Cidades/Metrópole C3
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O ESTADO DE S. PAULO
DOMINGO, 4 DE JULHO DE 2010
CULTURA. A cidade como inspiração REPRODUÇÃO
Cosmopolita. Ig Guara chegou a São Paulo há apenas três anos e destaca as facetas multiculturais da metrópole em sua obra; desenhos foram feitos com exclusividade para o ‘Estado’
Em 30 anos, 3 gerações de vilões e super-heróis
do Curtume, 745, Lapa
l Rua General Góis Monteiro, 521, Perdizes. Tel.: 5072-6161
Ministro Ferreira Alves, 48, Pompeia. Tel.: 3676-0796
l Praça
Franklin Roosevelt, centro
Av. Francisco Matarazzo
LAPA
BARRA FUNDA
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Quanta Fundada em 1997 como Fábrica de Quadrinhos, a escola mudou de nome em 2002. É um dos principais centros de formação da área. Profissionais em ascensão, a exemplo de Renato Guedes, que desenha o Super-Homem, estudaram lá. E renomados como Ivan Reis e Joe Prado dão aulas
ALTO DE PINHEIROS
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Dr. José de Queirós Aranha, 246, Vila Mariana. Tel.: 3214-0553
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l Avenida Diógenes Ribeiro de Lima, 753, Pinheiros
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Art&Comics Agência responsável por exportar, desde os anos 1980, vários talentos. Roger Cruz, Marcelo Campos, Ivan Reis, entre outros, passaram por lá
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Impacto Quadrinhos Escola de desenho, pintura, modelagem e tem até cursos especializados no mercado norte-americano. O quadrinista Klebs Junior, colaborador de editoras como Marvel (a do Homem-Aranha), é sócio e um dos professores
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Praça Roosevelt Lá está a loja HQ Mix (número 142), onde ocorrem lançamentos e palestras, o Espaço Parlapatões (número 158) em dezembro, um grupo de desenhistas, como Rafael Grampá, fez um trabalho coletivo no local, e vários bares onde a turma se reúne
Cachalote Loja especializada que tem entre os sócios o desenhista Rafael Coutinho (filho do cartunista Laerte)
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“A Art&Comics é a responsável por iniciar esse fluxo para o exterior”, aponta o desenhista Marcelo Campos, pioneiro nessetrabalho.Em1988,foiconvidado a fazer testes para fora. Um ano depois, começou a colaborar com três pequenas editoras americanas. “Em 1991, fui o primeiro a ingressar em uma grande editora dos Estados Unidos”, recorda. Nocaso,aDC,deBatman, SuperHomem e companhia. No mesmo ano, ele assumiu o título da Liga da Justiça. Campos destaca que naquela épocanão seconfiava no profissional brasileiro. “Achavam que não cumpriría-
Mauricio de Sousa Pelo estúdio do criador da Turma da Mônica passaram quadrinistas que ganharam fama no exterior. Caso de Ivan Reis, hoje contratado da DC Comics (Super-Homem, Lanterna Verde). Foi lá que aprendi, aos 16 anos, a ser profissional , diz Reis. É um lugar que dá oportunidades para iniciantes.
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Center (Rua Chico Pontes, 1.500, Vila Guilherme; ingressos na porta a partir de R$ 15), promete agradar aos fãs de quadrinhos. De sexta a sábado e entre os dias 16 e 18, terá palestras e stands que oferecerão 150 mil revistas com descontos de 20% a 80%. Serão dez toneladas de gibis com preços a partir de R$ 1. “Só pudemos pensar na Comic porque o setor cresceu muito em São Paulo”, diz Jorge Rodrigues, dono da loja Comix, nos Jardins, e organizador da feira e da Fest Comix, que ocorre em outubro. “O sucesso dos artistas brasileiros é um dos motivos.” / FV
POR ONDE OS DESENHISTAS ANDAM
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● A primeira Comic Fair, no Mart
Com GPS. Ivan Reis mostra como seria o cotidiano de um herói na capital paulista
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Feira em SP oferece 150 mil revistas com descontos
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O paulista Ivan Reis, nascido em São Bernardo do Campo, na GrandeSãoPaulo,éumdosprincipaisnomesdoboomdequadrinistas brasileiros no exterior. Contratado pela DC Comics, é o desenhista oficial do Lanterna Verde há quatro anos e, antes, trabalhou por dois anos com o Super-Homem. No próximo dia 23,Reisdisputa,nosEstadosUnidos, o Eisner Awards, considerado o Oscar do gênero. Desde 2007, os brasileiros têm marcado presença anualmente nessa disputa. Paulistanos participaram das últimas trêsúltimasedições.“Quandovirei desenhista profissional, com 13, 14 anos, não achava que um dia poderia desenhar personagens desse porte”, conta Reis. “Hoje a moçada já começa com esse foco. Isso porque mostramos para eles que é possível.” Aos 34 anos, Reis faz parte do que os quadrinistas chamam de segunda geração de desenhistas – atualmente, já há uma terceira. É um pessoal que começou a ganharespaçonomercadointernacionalnosanos1990.Nocasodele, foi em 1995, quando ilustrou uma história de terror para a editora americana Dark Horse. Na época, ele era ilustrador do estúdio de Mauricio de Sousa (da Turma da Mônica), na Lapa. “Muitos começaram lá”, comenta. “E tive a chance lá fora com a agência Art&Comics, que era perto do Mauricio.” Reis fez testes com a agência, que conseguiu trabalhos para ele nos Estados Unidos. Menos deum anodepois,parou dedesenhara Mônica e passoua sededicar aos super-heróis.
De cima. Robin Hood, personagem desenhado por Sam Hart, observa São Paulo
Prédios e caveiras. Amilcar Pinna, em ilustração inspirada pela cidade
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Na década de 1980, era difícil o trabalho; hoje, desenhistas têm fama internacional
INFOGRÁFICO/AE
mos prazos, não faríamos como pediam.Além disso,nãohaviainternet e mandávamos tudo por fax, falávamos por telefone.” Por esses motivos, não era tão fácil conseguir trabalho. “Com o tempo, provamos que somos bons”, afirma. “Isso abriu portas para que a nova geração não pas-
sasse pelos mesmos empecilhos e fosse bem recebida.” Novos. Depois de Campos, vie-
ram Ivan Reis, Roger Cruz e outros. Para ter mais receptividade no mercado americano, eles mudavam os nomes. João Prado, por exemplo, virou Joe Prado.
Capital de giro é quando o investimento na Pós volta como aumento de salário.
Roger Cruz é Rogério da Cruz. “Hojeobrasileiro éreconhecido e nem precisamos mais alterar nossos nomes”, diz Amilcar Pinna (que se chama Amilcar mesmo), da terceira e nova geração. O sucesso também tornou possívelapublicaçãodepersonagens e histórias de novatos no
exterior. Como faz Gabriel Bá, FábioMoon,RafaelGrampá.“Esse também será meu próximo passo. Mostrarei histórias urbanas inspiradas em São Paulo”, diz Amilcar. / FILIPE VILICIC
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