437 - MANUAL DE ECONOMIA1

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A diferenciação de produtos pode dar-se por características físicas (composição química, potência etc.), pela embalagem, ou pelo esquema de promoção de vendas (propaganda, atendimento, fornecimento de brindes, manutenção etc.). Da mesma forma que o modelo de concorrência perfeita, prevalece a suposição de que não existem barreiras para a entrada de firmas, o que significa que, a longo prazo, haveria uma tendência para a existência de lucros normais (Receita Total igual a Custo Total), não surgindo lucros extraordinários.

5.2. Oligopólio O oligopólio é uma estrutura de mercado que prevalece no mundo ocidental, inclusive no Brasil, como, por exemplo, na indústria do transporte aéreo, rodoviário, química, siderúrgica, de certos tipos de serviços etc. Esta estrutura de mercado caracteriza-se pela existência de um reduzido número de produtores e vendedores, produzindo produtos que são substitutos próximos entre si. Em outras palavras, estes produtos têm alta elasticidade cruzada. Segundo a substitutibilidade perfeita ou imperfeita dos produtos, o oligopólio pode ser perfeito ou diferenciado. A noção fundamental subjacente ao oligopólio é a da interdependência econômica81. Então, se todos os produtores são importantes, ou possuem uma faixa significativa do mercado, as decisões sobre o preço e a produção de equilíbrio são interdependentes, porque a decisão de um vendedor influi no comportamento econômico dos outros vendedores.

5.3. Monopsônio Esta estrutura de mercado é caracterizada pela existência de muitos vendedores e um único comprador. É uma estrutura que pode prevalecer especialmente no mercado de trabalho. Portanto, ou os trabalhadores empregam-se no monopsônio, ou precisam trabalhar em outra localidade, por exemplo. A curva de oferta de trabalho indica quantas; unidades serão empregadas, dado o preço do salário. Como o monopsonista precisa pagar salários mais elevados para obter unidades adicionais de trabalho, o custo marginal é crescente e, portanto, a curva de Custo Marginal situa-se acima da curva de oferta do fator, que é a sua curva de Custo Médio. A conseqüência deste fato é que o Custo Marginal é superior ao preço pago ao trabalho marginal, porque ele deve pagar salários mais altos para todas as unidades já empregadas. Quando o monopsonista está em equilíbrio, maximizando o lucro, naturalmente igualando o Custo Marginal no valor do produto marginal do fator, ele paga um preço para o fator, que é inferior ao valor de seu produto marginal.

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No apêndice, veremos que existem modelos de oligopólio nos quais a hipótese da interdependência não é essencial.

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