Estamos muito felizes com essa parceria", afirma Ricardo Verona, Head de Marke�ng da unidade de Materials da quan�Q. "Em um mercado cada vez mais compe��vo, parcerias como essa ajudam a expandir nossa presença. A quan�Q oferece sua exper�se em infraestrutura logís�ca e atendimento especializado local, ampliando nossa atuação no território brasileiro", destaca Ke Chen, da Huatai. 

Proteção de juntas homocinéticas

Estalos nas rodas durante manobras de estacionamento, especialmente ao esterçar o volante, pode ser sinal de problemas nas juntas homociné�cas. Um dos responsáveis pela transmissão de potência da caixa de câmbio para as rodas, a peça é protegida por um kit composto por coifa, abraçadeiras, graxa e, em alguns casos, anéis de retenção, cuja manutenção muitas vezes é negligenciada pelo proprietário do veículo, mas, se apresentar avarias, pode custar caro, além de comprometer a segurança. Principal empresa do aftermarket brasileiro, a Cofap considera tão importante quanto acompanhar a vida ú�l das juntas homociné�cas, ficar atento às condições das coifas que as protegem. Coifas deterioradas com rasgos e furos, por exemplo, ficam vulneráveis à entrada de abrasivos e causam contaminação ou perda da graxa, acelerando muito o desgaste da junta homociné�ca. Assim, checar as coifas e demais acessórios aplicados em sua montagem nas manutenções preven�vas do veículo é fundamental para prevenir o desgaste prematuro da junta homociné�ca, garan�ndo uma maior vida ú�l ao componente e evitando a subs�tuição da peça e o impacto no bolso do motorista, sem falar na segurança, já que a quebra do componente pode causar acidentes. Materiais e componentes de alta qualidade – Os kits de reparo de junta homociné�ca da Cofap para o mercado

de reposição são produzidas com borracha nitrílica (NBR), o que garante grande resistência química a óleo, combus�vel, �ntas e solventes e durabilidade similares ao do produto genuíno. Os cuidados dispensados pela Cofap no desenvolvimento e homologação de seus produtos são essenciais para garan�r qualidade, eficiência e segurança do mesmo nível daquele encontrado nos equipamentos originais. Grande parte dos kits comercializados no mercado são compostos por coifas de borracha natural (NR), menos resistentes ao contato com agentes derivados de petróleo. Assim, a graxa lubrificante aplicada no momento da montagem pode deformar a coifa, tornando-a mais frágil e vulnerável a cortes e furos, com maior risco de rompimento. Há ainda coifas produzidas com uma mistura de borracha natural com percentual de 30% a 40% de borracha nitrílica. Essa combinação evita a deformação instantânea ao contato com a graxa, no entanto, não evita o desgaste prematuro da peça. Dependendo da aplicação, o kit de reparo Cofap vem com dois �pos de graxa: uma à base de cálcio, adi�vada com grafite, para juntas fixas e deslizantes; e outra à base de lí�o, que garante excelente estabilidade para os sistemas que u�lizam trizetas. A primeira suporta temperaturas de até 90 °C, enquanto a outra, 130 °C, sempre de acordo com as especificações das montadoras.  ©Fotos: Divulgação

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Reciclagem eficiente de resíduos de borracha

A Evonik apresentará o VESTENAMER®, adi�vo de processo inovador, durante a feira K deste ano em Düsseldorf, Alemanha, que acontece de 16 a 23 de outubro. A novidade permite o processamento eficiente de resíduos de borracha em um material resistente usado em uma variedade de aplicações, como construção de estradas, setor espor�vo ou playgrounds Na feira K deste ano, a Evonik apresenta um adi�vo de processo para a reciclagem eficiente de resíduos de borracha. Com o VESTENAMER®, a Evonik contribui para o fechamento do ciclo de materiais de borracha de uma maneira mais sustentável. A cada ano, cerca de 19,3 milhões de toneladas de pneus são descartados no mundo inteiro – 3,6 milhões de toneladas só na Europa. Na Alemanha, por exemplo, há vinte anos, mais da metade dos pneus descartados era u�lizada na recuperação energé�ca, enquanto somente um em dez era des�nado a reciclagem. Hoje, à reciclagem dos materiais está alinhada com a recuperação energé�ca. Com o VESTENAMER®, a Evonik contribui para o fechamento do ciclo de materiais para a borracha de uma maneira mais sustentável. Na reciclagem dos resíduos de borracha, a adição do VESTENAMER® é uma aplicação que já comprovou o seu valor na produção de ar�gos de borracha como pisos, colchões e bases para sistemas de sina-

lização de obras e barreiras nas estradas a par�r de resíduos aproveitáveis. Mais eficiência na reciclagem da borracha – “Como um adi�vo de processo, o VESTENAMER® melhora a fluidez do composto de borracha, resultando em um material que pode ser processado com muito mais eficiência. A rea�vidade e a estrutura polimérica do VESTENAMER® também são fatores importantes: ambos dão origem a uma boa densidade de ligações entre as par�culas de borracha, o que, por sua vez, impacta posi�vamente as propriedades mecânicas do produto”, diz Dr. Peter Hannen, gerente de desenvolvimento de mercado do VESTENAMER®. “Em outras palavras, o adi�vo de processo da Evonik melhora tanto a eficácia dos custos de processamento quanto a qualidade das peças de borracha quando se trata de borracha reciclada”. Além do aspecto econômico de proporcionar uma matéria-prima eficiente em custo, a reciclagem do material dos pneus descartados também está ganhando mais destaque do ponto de vista ecológico. Por exemplo, o uso de pneus descartados em produtos novos contribui de modo significa�vo para a redução da emissão de carbono em até um terço em comparação com produtos que não usam um material reciclado. E a economia circular fechada da borracha também atenua o problema global dos pneus descartados. O VESTENAMER® da Evonik é usado como adi�vo de processo na indústria da borracha há muitos anos. Fabricado no parque químico de Marl (Alemanha), o polioctenâmero resolve uma variedade de desafios no setor de compostos e processamento de borracha. O produto também é usado como auxiliar na reciclagem de resíduos de borracha. Saiba mais sobre os materiais de alta performance e adi�vos da Evonik visitando o espaço da empresa na feira K, estande B28, corredor 6, em Düsseldorf, Alemanha, de 16 a 23 de outubro. 

Banda da Vipal gera 23% de ganho em desempenho Em testes realizados com o desenho DV-MTE no eixo de tração de cinco de seus caminhões, a Schunck Terraplenagem e Transportes obteve 23% de melhora na performance em relação ao produto de mesma aplicação da marca concorrente. Além disso, a Schunck viu os pneus de seus veículos, três Mercedes-Benz Axor 2831 e dois Mercedes-Benz Axor 3131, demonstrarem melhor resistência ao picotamento da borracha por pedras e objetos pon�agudos. As aferições, iniciadas em setembro de 2018, �veram o acompanhamento do Encarregado de Manutenção da Schunck, Engenheiro Rodrigo Giordani, juntamente com Josemar Pu�, Consultor de Negócios da Vipal e a equipe da Ser Pneus, reformadora da Vipal Rede Autorizada de Porto Feliz (SP), da qual Schunck é cliente. Eles puderam observar o desempenho da DV -MTE numa operação em uma pedreira de extração de calcário e constataram que a banda da Vipal teve uma média de 156 horas trabalhadas por milímetro de borracha. Isso, comparado ao resultado da banda da concorrente, representou 29 horas por milímetro a mais, desempenho 23% superior. Houve testes em que o produto da Vipal chegou a 170 horas por milímetro, número bastante expressivo, segundo o transportador. 

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NOTAS & NEGÓCIOS

Nasce a Randon Triel-HT Passados três meses do anúncio da criação de uma nova empresa, a Randon S.A Implementos e Par�cipações cons�tuiu oficialmente, no úl�mo dia 10 de julho, a Randon Triel-HT, fruto de uma joint-venture com o Grupo Triel-HT, de Erechim (RS), após cumpridas todas as condições precedentes e aprovada pelo Conselho Administra�vo de Defesa Econômica (CADE). A nova unidade – que começou a operar em 1º de agosto, em Erechim – atua especificamente na área de implementos rodoviários, um dos segmentos de a�vidade da Triel -HT, que também opera nos setores de veículos especiais e logís�ca agroindustrial. Es�veram na solenidade de formalização pelas Empresas Randon, o CEO Daniel Randon, o presidente do Conselho de Administração, David Randon, o vice-presidente Alexandre Randon e o COO da Divisão Montadora, Alexandre Gazzi. Representaram o Grupo Triel-HT o presidente do Conselho, Celso Dalla Rosa e os diretores Airton Dalla Rosa, Darlan Dalla Roza e Marciano Dalla Rosa. O inves�mento inicial será de R$ 16 milhões em a�vos produ�vos e capital de giro. Com 51% do capital social da nova empresa, a Randon S.A Implementos e Par�cipações atua na gestão e comercialização por meio da Rede Randon, e a Triel-HT (49%) disponibiliza know how em produtos especiais e seu parque fabril em Erechim. 

Vendas de veículos importados crescem 10,3% em julho

As quinze marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 2.952 unidades, anotaram em julho úl�mo aumento de vendas de 10,3% em relação a junho de 2019, quando foram vendidas 2.676 unidades importadas. Mas ante julho de 2018, quando foram comercializadas 3.101 unidades, ainda há registro de queda, de 4,8%. O desempenho posi�vo de 10,3% em julho úl�mo fez com que o resultado do acumulado dos primeiros sete meses do ano também melhorasse. A queda agora é de 8,9% contra 9,6% do primeiro semestre. Embora o setor tenha anotado tendência de alta, a es�ma�va de vendas para o ano será man�da em 40 mil unidades. Em compensação, as quatro montadoras associadas à en�dade que produzem veículos localmente mantêm taxa de crescimento de 44%, passando de 11.929 unidades licenciadas nos primeiros meses de 2018 para 17.180 unidades em igual período deste ano. “De alguma forma, o setor de importados acompanhou o desempenho do mercado interno total de veículos automotores em julho. Além de algumas associadas terem recuperado vendas mensais, em julho �vemos 23 dias úteis conta 19 dias em junho”, analisa José Luiz Gandini, presidente da Abeifa.

No segmento de importados, as cinco marcas que mais venderam, em julho, foram a Kia Motors (812 unidades / +35,8%), Volvo (634 / +1,8%), BMW (360 / -26,2%), Land Rover (337 / +47,8%), e Porsche (224 / +40,9%). Entre as associadas com produção nacional – BMW, CAOA Chery, Land Rover e Suzuki i-, em julho úl�mo, o emplacamento de 2.653 unidades representou alta de 3,5% em relação a junho de 2019, quando totalizaram 2.564 unidades e significaram alta de 43,3% ante julho de 2018, quando anotaram 1.851 unidades. Por marcas, a CAOA Chery, com 1.799 unidades emplacadas, registrou alta de 3,5% ante junho de 2019; a BMW, com 515 unidades, queda de 18,1%; a Land Rover, com 149, queda de 14,4% e a Suzuki, com 190 unidades licenciadas, alta de 24,2%. Somados os emplacamentos de unidades importadas e produzidas localmente, o ranking das cinco marcas, por volumes, aponta, a CAOA Chery com 1.779 unidades (só produção nacional), a BMW com 875 unidades (515 nacionais + 360 importadas), a Kia Motors com 812 veículos (só importados), a Volvo com 634 unidades (só importadas), e Land Rover com 373 veículos (149 nacionais e 224 importados). Par�cipações – Em julho úl�mo, ao considerar somente os veículos importados por associadas à en�dade – total de 2.952 unidades -, o setor significou marketshare de 1,27%. Com 5.605 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a par�cipação das associadas à Abeifa foi de 2,41% do mercado total de autos e comerciais leves (232.243 unidades).  ©Foto: Divulgação

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eastman expande produção de resinas Impera A Eastman Chemical Company anunciou inves�mentos na expansão da capacidade de produção de resinas de desempenho Eastman Impera para pneus, nas fábricas de Middelburg, na Holanda, e em Jefferson, na Pensilvânia. As expansões atenderão a crescente demanda de fabricantes de pneus em todo o mundo pelas resinas Impera, que permitem melhora na segurança, na eficiência e no desempenho. Essa ação apoia a estratégia de crescimento do negócio de Adi�vos para Pneus da Eastman, que faz parte do segmento operacional de Adi�vos e Produtos Funcionais. "À medida que consumidores e OEMs (fabricantes de peças originais) con�nuam a elevar as expecta�vas por pneus de alto desempenho, os fabricantes estão respondendo com a superação dos limites em tecnologia de pneus", declara Gunes Celik, vice-presidente e gerente geral dos negócios de Adi�vos para Pneus da Eastman. “As resinas de alto desempenho da Impera se tornaram uma tecnologia preferida para permi�r melhorias na economia de combus�vel, desempenho dos pneus e vida ú�l. Esses inves�mentos permi�rão

que a Eastman con�nue a apoiar as crescentes necessidades dos principais fabricantes de pneus e expandir nossa posição como uma inovadora chave na indústria”. As resinais de hidrocarbonetos e naturais Impera da Eastman são usadas como adi�vos em formulações de pneus em todo o mundo. As resinas de alto desempenho da Impera ajudam os fabricantes de pneus a expandirem para além dos trade-offs �picamente impostos pelo “triângulo mágico” de desempenho dos pneus que equilibra aderência em piso molhado, resistência ao rolamento e ao desgaste. Essas resinas são uma ferramenta vital para atender aos desafios de mobilidade atuais e futuros. "Com um ritmo acelerado de inovação na indústria de pneus, expandir nossa capacidade entre 10% e 15% enquanto aproveitamos nossos recursos já existentes é mais uma maneira de alinhar nossa inovação com as necessidades de nossos clientes", acrescentou Celik. 

SABÓ muda cores das juntas de cabeçote contra falsificação

A SABÓ decidiu capacitar sua linha de produção para aplicar selos de diferentes cores nos produtos para agilizar a produ�vidade, rastreabilidade dos produtos da fábrica até o balcão e dificultar a falsificação. Segundo a empresa, a mudança não altera a funcionalidade dos produtos.

Já estão sendo entregues aos consumidores as novas juntas de cabeçote Sabó (ou juntas de motor) para a linha leve com selos vermelho, preto ou branco. A principal função da junta de motor é permi�r o acoplamento mecânico entre dois ou mais componentes onde não haja movimento rela�vo entre as partes, preenchendo o espaço entre o cabeçote e o motor, permi�ndo a sua fixação e vedação com firmeza, impedindo a fuga de fluidos e gases para fora do motor, assim como também evitando a entrada de contaminantes no componente. 

Michelin reforça parceria com competições A Michelin inaugurou em 15 de junho sua loja modelo no Brasil, especializada em veículos premium e espor�vos de alta performance, a Stradale Car Service. Esta parceria reforça o compromisso da Michelin com as compe�ções automobilís�cas em todo o mundo. A marca é fornecedora oficial de pneus para diversas categorias, incluindo Porsche Império GT3 Cup Challenge, Fórmula E, 24 Horas de Le Mans, Rally WRC e MotoGP. “A experiência da Michelin, de mais de uma década, em diversos �pos de compe�ções nos permite aprimorar constantemente nossos produtos, oferecendo sempre a tecnologia mais avançada. Para a Porsche Cup, por exemplo, nossos técnicos fizeram um amplo trabalho de pesquisa para buscar a melhor configuração, colaborando para a segurança e para a compe��vidade na categoria”, afirma Adriana Shoshan, diretora de marke�ng Michelin para América do Sul. “Depois, atuando como um laboratório, aproveitamos as tecnologias e inovações feitas para as pistas e levamos também para os modelos de rua”, completa. A Michelin é fornecedora oficial de pneus de compe�ção para a Porsche Império Carrera Cup e parceira global oficial da Porsche Motorsport, equipando os principais campeonatos monomarca da empresa alemã pelo mundo, como a Porsche Supercup e as Porsche Carrera Cup da Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, entre outras. 

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Goodyear apresenta inovações no Paris Air Show

Monroe Axios está entre as marcas mais compradas

O estande da Goodyear no Paris Air Show (França) mostrou os principais pneus lançados recentemente pela empresa para o setor de aviação. Entre eles, o Flight Radial, um pneu radial ultraleve que oferece alto desempenho nas aterrisagens e que está homologado para ser usado em vários aviões de passageiros como Boeing 777X, 737 MAX 8/9, 787-9 / 10 e Airbus A320, jatos execu�vos, como o Cita�on X +, Embraer Praetor 500/600, Gulfstream G500, G600, G650 e o Global 7500, e regionais, como o ATR 72. O Flight Radial reforça o compromisso de liderança da Goodyear que é fornecer pneus radiais para aeronaves a um baixo custo operacional. Esse diferencial só é possível graças à tecnologia Featherweight Alloy Core Bead Technology, criada para reduzir consideravelmente o peso da linha de pneus radiais para a aviação e que conta com fortes e rígidas cintas na região da rodagem com a tecnologia de encordoamento mesclado para estabilidade dimensional, gerando maior vida ú�l e maior resistência ao corte. O Goodyear Flight Radial foi mostrado nas seguintes aeronaves: Boeing 737 MAX (tamanho H44.5x16.5R21) e 777X (tamanho 52x21.0R22); Airbus A320neo (tamanho 46x17.0R20); e no ATR 72 (tamanho H34x10.0R16). Outra novidade no evento aéreo foi o conceito Goodyear AERO, um pneu dois-em -um, concebido para carros voadores autônomos e que poderia ser usado tanto para rodar nas ruas e estradas como em um propulsor, para que o veículo a�nja o céu. Entre os seus diferenciais, o pneu conta com uma série de inovações: design mul�modal, estrutura não-pneumá�ca, propulsão magné�ca, sensores óp�cos e inteligência ar�ficial. Estas caracterís�cas permitem aliviar o choque do veículo com o solo, proporcionar propulsão sem atrito, monitorar as condições dos pneus e comunicar-se com outros veículos. 

A Monroe e a Monroe Axios foram reconhecidas pela pesquisa O Mecânico Ibope Conecta entre as melhores marcas para o reparador automo�vo, em levantamento feito com profissionais do setor de todo o País. As duas marcas aparecem em dez das 43 categorias. De acordo com a pesquisa, a Monroe Amortecedores está entre as três empresas mais conhecidas e compradas nas categorias Amortecedores e Molas. Já a Monroe Axios foi eleita uma das 10 marcas de produtos automo�vos que os mecânicos mais gostam, além de ser eleita a marca mais conhecida e comprada nas categorias Buchas de Suspensão, Calço de Suspensão e Coxim de Motor. O levantamento apontou também a Monroe Axios entre as seis marcas mais conhecidas e compradas para os reparadores nos produtos Bandeja de Suspensão, Bieletas, Ter-

minal Axial e Juntas Homociné�cas. “É uma honra receber este reconhecimento por parte dos profissionais. Isso mostra que nossos esforços em adotar rigorosos processos para assegurar a qualidade dos produtos e os frequentes treinamentos realizados em todo o País geram resultados posi�vos. Além disso, para atendê-los de modo eficiente e didá�co, oferecemos cursos gratuitos online por meio do nosso canal no YouTube e suporte técnico especializado via 0800”, afirma Edison Vieira, Gerente de Vendas & Marke�ng – A�ermarket DRiV Brasil. Pelo terceiro ano consecu�vo, a pesquisa é realizada por meio de entrevistas online. Ao todo, foram ouvidos, no período de 11 de março a 11 de abril de 2019, 1.031 profissionais de oficinas mecânicas, empresários e colaboradores de todas as regiões do Brasil com 18 anos ou mais. 

Freudenberg-corteco lança nova linha de Coxins A Freudenberg-Corteco, divisão de reposição automo�va da Freudenberg-NOK Sealing Technologies, lançou em junho a sua nova linha de coxins ao mercado brasileiro, ampliando seu por�ólio disponível, que conta com mais de 150 itens, sendo 9 lançamentos. “Aprimoramos a nossa linha de coxins e reforçamos nossos estoques a fim de oferecer aos consumidores uma gama de itens que atendam às suas necessidades”, comenta Plínio Fazol, Gerente de Vendas e Marke�ng da Freudenberg-Corteco para a América do Sul. Coxins são componentes de extrema importância tanto no aspecto

de segurança quanto no conforto ao rodar dos veículos. A linha da empresa contempla coxins para motor, câmbio e suspensão para veículos leves e pesados. “A Freudenberg-Corteco inves�u nesta linha para obter amplo e completo por�ólio, com melhor custo-bene�cio e qualidade original atestada pelo mercado”, complementa Fazol.  ©Foto: Divulgação

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iPT abre inscrições para pós-graduação em materiais compósitos e poliméricos Promover a capacitação para atender a demanda de profissionais na área de materiais compósitos, proporcionar uma visão da importância dos compósitos para o mercado empresarial por meio de palestras e visitas técnicas, es�mular a compreensão dos processos de fabricação e desenvolver a�vidades em diversas linhas de pesquisa, formando recursos humanos de alta qualidade, são alguns dos obje�vos do primeiro curso de especialização em materiais compósitos e poliméricos, que o Ins�tuto de Pesquisas Tecnológi-

cas (IPT) irá promover em parceria com a Associação La�no-Americana de Materiais Compósitos (Almaco). O curso é direcionado a profissionais graduados em Design, Administração, Engenharia, Arquitetura e áreas afins; execu�vos, consultores e docentes interessados em aprofundar conhecimentos na área. O início das aulas está previsto para o dia 13 de setembro. Mais informações estão disponíveis, pelo telefone (11) 37674226/4058 ou pelo e-mail cursos@ ipt.br. 

Produção de motocicletas avança 8,4%

O primeiro semestre de 2019 apresentou crescimento na produção nacional de motocicletas. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, de janeiro a junho saíram das linhas de produção instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) 536.955 unidades, alta de 8,4% na comparação com igual período de 2018 (495.420 unidades). Na comparação mensal o saldo

também foi posi�vo: em junho foram produzidas 67.991 motocicletas, correspondendo a uma alta de 35,4% sobre o mesmo mês de 2018 (50.208 unidades). Na comparação com maio (100.997 unidades) houve recuo de 32,7%, que se explica pelo menor número de dias úteis em junho – 19, ou seja, três dias a menos, além de férias parciais nas fábricas. “Esse desempenho está associado a uma demanda que vem evoluindo desde o segundo semestre do ano passado. O ritmo atual sinaliza a retomada consistente dos negócios e é reflexo do aumento da concessão de crédito nas operações de varejo”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. A previsão da en�dade é que a produção de motocicletas alcance 1.100.000 unidades em 2019, volume 6,1% superior ao de 2018 (1.036.846 unidades). 

Calendário Pirelli 2020 O Calendário Pirelli 2020, por Paolo Roversi, é in�tulado "Procurando Julieta". O projeto do fotógrafo, que envolve atrizes e cantoras de diferentes culturas e países, se baseia no drama shakespeariano e na intersecção de amor, força, juventude e beleza personificada por sua protagonista feminina. As protagonistas de “Procurando Julieta” foram convidadas pelo fotógrafo para representar o papel de Julieta em uma sessão de elenco ideal que as fez representar, posar e cantar; cada uma por meio de sua própria emoção, forma de arte, personalidade, caráter e interpretação do papel. Roversi escolheu nove personalidades para interpretar o papel de Julieta. Elas incluem as atrizes britânicas Claire Foy e Mia Goth, a atriz e a�vista britânica Emma Watson, as atrizes estadunidenses Indya Moore, Yara Shahidi e Kristen Stewart, a cantora chinesa Chris Lee, a cantora espanhola Rosalia e a ar�sta franco -italiana Stella Roversi. Tendo fotografado em Paris e Verona durante uma semana em maio, Roversi fala sobre seu calendário: “Ainda estou à procura de minha Julieta e a procurarei por toda a minha vida, porque Julieta é um sonho”. 

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SUSTENTABILIDADE

RECICLAGEM DE AUTOMÓVEIS E AUTOPEÇAS Solução para um ciclo de vida mais sustentável Por: Ariane Marques

Es�ma-se que há no Brasil atualmente 45 milhões de veículos em circulação, com uma média de 10 anos de uso. Assim, a previsão é de que, em uma década, grande parte desses automóveis seja descartada e subs�tuída por milhões de outros modelos que terão o mesmo des�no dali mais alguns anos. Esses veículos se tornam um grande problema no final da vida ú�l: grande parte se torna resíduo e descartes deixados em ferros velhos e aterros sanitários que custam 8 bilhões de reais por ano ao governo, segundo relatório da ABRELPE de 2017 e se tornam mais uma causa de poluição no ambiente e contaminação no solo com seus resíduos. Para diminuir a quan�dade de resíduos provenientes de automóveis abandonados em ferros velhos e ater-

ros sanitários e tornar esse ciclo de vida mais sustentável, a reciclagem e o reuso de peças automo�vas são vistos como as melhores soluções para tornar mais sustentável o ciclo de vida do veículo. Sua composição corresponde a uma média de 18% de plás�co, 7% de borracha, 55% de metais e 20% de outros materiais. Sendo assim, grande parte dos materiais pode ser reciclada e os que não passam por esse processo podem ser reu�lizados em novos modelos fabricados. Na Europa essa solução já não é mais uma novidade. Cerca de 85% dos automóveis que circulam entre os países do con�nente têm como des�no a reciclagem ou suas peças são reu�lizadas. Já no Brasil temos um cenário bem diferente. Es�ma-se que 98,5% da frota que chega ao final do seu ciclo de vida aqui termi-

na em depósitos e desmanches e apenas 1,5% de todo veículo que sai de circulação tem um des�no mais sustentável. Como medida para tentar mudar essa realidade, em 2010 o Detran do estado do Rio Grande do Sul iniciou um projeto pioneiro no país com a reciclagem de carros, a fim de reduzir o impacto ambiental causado pelos veículos parados nos depósitos e impedir o uso e comercialização ilegal de peças. Em 2014, entrou em vigor no estado de São Paulo a lei do desmanche (Lei 12977 – 2014) com o obje�vo de combater o desmanche ilegal, o comércio de peças usadas sem origem comprovada e de regular o processo de desmontagem e o de reciclagem de metais. Essa é uma medida muito importante para colaborar com o ciclo de vida sustentável dos automóveis, uma vez que o roubo, desmanche e comercialização de peças ilegais são fatores que dificultam a�tudes mais sustentáveis por parte da indústria automo�va. Em paralelo a esses projetos estaduais no Brasil, a BASF tem buscado promover a sustentabilidade no ciclo de vida dos veículos. Junto com sua consultoria para sustentabilidade, a Fundação Espaço ECO® e a Polen, startup que atua com soluções para comercialização e rastreabilidade de resíduos, levou o tema para discussão em uma a�vidade de design thinking no fórum Automo�ve Business Experience, realizado em São ©Foto: Pixabay/Music4life

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Paulo. Também tem trabalhado junto com grandes parceiros para oferecer aos consumidores automóveis mais sustentáveis e menos poluentes. A par�r de soluções inovadoras e mais ecológicas, como plás�cos de engenharia e materiais que deixam os carros mais leves – promovendo eficiência energé�ca, catalisadores que reduzem em 90% a emissão de poluentes, produtos para pintura que exigem menos consumo de água e reduzem a emissão de compostos orgânicos voláteis, entre outras inovações, a companhia contribui para o desenvolvimento de veículos mais ecoeficientes. A falta de um programa de reciclagem veicular, de leis mais duras para combater o descarte inadequado e que permitam mais agilidade na reciclagem de veículos já fora de uso, deixa o Brasil muito atrasado na questão da sustentabilidade do ciclo dos veículos. E para que isso se torne uma realidade, como já acontece na Europa, por exemplo, seriam necessárias medidas por parte do governo para es�mular a população a doar seus veículos velhos para a reciclagem com algum �po de incen�vo, além de parcerias com empresas do setor para desenvolver esse processo. A reciclagem de veículos no Brasil beneficiaria o meio ambiente e a própria indústria automobilís�ca. O uso de peças recicladas e reu�lizadas sai a um custo muito menor, até mesmo por não precisar fazer a exploração de matéria-prima, um dos fatores que encarecem a produção de novos modelos.  Ariane Marques, química e estrategista do Time de Indústria Automotiva da BASF para a América do Sul.

Manufatura híbrida e a tecnologia na indústria 4.0 Por: Leonel Nogueira

Segundo levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a es�ma�va anual de redução de custos industriais no Brasil, a par�r da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano. Essa economia envolve ganhos de eficiência, redução nos custos de manutenção de máquinas e consumo de energia. Para não ficar para trás, o país precisa formar profissionais qualificados para planejar, executar e gerenciar as inovações tecnológicas que a indústria 4.0 demanda. Além do conhecimento técnico, é necessário es�mular a cria�vidade, a proa�vidade e o gosto pela inovação. Por meio da tecnologia é possível fazer a fusão dos mundos �sico, digital e biológico, com a Manufatura Adi�va (Impressão 3D), a IA, IoT, a Biologia Sinté�ca e os Sistemas Cyber Físicos (CPS) – que são a fusão entre o mundo �sico e o digital, no qual elementos de computação conectam-se à toda a inteligência distribuída no ambiente �sico e virtual para obter um conhecimento profundo sobre meio e o usuário, para personalizar e controlar com precisão o ambiente de interação dos usuários. Transformar a indústria hoje significa que a despeito dos desafios trazidos pela 4ª revolução industrial, as empresas têm espaço para fazer um uso mais eficiente dos seus recursos (humanos, financeiros e tecnológicos) para que seus produtos e serviços sejam mais compe��vos no país e no mundo.

Isso se traduz na implementação de formas mais eficientes de gestão com metodologias ágeis e enxutas, além de orientar processos e decisões a par�r da análise em tempo real dos dados de produção. Além destas tecnologias, outros disposi�vos terão um papel importante na indústria 4.0. Como a tecnologia RFID, que vem ganhando espaço com os sistemas de rastreabilidade industrial, e os módulos IO-Link – um poderoso padrão criado pela indústria da automação, que funciona através de um protocolo de comunicação serial ponto a ponto que vem sendo, cada vez mais, u�lizado para promover a comunicação entre sensores e/ou atuadores no chão de fábrica. Esses módulos possuem endereço IP próprio, com conexões diretas de alto e baixo nível. Portanto, descentralizam e organizam a rede de sensores e demais componentes. Com fábricas cada vez mais automa�zadas e máquinas inteligentes, a preocupação passa a ser uma maior robustez nos sistemas de informação, segurança e comunicação, fazendo da tecnologia a sua grande aliada. 

Leonel Nogueira é CEO da Global TI.

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SUSTENTABILIDADE

energia solar deve ganhar seis mil novas empresas O setor de energia solar vive um crescimento exponencial no Brasil com uma taxa de cerca de 500 novas empresas por mês no Brasil, segundo mapeamento do Portal Solar, maior marketplace do segmento no País. A perspec�va é chegar ao fim do ano com aproximadamente seis mil companhias entrantes no mercado fotovoltaico nacional. De acordo com o levantamento, somente nos úl�mos 12 meses as empresas de engenharia e instalação que atuam no segmento de geração solar distribuída geraram aproximadamente 8 mil empregos no País. Es�ma�vas do setor dão conta de que as companhias de geração solar distribuída empregam atualmente 20 mil profissionais, com inves�mentos acumulados que ultrapassam R$ 4 bilhões em usinas de autogeração de energia em residências, comércios e indústrias. O País possui hoje mais de 80 mil sistemas fotovoltaicos instalados em telhados e pequenos terrenos, num total de 827 megawa�s (MW) em operação. Em pesquisa realizada no primeiro

semestre deste ano com mais de 1,5 mil empresas, o Portal Solar constatou que 41,2% das companhias trabalham com energia solar fotovoltaica há menos de um ano, 27,1% de um a dois anos, 19,5% de dois a três anos, e apenas 12,3% atuam há mais de quatro anos. Outro dado é que 6% ultrapassaram a marca de 50 sistemas instados, 57,9% instalaram de 10 a 50 sistemas e 36,4% ainda não completaram três instalações”, conclui. O Portal Solar possui uma média mensal de acesso de 350 mil pessoas, que movimentam cerca de R$ 25 milhões por mês em compra e venda dos mais de 6 mil itens disponíveis, incluindo milhares de opções de geradores fotovoltaicos, equipamentos de instalação, inversores e sistemas de bombeamento, entre outros. O marketplace agrega atualmente cerca de 10 mil empresas que atuam com energia solar, em especial nas áreas de equipamentos e serviços. Do total de sistemas fotovoltaicos instalados até hoje em geração distribuída, cerca de 25 mil projetos já foram sub-

me�dos para cer�ficação no Portal Solar. Com isso já são mais de 1,4 mil empresas instaladoras que possuem o Selo Portal Solar de qualidade. “O que construímos aqui no Portal Solar é a maior e mais qualificada base de instaladores de energia solar no Brasil”, comenta Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar. “Os clientes finais também são incen�vados a deixarem sua avaliação sobre os instaladores cer�ficados e assim fornecemos um mecanismo de classificação para que o mercado busque sempre melhorar, além de facilitar a vida do consumidor para encontrar instaladores qualificados e com avaliações reais”, acrescenta. Prova de que esse mecanismo funciona é o índice de inadimplência no financiamento oferecido no próprio Portal Solar, que foi reduzido de forma drás�ca quando o serviço é prestado por um instalador cer�ficado no marketplace. “Trata-se do nascimento de um segmento que, em questão de dois anos, será o maior dentro do setor elétrico”, aponta Meyer.  ©Foto: Senivpetro

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GENTE

David Baines sucede Tetsuya Kumakawa como CEO da TMD Friction A TMD Fric�on anunciou David Baines como o novo CEO e presidente do Grupo TMD Fric�on. O execu�vo subs�tui o atual CEO, Tetsuya Kumakawa, que será nomeado a uma posição de gerência sênior dentro da empresa-mãe, o Grupo Nisshinbo. David Baines possui mais de 30 anos de experiência com a TMD Fric�on em diversas funções e áreas de gerenciamento, além de acumular amplo conhecimento no mercado automo�vo global. Durante os úl�mos 15 anos de sua carreira na TMD Fric�on, David Baines ocupou vários cargos voltados para o cliente, desde gestão regional até planejamento estratégico e marke�ng global, e nos úl�mos 5 anos foi responsável global pela unidade de negócios independente de pós-venda dentro da TMD Fric�on. 

ingo Pelikan é reeleito presidente do IQA O execu�vo Ingo Pelikan, gerente sênior de Gerenciamento de Fornecedores da Mercedes-Benz e representante da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foi reeleito presidente da Diretoria Execu�va do Ins�tuto da Qualidade Automo�va (IQA) para o biênio 2019-2021. Para comandar o IQA no período também foram eleitos membros da Diretoria Execu�va, Conselho Diretor e Conselho Fiscal. Ao todo são 29 dirigentes, todos representantes de en�dades responsáveis pela fundação do IQA, ligadas à cadeia automo�va, associações de classes, órgãos do governo e indústrias. Na Diretoria Execu�va, a novidade é Bruno Neri (Sindipeças/ Bosch). Presidido por Elias Mufarej (Sindipeças), o Conselho Diretor conta com três novos nomes: Henry Joseph Junior (Anfavea), Raul Pereira (Sindipeças/ ElringKlinger) e Sérgio Alvarenga (Sindirepa). 

Haroldo Ferreira assume Presidência da Abicalçados Gaúcho de Rolante, cidade de pouco mais de 20 mil habitantes da região do Vale do Paranhana, no Rio Grande do Sul, Haroldo Ferreira foi convidado a assumir como presidente-execu�vo da Abicalçados. Formado em Administração de Empresas, com pós-graduação em Administração da Produção e MBAs em Liderança e Gestão da Saúde, aos 52 anos de idade Ferreira é casado e pai de dois filhos. O novo dirigente da Abicalçados se mostra com es�lo proa�vo e de proximidade com o quadro de funcionários, algo que herdou de seus mais de 20 anos de atuação na Azaleia – de 1986 até 2008. “A parte de Recursos Humanos na empresa – a qual dirigi por um bom período -, na época do Seu Nestor (Nestor Herculano de Paula, fundador do Grupo Azaleia e ex-presidente da Abicalçados, falecido prematuramente em 2004), era muito importante. A proximidade com os funcionários era algo muito forte para a diretoria da época”, recorda Ferreira. 

Cummins nomeia Paulo nielsen como líder para a América Latina A Cummins Inc. anunciou Paulo Nielsen como o novo líder da “Cummins Power Genera�on” para a América La�na com o desafio de consolidar o posicionamento da Unidade de Negócio na região. Paulo Nielsen é formado em engenharia mecânica, especializado em indústria automo�va, pela Escola de Engenharia Industrial de São Paulo, Brasil. Possui mestrado em Administração de Empresas pelo Ins�tuto Tecnológico de Aeronáu�ca / Escola Superior de Marke�ng.  ©Fotos: Divulgação

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CALÇADOS

Vulcabras Azaleia tem receita positiva A Vulcabras Azaleia teve desempenho posi�vo em suas principais marcas e categorias de produtos, no segundo trimestre de 2019, em comparação ao mesmo período de 2018. A receita total, de R$ 327 milhões, apresentou acréscimo de 16,5% sobre o segundo trimestre do ano passado. No semestre, foram R$ 626,8 milhões, 9,4% a mais que no mesmo período do úl�mo ano. Os resultados foram registrados em um cenário de estagnação econômica e baixo consumo no mercado interno, e de reflexos sequenciais da crise da Argen�na, principal des�no das exportações da companhia. A estratégia comercial da empresa impulsionou o resultado, diante do consumo aquém das expecta�vas de mercado e da alta concorrência. “Alinhadas à força das marcas e aos atributos dos novos produtos, as ações levaram ao aumento de receita em calçados femininos e em calçados espor�vos e confecções, tanto de Olympikus quanto de Under Armour”, afirma Pedro Bartelle, CEO da companhia. Mesmo com queda substancial no mercado externo, a categoria de calçados espor�vos apresentou expansão de 12,3% na receita líquida, influenciada pelo desempenho posi�vo nas vendas de Olympikus e pela adição das vendas com os calçados Under Armour no trimestre, em sua primeira coleção sob a administração da companhia. Com nova coleção de Azaleia, a primeira com a supervisão do es�lista Alexandre Herchcovitch, head de es�lo da companhia, o segmento de calçados femininos registrou alta de 14,1% em sua receita. A categoria de confecções e acessórios mais uma vez apresentou robusto crescimento na receita, devido ao aumento em Olympikus e à inclusão das vendas da marca

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Under Armour. O EBITDA de R$ 50,5 milhões veio 14,3% acima do resultado do 2T18, quando a empresa registrou R$ 44,2 milhões. No acumulado do ano, o indicador é de R$ 97,6 milhões, com crescimento de 3,8% ante o do mesmo intervalo de 2018. O lucro líquido registrado é de R$ 30 milhões, com retração de 9,1% em relação ao segundo trimestre de 2018. Comparado ao primeiro semestre do ano passado, o lucro líquido de R$ 56,2 milhões apresentou queda de 15,5%. Novos produtos – A empresa colocou no mercado os primeiros calçados Under Armour desenvolvidos e fabricados no Brasil. A nova linha com tecnologia de amortecimento para corredores Charged Cushioning chegou aos PDVs com seis modelos criados pela Vulcabras, em parceria com a Under Armour global. Olympikus, que no início do ano já havia lançado nova coleção de vestuário, vem ampliando sua atuação no segmento de running, com destaque para sua tecnologia especial de amortecimento e impulsão, chamada Elevate Pro. Junto a isso, desenvolve um plano que vem construindo uma relação única com a comunidade de corredores do país, através do projeto Bota pra Correr, que, entre outras ações, envolve um circuito proprietário e inédito de corridas. Com crescimento nas vendas há três trimestres seguidos, os calçados femininos estão mostrando ao mercado novidades no es�lo. “Um dos destaques é a coleção assinada pelo nosso head de es�lo, Alexandre Herchcovitch, na Azaleia, marca que também está sob sua supervisão”, comenta Bartelle. Os novos modelos chegam às lojas e ao e-commerce da Azaleia (www.azaleia. com.br) nas próximas semanas. 

Modernização da NR 12 trará economia de R$ 450 milhões para o setor Pauta importante do setor calçadista brasileiro, a Norma Regulamentadora 12, especialmente pela inclusão defini�va do anexo X – referente à segurança em máquinas para calçados – foi modernizada. O anúncio do Governo Federal foi realizado no dia 30 de julho, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília/DF. Além da NR 12, foram anunciadas alterações importantes na NR 1 – sobre treinamentos e capacitação – e a revogação da NR 2 – inspeção prévia de maquinário. Ambas também terão impacto no setor calçadista. Para o presidente-execu�vo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, as medidas trazem maior segurança jurídica, desburocra�zam a a�vidade industrial e diminuem custos de adaptação de maquinário. “Importante frisar que o anexo X foi discu�do à exaustão pela Comissão Tripar�te que trata do tema, composta por membros da inicia�va privada, trabalhadores e Governo, e que, portanto, é uma medida democrá�ca”, avalia Ferreira, que esteve presente na cerimônia. Conforme levantamento realizado pela Abicalçados, a atualização das normas terá impacto direto em 31 �pos de máquinas u�lizadas na a�vidade, o que deve gerar uma economia superior a R$ 450 milhões para as empresas. “Esse valor representa 2% do valor da produção de calçados e mais de 50% do inves�mento realizado em estrutura �sica e maquinário ao longo do ano de 2018”, acrescenta o execu�vo, ressaltando que a redução do custo com adaptações desnecessárias deverá es�mular a economia e gerar empregos no curto e médio prazos.  www.borrachaatual.com.br


exportações somam 65 milhões de pares de calçados até agosto

O mês de julho registrou o embarque de 7,9 milhões de pares que geraram US$ 84,35 milhões, incrementos de 65,2% em volume e de 44,4% em dólares no compara�vo com o mesmo mês do ano passado. Com isso, a soma dos sete primeiros meses do ano chegou a 65 milhões de pares e US$ 565 milhões, altas de 8,2% em volume e de 3,6% em receita no compara�vo com período correspondente de 2018. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ressalta que o resultado foi puxado, especialmente, pelos Estados Unidos, principal des�no dos calçados verde-amarelos no exterior. Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o aumento na tarifa de importação de calçados provenientes da China em 10%, passando da média geral de 17,3% para 27,3%. Apesar de a lista ainda estar em análise no Congresso dos Estados Unidos, importadores locais de calçados asiá�cos já se movimentam para buscar fornecedores alterna�vos, caso dos brasileiros. “Hoje somos o maior fabricante de calçados fora da Ásia. Evidentemente, essa guerra comercial terá um efeito no setor”, avalia Ferreira. Por outro lado, ele avalia que a medida de Trump abriu espaço para uma guerra cambial, com a maior desvalorização do Yuan – moeda chinesa – em uma década, o que tem por obje�vo compensar as tarifas elevadas.

Em julho, as exportações brasileiras para os Estados Unidos chegaram a 757,4 mil pares, que geraram US$ 18,52 milhões, incrementos de 96,6% em volume e de 79% em receita em relação ao mesmo mês de 2018. Com o resultado, nos sete meses, as exportações para os Estados Unidos somaram 7 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 119,74 milhões, incrementos de 33,3% em pares e de 40% em dólares em relação ao mesmo período do ano passado. Se por um lado as exportações para os Estados Unidos andam de vento em popa, o mesmo não vale para o segundo des�no dos embarques brasileiros. Em julho, a Argen�na importou 11,1% menos em receita do que no mesmo mês de 2018, alcançando US$ 10,23 milhões. Em pares, porém, o resultado foi posi�vo em 21,4%, o que aponta para compras de produtos de menor valor agregado no período. Em julho, os hermanos compraram 1,17 milhão de pares brasileiros. Com o resultado, na soma dos sete meses, os argen�nos importaram 4,64 milhões de pares por US$ 54,73 milhões, quedas de 28,5% e de 37,8%, respec�vamente, em relação ao período correspondente do ano passado. “A situação da Argen�na é complicada, tanto no ambiente domés�co, com queda brusca na demanda e inflação galopante, quanto no exterior, com a necessidade imposta pelo FMI de preservação das suas reservas internacionais, o que inibe importações de qualquer origem”, explica Ferreira. Estados – Nos sete primeiros me-

ses do ano, o principal exportador de calçados brasileiros foi o Rio Grande do Sul. No período, os gaúchos embarcaram 17 milhões de pares, que geraram US$ 256,18 milhões, altas de 11,2% e de 2,3%, respec�vamente, em relação ao mesmo período de 2018. A segunda origem foi o Ceará, de onde par�ram 23,6 milhões de pares por US$ 146,68 milhões, incrementos de 0,1% e de 9,1%, respec�vamente, no compara�vo com igual período de 2018. A terceira origem foi São Paulo, que embarcou 4,4 milhões de pares por US$ 59,53 milhões, 9,2% mais em volume e 2,8% menos em receita na relação com mesmo ínterim do ano passado. Importações – Assim como as exportações, as importações de calçados aumentaram no mês de julho. Entraram no Brasil 2 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 33,73 milhões. Os resultados são superiores tanto em pares (11,5%) quanto em dólares (8%) na relação com mesmo mês de 2018. Com isso, nos sete meses entraram no País 17,63 milhões de pares por US$ 214,6 milhões, incrementos de 0,6% em volume e de 0,1% em receita no compara�vo com período correspondente do ano passado. Nos sete meses, as principais origens das importações foram Vietnã (6,78 milhões de pares e US$ 107,2 milhões, quedas de 7,4% e de 10,8%, respec�vamente, em relação a 2018), Indonésia (2,6 milhões de pares e US$ 41 milhões, incrementos de 18,7% e de 13%, respec�vamente) e China (6,28 milhões e US$ 28,14 milhões, incrementos de 1,7% e de 15,8%, respec�vamente). Em partes de calçados – cabedais, solas, saltos, palmilhas etc – as importações chegaram a US$ 7 milhões nos primeiros sete meses do ano, 40% menos do que no mesmo período do ano passado. As principais origens foram China, Paraguai e Vietnã. 

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ABTB

ABTB anuncia chamada de trabalhos para seu congresso de 2020 A ABTB (Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha), realizará o 18° Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha no dia 30 de junho e 01 de julho de 2020, em paralelo à Expobor. A en�dade anuncia a chamada de trabalhos e a abertura das cotas de patrocínio. Principal evento do setor no país, o congresso terá como conceito o conhecimento como chave para moldar o futuro, definido pelo mote “Sua plataforma para o futuro, muito além de 2020”. Na sua 17° edição, no ano passado, o congresso contou com par�cipantes de oito estados do Brasil, congressistas internacionais de seis países, mais de 128 empresas, sete universidades e 49 palestras. Para o ano de 2020, a ABTB projeta uma par�cipação ainda maior e, alinhada com o foco no conhecimento, anuncia a abertura do processo de submissão dos resumos dos trabalhos técnicos a par�r de 2 de setembro de 2019. Os trabalhos deverão ser originais, ter forma de estudos teóricos, experiências prá�cas, cases e/ou inovações, refle�ndo pesquisas e tecnologias atuais na indústria da borracha. As inscrições dos resumos se darão pelo hotsite www.congressoabtb.com.br e estarão abertas a par�r de 02/09/2019. As empresas interessadas em associar sua marca ao 18° Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha já podem obter informações sobre as cotas de patrocínios através do e-mail regionalsul@abtb.com.br e telefone (51) 9724-5866. Com mais de 50 mil e-mails enviados na edição 2018, releases nos principais veículos de comunicação, milhares de visitantes na feira, centenas de empresas e relevância internacional, o congresso cons�tui-se em uma plataforma perfeita para exposição comercial das empresas que desejam dialogar com o setor da borracha. Informações gerais sobre o congresso podem ser ob�das pelo e-mail congresso2020@abtb.com.br

cursos e eventos em 2019 A associação preparou vários cursos para este segundo semestre nos pólos de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O cursos e workshops abordarão temas como “Boas Prá�cas de Processo Adesão Elastômero e Substrato”, “Mistura, Processamento de Compostos, Problemas e Equipamentos”, “Desenvolvimento de A�vadores Sustentáveis para Vulcanização”, “A Ciência da Migração em Compostos de Borracha”, entre outros. SEMINÁRIO LORD - BOAS PRÁTICAS DE PROCESSO ADESÃO ELASTÔMERO E SUBSTRATO Palestrante: Sra. Gisele Penteado | Horário: 13h30min às 18h Data: 11/09/2019 – Joinville/SC Local: SENAI/SC - Rua Arno Waldemar Dohler, 957 Data: 24/09/2019 – São Bernardo do Campo/SP Local: SENAI Mário Amato Rua Vitória Maria Medice Ramos, 330 - São Bernardo do Campo/SP Data: 27/09/2019 – São Leopoldo/RS Local: Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros Av. Presidente João Goulart, 682 – São Leopoldo/RS

CURSO - MISTURA / PROCESSAMENTO DE COMPOSTOS / PROBLEMAS / EQUIPAMENTOS

Data: 17/09/2019 e 18/09/2019 | Horário: Carga horária: 12h Local: CIEMG Av. Babita Camargos, 766 Praça da Cemig - Contagem/MG Palestrante: Sr. Jorge Almada

Workshop Rhodia/Solvay, Cya e Oxitec + 3º Tema Palestrantes: Antonio Roberto Dematte (Rhodia/Solvay) e Lairton Leonardi (Oxitec) Data: 10/10/2019 | Horário: 18h Local: Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros Av. Presidente João Goulart, 682 – São Leopoldo/RS

Workshop Birla Carbon + 2º Tema

Data: 17/10/2019 | Horário: 18h Local: SENAI Mário Amato Rua Vitória Maria Medice Ramos, 330 – Assunção - São Bernardo do Campo/SP

Encerramento das Atividades culturais ABTB Região SC/2019 PATROCÍNIO AURIQUIMICA Data: 25 de outubro/2019

Workshop Rhodia/Solvay e Cya + 2º Tema

Data: 06/11/2019 | Horário: 18h Local: SENAI Mário Bagueira Leal – Franca SP

Workshop - Encerramento das Atividades Culturais ABTB SP/2019 Palestrante: Marco Antonio Cardello (CEO – MAGMA-MIX) Data: 21 de novembro/2019 | Horário: 20h Local: SENAI Mário Amato – São Bernardo do Campo-SP

Workshop - Encerramento das Atividades Culturais ABTB Região Sul/2019 PATROCÍNIO BIRLA CARBON Data: 29 de novembro/2019 | Horário: 20h Local: Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros Av. Presidente João Goulart, 682 – São Leopoldo/RS

Informações e inscrição: www.abtb.com.br ©Foto: Divulgação

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FRASES & FRASES

Onde a vontade é grande, as dificuldades diminuem. Nicolas Machiavel

“Quem se atrapalha a lamentar o passado perde o presente e põe em risco o futuro.” Francisco de Quevedo

“As duas palavras mais curtas e mais antigas, sim e não, são as que exigem mais reflexão.”

“É melhor ser otimista e se enganar do que pessimista e ter razão.” Jack Penn

“O homem é incapaz de escolher. Ele age sempre cedendo à tentação mais forte.” André Gide

Pitágoras

“A felicidade é tão frágil que arriscamos a perdê-la até falando dela.”

“Revoltar-se ou adaptar-se, não há jamais outra escolha na vida.” Gustave Le Bom

Jules Lemaitre

“A Rebeldia é uma chance de evolução, enquanto a obediência é a servidão ao passado.” Tony Flags

“A insegurança do futuro deve ser a força para mudar o passado.” Charles Bright

“Pobre do discípulo que não deixa seu mestre pra trás.” Leonardo da Vinci

“Errar é próprio do homem, mas perseverar no erro é próprio dos tolos.” Marco Tulio Cícero

“Inteligência sem ambição é um pássaro sem asas.” Salvador Dalí

“Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você.” Érico Veríssimo

“Tudo é interessante se você olhar o suficiente.” Richard Fenmann

©Foto: geralt/Pixabay

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MATÉRIA TÉCNICA

O SETOR DE BORRACHA NA ECONOMIA CIRCULAR Autor: Cassiano A. Moraes Filho, MSc.

A Economia Circular é um tema que chama a atenção pela atualidade, pela per�nência e pela possibilidade real das empresas se beneficiarem economicamente de ações de respeito ao meio ambiente. Ao longo da sua história a humanidade extraiu materiais da natureza, produziu bens com esses materiais, usou-os e descartou-os. Essa é a chamada Economia Linear, onde o fluxo de materiais e produtos se dá em um só sen�do. Este modelo já mostra sinais de esgotamento em função do crescimento populacional associado ao aumento do padrão médio de consumo, ao desenvolvimento de materiais sinté�cos e à produção industrial de massa. Os recursos naturais são volumosos, mas são finitos. Se a nossa civilização insis�r nesse caminho eles se esgotarão em algum momento. Definição e histórico – A chamada Economia Circu-

lar (EC) vem sendo apresentada por vários autores como uma evolução necessária dessa Economia Linear para a preservação dos recursos naturais1 e da humanidade, sem que os aspectos econômicos para empresas e sociedade sejam negligenciados. A Fundação Ellen McArthur dedica-se totalmente à divulgação e promoção de ações voltadas para a Economia Circular2 e é uma excelente fonte de informações sobre o tema. Pode-se dizer que a EC vai além da preservação ambiental e da sustentabilidade, porque em sua essência visa fechar o ciclo de vida de materiais e produtos, fazendo com que o rejeito de um processo seja o insumo para outro até que o úl�mo processo seja ou digestão microbiana ou aproveitamento energé�co como nomeado por Braungart, “cradle-to-cradle (C2C)”3. A figura abaixo4 esquema�za esse conceito.

DiSTRiBuTiOn

Is controlled by buyer-owner-consumers of goods, or by fleet managers who retain ownership and sell goods as services.

Ownership transfers from manufactures to consumer at point of sale.

Re

MA

n u FA c T u R e

uSe

innOVATiOn Research is needed to transform used goods into ‘as-new’ and to recycle atoms.

ReuSe, ReP

Re

AiR

TA K

cY

cL

,

e- B Ac

Resource losses partly recoverable by industrial symbioses.

K OF GOODS

e

eXTRAcTeD ReSOuRceS

MAnuFAcTuRinG Renewing used products lessens the need to make riginals from scratch.

Water, energy and natural resources enter the manufacturing process. 1 2 3 4

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Boulding, K., 1966. The economy of the coming spaceship earth. In: Daly, H., Freeman, W.H. (Eds.), (1980). Economics, Ecology, Ethics: Essay towards a Steady State Economy, San Francisco. h�ps://www.ellenmacarthurfounda�on.org/our-story/mission. Ghisellini et al (2016). A review on Circular Economy: The expected transi�on to a balanced interplay of environmental and economic systems, Journal of Cleaner Produc�on 114 (2016) 11-32. W. Stahel, Circular economy, Nature, V. 531, p. 435-438, 2016.

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MATÉRIA TÉCNICA O conceito de EC está em evolução, mas suas raízes são an�gas. Na virada do século XIX para o século XX algumas ideias já começavam a ser colocadas5, ligadas a movimentos de preservação ambiental que já apareciam naquele período. Ao longo do tempo, essa ligação da Economia Circular com a preservação do meio ambiente foi sendo ampliada. Até 2012 a EC era vista apenas pela sua vertente de sustentabilidade (Redução, Reuso e Reciclagem de materiais)6. Posteriormente, novos ar�gos passam a agregar a perspec�va de sistemas para se fechar o ciclo (C2C), abrangendo desde o microssistema (concepção dos produtos e materiais) até o macrossistema (mudanças amplas na própria estrutura da indústria e até mesmo de cidades). No mundo – O conceito de EC se firmou na Europa nos anos 1980-1990, focado no conceito de hierarquia de rejeitos e buscando sempre em primeiro lugar reduzir sua geração, depois seu reuso, reciclagem, aproveitamento de sua energia e só em úl�mo caso, descarte. Na realidade a maior parte das ações tem sido para reciclagem, enquanto redução e reu�lização têm sido, normalmente, relegadas ao segundo plano7. Mesmo as ações de reciclagem ficam restritas aos materiais de maior valor econômico, tais como lí�o de baterias ou alumínio de latas. Materiais de baixo valor econômico têm sido, em sua maioria, incinerados ou dispostos em aterros sanitários. Há muitas ações e projetos em curso em vários países, especialmente na China e na União Europeia, os principais polos onde a EC mais se desenvolve, devido ao crescente problema com degradação do meio ambiente e acesso a matérias-primas. Na China a Economia Circular é uma polí�ca estabelecida pelo governo central, enquanto na União Europeia, assim como no Japão e nos EUA, a EC tem sido empregada pelas corporações e por governos como uma ferramenta para polí�cas ambientais de gestão de rejeitos, complementando outras ações voltadas à sustentabilidade. Outra vertente que cresce muito é a subs�tuição de aquisição de produtos (propriedade) para uso de serviços, como, por exemplo, compar�lhamento de automóveis, como o AutoLib na França ou o Sunfleet e o Move About na Suécia, ou o programa �By the mile� da Miche-

lin de “aluguel” de pneus8. Isso se insere na Economia Circular aumentando o grau de u�lização dos equipamentos e produtos, seu reuso mais extensivo, maior busca por eficiência do processo, reciclagem ou recuperação da energia ao final da sua vida ú�l. No Brasil – No nosso país o setor de borrachas, par�cularmente o subsetor de pneumá�cos, tem prá�cas bastante alinhadas com a Economia Circular que se iniciaram bem antes desse conceito se tornar conhecido. Como bom exemplo, podemos citar a reforma de pneus, que é extensamente empregada no País e é uma forma economicamente viável de estender seu uso. O emprego de embalagens retornáveis metálicas é outra prá�ca do segmento de borrachas que se enquadra dentro dos princípios da Economia Circular9. O trabalho da RECICLANIP na coleta e des�nação de pneus inservíveis seja como combus�vel em fornos de cimento, seja como adi�vos para asfalto ou como pisos e outros artefatos. Neste úl�mo caso, a Resolução 416/09 do Conama, que regulamenta a coleta e des�nação dos pneus inservíveis foi a chave para a indústria se organizar e criar essa estrutura que vem operando muito bem há anos. Em 2017 foram 458 mil toneladas de pneus recolhidos e des�nados adequadamente. O uso de borracha natural na composição de diversos artefatos de borracha adiciona um componente renovável ao ciclo de materiais, o que é muito bom, mas ser reciclável não elimina a necessidade de adotar prá�cas de EC para manter esses materiais em uso antes do seu descarte. Artefatos – Os subsegmentos de peças técnicas industriais e autopeças têm um desafio maior do que o de pneus na medida em que o volume total é menor, e em contrapar�da, o número de itens e a diversidade de materiais e de des�nos é maior. Aqui, a iden�ficação do polímero nos artefatos ajudaria no seu reuso e reciclagem. Calçados sofrem influência da moda, que de certa forma contraria a diretriz de redução de rejeitos, uma vez que a moda incen�va o descarte prematuro de itens. Um aumento do emprego de borracha termoplás�ca poderia ajudar na reciclagem. 8

5 6 7

Lacy e Rutqvist (2015). Waste to wealth: The circular economy advantage. Caps 2 e 3. Kirchherr et al (2017). Conceptualizing the circular economy: An analysis of 114 defini�ons, Resources, Conserva�on & Recycling 127 (2017) 221–232. McDowal, W. et al, Circular Economy Policies in China and Europe, Journal of Industrial Ecology, 2017, Volume 21, Number 3.

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9

No Brasil fabricantes de pneus e reformadores de pneus já oferecem há bastante tempo sistemas de gerenciamento de ciclo de vida do pneu para os fro�stas, buscando estender ao máximo o uso da carcaça do pneu antes do seu descarte. As embalagens são um problema grande, uma vez que são usadas apenas uma vez em sua maior parte. O uso de embalagens retornáveis elimina por completo o descarte, embora adicione etapas de logís�ca reversa e limpeza que tem impacto nega�vo na Sustentabilidade.

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MATÉRIA TÉCNICA A indústria e a sociedade ainda estão se ajustando. As ações estão ainda muito focadas em reciclagem, por ser o ciclo mais fácil de ser implementado. No entanto, para que se possa usufruir mais das vantagens da EC, inicia�vas em redução de consumo e de reuso vão precisar aumentar em número e em importância e, para isso, novos produtos serão projetados para serem reparados com mais facilidade e reu�lizados várias vezes, como forma de estender suas vidas úteis. Precisarão ainda ter suas partes separadas para reciclagem para reduzir o descarte e, ao final do ciclo, deverão poder ser degradados por micro-organismos ou serem usados para geração de energia. No entanto, há uma série de barreias tecnológicas10 para a plena aplicação desse conceito: desvulcanização, deslaminação, separação de ligas metálicas ou plás�cas, hoje processos inexistentes ou com al�ssimo consumo de energia. Para iden�ficação dos materiais empregados que facilitariam o reuso e reciclagem, há propostas para definir-se um “passaporte” de produto para rastrear seu ciclo de vida11, desde a produção até seu descarte. É um desafio grande. Tecnologias como “blockchain” poderiam ser empregadas12, mas para sua disseminação um padrão necessariamente deveria ser desenvolvido e internacionalmente aceito.

Como Stahel escreveu, tornar a economia global um sistema 100% circular é uma utopia, tendo em vista as limitações termodinâmicas para a completa recuperação de energia13, a impossibilidade dentro do conhecimento atual de reciclar-se a totalidade dos materiais indefinidamente, questões sociais e polí�cas entre outras. Entretanto, a Economia Circular parece ser um caminho necessário para a sociedade humana, tendo em vista que o planeta em que vivemos é um sistema fechado, sem pra�camente nenhuma troca com o ambiente externo. Os recursos são finitos e, sendo assim, o modelo de economia linear, se ainda não se esgotou, vai chegar a um limite em algum momento, em vista o crescimento da população e a melhoria da média de condição de vida das pessoas. A implementação da Economia Circular vai requerer mais que novas tecnologias e produtos, mas uma cadeia de suprimento e logís�ca muito eficiente e principalmente um novo sistema de interação econômica com um enorme valor econômico, que pode chegar a mais de 20 trilhões de dólares em 205014.

10 11 12

13

W. Stahel, Circular economy, Nature, V. 531, p. 435-438, 2016. Lacy e Rutqvist (2015). Waste to wealth: The circular economy advantage. Cap. 12. Maria An�kainen et al, Digitalisa�on as an Enabler of Circular Economy, 10th CIRP Conference on Industrial Product-Service Systems, IPS2 2018, 29-31 May 2018, Linköping, Sweden.

(*) Cassiano Moraes Filho, MSc, é engenheiro químico e consultor com mais de 35 anos de experiência na indústria da borracha e na petroquímica em gestão de produtos, planejamento de produção e vendas, e “supply chain”.

14

Daly, H.E., 1977. The Steady-state Economy. The Sustainable Society: Implica�ons for Limited Growth. Praeger, New York and London, pp. 107e114. Available: h�p://www.amalthys. com/greenpath/019steadystate.html (accessed 22.03.15.). Lacy e Rutqvist (2015). Waste to wealth: The circular economy advantage. Caps 2 e 3.

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CLASSIFICADOS

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AGENDA

SETEMBRO

OUTUBRO

03 a 05 IRC - INTERNATIONAL RUBBER CONFERENCE 2019

16 a 23 K 2019 - TRADE FAIR FOR PLASTICS & RUBBER

Local: Kia Oval, London, UK Informações: www.irc2019.org

11 RUBBERTECH CHINA 2019

Local: Dusseldorf, Alemanha Informações: www.k-online.com

17 WORKSHOP Birla Carbon + 2º Tema

Local: Shangai, China Informações: www.chrubber.com, rubbertech@chrubber.com

Local: SENAI Mário Amato - Rua Vitória Maria Medice Ramos, 330 – Assunção - São Bernardo do Campo/SP Informações e inscrição: www.abtb.com.br

11, 24 e 27 SEMINÁRIO LORD - BOAS PRÁTICAS DE PROCESSO ADESÃO ELASTÔMEROS E SUBSTRATO

25 Encerramento das Atividades Culturais ABTB Região SC/2019

DIA 11 - JOINVILLE/SC Local: SENAI/SC – Rua Arno Waldemar Dohler, 957 DIA 24 - SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP Local: SENAI Mário Amato Rua Vitória Maria Medice Ramos, 330, S. do Campo/SP

NOVEMBRO

DIA 27 - SÃO LEOPOLDO/RS Local: Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros Av. Presidente João Goulart, 682 – São Leopoldo/RS

Local: SENAI Mário Bagueira Leal – Franca SP Informações e inscrição: www.abtb.com.br

17 e 18 CURSO - MISTURA / PROCESSAMENTO DE COMPOSTOS / PROBLEMAS / EQUIPAMENTOS Local: CIEMG Av. Babita Camargos, 766 Praça da Cemig - Contagem/MG Informações e inscrição: www.abtb.com.br

18 a 20 RUBBERTECH CHINA 2019 Local: Shangai, China Informações: www.chrubber.com, rubbertech@chrubber.com

06 WORKSHOP Rhodia/Solvay e Cya + 2º Tema

21 WORKSHOP - Encerramento das Atividades Culturais ABTB SP/2019 Local: SENAI Mário Amato – São Bernardo do Campo-SP

29 WORKSHOP - Encerramento das Atividades Culturais ABTB Região Sul/2019 Local: Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros Av. Presidente João Goulart, 682 – São Leopoldo/RS

19 IV SEMINÁRIO DE MANUFATURA AUTOMOTIVA Local: Av. Angélica, 2529, Bela Vista, São Paulo, SP Informações: www.aea.org.br

25 ZEON CUSTOMER DAY Local: Grand Mercure SP - Rua Sena Madureira, 1355, Ibirapuera

OUTUBRO 08 a 10 RUBBER DIVISION, AMERICAL CHEMICAL SOCIETY – International Elastomer Conference Local: Expo, 196th Technical Meeting & Educational Symposium Huntington Convention Center of Cleveland, Cleveland, OH Informações: (1) 330-595-5531, www.rubber.org

10 WORKSHOP Rhodia/Solvay, Cya e Oxitec + 3º Tema Local: Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros Av. Presidente João Goulart, 682 – São Leopoldo/RS Informações e inscrição: www.abtb.com.br

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