437 - MANUAL DE ECONOMIA2

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Graficamente, esse comportamento da coletividade produziria um deslocamento para cima da escala de poupança (e para baixo da escala de consumo), de tal ponto que o nível de renda y0 e excessivo para gerar uma poupança necessária a financiar o nível de investimento I. Em y0 a poupança Si excede o investimento I, provocando uma formação de estoques não desejados, que para sua eliminação será requerida a redução da renda para o nível y1 . Isso podemos ver pelo gráfico 14.

Gráfico 14 O Paradoxo de Parcimônia

8. Os gastos do governo (G) As despesas de investimento do governo, tais como construir estradas, portos, esgotos, irrigação, parques, ruas, bibliotecas públicas etc., constituemse no terceiro elemento da demanda agregada. Acréscimos nestes gastos governamentais possuem o mesmo efeito multiplicador dos investimentos privados, expandindo o nível de renda nacional pela expansão da demanda secundária em bens e serviços de consumo (isso poderá ser visto quando da dedução e comparação dos respectivos multiplicadores). Entretanto, como é do nosso conhecimento, os gastos do governo (G) são predominantemente financiados pela arrecadação de tributos (T). Esse fato nos leva a rever a hipótese inicial sobre as funções consumo e poupança, pois agora tais decisões devem ser tomadas sobre a renda disponível e não mais sobre a renda total. Devemos reescrever as funções da seguinte maneira: Função Consumo: C = a + b (y - T) Função Poupança: S = - a + (1 b) (y - T)

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