ACIC - Revista Liderança Empresarial - Ano 8 Nº 32

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CRICIÚMA - SC - N°32

Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe.

UM ANO DE REALIZAÇÕES

FOTO ULISSES JOB

Grandes eventos Maior participação empresarial E boas perspectivas para 2012

LIBRELATO Trilha o caminho das grandes

GESTÃO OLVACIR BEZ FONTANA ACIC se fortalece e colhe a união do Sul

INDÚSTRIAS DE TECNOLOGIA Crescem na região 1


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CENTRO EMPRESARIAL GANHA NOVO BLOCO

2.300 m² AUDITÓRIO MODULAR PARA ATÉ 540 LUGARES SALAS PARA MAIS ENTIDADES PARCEIRAS PROJETO ARQUITETÔNICO NORBERTO ZANONI E DIEGO DO ESPÍRITO SANTO


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FOTO LUCAS MENDES

Editorial

A

ACIC encerra o ano de 2011 com ótimas notícias a serem contadas. Neste ano que encerra o mandato da atual diretoria executiva o balanço que se faz é extremamente positivo. Ao longo destes dois anos propomos e agimos de maneira a influenciar nossos associados, empreendedores, e a comunidade de maneira geral. Nosso objetivo foi de mostrar através da nossa maneira de agir, através da história de sucesso de nossos diretores. Precisamos motivar e desafiar as pessoas para que também possam dar o que têm de melhor, sempre dentro de uma visão de doação ao bem comum, produzindo conhecimento e tecnologia. Trabalhamos o planejamento estratégico da entidade, trilhamos caminhos e definimos ações. A cada um coube projetos que foram e estão sendo encaminhamos, dentro de uma visão de curto, médio e longo prazo. Agradeço a colaboradores e diretores pela sua participação. Frente à gestão administrativo financeira da ACIC também tivemos um trabalho desafiador. Nosso objetivo de quintar os pagamentos da construção do centro empresarial teve total sucesso. E mais ainda, através de um plano de ação envolvendo os diversos serviços e produtos que entidade disponibiliza pudemos gerar novas receitas e fechar a gestão com recursos em caixa. Nossa equipe foi desafiada e atendeu às metas estabelecidas. E hoje essa poupança nos permitiu fazer novos projetos, como a construção do bloco C, que trará novos parceiros, gerando novas fontes de receita à Associação. Em termos de participação regional nossa entidade também abriu novas frentes, participou e articulou junto das demais entidades empresariais por um sul mais forte e com melhor infraestrutura. Isso é a prova de que somos uma grande aldeia, que precisa estar cada vez mais unida e que só assim obterá os resultados planejados. Junto aos governos municipal, estadual e federal também estivemos presentes. Levando pleitos, cobrando ações, pressionando pelas obras necessárias ao sul. Lutamos pela Via Rápida, pelo anel viário, pelo plano diretor, aeroportos, Porto de Imbituba e pela conclusão da BR 101. Deixamos nossas empresas e nossos negócios para levar a representatividade da ACIC a missões nacionais e internacionais. Mas acreditamos que este é o único caminho. O caminho da participação, da doação e da cobrança. A todos que estiveram do nosso lado nesta caminhada agradecemos. A todos que nos apoiaram também faço uma saudação especial. Encerro este ano com a certeza de termos feito a nossa parte e ainda com o propósito de continuar essa caminhada. Convido a todos que venham conosco.

Um Feliz Natal e um excelente ano de 2012. Olvacir José Bez Fontana, Presidente da ACIC p r e s i d e n t e @ a c i c r i . c o m . b r

Diretoria 2010-2011 Olvacir José Bez Fontana - Presidente Vice-presidentes Sinésio Volpato - 1° Secretário Nelcides José Damiani - 2° Secretário Renato Pieru - 1° Tesoureiro Venício Neves Pereira - 2° Tesoureiro Amilton João Zanette Ana Peruchi Milanez

César Smielewski Diomício Vidal Donato Zanatta Francisco Gaidzinki Bastos Hélcio Ramos de Jesus Iaride Piosevan Itamar Benedet Liliane Manenti

Luiz José Damázio Marli Maria Aguiar Reginaldo B. Fernandes Rosa Maria Rosso do Canto Rui Inocêncio Tito Lívio de Assis Góes Diretor Executivo - Waldir Duminelli

Expediente: A revista Liderança Empresarial é uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma Edição I Ana Sofia Schuster I Assessoria de imprensa da ACIC Editoração I Novo Texto Comunicação e Divulgação - Suamy Fujita Fotos I Novo Texto Comunicação e Divulgação Reportagens I Ana Sofia Schuster, Deize Felisberto, Milena Nandi, Giuliano De Luca Colaboradores I Joice Quadros, Fran Lima, Neri Trombim, Joselito Pizzetti, Sandro de Mattia. Contatos I 48 3461 0900 - ACIC I acicri@acicri.com.br I novotexto@agencianovotexto.com.br Vendas I Vilma Martinhago - 48 3461-0903 4


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Sumário Gestão 2010/2011

Retrospectiva das ações da atual diretoria e entrevista com o presidente Olvacir Bez Fontana

Páginas 10 a 17

Jorge Gerdau vem a

Criciúma e fala sobre os desafios da Câmara Brasileira de Gestão, Desempenho e Competitividade

Páginas 18 e 19

Empresas Librelato:

Um sonho que fatura R$ 400 milhões por ano Páginas 24 e 25

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Empresas de Base Tecnológica:

Segmento já tem grandes empresas e busca o fortalecimento do setor

Páginas 28 a 33

Antenor Angeloni projeta

um novo futuro para o Criciúma Esporte Clube Páginas 42 e 43

Balanço 2011

Lideranças avaliam o ano que chega ao fim e trazem as perspectivas para 2012 Páginas 44 a 51

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Presidente

avalia gestão 2010-2011 Ao encerrar o seu mandato na gestão 2010-2011, o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, faz uma avaliação do atual momento econômico da cidade, através da entrevista a profissionais de imprensa da nossa cidade. Fontana falou de desenvolvimento, da infraestrutura, plano diretor e investimentos em Criciúma. ANDERSON DE JESUS – Jornal Diário de Notícias: O que a ACIC conseguiu evoluir nestes últimos anos para colocar um fim no bairrismo que impera no sul de SC e unir a região num pensar regionalmente para o desenvolvimento? OLVACIR BEZ FONTANA - Presidente da ACIC - Estamos fazendo um trabalho para integrar as demais associações. O sul catarinense tem uma característica única. Somos uma aldeia cercada pelo mar e pela serra. No centro estão nossos municípios, que têm demandas regionais estruturantes que permitirão o crescimento de todos. E é neste sentido que estamos trabalhando, nas demandas do interesse do sul, juntamente com as demais associações empresariais. Cito o Porto de Imbituba, a BR 208, a Via Rápida, o aeroporto regional. Temos que unir forças para construirmos uma região mais forte. Temos que cultivar a união em um mundo cada vez mais globalizado e estarmos unidos. A ACIC tem trabalhado nesta direção. Tem buscado contribuir com toda a região. Se outra ACI apresentar idéias vamos construir com ela e com o empresariado, sempre com o objetivo de desenvolvimento e construção de riquezas.

JOSÉ ADÍLIO – Jornal da Manhã Como a ACIC poderá ajudar para que o Plano Diretor de Criciúma possa ser aprovado com mais rapidez? FONTANA - A ACIC não se preocupa tanto em fazer um processo rápido. Nosso pensamento é que é preciso fazer de forma bem feita. A preocupação da nossa associação é que Criciúma tenha um plano empreendedor, futurista e coloque a cidade nos parâmetros nacionais e internacionais. Uma cidade progressista e futurista. Uma cidade que contemple a instalação de novas empresas. A ACIC quer que isso ocorra o mais rápido possível. 8


GISELLE TISCOSKI – Rádio Transamérica A ACIC é a entidade máxima de representação do empresariado criciumense e tem como objetivo tornar este importante segmento mais competitivo. Criciúma tem um amplo mercado empreendedor, no entanto, os números, no que diz respeito ao crescimento econômico no comparativo a outro municípios catarinenses, não acompanham essa tendência. Na sua gestão, quais foram os principais obstáculos encontrados a que os desafios para superá-los? E, qual a participação e contribuição dos governos neste sentido? FONTANA - O pequeno empreendedor precisa aprender os caminhos para buscar o apoio ao seu negócio. A ACIC criou a casa do empresário para atender na prefeitura um representante que faça esse atendimento empreendedor, um braço que facilite o acesso. Em paralelo, a ACIC tem criado um ambiente de desenvolvimento desde segurança, mobilidade, educação. Queremos criar um ambiente propício ao investimento. Num passado muito recente a cidade via o empresário, o empreendedor como um personagem negativo, um vilão. A ACIC tem trabalhado incessantemente para mostrar que essas pessoas produzem riquezas, geram postos de trabalho e impostos para investimentos na nossa cidade, no estado e no país. Nossa cidade, nosso país, só será dinâmico se tivermos empresas fortes. Criciúma tinha uma aversão a esses empreendedores e o papel da ACIC tem sido influenciar as pessoas com idéias e casos de sucesso destas pessoas empreendedoras e de sucesso. No entanto hoje percebemos uma mudança sutil, um novo clima pairando sobre a cidade. Também sob o ponto de vista estruturante melhorias animadoras. E é importante ressaltar que a atual gestão municipal tem sido parceira e motivadora deste novo clima. ANDRESA PIVA – A Tribuna Nos últimos anos, Criciúma tem apresentado queda na arrecadação de ICMS. O que a ACIC tem feito e pode fazer para que novas indústrias se instalem na cidade? FONTANA - A ACIC indicou uma pessoa técnica e qualificada para assumir o cargo de gestor de ..., o engenheiro Joselito Pizetti. Sua função tem sido trabalhar para auxiliar o empresário e ao mesmo tempo buscar novas perspectivas de investimento para a cidade. Também temos a presidência do Conselho de Desenvolvimento Econômico, presidido pelo vice-presidente da ACIC, César Smielevski. Um grande planejamento para a cidade tem sido feito pelo Conselho, que trabalha juntamente com a Unesc neste estudo. É certo que a cidade precisa de obras estruturantes que permitam a logística destas empresas, e o Conselho também está atuando com a ACIC e prefeitura para a viabilização da Via Rápida, Anel de Contorno Viário e dos aeroportos Diomício Freitas e regional de Jaguaruna. Na telefonia celular já em 2012 vamos sentir a melhoria, fruto do trabalho do nosso presidente do Conselho.

JOÃO PAULO MESSER – Rádio Eldorado A ACIC indicou o nome e o prefeito nomeou para o cargo estratégico no Governo Municipal um agente de captação de novos investimentos na cidade. Este procedimento já trouxe resultados? FONTANA - Sim, a ACIC e CDL foram convocadas a indicar um nome do Diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma. A sugestão do nome do engenheiro Joselito Pizzetti foi bem aceita e hoje ele desempenha um trabalho que ao nosso ver já traz sim resultados para a cidade. Há que se separar dois aspectos da sua atuação. Um deles é a de atender possíveis interessados em investir na nossa cidade, bem como buscar áreas para que se instalem. Também buscando dar esse suporte, a ACIC trabalhou forte para que novas áreas industriais fossem incluídas no novo plano diretor. Então este trabalho tem sido feito ao nosso ver de forma satisfatória, pois os investimentos não virão se não tivermos áreas disponíveis e bem infraestrutura. E uma segunda linha de ação do diretor, que também atua no Conselho de Desenvolvimento Econômico, tem sido a de abrir as portas ao empresário que busca instalar empreendimentos ou outros serviços que dependam da agilização junto ao município. Então ele tem auxiliado nesta desburocratização dos processos junto à prefeitura. E isso também vemos que já há uma boa evolução. 9


Retrospectiva gestão ACIC 2010-2011

Desapropriação de área da via rápida 11/01/2010 - O presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, entregou no dia 08 de janeiro o cheque da quarta desapropriação de área onde será construída a Via Rápida. O pagamento de R$ 26 mil, oriundo da SC Parcerias. Também foram assinados os documentos de transferência da área de 6, 338 mil metros quadrados, localizado na Terceira Linha - Sangão, município de Içara, para a SC Parcerias.

Conselho das Entidades planeja próximas ações 13/01/2010 O Conselho das Entidades Empresariais reuniu-se para iniciar o planejamento das próximas ações. Os presidentes, Olvacir Fontana da ACIC, Júlio Wessler da CDL e Walmor Rabelo da Ampe, encaminharam alguns pontos a cerca das prioridades definidas pelo Conselho, Anel de Contorno Viário, Via Rápida e Aeroporto Regional de Jaguaruna. Uma reunião com os deputados federais, Acélio Casagrande, Edinho Bez e Jorge Boeira O presidente da ACIC, destacou a intenção de ampliar e fortalecer a inclusão das ACIs e CDLs da região nos debates dos assuntos de interesse regional.

Voz para o empresariado 02/02/2010 - O presidente da Câmara de Vereadores, Edson do Nascimento, o vereador Vanderlei Zilli, e o economista Ademar Fabre, estiveram na ACIC em reunião com o Conselho de Entidades. Na presença dos presidentes da ACIC, Olvacir Bez Fontana e da CDL, Júlio César Wessler, Edinho confirmou que os empresários terão voz e espaço na discussão do plano diretor, que está tramitando na Câmara. Edinho informou que o processo que está sendo encaminhado é técnico e por isso vai promover um seminário técnico debater o plano e suas diretrizes. 10

19/02/2010 - A ACIC encaminhou ofício aos 531 deputados federais do Congresso Nacional, solicitando um posicionamento contrário a PEC 231/95 que sugere a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o pagamento de 75% sobre a hora extra trabalhada. 13/04/2010 - Não apenas a indústria, mas representantes de todo segmento empresarial marcaram presença no evento que elencou propostas a serem entregues aos candidatos na eleição 2010, na ACIC. Por parte da ACIC mais uma vez foram batidas as necessidades de infraestrutura, BR 101, ferrovia, via rápida e anel viário. Mas a novidade ficou por conta de um pleito do presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, para que se invista na educação básica. 22/04/2010 - O presidente da ACIC Olvacir Fontana acompanhou a comitiva da Unesc, ao lado de autoridades de Criciúma, em Barcelona, no 1º Fórum Espanha-Brasil de Cooperação


ACIC encaminha pedido de instalação de indústria 23/04/2010 - A ACIC entregou ao governador Leonel Pavan, oficio solicitando a intervenção do Estado para viabilizar a instalação da unidade processadora de cobre da mineradora Paranapanema em Criciúma. A mineradora confirmou a instalação de uma unidade no Estado, que receberá investimento de US$ 300 milhões e procura um município para instalar a unidade.

01/06/2010 - A diretoria da ACIC entre-

Tarifa de esgoto é debatida 04/05/2010 - A cobrança da tarifa de esgoto por parte da Casan nas áreas que já recebem as obras começa a acontecer em maio, nas contas de água do mês de junho. O tema foi abordado pela vereadora Romana Remor. A vereadora apresentou projeto de lei sobre a cobrança, que está tramitando na Câmara de Vereadores de Criciúma A ACIC sugeriu que o assunto também seja levado ao Ministério Público para análise da legalidade da cobrança integral.

Associações do Sul unidas pelo voto regional 18/05/2010 - Lutar pelos interesses do Sul do Estado, priorizando obras essenciais para a região e deixando de lado interesses próprios. Isto começou a se tornar realidade na sala da presidência da ACIC, onde estiveram reunidos também os presidentes da Associação Empresarial do Vale do Araranguá (Aciva) e Associação Empresarial de Tubarão (Acit).

ACIC defende alteração no seguro desemprego 25/05/2010 - A ACIC está engajada junto com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) na criação de um movimento que consiga a alteração da lei do seguro desemprego.

gou à pré-candidata ao governo do Estado, Ideli Salvati, PT, a pauta de 22 reivindicações do segmento empresarial. A pauta de pleitos é uma iniciativa da ACIC, CDL, Ampe e Associação de Jovens Empreendedores.

01/06/2010 - A ACIC promoveu debate

sobre o código ambiental brasileiro – projeto de lei 5367, de autoria do deputado federal Valdir Colatto, que também esteve presente no encontro. O objetivo é esclarecer os artigos da lei e contribuir para enriquecimento da proposta.

08/06/2010 - Representantes de cinco

partidos políticos de Criciúma atenderam o chamado e participaram da reunião realizada entre o Conselho das Entidades Empresariais de Criciúma. Os presidentes dos partidos concordaram com a preocupação das entidades em reduzir o número de candidatos a deputados federais e estaduais.

27/07/2010 - A prefeitura de Criciúma vai contratar um profissional para trabalhar a busca de novas indústrias para Criciúma. .

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Entidades iniciam campanha pelo voto regional 05/08/2010 - As entidades empresariais da Amrec, Amesc e Amurel aprovaram na ACIC, a campanha publicitária pelo voto nos candidatos da região..

Fórum sobre agência reguladora do esgoto de Criciúma 17/08/2010 - A diretoria executiva e o presidente da ACIC estiveram participando do fórum promovido pela prefeitura de Criciúma sobre a criação da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento Básico de Criciúma (ARSBAC).

Governador garante início da Via Rápida 18/08/2010 - O governador do Estado, Leonel Pavan, confirmou o início da obras da Via Rápida. O pronunciamento foi feito a comitiva de empresários de Criciúma que foi à Florianópolis, comandada pelo presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana.

ACIC promove a criação do comitê intersindical 27/08/2010 - Foi dado início ao processo de formação do comitê intersindical, do seguimento patronal, de Criciúma e região. A criação do grupo faz parte das ações do planejamento estratégico da ACIC. Neste primeiro encontro, para tratar da deliberação sobre a criação da intersindical, 12 entidades estiveram presentes e aprovaram por unanimidade a formação do comitê. 12

30/08/2010 - A ACIC sediou a cerimô-

nia de posse do presidente da Famcri, Volnei da Luz Junior, e do gerente de Desenvolvimento Econômico, Joselito Pizzeti. A indicação para a escolha do gerente de Desenvolvimento Econômico foi feita pela ACIC e CDL à pedido do prefeito, Clésio Salvaro.

31/08/2010 - Transformar Criciúma

numa cidade atrativa aos investidores. Esse foi o compromisso assumido pelo novo gerente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Criciúma, Joselito Pizzeti, ao tomar posse na ACIC.

14/09/2010 - O presidente da SC Par-

cerias, Gerson Pedro Berti, garantiu a viabilidade da construção da Via Rápida, que ligará Criciúma à BR-101, e afirmou que a obra só não sairá se não houver vontade política.

16/09/2010 - A ACIC, AJE e Câmara

da Mulher Empresária de Criciúma estiveram na Praça Nereu Ramos para apoiar o Tigre. As diretorias dessas entidades realizaram uma grande mobilização pelo Criciúma Esporte Clube e a campanha do sócio 10 mil.


Comitê pelo Aeroporto Regional Sul é criado 22/09/2010 - Lideranças empresariais e políticas da região estiveram reunidas, em Jaguaruna, para a criação do Comitê Executivo do Aeroporto Regional Sul Humberto Bortoluzzi. Foi definido que o Comitê é formado por presidentes e diretores das Associações Empresariais de Tubarão, Criciúma, Araranguá, Braço do Norte, Imbituba, Jaguaruna e CDL de Tubarão.

ACIC apresenta pesquisa de demanda de mão de obra 04/10/2010 - O vice-presidente da ACIC, Iraíde Piovesan, apresentou ao presidente em exercício da Fiesc, Glauco José Corte, a pesquisa de demanda de mão de obra realizada pela ACIC e SATC.

Empresários têm encontro com Eduardo Moreira 24/11/2010 - Uma comitiva de empresários de Criciúma e cidades da região esteve reunida com o futuro vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, para discutir o andamento da Via Rápida.

Eduardo garante obra da SC Parcerias 25/11/2010 - O vice-governador Eduardo Pinho Moreira, reunido com lideranças empresariais de Criciúma, garantiu que a via rápida será construída. Ao lado do presidente da SC Parcerias, Gerson Berti, Moreira disse que a empresa vai recorrer da decisão cautelar do Tribunal de Contas do estado, que decidiu pela paralisação do processo licitatório.

Entidades promovem encontro com eleitos pelo Sul 26/11/2010 - As Entidades Empresariais do Sul de Santa Catarina promovem o primeiro encontro com candidatos eleitos pelo sul do estado. Foram convidados a participar da reunião os oito deputados estaduais e os três deputados federais.

29/11/2010 - Entidades empresariais e

deputados da região realizaram mais uma rodada de trabalhos para discussão de prioridades e verbas para o sul catarinense.

30/11/2010 - Lideranças do Sul do Es-

tado estiveram reunidas, em Florianópolis, com representantes dos poderes Executivo e Legislativo em torno de quatro itens prioritários: a construção do anel de contorno viário e da via rápida de Criciúma, para ligar a cidade à BR 101, a liberação de verbas para desapropriação que permitam a continuidade das obras da Barragem do Rio do Salto e repasse de verbas para o Hospital Infantil Santa Catarina.

10/12/2010 - A Câmara de Vereadores de

Criciúma realizou uma reunião que poderá dar novos rumos a conquistas para a cidade e a reunião. Por encaminhamento do encontro, foi definida a criação de uma comissão com cinco membros para a defesa de quatro bandeiras para o Sul do estado. 13


Entidades se unem para reivindicar Via Rápida 07/01/2011 - As entidades empresariais da região iniciam uma mobilização para reivindicar a construção da Via Rápida. Foram distribuídos no Balneário Rincão material informativo sobre a rodovia. A Campanha “Via Rápida – O sul merece este caminho para o desenvolvimento regional” pretende conscientizar a população da importância da obra.

ACIC firma parceria com Famcri 17/01/2011 - A ACIC é uma das entidades que aderiram ao projeto de Reciclagem do Lixo Eletrônico da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri). Devido ao sucesso do projeto implantado há três meses, em Criciúma.

ACIC cobra de Ministro finalização da BR -101 16/03/2011 - O presidente da ACIC destacou como vitoriosa a mobilização que levou autoridades do executivo, legislativo e lideranças empresariais e políticas de Santa Catarina ao Ministério dos Transportes. A audiência mostrou a representatividade, unidade e força pela finalização da duplicação da BR 101 no sul de SC. Para Fontana, o Ministro Alfredo Nascimento deixou claro que a conclusão de todos os trechos é prioridade.

Comissão é formada para representar aeroporto 04/02/2011 - Diante da informação de que a Infraero não tem interesse em renovar o contrato para administração do aeroporto regional Diomício Freitas, uma comissão formada por deputados, prefeitos, ACIC, CDL e representantes do governo do estado vai levar a situação ao governador Raimundo Colombo. 14

22/02/2011 - A liberação do processo licitatório para as obras de adequação e melhoria da infraestrutura do Aeroporto Regional Diomício Freitas de Forquilhinha foi autorizada pelo governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. 15/03/2011 - A diretoria da ACIC marcou presença no lançamento da campanha da BR 101, nesta segunda-feira na Câmara de Vereadores. O presidente Olvacir Bez Fontana e os vice-presidentes da entidade transferiram a reunião semanal das segundas-feiras, a fim de acompanhar o trabalho dos vereadores. A campanha consiste de peças publicitária e abaixo assinado pedindo a agilidade na conclusão das obras de duplicação do trecho sul da BR 101. Nesta quarta-feira o presidente da ACIC acompanha a comitiva de autoridades que estará no Ministério dos Transportes, em Brasília, cobrando a finalização das obras.


Prefeito Salvaro faz um projeto para os próximos 50 anos 19/04/2011 - Salvaro falou sobre investimentos e ações do seu governo e também foi questionado pela diretoria sobre projetos para a cidade. A diretoria da ACIC quer que o executivo inicie um trabalho de planejamento para o futuro da cidade.

ACIC recebe comitiva chinesa 28/04/2011 - O encontro promoveu a troca de experiências e tecnologias entre os empresários, além de viabilizar futuras parcerias comerciais. A região de Huaebei possui sólida tradição industrial nos setores de mineração, Energia, textil, automotivo e insumos para a construção civil.

ACIC promove missão à Itália 02/05/2011 - O evento foi organizado pelo COMVESC - Comitato das Associações Venetas de Santa Catarina - e a ACIC tem o intuito de comemorar o 10º aniversário da celebração do Gemellaggio entre Criciúma e Vittorio Veneto e o protocolo de acordo entre Criciúma e a Província de Treviso.

ACIC contra o aumento do número de vereadores 10/05/2011 - O projeto de ampliação do número de vereadores de Criciúma de 12 para 21 tem sido debatido na diretoria da ACIC e repudiado pelos seus integrantes. Para a diretoria da entidade, a proposta vai retirar recursos do município, que poderiam ser utilizados em investimentos.

10/05/2011 - De acordo com a Procuradora da República, Patrícia Muxfeldt, recebeu o ofício da ACIC e constatou a veracidade da falta de sinalização ou sinalização inadequada no trecho acabado e em obras. A ACIC encaminhou o documento após reunião de diretoria, onde foram discutidos os riscos de transitar pelos trechos da rodovia, que não possuem qualquer sinalização. 26/05/2011 - A ACIC trouxe a Criciúma o empresário Antônio Luiz Seabra, Fundador da Natura. O evento foi uma comemoração ao 67º aniversário da Associação Empresarial de Criciúma. 31/05/2011 - A diretoria pediu à RBS apoio para a inclusão da via Rápida nas bandeiras de desenvolvimento do sul que o grupo RBS vem trabalhando. Já o presidente da Câmara de Vereadores, Toninho da Imbralit falou sobre a campanha da BR 101 e as 40 mil assinaturas já recolhidas. 15


Carlito Merss aponta projeto para Joinville 07/06/2011 - Com a presença de empresários, delegados do plano diretor, políticos e arquitetos, a ACIC apresentou o modelo de planejamento da cidade de Joinville, feito pelo próprio prefeito do maior município de Santa Catarina, Carlito Merss.

César Smielewski é novo presidente do Conselho Municipal 01/07/2011 - César Smielewski é novo presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico O vice-presidente da ACIC, César Smielewski, já trabalha no planejamento de ações que promovam a retomada da instalação de novos investimentos industriais em Criciúma.

ACIC E OAB tomam posição sobre número de vereadores 18/07/2011 - A ACIC e a Subseção de Criciúma da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, cientes dos latentes debates em torno dos Projetos de Lei que visam aumentar o número de parlamentares na Câmara Municipal de Criciúma, uniram esforços na condição de sociedade civil organizada, na vanguarda dos interesses da comunidade criciumense.

Comitiva de chineses estreita laços com empresários 21/07/2011 - A comitiva de chineses da cidade de Huaibei esteve em reunião na ACIC. A visita foi para reafirmar o convite já feito pelos chineses em abril, quando estiveram em Criciúma, para participar da Feira de tecnologia de mineração de carvão que acontece na China de 13 a 18 de outubro.

Relatório de trafegabilidade e sinalização – BR 101 26/07/2011 - Este relatório será entregue ao Ministério Público Federal em Criciúma, que abriu inquérito Civil Público para apurar a adequação das obras de duplicação da Rodovia BR 101 nestes trechos, atendendo pedido da própria ACIC. 16

11/08/2011 - A nova diretoria da Federa-

ção das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) tomou posse no 12 de agosto, e traz novos nomes da região Sul. O empresário e vice-presidente da ACIC, Diomicio Vidal é a vice-presidente Regional Sul da FIESC.

16/08/2011 - ACIC e Sebrae promoveram

palestra empresarial durante a Heimatfest O Encontro Empresarial: Motivação em Tempos de Mudança foi o tema da palestra com o consultor João Batista Ribeiro Junior.

19/08/2011 - Uma mobilização em conjunto entre as associações empresariais da região sul para alavancar as operações no Porto de Imbituba. A presença do presidente da Associação Empresarial de Imbituba, Adilson Silvestre, foi importante para dar início ao projeto, que pretende realizar um cronograma de ações que envolvam as entidades do sul em prol do crescimento do Porto.

19/08/2011 - A ACIC sediou o seminário sobre mudanças climáticas, com a presença do especialista no setor, economista José Miguez, e do secretário de Desenvolvimento Sustentável de SC, Paulo Bornhausen. O evento foi promovido pela SATC, reunindo representantes de empresas e entidades políticas e de educação da região.


ACIC entrega prêmio de jornalismo 31/08/2011 - ACIC entregou a 11º Prêmio ACIC de Jornalismo. O evento está em sua décima primeira edição e foi prestigiado pelos profissionais de comunicação, que concorreram nas categorias Rádio, TV, Jornal, WEB Jornalismo, TV, Fotografia e Trabalho acadêmico.

Associados aprovam construção do Bloco C da ACIC 06/09/2011 - Foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária pelos associados da ACIC a construção do Bloco C da sede da Associação

ACIC recebe Vereadora Romanna e cobra pauta positiva 06/09/2011 - A diretoria da ACIC recebeu a vereadora Romanna Remor, que falou da sua atuação na Câmara. Ao falar sobre a não aprovação da nova legislação da telefonia móvel, a vereadora foi cobrada pelos diretores e membros do conselho superior presentes, para que o assunto seja retomado e a cidade garanta a qualidade dos serviços.

ACIC pede reapresentação do projeto das antenas 13/09/2011 - A diretoria da ACIC obteve o compromisso do vereador Itamar da Silva de que irá reapresentar o projeto de sua autoria, que prevê a instalação de novas antenas de telefonia celular no município.

18/10/2011 - O Deinfra vai dar continuidade aos encaminhamentos para a construção da Via Rápida e novos trechos do anel de contorno viário. As duas obras foram debatidas em audiência pública promovida. 28/10/2011 - A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) empossou na sua diretoria para a gestão 2011-2013. O presidente Alaor Tissot foi reeleito e praticamente toda a nominata de diretores foi mantida. O presidente da ACIC, foi empossado como segundo secretário. 01/11/2011 - O prefeito Clésio Salvaro, acompanhado do vice, Mário Búrigo, e técnicos da prefeituta apresentou um balanço das obras da prefeitura. Salvaro apresentou números e as principais obras feitas pela atual gestão nos 1000 dias de governo. 17


O elogio de Gerdau 

Ana Sofia Schuster l Criciúma

FOTOS ULISSES JOB

Ter a oportunidade de ver e ouvir Jorge Gerdau Johannpeter falar sobre gestão é sair com a certeza de que há sim esperança para a redução do gasto público. Como coordenador da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, Gerdau trouxe exatamente esta mensagem. E mais. Mais de 400 privilegiados e atentos ouvintes ouviram da boca do presidente do Conselho de Administração de um dos maiores conglomerados empresariais do país um sincero elogio ao processo de gestão pública implantado na prefeitura de Criciúma. A sua presença na cidade, por exemplo, tem muito a ver com esse processo. Gerdau abriu espaço na sua concorrida agenda para prestigiar e levar o projeto da Câmara

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a uma cidade com todo o potencial de virar o jogo na gestão pública, através do choque de gestão. Além de passar a sua mensagem elogiou não uma, mas pelo menos três vezes as ações apresentadas pelo coordenador do Comitê Gestor da Prefeitura de Criciúma, economista Edson Cichela. Também ressaltou os 20% de investimentos pretendidos pelo prefeito Clésio Salvaro, frutos desta nova mentalidade e política administrativa aplicada pelo atual governo. “Eu não sei o que eu tenho que fazer de palestra depois desta apresentação. Vocês estão de parabéns”, salientou Gerdau. “Eu fico tremendamente satisfeito com a mobilização da equipe. Prefeito é extraordinária a conquista. Porque a

Jorge Gerdau acompanhou a apresentação das ações do Comitê Gestor de Criciúma

gente quer fazer mais com menos. E eu perguntava ao prefeito sobre a taxa de investimento e ele me respondeu que na faixa de 20%. Um dos grandes problemas que o Brasil tem é o baixo índice de poupança-investimento. Porque a prosperidade é definida pela poupança-investimento. O Brasil está com uma poupança global ao redor de 18%. A meta está falando em 21 a 22%.”, completa. O cenário apresentado por Gerdau em Criciúma foi do macro ao micro, mostrando o momento mundial e como o país está inserido nessa realidade, onde muitos países estão combalidos. Desafios como a Previdência foram abordados. A análise do empresário é que, se o momento atual já é ruim, as perspectivas de futuro são terríveis quandos e fala em Previdência pública. Ele observa que com o cenário do não crescimento da população, nos próximos 20 anos, o risco de futuro da Previdência é um cenário de custo e crescimento, dentro de um modelo de não capitalização. Gerdau falou ainda sobre saúde, infraestrutura e educação. Neste último, Gerdau aponta como prioridade educar as pessoas para a cidadania. E quando se fala em ações práticas ressalta o atraso vivido pelo país, que segundo, ele poderia voltar seus olhos ao modelo de educação profissional adotado na Coréia. Em meio a toda a problemática e complexidade que envolve a questão tributária brasileira, Gerdau é direto: “Há um campo de correção e melhoria enorme a ser feito, porque a visão brasileira da parte tributária brasileira é uma visão eminentemente fiscal arracadatória e não é feita dentro de uma visão social e de desenvolvimento”. Em meio a um cenário mundial complexo o país é visto com ótimas perspectivas, mas dentro de ajustes necessários, principalmente no campo da gestão política. Com foco nesse ponto, Gerdau tem ao seu lado empresários


e executivos que integram a Câmara, como Abílio Diniz e Antônio Maciel Neto. O apoio vem também pelo Movimento Brasil Competitivo, com foco na eficiência, eficácia, competitividade e inovação, tanto no segmento público quanto privado. Em vários momentos de seu discurso em meio a esta caminhada Jorge Gerdau tem salientado as oportunidades que o país tem a ganhar com tais movimentos. Um dos primei-

ros é sem dúvida econômico. Segundo ele são milhões de Reais a serem poupados dos cofres públicos a cada ano. Para vários setores governamentais já existem metas traçadas, como nos Correios. Nesta empresa, dentro de um prazo de 18 meses se espera chegar a um ganho de R$ 1,5 bilhão, com uso de uma gestão eficiente. Na saúde, onde o alvo é o próprio Ministério, a redução proposta de redução de gastos

chega a R$ 140 milhões. Na base de tudo também estão os projetos, que precisam ser feitos e pagos. Dentro de sua peregrinação pelo país, Gerdau tem arrecadado junto a empresas recursos para a elaboração destes projetos que envolvem prefeituras, governos estaduais e federal. Com a experiência e o trânsito que homens como Jorge Gerdau têm, poucos duvidam que este trabalho vá frutificar.

O presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana e o prefeito Clésio Salvaro recepcionaram Jorge Gerdau

O que é o Movimento Brasil Competitivo O Movimento Brasil Competitivo busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, através do aumento da competitividade do país. Trabalha a disponibilização de conceitos e ferramentas, mobilizar lideranças públicas e privadas e disseminar conhecimento. O Movimento tem como meta máxima gerar novas lideranças, pessoas que levem para seus municípios e estados o mesmo espírito do Movimento Brasil Competitivo.

Um dos objetivosé transformar a cultura empreendedora e competitiva construída ao longo de seus nove anos em realidade para a população brasileira. Para tanto, desenvolve e fomenta o nível de comprometimento assumido pelos envolvidos com a questão da competitividade como ferramenta de desenvolvimento do país. O MBC trabalha o desenvolvimento de projetos nas áreas de gestão pública e privada, inovação e benchmarking.

A Câmara e a gestão A CGDC busca aprimorar a gestão pública, não só na formulação de mecanismos de controle da qualidade de gasto público, como também no estabelecimento de diretrizes. A câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade é formada pelos empresários Jorge Gerdau, Abílio Diniz, Antônio Maciel Neto e o ex-presidente da Petrobras Henri Reichstul. Também participam do grupo os ministros titulares da Casa Civil, Fazenda, do Planejamento e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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Unimed Criciúma: uma década de crescimento 

Giuliano De Luca l Criciúma

A Unimed Criciúma deu um salto gigantesco na última década e assumiu o posto de uma das líderes de mercado no ramo de planos de saúde em todo o Estado. Em 1999, há 12 anos, tinha cerca de 20 mil clientes e um faturamento de aproximadamente R$ 800 mil ao mês. Atualmente, concentra mais de 80 mil usuários e fatura nada menos do que R$ 10 milhões ao mês. Um avanço que tem nome e sobrenome. Dr. Walter Ney Junqueira, diretor presidente que deixou em segundo plano sua profissão de médico pediatra para se dedicar à administração da cooperativa de saúde. “Quando me propus a administrar a Unimed de Criciúma, resolvi fazer a faculdade de Administração, pois sabia que precisávamos de um diretor permanente, fazendo parte do dia a dia da cooperativa”, explica. Walter concluiu

o curso, fez cinco pós-graduações na área e hoje colhe os frutos plantados há anos por uma gestão focada nos melhores métodos da administração. “Tínhamos que reverter o quadro que encontramos”. Poucos consumidores resultavam em pouca arrecadação. O ritmo de crescimento era tímido por se tratar de uma das mais conceituadas cooperativas de saúde do país. “Crescemos muito nesses anos. Criamos a sede administrativa, construímos com recursos próprios o Hospital da Unimed, que hoje é referência em saúde”, explica. Em dois anos e meio, o hospital se tornou economicamente estabilizado, sem a necessidade de receber aporte de recursos da cooperativa. No projeto, ele teria que alcançar esse objetivo em cinco anos. “Fizemos o hospital de uma forma diferente de outros, que encontraram

muitos problemas. Primeiro, construímos aos poucos. Em segundo lugar, não pegamos um centavo de empréstimo. Observamos que foram decisões planejadas e que garantiram a viabilidade o hospital em pouco tempo”, explica o médico e administrador. A Unimed gera hoje cerca de 480 empregos diretos e mais de mil indiretos, com as clínicas, laboratórios e outros estabelecimentos conveniados. É formada por cerca de 300 médicos sócios que, de acordo com Walter, tiveram papel fundamental para todo esse crescimento experimentado nos últimos anos. “Passou a fase das vacas magras”, comenta em alusão do esforço feito pelo quadro associado para implementar todas essas ações na Unimed Criciúma. “Agora, o desafio é melhorar os honorários aos cooperados”, conta.

Fusão deve ampliar crescimento Mas as novidades não param por aí. “Sabemos que crescemos muito, mas tudo tem um limite”, explica o diretor presidente. Para crescer mais deve ser feita a união da Unimed Criciúma com a Unimed Araranguá.

A mudança deve ser aprovada no dia 14 de dezembro, em assembleia geral. “Assim, a partir do próximo ano, teremos a possibilidade de explorar uma árera que ainda é praticamente virgem. De Araranguá a Passo de Tor-

Dr. Walter Ney Junqueira está à frente da Unimed há 12 anos 20

res, são somente dez mil usuários. É um excelente mercado a ser explorado com a incorporação”, explica. A fusão vai ampliar as ações de marketing, comercial e administrativa, transformando a região Extremo Sul num celeiro de oportunidades de novo crescimento. “É um bom desafio”, explica. Há 12 anos a frente da Unimed Criciúma, com mais quatro a cumprir na atual gestão, Walter se mostra satisfeito com os resultados que conseguiu. “Queremos sempre tornar a prestação de serviços mais moderna e atraente para o usuário. Por isso, nunca deixamos de promover cursos e palestras para a formação continuada de nossos profissionais”. Hoje, a Unimed de Criciúma é responsável pelo atendimento a oito municípios. São eles: Criciúma, Braço do Norte, Urussanga, Cocal o Sul, Içara, Forquilhinha, Nova Veneza e Siderópolis.


NOTÍCIAS DE CRICIÚMA

Criciúma conquista quatro medalhas na Olimpíada do Conhecimento Estudantes do SENAI deram o primeiro passo rumo ao WorldSkills, o mundial de profissões Os estudantes do SENAI em Criciúma obtiveram quatro medalhas (um ouro, uma prata e dois bronzes) na etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento, maior competição de educação profissional da América Latina. Os vencedores das 30 ocupações industriais em disputa foram conhecidos no dia 04 de novembro, em cerimônia realizada no Centro de Eventos Sistema FIESC, em Florianópolis. A superação da primeira etapa representa para os competidores o início de um trajetória que poderá levá-los ao WorldSkills, o mundial de profissões, que será realizado em 2013, na Alemanha. Ao todo, a competição envolveu 116 jovens, que passaram por provas durante os dias 26, 27 e 28 de outubro. Para muitos estudantes, um exemplo a ser seguido é do joinvillense Natã Barbosa, que em outubro foi o primeiro catarinense a conseguir o ouro no WorldSkills, torneio mundial de profissões, realizado em Londres. O jovem esteve na premiação e incentivou os competidores a continuar o processo de aprimoramento. “Na preparação, por mais que tivéssemos um bom resultado, sempre sabíamos que poderíamos melhorar. Por isso persistência e confiança são essenciais”, aconselhou Natã. Participaram da competição alunos de cursos de educação profissional das unidades de Balneário Camboriú, Blumenau, Brusque, Caçador, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Luzerna, Rio do Sul, São José, São Bento do Sul, São João Batista, São Miguel do Oeste e Tubarão. Durante três dias os alunos passaram por provas com situações típicas da indústria. Eles foram avaliados pelas habilidades de executar as tarefas propostas e resolver os problemas apresentados, além de seus conhecimentos e atitudes profissionais. Os medalhistas de ouro confirmarão a vaga na etapa nacional em duas provas de índice. O objetivo é garantir que eles continuem treinando e se preparando, com o propósito de melhorar seu desempenho, tendo em vista o alto nível da competição nacional e do WorldSkills. Na cerimônia de encerramento, o presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, ressaltou o bom desempenho do Brasil na última edição do Worl-

dSkills, e lembrou desafio de dobrar (de duas para quatro) o número de ocupações com representantes catarinenses. “Ficamos em segundo lugar na colocação geral de países, atrás apenas da Coreia e à frente de países como Estados Unidos e França. Isso prova a excelência da educação profissional oferecida pelo SENAI”, disse Côrte. “Cabe ao SENAI dar as condições para que mais estudantes cheguem às mais altas colocações”. O diretor regional do SENAI de Santa Catarina, Sérgio Roberto Arruda, fez um paralelo entre a Fórmula 1 e a Olimpíada do Conhecimento. “Muitas das tecnologias que vemos hoje nas ruas começaram nas pistas, pois a Fórmula 1 é um laboratório de tecnologias. Assim é a Olimpíada do Conhecimento: os vencedores servem de paradigma para outros alunos, além de ajudar a aprimorar o ensino oferecido pelo SENAI”

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Consultoria do SENAI Criciúma ajuda a ganhar mais um prêmio A regional cearense do SESI, que recebeu consultoria em gestão de especialistas da unidade do SENAI em Criciúma e Florianópolis, foi reconhecida na primeira edição do Prêmio Ceará de Excelência em Gestão (PCEG), tendo alcançado a faixa bronze (entre 150 e 250 pontos). O prêmio promove a melhoria da qualidade da gestão e o aumento da competitividade das empresas sediadas no estado. A solenidade de entrega da premiação foi realizada no dia 1 de dezembro, em Fortaleza. A premiação é a sexta nos últimos 12 meses que o SENAI de Criciúma está envolvido, incluindo reconhecimentos próprios e de clientes atendidos. Entre as conquistas estão o melhor desempenho no Projeto Excelência da Gestão da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e a vitória no prêmio Banas de Metrologia; a conquista da categoria diamante pelo 28º Grupo de Artilharia de Campanha (de Criciúma) no Prêmio Catarinense de Excelência e duas certificações de construtoras em atendimento às normas do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat.

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Todos unidos pela competitividade 

Ana Sofia Schuster l Criciúma

As federações industriais dos estados do Rio Grande do Sul, Fiergs, Santa Catarina, Fiesc, e Paraná, Fiep, decidiram trabalhar unidas por um projeto que traga soluções para a infraestrutura nos três estados. Batizado de Sul Competitivo, o projeto foi lançado no final de junho, em Porto Alegre, com o apoio da CNI, Confederação Nacional da Indústria, se propõe a ser um amplo estudo sobre os modais logísticos na região Sul, interligados aos países vizinhos (Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile). Através de uma pesquisa elaborada pela empresa Macrologística vai traçar uma radiografia do que há hoje e apresentar soluções integradas para o transporte de produtos através de portos, aeroportos, ferrovias,

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hidrovias, dutovias e rodovias. Em Santa Catarina o projeto foi totalmente detalhado em encontro na Fiesc, onde os técnicos da empresa de consultoria Macrologística mostraram como será feito o mapeamento das 19 principais cadeias produtivas da região, a partir dos eixos de transportes que ligam a produção do Sul até o cliente final tanto no Brasil quanto no exterior. “O que está acontecendo é uma inversão de papéis, com a iniciativa privada investindo no planejamento de infraestrutura de longo prazo”, disse Renato Pavan, sócio da Macrologística, que apresentou o trabalho ao lado do seu sócio, Olivier Girard. Nesta primeira etapa a empresa colocou uma equipe de 12 profissionais a campo, que

terão dentro das 19 cadeias mapeadas, cerca de 70 produtos agrícolas, minerais, florestais e industriais. A partir daí levantarão os gargalos logísticos e respectivas soluções. Ainda de acordo com Girard também serão analisados números sobre a produção atual e futura e o local de consumo de todas essas cadeias, bem como as matrizes origem-destino e o impacto destas no custo logístico. “E visitaremos portos e outros modais do Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai para entender como funciona a logística de escoamento dos três estados sulistas por essas vias.”, informa. A partir desta visão a ser revelada pela pesquisa será possível identificar maneiras de integrar modais e reduzir custos das empresas no quesito logística. É exatamente este o cerne do projeto, indo direto ao ponto da competitividade. Coube à Macrologística um estudo semelhante, denominado Norte Competitivo, realizado em março deste ano, tendo como alvo os nove estados pertencentes à Amazônia Legal. A participação de bancos de fomento, como o BRDE e BNDES são estratégicas para o projeto, tanto que as entidades já realizaram em novembro encontro com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para apresentar a proposta do estudo e amealhar o apoio do banco. A resposta ao trabalho, no encontro realizado dia três de novembro, foi muito positiva. Coutinho não só deu seu apoio, como propôs que se avance para outras áreas da infraestrutura também carentes de projetos de melhoria da competitividade.


A importância do projeto:

Glauco José Corte Presidente da Fiesc

Temos que ter a perspectiva regional e não só pensar em soluções locais para os problemas de infraestrutura de nossa região, que responde por 17% do PIB do país. São muitos os problemas de infraestrutura, como é o caso das rodovias, ferrovias, aeroportos e ainda os portos. Mas acreditamos que o projeto Sul Competitivo, realizado com apoio da CNI, apontará soluçõespossíveis de serem implementada

Edson Campagnolo Presidente da FIEP

O objetivo é reduzir custos com transporte de carga e garantir mais competitividade à região. Sendo uma iniciativa das entidades representativas das indústrias, o estudo propiciará que a questão da infraestrutura e logística tenha um novo tratamento no âmbito do governo

Luciano Coutinho Presidente do BNDES

É fundamental que os três estados estejam alinhados na busca de soluções para uma malha logística interligada. E este alinhamento deve avançar para outras áreas além da infraestrutura, já que temos demandas muito parecidas e precisamos trabalhar unidos

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Empresas Librelato:

um sonho que fatura R$ 400 milhões por ano 

Giuliano De Luca l Criciúma

Quando José Carlos Librelato construiu sua primeira carroceria para caminhão, em 1969, não imaginava que a empresa que ali nascia se tornaria em 2011 uma das líderes de implementos rodoviários do Brasil. Tão pouco imaginava que faturaria R$ 400 milhões por ano e que seria a empresa que mais cresce na atualidade neste setor. Quarenta e dois anos se passaram e hoje a empresa que nasceu de um sonho de oito irmãos hoje emprega 1,6 mil colaboradores, tem clientes no Brasil e no exterior e busca a excelência dos produtos e satisfação do cliente como nenhuma outra no país. Entre os clientes estão a Petrobrás, a Vale (maior mineradora do mundo) e o Exército Brasileiro. “Somos a empresa de implementos rodoviários que mais atua no setor público no Brasil”, destaca. Mas para chegar até esse patamar, muito trabalho foi feito, dia após dia. “Demoramos um mês para produzir a primeira carroceria. Íamos até a mata, escolhíamos a madeira, puxávamos com o carro de boi para iniciar a produção”, conta o bem sucedido empresário de Orleans, que tem até hoje as marcas nas mãos do trabalho árduo de tempos passados. Do tempo em que a energia vinha das rodas d’água até

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hoje, muita coisa mudou, exceto a ousadia de José Carlos, ou Lussa, como é mais conhecido. Logo, os irmãos começaram a comprar indústrias que não ‘davam certo’. Meu pai criou oito irmãos empreendedores. “Começamos a comprar empresas que se somaram à indústria de carrocerias”, frisa. Era neste momento que nascia o grupo Librelato. “Começamos a diversificar. Compramos uma cerâmica, depois uma madeireira e em seguida uma britadeira e terraplanagem. Compramos também uma indústria de plástico, duas rádios e um jornal”. No caminho, um dos irmãos virou médico, outro político. “Em 2001, todas as empresas tinham vida financeira e administrativa saudável. Então pensei. É a vez de investir na Librelato Implementos Rodoviários”. Em 2010, o grupo foi desfeito. “Cada irmão ficou com uma empresa. Eu e outros dois ficamos com a Librelato”, explica Lussa. Nestes últimos dez anos, a empresa não parou de crescer. Hoje é a quarta maior do país e em 2011 foi a que mais cresceu no setor. Um dos segredos para tamanho sucesso Lussa define em duas qualidades essenciais. “Entendo que as pessoas têm que ter duas características básicas para

José Carlos Librelato crescer no meio empresarial. Sensibilidade e determinação. Sensibilidade para saber identificar bons negócios e saber ouvir as pessoas. Determinação param executar o que se planeja”. Outro po nto determinante para o sucesso, Lussa credita à diferença entre a indústria Sul Catarinense e seus concorrentes. Enquanto a maioria faz produtos em larga escala, a Librelato produz com exclusividade. “Fazemos a venda técnica. Não adianta você criar um computador ou um telefone celular, se não tem o equipamento adequado para transportar da fábrica até a loja”, conta. “Criamos implementos específicos para produtos específicos. Isso agrada o fabricante, o transportador e cliente. Muito mais que produzir implementos rodoviários, a Librelato busca vender soluções em transportes”, exemplifica.


S.A. A Librelato passa agora por mais uma significativa mudança, que vai impulsionar ainda mais seus negócios. Isso porque um Fundo de Investimentos comprou parte da empresa, que está pronta para se tornar uma S.A. (Sociedade Anônima). Depois da transformação em S.A, começará a preparação para a abertura de capital. O processo levará aproximadamente três anos. E, com isso, venderá ações na bolsa de valores, vai captar recursos, que darão um fôlego extra para novos investimentos. “É melhor ser sócio da Petrobrás do que ter um posto de gasolina sozinho”, faz a analogia o visionário empreendedor. Com isso, a expansão é inevitável. “Já começamos a ensaiar as exportações para Uruguai, Paraguai e Argentina, além de ampliar nossa participação no mercado brasileiro”, conta Lussa. A Librelato S. A. Implementos Rodoviários é a maior empresa de Orleans, mas tem unidades de produção em Criciúma, Capivari de Baixo e Içara, sendo uma das mais importantes indústrias do Sul do Estado, de Santa Catarina e do Brasil.

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Uma nova Criciúma depois dos Jogos Abertos 

Fran Lima l Criciúma

Criciúma ainda vive os reflexos de ter sido sede dos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC). Isso não somente por ter conquistado o título inédito de vice-campeã da 51ª edição, mas porque movimentou todos os setores da economia entre os dias 10 e 20 de novembro. O valor investido nos Jogos Abertos em Criciúma foi de R$ 1,5 MI oriundos do Governo do Estado e contrapartida de R$ 450 mil do Governo Municipal de Criciúma. Além do investimento feito para realizar uma grande edição dos JASC, Criciúma foi contemplada com reformas em diversas áreas. “Todas estas aquisições possibilitaram uma melhora na infraestrutura dos locais de competição e nas escolas que serviram como alojamento. Sem dúvida alguma, em Criciúma fica o legado de um município que ama o esporte e principalmen26

te, que incentiva”, explicou o presidente da Comissão Central Organziadora (CCO), Flávio Spillere. Melhorias nos locais de competição, no trânsito e escolas foram feitos pelo Governo do Município junto com a Comissão Central Organizadora (CCO) para receber aproximadamente sete mil pessoas entre atletas e dirigentes que passaram pelo Sul do Estado. “Desde quando estávamos em Chapecó nos JASC de 2009 onde lutamos para conquistar a oportunidade de sediar essa competição, que até então, só havia estado em Criciúma duas vezes, tivemos a convicção de que poderíamos fazer muito mais”, comentou o prefeito Clésio Salvaro. Entre as principais obras construídas pelo Governo estão a recuperação do principal local de competição da cidade o Ginásio Municipal Walmir

Orsi, que recebeu um investimento de R$ 630 mil. O espaço, que até o mês de julho, quando começou o serviço de recuperação, estava interditado por falta de condições, está impecável, com os banheiros e pistas novas, teto reformado e quadra concluída. Além do ginásio, Criciúma ganhou uma pista para a modalidade do bolão, que foi construída em padrões oficiais no Parque das Nações Cincinato Naspolini. A modalidade do tiro foi outra que também recebeu um novo lugar para as disputas. O clube de tiro Alberto Scheidt ganhou estandes para as provas de armas longas e curtas. “Recebemos inúmeras visitas de atletas e turistas, todos elogiaram e com certeza teremos mais adeptos nesse esporte”, comentou o coordenador da modalidade, Fernando Meller. Alguns espaços para as modalida-


des foram construídos, mas todos os ginásios do município que foram utilizados nas disputas receberam pinturas, reparos, instalações e adaptações. “Nossa intenção é que o clima do JASC permaneça em Criciúma. A cidade ficou encantada em conhecer outros esportes. Vamos incentivar e continuar com o nosso trabalho de base para que todos esses locais estejam sempre cheios de praticantes”, pontuou o presidente da Fundação Municipal de Esportes de Criciúma, Renato Valvassori. Durante o período de competição hotéis, restaurantes e lanchonetes viviam rodeados por atletas e turistas que queriam desfrutar do diferencial de Criciúma. Para a supervisora comercial do Merco Plaza Executive Hotel, os Jogos Abertos foi o percussor de um período lucrativo para a rede hoteleira. “Ficamos muito felizes em poder fazer parte do período desta competição que só trouxe coisas boas para Criciúma. Nosso hotel esteve o tempo todo com

aproximadamente 70% dele reservado para atletas e pessoas que trabalharam na organização dos Jogos”, enalteceu. O grande movimento de pessoas foi comemorado também pelo restaurante Ney Frangos que serviu aproximadamente 300 refeições a mais do que o servido normalmente. Segundo o proprietário, Rodinei Torres, nos dias de competição o restaurante supriu a expectativa de movimento. “Tivemos pessoas do Oeste almoçando conosco. Além disso, atletas e técnicos também procuraram muito. Foi um período bem produtivo e lucrativo para nós”, comentou. Mais do que ser cidade sede dos JASC, Criciúma teve o objetivo de proporcionar aos visitantes uma excelente percepção do município. Placas de orientações, revitalização da Avenida Centenário e praças fizeram com que o governo apresentasse uma nova Criciúma aos que vieram de outros municípios, mas principalmente aos

criciumenses. Para oferecer maior segurança aos visitantes, moradores e atletas uma parceria entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar de Criciúma foi firmada. Rondas foram feitas nos locais de competição e nos alojamentos. “Além desses locais, tivemos um reforço também para garantir a segurança e tranqüilidade de todos no Parque das Nações, que foi palco de um cronograma de programações paralelas da Arena Jasc”, completou o presidente da CCO. “Nós procuramos desde o início realizar um planejamento para viabilizar uma boa edição desta competição. Montamos uma equipe de gestão interna que buscou transmitir para todo o Estado a verdadeira imagem da cidade. Obras e ações importantes foram realizadas para que tudo isso se concretizasse”, emendou o coordenador do Comitê Gestor, Celito Heinzen Cardoso.

Vejo os Jasc como uma maneira de colocarmos Criciúma e região na vitrine. A cidade se adaptou totalmente para receber estes atletas, dirigentes, jornalistas e visitantes, mostra uma Criciúma em transformação. Precisamos nos impor mais no estado, nos valorizar mais atuando no “macro” para não ficarmos em segundo plano. Problemas como nossas estradas como a BR 101, há quase 10 anos em processo de duplicação, aeroportos praticamente inutilizados pela precariedade são algumas questões que com a cidade em evidência, conseguimos a devida atenção que merece Flávio Spillere - Presidente da CCO

Pesquisa comprova aprovação

A comprovação de que Criciúma realizou uma excelente edição dos JASC veio por meio de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Catarinense (IPC) com 500 entrevistados de 39 delegações diferentes. O levantamento quantitativo encomendado pelo Governo do Município, traz altos índices de aprovação. A organização dos JASC teve o índice mais alto entre todos os itens da pesquisa. Ao todo, 93% dos entrevistados avaliaram positivamente, 5,2% consideraram regular e 1,8% não souberam responder a respeito. Nenhum dos 500 questionados realizou análise negativa da coordenação do evento. “Estamos colhendo o resultado do trabalho”, finalizou o vice-prefeito, Márcio Búrigo.

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Núcleo de Base Tecnológica trabalha para fortalecimento do setor 

Milena Nandi l Criciúma

A região de Criciúma é conhecida como “terra de empreendedores”. Setores como o carvão, o cerâmico e a construção civil se destacam não apenas em Santa Catarina. A região Sul tem na indústria um importante alicerce de sua economia e nos últimos anos, às empresas de transformação, tem se agregado um novo tipo de atividade, que não necessita de um grande parque fabril, gera empregos e projeta o nome da região no cenário nacional: o desenvolvimento de softwares. Hoje, a Amrec possui 80 empresas de tecnologia. No entanto, o setor ainda está dando os primeiros passos no sentido de se organizar. E foi para impulsionar o desenvolvimento destas empresas e representá-las, que a Associação Empresarial de Criciúma (ACIC) criou, em março de 2009, o Núcleo de Base Tecnológica. Segundo Ricardo Fiera, presidente do Núcleo, além de representar o setor de Base Tecnológica em Criciúma

e região, o Núcleo tem o objetivo de posicionar a região carbonífera como pólo no desenvolvimento de produtos e serviços de tecnologia. “Através do associativismo podemos mostrar o quanto são fortes e importantes no contexto nacional as empresas da região”, afirma Fiera. Conforme o consultor do Núcleo, João José Camargo, o trabalho dele é uma extensão no Sul de Santa Catarina, da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate). “Entre as atividades do Núcleo estão encontros para trabalhar as dificuldades dos associados, como qualificação das empresas e linhas de financiamentos para o setor”, comenta Camargo. O consultor afirma que todas as empresas da Amrec que desenvolvem tecnologia podem participar do Núcleo – que possui 17 empresas associadas. Um trabalho constante para atrair mais filiados e assim, aumentar a força do grupo que vem sendo realizado pelo núcleo.

Setor tem se profissionalizado Segundo Diogo André Lóff, vicepresidente do Núcleo, a região está construindo aos poucos, um pólo na área de tecnologia. “Estamos construindo um pólo de tecnologia a pequenos passos. Para construir um pólo ou crescermos, temos de criar e divulgar uma imagem de profissionalismo e mostrar que possuímos capacidade de desenvolver grandes projetos e isso hoje já é uma verdade”, afirma. Para o Lóff, apesar de estar se es-

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truturando, o setor já conquistou vitórias ao longo dos anos e com a criação do Núcleo, como a maior facilidade no acesso a dados sobre as empresas existentes e o aumento do nível de profissionalização das criadoras de produtos. Mas, e o que falta para o setor crescer na região? “Não só para crescer regionalmente, mas considerando o território nacional, falta investimento em marketing especializado”, responde.


Estudo irá auxiliar na tomada de decisões para o futuro de Criciúma Criciúma terá, a partir do ano que vem, um perfil da sua situação econômica. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (CMDE) se articulou para fazer um planejamento estratégico do município, e para isso, encomendou para a Unesc e a PUC – Porto Alegre um estudo, que norteará o trabalho para o crescimento econômico em um longo

prazo. O estudo deve ser entregue ao CMDE em abril de 2012, e a partir dele, será construído o plano “Criciúma 2030 – uma estrada

para o futuro”.

Segundo o presidente do CMDE, César Smielewski, o município vem perdendo arrecadação de ICMS ao longo dos anos, e é preciso fazer algo para que os índices de retorno se estabilizem em outros patamares. “Há cerca de 25 anos, Criciúma era o quarto município em arrecadação do Estado. Hoje está em 11º e tem perdido para municípios menores. Por isso está se fazendo um estudo para saber qual o real motivo desta queda. Estamos vislumbrando trabalhar

Evasão de empresas preocupa Smielewski observa que Criciúma dispõe de poucos terrenos para a implantação de empresas e que precisa manter as já existentes, já que há evasão de negócios. “Temos que criar um ambiente de desenvolvimento, para as empresas que estão aqui crescerem e atrairmos novas”, considera. No entanto, a falta de terrenos para empresas de grande porte, acaba prejudicando os planos. Segundo Smielewski, neste cenário, uma alternativa é trazer para o município, em-

Núcleo de Base Tecnológica

presas que não necessitem de grandes extensões territoriais, mas utilizem mão de obra qualificada e produzam produtos com alto valor agregado. Como exemplo, ele cita as empresas de tecnologia. “Criciúma tem um pólo de formação de mão de obra e isto é um ponto forte para o município. Estas empresas usam um terreno pequeno, mas tem produtos de valor agregado elevado e mão de obra especializada. Toda a economia ganha com isto”, diz.

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para criar em Criciúma, um ambiente próprio para o desenvolvimento”, afirma. Para Smielewski, o desenvolvimento do município passa por uma série de melhorias de infraestrutura como o projeto do Anel de Contorno Viário, melhoria do Aeroporto Diomício Freitas, de Forquilhinha, o início do funcionamento do Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, melhorias na telefonia móvel e na segurança. “Isto é uma corrente e precisamos fortalecer os seus elos”, comenta.

Lorenzi AGPR5 Agrosys Horr 4. S Sistemas Domínio

Sistemas K&S Soluções Betha Sistemas Cratus Sistemas Logosystem

Deps

Tecnologia

Ema Software Consystec WebMais Sistemas

Seven Keys Seprotec Segurança Eletrônica Sinessoft Useall

Useall Software Produto: Gestão Empresarial Software de Gestão empresarial, com distribuição no mercado nacional. Mercado: Softwares Tempo de mercado: 11 anos Site: www.useall.com.br Telefone: (48) 3442 5001

Horr Sistemas Produto: Software de gestão empresarial, fazendo uso do que há de mais moderno em tecnologia e equipamentos, garantindo aos seus clientes um produto final de ótima qualidade. Mercado: Confecções, Distribuidoras, Indústrias, Concessionárias e Comércio. Tempo de mercado: 15 anos Site: www.horr.com.br/ E-mail: horr@horr.com.br Telefone: (48) 3433 – 1547 / (48) 3438 – 9822 / (48) 8828 – 2251 / (48) 3437 – 6100 / (48) 3437 – 6101

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Domínio Sistemas entre as

quatro maiores de software contábil do País 

Milena Nandi l Criciúma

Criada em 1998 a partir da Betha Sistemas, a Domínio Sistemas é hoje uma das quatro maiores empresas de software contábil do Brasil, com a participação em 12% do mercado nacional e 90% no mercado do Sul de Santa Catarina. A empresa está presente em 23 estados brasileiros, possui 15 filiais – e planeja para 2012, a instalação de uma nova no Sudeste e outra no Norte – 18 revendas e 11 mil clientes ativos. A empresa vem em uma crescente no mercado, e espera fechar o ano de 2011 com um faturamento de R$ 48 milhões. A Domínio tem como público-alvo o setor contábil e em conseqüência do ganho de mercado de 2011, já possui mais de 550 colaboradores espalhados pelo Brasil, responsáveis por mais de 233 mil atendimentos de suporte técnico por ano. Segundo a gestora de desenvolvimento humano da empresa, Luci Briguente, a Domínio tem em sua filosofia de trabalho a excelência em tudo que faz, buscando a inovação e aperfeiçoamento constante no produto, nos processos, na gestão e na equipe. “A Domínio investe forte em ferramentas de gestão estratégica, de pessoas e de tecnológica. Com tudo isso, o sucesso da empresa passa pelos nossos colaboradores. Juntos, estamos construindo uma história de sucesso e conquistas, num ambiente de desenvolvimento profissional, crescimento para todos”, afirma. Oscar Kastrup Balsini, diretor geral da Domínio Sistemas, aponta como diferencial da empresa o produto de qualidade e o suporte qualificado. “Optamos crescer de forma sustentada. Nosso direcionamento é por uma empresa lucrativa, mas não a qualquer preço e sim com condições de investir, abrir novas frentes”, diz Balsini. 30

Santa Catarina é destaque em Tecnologia da Informação “No cenário nacional, Santa Catarina vem fortalecendo sua imagem como pólo produtor de software com empresas de grande representação, e Criciúma faz parte deste cenário”. A afirmação é de Balsini, diretor geral da Domínio Sistemas. Segundo ele, Criciúma já se tornou

referência na área de software. E o fator educação colaborou com este panorama. “Na região temos boas universidades com cursos de Ciências da Computação e Sistemas de Informação que contribuíram para o crescimento deste mercado”, comenta Balsini.

Conquistas Pelo terceiro ano consecutivo a Domínio Sistemas recebeu o prêmio das 100 Melhores Empresas para Trabalhar do Brasil, promovido pelo Instituto Great Place to Work e divulgada pela Revista Época. A empresa também está, pela terceira vez, entra as 90 Melhores Empresas de TI e Telecom, divulgada pela Revista Computerworld, e ranking das 250 Pequenas e médias Empresas que mais crescem do Brasil, promovido pela consultoria Deloitte e divulgada pela Revista Exame PME. A Domínio é ainda uma das 300 Maiores Empresas de TI do Brasil. Na pesquisa das 100 Melhores empresas para Trabalhar, a Domínio teve destaque nos itens: o que os funcionários mais valorizam, desenvolvimento profissional, remuneração, estabilidade e qualidade de vida. Na mesma pesquisa, a empresa teve destaque com o 15º lugar entre as empresas com mais jovens. E entre as empresas com 500 empregados, a Domínio Sistemas figura entre as 30 melhores empresas brasileiras para se trabalhar.


Betha é modelo do sul

com presença em todo o Brasil

Milena Nandi l Criciúma

Com 26 anos de história, a Betha Sistemas é hoje, uma das empresas da região que mais se destaca no setor de tecnologia. Desenvolvedora de softwares para órgãos públicos de 18 estados brasileiros – nas esferas federal, estadual e, principalmente, municipal – a empresa tem uma carteira com aproximadamente 3.000 clientes. Hoje, a Betha trabalha atendendo diretamente os estados de Santa Catarina e Paraná com 300 colaboradores. Nos demais 16 estados onde está presente, a empresa atua por meio de 33 revendas que fazem a ponte entre os clientes e os produtos Betha. A empresa deve faturar R$ 32 milhões neste ano, e para 2012, projeta aumentar o faturamento, chegando a R$ 40 milhões. No próximo ano, a empresa dará continuidade ao trabalho de expansão, iniciado em 2011. Guilherme Balsini, diretor presidente da empresa, explica que nos primeiros meses de 2011, a Betha iniciou o seu plano de expansão implantando novas regionais físicas de atendimento em quatro regiões. “As regionais de Criciúma, Chapecó e Curitiba já foram inauguradas e a de Rio do Sul está em processo de finalização. O objetivo dessas regionais é atender melhor e de forma mais personalizada os clientes das cidades situadas nas regiões”, afirma. Para 2012, a empresa de tecnologia pretende abrir novas regionais nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. E o projeto da Betha não deve parar por aí. Conforme Balsini, no próximo ano, a empresa irá fortalecer o Plano de Canais com os atuais parceiros e começar parcerias com novas revendas.

Novos produtos em 2012 Na área do desenvolvimento, a Betha irá lançar novos produtos em 2012 e continuar trabalhando no aprimoramento de produtos. “Vamos trabalhar para levar os nossos sistemas para as nuvens, ou seja, para que o usuário possa acessar os produtos Betha Sistemas de qualquer equipamento com

acesso à internet”, comenta o diretor presidente. Ainda em 2012, a Betha deve aumentar o número de colaboradores. Segundo Balsini, a empresa tem 50 vagas em aberto e irá contratar 80 estagiários até o primeiro quadrimestre de 2012.

De gestão familiar para profissional Segundo Balsini, a Betha está em processo de transição de uma empresa familiar para profissional. “O nosso modelo de gestão é participativo, embasado em escutar o colaborador, fazer com que ele participe das decisões e se sinta dono da empresa no momento de tomar essas decisões”, comenta. No modelo de gestão adotado, a Betha criou projetos como o Vida em Equilíbrio, o Integração entre Times e o Somando, focados na valorização e no bem-estar do

colaborador. “Também nos preocupamos com a questão social, mantendo os projetos Ligados na Rede, Cidadãos Ligados na Rede e Papais Ligados na Rede, em parceria com o Bairro da Juventude. Além dos projetos, realizamos ações como o Primavera Consciente e o Doce Gesto, que ajudam a despertar a consciência social nos funcionários e, por outro lado, faz com que a comunidade também participe e faça parte da empresa”, finaliza. 31


Mercado em crescimento sim, mas o caminho é longo Balsini analisa que o mercado para as empresas de tecnologia da região está crescendo, em função da necessidade de informatização, e afirma que Criciúma está se consolidando no mercado de criação de softwares, mas ainda está muito distante da realidade de grandes pólos como Florianópolis e Blumenau. Segundo ele, ainda falta incentivos e reconhecimento para as empresas do município. Prêmios

Dificuldades do setor Entre as dificuldades encontradas pela empresa e pelo setor, o diretor presidente aponta a falta de profissionais qualificados, logística ruim, falta de incentivo público para a qualificação da mão de obra e de investimentos

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no setor. No entanto, Balsini também aponta vitórias do setor nos últimos tempos. “Uma delas foi o crescimento em uma região onde a tecnologia não é vista como um setor principal”, diz.

Em 2011, a Betha Sistemas ficou entre as “Melhores Empresas para Trabalhar em Ti & Telecom”, pesquisa do Instituto Great Place to Work. No mesmo ano, a empresa recebeu o “Prêmio Ser Humano”, da Associação Brasileira de Recursos Humanos.


Useall: software para gestão na indústria e no comércio 

Milena Nandi l Criciúma

Mais jovem que as demais empresas do setor, a Useall nasceu em 2000, para atender vários segmentos da indústria, além do comércio e das prestadoras de serviços. Fornecedora de tecnologia para vários setores, o ofício da Useall é disponibilizar softwares de gestão empresarial e o seu objetivo, proporcionar uma maneira mais eficiente das empresas administrarem seus negócios. A Useall possui 100 colaboradores, e segundo Anderson Custódio, gerente comercial da empresa, tem alcançado um crescimento significativo nos últimos anos, solidificando a marca em alguns segmentos em que atua. Uma das ações decorrentes deste crescimento foi abertura da primeira unidade de negócios da Useall fora de Criciúma, em Florianópolis,

em 2010. “Sentimos a necessidade de nos aproximarmos mais do mercado

da grande Florianópolis”, comenta Custódio.

Pólo em formação Para 2012, a empresa projeta um aumento de receita, com a expansão dentro do mercado em que atua e o crescimento de sua carteira atual de clientes. Hoje, o principal mercado consumidor dos softwares da Useall é Criciúma e região. “Nossas vendas se concentram mais regionalmente. Primeiro queremos cuidar da nossa área de atuação para depois nos fortale-

cermos fora”, diz. Segundo Custódio, o mercado para produtos e soluções tecnológicas é muito dinâmico e exigente. Neste cenário, as empresas esbarram em um problema: a dificuldade de mão de obra qualificada. “Existem várias dificuldades, mas diria que a maior e que merece um grande empenho se refere a mão de obra”, comenta.

Para o gerente comercial da Useall, Criciúma tem características para a formação de um pólo de tecnologia. “Temos várias empresas desenvolvendo software para diversas áreas. A instalação do Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque) e a formação do próprio Núcleo da ACIC demonstram tendências de um pólo em construção”, acredita.

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Regional Sul da Fiesc discute papel das entidades e a competitividade 

Deize Felisberto l Criciúma

Cada vez mais, a atuação das entidades de representação tem papel de destaque no setor industrial. Para promover a competitividade das empresas, a Fiesc oferece uma série de ações e serviços com o objetivo de legitimar a eficácia dos sindicatos patronais, tornando-os mais sustentáveis e representativos. Uma série de palestras estÃO sendo promovida pela Fiesc e CNI (Confederação Nacional da Indústria) com o objetivo de trabalhar a chamada competitividade sistêmica, reforçando o papel dos sindicatos dentro da entidade e sua força perante a sociedade. O empresário Iraci Cavagnoli, ex-diretor do Sebrae/SP e do MEC/ SP esteve em Criciúma, no mês de novembro, numa promoção da Fiesc Regional Sul, dirigida pelo empresário Diomicio Vidal, para falar sobre 34

a importância da competitividade e em qual patamar as empresas devem começar a trabalhar com mais intensidade. Dividida em três dimensões: empresarial, setorial e sistêmica, Cavagnoli destaca a competitividade sistêmica como foco para se alcançar resultados maiores. “A empresa precisa ter definida as duas primeiras, empresarial e setorial, mas se o conjunto de fatores e condições não contribuírem para um crescimento global, no caso a sistêmica, fica difícil ou quase impossível ter competitividade nos dias atuais”, explica. Uma série de fatores envolvem o processo para que isso possa acontecer, são as condições sistêmicas de uma democracia consolidada, estabilidade de preços, crescente influência internacional, grande potencial de

produção de alimentos e energia, ampla oportunidade de investimentos de infraestrutura e um grande mercado consumidor em expansão, para que o país possa atrair investimentos e consequentemente crescer. Dentro deste contexto, o papel dos sindicatos é de extrema importância para este processo. Os sindicatos são as empresas, e precisam estar próximos a elas, criando um ambiente favorável para estimular o debate e a união entre as empresas. “Ainda pensamos muito individualmente, o empresário ainda é muito individualista. Para conseguir união é preciso liderança para mobilizar. É este um dos papéis dos sindicatos patronais. Se as empresas não tomarem essa consciência ficará difícil a sobrevivência”, completa Cavagnoli. O papel das entidades de represen-


tação no ambiente de produção e negócios é de uma atuação proativa, luta pelos interesses, influencia política-pública, sensibilização dos atores sociais e estimulação da competitividade. Exemplos como o da China e Itália foram citados pelo empresário. Em relação à China, precisamos encontrar produtos diferenciados, para que possamos competir. Na Itália, aproximadamente 70% da produção é feita através de arranjos

produtivos, demonstrando como o trabalho de forma integrada dá certo, reforça Cavagnoli. Indagações também foram colocadas ao grupo para que o empresariado presente refletisse suas ações. Até que ponto os sindicatos da região estão se articulando para ir ao mercado internacional? Como os sindicatos locais estão aproveitando o tamanho do mercado brasileiro?

Sindicato Laboral x Sindicato Patronal O encontro também discutiu a atuação dos Sindicatos Laborais x Sindicatos Patronais. Diante do estudo feito pela Federação, segundo Iraci Cavagnoli, os sindicatos laborais são muito mais mobilizados do que o patronal. Sua capacidade de mobilização é intensa. Quanto ao Patronal, precisa-se haver essa mesma mobilização. “Se nós temos um sindicato laboral que está se fortalecendo, democraticamente, temos que ter o equilíbrio. Temos

que aprender, então a trabalhar juntos, só existirá sindicato forte, se o empresário estiver junto”, reforça. O sindicato deve agir como uma empresa sem fins lucrativos, buscando a defesa dos interesses do coletivo. Se houver uma relação igualitária entre os dois, haverá um equilíbrio nas relações de trabalho também. Os sindicatos patronais precisam utilizar de melhor forma a força da sua Federação na construção dos seus interesses e solução de problemas.

Os desafios do crescimento, segundo Cavagnoli Insegurança jurídica, tributação e gasto público (bandeira das Fiesc e da CNI) Custo do financiamento (temos a maior taxa de juros do mundo) Rigidez nas relações de trabalho Infraestrutura deficiente Qualidade de educação Pouco estímulo à inovação Regulamentação biental

am-

Burocracia excessiva Entraves às MPE´s

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Ferrovia Litorânea: O trem não pode atrasar A questão de logística é uma lacuna no crescimento econômico catarinense. E não apenas do sul, mas de todo o estado. Hoje, a realidade precária dá espaço para obras que podem, definitivamente, fazer Santa Catarina disparar no que diz respeito ao crescimento econômico. Obras importantes, em andamento, como a duplicação da BR-101, Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi e ampliação do Porto de Imbituba evidenciam este cenário. Mas para completar o ciclo do desenvolvimento logístico na região, outra obra precisa ser iniciada: a ferrovia litorânea. É sabido que o modal fer-

roviário poderá acelerar a locomotiva do desenvolvimento, colocando as empresas e indústrias do Estado em melhores condições de competitividade internacional. Por se tratar de uma obra macrorregional, merece a atenção de todos os gestores, líderes políticos e empresariais do sul catarinense. “Os investimentos deveriam ser contínuos, contemplando toda a cadeia logística. O ciclo precisa ser completado. A malha ferroviária do Sul necessita ser ampliada e estar ligada ao restante do país e do oeste catarinense. Quando se fala em Ferrovia Litorânea, remete-se a possibilidade de multiplicar a par-

ticipação do transporte ferroviário de cargas no Estado. Se observarmos o histórico da duplicação da BR-101, que já dura nove anos, sendo quatro de atraso, sem considerar que obras fundamentais ainda nem foram iniciadas; que o porto também não conseguiu, ainda, se consolidar num centro logístico do Sul, e que a implantação do Aeroporto Regional já dura uma década, é preocupante imaginar que o início desta importante obra também poderá atrasar, pensando em termos de desenvolvimento do sul de Santa Catarina”, alerta o Gerente de Planejamento da FTC, Celso Schurhoff.

Quase uma década Os estudos de viabilidade para a interligação ferroviária de Santa Catarina e do país foram feitos entre 2002 e 2003. Em maio de 2009, o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) lançou o edital para a realização dos estudos de impacto ambiental e dos serviços de arqueologia para obtenção do licenciamento ambiental. Somente para esta etapa, foram destinados R$ 4,14 milhões. Esse Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) já está aprovado e em vigência (Edital/ 36

Dnit nº 0223/09). Os projetos de engenharia (o trecho foi dividido em dois lotes) começaram a ser feitos em 2009 pelo consórcio Magna/Astep e Veja/ Prósul (Edital/Dnit nº 0101/08). O investimento desta etapa é de R$ 17,61 milhões. O custo estimado da obra é de R$ 800 milhões e deve ser finalizada em até 24 meses após a contratação das empresas. As próximas etapas dependem da conclusão dos projetos em andamento. Os trabalhos foram interrompidos por

um período, determinado pelo DNIT. Com isso, a entrega dos projetos ficou para 2012, podendo-se lançar o edital para construção da ferrovia. Os estudos de viabilidade concluíram que a ferrovia litorânea agregará cargas ao “Corredor Ferroviário de Santa Catarina”, também em fase de execução de projeto (Edital/Dnit nº 0466/2010), melhorando a viabilidade deste trecho. Os projetos, de ambas as etapas, já constam no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


A obra A Ferrovia Litorânea Sul terá 236 quilômetros e interligará a Ferrovia Tereza Cristina, no sul do Estado, às ferrovias da América Latina Logística (ALL). Quando estiver pronta, a estrada de ferro ligará os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul à malha ferroviária nacional. Com um total de 38 milhões de toneladas de cargas transportadas e investimentos que ultrapassam R$ 50 milhões, a FTC, sediada em Tubarão, poderá trilhar um novo caminho. Concessionária privada de uma malha com 164 quilômetros de extensão, está, hoje, isolada do sistema ferroviário nacional. Com a implantação da Ferrovia Litorânea Sul, que interligará os trilhos da FTC com a malha ferroviária nacional e ainda os portos de Itajaí e São Francisco do Sul, a expectativa é de maior crescimento, pois isso aumentará a área de atuação da empresa, além de gerar mais empregos diretos e indiretos com a sua expansão.

Cenário de crescimento A principal missão da Ferrovia Litorânea é facilitar a logística entre os portos, possibilitando o escoamento eficiente do que é produzido no Estado, com a melhor utilização dos modais, onde um possa completar o outro com ganhos na cadeia logística As perspectivas para os próximos 15 anos apontam taxas de crescimento superiores às registradas nas últimas décadas, com um aumento do PIB em 5,5%. Nosso mercado interno ganha maior poder de compra, com a renda per capita aumentando em torno de 4,5%, segundo a Confederação Nacional da Indústria. Porém observa-se que a infraestrutura precária põe em risco a competitividade, já que existe um grave descompasso entre o crescimento eco-

nômico e o investimento em infraestrutura. O Brasil apresenta excelentes condições para aprimorar sua eficiência logística como na interconexão dos diversos sistemas de transporte de cargas. Ferrovias, rodovias, hidrovias e aerovias complementam-se, ligadas por terminais, armazéns e, principalmente, por uma visão integrada, voltada à realidade atual e o cenário futuro. A Ferrovia Litorânea Sul, é o impulso que o Estado precisa para alavancar esse crescimento. Um dado importante é que no cenário nacional, as obras ferroviárias foram retomadas, com vários trechos em construção e outros em fase de estudo e de realização do projeto executivo. Novos trechos ferroviários deverão iniciar a operação nos próximos anos.

Os números Trilhos no Brasil= 29.706 km Concedidos à iniciativa privada= 28.840 km Trilhos em SC= 1.365 km Operadoras = América Latina Logística (ALL) com 1.201 km e a FTC com 164 km Projeto mais viável e com maior retorno de investimento= Ferrovia Litorânea Trecho= 236 km (ligando Imbituba a Araquari) Geração de empregos = 130 mil (entre temporários e permanentes) Geração de renda= R$ 12 bilhões (25 anos) Renda Nacional anual= R$ 480 milhões Arrecadação de tributos= R$ 170 milhões

Taxa de retorno social - Redução de encargos para as rodovias (manutenção) - Redução do consumo de combustíveis = em média 10 milhões de litros anuais - Redução da emissão de poluentes = economia anual de cerca de R$ 40 milhões - Redução do número de acidentes rodoviários - Redução dos custos dos materiais perdidos em acidentes = redução de R$ 21 milhões - Redução do roubo de cargas

Outras vantagens - Ganhos nos custos de transporte e logística para os empresários catarinenses e maior competitividade para os seus produtos; - Ganhos sociais através da distribuição das cargas para as ferrovias, oferecendo mais segurança e qualidade de vida na utilização das rodovias, que passarão a ser mais seguras com menos acidentes; - Ganhos na logística com o transporte, de médias e longas distâncias, feito pela Ferrovia e com o Rodoviário realizando a captação e a distribuição das cargas em sua origem/destino; - Ganhos para o governo, que terá menores custos de manutenção e encargos das rodovias, com maior preservação da vida; - Ganhos para o governo com a redução da evasão fiscal sobre as cargas transportadas; - Ganhos ambientais, com menos poluição, pelo baixo consumo de combustível.

Informações adicionais - Demanda do mercado de SC em 2030 = 144 milhões de toneladas a serem movimentadas: três vezes superior ao volume atual. A BR-101 não suportará 37


União cria a maior Cooperativa do sistema Sicredi em SC O Sul do Estado passa a ter a maior Cooperativa do sistema Sicredi no Estado de Santa Catarina, com 45 cidades em sua área de abrangência. A Sicredi Sul SC é a consolidação do projeto União, reunindo a Sicredi Sul Catarinense SC, com sede em Tubarão, com a Sicredi Extremo Sul SC, com sede em Criciúma. Discutida e aprovada pelos associados das duas cooperativas, esta união foi viabilizada por aspectos regionais bastante favoráveis, como a curta distância entre os municípios de Tubarão e Criciúma (são 53 km) favorece a gestão com custos reduzidos, a sinergia da estrutura, que trará oportunidades estratégicas a Sicredi Sul SC e ainda permitirá a uniformização das políticas de gestão. Para a Sicredi Sul SC o Projeto

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União trará benefícios imediatos, como o aumento da competitividade regional pela maior estrutura de fontes de recursos, o aporte de recursos e acesso ao financiamento sistêmico para abertura de novas Unidades de Atendimento, propiciando maior velocidade no desenvolvimento e crescimento da Cooperativa. Para os associados a união garante ainda a possibilidade efetiva de consolidação de Resultados com beneficio de Sobras. A SICREDI SUL SC une os 45 municípios do sul de Santa Catarina, e passa a representar 8.338 associados, passando a ser administrada pelo empresário Aloisio Westrup como presidente e Eduardo Alexandre Tavares para vice-presidente. Para o vice-presidente da Central

Sicredi Sul, Gelson Seefeld, esta união é um grande passo em prol do crescimento do Sicredi na região, permitindo uma estrutura mais forte e com melhores condições de atendimento aos associados, além de permitir um forte processo de ampliação em todo o sul catarinense.


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Certificação Digital: ACIC é Autoridade de Registro 

Deize Felisberto l Criciúma

As empresas da região passam a contar com um novo serviço da ACIC que agrega facilidade e rapidez, a certificação digital. A Associação foi credenciada e passa a ser uma Autoridade de Registro - AR ACIC - e integrará a ICP-Brasil - Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras, do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, vinculado a Casa Civil da Presidência da República. Com a exigência da certificação digital pelo governo federal para quase todas as transações (nota fiscal eletrônica, declaração de imposto de renda, Sped fiscal, DIPJ, e toda a parte de contadoria das empresas) este serviço será um grande ganho para a região. “A empresa que necessitar do certificado poderá acessar o site da ACIC, escolher o certificado que necessita, fazer a compra e a validação e emissão do certificado na Associação”, explica a superintendente da AR- ACIC, Ana Paula Duminelli. Associados da ACIC ganham desconto na compra do certificado O documento poderá ser retirado na hora. A validação anteriormente era possível somente em Florianópolis. A AR-ACIC irá atender o sul do Estado, devendo firmar parcerias com entidades de Sombrio, Araranguá, Urussanga, Orleans, Braço do Norte, Tubarão, Laguna e Imbituba, disponibilizando o atendimento aos que buscarem seu Certificado Digital em suas cidades. A superintendente ressalta que o número de empresas que irão precisar de um certificado digital crescerá exponencialmente. Essa assinatura eletrônica, que confirma a autenticidade de documentos e declarações, é exigida para empresas que emitem nota fiscal eletrônica (NF-e). Até o ano passado, apenas 54 segmentos da indústria e 40

do atacado eram obrigados a trabalhar com NF-e. Em abril último, 240 novos setores foram incluídos na tabela — em julho, foram mais 68 e, em outubro, 249. Além disso, desde o início de junho, as companhias inscritas no regime tributário de lucro presumido precisam da certificação para declarar à Receita Federal as obrigações acessórias — como DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais), Dacon (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais), DIPJ (Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica), entre outras. No total, 600 mil por conta da NF-e e 1,4 milhão em virtude do regime de lucro presumido terão que obter um certificado eletrônico em 2010. Por enquanto, apenas 15% das empresas inscritas no lucro presumido e 25% daquelas obrigadas a emitir NF-e tiraram o certificado.

Os benefícios esperados a longo prazo com a certificação digital são mais segurança, eliminação de obrigações redundantes e agilidade no pagamento dos tributos. Todas as empresas que são obrigadas a emitir a nota fiscal eletrônica, assim como todas as que estão inscritas nos regimes tributários de lucro real ou lucro presumido, serão obrigadas a ter um certificado digital. A lista de áreas de atuação que devem emitir nota fiscal eletrônica abrange indústria e atacado — comércio varejista está excluído. Qualquer empresa pode estar inscrita no sistema tributário de lucro real enquanto somente aquelas com faturamento de até R$ 48 milhões podem se inscrever no sistema de lucro presumido. As empresas inscritas no Simples e que não são obrigadas a emitir nota fiscal eletrônica não precisam de certificação digital.


Passo a passo para a emissão da Certificação Para adquirir o Certificado Digital é muito simples. Associado da ACIC acessa o site da Associação, clica no banner certificação digital, abrindo o endereço eletrônico: www.progerecs.com.br/cert/criciuma que o conduzirá para o site de compra dos certificados. O cliente escolhe o certificado que precisa, preenche todos os dados corretamente, ao final haverá um espaço para escolher a forma de pagamento que pode ser feito de duas formas, pelo cartão de crédito ou boleto bancário. Feito isso, abaixo da escolha da forma de pagamento haverá um botão onde diz “Agende-se”. Ali ele fará o agen-

damento do dia e hora que poderá vir a AR - ACIC fazer a validação e emissão do certificado. Quando feito o agendamento automaticamente sairá uma lista com a documentação necessária para trazer no dia da validação. Lembrando: Quem faz o pagamento no boleto bancário precisa contar 48h após a data de pagamento para poder vir a AR-ACIC fazer sua validação. Quem fizer o pagamento no cartão pode vir até no mesmo dia. Para os que não são Associados da ACIC, a única diferença é que ao invés de acessar o site da ACIC, a compra deve que ser feita pelo site da www.certisign.com.br.

O que é certificação digital? O Certificado Digital é uma credencial que identifica uma entidade, seja ela empresa, pessoa física, máquina, aplicação ou site na web. É um documento eletrônico seguro, que permite ao usuário se comunicar e efetuar transações na internet de forma mais rápida, sigilosa e com validade jurídica. Os Certificados Digitais são compostos por um par de chaves (Chave Pública e Privativa) e a assinatura de uma terceira parte confiável

- a Autoridade Certificadora – AC. As Autoridades Certificadoras emitem, suspendem, renovam ou revogam certificados, vinculando pares de chaves criptográficas ao respectivo titular. Essas entidades devem ser supervisionadas e submeter-se à regulamentação e fiscalização de organismos técnicos. No meio físico, para que uma credencial de identificação seja aceita em qualquer estabelecimento, a mesma deverá ser emitida por um órgão habilitado pelo governo. No meio digital ocorre o mesmo - devemos apenas aceitar Certificados Digitais que foram emitidos por Autoridades Certificadoras de confiança.

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Antenor Angeloni projeta um novo Criciúma Esporte Clube 

Giuliano De Luca l Criciúma

O Criciúma Esporte Clube, conquista e orgulho do município e do Estado de Santa Catarina, estava fadado a fechar as portas. Dívidas, gestão inadequada e poucas perspectivas faziam parte da realidade do clube. Mas o que parecia provável não aconteceu. O Tigre, como é carinhosamente conhecido em todo o Brasil, deu a volta por cima, pagou suas dívidas, profissionalizou sua gestão e tem planos para os próximos anos de ser um dos melhores e mais bem estruturados times de futebol do Brasil. Isso foi possível graças à nova administração, comandada pelo empresário Antenor Angeloni. Em pouco mais de um ano, o que parecia o fim da história do Tricolor catarinense se tornou o início de uma nova era. Salários pagos em dia (o que não é tão comum no futebol), dívidas quitadas e um projeto para transformar a estrutura existente hoje em uma das mais modernas do país. A começar pelo gramado do Estádio, que está sendo reestruturado nos padrões da Fifa e deve ser entregue ainda antes do Natal. O Estádio também passa por ampla reforma, desde os apartamentos dos atletas até a cobertura e o sistema de iluminação, além de reformulação do ambiente externo, que vai modernizar a paisagem urbana local. Agora, a GA (Gestão de Ativos), empresa do presidente reeleito Antenor Angeloni e de seu irmão Arnaldo Angeloni, está prestes a comandar as ações do Criciúma Esporte Clube pelos próximos dez anos. “O projeto é fantástico. Em médio espaço de tempo teremos um dos maiores times do país”, garante o recém chegado gerente de futebol, Alcides Antunes, que tem 20 anos de experi42

ência no Fluminense. Além do Estádio Heriberto Hülse, o Centro de Treinamento passará por profunda mudança, com a construção de prédios para atletas, além de uma estrutura completa, incluindo arquibancadas, para receber jogos de pré-temporada, por exemplo, ou jogos das categorias de base. Em dez anos, o projeto Tigrinhos, a menina dos olhos do Criciúma Esporte Clube, que hoje engloba cerca de mil atletas de dez a 14 anos em mais de 20 municípios do Sul catarinense, deve ampliar de tamanho já em 2012, passando a duas mil crianças. O sonho de Angeloni é revelar novos atletas, mas também promover a ação social e evitar que as crianças fiquem nas ruas, especialmente às margens das drogas. O presidente calcula que em dez anos o projeto tenha 5 mil crianças integradas. “Vamos acreditar e vamos juntos nessa guerra”. Essa foi a síntese do discurso do presidente do Criciúma Esporte Clube, Antenor Angeloni, reconduzido ao cargo no fim de novembro para ficar por mais dez anos à frente da entidade. Em assembleia geral do Conselho Deliberativo, foram 171 votos a favor da direto-

ria encabeçada por Angeloni e três votos em branco. Os conselheiros também aprovaram a mudança no Estatuto do tigre, que agora prevê a possibilidade de parceria com a GA (Gestão de Ativos), que vai comandar as ações para manutenção de patrimônio e gestão técnico-financeira do Departamento de Futebol do Criciúma na próxima década. Na oportunidade, os conselhei-


ros sanaram suas dúvidas sobre essa nova era em que entra o Tricolor catarinense. Em menos de dois anos, Angeloni transformou um clube endividado, sem perspectivas, obsoleto e sucateado em um clube sem dívidas, com mais de R$ 15 milhões em projetos e com esperanças de subir para a Série A do Brasileirão, disputar para ganhar outros campeonatos, como a Copa do Brasil e o Catarinense. As páginas dos tablóides, os telejornais, as rádios, os portais de informação on-line frisaram a noite da aprovação do Estatuto como histórica para o Criciúma Esporte Clube. O projeto, porém, não é “apenas” para chegar ao topo do cenário nacional, mas também promover ações sociais na região onde está instalado e garantir a perpetuação do ex Comerciário, que nasceu do sonho de poucos em maio de 1947 e hoje é a paixão de dezenas de milhares espalhados por toda Santa Catarina.

Domingos Cesca tem a missão de gerenciar ao lado do presidente Angeloni

A nova diretoria é formada pelo presidente Antenor Angeloni e pelos vices Carlos Henrique Alamini (Administrativo), Ailton Schuelter (Financeiro) e Antonio Deoclésio Pavei (de Patrimônio). No próximo dia 17, os sócios patrimoniais devem se reunir para rati-

ficar a decisão da GA na mudança do Estatuto. Depois disso, o convênio com a empresa poderá ser firmado. Um caminho tortuoso no passado que é a redenção nos dias de hoje e promete ser um propulsor a partir de agora na história do time mais amado de Santa Catarina.

Conselheiros e associados têm dado o aval necessário às mudanças propostas pelo presidente Angeloni

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Balanço 2011/Perspectivas 2012

Um horizonte promissor 

Milena Nandi l Criciúma

O ano de 2011 está terminando. Via de regra, não foi um dos melhores dos últimos tempos, mas diversos setores da economia regional conseguiram contornar problemas e, apesar de ventos contrários, obter resultados positivos. Na última edição deste ano da Revista Liderança Empresarial, trouxemos um balanço de 2011 dos principais setores do Sul do Estado, assim como as perspectivas de cada um para

o ano que se aproxima. E se depender das previsões, 2012 será promissor. “Se olharmos para o Brasil, veremos que ainda há muito a ser feito”. Quem afirma é o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana. A redução dos juros é uma das ações necessárias. Segundo Fontana, o juro brasileiro ainda é o mais alto do mundo e o País ainda deve 38% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Mas mesmo com

as adversidades, as expectativas são positivas. “O Governo Federal tem conduzido o Brasil para um caminho melhor e a expectativa é que 2012 seja um ano melhor”. No entanto, em função da crise em países europeus, Fontana prevê que depende da exportação para aquele continente, terá mais dificuldades. “A economia é uma sanfona e tem movimentos que a fazem encolher, e outros, crescer”, analisa.

Classes C e D têm que ser vistas com “outros olhos”

Fontana afirma que o Brasil ainda tem demanda reprimida de produtos para as classes C e D, que tem figurado cada vez mais no mercado consumi-

dor. “Com a estabilidade da economia, é preciso criar produtos nesta direção. É uma alternativa para as empresas, já que estas classes têm condições de

aumentar o seu consumo. São pessoas que passaram anos no subemprego e agora passaram para o mercado formal”, considera.

Infraestrutura da região está melhorando Segundo o presidente da Acic, o Sul do Estado vislumbra um futuro melhor também em função da melhoria da infraestrutura. Duplicação da

BR-101, revitalização do Porto de Imbituba e início previsto para março de 2012 do Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, são algumas das obras es-

truturantes que a região precisava para se desenvolver mais. “Somos uma região versátil e com capacidade para crescer”, afirma.

Um ano atípico para o comércio de Criciúma Atípico. Assim o ano de 2011 pode ser caracterizado pelo comércio e prestadores de serviços de Criciúma. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Zalmir Casagrande, as obras na área central do município – como as do canal auxiliar

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do Rio Criciúma – afetaram diretamente o setor, prejudicando o faturamento das empresas. Mesmo assim, o presidente da CDL acredita que o ano deve encerrar com saldo positivo para o varejo. Conforme Casagrande, na maio-

ria do ano as vendas não superaram as marcas obtidas em 2010. “Ano passado ainda tínhamos reflexos de uma economia bastante aquecida. Neste ano está havendo uma desaceleração da economia e uma acomodação nos diversos setores”, comenta. Apesar disso, o varejo


teve vitórias importantes em 2011. A conquista de soluções de problemas estruturais, como das cheias no Centro é um deles. “As cheias sempre geram muitos prejuízos para nosso comércio. A construção do canal auxiliar do Rio Criciúma irá nos ajudar muito”. Outras obras consideradas importantes por Casagrande são a rede subterrânea de energia e o sistema de esgoto sanitário.

Mesmo com um 2011 atípico, o ano não deve ser dos piores para o comércio. Pelo menos se depender da principal data do calendário do varejo. “O Natal já começou em Criciúma. Estamos acompanhando pelo movimento, principalmente de nosso Sábado Mais, que o consumidor já esta vindo mais às compras, certamente se preparando para este final de ano”, conta.

Desafios para o Ano Novo Para Casagrande, o principal desafio da CDL em 2012 é atender sempre as expectativas de seus associados, com uma gestão moderna e eficiente. “Na medida do possível também continuaremos a participar das questões coletivas que envolvem nosso setor e a sociedade”. E a expectativa para 2012 é positiva. “Para o ano que vem estamos bastante otimistas, pois teremos em Criciúma um ambiente totalmente favorável ao comércio,

com as obras iniciadas já concluídas”, analisa. No próximo ano, Casagrande afirma que a Câmara continuará trabalhando para que os lojistas invistam em capacitação. “A capacitação, qualificação e treinamento tem sido uma das bandeiras permanentes da CDL, e estamos conseguindo colocar gradativamente a implantação dela tanto para os colaboradores da CDL, como para nossos associados”, conta.

Entidade presente nas questões importantes para o município Para Casagrande, é necessário que a CDL seja atuante e participe efetivamente nas parcerias realizadas para o bem coletivo e principalmente, as feitas para atender as expectativas dos associados da entidade. Por isso, a Câmara está sempre presente no debate de questões importan-

tes para o município. “A CDL já faz parte do desenvolvimento de nossa cidade. O comércio é o segundo setor que mais emprega no Brasil, só perdendo para o setor público. O comércio tem participação significativa no movimento econômico de nosso município”, diz.

Saiba mais O comércio de Criciúma gera mais de 13 mil vagas em empregos formais, com média salarial de R$ 1.100,00 aproximadamente. No município existem 5.289 empresas de varejo, segundo dados de outubro de 2011, fornecidos pela Secretaria do Sistema Econômico de Criciúma. FELIPE GHISI/DIVULGAÇÃO

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Um 2011 complicado para o setor carbonífero DIVULGAÇÃO

Falar do setor carbonífero do Sul de Santa Catarina não é apenas falar da atividade que foi o “estopim”” para o desenvolvimento econômico de toda uma região. É falar também de um setor que continua atuante, gera 3 mil empregos diretos no Sul do Estado e investe em tecnologia tanto para melhorar a atividade no presente, quanto para recuperar o passivo ambiental do passado. Ao longo de sua história, o setor passou por várias dificuldades. E em 2011, tornou a ter problemas. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão de Santa Catarina (Siecesc), Ruy Hülse, este ano não foi bom para as carboníferas. Um dos motivos foi o fato da Tractebel Energia, de Capivari de Baixo, não ter, por determinação da Aneel, realizado compras adicionais de carvão. Conforme o presidente do Siecesc, durante 2011, a termelétrica comprou 200 mil toneladas de carvão por mês, montante mínimo determinado contratualmente, enquanto que em 2009, a Tractebel efetuou uma compra adicional de 50 mil toneladas/mês. “Em 2011, os reservatórios das hidrelétricas estiveram altos, e a energia a carvão é complementar ao sistema”, afirma. Hülse comenta que hoje, cerca de 70% da energia elétrica produzida no Brasil vem de hidrelétricas. “Se o País sofrer uma estiagem grande, as tér-

micas a carvão serão acionadas para complementar a energia que não será gerada nas hidrelétricas. A tendência do Brasil é crescer. O País precisa ter segurança energética, e para isso, tem que usar todas as fontes de energia disponíveis”, observa. Por outro lado, segundo Hülse, o carvão foi deixado de fora do próximo leilão de energia nova, o A-5, que ocorrerá em dezembro deste ano. “Foi incluído o gás, a biomassa, as eólicas e as hidrelétricas. Estamos procurando demover o Governo da ideia para que em 2012 o carvão seja incluído no leilão”, afirma. “As térmicas a carvão representam segurança energética. Não há como estocar gás ou vento. Claro que estas são fontes importantes, mas

há que se levar em conta a parte social. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, cada emprego criado pela mineração gera oito novos empregos na economia”, complementa Hülse. Neste ano, uma Nota Técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atingiu as termelétricas. O documento refere-se sobre a baixa eficiência das usinas térmicas e determina que em três anos, elas se tornem mais eficientes. Segundo o presidente do Siecesc, a decisão é salutar, no entanto, o período de adaptação é curto. “Em três anos não é possível trocar equipamentos e a caldeira. É necessário observar uma série de questões, como por exemplo, as mudanças ambientais. E isso leva tempo”, diz.

Encargos e recuperação do passivo O presidente do Siecesc afirma ainda que entre as dificuldades enfrentadas pelas mineradoras estão os encargos decorrentes da recuperação dos passivos ambientais. Cada empresa investe

hoje entre 5% e 8% do seu faturamento na recuperação ambiental – a Justiça Federal, por proposição do Ministério Público, condenou as carboníferas e a União a recuperarem as áreas degrada-

das. “A atividade gerou problemas no passado, quando não se tinha consciência ambiental e nem legislação específica. A situação mudou e o setor está recuperando o passivo”, comenta.

Ano novo problemas antigos Conforme o presidente do Siecesc, as perspectivas são praticamente as mesmas para o próximo ano. “A não ser que haja falta de

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energia das hidrelétricas e o Governo inclua o carvão nos leilões de energia nova A-5, concedendo à geração térmica a carvão os mesmos

incentivos tributários, fiscais e financeiros que concede a outras fontes, possibilitando assim a expansão do setor”, comenta.


Indústria química:

2011 aquecido e 2012 incerto

Setores interligados Pesserl afirma que os associados ao Sinquisul tem pouca participação no mercado externo, mas nem por isso o setor químico está livre do reflexo dos problemas internacionais. “Se nos Estados Unidos, por motivos econô-

Sobre o Sinquisul micos ou de mercado, há uma redução no consumo de revestimentos cerâmicos, as indústrias químicas daqui irão ser afetadas, já que temos várias empresas que fornecem produtos para a indústria cerâmica”, analisa.

Sindicato cria atrativos para aumentar a participação dos empresários Hoje o Sinquisul possui 21 associados e iniciou um trabalho para atrair novos parceiros. Segundo Pesserl o Sinquisul está realizando ações em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, no sentido de capacitar os colaboradores do setor. Uma das ações é o curso de formação de líderes, em parceria com a Satc e o Sindicato Laboral da Categoria, que, em sua

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A indústria química do Sul do Estado teve um 2011 positivo. No entanto, o mercado se comportou de maneira distinta em parte do ano: até outubro, esteve aquecido e por isso, o setor apresentou um crescimento. Já no último trimestre do ano, está mais conservador. Entre os motivos dessa mudança de cenário, está a não redução da Taxa Selic – além de 11,5% - medidas do Governo Federal que “seguraram” a concessão de créditos e os problemas enfrentados pelas economias americana e européia. Segundo Andres Pesserl, presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Sul Catarinense (Sinquisul) a redução da taxa de juros no Brasil facilitaria o trabalho das empresas e incentivaria o consumo. “No último trimestre de 2011 o mercado não está aquecido como deveria. E, dependendo do que vai ocorrer com a economia dos Estados Unidos e da Europa, se houver retração, mesmo com uma economia pujante, o Brasil terá um 2012 difícil”, comenta.

primeira turma, teve a participação de 30 pessoas. O presidente do Sinquisul conta que mais empresas já sinalizaram a vontade de participar de ações de capacitação profissional. “Realizamos a ação em conjunto com o sindicato laboral porque acreditamos que é importante a união para trazer estabilidade ao trabalhador. Consideramos muito importante a profissionalização nas empresas”, analisa.

O Sinquisul foi fundado no ano de 2000 e engloba os municípios de Criciúma, Araranguá, Armazém, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Cocal do Sul, Ermo, Forquilhinha, Grão-Pará, Gravatal, Imbituba, Içara, Imaruí, Jacinto Machado, Jaguaruna, Laguna, Lauro Muller, Maracajá, Meleiro, Morro da Fumaça, Morro Grande, Nova Veneza, Orleans, Passo de Torres, Pedras Grandes, Praia Grande, Rio Fortuna, São João do Sul, São Ludgero, Santa Rosa de Lima, Santa Rosa do Sul, Sangão, São Martinho, Sombrio, Siderópolis, Treviso, Timbé do Sul, Treze de Maio, Tubarão, Turvo e Urussanga. O sindicato representa as categorias: produtos químicos em geral, inclusive, indústrias de tintas, fritas e produtos para cerâmicas, além de cosméticos.

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Descartáveis vivem ano de aumento

da concorrência e do preço da matéria-prima O ano de 2011 não foi dos melhores para o setor de descartáveis do Sul de Santa Catarina. As empresas da região, que geram cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos, sofreram com o aumento da concorrência – nos últimos anos, oito novas indústrias foram abertas no Sul do País (Santa Catarina possui dez empresas de descartáveis) – e com a elevação

do preço da matéria-prima, que aumentou cerca de 20%. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Descartáveis (Abrade) e diretor da Copobras, Mario Schlickmann, o mercado do primeiro semestre do ano se comportou de maneira estável, assim como o segundo, que só teve uma mudança de comportamento a partir de no-

vembro, quando segundo ele, reagiu um pouco. Conforme o presidente da Abrade, os principais produtos fabricados hoje são copos, pratos e potes. Neste ano, a produção regional de descartáveis esteve na faixa de 5 mil toneladas por mês, volume que segundo Schlickmann, tem permanecido estável nos últimos três anos.

2012 ainda de incertezas Para Schlickmann, todo ano que começa traz consigo esperança de melhorias. No entanto, no novo ano sempre há algum problema. “Todo ano tem algum problema. Ou é a alta da matéria-prima ou algo que atinja a economia do

País”, comenta. E uma das maiores preocupações para 2012 e os próximos anos, segundo o presidente da Abrade, e a questão ecológica. “O copo plástico vai ser o próximo vilão. Vai ser incentivado o uso do bioplás-

tico, que é totalmente degradável e já existe fora do Brasil. Para as empresas catarinenses produzirem com bioplástico, haverá uma oneração grande e não temos escala para atender o mercado desta maneira”, afirma.

Aumento de poder aquisitivo

das classes mais baixas impulsiona setor de alimentos mudanças em função do comportamento do câmbio. As empresas que exportam seus produtos estão atravessando alguns problemas, mas ao que tudo indica, isso não deve fazer com que as indústrias migrem totalmente para o mercado interno e assim, haja um excesso de oferta de produtos alimentícios. “Por enquanto o consumo interno está dando conta da nossa produção. E evidentemente que as empresas exportadoras não vão abandonar o mercado que conquistaram”, analisa.

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O setor de alimentos continuou crescendo em 2011 em todo o Brasil, inclusive o segmento de carnes. A afirmação é do vice-presidente da ACIC e diretor da Agrovêneto, Sinésio Volpato. E esse comportamento se deve, sobretudo, ao aumento do poder de compra da população. “Muitas famílias ingressaram no mercado de consumo e o primeiro item buscado foi o alimento”, comenta Volpato. Segundo ele, o cenário esteve positivo até agosto, sendo que no último trimestre do ano, começou a esboçar

Mão de obra ainda é um gargalo Volpato afirma que a mão de obra ainda é um gargalo para o setor de alimentos. E pela carência, as empresas se vêem obrigadas a se adaptar. Para isso, têm investido em inovação e equipamentos que permitam uma otimização do trabalho – o que acaba por minimizar a falta de mão de obra. 48

Para os próximos anos, Volpato prevê uma redução nos juros. “O juro é o grande gargalo do setor. Se tivermos um juro mais baixo, teremos mais condições de investimento. Há uma tendência para queda nas taxas de juros, o que não vai acontecer de um dia para o outro. Há 60

dias tínhamos uma taxa de 12%. Hoje ela já está mais baixa. E talvez daqui a um ano estaremos com uma taxa de 9,5%”, diz. “A economia do Brasil só tem um caminho, que é o de crescer. Só se for feito muita coisa errada para isso não acontecer”, complementa.


FIESC: União é uma das marcas da indústria regional Vários fatos marcaram a indústria do Sul do Estado em 2011. O número de empregos formais aumentou, a produção dentro da capacidade instalada caiu e as vendas cresceram. Foi um ano do “salve-se quem puder”, e segundo o vice-presidente Regional Sul da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Diomício Vidal, um ano abaixo de 2010, e provavelmente, de “passagem” entre um 2010 positivo e um

2012 semelhante ao bom desempenho da indústria no período anterior a 2011. Segundo Vidal, até setembro deste ano, a região Sul catarinense teve um crescimento de 5,16% no emprego formal. O índice é considerado positivo. No entanto, não significa que esta porcentagem foi somente de novos empregos. Ao mesmo tempo, a indústria passou por um período de queda de produção dentro da sua

Boas expectativas para 2012

Segundo Vidal, em 2010, o crescimento da indústria foi acima da média e em 2011, o setor deve crescer até 4%. Para 2012, a expectativa é que a indústria ao menos repita o desempenho de 2010. Um dos aliados para isso seria a redução de impostos. “Reduzir o IPI de produtos terá um efeito positivo”, considera. O vice-presidente da Fiesc analisa que o Sul do Estado passará por uma mudança nos próximos anos. “A região

é próspera e de uma indústria jovem, com menos de 50 anos. Estamos em uma região alto astral, que vislumbra coisas boas. Não estamos estagnados, mas pela falta de infraestrutura tivemos um baque em nosso crescimento. No entanto, com as obras como a duplicação da BR-101 em fase terminal, o início da operação do Aeroporto Regional Sul em março de 2012 e a Via Expressa, o empresariado do Sul está mais confiante. O Brasil está passando

capacidade instalada. “Se houve aumento de emprego não quer dizer que houve na produção. Muitos empregos informais foram formalizados. E este é um dado a ser analisado”, afirma. “Hoje as empresas buscam funcionários, porém, às vezes por necessidade, emprega uma pessoa não qualificada. Isso reflete na produtividade, que baixa por falta de mão de obra capacitada. E isso altera os custos da indústria”, complementa.

por um período muito bom e a aposta é no crescimento das empresas”. Vidal chama a atenção ainda para o fato de que a região tem boas escolas para a formação de mão de obra e o plano “Criciúma 2030 – uma estrada para o futuro”. Esses dois fatores são positivos, na análise dele, para aumentar a confiança na região. “Isso dá uma segurança maior aos empresários daqui e para quem quer começar a investir aqui”.

Apesar das adversidades, confecção tem ano equilibrado Para o setor de confecção 2011 foi pior que o anterior. Mas mesmo com as adversidades, o ano deve fechar em equilíbrio. E este equilíbrio foi conquistado em função da moda produzida no Sul do Estado. Segundo Roberto Benedet, presidente do Sindicato do Vestuário (Sindivest), neste ano, o se-

tor sentiu os reflexos da crise em outros países, mas conseguiu passar pelo ano sem maiores problemas. “O forte da região é a “modinha”, um segmento da confecção que logisticamente os Tigres Asiáticos não conseguem afetar”, afirma. Hoje, o Sindivest possui 60 as-

sociados, mas estima-se que exista o triplo desse número de empresas no setor de confecção do Sul do Estado. Segundo Benedet, ainda há muitas empresas na informalidade, especialmente as que trabalham com facção. Para tentar levar estes empresários para a formalidade, o Sindivest conta com a

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ajuda do Sebrae, que auxilia as empresas a se adaptarem a nova condição. “A migração ainda está sendo um processo lento. Há todo um contexto que deve ser analisado e os proprietários

dos negócios precisam se convencer da importância da economia formal. Mas já temos algumas facções que estão se adequando”, comenta. Hoje, as vendas da indústria regional estão

mais pulverizadas nos três Estados do Sul do País, mas o Rio Grande do Sul continua sendo o maior mercado consumidor da modinha produzida no Sul catarinense.

Setor gera mais de 10 mil empregos Segundo o presidente do Sindivest, a confecção é o segundo setor que mais gera empregos na região – estima-se que mais de 10 mil postos de trabalho – e é também um dos que mais sofre com a carência de mão-de-obra qualificada.

“Hoje, as indústrias de confecção estão muito informatizadas e depois que o funcionário aprende a trabalhar, aproveita a base que teve e vai para outro setor”, lamenta. Outra dificuldade em 2011 foi o clima. Ao contrário do que se pos-

sa imaginar, o frio prolongado não foi bom para o setor. Segundo Benedet, as empresas se programam para a produção de cada coleção. Mas neste ano, com o inverno prolongado, houve o problema de “repique”.

Expectativas melhores para 2012 Conforme o presidente do Sindivest, as expectativas para o ano que vem são boas. No Encontro Nacional da Indústria (Enai), do qual o Sindivest

participou recentemente em São Paulo, as previsões para o ano que vem foram bem diferente das do Enai anterior, em 2010. “No ano passado só se falava em

desindustrialização. Já o que ouvimos no último Enai foi um discurso mais positivo, que falava em crescimento e oportunidades de negócios”, conta.

Construção civil aquecida

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ram erguidos. Segundo Savi, muitas casas foram construídas durante o ano por construtoras menores – muitas de pessoas do Sul do Estado que moraram no exterior e quando voltaram para o Brasil, abriram o seu negócio. “Estas construtoras menores também se beneficiaram da facilidade de acesso aos financiamentos habitacionais”, comenta. Para 2012, a expectativa é de continuidade da boa fase pela qual a construção civil tem atravessado. Segundo o presidente do Sinduscon, no próximo ano, o Governo Federal irá manter os financiamentos habitacionais, e com isso, o mercado deve continuar aquecido.

Problemas com mão de obra diminuíram

Levantamento do setor

Neste ano, um dos problemas da construção civil foi amenizado, segundo o presidente do Sinduscon. “As construtoras têm investido em cursos e treinamentos e a mão de obra estabilizou. Mas ainda precisamos de gente especializada”, diz. Hoje, o setor gera mais de 5,7 mil empregos.

A partir de fevereiro do ano que vem, o Sinduscon deve ter em mãos um levantamento sobre o setor da construção civil do Sul do Estado. O trabalho

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Dois mil e onze foi positivo para a construção civil do Sul do Estado. O setor teve um ano com grande demanda de imóveis – em Criciúma, por exemplo, é notória a quantidade de edifícios em construção, e as construtoras também têm investido em cidades próximas. E esta procura por imóveis se deveu, em boa parte, ao aumento da facilidade de acesso ao crédito. “A atitude da Caixa Econômica Federal em conceder crédito para habitação levou outros bancos a liberarem financiamento também”, afirma Jair Paulo Savi, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). E em 2011, não só edifícios fo-

está sendo feito pela Unesc. O resultado do levantamento servirá de norte para o desenvolvimento de ações, segundo Savi.


Máquinas a todo vapor nas cerâmicas O setor cerâmico do Sul do Estado teve um ano melhor que o anterior em produção e vendas. Além da facilitação de acesso ao crédito, contribuiu para desempenho a desoneração do IPI para muitos dos materiais usados na construção – que vem ocorrendo desde 2008, e no caso dos revestimentos cerâmicos foi de 5%. Em 2011, estima-

se que a produção de revestimentos cerâmicos dos associados do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Criciúma e Região (Sindiceram) seja de 97 milhões de metros quadrados, um volume 8% superior a 2010 – o crescimento nas vendas segue a mesma porcentagem. Conforme o presidente do Sindice-

ram, Otmar Müller, o mercado consumidor mudou de comportamento nos últimos meses do segundo semestre de 2011, quando teve início uma desaceleração e queda na demanda. Segundo ele, é difícil definir o motivo da retração, mas uma das causas deve ser o receio dos investidores em função do cenário internacional.

Mercado doméstico vem crescendo O setor cerâmico sempre foi marcado pelo volume de exportações. No entanto, há alguns anos, em virtude de problemas com o câmbio, tem destinado uma parcela ainda maior de sua produção ao mercado nacional. O que é comercializado fora tem seu principal destino na América do Sul – Chile, Paraguai, Bolívia e Venezuela. Já no Brasil, o principal mercado dos revestimentos produzidos no Sul cata-

rinense é o Sudeste, especialmente os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. E mesmo com o pólo cerâmico de Santa Gertrudes, a cerâmica da região tem conseguido resistir a concorrência dos “donos da casa”. “As cerâmicas de Santa Gertrudes continuam sendo concorrentes importantes e que crescem em um ritmo maior que nós de Santa Catarina. No entanto, na região,

também temos fabricantes que utilizam a moagem a seco, como a indústria de Santa Gertrudes, e esse tipo de trabalho está crescendo”, afirma. “Mas a concorrência com São Paulo é grande. Estamos conseguindo também porque a moagem a seco não se aplica ao porcelanato nem aos revestimentos de parede, só ao piso com um nível de qualidade inferior ao que produzimos”, conta.

Aumento do gás natural preocupa No segundo semestre deste ano, a SCGás reajustou o gás natural em 7,7%. A decisão não agradou as cerâmicas da região, responsáveis por boa parte do consumo catarinense do combustível. “Até estranhamos, porque o aumento foi indevido. O preço do pe-

tróleo nem o câmbio justificariam o aumento. Solicitamos ao Governo do Estado que analise melhor os resultados da política adotada pela SCGás”, conta. Para o próximo ano, além de um novo aumento, o que preocupa a in-

dústria cerâmica é a continuidade do fornecimento. “A SCGás já está operando no máximo de sua cota, que é de 2 milhões de metros cúbicos por dia. E qualquer insumo em que a demanda for maior que a oferta, acaba tornando-se mais caro”, analisa Müller.

Ano novo é uma incógnita Para Müller, há uma dúvida grande quanto ao ano de 2012, e o comportamento da economia internacional será decisivo. “O nível de risco faz com que os investidores procurem investir em commodities, mais seguras. Conti-

nuamos sendo um país emergente sobre o qual ainda há incertezas”, diz. “O importante agora é termos prudência”. Uma preocupação para o ano que se aproxima é relativa ao custo crescente da mão de obra. Segundo o pre-

sidente do Sindiceram, os encargos têm elevado os custos das empresas nos últimos anos, em decorrência da falta de uma ação do Governo. Hoje, as filiadas ao Sindiceram geram 5.420 empregos diretos.

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Criciúma e o Sul Catarinense

Queda na arrecadação - comparação com as demais regiões do estado 

Neri Trombim

Tem-se debatido ultimamente a questão da participação de Criciúma no bolo de arrecadação do ICMS, que apesar de aumentar ano a ano, o crescimento é menor do que em outras regiões do Estado. Criciúma já esteve colocada em quarto lugar quanto ao retorno do ICMS, principal arrecadação tributária dos municípios, juntamente com o IPTU e o Fundo de Participação dos Municípios, este último retorno de parte dos impostos arrecadados pelo Governo Federal. Como Criciúma hoje não ostenta boa colocação na participação do retorno do ICMS, diversos fatores contribuíram para a decadência na arrecadação, centrando-se o debate em torno disso. E o principal fator apontado pelos especialistas como decisivo para tal decréscimo é inegável: Criciúma e o Sul do Estado cresceram economicamente menos que as demais regiões, e daí passaram a arrecadar menos, com exceção de alguns municípios. A questão é por que teríamos crescido menos? Aponta-se como empecilho ao crescimento econômico a ausência de aeroporto com vôos regulares, a ainda não duplicada BR-101 a atravancar o acesso e dificultar o escoamento da produção, política voltada para a prestação de serviços em detrimento da industrialização, etc. Menciona-se, também, a questão sindical que teria um histórico de greves e conflitos permanentes, situação que não se verificaria nas demais regiões do

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Estado. Tudo isso pode ser cem por cento verdadeiro, mas há outros fatores de fundamental importância que contribuíram e vem contribuindo para a queda da arrecadação, que diferenciam Criciúma e o Sul das demais regiões do Estado, do Vale do Itajaí e Norte do Estado particularmente, sobretudo a postura de empresários, políticos e da sociedade em geral. Vejamos. Os empresários, políticos e a sociedade sul catarinense não falam a mesma língua, não há união. Tal falta de união decorre da dificuldade de reconhecimento das causas comuns, da ausência de separação entre interesses particulares e interesses coletivos. Exemplo emblemático ou que serve de paradigma é o aeroporto de Jaguaruna. Foi decidida a sua construção e localização sem que houvesse uma discussão ampla de toda a sociedade sul catarinense, que tinha e tem interesse na obra. A falta de discussão gerou acusações diversas, sobretudo a um político tubaronense. Quando, em que tempo, a sociedade sul catarinense se reuniu para debater e defender causas comuns? Agora, timidamente começa algum diálogo, principalmente através das Associações Empresariais de Criciúma e Tubarão, de forma incipiente, que poderá levar, num futuro próximo, a mudança de atitudes. Mas ainda é muito pouco. Políticos e demais entidades da sociedade organizada permanecem com a velha política de defender primeiro os seus interesses e, em

segundo plano, de seu partido político. A sociedade, principal objetivo da ação política, fica sempre em terceiro ou até fora de qualquer plano. A comprovação disso é evidente. Quando um partido político está no poder, os demais se limitam a uma oposição sistemática, na procura de algum deslize, por menor que seja, para tentar desestabiliza-lo. Não contribuem com nada na busca de soluções e recursos para atender aos interesses maiores da coletividade. Não descem do palanque para trabalhar em prol da sociedade, limitando seus esforços a fustigar, com ou sem razão, aquele que está no poder. Os empresários, com as exceções de sempre, também não são unidos entre si e não se em-


penham em busca das causas comuns, sejam empresariais, políticas (no bom sentido) ou da sociedade. Nas federações, que reúnem os sindicatos patronais, parece que nenhum sul-catarinense ocupou a presidência. Poucos empresários comparecem às reuniões de rotina, salvo algumas festivas. Nossos representantes sindicais ocupam cargos importantes, mas não conseguem unir em torno de si as demais lideranças e empresários. Os sindicatos patronais se limitam a ter uma sede e a maioria das empresas não fazem parte do quadro de associados. Até para debater os interesses comuns poucos comparecem. Também não tem estrutura para atuar de modo eficaz o tempo todo. A ACIC tem hoje 1.030 associados, enquanto se calcula existir mais de quinze mil empresas em Criciúma, a demonstrar que menos de 10% são associados. O que se vê, sobretudo no Vale do Itajaí e Norte do Estado? Primeiro, nota-se empresários comprometidos com o desenvolvimento social e econômico da região, com pleno reconhecimento das causas comuns, que direciona os agentes políticos em defesa da sociedade e não se utilizar da política de forma desvirtuada (claro, com exceções), de ser contra somente porque não é do seu partido. Participação maciça nas entidades sociais, empresariais e sindicais, inclusive nas federações, das quais são freqüentadores assíduos, ocupando ou não cargos. Os sindicatos patronais contam com a maioria da categoria

empresarial associada e mantém uma estrutura sólida, com funcionários próprios, que trabalha o ano todo em beneficio dos interesses comuns. É uma questão de postura, cultura e, acima de tudo, de reconhecimento dos interesses comuns, inclusive da sociedade, que precisa progredir para o bem estar de todos e não de uns poucos. Por isso, os argumentos de que a falta de obras explicaria ou seria a causa da queda na arrecadação, sobretudo do Município de Criciúma, não parece ser verdadeira. Ou, ainda que verdadeira, por si não levaria a uma queda tão acentuada na arrecadação. Está mais para conseqüência do que causa. Conseqüência da falta de reconhecimento dos interesses coletivos, da ausência de união do Sul do Estado em defesa dos interesses comuns e de políticos que refletem a desunião reinante e a alimentam, ao invés de buscar uma postura política condizente com as necessidades coletivas. Há necessidade, portanto, de mudança de postura de empresários, agentes políticos e sociais, entidades públicas e privadas, os sindicatos profissionais inclusive, com o comprometimento com o bem estar coletivo e abertura de caminho para o progresso, de modo a acabar com a divisão, partindo para a união, com reconhecimento e defesa das causas comuns, que independe de bandeira política. Somente assim a situação poderá melhorar. Neri Trombim Advogado em Criciúma FELIPE GHISI/DIVULGAÇÃO

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China:

Planejamento e Agilidade explicam o Crescimento 

Joselito Pizzetti

Recentemente estivemos na cidade chinesa de Huaibei, a convite das autoridades políticas e empresariais daquela cidade. Nossa missão deveu-se a uma “Carta de Intenções” homologada em 28 de abril do corrente ano pelo diretor-secretário do governo municipal de Huaibei e da província de Anhui, Bi Meijia e o prefeito municipal de Criciúma, Clésio Salvaro. Esse documento, firmado quando da primeira missão chinesa à nossa cidade, houve uma

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segunda no mês de julho, consolida a possibilidade de cooperação entre as duas cidades, tidas a partir de então “irmãs”, em diversas áreas, com destaque para economia, comércio, ciência e tecnologia. A realização de investimentos em solo criciumense, oriundos desse movimento, tem-se mostrado perfeitamente possível, conforme ações posteriores à nossa missão. Similaridades econômicas de um passado recente, justificam a

parceria estabelecida entre as respectivas cidades. Vejamos, Huaibei foi fundada em 1960 tendo como principal atividade econômica a produção de energia a partir da extração do carvão mineral. Sua reserva mineral compreendida em 04 grandes jazidas, é estimada em 35 bilhões de toneladas. Estabelecendo um paralelo com a totalidade da reserva brasileira de carvão mineral que representa 31,4 bilhões de toneladas (fonte: Associação Brasilei-


ra de Carvão Mineral-ABCM), pode-se dimensionar quão representativo foi essa atividade econômica para nossa cidade irmã asiática. A utilização pretérita do verbo não é em vão, a atividade mineradora continua sendo uma das forças econômicas da região, porém, de uma forma planejada, na última década, conseguiu-se diversificar a economia de Huaibei, possibilitando o surgimento e fortalecimento de novos segmentos, tais como: equipamentos, eletrônicos, biofármacos e química fina. Estes com a peculiaridade da agregação de valor em produtos e processos, evitando a comoditização, presa fácil das agruras da concorrência. A geração de riqueza a partir disso é evidente quando se observa naquela região a renovação da frota automotiva, a realização de investimentos para criação ou ampliação do parque fabril regional, a participação de estrangeiros nas feiras de exposições que acontecem paralelamente umas às outras. Tudo isso acompanhado de investimento maciço por parte do estado em obras de infra-estrutura, condição sine qua non a qualquer processo de desenvolvimento emergente. Facilmente percebida, a velocidade na tomada de decisão e nas ações desse movimento, conferem um dinamismo, que mesmo diante de olhos pertencentes ao BRICS, causa estupefação. A certeza de que nossas surpreendentes observações in loco não são pontuais, nem restritas a uma determinada faixa territorial, vem da análise de indicadores que expressam a representação econômica chinesa no mundo. Sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) mundial no ano de 2011 será de 9.98% (Folha de São Paulo 02/12/2011). A taxa de 4,96% obtida no ano de 2005 já era considerada espetacular pela comunidade internacional. Considerando ainda que a economia chinesa ultrapassará a americana (USA) antes de 2020 (Citigroup

02/2011). É oportuno considerar o momento que entidades de classe e prefeitura discutem o desenvolvimento econômico de nossa cidade, traçando paralelos com o êxito alcançado em Huaibei. Em reuniões com estes públicos e privados chineses, percebi como notório o consenso dos objetivos propostos para a economia da cidade, fruto conseqüente de estratégias deliberadas de um planejamento realizado. Não é plausível diversificar os vetores econômicos de um município baseado unicamente na capacidade empreendedora individual. É mister termos um ordenamento de ações, contemplando variáveis como, qualificação da força de trabalho, retorno do investimento ao município, grau de inovação dos empreendimentos e incremento da média salarial, para que consigamos galgar, rapidamente, posições na escala, estadual e nacional, de municípios geradores de riqueza. Nesse tipo de matéria, não podemos ser imediatistas, tão pouco esperar passivamente que a microeconomia municipal encontre naturalmente um rearranjo que atenda nossos anseios. É imprescindível acreditar no trabalho que estão realizando a Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (CMDE), UNESC e Prefeitura Municipal, que visa de uma forma planejada estabelecer uma seqüencia de ações, algumas em curso, para potencializar rapidamente nossa economia. Somente com planejamento de ações, agilidade na execução e comprometimento dos responsáveis, o crescimento econômico sustentável de Criciúma manter-se-á, para deleite dos que contribuem efetivamente e para surpresa dos incrédulos. Joselito Pizzetti - Diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma 55


Seminário de Governança Corporativa A implantação, manutenção e os benefícios da governança corporativa nas empresas foi o tema das palestras realizadas na ACIC no I Seminário de Governança Corporativa. O evento reuniu a psicóloga Patrice Gaidzinski, os advogados Robert Juenemann e Carlos Amodeo Neto, que apresentaram temas complementares ao processo de implantação da governança corporativa. O evento foi prestigiado por cerca de 100 pessoas, muitos oriundos de empresas familiares da região. A abertura foi realizada pelo vicepresidente da ACIC, Donato Zanatta, que salientou a importância da realização do evento pela ACIC e do tema para as empresas da região, onde a grande maioria são com perfil familiar. A primeira palestra foi realizada pelo advogado Robert Juenemann, coordenador-geral do Capitulo Sul do

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IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Juenemann apresentou conceitos, práticas e ferramentas de governança corporativa. Com base nos dados que 2/3 das empresas do mundo são familiares, salientou a importância da Governança para a perpetuação destas e como prática fundamental na gestão das empresas, com um modelo que pode se enquadrar a qualquer tipo de negócio. Como coordenador do IBGC, lembrou o trabalho que o instituto vem realizando no país, para disseminar a governança, um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. A implantação da governança nas empresas familiares e os desafios que estas encontram para separar o negócio

da família foi o tema apresentado pela psicóloga Patrice Gaidzinski, que mostrou como empresas podem estar formando conselhos de família, conselhos de acionistas e conselhos de administração, as luzes da governança, superando conflitos e problemas sucessórios. Patrice deixou muito claro a tênue barreira que separa empresas de famílias e como gerir questões espinhosas como a sucessão através das gerações. “Oitenta e cinco por cento das empresas familiares acabam na terceira geração”, salientou Patrice, lembrando que a criação de excelência, através do desempenho e competência técnica e comportamental dos gestores. É através da governança que muitas famílias têm conseguido guiar seus descendentes e criar um fórum de conversação. O encerramento do I Seminário de Governança Corporativa da ACIC foi feito pelo advogado Carlos Humberto Amodeo Neto, que falou sobre o papel do conselho de administração na gestão das empresas familiares. Amodeo Neto salientou a importância do Conselho, uma das bases da governança corporativa, como um elo entre sócios, família e a empresa. Para Amodeo Neto uma das funções deste conselho é criar um ambiente de orientação e apoio, juntamente com o fiscalizador das ações de gestores.


Fontana é homenageado na Itália junto com ex-ministro da Agricultura 

Sandro de Mattia FOTOS IVAN HIPÓLITO

“Foi um dos mais emocionantes prêmios que recebi”, com essa frase o empresário Olvacir Bez Fontana, diretor presidente da Construtora Fontana descreveu a premiação entregue a ele neste final de semana, em Feltre, na Itália. A premiação é organizada pela Província de Belluno, Rotary Club de Belluno e Associação Bellunesi Nel Mondo. A homenagem faz parte da XII edição do Prêmio" Bellunesi che hanno onorato la Provincia in Italia e Nel Mondo" (Belluneses que honraram a Província na Itália e no Mundo). Entre os homenageados Bellunensis estavam Francisco Sergio Turra, ex-ministro da Agricultura no Brasil, os irmãos Giovanna e Denis Secco, empresários do setor da agricultura na África do Sul e na Austrália, Pierfrancesco Bassi, professor da Universidade do Sacro Cuore de Roma e pesquisador no campo médico. Foi homenageado "em memória" o descendente de italiano Raymundo Faoro, falecido em 2003 e que empresta seu nome ao Palácio da Justiça, sede do Ministério da Justiça, em Brasília. A premiação é uma forma que as instituições encontraram de reconhecer personalidades italianas ou de descendência que construíram histórias através do seu trabalho, arte

ou dedicação nas mais variadas áreas do conhecimento humano. Para Fontana foi um momento único. “Ser recomendado junto com todas essas celebridades, numa premiação distinta e com essa valorização me deixa orgulhoso. Ser lembrado em Belluno, na Itália, terra de meus

descendentes, pelo trabalho que realizamos no Brasil muito me honra”, destaca Fontana. Ele agradece Dona Zelma Mariot Hilber, em nome da Associação Bellunesi Nel Mondo Famiglia di Urussanga pela iniciativa da indicação e defesa do seu nome junto a organização. sicredi.com.br

A magia do fim de ano faz a gente pensar alto. Imaginar que tudo vai ser melhor no ano que se aproxima. E, cooperando, isso acontece. Porque gente que coopera tem mais força. Gente que coopera cresce. Um Feliz Natal e um Feliz 2012, Ano Internacional das Cooperativas.

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Mercado.Sul

Opiniões Informações Entrevistas Análises

Por Joice Quadros

joice.q@terra.com.br

Criciúma 2030. Um estrada para o futuro. Com esta visão de 20 anos à frente, o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Criciúma contratou pesquisadores da Unesc e da PUC/RS para estudar o caminho que vai levar a cidade até lá com melhores índices de desenvolvimento do que os atuais. A informação é de César Smielewski, presidente do Conselho. Dados iniciais revelam que a cidade vem a cerca de 25 anos apresentando índices declinantes e o estudo deverá mostrar como reverter este quadro. Dois problemas já foram detectados, atrasando o desenvolvimento da cidade. Um é a falta de terrenos públicos para novos investimentos. O outro é por Criciúma ser conhecida como “a capital brasileira de causas trabalhistas”, o que afasta os investidores. Segundo previsão do Conselho, o estudo deverá estar concluído até abril de 2012.

Toda ordem social é criada por nós. O agir e o não agir de cada um contribui para a formação e consolidação da ordem em que vivemos. Jorge Gerdau, durante palestra no Mampituba, em Criciúma, dia 24 de novembro.

Pioneira

Criciúma é pioneira entre as prefeituras brasileiras a implantar o SIGEOR – Sistema de Gerenciamento Orientado para Resultados. É uma ferramenta nova e moderna para acompanhar on line o andamentos dos projetos da prefeitura. Este software de gestão foi desenvolvido pelo Sebrae.

132 anos de colonização italiana será comemorado em Criciúma em 06 de janeiro de 2012

Feiras & Feiras 2012

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Sul Metal e Mineração

Fenafashion

Casa Pronta

A Feira Sul Metal & Mineração será realizada em Criciúma no período de 26 a 29 de junho. Nesta terceira edição da feira o leque de expositores será ampliado para novas áreas de mineração e equipamentos para a construção, atendendo solicitação do setor da construção, que está com uma demanda muito forte para máquinas e equipamentos. A feira é uma promoção do Sindimetal, Simec e Siecesc, e realização da Fama Feiras.

Criciúma vai sediar de 05 a 08 de junho de 2012 a Fenafashion – Feira Nacional da Moda, especializada para profissionais dos setores que contemplam a indústria da Moda. A feira de negócios propõe ao público visitante a sua reciclagem profissional, intercâmbio de informações, negócios, oportunidades e conhecimento das principais tendências da moda com os lançamentos das coleções primavera/verão 2013. O evento é uma realização da Fama Feiras, em parceira com o Senai.

O sucesso registrado na 9ª edição da feira CasaPronta, que atraiu mais de 40 mil pessoas nos cinco dias de exposição, em outubro em Criciúma, fez com que os organizadores planejassem uma edição extra para 2012. Além da 10ª edição que vai ser realizada em outubro no Pavilhão José Ijair Conti de Criciúma, a CasaPronta também acontece pela primeira vez na cidade de Tubarão.O organizador do evento é o publicitário Willi Backes.

Fenafashion foi lançada dia 23 de novembro durante o EnModa, evento promovido pelo curso de Design da Moda do Senai, em parceria com a Unesc


INFORME PUBLICITÁRIO

Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Catarinense Para o presidente do Sinduscon, Engenheiro Jair Paulo Savi, a Indústria da Construção Civil deve enfrentar grandes desafios para o próximo ano, já que as expectativas de crescimento são maiores do que as de 2011. Segundo o Presidente, Conforme as prioridades para o próximo ano, podemos afirmar que nossas atenções estarão voltadas principalmente na qualificação e formação de mão de obra. Desde nossa última convenção coletiva de trabalho, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores procuramos proporcionar melhores salários e melhores condições de trabalho. Estamos preocupados em fixar o trabalhador na Indústria da Construção, remunerando-o melhor do que em outras atividades industriais e, sobretudo dando melhores condições de trabalho quanto à sua saúde, segurança e alimentação. Iniciado em 2011 e com continuidade no próximo ano, contaremos com a supervisão de nosso Engenheiro de Segurança do Trabalho, de cursos de aperfeiçoamento no uso dos equipamentos de prevenção e segurança, e inspeções preventivas nas obras, com o objetivo de diminuir sensivelmente os acidentes nos canteiros de obras. O aspecto importante em nossa gestão foi e será sempre o fortalecimento do Associativismo. Por isso, em 2012 visitaremos e convidaremos as empresas ligadas ao setor, nas regiões da AMREC e AMESC, para associar-se. Com isso, tornar nosso Sindicato ainda mais forte, ampliando o número de participantes.

Associe-se ao Sinduscon e fortaleça o seu setor! Associese ao Sinduscon e fortaleça sua empresa!”

Vários são os desafios da Indústria para manter-se competitiva num ambiente de constante transformação. Alguns deles são:

acompanhar as inovações tecnológicas, qualificar seus recursos humanos e seguir todas as determinações legais e administrativas. Nós do Sinduscon, temos como princípio auxiliar as empresas a enfrentarem esses desafios, através da construção coletiva de um cenário que incentive a expansão dos negócios e promova o crescimento econômico. É a partir das necessidades de cada empresa que este Sinduscon consolida os posicionamentos do setor. Eles são defendidos de forma integrada no interesse de soluções para os problemas da construção civil, juntamente com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) e da Câmara da Indústria da Construção (CDIC). Citamos também, nosso interesse na aprovação do novo Plano Diretor de Criciúma. Nosso objetivo é que possamos contribuir para a melhoria da cidade, reafirmando nosso compromisso de sempre colaborar com o poder público, principalmente quanto

ao direito de todos no exercício da cidadania. Para os Empresários da Construção Civil, a expressão que melhor sintetiza a preocupação do Sinduscon com o novo plano diretor é o “direito a cidade”, para obtermos uma cidade realmente democrática.

Sindicato forte – Indústria forte! Sua empresa no caminho certo.

Por ser oportuno, gostaríamos de lembrar que o nosso setor econômico é um dos que mais cresce na geração de empregos na região sul do Estado de Santa Catarina e que promove o maior impacto na cadeia produtiva de seus insumos, implicando sempre numa maior demanda e numa maior atividade relativa à sua comercialização. Daí a importância de nossos esforços em lutar para mantermos o crescimento e desenvolvimento do setor e por conseqüência, de toda a nossa região. Por fim, queremos ser ainda mais otimistas afirmando que: a construção civil vai ter ainda mais o que comemorar em 2012 e vai prosseguir em sua ascensão por um longo período! Nossos sinceros agradecimentos a todas as Empresas associadas, à nossa diretoria e aos nossos colaboradores.

Eu, em especial, desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo! Jair Savi Presidente do Sinduscon

Sinduscon Criciúma - Rua Ernesto Bianchini Góes, nº 91 – Próspera – Criciúma/SC – CEP: 88815-030 - sindusconcriciuma@terra.com.br - (48) 3438-3104 59



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