Jornal O Líder São Miguel

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- SÃO MIGUEL DO OESTE - SC, 20 DE ABRIL DE 2013

Vida Saudável Santa Catarina se prepara para a vacinação contra a gripe Estado recebeu 1,6 milhão de doses para a campanha, que iniciou na última segunda-feira (15). No total, 1,8 mil postos nos 295 municípios vão imunizar até o dia 26 de abril Na última segunda-feira (15), Santa Catarina recebeu 1,6 milhão de doses da vacina contra a gripe. A partir de segunda, as doses estarão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde do estado. De acordo com o Governo do Estado, o público-alvo está estimado em 1,5 milhão de pessoas. Além disso, meta é imunizar pelo menos 80% dessas pessoas. Conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), no total, 1,8 mil postos distribuídos nos 295 municípios catarinenses terão a vacina até o dia 26 de abril. O dia 'D' ocorre neste sábado (20), quando haverá uma mobilização nacional. No total, mais de 42 milhões de doses serão distribuídas em todo o país. Mesmo quem se vacinou no ano passado, precisa tomar a dose novamente. Os grupos prioritários abrangem gestantes, crianças entre seis meses e dois anos, idosos a par-

tir de 60 anos, indígenas, presidiários, profissionais da saúde e também doentes crônicos e mulheres que fizeram partos até 45 dias antes, grupos incluídos este ano. "Estudos anteriores, inclusive realizados em Santa Catarina, mostraram que 85% das pessoas que foram a óbito pertenciam a um destes grupos, principalmente esses que foram incluídos", disse Eduardo Macari, gerente de imunização da Dive. Além disso, o gerente alerta para a importância da imunização este ano: "Foram identificados três vírus em circulação, de forma mais importante: o H1N1, o H3N2 e o Influenza B. Esses três tipos de vírus fazem parte da composição da vacina", explicou Macari. Anualmente, ocorrem cerca de três a cinco milhões de casos graves de gripe pelo vírus influenza e 250 mil a 500 mil mortes por influenza em todo o mundo. A maioria das mortes ocorre em idosos e pessoas

que apresentam doenças de base, as crianças menores de cinco anos são grupo altamente vulnerável às complicações, sendo frequentemente hospitalizadas. Na época de maior incidência da influenza ocorre aumento substancial no número de consultas médicas, uso de antibióticos para tratamento de otites, sinusites e pneumonias, aumento nas taxas de hospitalização por broncoespasmo e pneumonia e, eventualmente, por complicações neurológicas ou cardíacas (o vírus pode também levar a inflamação destes órgãos). A vacinação contra influenza tem demonstrado importante redução de casos leves à graves de influenza. Estudo realizado no Canadá revelou que a vacinação universal contra gripe foi responsável pela redução no uso de antibióticos tanto nos vacinados como nos não vacinados. Os vírus circulam durante o ano todo

e frequentemente existe co-circulação de mais de um tipo de influenza (A e/ou B). Após a pandemia de 2009 o vírus Influenza teve baixa circulação no país nos anos de 2010 e 2011, mas no Brasil, em 2012, verificou-se aumento no número de hospitalizações e mortes pela influenza A (H1N1). Nos EUA, em janeiro de 2013, foi identificado aumento significativo no número de atendimentos e hospitalizações por Influenza A (H3N2). Historicamente, as cepas A (H3N2) têm sido associadas a maiores taxas de complicações e mor-

te. Essa cepa está incluída nas vacinas de influenza recomendadas para esta temporada de gripe nos hemisférios norte e sul e um estudo realizado revelou a proteção conferida pela vacina foi de, aproximadamente, 60% para pessoas com mais de seis meses de idade. Além de reduzir as complicações, a vacinação reduziu em 60% o número de consultas por síndrome gripal. Crianças menores de cinco anos desempenham importante papel na transmissão da doença na comunidade e para seus familiares. Daí a importância de vacinarmos nossas crianças.


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