Revista Borracha Atual Ed 149

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borrachaatual .com.br Ano XXV • Nº 149 • ASPA Editora

33 Um Sapato pelo Brasil

ISSN 2317-4544

36 Pirelli inaugura

complexo multipistas

29 de Outubro

Mais informações página 38

04 ENTREVISTA

José Vicente Beleze, diretor técnico da TEAM

40 MATÉRIA TÉCNICA

Transformação e Vulcanização de Elastômeros


A Fragon tem orgulho de distribuir o que há de melhor para o mercado da borracha, nossos parceiros são reconhecidos por produzirem as melhores matérias-primas e nós entregamos aos nossos clientes soluções para o crescimento de seus negócios.

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SUMÁRIO

borrachaatual .com.br Ano XXV • Nº 149 • ASPA Editora

ISSN 2317-4544

33 Um Sapato

36 Pirelli inaugura

pelo Brasil

complexo multipistas

08

MATÉRIA DE CAPA 29 de Outubro

Mais informações página 38

04 ENTREVISTA

José Vicente Beleze, diretor técnico da TEAM

40 MATÉRIA TÉCNICA

Transformação e Vulcanização de Elastômeros

Superação da crise e retomada da rota do crescimento

04 ENTREVISTA

José Vicente Beleza – Diretor técnico da TEAM

26 PNEUS

ANIP dá dicas para a segurança dos pneus

27 PNEUS

Land Rover Defender retorna com pneus originais Goodyear

30 CALÇADOS

Setor calçadista opera com 52% da capacidade

32 CALÇADOS

Primeiro calçado de segurança esportivo da Argentina

34 GENTE 36 PIRELLI

Circuito Panamericano é o maior complexo multipistas da América Latina

40 MATÉRIA TÉCNICA

Transformação e vulcanização de elastômeros

48 FRASES & FRASES 50 AGENDA

EDITORIAL Incógnita Positiva

A pandemia do novo Coronavírus, ou simplesmente COVID-19, surgiu como um tsunami que na época não era compreendido como tal. Podemos usar como comparação um incauto e despreocupado banhista na beira da praia que se deparou com um inusitado recuo do mar em pleno dia de sol e céu azul. Este tranquilo cidadão, provavelmente em férias, nunca �nha presenciado um tsunami na vida e gozava de merecidas férias. Quando percebeu que algo estava errado, começou a correr, mas já era tarde e foi alcançado pela imensa massa de água que arrasta tudo que está pela frente. A economia global no início de 2020 era este banhista em férias. Crescimento sustentável e con�nuo com incríveis desenvolvimentos digitais e ciberné�cos. A Pandemia a�ngiu aquilo que é mais precioso, a vida humana. Tudo é redirecionado para atender a segurança do ser humano, principalmente no quesito saúde. Trabalhos são paralisados, inves�mentos congelados e planejamentos refeitos. A globalização mostrou uma de suas facetas mais perversas e que estava fadada a acontecer. Os mercados deverão começar a funcionar novamente. Não como antes, mas sob a forma de um Novo Normal. Nesta edição, conversamos com diversos profissionais da área de borracha, fornecedores, fabricantes de matérias-primas e também alguns grandes consumidores para mostrar o panorama atual do nosso mercado, pesquisando o que foi feito até agora e as perspec�vas para os próximos meses. O futuro ainda é uma incógnita, mas já podemos afirmar que é uma incógnita bem mais posi�va. Boa leitura! Antonio Carlos Spalle�a Editor

EXPEDIENTE

Ano XXV - Edição 149 - Jul/Ago de 2020 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

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Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Ilustração Capa: Geralt/Freepik. Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

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©DIVULGAÇÃO

ENTREVISTA

José Vicente Beleze Diretor técnico da TEAM

“O pós-venda consolida e reafirma o compromisso com os clientes” José Vicente Beleze, 68 anos, é formado em Eletrônica e foi instrutor de laboratório de eletrônica no Colégio Anchieta nos anos 90. Entre 1972 e 1980 trabalhou nas empresas TECMED e ENCIL como supervisor técnico, aonde conheceu os equipamentos Reômetro, Dinamômetro e Viscosímetro. Com a experiência adquirida, fundou sua própria empresa, a TEAM, em agosto de 1980.

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Nos primeiros anos de a�vidade, no começo da década de 80, a TEAM operou no ramo de manutenção de equipamentos industriais. Com o passar do tempo foi se especializando em empresas fabricantes de borracha, mais especificamente em equipamentos de ensaios. Foi a empresa que criou o primeiro Reômetro brasileiro. Após anos de desenvolvimentos e testes compara�vos, o equipamento, ba�zado Teâmetro, foi instalado em 1999, na an�ga empresa STELA. A empresa passou a crescer a par�r do inves�mento em locação de equipamentos, na qual incluía todos os custos de manutenção e abria a opção ao cliente de rescisão de contrato caso o equipamento não atendesse aos resultados. A inicia�va foi bem aceita pelo mercado e hoje a TEAM produz também Dinamômetro e o Viscosímetro Mooney. Possui cer�ficados ISO9000 para fabricação e locação dos equipamentos e hoje atende todo o Brasil com uma experiente equipe técnica. www.borrachaatual.com.br


José Vicente Beleze, diretor técnico da TEAM, atendeu remotamente Borracha Atual para comentar sobre a situação atual da empresa no mercado, prováveis inves�mentos, como enfrentou a pandemia e perspec�vas para este e o próximo ano. BORRACHA ATUAL: Como a pandemia do novo Coronavírus tem afetado o desempenho da Team este ano? José Vicente Beleze: Assim como para a maioria das empresas, a pandemia nos pegou de surpresa e, nos três primeiros meses �vemos que realizar alguns ajustes operacionais e planejamento estratégico, principalmente relacionado ao crescimento anual. Agora já estamos sen�ndo o mercado reagir, clientes retomando à carga horária de trabalho e nossa estrutura está 100% a�va e pronta para atender aos clientes com todos os cuidados de segurança e higiene necessários. Que medidas foram tomadas para manter a segurança dos funcionários e o funcionamento da empresa? Inicialmente entramos em quarentena por 15 dias de todos os colaboradores. Após esse período voltaram apenas os colaboradores que não se u�lizavam de transporte público e só permi�amos visitas para manutenções corre�vas e de extrema necessidade. Hoje estamos com o quadro de colaboradores 100% a�vo, atendendo aos protocolos do Ministério da Saúde e testando os funcionários na apresentação de quaisquer sintomas.

“Grandes investimentos estão diretamente relacionados ao volume de novas demandas.” www.borrachaatual.com.br

“Nosso cliente tem sua máquina com funcionamento normalizado em menos de 24 horas após solicitar uma visita técnica.” Como a Team está posicionada dentro do segmento do mercado de equipamentos em que atua? A TEAM é a única empresa fabricante de Reômetro, Dinamômetro e Viscosímetro Mooney no Brasil, onde vendemos ou locamos estes equipamentos. Criamos um nicho de mercado com a locação destes equipamentos. Nos últimos três anos todos os equipamentos negociados foram para locação.

A mão de obra brasileira está preparada para as novas tecnologias? O mercado globalizado de hoje acaba pressionando muitos a acompanharem essa evolução e se adaptarem às novas tecnologias. A própria indústria, na busca de minimizar seus custos, acaba trazendo tecnologias e soluções para as quais todos precisam se adequar e preparar. Porém, ainda estamos muito distantes do ideal e da realidade de países desenvolvidos.

Como foi a evolução dos equipamentos produzidos pela empresa? Desenvolvimento próprio ou compra de tecnologia? Após muitos anos atuando com manutenção e calibração de Reômetros, em meados de 1994 iniciamos o desenvolvimento de um Reômetro 100% nacional. Em 1999 estava pronto o primeiro Reômetro brasileiro e então iniciávamos o grande desafio de mostrar para o mercado uma opção muito mais acessível, que atende as normas ASTM e com os mesmos resultados de qualquer outro equipamento importado. Foi quando �vemos a ideia da locação, pois o cliente �nha a segurança de num eventual problema rescindir o contrato e não perder o capital inves�do caso �vesse adquirido. Os anos foram passando e esses mesmos clientes �nham demandas por Viscosímetro Mooney e Dinamômetro, o que nos impulsionou e mo�vou ao desenvolvimento também destes equipamentos.

A empresa tem clientes em outros segmentos, além dos fabricantes de borracha? Não, estamos 100% neste mercado da borracha. Seja na fabricação da matéria-prima como nos mais diversos �pos de compostos e artefatos. Quais são as perspectivas de crescimento após a situação global se normalizar? Somos o�mistas e confiantes nesse retorno. Nosso consumo interno já movimenta muito bem essa engrenagem da economia domés�ca e devemos ter essa resposta mais rápida que alguns outros países. Pensando no mercado da borracha, existem ainda muitas empresas do segmento sem laboratório, produtores de artefatos de borrachas para os quais um mínimo crescimento demandará por equipamentos de controle, desenvolvimento e ensaios. Esse �po de cliente em potencial nos traz boas expecta�vas para termos nos próximos anos um crescimento anual próximo dos 7%.

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ENTREVISTA

RBOOK RUBBER YEA CAUCHO BRAZILIAN DEL BRASILEÑO ANUARIO

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2019 - 20

Editora

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Qual é a estrutura da empresa no país hoje? Com o aumento de equipamentos instalados, fomos nos estruturando para mantermos o atendimento ao cliente da mesma forma de quando �nhamos dez máquinas instaladas. Mantemos a fabricação com uma equipe bem enxuta, um canal direto de suporte técnico para atendimento telefônico ou remoto via computador e técnicos externos em campo nas manutenções e calibrações. Temos indicadores da qualidade que apontam que nosso cliente hoje tem sua máquina com funcionamento normalizado em menos de 24 horas após solicitar uma visita técnica. Há perspectivas de investimentos em um futuro próximo? Estamos sempre inves�ndo em melhorias con�nuas dos nossos processos. Porém, grandes inves�mentos estão diretamente relacionados ao volume de novas demandas. Quais equipamentos a empresa produz e quais loca? Temos fabricação própria de todos os equipamentos que comercializamos atualmente, trabalhando com os sistemas de locação e venda dos equipamentos: Reômetro, Dinamômetro e Viscosímetro Mooney. Qual a importância do pósvenda para a Team? É no pós-venda que consolidamos e reafirmamos nosso compromisso com nossos clientes, trabalhamos para que nossos equipamentos sejam facilitadores no processo produ�vo e não gere nenhum impacto nega�vo na cadeia de produção deles. Nossa postura em atender com excelência tem nos gerado bons frutos, pois há uma forte polí�ca de indicação no segmento, entre nossos clientes e

possíveis novos clientes. Além de gerar sempre um ó�mo “network” . Como a Team conseguiu conquistar a credibilidade do mercado? Criando parcerias com nossos clientes, honrando os compromissos e sempre com agilidade na solução de quaisquer problemas. Acompanhado do nosso crescimento, fomos capacitando e aumentando nossa equipe para melhorarmos dia a dia nossos atendimentos. As importações de equipamentos afetam o mercado da TEAM? Em linhas gerais o impacto é pequeno, uma vez que o nosso foco principal é a locação dos equipamentos. A locação é um diferencial que o mercado internacional não viabiliza por conta do custo elevado de manutenção e calibração. A concorrência asiática é preocupante? Sempre há uma preocupação em termos de compe��vidade relacionada aos custos. Porém, por se tratar de equipamentos que necessitam de manutenção e calibração periódicas, os custos acabam sendo inviáveis para o mercado nacional. Como foi a consolidação da empresa? Ao longo desses 40 anos de atuação no mercado da borracha, construímos nosso nome e consolidamos nossa empresa. Estamos presentes em todo território nacional e par�cipamos a�vamente do principal evento do segmento, a ExpoBor, que ocorre a cada dois anos, ampliando o nosso estande a cada edição. 

“A locação é um diferencial que o mercado internacional não viabiliza.” www.borrachaatual.com.br



CAPA

MATÉRIAS – PRIMAS

Superação da crise e retomada da rota do crescimento Executivos de grandes empresas dos setores industrial, químico, de borracha, pneumático e de tecnologia (quantiQ, Chemours, Birla Carbon, Fragon, Evonik, Cabot, SI Group, Prometeon, Pirelli, Bridgestone, Química Anastácio, Alpha Technologies e Dunlop) explicam de que maneira trabalharam na pior fase da pandemia, revelam as novidades e lançamentos previstos ainda para este ano e suas projeções para 2020 e 2021.

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odo o planeta se esforça para deixar para trás o mais rápido possível o trauma causado pela pandemia do Covid-19, que trouxe transtornos e perdas para muitos setores da economia e da sociedade. Não é diferente com a indústria como um todo, que foi obrigada a se reinventar para não só sobreviver, mas se estruturar com vistas ao curto e médio prazos, um futuro sob muitos aspectos ainda de contornos nebulosos. Tanto indústria como comércio entraram para o segundo semestre sob a pressão de números nega�vos registrados no primeiro, precisando recuperar rapidamente o tempo, espaço e faturamento perdidos. A indústria automo�va, locomo�va de uma série de outros setores industriais, até agosto havia registrado uma queda de 44% na produção, em relação aos oito primeiros meses de 2019. A boa no�cia é que, em relação a julho, houve crescimento de 23,6%, sinalizando que a recuperação está em curso – embora o presidente da ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Luiz Carlos Moraes, reconheça que, “se não fosse a pandemia, na metade de maio já teríamos chegado aos números a�ngidos nesse fechamento de agosto”. De qualquer forma, é um bom sinal.

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Já as vendas de pneus, outra importante referência para vários segmentos industriais, também apresentou recuperação em agosto, crescendo 11,4% em relação a julho. A queda no acumulado dos oito primeiros meses do ano na comparação ao mesmo período de 2019 é de 22%. Mais terreno a ser recuperado. No setor químico, ao menos em termos de produção, a palavra de ordem também é recuperação. Segundo dados do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, a produção de químicos de uso industrial registrou em julho a segunda alta em dois meses, subindo 15,21% em comparação com junho, quando o índice já �nha subido 11,26% na comparação com maio. Também em julho, as vendas internas cresceram 22,69% e, somadas aos crescimentos alcançados em junho, 19,53%, e em maio, 16,02%, acumularam aumento de 70,1% nos úl�mos três meses em comparação com abril. Esta matéria foi estruturada com inspiração na recente onda de Lives e Webinars, em que execu�vos, remotamente, dissertam sobre assuntos rela�vos às suas respec�vas a�vidades, uma inovação na área da comunicação empresarial que deu muito certo – e que também está sendo adotada por Borracha Atual. Aguardem novidades no site, nas redes sociais e nas newsle�ers da revista. Nas páginas seguintes, execu�vos de 13 grandes empresas dos setores industrial, químico, de borracha, pneumá�co e de tecnologia (quan�Q, Chemours, Birla Carbon, Fragon, Evonik, Cabot, SI Group, Prometeon, Pirelli, Bridgestone, Química Anastácio, Alpha Technologies e Dunlop) dissertam sobre cinco tópicos: como suas empresas funcionaram na pior fase da pandemia, novidades e lançamentos previstos ainda para este ano, perspec�vas para 2020 e projeções para 2021, além de considerações gerais. Confiram suas respostas!

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Perspectivas para este final de 2020 QUANTIQ – Ricardo Verona Head da Unidade de Negócio de Materials “As perspec�vas para o segundo semestre de 2020 são posi�vas, temos visto uma retomada do mercado de borracha mais acentuada desde o mês de julho. O mercado de pneus, por exemplo, a�ngiu um nível pra�camente igual ao período em 2019, o que já representa um avanço quando comparado ao mês de abril, em que houve uma queda de mais de 70% das vendas. Além disso, nos úl�mos dois meses �vemos um aumento na demanda por pneus para veículos pesados e para motos, fato que está relacionado ao crescimento de serviços de entrega e e-commerce.” CHEMOURS – Daniel Gro� Diretor de Fluorpolímeros para América Latina “Por ser uma linha de produtos onde grande parte das aplicações se concentra nos setores automo�vo e de equipamentos industriais, 2020 tem sido um ano desafiador com o perfil de vendas similar ao dos setores mencionados. Felizmente, a marca Viton™ é uma referência no mercado e que conta com al�ssima credibilidade, devido à sua alta qualidade e disponibilidade entre nossos clientes diretos e usuários finais. Durante a retomada que estamos observando ao longo do terceiro trimestre, nossa recuperação tem sido significa�vamente mais rápida que o inicialmente previsto e estamos almejando uma grande oportunidade de crescimento. Além da presença local consolidada da Chemours, contar com um �me de desenvolvimento e suporte técnico nos permite ser uma das primeiras opções de nossos clientes em relação a novos desenvolvimentos.” BIRLA CARBON – Mauricio Munhoz Formenton VP Vendas da América do Sul “Após termos atravessado o período mais crí�co e de maior impacto no mercado em abril e maio, temos observado uma adaptação do consumidor a novas formas de negócio e uma mudança de hábitos quanto ao padrão de consumo antes da COVID-19. Há setores que estão ainda com demanda reprimida devido às mudanças de comportamento e outros que estão se recuperando mais rapidamente. Em geral, por mais que o mercado se recupere no final de 2020, não será suficiente para mi�gar a queda do primeiro semestre.”

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CAPA FRAGON – Fernanda Novais (Sócia Diretora) e Ariovaldo Gondim (Sócio Fundador) “Ainda é muito di�cil prever como será o desenvolvimento dessa crise até o fim do ano. No entanto, nosso obje�vo é claro: con�nuarmos focados no mercado de borracha e propiciar aos nossos clientes atendimento comercial e técnico da mais alta qualidade, além de manter a parceria com nossos fornecedores.” EVONIK – Ralf Ahlemeyer Vice-Presidente de Negócios – Resource Efficiency “A indústria de borracha está bastante vinculada à indústria automo�va, pois o seu principal produto é o pneu automo�vo, além de uma enorme gama de autopeças que têm borracha em sua composição. O setor automo�vo foi afetado sobremaneira pela crise do Covid-19 e, como consequência, toda a sua cadeia de valor teve quedas de venda não recuperáveis. A indústria automo�va prevê uma queda de 40% na produção em 2020, mas as empresas de pneus e autopeças terão uma queda menor, pois fornecem não somente para equipamento original, mas também para manutenção de veículos e reposição de peças e pneus usados. Em outras crises, o mercado de reposição cresceu dada a necessidade de manutenção dos veículos em a�vidade na frota brasileira e a renovação parcial não usual da mesma. Com a reabertura gradual do comércio, o mercado está retornando lentamente. No caso de pneus, o mercado de reposição voltará mais rápido do que o mercado original – indústria automo�va.“

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CABOT A produção e vendas na indústria vêm se recuperando em ritmo um pouco superior ás expecta�vas iniciais. No mercado automo�vo, os volumes vêm retornando grada�vamente aos níveis anteriores à crise. A par�r da retomada da produção industrial neste 3º trimestre, ainda haverá uma contração na comparação com o ano anterior, devido ao impacto das restrições fabris quanto à pandemia e principalmente pela demanda, mesmo considerando alguns setores que demonstraram resiliência, como o agribusiness. SI GROUP – Eduardo Smetana Technical Service Manager – Rubber & Adhesives, Tires “O mercado da SI Group está em processo de recuperação, com pequenos acréscimos mês a mês. Temos a expecta�va de finalizar o ano de 2020 com 80% do volume de negócios que �vemos no ano passado.” PROMETEON – Eduardo Fonseca CEO para as Américas “Nossa perspec�va é posi�va. A Prometeon está há muitos anos no Brasil e acredita que o País tem toda a condição necessária para superar este momento. Fabricante de produtos essenciais para transporte e produção de itens tão importantes para o brasileiro, a Prometeon vem trabalhando intensamente para suprir a demanda de um mercado que vem em crescimento, como o agro. Con�nuamos trabalhando diariamente para entregar os melhores produtos para os clientes mais exigentes que não param um minuto sequer, assim como nós.“

DUNLOP – Rodrigo Alonso Gerente Sênior de Vendas e Marketing “Assim como a maioria dos setores da economia, também sen�mos a queda da demanda e retração de mercado, fomentada principalmente pelas incertezas geradas no início da pandemia. Nesse momento, já enxergamos um aumento na demanda por produtos fabricados no Brasil, e esperamos seguir crescendo até o final deste ano junto aos nossos distribuidores e operando em capacidade produ�va máxima para atender ao mercado.“ ALPHA TECHNOLOGIES Espera-se que o mercado se recupere neste terceiro e quarto trimestres de 2020. QUÍMICA ANASTÁCIO Daniela Nunes Teixeira Gerente de Vendas Processos Industriais “Com o cenário atual e economia em queda, temos uma perspec�va o�mista, pois nos úl�mos dois meses (jul/ago) �vemos uma recuperação com a retomada significa�va no segmento. Temos hoje uma estrutura diferenciada para atender o segmento de borracha, pensando sempre no atendimento just-�me dos clientes, como: logís�ca com expedição imediata, pacote de produtos e condições comerciais compe��vas com o mercado.”

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São Paulo Av. Henry Ford, 1.980 - São Paulo - SP Tel: 11 2066-5600 | Fax: 11 2066-5612 auriquimica@auriquimica.com.br

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CAPA

Medidas tomadas em relação a funcionários e clientes durante a Pandemia QUANTIQ – Ricardo Verona “Iniciamos o ano o�mistas com as reformas econômicas propostas pelo governo e por toda a dinâmica da economia. Entretanto, a alta do dólar, a desvalorização do real, queda do petróleo e a chegada do Coronavírus exerceram um impacto grande em todos os setores da indústria, incluindo a distribuição de produtos químicos. Além disso, o Brasil, assim como boa parte dos países da América La�na, está passando por crises polí�cas, econômicas e sociais. Este macro cenário inconstante e de incertezas também reflete diretamente no desempenho econômico dos países.

BRIDGESTONE – Marcos Aoki Diretor Comercial “Após alguns meses trabalhando nesta nova realidade, as empresas começam a se adaptar, e os mercados automo�vo e de reposição, mais especificamente, começam a reagir – mas ainda longe das expecta�vas pré-pandemia. Internamente, empresas e funcionários seguem encontrando novas formas de se relacionar produ�vamente, com o aumento da digitalização e o formato de trabalho remoto, e os negócios se adaptam às novas formas de consumo. Podemos enxergar claramente a resiliência de toda a cadeia produ�va e a colaboração, flexibilidade e agilidade de nossa equipe e nossos parceiros de negócio para manter as operações e atender à demanda do consumidor.

Em meio a todo esse cenário extremamente desafiador, percebemos que as empresas estão mais conservadoras, uma vez que estão muito preocupadas com o caixa e com a viabilidade do negócio dos clientes. Diante disso, nosso foco tem sido monitorar de perto a situação de cada cliente buscando, em conjunto com nossas representadas, alterna�vas para melhor atendê-los. Estamos trabalhando cada vez mais próximos aos nossos clientes para atender às suas necessidades atuais com agilidade e flexibilidade nas operações, além de contar com o apoio de nossas representadas para entregar com velocidade a química nova para o mercado. Desde o início da pandemia adotamos medidas preven�vas como suspensão de todas as viagens (nacionais e internacionais), assim como par�cipação em eventos presenciais por tempo indeterminado. O Grupo GTM está monitorando constantemente o avanço do Coronavírus nos onze países em que tem atuação e agindo de acordo com as leis e restrições específicas de cada país. Neste momento, a companhia está direcionando todos os esforços para preservar a saúde e a vida de colaboradores, parceiros e prestadores de serviços. Diariamente atuamos para ser o PARCEIRO DE ESCOLHA de nossos clientes, representadas, colaboradores e demais públicos estratégicos.”

“Em meio a todo esse cenário extremamente desafiador, percebemos que as empresas estão mais conservadoras, uma vez que estão muito preocupadas com o caixa e com a viabilidade do negócio dos clientes.” Ricardo Verona – QUANTIQ

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CHEMOURS – Daniel Gro�

FRAGON – Fernanda Novais

“Assim como para grande parte da indústria, o fechamento temporário de alguns grandes consumidores durante o início da pandemia e subsequente queda de demanda nos segmentos consumidores de fluorelastômeros têm sido os principais desafios neste período.

“Nada é eterno, exceto as mudanças”. A frase proferida por Heráclito nunca foi tão asser�va quanto nos tempos atuais, e nós da Fragon, para encarar esse novo desafio, seguimos todas as determinações dos órgãos competentes desde o início da pandemia, tomando precauções para a prevenção da COVID-19, tanto em relação aos nossos funcionários como também aos nossos clientes e parceiros.

Atualmente, o grande desafio é a adequação de inventários para atendimento da demanda em um cenário onde não se sabe ao certo qual o patamar de demanda futura. O mais importante para a Chemours é a segurança de seus colaboradores e clientes. Durante este tempo a Chemours vem trabalhando individualmente e desenvolvido estratégias para cada um de seus clientes e parceiros, a fim de assegurar o suporte adequado frente à retomada de suas produções, visto que os produtos da linha Viton™ são crí�cos para suas operações.”

Higienização, uso de máscara, distanciamento, home office, são alguns cuidados que fazem parte da nossa ro�na. Também estão sendo divulgados em nossas redes sociais diversos conteúdos sobre a importância da prevenção, dicas e mensagens mo�vacionais para atravessar este período desafiador. Com certeza, essas medidas têm nos ajudado a enfrentar o problema de forma consciente. Além disso, efe�vamente no mês de abril congelamos nossa estratégia de crescimento e focamos no equilíbrio da venda, uma vez que a economia apresentava resultados nega�vos e movimentos fortes para a falta de matéria-prima.

BIRLA CARBON – Mauricio Munhoz Formenton “Desde o início da iden�ficação e definição da COVID-19 como uma Pandemia global, a Birla Carbon Brasil tem trabalhado fortemente na conscien�zação, comunicação e adaptação das suas a�vidades visando garan�r nossa con�nuidade operacional e atendimento das necessidade de nossos clientes. Iden�ficamos e implantamos as melhores prá�cas de controle e monitoramento dos casos, minimizando assim o impacto em nossas operações, protegendo não só nossos funcionários, parceiros e clientes mas também reconhecendo nosso papel social com a doação de equipamento de respiração na Bahia para a rede hospitalar da região. Mesmo com a redução do nível de cri�cidade observado no monitoramento dos órgãos de saúde nas úl�mas semanas, temos man�do o mesmo nível de comprome�mento quanto à conscien�zação, monitoramento e controles até que cheguemos ao ‘novo normal’ no pós-pandemia.”

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Vale destacar que a excelência operacional foi a base de nossa orientação estratégica. Dessa forma, man�vemos o foco nas necessidades dos nossos clientes. Esse fator foi determinante para voltarmos a a�ngir os nossos obje�vos e, em junho, iniciou-se uma curva ascendente de retomada de vendas. Hoje, já é uma realidade o crescimento do faturamento, após o susto inicial da pandemia no faturamento de abril. Em resumo, nossa empresa se reestruturou gerando grandes resultados, crescimento do lucro bruto, aumento do Ebitda operacional, melhora nos processos, além de fortalecimento da estratégia da empresa. Outra vitória, em meio à pandemia, foi a conquista de mais um importante cer�ficado, o ISO 14001. Preocupados em controlar impactos ambientais, buscamos nos qualificar para a implementação do cer�ficado ABNT NBR ISO 14001:2015, padrão internacional do Sistema de Gestão Ambiental.”

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CAPA EVONIK – Ralf Ahlemeyer “Desde o início da pandemia a Evonik tomou todas as medidas possíveis para preservar a saúde e os empregos dos seus colaboradores, assegurar o fluxo de caixa da empresa, assim como a con�nuidade dos negócios, não paralisando as operações e garan�ndo o suprimento das matérias-primas tão importantes para os nossos clientes e para setores essenciais, inclusive no combate ao coronavírus. Por atuar nos mais diversos segmentos industriais, a Evonik tem sofrido menos impactos da crise, de forma geral. A queda de vendas nos negócios relacionados à cadeia automo�va tem sido parcialmente compensada pelo desempenho dos negócios das áreas de nutrição animal e humana, farma e personal care. Uma comunicação transparente e ágil com nossos parceiros comerciais (clientes e fornecedores) tem sido fundamental para minimizar possíveis interrupções ou qualquer adversidade de abastecimento ou serviço. Também temos man�do contato com nossos clientes por meio de reuniões e workshops virtuais, assegurando todo o apoio necessário. Com essas medidas, e o acompanhamento diário do quadro evolu�vo da COVID-19, a Evonik espera contribuir para atravessarmos juntos esse desafio atual com o menor impacto possível a todos, tanto para a saúde, como para os negócios.” CABOT Face à atual pandemia global, a CABOT acredita que os desafios devam ser enfrentados com reflexão e resiliência. Por este mo�vo, foram criados mundialmente e localmente, grupos de trabalho chamados de Força-Tarefa Covid-19, com planos de con�ngência e protocolos detalhados, implementados logo após decretada a pandemia, e que são reavaliados periodicamente. Foi estabelecido um mecanismo posi�vo e ágil de comunicação com os nossos colaboradores, clientes e fornecedores, com auxílio muito forte da tecnologia, o que tem nos ajudado a diminuir o impacto do distanciamento social, uma vez que foi estabelecido o Home Office como parâmetro não presencial e à distância. As nossas equipes de vendas e marke�ng con�nuam atentas para assegurar o tratamento adequado às demandas e necessidades dos nossos clientes. O distanciamento social tem nos deixado mais próximos, usando a tecnologia como grande aliada. Uma das nossas prioridades tem sido manter a segurança, o bem-estar �sico e mental dos nossos colaboradores, estagiários e contratados, incluindo seus familiares, fomentando entre outros, a prá�ca de a�vidade �sica, assim como alimentação e vida saudáveis. A CABOT é reconhecida por ter um relacionamento muito estreito com a comunidade e sua solidariedade se intensificou durante a pandemia, fazendo doações de alimentos, materiais de limpeza, entre outras ações como parte de sua responsabilidade social.

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“Evonik espera contribuir para atravessarmos juntos esse desafio atual com o menor impacto possível a todos, tanto para a saúde, como para os negócios.” Ralf Ahlemeyer – EVONIK SI GROUP – Eduardo Smetana “A SI Group está comprome�da com todas as medidas necessárias no combate ao COVID-19, estamos acompanhando e seguindo todas as orientações dos órgãos competentes brasileiros, inclusive planejando estratégias para retorno seguro de nossos funcionários. Todos que trabalham na SI Group estão sendo orientados diariamente a seguir todas as diretrizes estabelecidas pela matriz e pelo site local, e como processo de eficácia, está sendo realizada mensalmente auditoria interna do nosso protocolo. A SI Group prioriza a saúde e a segurança de todos a fim de contribuir posi�vamente com nossos clientes, fornecedores, acionistas e com a comunidade em que vivemos.”

“O distanciamento social tem nos deixado mais próximos, usando a tecnologia como grande aliada.” CABOT

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CAPA PROMETEON – Eduardo Fonseca “A Prometeon enfrenta de frente o momento complicado que a�nge o Brasil. Em relação ao nosso funcionamento interno, realizamos uma série de ações com o obje�vo de mi�gar os impactos da pandemia nos colaboradores e, também, para preservar os seus empregos. Nossas duas unidades fabris no País, Gravataí (RS) e Santo André (SP), �veram suas produções suspensas por um período durante o primeiro semestre, além disso, demos férias cole�vas e negociamos redução de jornada. Os funcionários do grupo de risco foram colocados em regime de trabalho de home office e implementamos todos os protocolos de saúde indicados pela Organização Mundial de Saúde nas fábricas e escritórios da empresa, com distribuição de equipamentos individuais de proteção, além de monitoramento de temperatura dos colaboradores, aumento do número de fretados, campanhas para reforço de medidas de higiene e distanciamento social, entre outras, sempre pensando, acima de tudo, em preservar a vida dos nossos colaboradores. Em relação ao papel da Prometeon na sociedade, como uma empresa que emprega milhares de pessoas e faz produtos essenciais para o País, a Prometeon sempre manteve seu suporte aos seus colaboradores e às comunidades em que atua. Trabalhamos internamente de forma intensa para suprir as necessidades dos segmentos de caminhões, ônibus, agro e fora de estrada com a linha mais avançada e completa de pneus do mercado. Esta dedicação está em linha com o compromisso que a Prometeon possui com o Brasil, as cidades e estados onde tem operação, na fabricação de um produto essencial para o País, especialmente em momentos como o que vivemos hoje. Tudo isso é possível graças à longa relação que a companhia possui com as autoridades e ins�tuições sociais. Para completar, fizemos a doação de pneus, kits médicos e cestas básicas para Santo André e Gravataí, sempre buscando auxiliar o enfrentamento da pandemia com o menor impacto social possível. Tudo que foi feito pela Prometeon é de acordo com as melhores prá�cas do mercado e os protocolos indicados pelas autoridades de saúde. Para a empresa, a saúde de todos os nossos colaboradores e suas famílias é prioridade, por isso não medimos esforços para conseguirmos dar as melhores condições possíveis de saúde e segurança para todos.” DUNLOP – Rodrigo Alonso “Tivemos que nos adequar à demanda de mercado, o que impactou em pararmos nossa fábrica e rever nosso planejamento. Isto afetou dras�camente nossos resultados. Graças ao trabalho conjunto de todas as áreas, conseguimos nos adequar e minimizar o impacto. O mais importante é que conseguimos manter o equilíbrio entre saúde, emprego e negócio. Junto aos funcionários o ponto principal foi e está sendo garan�r a saúde e segurança de nossos colaboradores. Estamos aplicando home office, e adotando as ações recomendadas pelos órgãos competentes no nosso ambiente de trabalho. O ponto importante é a comunicação con�nua com as pessoas, gerando assim o senso de responsabilidade mútua entre empresa e colaborador. “

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ALPHA TECHNOLOGIES A Alpha Technologies estava bem preparada para mobilidade e trabalho remoto. A maioria de nossos funcionários ainda está trabalhando remotamente quando o trabalho é possível ser feito desta forma. Certas áreas funcionam no escritório com medidas de segurança adequadas contra a Covid-19. Nossos clientes foram afetados de maneiras diferentes, dependendo do país, alguns �veram bloqueios mais longos do que outros, mas seus níveis de produção estão começando a subir e todos nós vemos alguma recuperação neste terceiro trimestre e temos boas expecta�vas para o quarto trimestre de 2020. Percebemos que alguns clientes estavam mais preparados para o trabalho remoto com mobilidade. Além disso, percebemos um aumento nas vendas de so�ware para os clientes que solicitaram conexão remota, o que tem sido um fator importante devido às restrições da Covid-19 de ter menos pessoas na fábrica ao mesmo tempo.

“Graças ao trabalho conjunto de todas as áreas, conseguimos nos adequar e minimizar o impacto. O mais importante é que conseguimos manter o equilíbrio entre saúde, emprego e negócio.” Rodrigo Alonso – DUNLOP

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QUÍMICA ANASTÁCIO Daniela Nunes Teixeira “Com o surgimento da pandemia, colocamos imediatamente 200 funcionários em home office, e verificamos que a produ�vidade deles não caiu, até aumentou, em alguns casos. Estamos estudando cada caso, talvez adotemos um regime de home office parcial, isso pode ser feito porque realizamos um pesado inves�mento em uma plataforma de tecnologia da informação (TI) em 2019 e todos os profissionais das áreas comercial, administra�va e de apoio haviam recebido notebooks novos. Esse sistema já admi�a operação remota com alta segurança. A comunicação entre clientes e fornecedores fortalece os elos. A Anastácio se destaca com algumas vantagens, sendo elas: compra de produtos em maiores escalas, logís�ca consolidada, pacote maior de produtos, além de flexibilidade e agilidade no atendimento. Precisamos entender o que o cliente precisa em curto e médio prazos, fidelizando as negociações, a fim de garan�r o estoque sempre abastecido. Os laços e parcerias são fundamentais para um fluxo de compras e vendas saudáveis.”

PIRELLI – Cesar Alarcon CEO e vice-presidente executivo da Pirelli para a América do Sul “A prioridade da Pirelli sempre foi a saúde e o bem-estar dos nossos funcionários, de suas famílias e da comunidade em que estamos presentes. Durante a pandemia, não tem sido diferente. Monitoramos constantemente a situação da Covid-19 em toda a nossa região e priorizamos os canais que asseguravam uma comunicação aberta e dinâmica com todos nossos colaboradores, envolvendo, inclusive, as famílias, como primordial para a promoção de uma campanha interna de prevenção eficiente. Tudo isso foi sedimentado por um plano operacional conduzido por nossos profissionais das áreas que cuidam tanto do serviço médico quanto de saúde e segurança sanitária do trabalho. Assim, realizamos a gestão de um programa de integração ver�cal e recíproca com todos os stakeholders para mi�gar o impacto na cadeia produ�va-comercial em um contexto altamente volá�l. Não podemos esquecer que fabricamos produtos essenciais para a ro�na da população que equipam ambulâncias, viaturas e meios de socorro a serviço da gestão sanitária da pandemia. Para a parte administra�va, estendemos rapidamente aos colaboradores novos disposi�vos e uma plataforma digital de comunicação para as nossas reuniões em formato remoto e encontros para salas virtuais. Mesmo antes do home office diário, quando a doença despontava na América do Sul, iniciamos um comitê de crise com encontros diários, inclusive nos finais de semana, dedicado ao monitoramento e gestão do contexto sanitário e para acompanhar a evolução do negócio e cadeia de valor durante todo o período. Em nossas fábricas e pontos de venda Campneus, seguimos à risca os planos e procedimentos de higiene e segurança sanitária de acordo com os protocolos das autoridades sanitárias e da OMS, assim como adotamos as melhores prá�cas em coordenação com os governos e as ins�tuições sociais. As campanhas de conscien�zação sobre a importância da higiene pessoal, reforçando a manutenção da distância social em todos os momentos estão sendo constantes. A u�lização dos equipamentos de proteção é obrigatória para todos aqueles que circulam dentro das unidades da empresa. Intensificamos a higienização de todas as dependências da Pirelli, além de fazermos checagem recorrente da temperatura corporal durante toda a jornada de trabalho. Aumentamos também o número de fretados, com limitação da quan�dade de passageiros por transporte. Além disso, adequamos a infraestrutura dos refeitórios e dos espaços de uso comum, limitando o número de pessoas de forma simultânea e aumentando a frequência dos serviços com o obje�vo da eliminação de aglomerações. Com essas medidas, dentre outras, temos contribuído para conter o avanço da doença, garan�ndo a saúde dos nossos colaboradores e protegendo toda a cadeia de valor.“

“A prioridade da Pirelli sempre foi a saúde e o bem-estar dos nossos funcionários, de suas famílias e da comunidade em que estamos presentes. Durante a pandemia, não tem sido diferente.” Cesar Alarcon – PIRELLI

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CAPA BRIDGESTONE – Marcos Aoki “A pandemia trouxe um contexto completamente novo e inesperado para todo o mercado, incluindo o setor de pneumá�cos, que foi afetado diretamente pelas mudanças no comportamento do consumidor e a queda dos números do mercado automo�vo. Na Bridgestone, muitos paradigmas �veram que ser revisados. Isso envolveu decisões de negócio, assim como a forma como nos relacionamos com os nossos funcionários, parceiros e clientes: processos que estavam em andamento �veram que ser acelerados e fluxos de interação o�mizados. Houve, por exemplo, um grande desafio de implementar uma comunicação eficiente para o novo cenário, garan�ndo a informação e o alinhamento de todos os funcionários, que, no caso da Bridgestone, estão espalhados em diversas unidades, cidades e estados. Além disso, houve uma grande mobilização da área de TI, com a disponibilização de equipamentos e o reforço e adaptação de sistemas e redes que fazem parte da administração das operações do negócio. No geral, houve grande integração e colaboração do negócio como um todo e também com nossos parceiros de negócios, com destaque para nossos revendedores, visando manter nossos �mes informados, com foco na sua saúde e bem-estar e sempre buscando atender as demandas do consumidor. Também foi muito importante para a Bridgestone poder suportar a comunidade com ações de responsabilidade social, como, por exemplo, a doação de cestas básicas contendo itens de higiene e máscaras faciais e a produção própria e doação de máscaras faciais para profissionais de saúde. Outro fator importante a destacar foi a doação de mais de 250 milhões de quilômetros em recapagens para apoiar os caminhoneiros autônomos que seguiram abastecendo o país. Desde o início da pandemia, a Bridgestone formou um comitê de gestão de crise composto pela liderança da companhia e membros de áreas estratégicas, para acompanhar, analisar e tomar decisões conforme o avanço da situação, sempre tendo em vista a segurança, a saúde e o bem-estar dos colaboradores em primeiro lugar. Entre as medidas adotadas no decorrer da pandemia, podemos destacar a adoção do modelo de trabalho remoto, a implementação de protocolos preven�vos seguindo todas as recomendações dos órgãos internacionais e locais de saúde e da legislação e a suspensão temporária das a�vidades das fábricas. Todas elas amplamente comunicadas aos funcionários para que eles es�vessem informados a todo o tempo, e se sen�ndo seguros e cuidados. Além disso, como parte da adaptação das comunicações, temas como dicas de prevenção dentro e fora do ambiente de trabalho e sobre como lidar com o novo cenário que estamos vivendo foram recorrentes, visando suportar funcionários e suas famílias.”

“A pandemia trouxe um contexto completamente novo e inesperado para todo o mercado, incluindo o setor de pneumáticos, que foi afetado diretamente pelas mudanças no comportamento do consumidor.” Marcos Aoki – BRIDGESTONE

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Novidades e lançamentos ainda em 2020 QUANTIQ – Ricardo Verona “A quan�Q oferece ao mercado de Borracha a linha de elastômeros de Silicone, na qual fechamos uma parceria com um importante fabricante da China com o apoio do escritório comercial do Grupo GTM na Ásia. Os produtos da Wynca estarão disponíveis nas principais durezas do mercado e atendem às caracterís�cas mais específicas dos clientes. Uma outra novidade para a linha de adi�vos para borracha é o Enxofre em Masterbatch, da Huatai, empresa com a qual fechamos uma parceria para Aceleradores, An�oxidantes e An�ozonantes em 2019, e é um dos principais fabricantes desses produtos na China. Além disso, a quan�Q disponibilizará ainda em 2020 a linha de Borracha Nitrílica da Arlanxeo, maior produtora mundial de borracha sinté�ca. A linha de produtos Krynac começou a ser produzida recentemente pela representada no Brasil e traz aos mercados local e global vantagens em termos de flexibilidade e segurança de abastecimento. Os produtos podem ser u�lizados em uma ampla variedade de aplicações nas indústrias automo�va, industrial, de calçados e pisos.”

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CAPA CHEMOURS – Daniel Gro� “Não temos nenhum lançamento programado dentro do ano de 2020. Alinhados com as macrotendências da indústria, programamos dois lançamentos específicos para nossa linha de elastômeros para indústria automo�va, considerada a crescente necessidade por materiais especialmente desenhados para mangueiras u�lizados em motores de alta taxa de compressão. O detalhamento dos produtos e materiais, bem como seu lançamento e introdução no mercado brasileiro será provavelmente feito no primeiro trimestre de 2021.” BIRLA CARBON Mauricio Munhoz Formenton “A pandemia tem afetado o nível de realização globalmente e estamos aproveitando este momento para concentrar nossos esforços na reestruturação de nossas a�vidades e finalização de estudos sobre novos produtos ainda em 2020.”

FRAGON – Fernanda Novais “Em linhas gerais, o que fundamentou o resultado posi�vo deste período foi o foco nas necessidades e prioridades dos clientes para distribuição de matéria-prima da mais alta qualidade, com isso estreitamos ainda mais nossas alianças com nossos fornecedores, o que nos possibilitou maiores volumes e produtos diversificados para não ficarmos sem estoque. Esse estreitamento de parceria em 2020 foi firmado com a Arlanxeo (que prevê a distribuição das borrachas em SBR e Polibutadieno e agora das Borrachas Nitrílicas que serão produzidas no Brasil, com a mesma tecnologia e padrão de qualidade dos materiais em La Wantzenau, França), Adityabirla (com foco na venda de Negro de Fumo), Si Group (com foco na venda de resinas fenólicas com exclusividade), Chem Trend (para desmoldantes semi-permanentes), Parker Lord (em adesivos estruturais), Auxyborr (para Auxiliares de processo e Agentes de homogeneização) e Lanxess (na venda de aceleradores e an�oxidantes). O lançamento de novos produtos é outro fator importante. Como é o caso da nitrílica, um novo produto que o mercado da borracha conhece bem e vai ser produzida no Brasil e distribuída pela Fragon. Também temos projetos de desenvolvimento de novos produtos junto à Chem Trend, que em breve estarão à disposição no mercado, incrementando ainda mais o nosso por�ólio.”

“Em linhas gerais, o que fundamentou o resultado positivo deste período foi o foco nas necessidades e prioridades dos clientes para distribuição de matéria-prima da mais alta qualidade.” Fernanda Novais – FRAGON EVONIK – Ralf Ahlemeyer

“A pandemia tem afetado o nível de realização globalmente e estamos aproveitando este momento para concentrar nossos esforços na reestruturação de nossas atividades.” Mauricio Munhoz Formenton BIRLA CARBON

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“Como uma das líderes mundiais em especialidades químicas do mundo, a Evonik conta com um amplo por�ólio de insumos para a indústria da borracha e os inves�mentos em novos desenvolvimentos são significa�vos e constantes. Além da sílica pirogênica AEROSIL® e das sílicas precipitadas ULTRASIL®, SIPERNAT®, ZEODENT® e SPHERILEX®, a Evonik também produz agentes fosqueantes à base de sílica sob a marca ACEMATT® e outros óxidos metálicos pirogênicos sob a marca AEROXIDE®. A empresa dispõe de uma capacidade de produção global total de cerca de um milhão de toneladas ao ano, considerando todos os produtos à base de sílica. Como um dos destaques apresentados recentemente ao mercado, está o VESTENAMER®, um adi�vo de processo inovador e que permite o processamento eficiente de resíduos de borracha em um material resistente, usado em uma variedade de aplicações, como construção de estradas, setor espor�vo ou playgrounds.“

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SI GROUP – Eduardo Smetana

CABOT

“A SI Group está planejando em 2020 o lançamento de novos produtos para atender à demanda do mercado de pneus, correias transportadoras e aplicações similares, que necessitam de uma resina livre de Resorcinol para promover adesão no cordonel metálico com o composto de borracha e assim atender às novas exigências e processos regulatórios focados na Europa, América do Norte e Ásia.”

A Cabot tem inovado em diversos segmentos de mercado. Este ano estamos realizando o lançamento das soluções E²C™ – Cabot Engineered Elastomer Composites – Compósitos Elastoméricos de Engenharia E²C™. A tecnologia de Compósitos Elastoméricos E²C™ capacita os fabricantes a acelerar e simplificar a industrialização de produtos de alto desempenho, por meio da disponibilidade de compósitos pré-misturados em fase líquida para aplicações específicas. As soluções E²C™ ajudam a efe�vamente alcançar desempenho superior – de forma sustentável e econômica. Desenvolvidas por tecnologia de processo proprietária, materiais reforçantes de ponta e nosso know-how em formulações, as soluções E2C ™ permitem que os compostos de borracha quebrem os trade-offs tradicionais de desempenho e possam ser formuladas para aplicações específicas, transformando o desempenho por meio de melhorias dramá�cas nas propriedades da borracha, como perda de energia por efeito de histerese, resistência à abrasão e resistência a corte & rasgos. Além disso, como as soluções E2C ™ podem ser integradas aos métodos de produção atuais de compostos e de produtos finais sem necessidade de inves�mentos de capital adicional, requerem menos estágios de mistura, temperaturas de mistura mais baixas e ciclos de mistura mais curtos em relação aos produtos convencionais. Com isso, custos operacionais e de produção são reduzidos. A família produtos E2C™ inclui três séries de desempenho: YOURde LOGO •

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Durability – Para compostos de borracha de alta durabilidade, para redução de falhas no campo e maximização da disponibilidade das plantas.

ALPHA TECHNOLOGIES Em setembro foi instalado o “Alpha Technologies X-Series Produc�on Floor”, o primeiro da América La�na. QUÍMICA ANASTÁCIO Daniela Nunes Teixeira

News

“A Química Anastácio disponibiliza ao mercado mais duas importantes matérias-primas: a resina hidrocarbônica e o Work Info Contact us elastômero EPDM.”

BUSINESS

Efficiency – Para compostos de borracha de funcionamento frio, baixa geração de calor sem outros compromissos de desempenho.

Founda�on – Para uma variedade de compostos de borracha os LANDING PAGE quais necessitam de melhorias de performance mul�dimensionais . Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do

eiusmod tempor ut labore et a dolore magna aliqua.na Ut área de pneumá�A tecnologia estáincididunt sendo fornecida clientes tanto enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation cos como produtos industriais de borracha.”

“A SI Group está planejando em 2020 o lançamento de novos produtos para atender Read More à demanda do mercado de pneus, correias transportadoras e aplicações similares.” Eduardo Smetana – SI GROUP

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CAPA

As esperanças para 2021 QUANTIQ – Ricardo Verona “Nos úl�mos meses, temos visto uma retomada gradual das a�vidades econômicas e a tendência é as coisas irem se ajustando até 2021. Acreditamos fortemente que surgirão oportunidades nos próximos tempos para quem es�ver atento a elas e contar com uma equipe bem preparada que conhece o cliente, o negócio e que entende o papel que temos neste momento. Para atravessar essa crise, é extremamente importante estamos próximos aos nossos clientes e representadas para compreendermos suas reais necessidades, exercendo flexibilidade onde possível, e mantermos a regularidade na disponibilidade de produto ao mercado.” BIRLA CARBON Mauricio Munhoz Formenton “Mesmo considerando a recuperação dos mercados e retomada de consumo no mercado brasileiro no segundo semestre de 2020, ainda temos um cenário bastante incerto para 2021. Ainda não há garan�as de que haverá uma vacina eficaz capaz de liquidar com a pandemia globalmente e as incertezas sobre o futuro são um fator conservador quanto ao aumento de consumo e crescimento em larga escala. De qualquer forma, acreditando que a pior fase da pandemia globalmente já passou, considerando como base o ano de 2020, e analisando as condições macroeconômicas que estamos observando para o final de 2020, acreditamos em crescimento para 2021.”

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EVONIQ – Ralf Ahlemeyer “Ainda não há clareza se a recuperação da economia será rápida ou lenta, uma vez que muitas empresas foram fechadas e muitos empregos deixaram de exis�r. Portanto, de forma geral, estamos nos preparando para os cenários dis�ntos. Como as economias brasileira e la�no-americana são muito dinâmicas, e se não �vermos uma segunda onda de disseminação da Covid-19 intensa como a primeira, possivelmente teremos uma recuperação mais rápida do que as projeções conservadoras – que o momento requer – indicam. “ CABOT “Para a con�nuidade da recuperação do mercado e o retorno a patamares de crescimento sustentável, o governo deverá efe�var as tão esperadas reformas estruturais, como a administra�va e a tributária. Sendo aprovadas de acordo com as expecta�vas dos mercados – aliadas a condições de juros mais baixos, aumento de taxas de inves�mentos em capital fixo, bem como outras medidas estruturais, possibilitarão a retomada mais vigorosa de nossa indústria.” SI GROUP – Eduardo Smetana “A SI Group tem uma expecta�va o�mista para 2021, mas, ainda no primeiro trimestre, provavelmente teremos reflexos do ano anterior. Está previsto um ano de crescimento nos nossos negócios, alinhado com o crescimento do mercado nacional e mercado dos países da América do Sul, pois uma parte do nosso faturamento está voltado à exportação e ao PIB Brasileiro para 2021. Além dos lançamentos de novos produtos que vão impulsionar nossas vendas para o segmento de Borracha & Adesivos, também estamos sempre mantendo o foco em resinas, resinas modificadas, an�oxidantes, an�ozonantes e adi�vos especiais.” DUNLOP – Rodrigo Alonso “Nossas expecta�vas são boas para 2021, sabendo que será um ano de recuperação econômica, apesar de desafiador.”

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CAPA ALPHA TECHNOLOGIES O próximo ano será marcado por inves�mentos avançados em software para a�ngir maiores níveis de produ�vidade e serão uma tendência no mercado da América La�na e mesmo globalmente. A demanda aumentará por produ�vidade, automação e produtos-instrumentos programáveis. A recuperação econômica será gradual com expecta�vas de a�ngir os mesmos níveis de antes da Covid-19 durante o segundo semestre de 2021. QUÍMICA ANASTÁCIO Daniela Nunes Teixeira “Con�nuar crescendo, com este �me incansável, que está sempre em busca de soluções para atender melhor o mercado e viabilizar os negócios com nossos clientes. Temos o trabalho focado com especialistas de mercado, estudando a sazonalidade de produtos, tendência de preços, e movimentação das commodi�es para atender este mercado com excelência.” PIRELLI – Cesar Alarcon “A crise que estamos vivendo atualmente é forte e sem precedentes. A pandemia impactou todos os setores globalmente falando. Mas esta não é a primeira crise econômica brasileira que a Pirelli, há mais de 90 anos no Brasil, enfrenta. Acreditamos que o País tem as condições estruturais necessárias para enfrentar e sair deste cenário o mais brevemente possível. Mas nem por isso ficaremos parados. Con�nuamos a fazer o que mais sabemos, pneus com alta tecnologia, e criar valor para todos os stakeholders, colocando os consumidores dos nossos pneus ao centro das nossas ações. A Pirelli con�nua, sempre, olhando o futuro com os pés no presente. BRIDGESTONE – Marcos Aoki “O cenário tem se mostrado bastante volá�l e desafiador, e os efeitos nega�vos observados em 2020 (queda do PIB, aumento da inadimplência e aumento do desemprego) ainda seguirão impactando as perspec�vas de negócio para 2021. As previsões não indicam recuperação total do mercado automo�vo para o próximo ano e o segmento de veículos de passeio é o que mais sofre com a crise, refle�ndo no mercado de pneumá�cos. Na sociedade, de forma geral, a mudança observada na intensidade das formas de consumir e de se relacionar com as empresas seguirá desafiando os negócios em um ritmo acelerado, especialmente sobre a importância da tecnologia desde as tarefas mais simples às mais complexas.”

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Considerações gerais BIRLA CARBON Mauricio Munhoz Formenton “Gostaríamos de agradecer a todos os clientes, fornecedores, parceiros e toda a equipe da Birla Carbon Brasil pela parceria observada neste momento de dificuldade, pela aproximação e compreensão referente às novas situações vistas nestes úl�mos meses e acreditando que, após tempos de dificuldades, novos horizontes de oportunidade se abrem e estaremos mais fortes para construir nossa relação com sustentabilidade.” FRAGON Fernanda Novais (Sócia Diretora) e Ariovaldo Gondim (Sócio Fundador) “Estamos muito orgulhosos com os resultados e empenho de nossa equipe; fomos vitoriosos, mais uma vez, neste período de crise. São 33 anos no mercado de borracha e crises, obstáculos e desafios fazem parte do jogo, porém, a dedicação e comprome�mento do �me é o que de fato faz a diferença. Estamos muito confiantes em con�nuar crescendo, mesmo neste momento de incertezas. O importante nesse momento é estarmos conscientes em relação às medidas de proteção e agirmos estrategicamente para mi�gar os riscos e aproveitar as oportunidades que essa fase oferece. O que não pode faltar é dedicação e comprome�mento redobrados para vencer o desafio.”

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EVONIK – Ralf Ahlemeyer “O mercado de borracha como um todo é muito importante globalmente para Evonik. Demonstrando o potencial de crescimento também no Brasil e América do Sul, em 2016, a empresa inaugurou uma planta de sílica precipitada de alta dispersão em Americana (SP). A produção atende principalmente os fabricantes de borracha e, especialmente, a indústria de pneus. A Evonik também respondeu à crescente demanda por sílica por meio da construção de uma fábrica em Charleston, Carolina do Sul (EUA), que começou a operar em outubro de 2018. A empresa inves�u cerca de US$ 120 milhões nessa fábrica de escala mundial em resposta à alta demanda por sílica precipitada da indústria de pneus na América do Norte. O setor automo�vo depende da sílica precipitada de alta dispersão para produzir pneus com maior resistência à rolagem e melhor aderência em pistas molhadas. A instalação da nova fábrica representou mais uma etapa importante no fortalecimento da nossa posição como parceiro global da indústria de pneus.” SI GROUP – Eduardo Smetana “Como a maioria das empresas do setor está passando por um ano di�cil, estamos dedicando nosso tempo de forma integral para atender todas as solicitações e demandas do mercado e de nossos clientes, e a expecta�va para 2021 é muito posi�va, esperamos um crescimento sustentável para conduzir o ano de 2021 de forma mais linear e atender as expecta�vas de nossos clientes, fornecedores e colaboradores.” ALPHA TECHNOLOGIES A mobilidade e o trabalho remoto para alguns cargos são mais aceitáveis em cerca de 50 a 60% das empresas. Exis�rão transições nas vendas de veículos, mo�vadas pela discussão da direção segura do transporte individual em relação à alta demanda do transporte público de massa que gera aglomerações. QUÍMICA ANASTÁCIO – Daniela Nunes Teixeira “A Químicanastácio é reconhecida em todo o mercado por ser uma empresa que, literalmente, cuida dos clientes, garan�ndo disponibilidade de estoques, financiamento, busca incansável das mais diversas soluções e atende aos clientes com profissionalismo e flexibilidade em todas as etapas dos processos.“

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PNEUS

ANIP dá dicas para a segurança dos pneus

©GERALD OSWALD/PIXABAY

05 Estepe: o estepe é tão importante quanto os pneus que estão sendo usados e deve estar em boas condições para uma eventual troca.

A

o longo dos seus 60 anos, que se completam em 2020, a Associação Nacional da Indústria dos Pneumá�cos (ANIP), representa o setor no país para que os processos de produção sejam realizados de acordo com todas as especificações técnicas e procedimentos regulatórios exigidos com obje�vo de oferecer aos consumidores produtos com o mais alto nível de tecnologia, conforto, qualidade e segurança. Pensando nisso, durante a Semana Nacional do Trânsito 2020, a ANIP divulgou 10 dicas importantes para a manutenção e segurança dos pneus, que fazem toda a diferença quando o assunto é direção segura: 01 Calibragem dos pneus: os pneus devem ser calibrados semanalmente de acordo com a indicação do manual do veículo e indicações do fabricante. A baixa pressão é especialmente nociva, pois torna a direção pesada, aumenta o consumo de combus�vel e o desgaste dos pneus. A pressão deve ser regulada com os pneus frios.

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02 Balanceamento e alinhamento: o balanceamento dos pneus e o alinhamento das rodas do veículo devem ser realizados a cada 10 mil quilômetros rodados, quando surgirem vibrações, na troca ou no conserto do pneu, quando o veículo sofrer impactos na suspensão, quando apresentar desgastes irregulares, quando forem subs�tuídos componentes da suspensão ou quando o veículo es�ver puxando para um lado. 03 Rodízio de pneus: o rodízio compensa a diferença de desgaste dos pneus, além de trazer mais estabilidade e eficiência. No caso de pneus diagonais de passeio, o rodízio deve ser feito a cada 5.000 quilômetros rodados. Já para os pneus radiais de passeio, deve ser realizado a cada 8.000 quilômetros. 04 O perigo dos “pneus carecas”: o Tread Wear Indicator (TWI) é uma saliência de borracha com altura de 1,6 mm que é colocada dentro do sulco do pneu. Quando o desgaste do pneu a�nge esse indicador, significa que já está no limite de segurança e é hora de trocá-lo.

06 Pista molhada: a atenção deve ser redobrada em dias de chuva. A aquaplanagem pode fazer com que se perca o controle do veículo, principalmente se os pneus es�verem carecas. Em caso de chuvas fortes, reduza a velocidade. 07 Segurança em motocicletas: a reforma de pneus em motocicletas afeta a curvatura e as dimensões originais nos componentes externos dos pneus: banda de rodagem, ombros e flancos e é proibida no Brasil. As leis que proíbem o uso e serviço de reforma em pneus de motocicletas são: a Resolução 158/2004, do Conselho Nacional do Trânsito (CONTRAN), que proíbe o uso de pneus reformados e a Portaria 554/2014, do Inmetro, que proíbe o serviço de reforma de pneus. 08 Produtos inimigos do pneu: derivados de petróleo atacam a borracha dos pneus. Por isso, não estacione sobre poças de óleo e verifique se os produtos usados nas rodas têm alguns destes elementos. 09 Saber “ler” o pneu: Nem todos reparam nas letras e números na lateral do pneu, mas eles estão relacionados a informações sobre o próprio pneu como carga e pressão máxima, local e data de fabricação, limite de velocidade, dimensões, �po de construção e modelo. 10 Escolhendo o pneu certo: Quando chega a hora de trocar os pneus nem sempre é fácil saber qual é o mais adequado. Para isso, é importante sempre consultar o manual do veículo. Lá é possível encontrar o tamanho e os limites de carga e velocidade que devem ser respeitados.  www.borrachaatual.com.br


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Vendas de pneus fecham agosto com queda de 0,4% Em agosto, a indústria nacional de pneumá�cos segue sua rota em busca da retomada, apresentando crescimento de 11,3% em relação às vendas de julho. O resultado vem, em grande medida, dos pneus de passeio, cujo resultado foi 18,5% maior do que no mês anterior. Contudo, a recuperação ainda se apresenta aquém dos números pré-crise, uma vez que, quando comparado com os resultados de agosto de 2019, o total de vendas apresenta queda de 0,4%. 

Dunlop apresenta novo modelo de negócio para pneus de carga

A Jaguar Land Rover trabalha em estreita colaboração com a Goodyear no fornecimento de pneus originais (OE) para vários modelos da sua ampla gama. Desta vez, a marca britânica está mais uma vez elegendo a Goodyear para equipar seu verdadeiro ícone off-road, o novo Land Rover Defender, que retorna ao mercado em 2020 em uma geração completamente nova. Os modelos Wrangler contam com uma carcaça reforçada de Kevlar® que oferece maior consistência, evitando furos ou perfurações durante a trilha. Já os ombros têm a tecnologia DuraWall que evita furos ou quebras na área do costado, muito ú�l para dirigir em áreas rochosas. Este pneu também apresenta um design de piso o�mizado, que permite a�ngir 37% a mais de quilometragem do que a média de seus concorrentes. 

Visando ampliar a rede de atendimento para o consumidor que busca pneus Dunlop para o segmento de carga, a empresa vai instalar contêineres personalizados para prestar atendimento rápido e suporte aos caminhoneiros pelas estradas do Brasil afora. Este novo modelo de loja para venda de pneus de caminhões e ônibus idealizado pela Dunlop é uma parceria entre a marca e sua rede de distribuidores, que localmente cuidarão da gestão da loja container e já comercializam os produtos da empresa através dos truck centers em suas regiões de atuação. Este projeto busca oferecer maior conveniência e facilidade de acesso aos produtos da marca em locais estratégicos, como postos de combus�vel com alta concentração de caminhões, por exemplo, oferecendo ao caminhoneiro e fro�sta o mesmo padrão de atendimento especializado e treinado pela fabricante. “Temos dois obje�vos com este novo projeto: o primeiro é prestar um suporte melhor para os

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Land Rover Defender retorna com pneus originais Goodyear

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caminhoneiros, categoria esta que merece todo o respeito e admiração pelo trabalho desenvolvido e a segunda, que é a consequência do obje�vo prioritário, que será ampliar a presença da Dunlop no mercado de pneus para veículos pesados”, explica Rodrigo Alonso, Gerente Sênior de Vendas e Marke�ng da Sumitomo Rubber do Brasil. Após dobrar a capacidade de produção de pneus de caminhões e ônibus em sua fábrica, antes mesmo do projetado para este ano, a empresa aposta neste novo modelo de negócio que é uma alterna�va para o aumento da capilaridade em pontos de venda de pneus para veículos pesados e visa proporcionar comodidade e segurança ao caminhoneiro para acesso aos produtos da marca, evitando deslocamentos desnecessários ao motorista para comprar pneus fora de sua rota original, especialmente nesse momento de pandemia. O primeiro container foi inaugurado no Rio de Janeiro e o segundo está localizado na Bahia. 

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PNEUS

Continental premia melhores fornecedores

Bridgestone apresenta o pneu R269 para o segmento rodoviário Para responder à constante demanda do mercado e oferecer produtos com os melhores desempenhos e que contribuam para a redução dos custos operacionais, a Bridgestone, maior fabricante de pneus do mundo, apresenta o modelo radial R269, voltado para o segmento rodoviário. Desenvolvido com tecnologias e design específico que possibilitam uma melhor performance quilométrica, maior durabilidade e recapabilidade, o novo pneu é indicado para uso em eixos direcionais, livres e de tração moderada de caminhões e ônibus que circulam em rodovias pavimentadas de curta, média e longa distâncias. A tecnologia Cooling Fin ajuda a reduzir a temperatura do pneu por meio de aletas de refrigeração, que diminuem a temperatura do talão em até 5°C em relação ao seu antecessor, R268. O pneu ainda possui novos compostos, sulcos redesenhados e estrutura reforçada, gerando maior performance quilométrica que o produto anterior, menor tensão e maior durabilidade da carcaça, proporcionando maior recapabilidade e aumentando seu ciclo de vida total. O R269 está disponível nas medidas: 275/80R22.5 e 295/80R22.5. 

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Com o obje�vo de reforçar seu compromisso com a excelência, a Con�nental, empresa que desenvolve tecnologias e serviços pioneiros em mobilidade sustentável, promoveu a primeira edição do Supplier Award 2020. A premiação elege os fornecedores da planta de Várzea Paulista, no interior de São Paulo, com melhor desempenho, considerando três categorias essenciais para a operação da mul�nacional alemã: Qualidade, Logís�ca e Compras. “Em um momento tão desafiador para a indústria automo�va, como o que enfrentamos em decorrência da pandemia de COVID-19, entendemos a necessidade de reconhecer todo o esforço da nossa cadeia de fornecedores, reforçando ainda mais parcerias tão valiosas”, afirma Arnd Simone�, head de Compras da Con�nental para o Brasil. Na edição deste ano, foram contemplados os fornecedores Bins Indús-

tria de Artefatos de Borracha, Pro-Metal Industrial e Placar Indústria e Comércio de Plás�cos pela excelência a�ngida em todos os quesitos durante o ano de 2019. Os vencedores par�ciparam de um evento de celebração oficial, realizado digitalmente, que contou com a presença de representantes das três empresas e o �me de jurados da Con�nental. “A Con�nental é mundialmente conhecida pela excelência de sua operação e qualidade de seus produtos e serviços. Com o prêmio, reforçamos que nossos resultados posi�vos só puderam ser alcançados graças ao trabalho conjunto e comprome�mento em parceria com a nossa cadeia de fornecedores. Esperamos que nossos parceiros se sintam ainda mais valorizados e mo�vados a con�nuar nessa trajetória de sucesso”, ressalta Michael Diehl, responsável pela planta de Várzea Paulista da Con�nental. 

Pirelli confirmada como líder do Pacto Global da ONU Durante a 75ª Assembleia Geral da ONU, a Pirelli, única empresa de pneus incluída, também foi reconhecida, junto com outras 40 empresas ao redor do mundo, como Líder do Pacto Global das Nações Unidas que reúne empresas que foram iden�ficadas por seu maior compromisso com a implementação dos Dez Princípios do Pacto Global da ONU, bem como o avanço das metas globais de sustentabilidade. O Pacto Global da ONU é a maior inicia�va de sustentabilidade corpora�va do mundo. Para se qualificar como líder, uma empresa deve par�cipar de pelo menos duas “Plataformas de Ação” do Pacto Global que reúnem empresas. Redes locais, academia, so-

ciedade civil e governos para abordar questões complexas de sustentabilidade e oferecer inovação em favor dos obje�vos globais. Além disso, os par�cipantes devem comunicar sua evolução por meio de um relatório anual de sustentabilidade que mostra em detalhes os avanços alcançados e a atuação dos Dez Princípios. Pertencer ao Pacto Global da ONU, ao qual a Pirelli aderiu em 2004, é uma prova da convicção corpora�va de que soluções eficazes devem ser buscadas por meio de uma abordagem holís�ca para o desenvolvimento, que integre capital econômico, social e ambiental, e repousa sobre os esforços conjuntos de empresas e partes interessadas a nível global.  www.borrachaatual.com.br


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CALÇADOS

Setor calçadista opera com 52% da capacidade ©MRSIRAPHOL/FREEPIK

função da queda brusca na demanda. “O setor calçadista sofre ainda mais pela dependência que tem do varejo interno”, frisou. O fato pode ser ilustrado com a u�lização da capacidade instalada, que hoje está em 72% para a indústria em geral e em 52% para o setor calçadista.

Projeções

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crise provocada pelo novo coronavírus segue impactando o setor calçadista brasileiro, que terminou agosto operando com 52% de sua capacidade instalada. A afirmação foi feita no Análise de Cenários, evento realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). O Análise de Cenários iniciou com uma apresentação do ambiente macroeconômico, impactado pela crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Lélis ressaltou que, apesar do arrefecimento da crise ao longo do segundo semestre, o PIB brasileiro deve fechar o ano com uma queda de 5,5%. No mundo, a queda média deve ser de 4,9%, revés puxado pelos Estados Unidos e Europa. Por outro lado, a China, que saiu antes da crise, deve ser o único país a crescer no ano da pandemia, na casa de 1%. Lélis destacou que, apesar da liquidez internacional, o Brasil tem afugentado inves�mentos em função das constantes quedas na taxa de juros, hoje em 2% (Selic). “Mesmo com as quedas nas taxas, a a�vidade econômica não vem reagindo, devido às incertezas, e notamos o efeito colateral da fuga de capital, que vem pressionando o câmbio

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e aumentando os custos das empresas”, disse, ressaltando que até mesmo o FED (banco central norte-americano) alertou para a questão.

Consumo Para o economista, o Brasil a�ngiu o ápice do endividamento das famílias no período da pandemia. Hoje, mais de 67% delas estão endividadas e com o poder de consumo combalido. O auxílio emergencial, segundo Lélis, é importante neste momento de pandemia, mas fez com que muitas pessoas migrassem para fora da força de trabalho (mais de 10 milhões). Na parcela mais recente do auxílio emergencial, mais de 63 milhões de brasileiros foram beneficiados. “Precisamos pensar em como sair disso sem ter impacto significa�vo na a�vidade econômica”, comentou, ressaltando que o custo do auxílio chega a mais de R$ 50 bilhões mensais, inibindo novos inves�mentos públicos, fator fundamental para o crescimento sustentável da economia. O inves�mento privado, também fundamental para o desenvolvimento econômico do País, segue baixo, em

Segundo Lélis, após a queda ao longo de 2020, o Brasil deve ter um incremento de 3,5% no PIB do próximo ano. Mesmo sendo uma boa no�cia, segundo o economista, ainda não vai recuperar as perdas dos úl�mos anos. “Se isso acontecer – crescimento de 3,5% – vamos empatar com o PIB de 2014, de antes da crise de 2015”, projetou.

Produção de calçados A segunda parte do evento contou com apresentação focada no setor calçadista, que registrou uma queda de 36,2% na produção do primeiro semestre em relação a igual período de 2019. Segundo Priscila, o resultado foi impactado, especialmente, pelo ápice da crise, em abril, quando o setor registrou revés de 74%. “Existe uma expecta�va de leve melhora no segundo semestre, com a abertura gradual do varejo, fazendo com que o ano feche com uma queda média na casa de 29%”, informou Priscila, acrescentando que a queda corresponde a quase 300 milhões de pares, ou quatro meses de produção. “Seria como se o setor �vesse parado de produzir por quatro meses ao longo de 2020”, destacou, ressaltando que o setor voltará ao patamar produ�vo de meados dos anos 2000.  www.borrachaatual.com.br


Exportações de calçados caíram 32,7% até agosto

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ção Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, ressalta que o ano deve fechar com um revés na casa de 27% em relação a 2019. “A pandemia do novo coronavírus impactou profundamente o mercado internacional. Além de perdermos espaço em mercados importantes, caso dos Estados Unidos, �vemos uma recuperação mais rápida da indústria chinesa, que inflou a concorrência internacional”, explica o dirigente. Segundo o execu�vo, nem mesmo o dólar valorizado tem sido suficiente para impulsionar os embarques de calçados. “O mundo ainda está com muitas restrições, especialmente para encon-

tros �sicos. Exemplo disso é a italiana Micam Milano, maior feira mundial do setor, que teve a par�cipação de apenas nove marcas brasileiras, todas com representação local, em função da restrição para entrada de brasileiros na Itália – ano passado foram 76 marcas”, acrescenta.  ©GINO CRESCOLI/PIXABAY

Impactadas pelas instabilidades no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos, as exportações de calçados registraram quedas de 32,7% em receita e 25,2% em volume entre janeiro e agosto na relação com igual período do ano passado. No total, foram embarcados 56,4 milhões de pares, que geraram US$ 437,15 milhões. No recorte de agosto, foram exportados 7,27 milhões de pares por US$ 57,9 milhões, quedas de 26,7% em volume e de 30% em receita na relação com o mesmo mês de 2019. Embora a queda dos embarques deva arrefecer nos úl�mos meses de 2020, o presidente-execu�vo da Associa-

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CALÇADOS

Primeiro calçado de segurança esportivo da Argentina

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Maincal, empresa familiar com mais de 60 anos de história na Argen�na, se uniu à indústria química BASF para desenvolver o primeiro calçado de segurança argen�no. O SportSafe Energy é único em sua categoria, com caracterís�cas como conforto, resistência e tecnologia �pica dos calçados de corrida. O núcleo da sola é fabricado com a tecnologia Infinergy®, uma espuma de poliuretano termoplás�co expandido, material inovador criado na Alemanha. O SportSafe Energy foi projetado para trabalhadores do setor automo�vo, de alimentos, empresas de logís�ca, ou para qualquer tarefa desafiadora que requer conforto extremo para ser usado por longas horas. Após meses de pesquisa e desenvolvimento, o laboratório de inovação da Maincal e a equipe de especialistas de Materiais de Performance da BASF aplicaram a tecnologia Infinergy® à sola do sapato. O material é o primeiro poliuretano termoplás�co expandido do mundo (E-TPU) capaz de absorver energia na área do calcanhar e produzir mais de 55% de retorno a cada passo, proporcionando assim mais conforto, melhor amortecimento e maior flexibilidade. A BASF também forneceu o poliu-

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retano presente na tecnologia Ultragrip Sole, que proporciona maior aderência e resistência ao deslizamento nas super�cies mais exigentes, uma propriedade chave para o calçado de segurança; e o poliuretano Ultralight, que confere maior conforto, durabilidade e leveza. Esta cocriação entre tecnologia e design tornou-se um grande desafio para as duas empresas que trabalharam juntas até que o processo de produção fosse concluído. “Temos orgulho de ter enfrentado este importante desafio com um cliente líder na fabricação de calçados de segurança na Argen�na. Enquanto eles contribuíram com seu laboratório de inovação, equipe de design e capacidade de produção com 300 funcionários, a BASF forneceu uma das mais recentes tecnologias para calçados de corrida”, diz Juan Mar�n Nasi, especialista em poliuretanos de Materiais de Performance da BASF. A durabilidade, força e elas�cidade da Infinergy® já foi aplicada a diferentes modelos de calçados de segurança na Alemanha e na Itália e chega pela primeira vez à Argen�na com a Maincal. Com base na premissa de produzir calçados inovadores, a Maincal escolheu essa tecnologia. Os testes de elas�cidade para medir a recuperação demonstram resul-

tados significa�vamente superiores aos de outras espumas, como EPS e EPP. O Infinergy® é uma espuma de par�culas de células fechadas que tem grande resistência química à abrasão, resistência à tração, temperatura e excelente recuperabilidade. “Este lançamento é o resultado de uma estratégia baseada na inovação através da qual temos feito nossos produtos presentes nas principais indústrias do país. A aliança com uma empresa internacional como a BASF e a incorporação de uma tecnologia única na linha SportSafe Energy da Voran gera grande expecta�va, uma vez que, sem dúvida, estamos diante de um grande salto qualita�vo que irá contribuir para os planos de expansão para mercados internacionais, consolidando o crescimento anual da empresa”, afirma Pablo López Calí, diretor comercial da Maincal. Além de se assemelhar a um calçado espor�vo, a linha SportSafe é ultra durável, segura e confortável. Apresenta um material refle�vo de alta visibilidade que dá segurança adicional, uma biqueira protetora de alumínio 40% mais leve do que o aço tradicional, e uma sola inspirada no movimento natural do pé ao caminhar que oferece maior estabilidade em cada passo, reduzindo a fadiga. Oito modelos SportSafe serão lançados em diferentes cores com opções em material têx�l e couro. Todos eles estarão disponíveis online e na rede de distribuidores da Maincal. 

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“Um Sapato pelo Brasil” resgata importância do produto nacional

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O setor calçadista, tradicional e importante para a economia brasileira, que gera diretamente mais de 270 mil postos de trabalho e produz mais de 900 milhões de pares de calçados anualmente (4º maior do planeta) promoveu, nos úl�mos dias de agosto, o movimento “Um Sapato Pelo Brasil”. No período, 150 das principais marcas brasileiras de calçados realizaram ações sincronizadas nas redes sociais com o obje�vo de conscien�zar a sociedade sobre a importância do setor para o País, e sobretudo da importância de se consumir calçados produzidos no Brasil, que significam emprego, renda e desenvolvimento. 

Micam Milano deve gerar US$ 675 mil para calçadistas brasileiros Em função da pandemia do novo coronavírus, a maior feira internacional para o calçado brasileiro aconteceu com restrições neste ano. Entre os dias 20 a 23 de setembro, par�ciparam da Micam Milano �sica nove marcas verde-amarelas apoiadas pelo Brazilian Footwear, programa de apoio às exportações de calçados man�do pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves�mentos (Apex-Brasil). A expecta�va é que o evento tenha gerado US$ 675 mil para as nove marcas brasileiras que par�ciparam (Madeira Brasil, Verofa�o, Cecconello, Carrano, Rider, Ipanema, Grendha, Zaxy e Cartago). 

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Rodrigo Bonilha é o novo VP de vendas e marketing da Continental Pneus

AEA institui Diretoria de Eletromobilidade Fábio Uema, 53 anos, atual gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Toyota do Brasil, é o novo diretor de Eletromobilidade da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automo�va. A ins�tuição da diretoria foi decida em reunião plenária por entender que o setor de veículos híbridos e elétricos vem ganhando importância no mercado brasileiro, independente do volume – 4.824 unidades licenciadas este ano, o que significam apenas 0,5% de marketshare -, mas pela quan�dade expressiva de modelos em comercialização. 

A Con�nental, fabricante de pneus de tecnologia alemã, anuncia Rodrigo Bonilha como novo vice-presidente de vendas e marke�ng para a região Mercosul. Na empresa desde 2014, Rodrigo ingressou como gerente de operações para o Mercosul e, recentemente, liderava a unidade de negócios de pneus de carga. O profissional acumula mais de 20 anos de experiência nas áreas de desenvolvimento de negócios, operações, logís�ca, gestão industrial, desenvolvimento de produto, gerenciamento da cadeia de suprimentos e pós-vendas. Em sua nova função, Rodrigo Bonilha subs�tui Renato Sarzano que, após 22 anos no comando da operação no Mercosul, agora conduz o negócio de pneus de carga para as Américas, baseado em Charlo�e, nos Estados Unidos. 

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GENTE Matias Campodonico assume Diretoria de Sustentabilidade da Dow A Dow anuncia que Matias Campodonico, Diretor de Relações Públicas e Assuntos Governamentais para a América Latina, assumirá novas responsabilidades na companhia como Diretor de Sustentabilidade para a região. A atuação de Campodonico terá ligação estratégica com os objetivos da companhia, que recentemente anunciou suas novas Metas de Sustentabilidade, que visam a proteção do clima, a eliminação de resíduos e o fechamento de ciclo. Em sua nova atribuição, Campodonico será responsável pela supervisão executiva da estratégia de sustentabilidade regional, bem pelo avanço da agenda de políticas públicas e prioridades da Dow nas áreas de mudanças climáticas, economia circular e materiais mais seguros. 

Antonio Leite assume VP da Rhodia de fibras têxteis e de poliamida O execu�vo Antonio Leite é o novo responsável pela área de Fibras e Poliamida da Rhodia, empresa do Grupo Solvay, função que acumulará com a vice-presidência global das áreas de negócios Fenol e Derivados e Solventes Oxigenados da companhia. 

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PIRELLI

Circuito Panamericano é o maior complexo multipistas da América Latina

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Pirelli abriu as portas do Circuito Panamericano, o maior complexo mul�pistas de toda a América La�na em agosto passado. Localizado na cidade de Elias Fausto, a 110 km de São Paulo, o espaço foi desenvolvido com a mais alta tecnologia, buscando desenvolver novos produtos para carros e motos, receber eventos e proporcionar experiências exclusivas aos seus clientes. Para a Pirelli, esta é a convergência de sua estratégia de anos focada no segmento premium e prestige, entregando produtos da mais alta capacidade técnica e com segurança e desempenho superiores. O centro conta com dependências modernas, auditório, salas de briefing e de reunião, boxes e sete pistas diferentes, podendo levar veículos de duas ou quatro rodas a uma infinidade de testes dentro ou fora de estrada, além de inicia�vas e experiências exclusivas em parce-

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ria com a marca Pirelli e outros protagonistas do mundo automo�vo. Com o projeto que nasceu em 2012 e um inves�mento total realizado ao longo dos anos de cerca de 90 milhões de reais, previsto nos planos de inves�mento anunciados ao mercado, o Circuito Panamericano está instalado em um terreno de 1.650.000 m², um espaço oito vezes maior do que o an�go campo provas da Pirelli em Sumaré (SP), e apresenta áreas construídas e pavimentadas de cerca de 205.000m². Cada boxe do Circuito Panamericano ocupa uma super�cie de 240m² e oferece toda a estrutura necessária, desde escritório clima�zado até ar comprimido e portas automá�cas. O Circuito Panamericano se torna um novo polo fundamental para o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli, conectando-se aos outros 11 centros de P&D no mundo e às cerca de 2 mil pessoas envolvidas no desenvolvi-

mento de pneus. A inovação tecnológica ocupa papel central na definição do modelo de negócios da empresa, com foco especial em produtos High Value, e o novo complexo mul�pistas colabora com os projetos da empresa em âmbito global. O circuito reflete a inovação tecnológica de vanguarda que caracteriza a Pirelli, uma companhia que possui mais de 110 anos de experiência no esporte a motor, fornecimento exclusivo da Fórmula 1 desde 2011 e o maior centro de pesquisa e desenvolvimento do segmento na América La�na. Além disso, o centro mul�funcional oferecerá às maiores marcas de carro e moto a possibilidade de lançar produtos em um circuito profissional, que, a par�r de 2021, estará disponível para eventos do �po “ Track Days” e de pilotagem. Em linha com o empenho em preservar e minimizar o uso dos recursos naturais, o estabelecimento prevê a reu�lização total da água u�lizada no sistema de irrigação automá�ca das pistas. "O projeto desenvolvido pela Pirelli durante estes anos é impulsionado pela busca constante dentre as mais avançadas fronteiras tecnológicas da fabricação de pneus, com o emprego crescente da digitalização dos processos industriais e o foco no segmento High Value, assim como pela evolução da indústria automobilís�ca e pelas novas exigências do consumidor", afirma Cesar Alarcon, CEO e vice-presidente execu�vo da Pirelli para a América do Sul. "O Circuito Panamericano é maior e mais versá�l em relação à an�ga pista de provas, graças à estrutura mul�pista que permite a realização de um número www.borrachaatual.com.br


maior e mais sofis�cado de testes, o�mizando também o tempo de desenvolvimento. A estrutura lança mão da tecnologia de ponta disponível no setor para reforçar o desenvolvimento dos produtos da Pirelli e dos parceiros, em prol do consumidor", completa Roberto Falkenstein, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli para a América La�na.

AS PISTAS DO CIRCUITO PANAMERICANO São sete pistas ao todo no Circuito Panamericano: 1 Pista de “Dry Handling” (extensão de 3.400m): traçado para testes de dirigibilidade e performance em pista seca, onde os veículos são subme�dos a manobras feitas no limite de aderência dos pneus. 2 Pista de “Wet Handling” (extensão de 2.000m): pista para testes de dirigibilidade e performance com pista molhada ar�ficialmente, onde os veículos são subme�dos a manobras feitas no limite de aderência dos pneus.

Pista de “Dry Handling” ©PIRELLI/FERNANDA FREIXOSA

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Pista de “Wet Handling” ©PIRELLI/FERNANDA FREIXOSA

3 Pista Steering Pad (quatro raios diferentes de 40m, 43,7m, 47m e 50,5m): é o traçado onde se realizam os testes de aceleração lateral em pista seca ou molhada, avaliando o limite máximo de aderência lateral dos pneus. 4 Pistas de “Comfort” (extensão de 715m): é aqui que acontecem os testes de NVH (Noise, Vibra�on and Harshness – ou Ruído, Vibração e Aspereza). A par�r desta pista, são feitas avaliações subje�vas graças à experiência dos pilotos de teste da Pirelli ou obje�va por meio de instrumentos sofis�cados de medição. 5 Pistas de Testes Especiais (extensão de 2.500m): são traçados que permitem a maior variedade de testes. São testes obje�vos (com a u�lização de instrumentos de medição) em que se destacam: aquaplanagem em curva e reta, frenagem em pista seca e molhada, impacto contra guia, mensuração da área de contato do pneu com o solo, detalonamento, ruído Interno (em 6 �pos diferentes de super�cies), entre outras possibilidades. Estas pistas possuem cer�ficação ISO 23.671:2015.

6 Pistas de Ruído Externo (extensão de 1.000m): possuem duas áreas de medição cer�ficadas pela ISO 10.844:2014. Nelas, são feitos testes em que se capta o ruído externo ao veículo, em conjunto com equipamentos como o coast-by-noise e pass-by-noise. 7 Circuito off-road (extensão de 1.900m) – dirigibilidade, controle e tração em várias condições de off-road (terra, lama, grama). 

Circuito off-road

©PIRELLI/FERNANDA FREIXOSA

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GRANDE DIA! 29 de Outubro de 2020 às 18h Ainda dá tempo para votar! www.premiotoprubber.com.br

"O Prêmio TOPRUBBER - Maiores & Melhores" chegou á sua 16ª edição cumprindo seu objetivo de divulgar e incentivar o trabalho realizado pelas empresas e profissionais do setor de borracha. Este ano, porém, devido à pandemia, faremos mais uma inovação alinhada com os novos tempos: a premiação virtual. Uma maneira segura e moderna de garantir a saúde e segurança de todos os profissionais e amigos envolvidos. Mais uma modernidade: teremos uma “Live” promovida pela Elaste, antes da premiação, às 16 horas, com palestra e mesa-redonda discutindo os temas: 1) Viabilizando a Economia Circular Roberta Pinheiro (Descarte Rápido)

2) Therpol - A Quinta Revolução Industrial Sidnei Nasser (Proquitec)

3) Reciclagem da Borracha Vulcanizada, um Grande Desafio Luís Emiliani (Modulus)

ELASTE

Faça sua incrição antecipada para os eventos, pelo site www.borrachaatual.com.br ou clique no QR Code ao lado e preencha o formulário de inscrição. O cadastro é gratuito e você será avisado no dia, com o recebimento do link para assistir a transmissão online.


MATÉRIA TÉCNICA

TRANSFORMAÇÃO E VULCANIZAÇÃO DE ELASTÔMEROS Autor: Luis Antonio Tormento

Na fabricação de artefatos moldados de borracha o composto cru é introduzido na cavidade de um molde metálico aquecido, com a forma do artefato que se deseja fabricar, e, sob uma pressão de moldagem, o composto plás�co flui e adquire a forma da cavidade; o calor transmi�do da prensa para o molde vulcaniza o composto, que adquire a configuração adotada no molde permanentemente. As principais técnicas de moldagem são: compressão, transferência e injeção. Na moldagem por compressão uma quan�dade adequada de composto é introduzida na cavidade do molde, que é man�da aberta durante o processo de carregamento, em seguida fechamos o molde sob uma força de compressão e o composto preenche a cavidade. Na moldagem por transferência, o composto é carregado em uma câmara de transferência, que é conectada através de canais de alimentação com a cavidade do molde, que neste caso estará fechado desde o começo da operação. A força de compressão é aplicada no pistão de transferência, que encaixa na câmara e obriga o composto con�do nela a fluir pelos canais e penetrar na cavidade do molde. A câmara de transferência está conectada com a cavidade do molde durante todo o ciclo de moldagem. Como na moldagem por transferência, na moldagem por injeção o composto é introduzido por uma cavidade sob pressão em um molde fechado; porém, neste caso a unidade de injeção é independente do molde; geralmente só está conectada a este durante o tempo de carregamento da cavidade mais um tempo adicional; outra diferença é que a unidade de injeção realiza uma plas�ficação e aquecimento do composto antes de sua introdução no molde.

1. Moldagem por compressão A maioria das prensas u�lizadas na moldagem por compressão são prensas hidráulicas de platô inferior ascendente, nas quais um cilindro hidráulico está alojado em uma bancada ou na parte inferior da prensa; o pistão, por meio de pressão hidráulica, sobe até comprimir-se sobre o platô superior, fixado na parte superior da prensa. Para a aber-

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tura da prensa basta fechar a entrada de líquido hidráulico e abrir a saída, fato este que desaloja o líquido do cilindro para a descida por gravidade do pistão e platô inferior; frequentemente u�lizam-se sistemas auxiliares, mecânicos ou hidráulicos, para acelerar a abertura e melhorar a produ�vidade da instalação.

Figura 1 – Prensas para vulcanização de borracha.

Destacamos os diferentes sistemas de aquecimento dos platôs: • Vapor – os platôs dispõem de canais em zig-zag para a circulação do vapor; o sistema dispõe de um conjunto de purgadores para a eliminação do vapor condensado. Para regular o volume de vapor recomenda-se o uso de pressostatos, que asseguram a consistência e precisão necessárias para manter a temperatura de vulcanização. • Termofluidos – os fluidos são líquidos que suportam temperaturas de até 200ºC ou mais, sem ferver ou sofrer degradação térmica apreciável, durante períodos prolongados; circulam nos platôs no lugar do vapor; eliminam-se os condensadores e trabalhase a baixas pressões, o que simplifica o problema da estanqueidade. Como o termofluído é man�do em circulação num circuito fechado, geralmente de pouca extensão, o controle da temperatura é mais fácil. www.borrachaatual.com.br


• Elétrico – o sistema é limpo e simples, mas costuma apresentar problemas de uniformidade da temperatura sobre a super�cie do platô e oscilações ao longo do tempo; com sistemas de regulagem eletrônica de impulsos, freqüência e duração entre a temperatura real e a teórica, é possível reduzir estas oscilações. Recentemente começou a ser comercializado um sistema de aquecimento dos platôs por indução, obtendo-se um aquecimento mais rápido e melhor regulagem e uniformidade da temperatura. Quanto ao sistema de acionamento hidráulico das prensas, ele é diferenciado em duas fases dis�ntas. A primeira consiste da simples aproximação dos platôs que, por razões de produ�vidade, tem que ser a mais rápida possível. Terminada a aproximação, começa a fase de fechamento do molde, para a qual é exigida uma pressão mínima de platô de 4-5 MPa, e como conseqüência, elevada pressão do fluido hidráulico. Para realizar esta operação é comum o uso de sistemas mistos com uma linha de baixa pressão, alimentada por bombas rotatórias de engrenagens que conferem uma velocidade de 4m/min e uma pressão de 10-25 bares; quando a pressão do circuito a�nge o limite da capacidade da bomba, conecta-se automa�camente a linha de alta pressão (250400 bares), alimentada por uma bomba de pistões com aproximação de 1 mm/min. Um fator a considerar é que as cavidades dos moldes devem ter dimensões maiores das que queremos obter com o moldado; os compostos de borracha geralmente têm contrações que variam de 1,5-2% e este fator deve ser considerado ao projetar o molde. Antes de moldar a peça devemos estabelecer o tempo e a temperatura de sua vulcanização; isto é facilmente ob�do através de um reograma para artefatos cuja espessura não passe de 6,25 mm; estabelecemos, dessa maneira, o T90 de processo. Para artefatos mais espessos e diferentes temperaturas, algumas regras devem ser seguidas: 1) Para artefatos até 6,25 mm, uma variação de 10ºF, o tempo mudará 1,5 vezes. Isto significa que, se um composto vulcaniza por 30 minutos a 300ºF, a 310ºF ele vulcanizará a 310/1,5 = 20 minutos; a 290ºF ele necessitará 30 x 1,5 = 45 minutos. A relação entre o tempo de vulcanização e temperatura de vulcanização (ºF) pode ser definida pela seguinte equação: www.borrachaatual.com.br

t1 t2 = _______________ 1,5 (( T2 – T1)/10) Onde: t2 = tempo necessário para vulcanizar na temperatura T2. t1 = tempo necessário para vulcanizar na temperatura T1. 2) Para cada 6,35 mm (1/4 pol) adicional, acrescente mais 5 minutos ao tempo de vulcanização. A moldagem por compressão não é muito diferente da fabricação de um biscoito ou waffle. Uma dada quan�dade de material deve ser colocada numa cavidade, assegurando o seu preenchimento. Calor e pressão são aplicados levando o composto a fluir, preenchendo a cavidade e dando forma à peça; o material excedente flui para fora através de canais de escoamento (rebarbas). A moldagem por compressão é geralmente escolhida para compostos de média dureza, em aplicações de grande volume ou aplicações que par�cularmente u�lizem materiais muito caros. O excesso, ou rebarba, criado por peças de grande diâmetro, é de par�cular interesse quando se u�lizam compostos mais caros. A moldagem por compressão ajuda na redução desse excesso. O pré-formado pode, contudo ser de di�cil introdução em um molde de di�cil conformação e o processo de moldagem por compressão em si, não é recomendado para compostos de alta dureza. A faixa de aplicação vai desde simples anéis em O, a correias e complexos diafragmas com diâmetro maior que 10.000 polegadas (254,0 mm). A rebarba em uma �pica peça moldada por compressão tem um máximo de 0,004 x 0,010 (0,102 x 0,254 mm) a 0,005 x 0,032 (0,127 x 0,813 mm), dependendo do método de rebarbação. Excesso ou rebarba para ser removido em operação posterior

Figura 2 – Moldagem por Compressão.

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MATÉRIA TÉCNICA Finalmente, devemos prestar atenção às operações auxiliares, que com freqüência têm importância decisiva na economia do processo. A preparação da pré-forma, ou seja, a porção de composto que será introduzida no molde, deve ter uma forma similar à da cavidade e um volume que assegure o carregamento, sem desperdiçar material. Outra operação auxiliar é a rebarbação ou separação da rebarba formada nas uniões do molde. Existe uma variedade de sistemas, desde o manual com facas até a rebarbação criogênica, quando as peças são resfriadas abaixo de sua Tg, mediante o uso de anidrido carbônico sólido ou nitrogênio liquido; neste estado, peças plás�cas são jateadas sobre as peças para quebrar as rebarbas, normalmente mais finas e frágeis. Finalmente, é importante a limpeza periódica dos moldes.

2. Moldagem por Transferência A instalação mais simples para efetuar a moldagem por transferência consiste em um molde de três peças. As duas peças inferiores configuram as cavidades, como num molde de compressão; a peça intermediária, além de ser a parte superior das cavidades, carrega a câmara de transferência que se comunica com as cavidades, mediante um sistema de canais. Na parte superior temos um pistão de transferência, que encaixa na câmara. Se for possível, devese fixar a parte inferior e a superior nos correspondentes platôs da prensa, para evitar defeitos de alinhamento.

Figura 3 – Moldagem por transferência.

A moldagem por transferência difere da moldagem por compressão; nesta última, o material é colocado em um receptáculo, localizado entre a parte superior do molde e um pistão. O material escorrega para dentro da cavidade através de um ou mais orifícios chamados “porta” ou “passagem”. A rebarba em um pequeno moldado ou anel em O, tipicamente estará, no máximo, em 0,005 (0,127 mm) de espessura, estendendose à aproximadamente 0,003 (0,076 mm) na superfície da peça.

Para a moldagem, com

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o conjunto inferior fechado e na temperatura de vulcanização, introduz-se a quan�dade necessária de composto na câmara de transferência e baixa-se o pistão mediante uma prensa. O movimento do pistão força o composto a fluir pelos canais de distribuição até o preenchimento das cavidades; o conjunto é man�do sob pressão até terminar a vulcanização. Terminado o ciclo, separam-se as três peças e se efetua a desmoldagem; é comum o rompimento no canal de entrada e, ao limpar as rebarbas e excesso de borracha do molde, devemos tomar cuidado adicional, para evitar futuros defeitos de preenchimento. Um fator importante ao projetar o molde é a relação entre a área da seção transversal da câmara de transferência e a área total da projeção horizontal de todas as cavidades e do sistema de alimentação. Como o composto cru é um fluído capaz de transmi�r pressão, a pressão exercida pelo pistão sobre o composto que se encontra na câmara de transferência é transmi�da através do sistema de alimentação ao composto que preenche as cavidades do molde, que exercerá, por conseqüência, uma pressão que força a abertura do molde. Se a relação citada for igual ou inferior a 1, a força total resultante desta pressão nas cavidades será maior que a força de fechamento da prensa e, tão logo se preencham as cavidades, o molde abrirá, deixando escapar parte do composto; a tendência de abertura do molde será proporcional à força de fechamento da prensa. A única solução para resolver o problema é projetar o molde para que a relação de áreas seja superior a 1; na prá�ca temos de 1,3- 1,5, mesmo que isto implique na não u�lização de parte considerável da seção do molde para as cavidades. Para sobrepujar esta limitação da moldagem por transferência, construíram-se prensas especiais com um jogo duplo de pistões hidráulicos. Geralmente são prensas de pistão superior descendente, com uma cavidade de transferência alojada no centro do platô inferior fixo, na qual atua o pistão de transferência. Este sistema permite regular independentemente a pressão de fechamento do molde e a pressão de transferência ou de moldagem, tornando possível maior aproveitamento da super�cie da seção transversal do molde. A moldagem por transferência apresenta diversas vantagens sobre a moldagem por compressão: permite não u�lizar as pré-formas ou a simplifica. Os esforços de fricção no fluir do composto pelos canais elevam muito a temperatura do composto, o que permite reduzir o tempo de vulcanização em 540-50% do que seria necessário na moldagem por compressão. www.borrachaatual.com.br


Também permite a u�lização de temperaturas de vulcanização mais elevadas, já que o preenchimento da cavidade do molde e o inicio de vulcanização são quase coincidentes. Permite também o preenchimento das cavidades, sem a entrada de ar, eliminando a necessidade de desgaseificar o molde. Nos artefatos feitos com a combinação borracha-metal, simplificam a fixação dos insertos metálicos no molde e garantem melhores valores de adesão. Como inconveniente, deve-se citar o maior custo do molde, e o preço de uma prensa por transferência é maior que o de uma prensa para moldagem por compressão.

3. Moldagem por Injeção A diferença é que, na moldagem por injeção, o composto é plas�ficado previamente e introduzido em baixa pressão no molde fechado. Na maioria das injetoras a plas�ficação é realizada por um fuso que gira no interior de uma câmara cilíndrica; tanto o fuso como a câmara são man�dos em uma temperatura controlada. O fuso transporta o composto até a entrada de alimentação, até o bico injetor localizado no extremo oposto. A relação de compressão é baixa, no máximo 1,2 : 1; sua função básica é plas�ficar e eliminar bolhas de ar.

Figura 4 – Moldagem por injeção.

A moldagem por injeção é o mais automatizado dos processos de moldagem. O material é aquecido até um estado de fluxo fácil; é injetado sobre pressão da câmara aquecida através de uma série de orifícios ou “portas” no molde. A moldagem por injeção é ideal para altos volumes de produção de peças de borracha de configuração relativamente simples.

Existem dois �pos de prensas de injeção: • De plas�ficação e injeção por fuso, e • De plas�ficação por fuso e injeção por pistão. No primeiro �po, além de girar, o fuso também pode avançar e retroceder concentricamente no cilindro. Durante a fase de plas�ficação, o giro do fuso vai acumulando material plas�ficado e quente na região da boca de injeção; www.borrachaatual.com.br

o fuso vai retrocedendo para deixar o espaço necessário. Quando �ver acumulado a quan�dade necessária, o giro pára, a unidade de injeção avança até que seu bico de injeção encaixe na abertura adequada do molde que, através de canais de distribuição e por meio hidráulico, transfere o composto plas�ficado para o molde. Durante a vulcanização, mais material será plas�ficado e, após descarregar o molde, o processo reinicia. Geralmente, a unidade de injeção é independente do molde, que é man�do fechado em uma prensa de compressão normal. A injeção é realizada com duas pressões diferentes, uma inicial, mais lenta, para acelerar o preenchimento das cavidades; esta pressão é reduzida a um valor suficiente para evitar a expulsão do material injetado no molde e evitar a formação de bolhas. Para evitar estas limitações foram desenvolvidas unidades de injeção, onde um sistema de plas�ficação por fuso alimenta uma câmara de injeção. Esta alimentação produz o retorno de um pistão hidráulico. Ao preencher a câmara, o pistão avança e, através de um bico injetor preenche o molde. Uma válvula impede o retorno do composto da câmara para o cilindro de plas�ficação, no momento da injeção. Uma melhora adicional é o emprego de moldes com temperaturas controladas nos canais de distribuição, conhecidos por canais frios, que evitam a vulcanização do composto nos canais de alimentação/distribuição. Devido aos vários aquecimentos sucessivos, o composto chega ao molde em temperaturas de 140-150ºC, e, como as temperaturas de vulcanização são da ordem de 180-200ºC, o tempo total de moldagem é normalmente 1/10 à 1/20 do necessário para a moldagem por compressão.

4. Extrusão 4.1. Equipamentos e processo de extrusão Essencialmente, uma extrusora é formada por um fuso girando dentro de uma câmara coaxial, que tem em uma extremidade uma boca de alimentação para a introdução do composto; pelo giro do fuso, o composto é transportado e acumulado sobre o cabeçote, que é um prolongamento do cilindro. Nesta região existe uma pequena passagem para o exterior, onde colocamos as matrizes que darão forma e dimensão ao extrudado. Até a década de 60 as extrusoras eram alimentadas com compostos previamente aquecidos e plas�ficados; a única função do fuso era transportar o material até o cabeçote e gerar a pressão necessária para empurrar o composto através da matriz. Por isso, o volume do canal forma-

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MATÉRIA TÉCNICA do pela parede do cilindro, o núcleo do fuso e das espirais vão diminuindo progressivamente da boca de carga até o cabeçote. A relação de volume do canal entre as primeiras espirais e as úl�mas é a relação de compressão, que nas extrusoras para borrachas tem o valor de 1,2:1 e 1,4:1. Para a redução progressiva do volume do canal, diminui-se o passo do fuso ou diminui-se a profundidade do canal pelo aumento do diâmetro do núcleo. As extrusoras de alimentação a quente u�lizam fusos curtos, empregando o diâmetro do fuso, D, como unidade de medida do comprimento; os fusos destas extrusoras têm um comprimento entre 4D e 6D. A relação entre a profundidade e a largura do canal varia entre 0,2 e 0,5, ou seja, empregam-se canais mais profundos do que os das extrusoras para termoplás�cos, onde esta relação é inferior a 0,2. A largura do filete varia entre 0,08D e 0,12D. A folga entre o filete e a parede do cilindro oscila entre 0,003D e 0,004D. Para melhorar a regularidade do fluxo, empregam-se fusos de entrada dupla, já que os de entrada única produzem fluxo em forma de onda, que aparece nas dimensões do ar�go extrudado.

Cabeçote

Corpo da Boca de Sistema de Extrusora Alimentação Locomotor

Motor Elétrico

Figura 5 – Esquema de uma extrusora.

A matriz é que dá a forma final ao extrudado, porém ele não coincide com a forma final do artefato. Pela natureza visco-elás�ca da borracha não vulcanizada, o composto sofre certa dilatação na saída da matriz e, pelas tensões geradas no fluxo, forçado pela matriz, o extrudado experimenta depois uma contração longitudinal; nem o inchamento nem a contração são iguais em todas as seções do artefato, pois dependem da espessura da seção. Por isso, a construção de uma matriz requer considerável experiência e, com freqüência, vários retoques. Há aproximadamente 30 anos as extrusoras tradicionais vêm sendo subs�tuídas pelas de alimentação a frio, com fuso consideravelmente maior, de 12D a 16D. A primei-

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ra zona tem uma relação de compressão muito baixa, e des�na-se ao aquecimento e plas�ficação do composto, que na zona final do fuso é comprimido como em uma extrusora de alimentação a quente sobre a matriz. As extrusoras de alimentação a frio consomem de 30-40 % menos energia por quilo de composto, mas necessitam motores de maior potência e seu rendimento por hora é menor.

Figura 6 – Exemplos de extrusoras.

4.2. Vulcanização de artefatos extrudados O método tradicional de vulcanização dos artefatos extrudados é a vulcanização em autoclave, que pode ser de vapor saturado, ar quente ou vapor superaquecido. Os autoclaves de vapor saturado são os mais u�lizados, e neles o vapor é introduzido diretamente em um autoclave fechado, onde estão os artefatos a serem vulcanizados; o controle é feito pela pressão, que define a temperatura e o tempo. A vulcanização por vapor é muito simples e não precisa de nenhum sistema de circulação forçada. É mais lenta que vulcanização em molde, pela pior transmissão de calor, e os vulcanizados têm propriedades mecânicas inferiores. Tabela 1 – Efeito da vulcanização sobre as propriedades dos vulcanizados. Composto NR

Tipo de Módulo a Resistência à Alongamento Resiliência, vulcanização 300%, MPa tração, MPa à ruptura, % % Prensa

8,9

24,5

530

59

Vapor

7,0

20,6

530

58

NR/SBR

Prensa

4,3

14,5

605

60

Vapor

3,8

12,5

565

57

SBR

Prensa

10,0

14,0

430

43

Vapor

6,8

9,0

350

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O primeiro método de vulcanização con�nua foi desenvolvido pela DuPont de Nemours e foi chamado LCM (Liquid Curing Medium). Nele, na saída da extrusora, o artefato extrudado passa através de um banho formado por uma mistura euté�ca de sais fundidos; a mistura euté�ca original era composta de KNO3, NaNO2 e NaNO3, na proporção de 53:40:7, com ponto de fusão de 141ºC; era vendida com o nome de HYTEC®. Atualmente, para evitar o problema da toxidade dos nitritos em águas residuais, vende-se um produto chamado SABALITH®, que funde a 130ºC e não contém nitritos. A temperatura do banho durante a vulcanização é de 200-260ºC. No final da década de 60, introduziu-se no mercado o sistema de vulcanização con�nua por microondas ou ondas de ultra-alta freqüência, UHF (de Ultra-High Frequency), onde o calor é gerado pelo movimento dos dipolos moleculares ao tentar seguir os movimentos de orientação do campo magné�co oscilante. No caso dos fornos de vulcanização, a freqüência de alternância do campo é de 2450 MHz, ou seja, o campo muda sua orientação 2,45 x 1012 vezes por segundo. O sistema de aquecimento por microondas difere de todos os outros: nos outros, o calor propaga-se do exterior para dentro, já que os disposi�vos de aquecimento são externos. No caso das microondas o calor é gerado internamente, evitando assim os problemas de má condu�vidade térmica.

5. Calandragem 5.1. Equipamentos e processos de calandragem Na indústria da borracha, a calandragem é empregada em dois processos: • Lâmina con�nua de borracha, e • Tecidos emborrachados. Basicamente, o processo consiste na formação de uma lâmina do composto por uma ou mais passagens sucessivas entre pares de cilindros que giram em sen�dos opostos; porém, no primeiro caso, a lâmina é o produto final, e no segundo, é aplicado sobre um suporte têx�l. As calandras podem ser de dois, três ou quatro cilindros. Nas de três cilindros, eles podem ser dispostos ver�calmente, com seus eixos em um mesmo plano ver�cal ou com os eixos em dois planos. As calandras de quatro cilindros podem ser dispostas em I, em L, em L inver�do ou em Z. www.borrachaatual.com.br

Configuração dos cilindros na calandra

Laminação Emborrachamento Emborrachamento em um lado em dois lados

Dublado

Figura 7 – Formas de funcionamento de calandras de quatro cilindros.

Para o acionamento das calandras são u�lizados motores de corrente con�nua de velocidade variável, com transmissão através de um sistema Unidrive. Em algumas calandras modernas, cada cilindro dispõe de seu próprio motor de acionamento com velocidade controlada. Para a laminação, todos os cilindros giram com a mesma velocidade. No emborrachamento de tecidos, existem dois processos: sem fricção e com fricção; pelo primeiro processo, a borracha passa entre os cilindros, comprimindo -a sobre o tecido; para ocorrer a adesão devemos recorrer ao uso de adesivos. No segundo processo os cilindros possuem velocidades diferentes: o cilindro sobre o qual está a borracha gira mais rápido, gerando esforços de cisalhamento; isto provoca certa ancoragem mecânica, que, em alguns tecidos é suficiente para assegurar a adesão adequada. Para o acionamento das calandras são u�lizados motores de corrente con�nua de velocidade variável, com transmissão através de um sistema Unidrive. Em algumas calandras modernas, cada cilindro dispõe de seu próprio motor de acionamento com velocidade controlada. Para a laminação, todos os cilindros giram com a mesma velocidade. No emborrachamento de tecidos, existem dois processos: sem fricção e com fricção; pelo primeiro processo, a borracha passa entre os cilindros, comprimindo -a sobre o tecido; para ocorrer a adesão devemos recorrer ao uso de adesivos.

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MATÉRIA TÉCNICA No segundo processo os cilindros possuem velocidades diferentes: o cilindro sobre o qual está a borracha gira mais rápido, gerando esforços de cisalhamento; isto provoca certa ancoragem mecânica, que, em alguns tecidos é suficiente para assegurar a adesão adequada.

Cilindro Guia Tambor de Vulcanização

Aquecimento Anterior

Aquecimento Posterior

Lâmina Calandrada já Vulcanizada

Cilindro Tensor da Banda Cilindro de Pressão Primária

Banda de Aço

Cilindro de Alta Pressão

Figura 9 – Esquema de funcionamento de um sistema de vulcanização contínua.

6. Reduzindo rebarbas 6.1. Desgaseificação A remoção de gases (ar ocluso) gera rebarbas que são retiradas por vários processos: extração manual, moagem criogênica ou lixamento. É recomendável manter uma boa tolerância no fechamento dos moldes para reduzir suas perdas ao mínimo.

Figura 8 – Calandra de 4 cilindros.

5.2. Vulcanização de artefatos calandrados Com freqüência, os artefatos calandrados são ar�gos semi-elaborados empregados na confecção de outros artefatos mais complexos, como pneumá�cos, correias transportadoras etc.; em outros, é o produto final. Como nos artefatos extrudados, os métodos de vulcanização podem ser descon�nuos ou con�nuos. No processo descon�nuo, colocamos um tecido entre as camadas de material calandrado para evitar a colagem entre eles; vulcanizamos em autoclave. Para a vulcanização con�nua de tecidos emborrachados de pouca espessura, podemos u�lizar estufas de ar quente, dispostas após a calandra. No caso de lâminas de maior espessura, u�lizam-se máquinas rota�vas, que consistem basicamente de um tambor giratório de aço aquecido internamente com vapor, de 150 cm de diâmetro, com super�cie lisa, ou gravada com o desenho que se queira ter na borracha. O artefato a vulcanizar é introduzido entre o tambor e a banda metálica; é comprimido e moldado contra a super�cie do tambor. O artefato é vulcanizado com o calor do giro do tambor, obtendo-se assim uma lâmina vulcanizada con�nua.

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Como tolerância para esses desgaseificadores sugere-se: Dureza do Material

Depressão ou projeção típica a partir da superfície

menor que 50

0,381mm

50 ou mais

0,178mm

6.2. Alimentação O número, tamanho e localização dos furos alimentadores variam muito, dependendo do processo de moldagem, dureza do material, tolerâncias dimensionais, considerações cosmé�cas e outras requisições do cliente. O correto projeto da entrada de material é fator decisivo na redução de refugos no processo: Apresentamos abaixo os cinco processos mais comuns de alimentação para moldes: www.borrachaatual.com.br


Alimentação central

Alimentação pelo corpo

Alimentação lateral

Alimentação na linha de partição

Compressão

6.3. Cantos Dois pontos-chaves devem ser considerados quando desenhamos cantos: • O canto deve ser arredondado, para facilitar a re�rada do ferramental. • Sempre que possível, o molde deve abrir tanto no sen�do horizontal como no ver�cal. Assim, quando o operador re�rar a peça do molde, separará a parte central e a peça sairá deslizando, evitando assim perdas por rasgamento. A figura abaixo mostra um exemplo desse �po de molde.

6.5. Durabilidade dos moldes/matrizes Na medida do possível, devemos u�lizar sempre materiais “limpos” ou de baixa sujidade ao molde, pois nos processos de moldagem por injeção a limpeza dos moldes é muito complicada e pode demandar horas para a limpeza total. Na medida do possível, u�lizar polímeros de viscosidade controlada, evitando o uso de auxiliares de processo ou mesmo desmoldantes ( é necessário um acabamento superficial do molde). Devem ser adotados cuidados adicionais com a u�lização de peróxidos, pois eles liberam produtos que causam oxidação dos moldes; para estas aplicações recomenda-se u�lizar acabamento cromado ou aço inox. Em matrizes de extrusão, escolher sempre o aço que possua a melhor resistência à abrasão, pois, mesmo quando não possui cargas minerais, a borracha causa considerável desgaste nas matrizes de extrusão. 

Referências Bibliográficas 1) Rubber Technology 2E: Compounding and Tes�ng for Performance, John S. Dick. 2) Rubber Technology, M. Morton. 3) The Science and Technology of Rubber, James E. Mark, Burak Erman, et al. 4) Curso de Tecnologia da Borracha, ABQ, E.C. Grison, E. Hoinacki, J. A. B. Mello.

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6.4. Furos Procurar u�lizar sempre a regra básica do 2:1, ou seja, a altura do furo não deve ser maior que duas vezes o diâmetro, reduzindo assim a pressão necessária para a re�rada do material do molde. www.borrachaatual.com.br

Informações: (11) 3044-2609 www.borrachaatual.com.br 47


FRASES & FRASES

“Em relação a empenho, compromisso, esforço e dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita, ou não faz”. Ayrton Senna

“Um sábio aprende mais com seus inimigos que um tolo com seus amigos.” Niki Lauda

“Eu não ambiciono ser como os outros pilotos. Aspiro ser único em meu próprio estilo.” Lewis Hamilton

“É muito importante ter confiança, bem como adquirir experiência.” Alain Prost

“Sempre devemos nos esforçar para ser o melhor, mas nunca devemos acreditar que somos.” Juan Manuel Fangio

“Somos insignificantes. Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento tudo pode mudar.” Ayrton Senna

“Sempre acreditei que nunca devemos desistir e devemos sempre continuar lutando, mesmo quando há apenas uma pequena oportunidade.” Michael Schumacher

“Tudo em que você pode aprender algo é uma oportunidade para se tornar mais forte.” Daniel Ricciardo

“Às vezes, passamos por momentos difíceis e, então, temos que trabalhar muito, continuar trabalhando muito e superar a situação. É simples assim.” Max Verstappen

“Nem sempre é possível ser o melhor, mas é sempre possível melhorar nosso próprio desempenho.” Jackie Stewart

“Bom é viver um dia depois do outro. Isso basta como troféu. Ganhar não é tão importante.” Nelson Piquet

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“Todo piloto de corridas tem que ser um bom motorista.”

“O meu cheiro preferido é o da borracha queimada.”

Emerson Fittipaldi

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AGENDA

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29/10 ELASTE – 9ª EXPOSIÇÃO E SEMINÁRIO DE BORRACHAS E MÁQUINAS – Tecnologia, Sustentabilidade, Perspectivas e Networking Local: Centro de Convenções Milenium Rua Dr. Bacelar, 1043, São Paulo Informações: +55 (11) 3044-2609 E-mail: redacao@borrachaatual.com.br

MARÇO/2021 17 a 19/03 EXPOBOR – 14ª FEIRA INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA, MÁQUINAS E ARTEFATOS DE BORRACHA Local: Expocenter Norte, 13 às 20 horas, São Paulo Informações: +55 (11) 2226-3100 www.expobor.com.br

17 a 19/03 ABTB - 18º CONGRESSO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DA BORRACHA Local: Expocenter Norte, São Paulo Informações: www.abtb.com.br e congresso2020@abtb.com.br

17 a 19/03 PNEUSHOW Local: Expocenter Norte, 13 às 20 horas, São Paulo Informações: +55 (11) 2226-3100

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