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borrachaatual .com.br Ano XXV • Nº 147 • Mar/Abr 2020 • ASPA Editora

20 Falken aposta nos pneus off-road

ISSN 2317-4544

35 Novos negócios encaram o desafio de sobreviver à crise

42 Entraves e soluções

para a retomada das atividades

04 ENTREVISTA

Roberto Furnari, CEO da Alpargatas

46 MATÉRIA TÉCNICA

Consultores ou mentores na indústria de borracha


distribuidorafragon / www.fragon.com.br

É MOMENTO DE SERMOS

ÁGUIA!

Diz a fábula que em determinada fase da vida a águia se isola em um lugar seguro para se revigorar. Neste período ela arranca suas penas velhas para que outras novas cresçam, arranca seu bico gasto para que outro saudável nasça, ela se renova, fica mais forte para enfrentar os novos desafios. Vamos fazer a nossa parte, agindo em acordo com as determinações governamentais para a prevenção do COVID-19, e vencer mais esse desafio juntos. Acreditamos que, em breve, o setor retomará seu movimento e nós estaremos preparados e mais fortes para retomar às atividades com qualidade agilidade e competência.

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www.fragon.com.br


sUMÁRIO

EDITORIAl

borrachaatual .com.br Ano XXV • Nº 147 • Mar/Abr 2020 • ASPA Editora

20 Falken aposta nos pneus off-road

ISSN 2317-4544

35 Novos negócios encaram o

desafio de sobreviver à crise

42 Entraves e soluções

para a retomada das atividades

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MATÉRIA DE CAPA 04 ENTREVISTA

Roberto Furnari, CEO da Alpargatas

46 MATÉRIA TÉCNICA

Consultores ou mentores na indústria de borracha

Covid-19 – Pandemia traz horizontes incertos para a economia

04 ENtrEVistA

Roberto Furnari – CEO da Alpargatas

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pNEUs

Goodyear divulga pneu-conceito recarregável

24 sUstENtABiLidAdE

Programa de sustentabilidade Solvay One Planet

26 QUÍMiCA

Balança comercial tem déficit de US$6,8 bilhões no trimestre

28 MAQUiNAtUAL

BMW confirma híbrido plug-in no Brasil

30 MAQUiNAtUAL

Foton inicia produção de caminhões no RS

33 NOtAs & NEGÓCiOs

Setor de automóveis importados, em crise, pede redução de impostos

38 CALÇAdOs

Setor calçadista sofre efeitos da pandemia

42 FENABrAVE

Emplacamento de veículos caí 73,5%

45 GENtE – O vai e vem nas empresas 46 MAtÉriA tÉCNiCA

Consultores ou mentores na indústria de borracha?

48 FrAsEs & FrAsEs 50 AGENdA

EXPEDIENTE

O Novo Normal Eu sou normal! Esta expressão é muito pronunciada por aqueles que têm algum grau de loucura. Afinal se você é normal não precisa dizê-lo. Hoje em dia escutamos mais pessoas repe�ndo esta frase, mostrando, talvez, um novo normal. A roda do des�no decidiu colocar o ser humano à prova e verificar a quantas anda o grau de civilidade, sabedoria e inteligência do homo sapiens. Fez isto discretamente e bem su�lmente com um ser microscópico, sem inundações, terremotos ou tsunamis. A pandemia a�ngiu a todos de uma forma ou de outra. Alguns, infelizmente, com a própria doença, mas a arrebatadora maioria com quarentena e mudança de hábitos. Esta edição foi especialmente preparada para mostrar que os mercados foram afetados e deverão ser cria�vos não somente para a situação presente, mas principalmente com o período pós-pandemia, onde o novo normal trará novas nuances econômicas, não aguardadas no curto prazo. O relógio do des�no foi acelerado e antecipou décadas de transformações. A crise mostrou a face oculta da civilização, suas diferenças econômicas e a enorme e galopante diferença social. Embora a pandemia afete a todos, ricos e pobres, desenvolvidos ou emergentes, a realidade mostra o grande despreparo que nosso mundo enfrenta em relação à saúde e a desproporcional dependência com consumo e serviços. Mudamos a ELASTE para o mês de setembro em conjunto com o TOPRUBBER e esperamos que até lá possamos vislumbrar o horizonte com mais clareza. Podemos estar surpresos, mas acreditamos na cria�vidade humana e na sua inven�vidade. Con�nuaremos a trazer novidades e descobertas através da nossa tradicional revista BORRACHA ATUAL impressa, assim como pelos modernos meios digitais, site e newsle�er. Boa leitura meus amigos! Estamos juntos nessa! Antonio Carlos Spalle�a Editor

Ano XXV - Edição 147 - Mar/Abr de 2020 - ISSN 2317-4544 Diretores: Adriana R. Chiminazzo Spalletta Antonio Carlos Spalletta

A revista Borracha Atual, editada pela Editora ASPA Ltda., é uma publicação destinada ao setor de Borracha, sendo distribuída entre as montadoras de automóveis, os fabricantes de artefatos leves, pneus, camelback, calçados, instituições de pesquisa, órgãos governamentais e universidades. As opiniões expressas em artigos assinados não são necessariamente as adotadas pela Borracha Atual. É permitida a reprodução de artigos publicados desde que expressamente autorizados pela ASPA Editora.

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Editora Aspa Ltda.: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. CNPJ: 07.063.433/0001-35 Inscrição Municipal: 106758-3 Redação: Rua Com. Bernardo Alves Teixeira, 695 13033-580 – Vila Proost de Souza – Campinas/SP. redacao@borrachaatual.com.br

Assinatura e Publicidade: Tel/Fax: 11 3044.2609 assinaturas@borrachaatual.com.br www.borrachaatual.com.br Jornalista Responsável: Adriana R. Chiminazzo Spalletta (Mtb: 21.392) Projeto: Three-R Editora e Comunicação Ltda www.threer.com.br Ilustração Capa: Geralt/Freepik. Impressão: Mais M EPP. Tiragem: 5.000 exemplares

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ENTREVISTA

Roberto Furnari

CEO da Alpargatas

“A responsabilidade é de todos que podem fazer algo.” Roberto Furnari é CEO da Alpargatas desde janeiro de 2019. Formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com carreira em gestão de negócios e marcas globais, ocupou cargos de alta liderança em empresas como Reckitt Benckiser e Imperial Brands.

O CEO da Alpargatas respondeu remotamente às perguntas realizadas pela equipe da Borracha Atual, focando nas ações sociais da empresa como fabricação e distribuição de EPI’s.

BORRACHA ATUAL: Do que consiste a Rede do Bem criada pela Alpargatas? ROBERTO FUNARI: A Alpargatas está comandando uma Rede do Bem para unir parceiros e voluntários que queiram contribuir com ações para combater a COVID-19. A ideia é juntar esforços, a par�r das ações do Ins�tuto Alpargatas e das marcas Havaianas, Osklen e Mizuno. Estamos atuando em muitas frentes e queremos que outras empresas se juntem a nós nessa inicia�va Quais EPIs serão fabricados e em quantas unidades? Inicialmente, um milhão de máscaras e mais de 250 mil pares de calçados. Também organizamos outras ações para comunidades vulneráveis das grandes cidades do país.

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“A Alpargatas produzirá inicialmente um milhão de máscaras para doar ao serviço público de saúde.” Em quais unidades da empresa as máscaras serão produzidas? Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

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“Nossa prioridade é a saúde das nossas pessoas, da comunidade global e com a sustentabilidade dos nossos negócios.”

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Quais serão os destinos dos equipamentos? A Alpargatas produzirá inicialmente um milhão de máscaras para doar ao serviço público de saúde dos estados onde as fábricas da empresa estão instaladas (Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro). O Hospital Universitário de Campina Grande já recebeu óculos de segurança, máscaras PFF2 e macacões que serão u�lizados pelos profissionais de saúde. Além disso, doaremos 18 mil pares de calçados adequados para ambientes de atendimento de saúde para profissionais dos hospitais de São Paulo e 24 mil pares de Havaianas Soul Collection (calçados fechados da marca) para que esses profissionais possam usar em sua vida social e locomoção. Aproximadamente 30 mil metros de tecidos para a confecção de roupas para uso de profissionais de saúde em hospitais estão sendo doados para as Secretarias de Saúde da Paraíba e no Maranhão, em uma ação em parceria com o Senai. Cerca de 100 mil pares de Havaianas serão doados para estudantes e familiares das crianças e adolescentes das 11 cidades em que o Ins�tuto Alpargatas atua. Além disso, doamos 390 tênis que serão des�nados aos garis envolvidos na higienização de espaços públicos de Campina Grande.

Como a empresa se estruturou para esta produção? Nossas fábricas foram adaptadas e remodeladas para esse momento. Em 23 de março reduzimos o número de colaboradores nas operações de logís�ca e de produção, chegando em um nível mínimo, mantendo apenas o essencial em funcionamento dentro das normas e diretrizes de segurança à saúde. Nos centros de distribuição, manteremos rígidos padrões de segurança e distanciamento social, a fim de cumprir os horários e padrões estabelecidos em cada região. Tão logo novas diretrizes sejam adotadas, comunicaremos os nossos parceiros e a sociedade em geral. Nossa prioridade é a saúde das nossas pessoas, da comunidade global e com a sustentabilidade dos nossos negócios.

Além de máscaras e calçados, a Alpargatas irá colaborar com algum outro material durante a pandemia? Sim. Em apoio às inicia�vas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para ampliação da produção de álcool em gel, doamos 52 bombonas para transporte de álcool direto de usinas e 2.400 recipientes spray de 100ml, que depois de abastecidos serão entregues em comunidades e escolas. Outra inicia�va é a doação de mais de R$ 100 mil em insumos e equipamentos para a produção de kits de diagnós�co rápido do novo coronavírus na Paraíba. Com essa doação, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) vai poder fazer, localmente, a coleta e análise de 60 testes por dia.

Unidade fabril em Montes Claros/MG.

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Como a empresa se estruturou para atravessar essa crise? Fortalecemos nossa posição de caixa nos úl�mos meses e poderemos enfrentar esse momento com tranquilidade.

Quais são os parceiros da empresa nessa empreitada? Por meio de sua marca Havaianas, a Alpargatas doará 100 mil kits de produtos essenciais, como Havaianas, produtos de higiene e alimentos para comunidades vulneráveis de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Belo Horizonte. Alguns parceiros dessa ação são o Grupo Mar�ns – atacadista, que viabilizará toda a logís�ca da inicia�va e a Colgate, que doará produtos. A ideia é iniciar esta rede do bem e ampliá-la conforme surjam mais parceiros.

A Alpargatas conseguiu manter os empregos? Fechou acordo com sindicatos para a manutenção dos postos de trabalho? Estamos avaliando usar todas as ferramentas disponíveis na legislação trabalhista para preservar os empregos, mesmo com a operação reduzida. Considerações finais. Ainda com foco nas comunidades carentes de grandes cidades, é importante informar que a Havaianas doará equipamentos de som para que a rádio Conexão Favela, do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, possa produzir e distribuir conteúdos de prevenção sobre a COVID-19 para diversas co-

munidades. É uma forma eficiente de combater fake news com informações embasadas em fontes confiáveis. Nesse momento, intensificamos nossas ações sociais porque entendemos que a responsabilidade é de todos que podem fazer alguma ação. De forma geral, toda a Alpargatas e seus parceiros estão envolvidos nessas ações. 

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fundo receberá doações em dinheiro, devidamente registradas pelo IA, que serão conver�das em kits da rede do bem. A cada R$ 15, um novo kit de produtos essenciais será doado.

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ENTREVISTA

E de que forma a Alpargatas pretende conseguir mais parcerias? Para possibilitar que pessoas �sicas, como colaboradores e parceiros, também se engajem, foi criado um fundo do Ins�tuto Alpargatas (IA), braço de responsabilidade social da empresa. O

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“A ideia é iniciar esta rede do bem e ampliá-la conforme surjam mais parceiros.”

Unidade fabril em Montes Claros/MG.

www.borrachaatual.com.br



CAPA

s e t n o z i r o h A I z a r M t O a i n O m e C d E n a a a P r a p s o t r ince ©GERALT/PIXABAY

A

crise econômica causada pela pandemia por Covid-19 começou em fevereiro no país e não tem data para terminar. Neste tempo, indústria e demais setores da economia foram obrigados a se reinventar, primeiro para manter o negócio a�vo e em segundo lugar, manter os empregos, o que em muitos casos foi uma batalha inglória. Por mais esforços que sejam dispendidos, a queda do PIB em 2020, tanto no Brasil como no mundo como um todo, é inevitável. Segundo o bole�m Focus de 11 de maio, divulgado pelo Banco Central, nossa economia deve recuar 4,11% neste ano, e os índices são piores semana a semana, indicando a proximidade de uma recessão. Quanto ao futuro próximo, entretanto, as previsões para o crescimento do PIB são mais o�mistas: os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC, que faz o bole�m, mantém suas expecta�vas de crescimento de 3,2% em 2021 e para 2022 e 2023, em 2,5%. Setor a setor, os números não são

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©GERALT/PIXABAY

animadores nos primeiros meses do ano – ao contrário. Um dos vagões que puxam a economia nacional, a indústria automo�va entrou em parafuso a par�r da segunda quinzena de março, quando começaram as medidas restri�vas adotadas por vários governos estaduais. Nos primeiros quinze dias do mês, a forte a�vidade no mercado interno apontava para um robusto crescimento, porém, a paralisação grada�va do comércio e das fábricas na segunda quinzena resultou em queda de quase 90% nas a�vidades do setor. “Tivemos dois momentos bem dis�ntos em março. Até o começo da segunda quinzena, as vendas estavam em alta, com crescimento de 9% no acumulado do ano, em relação ao ano passado. Mas o avanço da pandemia em nosso país foi provocando a interrupção das a�vidades nas fábricas e nas concessionárias, fazendo com que fechássemos o mês com queda de 8% no acumulado do ano”, explica Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. A situação em abril piorou – e muito. Desde o início da série histórica da

indústria automobilís�ca, em 1957, não havia um mês com produção tão baixa como abril de 2020, de acordo com os números divulgados pela Anfavea. Com quase todas as fábricas paradas ao longo do mês, apenas 1.847 veículos foram produzidos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, um tombo de 99% sobre o mês anterior e de 99,4% sobre abril do ano passado. A queda abrupta da produção foi acompanhada de recuos igualmente dramá�cos nas vendas ao mercado interno e nas exportações. Os licenciamentos de autoveículos, de 55,7 mil unidades, foram 76% menores que em abril de 2019, pior resultado em 20 anos. O segmento de caminhões recuou 53,5% no mesmo período, e o de máquinas caiu 23,9%. Já as exportações despencaram 79,3% para autoveículos (pior volume desde janeiro de 1997) e 62,1% para máquinas, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os estoques na virada do mês estavam em 237 mil unidades entre fábricas e concessionárias, suficientes para quatro meses de vendas no ritmo lento www.borrachaatual.com.br


atual, o que explica a dificuldade em retomar a produção em todas as fábricas. O único indicador posi�vo é o nível de empregos diretos na indústria, que se mantém num patamar acima dos 125 mil na soma das 26 associadas da Anfavea. Para Luiz Carlos Moraes, Presidente da Anfavea, é preciso em primeiro lugar proteger a saúde dos funcionários, e ao mesmo tempo encontrar meios para que o Brasil não entre numa recessão tão grave que possa levar o país a um colapso. “Isso exige um engajamento coordenado de toda a sociedade e também do Estado brasileiro, com foco absoluto na saúde e na economia. Não é hora de ruídos polí�cos que só desviam as atenções do que realmente interessa à população brasileira no momento de uma crise sem precedentes”. O setor de veículos importados vive o mesmo drama que os fabricantes nacionais, com o agravante da alta do dólar, que, com a pandemia, jogou a rentabilidade das importadoras para baixo. As quinze marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, licenciaram em abril apenas 750 unidades, que representa expressiva queda de 64,1% em relação a março, quando foram vendidas 2.090 unidades importadas. Na comparação a abril de 2019, quando foram comercializadas 2.950 unidades, a retração foi de 74,6%. Com esses resultados, o primeiro quadrimestre do ano fechou com queda de 24,2%: 7.915 unidades contra 10.446 emplacamentos de veículos importados. “Como já era esperado, com o mês completo sob impacto da pandemia e da valorização do dólar em 37% no ano, fechamos abril com quedas drás�cas tanto em unidades importadas como nacionais. O cenário de nosso setor, nos úl�mos dois meses, nos mostra que corremos sério risco de desestruturação total da rede de concessionárias”, declara João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa. www.borrachaatual.com.br

Nos pneumá�cos, janeiro, fevereiro e março apresentaram quedas sucessivas nas vendas, de 2%, 5,9% e 11,7%, respec�vamente. A piora gradual é facilmente explicável - o declínio significa�vo nas vendas para montadoras no período (-29,6%). “Com o início das medidas de contenção do contágio do Covid-19 durante o mês de março, o setor sofreu impacto significa�vo nas vendas às montadoras, que paralisaram a produção de veículos progressivamente. O desempenho dos próximos meses dependerá do retorno das a�vidades das montadoras e do mercado de forma geral”, afirma Klaus Curt, presidente execu�vo da ANIP. Já os setores que apresentavam problemas crônicos, vivenciaram o agravamento destes graças à pandemia. Exemplo é a indústria química, que há anos assiste ao crescimento das importações e ao desequilíbrio da balança comercial. O défi-

cit acumulado na balança comercial de produtos químicos no primeiro trimestres do ano a�ngiu US$ 6,8 bilhões, valor que é somente inferior ao registrado em igual período do ano passado, uma redução de 2,4% na comparação com o total de US$ 6,9 bilhões entre janeiro e março de 2019. Nos úl�mos 12 meses (abril de 2019 a março de 2020), o indicador totaliza US$ 31,7 bilhões, 0,3% acima do déficit de US$ 31,6 bilhões do consolidado do ano passado, em que pese o turbulento cenário dos três primeiros meses deste ano. De janeiro a março, as importações de produtos químicos foram de US$ 9,5 bilhões, uma redução de 3,9% em relação ao mesmo período de 2019, mas representando um valor rela�vamente próximo ao maior já registrado para o período, de US$ 10,1 bilhões, entre janeiro e março de 2013 (ano do déficit re-

DCEE – Departamento de Competividade, Economia e Estatística.

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CAPA

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©JCOMP/FREEPIK

corde de US$ 32 bilhões). Em termos de quan�dades importadas, as mais de 10,7 milhões de toneladas importadas resultam do aumento de 3,2% na comparação com os três primeiros meses do ano passado, tendo sido registrados aumentos importantes em pra�camente todos os grupos acompanhados, sobretudo em produtos químicos orgânicos (23,1%) e em resinas e elastômeros (9,6%). Para o presidente-execu�vo da Abiquim, Ciro Marino, os resultados da balança comercial brasileira em produtos químicos no primeiro trimestre de 2020 se somam a outras várias evidências de que o setor químico é essencial no combate da pandemia bem como será estratégico para a retomada da a�vidade econômica. “A indústria química brasileira tem sido fundamental na garan�a de abastecimento para as várias cadeias de fabricação de bens essenciais e no enfrentamento eficiente da COVID19, inclusive, com novas soluções para a fabricação de ar�gos de prateleira fundamentais, como o álcool gel. O setor é essencial e precisamos do imediato reconhecimento disso pelas autoridades, com um olhar estratégico compa�vel ao tamanho do setor e do País. Entendemos que a aceleração da agenda de reformas estruturais é condição indispensável para a atração de novos inves�mentos com foco na diminuição da grave dependência externa de matérias-primas como os fer�lizantes e de insumos farmacêu�cos para os quais temos plena condição técnica de fabricação nacional” destaca Ciro Marino. Por outro lado, há uma a�vidade que permanece a pleno vapor: a de assistência técnica e distribuição de peças para caminhões e máquinas agrícolas, de forma que a produção rural e o transporte não sejam prejudicados neste momento delicado do país. As fabricantes de máquinas agrícolas garantem ter estoque para atender os produtores rurais, a�vidade considerada essencial, com ou sem pandemia.

De novo, do campo vêm as melhores notícias Ano após ano alavancando a economia nacional, o setor agrícola foi preservado pela crise nos primeiros meses da pandemia. O agronegócio, em abril (mês em que começaram a disparar os casos de contaminação por Covid-19 no país), foi o principal responsável pelo superávit de US$ 5,061 bilhões registrado pela balança comercial no mês. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia, as exportações do agro cresceram US$ 119,74 milhões (62,4%) na comparação com igual período do ano passado (o setor agropecuário exportou US$ 623,3 milhões de dólares em média por dia). Já as importações recuaram em US$ 1,24 milhão (-6,3%). “De todos os setores da economia, o agro foi o menos afetado porque nos úl�mos anos ele se modernizou bastante. Con�nuamos plantando e colhendo normalmente”, explica o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Alceu Moreira (MDB-RS). Desde o início da crise, segundo Alceu, 18 países se abriram para a importação de produtos brasileiros, como Indonésia, Singapura e Egito, que inten-

sificaram a compra de carnes, lácteos, arroz e suco. Outra no�cia alentadora em tempos de pandemia foi o anúncio de que a América La�na terá dobrado seu crédito junto ao BID – Banco Interamericano de desenvolvimento – em 2020, por conta da crise. “Este ano tem esse incremento enorme principalmente porque entendemos que o BID pode ter uma ação contracíclica em momentos assim”, afirma Morgan Doyle, representante da ins�tuição no Brasil. O volume de créditos a ser concedido a governos e a empresas na região poderá chegar a cerca de US$ 15 bilhões, pra�camente o dobro do que estava sendo previsto antes da crise. A previsão para o Brasil é que os recursos cresçam um pouco mais. Em 2019 o banco emprestou US$ 1 bilhão ao país. Para este ano, a es�ma�va era baixar o valor para US$ 880 milhões, mas, com as mudanças, o BID calcula que des�nará US$ 2,2 bilhões ao Brasil. Segundo o execu�vo, a direção do banco definiu quatro grandes áreas relacionadas à crise que passaram a ter destaque na polí�ca de concessão de financiamentos. A primeira área é o atendimento a populações mais pobres, cujo fardo da redução da receita tem um efeito par�cularmente dramá�co. A segunda www.borrachaatual.com.br


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CAPA

Vírus faz nível de emprego desabar Pode parecer brincadeira de primeiro de abril, mas foi neste dia que o governo editou a MP936/2020, sua primeira providência para tentar proteger os empregos (ver Box). Porém, antes do governo se mexer, as empresas já tentavam se manter como antes da crise, nem todas com sucesso. O setor de máquinas e equipamentos é um dos que mais vem sofrendo com a parada do setor produ�vo, e sua situação foi bem mapeada pela pesquisa “Impacto da pandemia da COVID-19”, realizada pela ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas entre os dias 30 de março e 3 de abril, junto aos seus associados. O aspecto mais preocupante da pesquisa é com relação à manutenção dos empregos, alerta Velloso que explica: “esses números só vão agravar a situação de desemprego no País. A pes-

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quisa revelou que 21,4% das empresas pesquisadas demi�ram cerca de 16,4% da mão de obra, gerando uma redução de 11.000 postos de trabalho – queda de 3% no nível de emprego da indústria de máquinas e equipamentos, ainda em março. Ao longo da pandemia pretendem priorizar a redução de jornada, férias e banco de horas”. Segundo Velloso, pra�camente todas as empresas da mostra informaram que pretendem promover demissões nos próximos meses. “Ninguém pode dizer exatamente o número de demissões, mas es�mamos que pode chegar a 15% do nível de emprego da nossa indústria, o que significaria 50 mil empregos diretos e mais 150 mil indiretos, o que pode chegar a 200 mil pessoas. Atualmente, o setor emprega 350 mil diretos e quase um milhão de indiretos. Velloso explica ainda que a ABIMAQ vem mantendo negociações com cerca de 80 sindicatos de trabalhadores em todo o País para ajudar na redução de jornada e salários ou na suspensão temporária de contratos, medidas previstas na MP 936. “E esse processo tem que ser muito ágil – explica – uma vez que os cortes podem ocorrer antes dos acordos serem fechados, caso esses demorem a ser concluídos”. As empresas indicam queda forte de faturamento, podendo passar de 50% nos próximo dois meses. Outro setor impactado pela parada forçada da economia é o calçadista. A As-

sociação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) es�ma a perda de 26,5 mil postos de trabalho em todo o Brasil. O estado que mais perdeu postos no período foi São Paulo, com 7,9 mil demissões, 30% do total. Na sequência aparecem Rio Grande do Sul, com 7,6 mil postos perdidos, e Minas Gerais, com a perda de 5 mil postos. Em Santa Catarina, es�ma-se a perda de 2,5 mil postos no período. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, comenta que o quadro é proveniente de uma brusca queda nos pedidos entre março e abril em função da pandemia do novo coronavírus. “Além do varejo estar fechado, portanto sem fazer novos pedidos, �vemos problemas com pagamentos e cancelamentos, inclusive para exportação”, avalia o dirigente, ressaltando que es�ma-se uma queda de 22,5% no consumo mundial de calçados ao longo de 2020. A pesquisa realizada pela Abicalçados também revela que o setor deve encolher pelo menos 49% no segundo trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A queda será somada a um revés de 14,2% nos primeiros três meses do ano, o que deve resultar em uma retração de pelo menos 31,8% no primeiro semestre. Após uma es�ma�va posi�va divulgada no início de 2020, de crescimento de até 2,5%, a crise provocada pelo avanço da pandemia fez com que a expecta�va fosse revisada para uma queda de mais de 26% em relação a 2019.

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área diz respeito a projetos e inicia�vas ligados à saúde. Podem ser pacientes em UTI com quadros mais agudos de covid-19, ou relacionados a equipamentos de proteção pessoal ou ainda a projetos ligados a pesquisas. Outra frente do BID é a proteção das empresas e dos empregos. A ideia é ajudar as empresas a não entrarem em processos de insolvência e, assim, manterem a maior parte possível do seu quadro de trabalhadores. “Uma quarta área tem a ver com a polí�ca fiscal, com a sustentabilidade no longo prazo”, afirma o execu�vo do BID.“Há uma necessidade grande de fazer gastos extraordinários para atender a essa situação no momento em que se tem uma queda enorme de arrecadação. Isso traz uma série de desafios”, disse, acrescentando que o banco, com seus mais de 60 anos de operação, tem exper�se para colaborar na definição de planejamentos fiscais.

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CAPA

Coronavírus e a Indústria Automobilística O que mudou nas duas últimas semanas Cassio Pagliarini e Paulo Cardamone – Bright Consulting

à extensão do isolamento decretada em vários estados após 15 de abril: Com isso, nossa previsão para o 2º trimestre do ano reflete, agora, vendas de 295,4 mil unidades – uma queda de 45% em relação ao primeiro trimestre de 2020.

2019

2020

2021

2022

Vendas no Varejo

2.665.583

2.155.357

2.414.000

2.607.120

Produção

2.803.841

2.198.968

2.451.855

2.644.139

O que nos aguarda após o isolamento Países inteiros �veram sua mobilidade restringida, mas os efeitos da crise que irão perdurar após a volta da livre circulação das pessoas e veículos farão parte da gestão diária dos execu�vos do setor automo�vo por longo tempo. As consequências na indústria automobilís�ca serão mul�facetadas e permanentes, a ponto de a reorganização do setor ser uma nova história a ser contada. No entanto, é necessário pensar na nova configuração do mundo pós-pandemia, que está diretamente relacionada à forma como os mercados e as a�vidades comerciais irão se reestabelecer no “novo normal”. Con�nuará a indústria automo�va a ser um polo de desenvolvimento no mundo e quais as consequências para o Brasil? Como ficarão as empresas, os empregos em toda a cadeia de valor, os inves�mentos e a regulação relacionada à segurança, emissões e eficiência energé�ca? Qual será a vontade polí�ca para con�nuar limitando as emissões de gases de efeito estufa a fim de mi�gar o aquecimento global? Os governos federal e estaduais

vieram em socorro ao mercado estendendo prazos de pagamento de tributos. As negociações entre empresas e empregados evoluíram. Porém, as negociações relacionadas a capital de giro entre montadoras e bancos con�nuavam na pauta ao final de abril. Pagamentos em toda a cadeia con�nuam escassos impactando, principalmente, as pequenas e médias empresas tanto no fornecimento de componentes quanto de distribuição. Vagamente, começam a ser sinalizados novos produtos e novos prazos de lançamento, ajustados a esta nova realidade mais lenta e de menor volume. Como um sinal dessa mudança, diminuíram muito as campanhas publicitárias em TV, refle�ndo os novos tempos de contas mais enxutas. ©DIVULGAÇÃO

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alguns segmentos e na redução das vendas corpora�vas, ou seja, o peso de vendas a locadoras deverá diminuir enquanto o peso das vendas PCD deverá aumentar. Nossa previsão de vendas e produção para o mercado de veículos leves está detalhada no quadro abaixo e foi ajustada

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No mar revolto em que se transformou o mercado global da indústria automobilís�ca, a palavra “previsão” parece ser proibida. Ter informações robustas sobre o futuro do setor no Brasil é a diferença entre a decisão alinhada ao momento e ajustes cujas consequências poderão custar milhões de reais às empresas. É determinante ter o domínio de informações sobre o comportamento do mercado, com o obje�vo de orientar os gestores do setor, uma vez que o planejamento das empresas no retorno às a�vidades tem por base as decisões de curto e de médio prazos. São apenas 15 dias desde a úl�ma publicação, mas algumas mudanças são significa�vas: enquanto a grande maioria do mercado acreditava em uma queda de até 90% nas vendas de veículos leves de abril em relação a março e que o fim dos tempos estava próximo, prevíamos uma venda de 43 mil unidades, já que a par�cipação de São Paulo era insignificante devido à queda dos licenciamentos como consequência do fechamento do Detran no estado. Abril fechou com emplacamentos de 51,4 mil unidades, 67% a menos do que o mês anterior, devido às incertezas com relação à pandemia e aos efeitos do “lockdown” parcial nos principais centros do país. Acredita-se que aproximadamente 15 mil veículos já vendidos deixaram de ser licenciados, majoritariamente em São Paulo, volume este que deverá ser computado às vendas de maio. Apesar de nossas previsões considerarem expecta�vas econômicas (as quais neste momento carregam grande parcela do imponderável), nossa metodologia ancora os números na evolução de

Cassio Pagliarini.

Paulo Cardamone.

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Riscos e consequências Inviabilização das pequenas e médias empresas – O temor pela sobrevivência das PME’s aumentou consideravelmente nas úl�mas 2 semanas, uma vez que o fundo de caixa restante está se acabando. Os bancos receiam socorrer empresas que podem quebrar, o que se traduz em aprovações morosas e taxas mais altas – tudo o que o mercado não precisa. Postergação das compras de veículos – A segurança necessária para a compra de um veículo novo evaporou, tanto pela descapitalização das famílias quanto pela menor u�lização dos mesmos. “Compre agora e pague no ano que vem” tem sido o mote mais frequente das ofertas. Veículos usados, transformados em caixa para pagar despesas, viram seus preços despencarem. As montadoras retardaram seu reinício de operações e trabalharão a venda dos estoques existentes, sem loucuras. Já não se encontram mais exemplos de taxa zero. Desemprego – O Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda (MP-936/2020) está permi�ndo que uma parcela do emprego seja protegida com demissão proporcionalmente menor que a redução dos negócios. As demissões ocorrem agora em maio por toda a cadeia e serão informadas nos no�ciários. Mantemos sua previsão com a redução de aproximadamente 10 mil empregos nas montadoras e de 20 mil posições nas autopeças.

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Rede de distribuição – De acordo com a Fenabrave, aproximadamente 30% das concessionárias não suportarão passar o mês de maio fechadas. As montadoras e seus bancos vinculados concederam o auxílio que era possível, mas que não resolve o problema. A ajuda governamental na forma de postergação de impostos e oferta de capital de giro deve ser prioridade. Decisões tomadas em abril e implementadas em maio irão separar as empresas que con�nuam daquelas que ficam pelo caminho.

Metas regulatórias – Espera-se que haja, por parte do governo, flexibilização na qualificação das montadoras às regulações de eficiência energé�ca e segurança do programa Rota 2030 e de emissões PL7 e PL8 do Proconve. Achatar a curva das metas para evitar aumento de custos em um momento futuro de recuperação do mercado parece ser razoável. Postergar obrigações regulatórias por até 3 anos como ven�lado em abril traria prejuízos imensos tanto à saúde pública quanto à economia.

Mudança no perfil da venda – As regras de isolamento causaram grande impacto na mobilidade de pessoas e veículos, o que abalou pesadamente o negócio das locadoras cujo business estava alavancado pelos serviços de mobilidade sob demanda. A consequência foi a devolução em massa de veículos aos pá�os das locadoras, que irão acelerar as ações de redução de estoque e queda nos preços dos usados. Mostramos como as locadoras par�ciparão menos nas vendas da indústria em 2020.

Globalização em xeque – O mundo tem assis�do a ações protecionistas de países como Japão, Alemanha e USA que estão patrocinando o retorno de empresas instaladas na Ásia a seus territórios. No caso do Brasil, a atual desvalorização do Real abre oportunidades reais e necessárias à localização de componentes desviados em passado recente principalmente à China e ao México devido à falta de compe��vidade da indústria local.

Pressão de preços nos veículos “0 km” – A pressão de preços dos usados vai reverberar nos veículos zero em um momento em que as montadoras necessitam repassar em torno de 12% de aumento de preço devido à valorização do Dólar, base para commodi�es e conteúdo importado dos veículos. Mesmo com a lógica da crise nos direcionando a pensar que os consumidores irão procurar veículos de entrada, entendemos que o perfil de compra no Brasil de hoje é completamente diferente daquele de 2013/2014. Em um mercado no qual a venda à pessoa �sica representou 1,2 milhão de veículos, o perfil do comprador de SUV e com “dinheiro na mão” deverá prevalecer.

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CAPA

Governo começa a proteger o emprego 2000,00. O bene�cio emergencial será calculado aplicando-se 0,25 (R$ 500), 0,5 (R$ 1.000,00) ou 0,7 (R$ 1.400,00) sobre esse valor. Se for suspensão, bene�cio é de 100%. Já o trabalhador intermitente terá um bene�cio emergencial com valor fixo de R$ 600,00, semelhante ao auxílio emergencial ao informal. Concedido o bene�cio, o empregado terá garan�a provisória do emprego no período de redução e/ou suspensão e no período equivalente após a retomada do contrato normal,sob pena de pagar uma penalidade adicional na rescisão. Ou seja: se a empresa reduziu jornada 2 meses, ficará 2 meses com o trabalhador com jornada normal. Se quiser demi�r nesse período, paga a multa. Quanto maior a redução de jornada aplicada, maior a multa. A suspensão vale por 60 dias e a redução por 90. O prazo total da redução ou suspensão, e do pagamento do bene�cio nunca pode ultrapassar 90 dias. Assim, o empregador pode suspender por 30 dias e reduzir jornada por 60. Será possível estabelecer acordo individual de redução e suspensão para

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No primeiro dia do mês de abril o governo federal editou a medida provisória número 936, que engloba uma série de medidas visando proteger a saúde das empresas e o nível de emprego. A MP prevê a flexibilização dos contratos de trabalho, com acordos que permitem a suspensão dos mesmos por até 60 dias, dividido em até dois períodos de 30. As empresas com faturamento superior a R$ 4,8 milhões deverão pagar uma ajuda compensatória no valor de 30% do salário do empregado. A ajuda compensatória, de natureza indenizatória, não é base de cálculo de tributos, poderá ser paga por qualquer empresa na suspensão ou redução. Só será obrigatória para a suspensão de empresas com faturamento superior a R$ 4,8 milhões. O Tesouro pagará um bene�cio emergencial, com base de cálculo equivalente à do seguro-desemprego nesse período. Se for redução de jornada, aplica-se o percentual da mesma (25%, 50% ou 70%). Exemplo, a pessoa teria direito a um seguro-desemprego de R$

dois grupos: empregados que ganham até R$ 3.135,00; e empregados considerados hipersuficientes pela CLT (Salário igual ou superior à R$ 12.202,12 e com curso superior). A adesão será feita sempre por acordo entre as partes, abrange todos empregadores, com exceção de órgãos públicos, empresas estatais e organismos internacionais. Todos os empregados estarão envolvidos, inclusive domés�cos, em regime de jornada parcial, intermitentes e aprendizes. O acordo terá prazo máximo de duração de 90 dias, enquanto persis�r o estado de calamidade pública, e todas as medidas dependem de concordância do empregado: em 25%, 50% ou 70%.

No setor automotivo, aderiram ao acordo preconizado pela MP: Hyundai: haverá suspensão dos contratos de trabalho (lay-off) pelo período de 27 de abril até 26 de maio, sem redução de salários. O acordo é válido para funcionários da fábrica e dos escritórios que ficam na capital paulista com duração de 30 dias e poderá ser prorrogada por mais um mês. Honda: a montadora optou por suspender os contratos de trabalho por 60 dias e pela redução mínima dos salários. Mercedes: a empresa planeja retomar as operações a par�r de 4 de maio na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), com redução de jornada e salários para todas as áreas. Nissan: a unidade de Resende (RJ) prevê retomar as a�vidades em 21 de maio com redução de jornada e salários. 

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PNEUS

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Goodyear lançou em Bruxelas (Bélgica) um conceito revolucionário de autorregeneração de pneus que pode se adaptar e mudar para atender às necessidades individuais de mobilidade. “A Goodyear quer que o pneu seja um colaborador ainda mais poderoso para atender às necessidades específicas de mobilidade dos consumidores”, afirma Mike Rytokoski, vice-presidente e diretor de marke�ng da Goodyear Europa, que completa: “Foi com essa ambição que nos propusemos a criar um pneu-conceito preparado para o futuro da mobilidade elétrica personalizada e conveniente “. No centro do novo pneu conceito está um composto de piso recarregável e biodegradável que pode ser recarregado com cápsulas individuais, simplificando radicalmente o processo de subs�tuição dos pneus. Preenchidas com um composto líquido personalizado, essas cápsulas permitem que a banda de rodagem se regenere e o pneu se adapte ao longo do tempo às circunstâncias climá�cas, às condições da estrada ou simplesmente à maneira como os condutores desejam viajar/ dirigir. E, graças à inteligência ar�ficial, é possível criar um perfil de mo-

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torista em torno do qual o composto líquido seria personalizado, gerando uma mistura composta sob medida para cada indivíduo. Sustentabilidade – O composto em si seria feito de um material biológico e reforçado com fibras inspiradas em um dos materiais naturais mais complexos do mundo, a seda de aranha. Isso o tornaria extremamente durável e 100% biodegradável. Simplificando radicalmente o processo de subs�tuição dos pneus por cápsulas recarregáveis, o piso seria suportado por uma estrutura leve e não pneumá�ca e uma forma alta e estreita. Essa é uma construção fina e robusta de baixa manutenção que eliminaria a necessidade de manutenção de pressão ou tempo de ina�vidade relacionado a perfurações. “O novo pneu-conceito da Goodyear, suporta a mobilidade elétrica personalizada, sustentável e sem complicações”, diz Sebas�en Fontaine, designer líder do Centro de Inovação da Goodyear em Luxemburgo. Além do pneu-conceito recarregável, destaque para o Goodyear Aero, apresentado no Paris Aero Show, um dos maiores eventos de aviação do mundo. Trata-se de um modelo para os carros voadores do futuro. Quando aplicado no veículo, os pneus funcionam também como hélices, que é a propulsão, permi�ndo o voo. E, em linha com as demandas sustentáveis e preservação do meio ambiente, chama a atenção o pneuconceito Goodyear Oxygene, lançado em 2017 no Salão de Gene-

bra (Suíça) e que, inclusive, veio ao Brasil para o Salão do Automóvel de São Paulo n ano seguinte. O modelo propõe uma visionária solução para uma mobilidade urbana mais limpa, conveniente, segura e sustentável. Com uma estrutura única, que conta com musgos vivos que crescem dentro da parede lateral do pneu, aliada a um desenho inteligente da banda de rolamento que absorve e faz circular a umidade da água presente na super�cie das ruas e estradas, o pneu permite que os musgos capturem CO2 da atmosfera para realizarem a fotossíntese, gerando a liberação de oxigênio para o ar. Em uma região metropolitana como a de Paris (França), com cerca de 2,5 milhões de veículos, o uso do Goodyear Oxygene nos veículos significaria gerar, pra�camente, 3.000 toneladas de oxigénio e absorver mais de 4.000 toneladas de dióxido de carbono, por ano. Anunciado em 2017 no Salão de Genebra e também trazido para o Salão do Automóvel de São Paulo em 2018, abrindo comemorações 100 anos da Goodyear no Brasil, o Goodyear Eagle 360 Urban é um pneu esférico que funciona para todos os lados e de acordo com os impulsos eletroeletrônicos de um carro autônomo. 

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Goodyear divulga pneu-conceito recarregável

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PNEUS

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Pirelli doa oito mil pneus para combate à Covid-19

A Pirelli decidiu doar oito mil pneus para equipar as ambulâncias, os veículos de assistência pública sanitária e os meios de socorro u�lizados pelas estruturas e pelas ins�tuições empenhadas no combate à Covid-19. O fornecimento de pneus, que a�nge o valor de cerca de 4 milhões de reais, será distribuído de forma proporcional, tendo em vista a população de todos os três estados em que a empresa conta com unidades produ�vas, sendo que São Paulo é des�no de metade do montante.

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Bahia e Rio Grande do Sul, de acordo com a população de cada estado, recebem a outra metade. O serviço de montagem estará garan�do pelos funcionários da Campneus, a rede de pontos de venda próprios da empresa. “A Pirelli priorizou a saúde dos funcionários e de toda a comunidade desde o princípio. Hoje, deseja expressar esta proximidade e oferecer suporte a todas as Ins�tuições empenhadas no combate à disseminação do vírus e na cura das pessoas. Neste momento tão di�cil nos sen�mos, mais do que nunca, brasileiros no Brasil”, afirma Cesar Alarcon, CEO e vice-presidente da Pirelli na América do Sul. 

Vendas de pneus fecham março com queda de 11,7% Em março, a indústria nacional de pneumá�cos teve queda de 11,7% em comparação ao mesmo período de 2019. O resultado é consequência do declínio significa�vo nas vendas para montadoras (-29,6%). Com isso, o mês fechou com um total de 4.474.381 unidades comercializadas. Os dados fazem parte do levantamento setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumá�cos (ANIP). “Com o início das medidas de contenção do contágio do Covid-19 durante o mês de março, o setor sofreu impacto significa�vo nas vendas às montadoras, que paralisaram a produção de veículos progressivamente. O desempenho dos próximos meses dependerá do retorno das a�vidades das montadoras e do mercado de forma geral”, afirma Klaus Curt, presidente execu�vo da ANIP. 

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PNEUS

A Michelin recebeu pelo segundo ano consecu�vo o pres�gioso �tulo de Fabricante de Pneus do Ano na Tire Technology Expo, em Hanover, na Alemanha. Desde que o prêmio foi criado, em 2008, foi a primeira vez que uma empresa recebe este �tulo em dois anos seguidos. A Michelin também foi premiada na categoria Inovação, com o pneu Up�s, à prova de perfurações. “É uma grande honra receber o prêmio Fabricante de Pneus do Ano pelo segundo ano consecu�vo. Combinado com o Prêmio de Inovação pelo Up�s, esses dois �tulos de pres�gio premiam as orientações estratégicas do Grupo. Obviamente, é uma fonte de orgulho para todos nós da Michelin, mas também uma clara demonstração da relevância dos planos de ação da empresa, tanto em termos de inovação quanto de mobilidade sustentável”, diz Florent Menegaux, CEO do Grupo Michelin. O Up�s, o pneu sem ar desenvolvido pela Michelin, que já recebeu diversos prêmios em 2019, iniciou 2020 da mesma maneira. Ao eliminar qualquer risco de perfuração, o Up�s oferece vantagens consideráveis que possibilitarão maior tranquilidade aos motoristas durante suas viagens de carro. Também dará aos gerentes e profissionais de frotas a oportunidade de o�mizar a produ�vidade de seus negócios, além de proporcionar economias consideráveis em termos de matérias-primas, o que reduzirá o desperdício e beneficiará a mobilidade sustentável. A Tire Technology Expo, cuja 20ª edição foi realizada de 25 a 27 de fevereiro, é o evento mais importante da Europa sobre tecnologia na fabricação de pneus. As premiações são determinadas por um painel de especialistas do setor, reunindo profissionais de fabricantes de pneus, de fabricantes de veículos, universidades e pesquisadores industriais. 

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Falken aposta no off-road para se fortalecer no país ©DIVULGAÇÃO

Michelin recebe prêmio Fabricante de Pneus do Ano

A marca Falken, pertencente ao grupo Sumitomo Rubber Industries, já está consolidada como uma forte opção de escolha dos consumidores que buscam pneus de alta performance focados no segmento LT (Light Truck) e UHP (Ultra High Performance), além de pneus para Vans e u�litários. Agora, a empresa aposta na chegada do Wildpeak M/T 01 ao país para fortalecer sua presença no mercado nacional. Des�nado à aplicação off-road, o modelo oferece alto desempenho e a robustez necessária para o segmento, além de marcar presença nas maiores compe�ções off-road fora do país, como a King of the Hammers e a Lucas Oil Racing Series. O Wildpeak M/T 01 conta com a tecnologia Duraspec™, com três lonas de carcaça na lateral do pneu que suportam as condições off-road mais severas. O pneu possui blocos agressivos na parte superior da lateral, que garantem tração adicional em condições de

baixa pressão no uso off-road e “off-camber”. O padrão o�mizado da banda de rodagem, atrelado à tecnologia de fabricação de alta precisão, permite minimizar o ruído do pneu quando u�lizado em vias asfaltadas. “O nosso obje�vo é aumentar o reconhecimento da marca Falken no Brasil e mostrar a qualidade dos nossos produtos, que já são usados e reconhecidos pelo mundo afora”, explica Rodrigo Alonso, Gerente Sênior de Vendas e Marke�ng do Grupo Sumitomo Rubber do Brasil. A Falken possui linhas de pneus para atender vários segmentos: • Aventura e Off-Road: Pneus desenvolvidos para atender os consumidores que possuem pick–ups ou SUV´s. Com produtos voltados a atender desde o uso misto em asfalto/terra até o offroad extremo, apresentam um excelente desempenho em todas as situações. • Automóveis, SUV e Vans: Desenvolvidos com as mais avançadas tecnologias, são pneus que se tornaram referência em Ultra High Performance. • Equipamento Original: A Falken também desenvolve pneus para atender as mais altas exigências das principais montadoras do mundo. Os pneus da marca são fornecidos como equipamento original dos modelos Porsche Macan, Volkswagen Tiguan e Audi Q3.  www.borrachaatual.com.br


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Há dois anos, a transportadora carioca Linave transportes, em parceria com a reformadora Pneuscar, integrante da Vipal Rede Autorizada, aceitou o desafio de comprovar a eficácia das bandas ECO da Vipal. O resultado foi tão posi�vo que, de lá para cá, todos os veículos de sua frota têm os pneus com a banda. Além do ganho em qualidade, um dos principais mo�vos foi a sustentabilidade. “Somos uma empresa preocupada com o meio ambiente, que não mede esforços para reduzir a emissão de monóxido de carbono. E as Bandas ECO da Vipal Borrachas nos trazem esse bene�cio. Temos muito orgulho de, atualmente, reformar toda nossa frota de Paty do Alferes com este produto”, diz Paulo Roberto Silva, diretor da Linave Transportes. Com um composto de borracha de alta tecnologia, as exclusivas Bandas ECO da Vipal apresentam menor resistência ao rolamento, trazendo soluções para diversas aplicações, �po de pisos e eixos de tração e livre, além de colaborarem na redução do impacto ambiental devido ao menor consumo de combus�vel. Com mais de 50 anos de história, a Linave Transportes está presente em 11 municípios do Rio de Janeiro com uma frota de mais de 170 veículos que opera quase 40 linhas municipais e intermunicipais, transportando diariamente milhares de cidadãos. 

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Goodyear é a fornecedora oficial de pneus da Pure ETCR ©DIVULGAÇÃO

Linave com 100% de Banda Eco da Vipal

A Goodyear anuncia o desenvolvimento de um pneu sob medida para a Pure ETCR, uma nova categoria de automobilismo marcada para estrear em julho com a compe�ção de carros de turismo equipados com motores elétricos. Segundo a empresa, o modelo para a nova compe�ção vai incorporar uma combinação das tecnologias dos seus mais recentes pneus para veículos elétricos e uma nova gama de alto desempenho do seu modelo espor�vo Eagle F1 SuperSport. A especificação defini�va do novo pneu, porém, só será revelada em julho, antes da primeira etapa da Pure ETCR, na Inglaterra; a princípio, essa compe�ção deve ter etapas na Europa, Ásia e Estados Unidos. Um dos destaques do pneu é que, além de ele ser o mesmo para todos os pilotos, ele poderá ser usado em piso seco e molhado, reduzindo, assim, o número de trocas durante as provas e, consequentemente, o de pneus que precisam ser levados para cada etapa. Essa questão está alinhada à missão da Goodyear e da Pure ETCR de trabalhar em conjunto para encontrar soluções sustentáveis para o futuro da mobilidade e do automobilismo. “A Goodyear é líder no segmento para veículos elétricos. Na Europa, metade dos nossos desenvolvimentos de pneus para equipamentos originais são para veículos elétricos e híbridos”, conta Mike Rytokoski, vice-presidente e diretor de marke�ng da Goodyear Europa. “Trazemos uma grande

experiência ao ETCR no que tange pneus para veículos elétricos, que têm necessidades diferentes de seus modelos equivalentes movidos a gasolina ou diesel, já que são mais pesados e têm mais torque. A Goodyear desenhou pneus que podem lidar com essa entrega instantânea de energia, oferecendo alta aderência e tração em conjunto com baixa resistência ao rolamento para aumentar o alcance e a eficiência. Assim, a nossa parceria com a Pure ETCR é muito mais do que apenas fornecer pneus de corrida. Juntos, usaremos as corridas para desenvolver tecnologia para emocionar a próxima geração de pilotos de alto desempenho”, completa. “Estamos extremamente sa�sfeitos em dar as boas-vindas à Goodyear na Pure ETCR como parceira fundadora da compe�ção. A Goodyear tem um legado de corrida e tem tudo a ver com desempenho e inovação; uma parceira perfeita para o nosso novo carro-chefe de corrida de veículos elétricos. Com um design sob medida, de alto desempenho e para qualquer clima, há necessidade de se produzir número menor de pneus para a Pure ETCR e isso se alinha perfeitamente ao nosso compromisso de sustentabilidade. Não temos dúvidas de que a Goodyear será uma parceira de primeira classe nas frentes técnicas e de marke�ng da Pure ETCR, uma ó�ma plataforma para a�var o #backtoracing da Goodyear”, afirma François Ribeiro, chefe da Eurosport Events, promotora da Pure ETCR.  www.borrachaatual.com.br



SUSTENTABILIDADE

Programa de sustentabilidade Solvay One Planet ©DIVULGAÇÃO

O Solvay One Planet é inspirado nos Obje�vos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). Inclui dez compromissos mensuráveis em três áreas de foco principais, a serem alcançados até 2030:

1) Clima:

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Grupo Solvay anuncia um novo programa de sustentabilidade para 2030, o Solvay One Planet. Elemento integrante da estratégia de crescimento da empresa, denominada G.R.O.W., o programa está diretamente alinhado ao propósito da Solvay de vincular pessoas, ideias e elementos para reinventar o progresso. O plano reúne dez metas ambiciosas para impulsionar o progresso em três pilares principais: clima, recursos e uma vida melhor. Para a�ngir esses obje�vos, o Grupo Solvay compromete-se a realocar inves�mentos para promover a sustentabilidade em seu por�ólio de produtos, operações e locais de trabalho. “Com o Solvay One Planet, estamos estabelecendo obje�vos mais ousados para resolver os principais desafios ambientais e sociais por meio da ciência e da inovação”, diz Ilham Kadri, CEO do Grupo Solvay. “Além da mudança climá�ca, enfrentaremos a escassez de recursos e promoveremos uma vida melhor. Juntamente com nossos clientes, criaremos valor compar�lhado sustentável para todos. Este é o progresso que nós vamos buscar, de acordo com a nossa estratégia”.

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1. Diminuindo as emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo. A Solvay dobrará a taxa na qual reduz as emissões, com o obje�vo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 26% e alinhar sua trajetória com a meta “bem abaixo de 2 °C de aumento de temperatura” descrita no Acordo de Paris de 2015. 2. Eliminando o uso de carvão. A Solvay não construirá novas usinas movidas a carvão e se comprometerá a eliminar progressivamente o uso de carvão na produção de energia, sempre que houver alterna�vas renováveis. 3. Reduzir a pressão sobre a biodiversidade. A Solvay planeja reduzir sua pressão em 30% sobre a biodiversidade em áreas como acidificação terrestre, eutrofização da água e ecotoxicidade marinha.

2) recursos: 4. Aumentar a eficiência no uso da água. A Solvay diminuirá seu impacto na re�rada de água doce, reduzindo sua captação e consumo em 25%. 5. Acelerar a economia circular. A Solvay alavancará sua parceria com a Ellen MacArthur Founda�on para mais que dobrar as vendas de produtos baseados em recursos renováveis ou reciclados com a meta de a�ngir 15% das vendas do Grupo. 6. Aumentar a recuperação de resíduos. O Grupo reduzirá em um terço seus

resíduos industriais não recuperáveis, tais como aterros sanitários e incineração sem recuperação de energia. 7. Aproveitando a inovação para desenvolver soluções sustentáveis. A Solvay atualizará seu por�ólio sustentável para a�ngir 65% das vendas do Grupo, em colaboração com a Solar Impulse Founda�on.

3) Vida melhor: 8. Priorizar a segurança. A Solvay tem como obje�vo uma polí�ca de zero acidentes, para proteger a segurança de seus funcionários. 9. Incorporar inclusão e diversidade. A Solvay trabalhará para alcançar a paridade de gênero para a gerência de nível médio e sênior até 2035. O código de integridade comercial da Solvay abre caminho para um ambiente de trabalho inclusivo que acolhe diversidade de qualquer �po, como pensamento, raça, cor, origem nacional, religião, iden�dade de gênero ou orientação sexual. 10. Prorrogação da licença de maternidade e paternidade. Até 2021, a Solvay deve adaptar sua polí�ca global de 14 semanas de licença-maternidade para 16 semanas, estendendo-a aos coparentais empregados pela empresa, independentemente do gênero. Além disso, a Solvay também está avançando em ações concretas internamente nestas três áreas de foco: • •

Clima: A Solvay começará a mudar para carros elétricos ou híbridos a par�r de 2021. Recursos: Um novo plano “Stop Office Waste” inclui a eliminação gradual do plás�co de uso único, gerando quase zero desperdício de www.borrachaatual.com.br


Bertrand Piccard, presidente da Fundação Solar Impulse, que atua no desenvolvimento de energias renováveis, disse estar “convencido de que tecnologias limpas podem a�ngir obje�vos impossíveis. Com seus ambiciosos compromissos sustentáveis, a Solvay está mostrando que já existem soluções para melhorar a qualidade de vida na Terra e tornar nosso planeta um lugar melhor para os seres humanos. As soluções da empresa aprovadas pela Solar Impulse Founda�on são a prova disso. A ciência e a pesquisa desempenham um papel importante para enfrentar os desafios ambientais e de saúde do mundo e estou par�cularmente feliz que a Solvay esteja liderando esse caminho”. De acordo com Ellen MacArthur, fundadora da Ellen MacArthur Founda�on (EMF), que promove a economia circular, “com o lançamento do seu plano Solvay One Planet, a empresa está enviando um forte sinal para a indústria química e sua cadeia de valor de que a economia circular está acontecendo - e que a Solvay quer liderar o caminho. Seus planos para dobrar a rota�vidade de recursos renováveis de 7 para 15% são um primeiro passo importante na jornada. Também estamos sa�sfeitos por ver que a Solvay medirá seu progresso na transição da economia circular usando a nossa ferramenta de medição de circularidade EMF Circuly�cs. Incen�vamos outras empresas a fazer o mesmo.”  www.borrachaatual.com.br

ZF alcança Aterro Zero ©DIVULGAÇÃO

alimentos nas can�nas e com o obje�vo de se tornar uma empresa sem papel. Vida melhor: A Solvay está estabelecendo um “Observatório para uma Vida Melhor” com treinamento gerencial para apoiar a integração entre vida profissional e pessoal.

A ZF, por meio de sua planta de Engenheiro Coelho, interior de São Paulo, deixou de des�nar 100% dos resíduos gerados pela fundição para aterros, alcançando a marca histórica de Aterro Zero na unidade. A ação faz parte do Grupo de Meio Ambiente da ZF, formado por colaboradores da produção e também por profissionais da área administra�va das plantas de Limeira e Engenheiro Coelho, SP. O grupo coordena projetos ambientais em andamento em várias frentes, como ações para eliminar desperdício, reu�lizar materiais, economizar água e energia, entre outros. “Na América do Sul, a equipe de meio ambiente também atua com a�vidades de conscien�zação internas e externas em todas as plantas da ZF na região”, diz Sildson Corrêa, gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança. De acordo com Sildson Corrêa, são diversos projetos de meio ambiente em todas as plantas da ZF na América do Sul. “Estamos ampliando e incen�vando cada vez mais esta nova cultura ambiental e a região está se tornando referência em todo Grupo ZF”, comenta “A par�r dos trabalhos que vem sendo executados pelo GMA – Grupo de Meio Ambiente nas plantas de Engenheiro Coelho e Limeira, colaboradores dessas unidades passaram a ser mais vigilantes em todos os aspectos e a contribuir de forma a�va para alcançar novos modelos de atuação e iden�ficação de novas oportunidades. Trata-se de um trabalho amplo que vem sendo executado de forma totalmen-

te colabora�va pelo grupo envolvido e coordenado de perto por Celso Guerra, gerente de EHS e responsável direto pelas duas plantas, em conjunto com Dasayév Moraes, engenheiro de meio ambiente que atua na planta de Limeira e Engenheiro Coelho”, completa. Na planta de Engenheiro Coelho, somente na área de fundição cerca de 750 toneladas de resíduos geradas mensalmente foram des�nadas para empresas parceiras. Segundo Sildson Corrêa, “com os novos processos e parcerias, as escórias se transformaram em material para concreto, calçadas, asfalto e vergalhões. A areia de fundição se transformou em ralos e caixas de correio (estruturas metálicas), combus�veis para cimenteiras, e a areia com granalha, dentre outras coisas, tornou-se contrapesos para máquinas como empilhadeiras”. Assim, a par�r desta nova realidade, nove mil toneladas de resíduos antes descartados em aterro da própria ZF foram reaproveitados e reintegrados à cadeia produ�va, transformando-se em matéria-prima para novos materiais e produtos. Até mesmo lâmpadas fluorescentes, mistas, vapor metálico, inteiras ou quebradas, assim como termômetros passaram por descontaminação e reciclagem. Resíduos orgânicos se transformaram em adubo e resíduos contaminados com �nta ou óleo foram coprocessados e transformados em combus�veis para fornos de cimenteiras. An�go aterro próprio da ZF conta com área de conservação permanente com mais de 15 mil árvores na�vas - O an�go aterro próprio da ZF, antes des�nado ao descarte dos resíduos da fundição, com 126 mil metros quadrados de área, conta com uma área de conservação ambiental permanente, com mais de 15 mil árvores plantadas, entre elas várias espécies na�vas como Pau Brasil, Araucárias e Ipês. 

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QUÍMICA

Balança comercial tem déficit de US$ 6,8 bilhões no trimestre

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déficit acumulado na balança comercial de produtos químicos a�ngiu US$ 6,8 bilhões no primeiro trimestre do ano, valor que é somente inferior ao registrado em igual período do ano passado, uma redução de 2,4% na comparação com o total de US$ 6,9 bilhões entre janeiro e março de 2019. Nos úl�mos 12 meses (abril de 2019 a março de 2020), o indicador totaliza US$ 31,7 bilhões, 0,3% acima do déficit de US$ 31,6 bilhões do consolidado do ano passado, em que pese o turbulento cenário dos três primeiros meses deste ano. De janeiro a março, as importações de produtos químicos foram de US$ 9,5 bilhões, uma redução de 3,9% em relação ao mesmo período de 2019, mas representando um valor rela�vamente próximo ao maior já registrado para o período, de US$ 10,1 bilhões, entre janeiro e março de 2013 (ano do déficit recorde de US$ 32 bilhões). Em termos de quan�dades importadas, as mais de 10,7 milhões de toneladas importadas resultam do aumento de 3,2% na comparação com os três primeiros meses do ano passado, tendo sido registrados aumentos importantes em pra�camente todos os grupos acompanhados, sobretudo em produtos químicos orgânicos (23,1%) e em resinas e elastômeros (9,6%).

Já as exportações, por sua vez, de US$ 2,8 bilhões, significaram uma redução de 7,2% na mesma comparação. O insa�sfatório resultado de vendas ao exterior no trimestre representa um forte recuo em relação aos úl�mos anos e coloca o desempenho do acumulado de 2020 como o pior desde o ano 2009 (US$ 2,1 bi), aquele resultante da grave crise econômico-financeira global ligada ao mercado de deriva�vos. As quan�dades exportadas, de 3,7 milhões de toneladas, apontam um aumento de 20,7% do volume vendido ao exterior, par�cularmente concentrado em alumina calcinada, item que figura no grupo de produtos químicos inorgânicos. Especificamente no mês de março, as importações �veram forte elevação na comparação com o mês anterior, fevereiro, de 36,1% em volume (4,2 milhões de toneladas e recorde para o mês) e de 10,8% em valor (US$ 3,2 bilhões, maior valor para março desde 2014), com aumentos expressivos em itens relacionados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19, sobretudo em princípios a�vos farmacêu�cos (27,3% em valor – US$ 234 milhões; e 10,5 mil toneladas) e em cloro e álcalis (53,9% em valor – US$ 63,9 milhões; e 56,5% em volume – 423,7 mil toneladas); e também em mercadorias indispensáveis para a garan�a da segu-

rança alimentar, como os intermediários para fer�lizantes (48,9% em valor – US$ 564 milhões; e 46% em volume – 2,4 milhões de toneladas). Para o presidente-execu�vo da Abiquim, Ciro Marino, os resultados da balança comercial brasileira em produtos químicos no primeiro trimestre de 2020 se somam a outras várias evidências de que o setor químico é essencial no combate da pandemia bem como será estratégico para a retomada da a�vidade econômica. “A indústria química brasileira tem sido fundamental na garan�a de abastecimento para as várias cadeias de fabricação de bens essenciais e no enfrentamento eficiente da COVID19, inclusive, com novas soluções para a fabricação de ar�gos de prateleira fundamentais, como o álcool gel. O setor é essencial e precisamos do imediato reconhecimento disso pelas autoridades, com um olhar estratégico compa�vel ao tamanho do setor e do País. Entendemos que a aceleração da agenda de reformas estruturais é condição indispensável para a atração de novos inves�mentos com foco na diminuição da grave dependência externa de matérias-primas como os fer�lizantes e de insumos farmacêu�cos para os quais temos plena condição técnica de fabricação nacional”, destaca Ciro Marino. 

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BMW confirma Híbrido Plug-in no Brasil

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Carregamento elétrico por indução do BMW 530e é premiado – A BMW recebeu o prêmio de Tecnologia do Ano, da publicação norte-americana “Green Car Journal”, por seu programa piloto de carregamento elétrico por indução para o modelo 530e. O programa permite que os clientes da marca e proprietários do sedã híbrido testem o disposi�vo de carregamento sem fio e reportem suas considerações à fabricante, que é pioneira em disponibilizar essa tecnologia no mercado. O programa teve início na Alemanha, em 2018, e se expandiu para os Es-

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(34 cavalos a mais do que a versão 330i M Sport) e torque combinado de 420 Nm (20Nm a mais do que a versão 330i M Sport). Em termos de equipamentos, o BMW 330e M Sport oferece os mais avançados sistemas assistentes de condução semiautônoma, fortalecendo aspectos como conforto, alta qualidade da experiência de dirigir e a interação entre o motorista e o veículo por meio de tecnologia acessada com pra�cidade e simplicidade. O modelo é capaz de seguir distância e velocidade do automóvel na sua frente, de reconhecer e permanecer nas faixas de rodagem e até refaz percursos em marcha ré de forma automá�ca.

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BMW irá lançar ainda no primeiro semestre de 2020 o novo 330e M Sport nas concessionárias autorizadas da marca no Brasil. Produzido na fábrica do BMW Group em Munique, Alemanha, a versão híbrida plug-in do modelo mais vendido da história da fabricante alemã amplia a gama disponível no País, que já conta com as versões 320i Sport; 320i Sport GP; 320i M Sport e 330i M Sport. O BMW 330e M Sport oferece uma combinação inédita do icônico comportamento dinâmico do Série 3 agora aliado à eficiência energé�ca da úl�ma geração da tecnologia BMW eDrive. “Vamos aumentar o poder de escolha do cliente que já faz o BMW Série 3 o líder de vendas entre os sedans premium do mercado brasileiro”, afirma Roberto Carvalho, Diretor Comercial da BMW do Brasil. O BMW 330e M Sport oferece uma combinação inédita do comportamento dinâmico do Série 3 aliado à eficiência energé�ca da úl�ma geração da tecnologia BMW eDrive com a motorização plug -in híbrida. O sedan híbrido da BMW tem autonomia do motor elétrico de 66 km (ciclo WLTP), a maior do segmento no Brasil. O sistema plug-in híbrido desenvolve potência combinada de 292 cavalos

tados Unidos em meados de 2019. Ele está sendo desenvolvido para um seleto grupo de clientes no Estado da Califórnia, e consiste na locação por 36 meses do BMW 530e especialmente equipado e a instalação residencial do equipamento de carregamento indu�vo. O carregamento sem fio da BMW consiste em uma estação de carregamento indu�vo (GroundPad) e um componente secundário do veículo (CarPad) fixado na parte inferior do automóvel. A transferência de energia sem contato entre o GroundPad e o CarPad é concluída a uma distância de apenas sete cen�metros. Os componentes de carregamento indu�vo geram um campo magné�co, que permite a transferência segura de energia com uma taxa de eficiência em torno de 85%. O sistema possui uma carga de 3,2 kW, permi�ndo que as baterias de alta tensão do veículo sejam totalmente carregadas em cerca de três horas e meia. 

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Volkswagen Nivus em fase final de testes ©DIVULGAÇÃO

O novo Volkswagen Nivus vai inaugurar um novo segmento no País, com design inovador e tecnologias de segmento premium. O modelo está em fase final de testes pelas estradas brasileiras e será lançado ainda no primeiro semestre deste ano no Brasil. A par�r do segundo semestre chegará aos demais países da região América do Sul. O Nivus será fabricado na planta Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), sob a Estratégia Modular MQB, o mais moderno conceito de produção do Grupo Volkswagen no mundo. Seguindo a receita de sucesso dos modelos Polo, Virtus e T-Cross, o Nivus foi desenvolvido totalmente pela equipe de designers e engenheiros da Volkswagen América do Sul. Será o primeiro modelo desenvolvido localmente e que será também produzido e comercializado no mercado europeu.

Infotainment de última geração O novo sistema de infotainment, totalmente desenvolvido no Brasil, tem nome e sobrenome: VW Play. Ele traz uma nova tela de al�ssima definição e diversas funcionalidades que, defini�vamente, estabelecerão um novo patamar em termos de conec�vidade no mercado brasileiro. Graças à Estratégia Modular MQB, o Nivus oferece espaço interno ideal para levar com total conforto os cinco ocupantes. O balanço traseiro mais pronunciado permite oferecer também um excelente porta www.borrachaatual.com.br

-malas, com capacidade para até 415 litros -um dos maiores entre os modelos compactos, tanto no segmento de hatches quanto no de SUVs. O veículo será responsável por estrear novos recursos de segurança e conforto no segmento de compactos, alguns itens disponíveis somente em segmentos superiores. Um deles é o ACC (Adap�ve Cruise Control), que permite ao motorista ajustar a velocidade e a distância que deseja trafegar em relação ao veículo à frente. O Nivus inova também com o AEB (Autonomous Emergency Brake), recurso que, ao iden�ficar o eminente risco de uma colisão frontal, freia o carro de maneira autônoma, evitando, em alguns casos, qualquer dado ao veículo ou ferimento ao motorista e passageiros. O pacote de segurança traz ainda o Front Assist, sistema que, por meio de radar e sensores, monitora o tráfego e alerta o motorista, de forma sonora e visual, para evitar colisões. No Nivus, desempenho e eficiência energé�ca são itens de série. Seu motor é o consagrado 200 TSI de três cilindros, flexfuel e com injeção direta de combus�vel. Este propulsor entrega até 128 cv (94 kw) de potência máxima e 20,4 m.kgf de torque, quando abastecido com etanol. A transmissão é automá�ca de seis marchas, que combina conforto e baixo consumo. Esse conjunto mecânico é o mesmo que atualmente faz muito sucesso entre os clientes de Polo, Virtus e T-Cross. 

MWM expande portfólio com geradores a gás A MWM, fabricante independente de motores e grupos geradores de energia, expande seu por�ólio e, além dos grupos geradores de energia com motores movidos a diesel, conta agora com uma linha de grupo geradores a gás, equipados com os novos motores exclusivos MWM. Estes motores foram desenvolvidos pelo Centro Tecnológico da MWM em São Paulo, com tecnologia 100% nacional, incorporando toda a tradição já conhecida da MWM Motores. Projetados exclusivamente para trabalho com gás, possuem a maior densidade de potência por litro do mercado e estão preparados para operação em diferentes níveis de metano, condição geralmente encontrada nas operações em biogás. É a garan�a de alta eficiência na geração de energia elétrica com a confiabilidade renomada da MWM. Os novos motores MWM a gás de 4 e 6 cilindros, em regime de Operação Con�nua (COP) ou Intermitente (PRP) 50 ou 60Hz, geram potências entre 80 e 215 kVA, atendendo as mais recentes revisões da norma ISO 8528. De acordo com Cris�an Malevic, Diretor da Unidade de Motores e Geradores da MWM, “Os geradores a gás trouxeram uma importante evolução para a linha de produtos da MWM Geradores. São produtos com alta tecnologia e validados pela Engenharia MWM para garan�r a maior confiabilidade do mercado. Seja no agronegócio, no reaproveitamento de energia proveniente das redes de saneamento, ou mesmo no uso de gás natural, nosso obje�vo é prover soluções de energia elétrica de alto rendimento aos nossos clientes. Com alto nível de conteúdo local, buscamos reduzir o custo de manutenção e disponibilizar amplo suporte de peças e serviços por todo o país”, afirma Cris�an. 

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Foton inicia produção de caminhões no RS

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Conforme o execu�vo, a empresa chinesa criou uma trading em Guaíba com 100% de capital estrangeiro que importará componentes da China e complementará com peças nacionais. Até o ano passado, a Foton produzia seus caminhões em espaço alugado na fábrica da Agrale, em Caxias do Sul, RS. “Como agora contamos com aporte de capital da matriz, na China, entendemos ser o momento adequado para se produzir próximo ao local onde teremos fábrica própria”. Gedanken diz que momentaneamente a produção em Guaíba vai acompanhar o ritmo do mercado nacional que, por conta da pandemia Covid-19, demanda baixo volume. “Estruturamos uma linha enxuta, mas altamente produ�va e flexível para ser capaz de responder prontamente a aumentos de demanda”. No final do ano, a linha instalada no novo galpão industrial terá capacidade de produzir até 100 veículos/mês da marca. A nova linha de montagem está a�va, com baixo volume, e respeitando todas as recomendações de cuidados com a saúde preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate ao Covid-19. Novo caminhão no mercado nacional – A Foton começa a testar no Brasil um novo modelo de caminhão que foi concebido especificamente para oferecer alta eficiência às operações de logís�ca urbana. Consagrado no mercado chinês por oferecer conforto, agilidade e facilidade de condução graças às suas caracterís�cas de automóvel de passeio,

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linha de montagem que a Foton estruturou em Guaíba, RS, está pronta. O primeiro caminhão, um veículo leve da Família Minitruck, de 3.5 toneladas, acabou de sair da linha de montagem que a empresa montou a par�r da contratação da GEFCO Indústria, empresa do Grupo GEFCO, para montar os caminhões nacionalizados da marca no Brasil. A linha de montagem nas instalações da GEFCO, que fica ao lado da área onde a Foton vai construir sua fábrica no Brasil, vai funcionar até a conclusão das obras das novas instalações da montadora chinesa na cidade gaúcha. Para atender a necessidade de produção local da Foton no País, a GEFCO está construindo um novo pavilhão industrial em Guaíba que será finalizado no final deste ano. Enquanto isso, para atender a demanda de mercado da Foton, a montagem dos caminhões está sendo realizada em outro imóvel, onde foi produzida a primeira unidade. De acordo com Leandro Gedanken, diretor industrial da Foton do Brasil, “a produção dos caminhões da marca em Guaíba, onde em breve haverá a fábrica, ajudará também a desenvolver de maneira mais eficiente os fornecedores locais”.

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o novo caminhão TM 2.8 chegará no segundo semestre ao mercado nacional. A par�r dos testes, a Foton inicia uma fase de introdução de novas soluções de transportes no Brasil, focando em veículos que podem o�mizar as entregas e a logís�ca nos centros urbanos. O 2.8 é um modelo inédito e exclusivo também para a aplicação do GNV e que se difere de tudo que já foi comercializado no mercado brasileiro, inclusive por outras marcas. A diferença está principalmente relacionada à potência do veículo e sua capacidade de carga e também na possibilidade de o veículo receber um kit gás, que permite emissões ambientalmente amigáveis. O novo caminhão vem equipado com motor a gasolina e será também disponibilizado na versão com kit gás, feito pela empresa especializada Convergas, parceira da Foton, com garan�a Foton. Com capacidade técnica e legal para 2.795 kg, o TM 2.8 será o mais leve da família Foton no Brasil. A montadora oferece no País caminhões leves, da família Aumark, de 3.5 a 10 toneladas. Por ser classificado como uma caminhonete, o novo leve da Foton pode ser conduzido por quem tem CNH categoria “B”. “Robusto, econômico, fácil de dirigir e versá�l, esse novo produto oferece alta eficiência à logís�ca urbana e, com o kit gás, também contribui para reduzir substancialmente as emissões de poluentes nas grandes cidades”, comenta Eustáquio Sirolli, diretor de Desenvolvimento de Produtos da Foton do Brasil. Testes na Coopercarga – O Foton TM 2.8, com kit gás, já está na primeira fase de testes na Coopercarga, uma das maiores coopera�vas de carga do País, fazendo logís�ca urbana para a Rede Carrefour. A previsão é que o veículo rode até cinco mil quilômetros em um mês. www.borrachaatual.com.br


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Cummins PowerCommand Cloud A possibilidade de monitorar remotamente toda a operação de um grupo gerador Cummins tem contribuído com o isolamento social proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate ao novo coronavírus. O PowerCommand Cloud™ é um desenvolvimento exclusivo da companhia que oferece soluções integradas de produtos, serviços e processos aos seus clientes. “Com o PowerCommand Cloud™ conseguimos verificar de forma asser�va quais são os atendimentos realmente necessários, pois trabalhamos de forma proa�va, mantendo nossos técnicos em casa e acompanhando em tempo real as operações globais dos grupos geradores que estão em operação”, diz Fabio Balesteros, gerente de soluções de pós -vendas da Cummins. O PowerCommand Cloud™ é um sistema que monitora as principais variáveis do grupo gerador, além de apresentar um histórico destes dados e alertas de falhas e eventos, possibilitando também que o usuário acompanhe todos os geradores em operação com no�ficações em tempo real. O sistema permite testes de par�das e paradas remotas, além de programações de avisos de manutenção. Ainda de acordo com o gerente, “todo o sistema pode ser acessado a qualquer momento e em qualquer

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De acordo com a Coopercarga, cada viagem levará aproximadamente 800 kg em produtos, realizando dois ciclos de viagens por dia, de segunda à sexta. Ao todo serão transportados 35 mil kg de produtos por mês. A primeira unidade será operada pela Ecomoby (Transportadora especializada na u�lização de combus�veis alterna�vos ao diesel), em parceria com a Coopercarga, especialmente para atender a demanda do Carrefour, com entregas de produtos alimen�cios apenas na grande São Paulo. A Convergas, responsável pela tecnologia de úl�ma geração do kit a gás, instalou no veículo um módulo de controle de ignição para assegurar a disponibilidade de potência do motor. De acordo com Leandro Gedanken, diretor industrial, engenharia e desenvolvimento da Foton, a princípio o veículo será importado da China. A Foton vai trazer 100 unidades do modelo ainda neste ano de 2020. “Começamos com importação e à medida que o volume cresça já temos estrutura pronta para nacionalização do novo modelo”, pontua. O modelo mais leve da Foton, dentro da sua caracterís�ca de plataforma de carga, permite a instalação de uma carroceria com 3,0 m de comprimento por 1,5 m de largura livres. Trata-se de um veículo classificado como “pick-up profissional”. De acordo com Ricardo Mendonça de Barros, diretor de Vendas, Marke�ng e Rede de Concessionárias da Foton, o novo veículo da marca supera com folga a maioria das “pick-ups sociais” existentes no mercado nacional, além de oferecer a melhor relação custo por carga ú�l transportada. “O novo TM é um produto que já nasce preparado para uso do GNV e tem um relevante diferencial, que é a sua motorização de 1.5 l, com essa capacidade de carga ú�l de 1.788 kg, expressiva para uma camionete, e uma grande novidade no mercado brasileiro”, finaliza. 

local por meio de uma interface amigável: estação de trabalho, tablet ou smartphone. É uma inovação que tem sido muito eficiente nesses tempos de crise e que busca trazer mais pra�cidade, confiabilidade, produ�vidade e menor custo operacional aos clientes. A novidade permite ainda tomada de decisões asser�vas e imediatas, garan�ndo e maximizando o desempenho do sistema de energia”. O PowerCommand Cloud™ permite a verificação do status do sistema, a iden�ficação de falhas e o acesso a no�ficações importantes, reduzindo os custos de operação e manutenção, além do tempo de ina�vidade das máquinas em operação. O uso do sistema também contribui com o suporte do Distribuidor Cummins. Os colaboradores da Cummins e da Rede de Distribuição podem realizar o monitoramento e o contato com o usuário diante de um evento. 

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NOTAS & NEGÓCIOS

A quan�Q, empresa do grupo GTM Holdings S.A., passa a oferecer em seu por�ólio óleo mineral isolante da parceira Chevron, para atender o setor elétrico desde a geração, transmissão até distribuição e manutenção de transformadores de energia e subestações. O óleo mineral é um fluido isolante para transformador elétrico e atua tanto na isolação elétrica, quanto no auxílio à refrigeração dos equipamentos que a�ngem altas temperaturas. Além disso, é um óleo usado em uma variedade de equipamentos elétricos, desde transformadores de pequeno porte (ex: postes de energia), até os de grande potência, como em usinas hidrelétricas. “Nossa parceria com a Chevron permite a comercialização do produto a granel e em tambores, facilitando o acesso dos pequenos e médios clientes. Os Óleos Para�nicos da Chevron são classificados como Óleos do Grupo II, que entre as vantagens, podemos citar menor vola�lidade e excelente estabilidade à oxidação, o que auxilia para evitar o amarelamento do produto”, comenta Marcelo Giacomelli, gerente de vendas de Lubrificantes da quan�Q. “Vale destacar também que os produtos da representada apresentam alto nível de qualidade”, complementa. “O produto distribuído pela quan�Q é de primeiro refino e atende à regulamentação ANP 36 de 2008, da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombus�veis), que estabelece as caracterís�cas técnicas como teor de água, rigidez dielétrica , tensão interfacial, viscosidade, cor entre outros”, pontua José Rubens Pereira, gerente de contas do segmento de Lubrificantes da quan�Q. 

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Setor de automóveis importados, em crise, pede redução de impostos ©DIVULGAÇÃO

quantiQ distribui óleo parafínico para transformadores

João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores – foi à Brasília no úl�mo dia 17 de abril, protocolar, junto à Secretaria Geral de Presidência da República, um o�cio em que a en�dade solicita medidas emergenciais em favor do setor, que teme paralisação total de suas a�vidades de comercialização de veículos novos e usados. O pleito da en�dade contempla medidas emergenciais como a redução da alíquota do imposto de importação, atualmente de 35% para 20% e redução também do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), incidente sobre os veículos automotores importados, a fim de es�mular o consumo, observando o princípio da isonomia, de forma que as alíquotas aplicáveis sejam as mesmas estabelecidas para os veículos de produção nacional.

Além disso, a en�dade solicita disponibilidade, de forma rápida e acessível, de linha de crédito para o capital de giro, junto ao BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, das empresas importadoras, seus fornecedores de autopeças e suas redes de concessionárias e a suspensão, de no mínimo 120 dias, dos prazos de pagamentos de todos os tributos federais administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. Na avaliação de João Henrique Oliveira, “as 15 marcas associadas à en�dade são responsáveis por uma rede de concessionárias com 450 pontos de atendimento em todo o País, com geração de empregos da ordem de 17,5 mil postos de trabalho. Trata-se de um setor responsável pela complementariedade de produtos, pelo balizamento de preços de veículos automotores em relação aos demais mercados internacionais e por trazer ao País as principais tecnologias veiculares. Por esse princípio, o setor não pode desaparecer. Precisamos dessas medidas emergenciais. Com exceção da redução da alíquota do imposto de importação, que deve chegar a 20%, o equivalente à TEC - Tarifa Externa Comum do Mercosul, as demais medidas seriam por tempo determinado e isonômicas aos produtos aqui fabricados”. 

Rhodia fabrica máscaras de proteção facial A Rhodia, em parceria com a Lupo, desenvolveu uma máscara de uso social a par�r do fio têx�l de poliamida funcional Amni Biotech, criado no Brasil pela empresa há alguns anos, e está distribuindo essas máscaras para seus empregados e familiares. Amni Biotech® possui ação que

evita a proliferação das bactérias causadoras do odor indesejado, oferecendo maior sensação de conforto e bem-estar ao usuário. As máscaras são laváveis (a função de controle de bactérias permanece enquanto a máscara exis�r) e não devem ser compar�lhadas.  www.borrachaatual.com.br


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Parceria entre Secretaria de Agricultura e CNA contribuiu para balizar as negociações de compra e venda do produto no mercado nacional. Heveicultura e indústria pneumá�ca terão agora um índice - de uma ins�tuição oficial - para balizar as negociações de compra e venda de borracha natural no mercado brasileiro. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Ins�tuto de Economia Agrícola (IEA-APTA), e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançaram o índice de preço de importação da borracha natural, disponibilizado de forma gratuita no site do IEA e da CNA e atualizado mensalmente, sempre no segundo dia ú�l do mês. De acordo com Marli Dias Mascarenhas Oliveira, pesquisadora do IEA, o Brasil já foi o maior produtor mundial de borracha natural, mas foi perdendo este posto a par�r da década de 1950 e hoje é um grande importador deste produto do con�nente asiá�co, de países como Tailândia e Indonésia, por exemplo. Atualmente, 60% da necessidade brasileira de borracha natural é suprida por importação. O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional, produzindo 60% de toda a borracha natural brasileira. "Esses dados mostram a importância de termos um índice, balizado pelos preços do mercado da Ásia, para que os produtores e indústria possam negociar, www.borrachaatual.com.br

com informações seguras do mercado internacional", explica. Para a composição do índice, os pesquisadores do IEA u�lizam dados relacionados ao preço pra�cados para a compra desses produtos nas principais bolsas de valores da Ásia, a conversão desse valor para o dólar, e todos os custos inerentes a importação, cotação, tributação e frete para o mercado brasileiro. Segundo Rogério Avellar, assessor técnico da CNA, a composição deste índice era uma demanda an�ga da cadeia produ�va da borracha natural e se concre�zou a par�r dos integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produ�va da Borracha, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). "A par�r desta demanda, buscamos parceria com uma ins�tuição séria, com capacidade técnica e idoneidade para desenvolver este índice, que é de fundamental importância para a tomada de decisão dos produtores e indústrias, que terão mais informações para negociar", afirma. IEA é a única ins�tuição brasileira a coletar dados de preços pagos aos produtores de borracha natural A pesquisadora do IEA explica que a par�cipação do Ins�tuto no desenvolvimento do índice se dá pela idoneidade da ins�tuição cien�fica, que é pública e referência em economia agrícola no Brasil. Além disso, o IEA já possui exper�se na área de borracha natural, sendo a única ins�tuição brasileira e fazer a coleta de dados dos preços pagos aos produtores paulistas de borracha natural. "Temos uma metodologia já consolidada nesta área, o que permi�u podermos encarar mais este desafio, ampliando o leque de nossos serviços prestados ao agronegócio paulista e brasileiro", afirma Marli. 

Michelin adquire ConVeyBelts no Brasil ©DIVULGAÇÃO

Produtores e indústria de borracha natural têm novo índice de preços de importação

A Michelin anuncia a aquisição da ConVeyBelts, produtora brasileira de correias transportadoras para diferentes indústrias, dentre elas mineração, siderurgia e transportes, em operação desde 1942. Com sua unidade de produção localizada em São Paulo, a ConVeyBelts é uma das três maiores empresas deste segmento no país. A aquisição tem dois propósitos, de inserir a Michelin no setor na América do Sul, a par�r do principal mercado, o brasileiro; e oferecer um amplo por�ólio de produtos e serviços, permi�ndo suporte e oferta ainda melhores para todas as a�vidades dos clientes. A oferta de compra está sujeita à aprovação do CADE (Conselho Administra�vo de Defesa Econômica). “Estou muito sa�sfeito por nossa empresa ter assinado um contrato de venda com a Michelin. É um reconhecimento fantás�co da transformação que realizamos na ConVeyBelts nos úl�mos anos desde a nossa aquisição e a reconhecida qualidade de seus produtos", diz Lampros Vassiliou, CEO da ConVeyBelts e presidente e CEO da TEAK Capital Corpora�on. “A aquisição da ConVeyBelts nos permite ampliar nossa oferta para melhor atender nossos clientes. Seu know-how, experiência e produção local de correias transportadoras nos ajudarão a acelerar nosso crescimento no mercado brasileiro e, mais globalmente, na América do Sul”, afirma Nour Bouhassoun, CEO da Michelin América do Sul. 

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NOTAS & NEGÓCIOS

ELASTE e TOPRUBBER 2020 acontecem na mesma data Por conta das medidas de precaução tomadas pelas autoridades públicas a fim de evitar o agravamento da pandemia do coronavirus, entre elas o aconselhamento para a não realização de eventos públicos ou que reúnam uma certa quan�dade de pessoas, a organização da ELASTE fez por bem adiar o evento até que a situação no país se normalize. A nova data confirmada é o dia 3 de setembro, no Auditório Millenium, em São Paulo. Na mesma data ocorrerá o TOPRUBBER 2020, a maior premiação do setor de borracha no Brasil. Em breve, colocaremos no ar um hotsite sobre o evento. Fiquem conectados! 

Randon na prevenção para caminhoneiros

©CLEBER MIGNONI ZEFERINO

A campanha de prevenção contra o novo coronavírus, promovida pelas Empresas Randon em conjunto com parceiros, já beneficiou cerca de 30 mil caminhoneiros de todo o Brasil. A inicia�va atende os transportadores de cargas que estejam em deslocamento nas rodovias. Ao todo, o projeto distribuirá 50 mil frascos de álcool em gel em pontos de atendimento espalhados pelo país. 

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Vipal ajuda caminhoneiros nas estradas

Em função da pandemia do Coronavírus, a Vipal Borrachas lançou a Rede Vipal Solidária, com medidas prá�cas para minimizar as dificuldades e a falta de infraestrutura que os caminhoneiros estão enfrentando para seguirem trabalhando pelas rodovias brasileiras. O projeto conta com a parceria e o engajamento das reformadoras da Vipal Rede Autorizada. A ação consiste em formar uma rede de parcerias para oferecer melhores condições aos motoristas, fornecendo apoio em questões básicas como alimentação e higiene. Cada reformador define como pode ajudar

e de que forma irá contribuir para realizar o atendimento aos motoristas, e a Vipal apoia com os custos das operações. Somente nos primeiros dias de ação já foram distribuídos 485 refeições, 585 kits de higiene e 565 frascos de álcool gel. “A Vipal tem a maior rede de reformadores do Brasil e um dos seus diferenciais é estar presente em todas as regiões do país. Entendemos que a nossa ampla Rede pode exercer um papel importante para que os nossos caminhoneiros, esses verdadeiros guerreiros da estrada, se sintam apoiados neste momento di�cil”, destaca Guilherme Rizzo�o, Diretor Comercial e Marke�ng da Vipal Borrachas. Reformadoras parceiras de diversas regiões já começam a aderir à Rede Vipal Solidária, como a ATZ Pneus, de Cambé/PR, a Ivo SP Recap, de São Paulo/SP, e a Pneus Brasil, de Imperatriz/MA, que distribuíram refeições gratuitas aos caminhoneiros que passam pela região. Já a NSA Pneutec, de Guarulhos/SP, a Reformadora de Pneus Total, de Redenção/PR, e a Zandavalli Recauchutagem, de Concórdia/ SC, distribuíram kits de higiene. 

Expobor, Pneushow e Congresso de Borracha ABTB têm novas datas Tendo em vista o atual estágio de progressão dos casos da Covid-19 e agindo no interesse dos setores econômicos que representa por meio de seus eventos de negócios, bem como em respeito a seus expositores, visitantes, parceiros, fornecedores, prestadores de serviço, colaboradores e demais atores envolvidos, a Francal Feiras comunica o adiamento da realização dos

eventos Expobor – Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha – e da Pneushow – Feira Internacional da Indústria de Pneus. Prevista para acontecer de 30 de junho a 2 de julho, a realização simultânea das feiras foi remarcada para nova data, 23 a 25 de setembro, no mesmo local, o Expo Center Norte, em São Paulo.  www.borrachaatual.com.br


©FREEPIC.DILLER/FREEPIK

Empresas calçadistas estão engajadas em ajudar as autoridades e a sociedade a superarem o momento di�cil causado pelo novo coronavírus. Com ações que vão desde doações a hospitais e profissionais da saúde até a produção de conteúdo para desenvolver e entreter pessoas durante o isolamento, elas promovem uma grande onda de solidariedade. A Associação Brasileira das Indús-

trias de Calçados (Abicalçados), além de ins�gar as empresas a essas prá�cas, se orgulha das inicia�vas de suas associadas. “Nosso setor está trabalhando para contribuir na prevenção da Covid-19, o que é extremamente importante para o País. Além disso, nossa Indústria está focada em diminuir os impactos da crise sobre a economia e na vida dos brasileiros”, afirma o presidente-execu�vo da en�dade, Haroldo Ferreira. Outra maneira do setor calçadista ajudar é fazendo o que melhor sabe: calçados. Assim, diversas empresas têm trabalhado para que não falte esse item indispensável para os profissionais de saúde. Uma vez que a Covid-19 pode ser transmi�da através de super�cies contaminadas, os cuidados com calçados e roupas são fundamentais para evitar a disseminação do vírus. 

©TUMISU/PIXABAY

Novos negócios encaram o desafio de sobreviver à crise

O avanço da pandemia do novo coronavírus no país tem obrigado os empresários a repensar o modelo de negócio e inovar na maneira de chegar até os clientes. Essa realidade não é diferente para aqueles que abriram seus negócios recentemente e também foram surpreendidos com a crise. Além dos desafios diários, comuns a todo novo negócio, esses empresários têm que ter atenção redobrada na www.borrachaatual.com.br

gestão da sua micro e pequena empresa. De acordo com o gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae, Enio Pinto, é preciso que os novos empreendedores se adaptem rapidamente ao novo cenário. “Com a mudança de comportamento do consumidor na crise, muitos empresários vão ter que repensar como seu produto pode resolver o problema do cliente”, explicou. 

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Calçadistas se unem em corrente do bem

Case IH mantém suporte à agricultura A Case IH con�nua trabalhando para fazer com que a cadeia agrícola não seja interrompida. A empresa alterou a sua forma de atuar, seguindo o isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde, mas oferecendo toda a assistência necessária para produtores em relação a peças, serviços de reposição e suporte técnico. Essa mudança foi adotada por conta da pandemia do Covid-19 e visa garan�r a segurança de seus colaboradores, distribuidores, concessionários e clientes. “Pela sua importância essencial, a produção de alimentos não pode parar e a Case IH permanece firme em seu compromisso com o bem-estar de nossos funcionários, clientes, revendedores e fornecedores, apreciando o esforço que cada um deles faz para superar a situação e retornar à normalidade o mais rápido possível. É por isso que, como marca, é nossa obrigação con�nuar dando todo o apoio necessário para as máquinas con�nuarem trabalhando e fornecendo 100% de resultados”, afirma Eduardo Penha, responsável pelo Marke�ng Comercial da Case IH. O programa Max Case IH (0800500-5000) oferece suporte avançado relacionado a eventuais problemas técnicos com as máquinas. Além disso, o envio de peças de reposição e a atenção às emergências mecânicas con�nuam sendo oferecidos pela rede de concessionários da marca, seguindo os protocolos e medidas sanitárias. 

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NOTAS & NEGÓCIOS

A PETRONAS Lubrificantes Brasil, empresa que fabrica e comercializa uma linha completa de lubrificantes automo�vos e industriais de alta qualidade, fabricou oito toneladas de Álcool 70° INPM – 77° GL líquido, cuja aplicação é direcionada para limpeza e desinfeccção de ambientes, para doação a ins�tuições de assistência social e saúde, funcionários, terceiros e empresas parceiras. O produto, com distribuição gratuita, foi produzido na fábrica da empresa em Contagem (MG) e está disponibilizado para doação desde a segunda quinzena de abril. Amplamente u�lizado na desinfecção de espaços públicos e privados, o Álcool 70º INPM – 77° GL líquido é comprovadamente eficaz na destruição de bactérias, fungos e vírus, incluindo o Coronavírus (Covid-19), alojado em super�cies de móveis e objetos. 

RBOOK BER YEA AN RUB CAUCHO BRAZILI ÑO DEL BRASILE ANUARIO

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2019 - 20

Editora

Informações: (11) 3044-2609 www.borrachaatual.com.br

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Goodyear atende com o padrão Zero Contato Apoiando as pessoas que não podem ficar em casa no período de combate à pandemia Covid-19 que necessitam dos seus veículos no trajeto para o trabalho ou exercem as suas a�vidades com os seusa carros, ônibus ou caminhões, a Goodyear lança o padrão de atendimento Zero Contato para sua rede de revendas e truck centers em todo o país. Desenhado para apoiar a mobilidade de pessoas que exercem funções essenciais como médicos, enfermeiros, bombeiros, segurança, autoridades e muitos outros que precisam manter o veículo em movimento, o “Zero Contato” permite que os técnicos revisem e mantenham os mesmos níveis de serviço e qualidade com um processo eficiente e simples- mas limitando o contato pessoal. Na nova funcionalidade do site Goodyear (www.goodyearzerocontato. com.br) os clientes podem encontrar a revenda e truck center mais próximos em qualquer região do Brasil, com ro�nas de atendimento que têm como obje�vo proteger a saúde e o bem estar de clientes e colaboradores, adotando distanciamento seguro e medidas rígidas de higiene no cuidado com os veículos. O cliente procu-

ra no site da empresa a revenda ou truck center aberto mais próximo e marca um atendimento. Ao chegar no local, o cliente mantém a chave no contato do veículo e será recebido por um funcionário u�lizando máscara e mantendo distância de 2 metros. Antes de ingressar no veículo, o técnico desinfetará todas as partes de contato e colocará elementos de proteção para conduzir o veículo à área de serviço. A equipe técnica fará uso de máscara e luvas durante todo o serviço. A equipe de atendimento entrará em contato com o cliente para a confirmação do serviço e valor (como precaução adicional, o método preferido de pagamento é por meio de cartão de crédito ou transferência bancária). Caso o consumidor opte por aguardar a execução do serviço no local, todos os pontos de espera seguirão as medidas recomendadas pelos órgãos responsáveis de cada município. Após a conclusão do serviço, todos os pontos de contato são higienizados novamente. O veículo é devolvido ao estacionamento e man�do fechado até a re�rada pelo cliente. 

BMW Group Brasil amplia ações sociais no país ©DIVULGAÇÃO

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PETRONAS produz Álcool 70°

O BMW Group Brasil se aliou ao SENAI-SC para o trabalho na reparação de respiradores no estado. A empresa também fez distribuição de cestas básicas para as famílias das crianças inseridas no projeto “Sou Futuro”, que contribui para a melhoria da qualidade de vida de

crianças e jovens de 7 a 16 anos da comunidade do entorno da fábrica de Araquari, onde mantém um Centro Social e Recrea�vo. Além disso, os 30 pontos de recarga para híbridos e elétricos, nas cidades de São Paulo, ABC paulista e interior, receberam higienizadores com álcool em gel para proteção dos usuários. A inicia�va deve ser ampliada para toda a rede de recarga do BMW Group Brasil, atualmente com mais de 180 pontos, esforço para o qual busca parceiros locais a fim de evitar longos deslocamentos de equipe.  www.borrachaatual.com.br


Produção da indústria química cai pelo segundo ano consecutivo A demanda do segmento de produtos químicos de uso industrial registrou o segundo declínio consecu�vo em 2019, após ter crescido no biênio 2016-2017. O consumo aparente nacional (CAN) encolheu significa�vos 7,3%, enquanto que em 2018 o recuo foi de 1,4%; a produção caiu 5,74%, no ano anterior a queda foi de 4,23%; e as vendas internas caíram 1,81% e em 2018 haviam caído 0,9%, segundo dados consolidados do desempenho do setor em 2019, levantados pela Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim. Segundo a diretora de Economia e Esta�s�ca da Abiquim, Fá�ma Giovanna Coviello Ferreira, as principais razões para a queda no desempenho do setor foram a desaceleração econômica interna ao longo do ano, vale lembrar que as

es�ma�vas iniciais indicavam um crescimento do PIB de 2019 superior a 2% e o ano acabou fechando com 1,1%, metade do que se previa, as conturbações advindas dos conflitos comerciais entre Estados Unidos e China, e a instabilidade em alguns países da América do Sul, que reduzirem as compras advindas do Brasil. Em 2019, o setor também teve dois recordes nega�vos em sua série histórica de 30 anos. Os produtos importados responderam por 43% da demanda interna e o uso da capacidade instalada do setor ficou em apenas 70%, o que resultou na ociosidade recorde de 30%. O ano de 2020 começou com um crescimento na produção de 8,80% em janeiro em relação a dezembro do ano passado, mas queda de 4,72% em compara-

ção com janeiro de 2019. Mas em relação ao índice de vendas internas, janeiro teve um crescimento expressivo de 19,24% sobre dezembro e 4,64% acima de igual mês do ano passado. A u�lização da capacidade instalada aumentou um pouco em relação à média de 2019 e fechou em 74%. “Após a significa�va melhora verificada entre o final de 2016 e 2017, o índice de vendas internas permaneceu em um patamar muito baixo nos úl�mos três anos, mas os dados mais recentes, acumulados dos úl�mos 12 meses encerrados em janeiro de 2020, apontam uma tendência de melhora. Todavia, ainda não sabemos qual será o impacto do coronavírus sobre o setor, especialmente entre os meses de março e abril”, avalia a diretora da Abiquim, Fá�ma Giovanna Coviello Ferreira. 

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Skechers faz parceria com a Goodyear para calçados

A potência global de calçados Skechers se constrói com base na tecnologia de seus calçados através de uma nova colaboração com a Goodyear Rubber & Tire Company. Modelos selecionados de várias categorias para homens, mulheres e crianças, u�lizarão a tecnologia de borracha Goodyear em solas personalizadas da Skechers que proporcionarão maior aderência, estabilidade e durabilidade. “Essa colaboração é um exemplo de duas marcas confiáveis se unindo para criar um produto de alta tecnologia que realmente beneficiará nosso consumidor”, disse Michael Greenberg, presiwww.borrachaatual.com.br

dente da Skechers. “Através deste esforço, produtos selecionados irão conter o solado Goodyear Performance, oferecendo esse toque estra onde é mais necessário - seja melhorando a estabilidade em uma corrida, dando maior aderência sobre super�cies escorregadias no local de trabalho, ou uma vida ú�l maior nos parquinhos infan�s. Esperamos que isso ressoe em nossos clientes que precisam dessas inovações no calçado confortável Skechers que eles amam.” “A Goodyear sempre trabalhou para criar produtos inovadores que fornecem aos consumidores pneus de alto desempenho e agora, usando essa mesma engenhosidade para permi�r que os consumidores usem calçados de alto desempenho”, disse Chris�an Jurado, diretor global de produtos licenciados da Goodyear. Os calçados com o solado Goodyear Performance, são projetados para terem longa durabilidade, excelente aderência em variadas super�cies e con-

dições climá�cas e estabilidade aprimorada através de uma tração excepcional. Isso foi possível com a tecnologia de borracha Goodyear que contém um polímero especial que inclui óleo de soja sustentável - um renovável material de base biológica usado em alguns dos pneus com maior desempenho (disponível nos EUA e Canadá) -- como a Assurance® WeatherReady®, Eagle® Exhilarate® e Eagle® Enforcer® All Weather® e a Assurance ComfortDrive®. Inicialmente lançado em três tênis de corrida da coleção Gorun da Skechers, a variedade de modelos com o solado Goodyear Performance está mais vasta nos tênis de corrida e caminhada e se expandirá durante 2020 para o casual espor�vo, trilha e calçados de trabalho para homens e mulheres, bem como modelos infan�s. Os modelos Skechers com solado Goodyear Performance estarão disponíveis muito em breve nas lojas Skechers e nos seus parceiros mul�marcas. 

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CALÇADOS

Setor calçadista sofre efeitos da pandemia

Pesquisa Abicalçados

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demissões no setor (23/03 a 28/04)

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Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) es�ma a perda de 26,5 mil postos em todo o Brasil, entre os dias 23 de março e 28 de abril. O estado que mais perdeu postos no período foi São Paulo, com 7,9 mil demissões, 30% do total. Na sequência aparecem Rio Grande do Sul, com 7,6 mil postos perdidos, e Minas Gerais, com a perda de 5 mil postos. Em Santa Catarina, es�mase a perda de 2,5 mil postos no período. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, comenta que o quadro é proveniente de uma brusca queda nos pedidos entre março e abril em função da pandemia do novo coronavírus. “Além do varejo estar fechado, portanto sem fazer novos pedidos, �vemos problemas com pagamentos e cancelamentos, inclusive para exportação”, avalia o dirigente, ressaltando que es�ma-se uma queda de 22,5% no consumo mundial de calçados ao longo de 2020. A pesquisa realizada pela Abicalçados também revela que o setor deve encolher pelo menos 49% no segundo

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trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A queda será somada a um revés de 14,2% nos primeiros três meses do ano, o que deve resultar em uma retração de pelo menos 31,8% no primeiro semestre. Após uma es�ma�va posi�va divulgada no início de 2020, de crescimento de até 2,5%, a crise provocada pelo avanço da pandemia fez com que a expecta�va fosse revisada para uma queda de mais de 26% em relação a 2019.

Exportações Além do impacto no varejo brasileiro, as exportações de calçados também foram afetadas. Após uma queda de 8,5% no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado, os embarques devem cair, pelo menos, 46,4% no segundo trimestre, conforme projeções da Abicalçados. Com isso, no primeiro semestre o revés pode ficar em 23,2%, com o ano fechando com retração de 27,3%, sempre na relação com igual período do ano passado. 

Brasil: 26.485 postos São Paulo: 7.975 postos Rio Grande do Sul: 7.590 postos Minas Gerais: 5.000 postos Santa Catarina: 2.500 postos Outros: 3.420 postos

principais problemas reportados 84% cancelamento de pedidos 75% postergação de faturamento/ entrega de pedidos 51% das empresas do setor estão paralisadas 23% sem previsão de retorno

Estimativa de impacto na produção de calçados 1º trimestre: - 14,2% 2º trimestre: - 49% 1º semestre: - 31,8% 2º semestre: - 22% Ano 2020: - 26,5%

Estimativa de impacto nas exportações de calçados 1º trimestre:- 8,5% (efetivada) 2º trimestre: - 46,4% 1º semestre: - 23,2% 2º semestre:- 31,3% Ano 2020: -27,3%

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Exportações de calçados alcançam US$ 240,9 milhões

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ados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, no primeiro trimestre de 2020, foram exportados 32 milhões de pares, que geraram US$ 240,9 milhões. Os números representam quedas tanto em volume (-8,5%) quanto em receita (-9,4%) na comparação com igual período do ano passado. Considerando apenas o mês de março deste ano, foram embarcados ao exterior 8,9 milhões de pares, gerando US$ 74,2 milhões, quedas de 2% em pares e de 11,2% em faturamento em relação ao mesmo mês de 2019. O presidente-execu�vo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca a crise global decorrente da Covid-19, que reduziu a demanda internacional por bens que não são de subsistência, como é o caso dos calçados. “Sen�mos os primeiros reflexos da pandemia em janeiro, visto que países asiá�cos e europeus já vinham sendo impactados desde o início do ano. Em março, além do próprio Brasil, nosso principal des�no, Estados Unidos, também começou a sofrer com o coronavírus, refle�ndo na queda do consumo naquele País”, avalia. A queda das vendas ao mercado norte-americano, já sen�da nos úl�mos meses, se acentuou em março. No acumulado do trimestre, foram embarca-

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dos 2,8 milhões de pares, que geraram US$ 47,4 milhões, quedas de 28,9% e de 12,6%, respec�vamente, em relação ao mesmo período de 2019. O segundo des�no dos calçados brasileiros no trimestre foi a Argen�na. O país comprou 2,4 milhões de pares, que somaram US$ 25,6 milhões, incrementos de 35,2% e de 19,1%, respec�vamente, ante o ano passado. O terceiro des�no do período foi a França, para onde foram embarcados 2,2 milhões de pares por US$ 15 milhões, quedas tanto em volume (-23,3%) quanto em receita (7,5%) na relação com o mesmo período de 2019. Estados exportadores – O Rio Grande do Sul foi o principal exportador de calçados do Brasil no trimestre. O Estado embarcou 7,55 milhões de pares, gerando uma receita de US$ 103,4 milhões. Todavia, esses resultados representam quedas de 5,8% em volume e 12,2% em receita ante o mesmo intervalo do ano passado. O segundo maior exportador do período foi o Ceará, de onde par�ram 12,4 milhões de pares por US$ 69,4 milhões, quedas de 12,6% e 11,8%, respec�vamente, em comparação com o primeiro trimestre de 2019. Em terceiro lugar, São Paulo exportou 2 milhões de pares, somando

Importações – As importações de calçados no Brasil registraram crescimento no mês de março. Entraram no País 3,7 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 34,3 milhões, aumentos de 34,1% e de 45,5%, respec�vamente, ante o mesmo mês de 2019. Reflexo, também, da necessidade chinesa de redistribuir sua produção no mercado externo, tendo em vista a queda da demanda interna. No acumulado do trimestre, a importação foi de 9 milhões de pares por US$ 103,7 milhões, registrando queda de 0,6% em volume e incremento de 10,9% em receita. As principais origens das importações do trimestre foram Vietnã (3,5 milhões de pares e US$ 60 milhões, incrementos de 26,3% e de 31,5%, respec�vamente, ante mesmo período do ano passado), Indonésia (990 mil pares e US$ 16 milhões, quedas de 24,5% e 17,7%, respec�vamente) e China (3,7 milhões de pares e US$ 13,7 milhões, queda de 9,2% em volume e aumento de 5,2% em faturamento). Já em partes de calçados – cabedais, solas, saltos, palmilhas etc – as importações somaram US$ 7,7 milhões , 17,9% menos do que no primeiro trimestre de 2019. As principais origens foram, em ordem, China, Paraguai e Vietnã. 

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US$ 23,7 milhões. Os números representam incremento de 13,4% em volume e queda de 2,6% em receita na relação com o acumulado do mesmo ínterim do ano passado.

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CALÇADOS

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Rhodia, empresa do Grupo Solvay, desenvolveu um projeto de calçado sustentável e confortável, tendo como base suas matérias-primas e insumos produzidos no Brasil. O obje�vo da empresa é ampliar a oferta de produtos sustentáveis para atender demanda do setor coureiro/calçadista. Dois exemplos da aplicação desses produtos da Rhodia foram destaques na Fábrica Conceito, instalada na Fimec 2020. Sustentabilidade e conforto - O projeto da Rhodia envolve a confecção de dois modelos de tênis com materiais sustentáveis, combinando as melhores soluções da empresa em fios têxteis de poliamida e intermediários químicos (ácido adípico). No cabedal foi u�lizado o Amni Soul Eco®, primeiro fio têx�l de poliamida biodegradável do mundo, criado pela Rhodia no Brasil. Esse fio foi aplicado à técnica Knit, processo novo de tecelagem 3D, que faz parte da indústria 4.0. A técnica reduz processos, permi�ndo que entre o fio e saia o cabedal pronto, resultando em redução de lead �me e o uso de outros recursos. O solado e a palmilha foram confeccionados em poliuretano (PU) biodegradável e reciclável, a par�r do ácido adípico da Rhodia, que incrementam a capacidade de cushioning (amortecimento) e aumentam a sensação de conforto do usuário do produto. “O resultado é uma combinação

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Rhodia combina matérias-primas para tornar calçados mais sustentáveis e confortáveis

perfeita para um calçado sustentável e que proporciona, ao mesmo tempo, mais conforto e segurança para o consumidor”, afirma Vinicius Morbeck, Diretor Comercial, Marke�ng e Assistência técnica de Poliamida e Fibras do Grupo Solvay na América La�na. Segundo Morbeck, a Rhodia está colocando à disposição do setor de calçados uma série de inovações desenvolvidas no Brasil na área de poliamida, tanto no segmento têx�l quanto em insumos de produtos intermediários. “Nós queremos ajudar no crescimento do setor, em linha com as atuais tendências de consumo de calçados, que valorizam os materiais e recursos sustentáveis”, afirma o execu�vo. Redução de emissões e economia circular - O desenvolvimento de novos materiais sustentáveis da Rhodia voltados para a indústria de calçados também envolve a área de intermediários químicos ligada ao ácido adípico aplicado na produção de poliuretano para solas e entressolas de calçados. “Nossa produção de ácido adípico no Brasil é uma das referências mundiais do setor no quesito pegada de carbono. Em nossa unidade industrial para aba�mento de gases de efeito estufa em Paulínia (SP) eliminamos em 2019 o total de 4,25 milhões de toneladas de CO2 equivalente, o que significa re�rar de circulação 920 mil veículos movidos a gasolina”, diz Eduardo Girote, Gerente de Marke�ng Estratégico da área de Polia-

mida e Fibras do Grupo Solvay na América La�na. Esse projeto - acrescenta Eduardo Girote - significa mais um avanço das empresas no sen�do da economia circular no setor coureiro/calçadista, valorizando o uso de materiais sustentáveis e reciclados em todas as etapas de desenvolvimento do calçado, reduzindo fortemente a geração de resíduos industriais. Projeto social e parceiros – Além do foco em sustentabilidade e do lançamento de novidades, a Rhodia decidiu par�cipar da Fábrica Conceito pelo cunho social do projeto, em linha com as prá�cas de Responsabilidade Social Corpora�va da empresa. A Fábrica contratou um total de 70 trabalhadores desempregados para atuar no projeto, em cinco linhas de produção. Uma sexta linha foi produzida por alunos do curso técnico de calçados do Senai. A ideia é que eles aprendam na prá�ca os conceitos de sala de aula. A produção dos 3.500 pares de calçados foi doada para ins�tuições que atendem pessoas em vulnerabilidade social. O projeto da Rhodia apresentado na Fábrica Conceito envolve uma série de parceiros que também estão engajados em ampliar a sustentabilidade na área de calçados. Além da Rhodia, com fios têxteis e ácido adípico, fazem parte a Calçados Ramarim (design e confecção dos calçados), Basf (solado em poliuretano -PU, injetado pela empresa Pro PU), Cofrag (tecido da palmilha), Brastema (equipamento para tecelagem do cabedal), Pro PU (palmilha), C.A.Santos (atacador), Amazonas (adesivo de PUR, aplicado com auxílio de robô), Máquinas Sazi (equipamentos da linha de montagem) e Formas Kunz (formas dos tênis).  www.borrachaatual.com.br


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Emplacamentos de veículos caem 73,5%

Entraves e Soluções para a Retomada do Setor ©DETRAN/DIVULGAÇÃO

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FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de veículos Automotores apurou queda de 73,57% nos emplacamentos de veículos automotores no mês de abril, considerando todos os segmentos automo�vos, em relação ao mesmo mês de 2019. Foram emplacados 89.692 veículos (entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, implementos rodoviários e motocicletas) em abril/2020, contra 339.388 veículos em abril de 2019. Se comparado ao mês de março/2020, abril mostrou queda de 64,04% e, na relação do acumulado do quadrimestre (janeiro a abril), o ano de 2020 está 25,17% abaixo do mesmo período do ano passado. "Passamos de 1.244.086 unidades, emplacadas no acumulado de 2019, para 930.918 veículos, no mesmo período deste ano. Isso demonstra o resultado da chamada parada súbita de nossa economia, e da inoperância da maior parte das concessionárias, em decorrência da quarentena, decretada pelos estados, em função do Coronavírus, que determinou o fechamento do comércio na maior par-

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te de nosso País", avalia Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE. A comercialização de automóveis e comerciais leves teve queda de 76,79% entre os meses de abril de 2019/2020, passando de 221.292 unidades, comercializadas, em abril do ano passado, para 51.362 unidades, vendidas em abril de 2020. No acumulado do quadrimestre, a retração foi de 27,13%, com 583.905 autos e leves vendidos entre janeiro a abril de 2020, contra 801.280 comercializados em igual período de 2019. "Lamentavelmente, voltamos aos patamares de vendas, registrados há 14 anos, para automóveis e comerciais leves e, para o Setor em Geral, retornamos aos volumes de 1992, ou seja, voltamos aos resultados de 28 anos atrás", aponta Assumpção Júnior. No caso de caminhões, a retração no acumulado foi de apenas 2 anos, mas chegou a 26 anos de retrocesso, se forem considerados, apenas, os dados de abril. Para motos, houve retrocesso de 24 anos, em relação aos dados de abril/2020, e de 17 anos, no acumulado do quadrimestre.

Retorno às atividades Ainda sem poder fazer projeções sobre os resultados do setor para 2020, em função da falta de previsibilidade do retorno da economia à normalidade, o Presidente da FENABRAVE afirma que as concessionárias de veículos encontram entraves importantes para a retomada, ainda que grada�va, dos volumes de antes da crise, iniciada em março deste ano. "Precisamos ter previsibilidade de retorno e liquidez, para sobreviver", alerta Assumpção Júnior. O primeiro entrave, citado por ele, é que, atualmente, há poucos estados onde as concessionárias foram autorizadas, pelo Governo Estadual e Municipal, a voltar a operar 100%, ou seja, com vendas de veículos, além de peças e serviços de manutenção. "Em estados onde a quarentena foi flexibilizada, como em Goiás, por exemplo, a queda do Setor foi menor, tanto na comparação entre abril de 2020 e de 2019 (-47,8%), como no acumulado do ano (-6,7%)", declarou o Presidente da FENABRAVE. Com isso, o primeiro passo, para o retorno do equilíbrio das 7.300 concessionárias de veículos, existentes no Brasil, deve ser o imediato retorno às a�vidades normais. "Destaco que, como www.borrachaatual.com.br


vem sendo, incansavelmente enfa�zado, em todos os o�cios enviados pela Federação, e nas reuniões remotas entre a FENABRAVE e Governos – sejam Federal, Estadual ou Municipal-, estamos prontos para voltar, com total responsabilidade e seguindo, rigorosamente, todos os protocolos de saúde e cuidados sanitários, preconizados pela OMS, Ministério da Saúde e demais Autoridades Sanitárias. Vale ressaltar que as concessionárias não são locais que provocam aglomerações. Além disso, outro argumento irrefutável refere-se à importância das a�vidades das concessionárias, que garantem a mobilidade e manutenção de veículos que são primordiais nessa fase, já que transportam cargas e pessoas por todo o País", argumenta Assumpção Júnior. Nesse sen�do, pleito da en�dade, encaminhado ao Governo Federal, incluindo Presidência da República, Ministério da Economia (SEPEC), Infraestrutura e Casa Civil, já foi atendido pelo recente DECRETO No. 10.329, que prevê a inclusão das concessionárias de veículos no rol de a�vidades essenciais: "....a�vidades de comércio de bens e serviços, incluídas aquelas de alimentação, repouso, limpeza, higiene, comer-

cialização, manutenção e assistência técnica automo�vas, de conveniência e congêneres, des�nadas a assegurar o transporte e as a�vidades logís�cas de todos os �pos de carga e de pessoas em rodovias e estradas." "No entanto, este Decreto não afasta a competência ou a tomada de providências norma�vas e administra�vas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, em conformidade com a decisão do Supremo Tribunal Federal, de 15 de abril de 2020, segundo a qual, Estados e Municípios têm o poder de estabelecer polí�cas de saúde, inclusive questões de quarentena e a classificação dos serviços essenciais. Por isso, con�nuaremos trabalhando para a retomada total das nossas a�vidades, em todos os estados e municípios do País, sempre observando as cautelas sanitárias necessárias, de forma a possibilitar a sobrevivência do nosso setor", esclarece o Presidente da FENABRAVE. A en�dade e suas regionais já encaminharam o�cios as todos os Estados e Municípios solicitando a reabertura, responsável e comprome�da, das concessionárias, e vem par�cipando, semanalmente, de reuniões remotas com en�dades congêneres ao setor e com o

Governo do Estado de São Paulo, para argumentar em favor da reabertura, grada�va, das concessionárias e DETRANs, principalmente, nos municípios menos afetados pelo COVID-19. Desde então, alguns estados, como Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina já autorizaram a reabertura das concessionárias locais.

Linhas de Crédito e Capital de Giro Outro problema enfrentado pelas concessionárias é a falta de liquidez durante o período da crise. Nesse sen�do, a en�dade está se reunindo, semanalmente, com a equipe da SEPEC – Secretaria Especial da Produ�vidade, Emprego e Compe��vidade, que faz parte do Ministério da Economia, para que linhas de crédito possam chegar, rápida e efe�vamente, às concessionárias, a juros razoáveis, para que essas tenham condições de manter seus negócios até a recuperação do mercado, o que, na avaliação da FENABRAVE, levará algum tempo, mesmo após o controle da pandemia. "Sem vendas e sem liquidez, os concessionários, que respondem por

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Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE. www.borrachaatual.com.br

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FENABRAVE 5,12% do PIB, e, consequentemente, os mais de 315 mil empregos gerados, diretamente, por eles, estarão em risco, pois, mais de 30% das empresas do setor talvez não tenham fôlego para chegar ao final deste mês", alerta Assumpção Júnior. A en�dade também vem solicitando ao Governo a postergação do pagamento de impostos, e orientando as Associações de Marca a negociarem, junto às Montadoras, maiores prazos de pagamento para veículos e peças, assim como a antecipação de recebíveis. "Todos devem estar unidos para passarmos por esse di�cil momento e isso só acontecerá se as Redes �verem capital de giro para operar", esclarece Assumpção Júnior.

Viabilidade de novos negócios – DETRAN e RENAVE Para que novos negócios possam ser gerados pelas concessionárias, a FENABRAVE vem solicitando imediato retorno dos DETRANS que estão inoperantes. "Sem emplacamentos, fica complicado concre�zar vendas, ainda que remotamente. Por isso, pedimos que os DETRANS e Cartórios voltem a operar. Outro ponto que pode favorecer novos negócios, nesse momento, é a efe�va implantação do RENAVE- Registro Nacional de veículos em Estoque, que se daria eletronicamente e, portanto, sem qualquer risco", ressalta o Presidente da FENABRAVE.

Compromisso do Setor no Combate ao Coronavírus A FENABRAVE formou, em 13 de março/2020, um Comitê de Crise COVID-19, com o obje�vo de preparar as concessionárias a enfrentar esse importante desafio, tomando todas as precauções sanitárias disponíveis para que o Coronavírus não se propague no Setor. Como primeira e emergencial medida, foi desenvolvido, com base nos protocolos do Ministério da Saúde e OMS, já no início da pandemia no Brasil, um Guia de Orientações contra o Coronavírus (no qual incluem-se vídeos de orientação), onde é possível acessar o material no portal da Federação (www. fenabrave.org.br), e já encaminhado às concessionárias de veículos, suas Associações de Marca e demais lideranças do Setor. "Esse Guia prevê a adoção de todos os protocolos de saúde sanitária, com especial ênfase para os cuidados de higiene pessoal e local, incluindo sani�zação constante dos veículos e instalações, tanto em showroom, oficinas como nas áreas de refeição, estacionamento e administra�vas, assim como a disponibilização e uso permanentes de máscaras de proteção individual (EPI´s), álcool em gel, em todos os departamentos, à vista e oferecidos a todos os colaboradores e clientes, assim como recomendamos a colocação de cartazes e avisos, em locais de alta visibilidade, relacionados à distância necessária entre

as pessoas, estações de trabalho, entre outros procedimentos, a serem rigorosamente seguidos", enfa�za o Presidente da FENABRAVE. Entre outras orientações, encaminhadas pela en�dade às suas lideranças e concessionárias a essas filiadas, estão medidas como: • Realizar escala de revezamento, visando reduzir o número de colaboradores, u�lizando-se das alterna�vas previstas na MP 936; • Não manter, nas equipes, pessoas consideradas do grupo de risco, tais como idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas; • Controlar acesso ao showroom, evitando aglomeração de pessoas; • Reforço da alterna�va de atendimento ao cliente, com agendamento prévio; • Estabelecer controle de condições clínicas e protocolos de atuação/ encaminhamento, caso haja manifestação de sintomas por quaisquer colaboradores e/ou seus parentes próximos/de convívio; "Também estamos nos unindo, a en�dades congêneres, como ANFAVEA, Sindipeças, entre outras, ligadas aos segmentos que representamos, para que, juntos, possamos encontrar caminhos para ajudar a população e as empresas do Setor a retomar suas a�vidades, sem correr riscos" , finaliza Alarico Assumpção Júnior. 

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GENTE Mauro Bellini é o novo presidente do conselho de administração da Marcopolo Em reunião realizada por conference call, neste mês de abril, Mauro Gilberto Bellini foi nomeado presidente do Conselho de Administração da Marcopolo. Esta é a segunda vez que o empresário ocupa esta posição - a primeira foi entre 2012 e 2016 - e sucede a Paulo Cezar da Silva Nunes, até então o presidente do conselho e que assume a vice -presidência. Formado em Engenharia Mecânica pela Pon��cia Universidade Católica e em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ambas em Porto Alegre, e com pósGraduação em Administração e Finanças, respec�vamente pela Universidade

Interna�onal Nego�a�on School e University of the Witwatersrand - Graduate School of Business Administra�on, ambas de Johannesburgo, na África do Sul, Mauro Bellini exerceu suas a�vidades profissionais ligadas à Marcopolo entre 1996 e 2007, sendo responsável pelo desenvolvimento dos mercados do con�nente africano e Oriente Médio. Em 2007, passou a ser membro do Comitê de Estratégia e Inovação da Marcopolo e a par�cipar das reuniões do Conselho de Administração. Em 2010, foi nomeado vice-presidente do Conselho de Administração e con�nuou atuando nos Comitês Execu�vos e par�cipando diretamente das decisões da companhia.

Em março de 2012, assumiu como presidente do Conselho de Administração da Marcopolo, até 2016, quando passou a membro do Comitê de Estratégia Marcopolo e presidente do Conselho de Administração do Banco Moneo. A reunião também definiu os novos membros do Conselho de Administração da Marcopolo, que passa a ser composto pelos conselheiros Dan Ioschpe, Henrique Bredda, Denise Casagrande da Rocha, Maria Aparecida Metanias Hallack e José Rubens de La Rosa, pelos diretores James Eduardo Bellini e José Antonio Valia�, e por Eduardo Frederico Willrich, secretário do Conselho de Administração. 

Nelson Pereira dos Reis é reeleito para o Sinproquim ©DIVULGAÇÃO

As empresas associadas ao Sinproquim (Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo) reelegeram Nelson Pereira dos Reis para presidir a en�dade na gestão 2020/2024. Maria Izabel Laczko Gebrael, da MetalChek, será a vice-presidente e Nivio Machado Rigos, da Petrom, será o diretor administra�vo e financeiro. A eleição foi realizada no dia 20 de março e a posse da nova diretoria está agendada para o dia 26 de abril. O Sinproquim representa as indústrias de produtos químicos inorgânicos e orgânicos para fins industriais e seus diwww.borrachaatual.com.br

versos segmentos no Estado de São Paulo, onde se concentra o maior número de empresas do setor. A en�dade trabalha, de forma é�ca, responsável e transparente, para elevar a compe��vidade da indústria química, desenvolvendo a�vidades que agregam valor às associadas e es�mulam o crescimento da economia brasileira e o desenvolvimento social. Entre

outras a�vidades, o Sinproquim negocia e firma acordos ou convenções cole�vas de trabalho com os sindicatos de trabalhadores do setor químico no Estado de São Paulo e assessora as empresas associadas em temas como relações trabalhistas, compliance, comércio exterior, meio ambiente, transporte, logís�ca, assuntos tributários e temas econômicos. 

Diretoria do Sinproquim para a gestão 2020/2024 Presidente: Nelson Pereira dos Reis (Nutriplant) Vice-Presidente: Maria Izabel Laczko Gebrael (Metal-Chek) Diretor Administrativo/Financeiro: Nivio Machado Rigos (Petrom) Diretoria: Ana Paula Santoro Coria (Oxiteno) Eliane Siviero de Freitas (Lanxess) João Feliciano Lopes Raful (Unipar Carbocloro) Marcelo Arantes de Carvalho (Braskem) Marcelo Rodrigues Perracini (Rhodia Poliamida) Paulo de Tarso Albuquerque Araújo Sobrinho (Elekeiroz) Sérgio Mastrorosa (Clariquimica)

Conselho Fiscal: Efetivos: Renata Oliveira Brostel (BBC) Ronaldo Silva Duarte (Birla Carbon) Gustavo B. Grecco (Arkema) Suplentes: Sebastião Carlos Gonçalves de Lima (Incol Lub) Paulo Eduardo Rocco (Rhodia Poliamida) Fernanda Elvira Chilotti (Messer) Delegados representantes junto à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo Nelson Pereira dos Reis Maria Izabel Laczko Gebrael

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MATÉRIA TÉCNICA

CONSULTORES OU MENTORES NA INDÚSTRIA DE BORRACHA? Autor: Luis Tormento

Em 2010, na edição de setembro da Revista Borracha Atual sobre o tema “Informação Comercial e Técnica para a Indústria da Borracha”, abordamos o tema da obtenção de informações técnicas, mas não foi considerado o fato de que muita informação é passada por pessoas, entre elas os consultores, que será melhor explicado nesse artigo. Antes de definir quem é um consultor empresarial, devemos considerar a importância desse profissional para as médias e pequenas empresas (MPE’s), para que possam melhor acompanhar o mercado e as suas mudanças que con�nuam a ocorrer constantemente. Porém, o mais importante é a compreensão desta necessidade e saber qual o papel do consultor em todo esse processo. “Uma boa definição é dada em um ar�go publicado no site Duplo Foco (h�p:\\duplofoco\consultor empresarial), onde se lê que o consultor empresarial é quem irá agir na empresa trazendo as mudanças necessárias a ela, salientando que a própria empresa assumiu a responsabilidade de auxiliar seus execu�vos no processo de decisões ao contratar a consultoria. Assim, é necessário que o consultor seja um profissional íntegro com uma boa visão de mundo e amplo conhecimento do ambiente de negócios para que possa melhor orientar a empresa-cliente. Muito embora seja o consultor empresarial quem faz toda a análise da empresa e encontra as melhores alterna�vas a serem adotadas, é importante ressaltar que seu papel é de tão simplesmente apontar os pontos a serem melhorados e quais serão as mudanças e�ou programas de implementação. Não cabe ao consultor o poder de produzir essas mudanças, uma vez que o controle sobre as ações tomadas dentro da companhia cabe ao gerente ou proprietário. O consultor não possui controle direto sobre a empresa; apenas estuda a empresa e apresenta alterna�vas, sem decidir sobre elas ou sua implantação. O consultor empresarial deve ser visto como um con-

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selheiro da empresa. É alguém de fora, e como qualquer pessoa que não está no comando do empreendimento, não é dono ou gerente para colocar regras. Ele estuda, analisa, sugere e acompanha. É a pessoa hábil a entender o panorama específico e geral da companhia e aconselhá-la por tempo determinado. Baseado nessas definições, na minha opinião, o papel desempenhado pelo consultor na indústria da borracha, devido à rápida evolução e crescimento do número de empresas, levou a uma falta de veteranos que possam passar seu conhecimento para químicos mais jovens e pessoal técnico. Essa falta não tem sido suficientemente preenchida por conferências técnicas1, ar�gos2 e livros.

Essa falta não tem sido suficientemente preenchida por conferências técnicas, artigos e livros. As empresas possuem muitos segredos tecnológicos e restrições nos gastos de seus recursos, o que é muito di�cil, levando-as a fazerem apresentações “in-company” com muito atraso tecnológico. Na verdade as indústrias relutam em enviar seu jovem pessoal técnico a esses eventos para proteger seus segredos e suas ”peças-chaves” de outros concorrentes, evitando até troca de informações anônimas em grupos de Whatsapp3. Na realidade, conforme cita James P. Barnhouse na edição eletrônica da revista RubberNews de 13 de abril de 2015, a indústria da borracha necessita na realidade de pessoas que façam o papel de MENTORES. Uma boa definição para a contratação de mentores é dada pelo site Mundorh: “Mentores são pessoas com anos

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Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha e ELASTE. Revista Borracha Atual. Whatsapp – Grupo Rubber Business.

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de experiência no mercado que oferecem uma tutoria ou apadrinhamento para auxiliar os menos experientes.“ É de conhecimento popular que uma bagagem profissional dentro da área faz diferença para empresários obterem êxito. Por isso, os empreendedores de primeira viagem que ainda não possuem essa caracterís�ca, apostam em mentores que possam ajudá-los nas questões mais delicadas rumo ao progresso profissional com visão de longo prazo e estratégia. Esses mentores são pessoas com anos de mercado que oferecem uma tutoria ou apadrinhamento para auxiliar os menos experientes. Em outras palavras, consiste na promoção da troca de conhecimentos acumulados ao longo de uma trajetória. Mas, para o processo ser bem-sucedido, o grupo de mentores precisa estar aberto ao aprendizado da mesma forma que o mentor precisa ser um profissional que tenha a�ngido resultados posi�vos durante sua carreira. Então, o papel de um bom mentor consiste principalmente em: • Contextualizar a demanda do grupo de mentores (mentorado); • Criar uma relação de aconselhamento positiva e um clima propício para uma comunicação franca; • Ajudar o mentorado a iden�ficar os desafios, as oportunidades, os bloqueadores e os paralisadores de seu processo de evolução; • Conduzir o mentorado no processo de solução dos desafios; • Dividir com o mentorado suas histórias de sucesso e erros; • Admi�r honestamente suas eventuais limitações para atender a demanda do mentorado; • Indicar, quando for o caso, outros profissionais que possam auxiliar o mentorado; • Solicitar feedback para o mentorado sobre o processo de mentoring; • Preparar-se seriamente para cada encontro; • Avaliar e dar feedback do progresso alcançado pelo mentorado. Concordando com o Sr Barnhouse com as modernas técnicas de comunicação fazemos nosso trabalho por meios eletrônicos, aconselhando e fazendo apresentações virtuais em todo o mundo, que na minha singela opinião no setor de borracha todos os chamados consultores são na realidade mentores.  www.borrachaatual.com.br

Exposição e Seminário de Borrachas e Máquinas

Tecnologia, Sustentabilidade, Perspectivas e Networking

03/09

A partir das 09hs O Seminário terá palestras de manhã e à tarde com a presença de palestrantes especializados em tecnologia, sustentabilidade, mobilidade e tendências dos mercados de automóveis, pneus, autopeças, calçados e artefatos de borracha. Uma oportunidade única para networking e aprimorar conhecimentos.

PROPOSTA DE PATROCÍNIO PACOTE

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LOCAL: Centro de Convenções Milenium, Rua Dr. Bacelar, 1043 – São Paulo ESTACIONAMENTO NO LOCAL INSCRIÇÕES: redacao@borrachaatual.com.br (11) 3044-2609 Almoço incluso na inscrição das palestras.

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As escolhas mais difíceis requerem as vontades mais fortes.

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FRASES & FRASES

Thanos

“Você não escolhe sentir medo. Mas escolhe o que fazer em relação a isso.” Capitã Marvel

“Grandes poderes trazem grandes responsabilidades.” Tio Ben (Homem-Aranha)

“Nenhuma quantia de dinheiro jamais comprou um segundo de tempo.” Homem de Ferro

“Progresso é a habilidade do homem de complicar as coisas simples.” Thor

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“Não julgo as pessoas pelos seus piores erros.” Viúva Negra

“Parte da jornada é o fim.” Homem de Ferro

“Todo mundo falha em ser quem deveria ser. O valor de alguém, de um herói, está em conseguir ser quem realmente é.”

“Paramos de procurar monstros embaixo de nossas camas quando percebemos que eles estão dentro de nós.” Bruce Wayne

“Se a perda o faz duvidar de sua crença na justiça, então você nunca acreditou na justiça.” Mulher Maravilha

Vingadores: Ultimato

“Nós caímos para aprendermos a nos levantar!” Batman Begins

“A sorte é uma porta giratória, você só precisa saber quando é a sua hora de atravessar.” Stan Lee

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CLASSIFICADOS

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AGENDA

SETEMBRO 03/09 16º PRÊMIO TOPRUBBER Local: Centro de Convenções Milenium Rua Dr. Bacelar, 1043, São Paulo Informações: +55 (11) 3044-2609 E-mail: redacao@borrachaatual.com.br www.premiotoprubber.com.br

03/09 ELASTE – 9ª EXPOSIÇÃO E SEMINÁRIO DE BORRACHAS E MÁQUINAS – Tecnologia, Sustentabilidade, Perspectivas e Networking Local: Centro de Convenções Milenium Rua Dr. Bacelar, 1043, São Paulo Informações: +55 (11) 3044-2609 E-mail: redacao@borrachaatual.com.br

23 a 25/09 EXPOBOR – 14ª FEIRA INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA, MÁQUINAS E ARTEFATOS DE BORRACHA Local: Expocenter Norte, 13 às 20 horas, São Paulo Informações: +55 (11) 2226-3100 www.expobor.com.br

23 a 25/09 ABTB - 18º CONGRESSO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DA BORRACHA Local: Expocenter Norte, São Paulo Informações: www.abtb.com.br e congresso2020@abtb.com.br

23 a 25/09 PNEUSHOW Local: Expocenter Norte, 13 às 20 horas, São Paulo Informações: +55 (11) 2226-3100

Confira agenda completa e atualizada dos eventos em nosso site: www.borrachaatual.com.br

A principal premiação do mercado brasileiro de borrachas Serão 20 categorias premiadas na escolha das melhores empresas do ano de 2019.

03/09/2020 LOCAL: Centro de Convenções Milenium, Rua Dr. Bacelar, 1043 – São Paulo.

Votação Iniciada

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