Liderança Empresarial

Page 1

ACIC Associação Empresarial de Criciúma

Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe

CRICIÚMA | SC | Nº 36 | R$ 9,99

Educação Nossa bandeira pelo desenvolvimento 2012 fecha com boas notícias na infraestrutura

Obras do Centro Empresarial a pleno vapor




APRESENTAĂ‡ĂƒO A educação novamente ĂŠ a pauta principal da revista Liderança Empresarial. Nossa edição de março de 2009 jĂĄ fazia o alerta: Educação: a chave para o futuro. EntĂŁo, abordar o assunto educação tem sido uma prioridade. O que esperar do nosso futuro sem esta prerrogativa? E a ACIC tem batido na tecla junto a candidatos a prefeito, junto Ă mĂ­dia e para 2013 deve apresentar um estudo sugerindo ideias para melhoria da educação em CriciĂşma. Nesta edição voltamos ao tema, com vĂĄrias reportagens da jornalista Milena Nandi. A Revista traz tambĂŠm o andamento das obras de infraestrutura na regiĂŁo, com a boa notĂ­cia deste final do ano, relativa Ă Via RĂĄpida, que deve iniciar jĂĄ em 2013. Outra pauta destacada ĂŠ a ampliação do Centro Empresarial, que deve ser concluĂ­da em 2013. A revista traz ainda casos de empresas premiadas, mostrando que o Sul catarinense possui exemplos de sobra de boa gestĂŁo empresarial, seja na ĂĄrea ambiental, de recursos

humanos, entre outras. As matÊrias são assinadas pela jornalista Paula Darós Darolt, com os casos da Cecrisa, Angeloni, Betha Sistemas, ICON, Copobras e Anjo. Cases de empresas, artigos sobre gestão, a pesquisa da ACIC sobre mão-de-obra e uma matÊria especial sobre a desindustrialização, feita pela jornalista Cibele Córdova, enriquecem tambÊm esta edição de final de ano da nossa revista.

Editora

EXPEDIENTE A revista Liderança Empresarial Ê uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma. Edição Ana Sofia Schuster | Assessoria de Imprensa ACIC. Projeto Gråfico Fernando Mangili. Editoração Cibele Córdova. Fotos Novo Texto Comunicação e Divulgação. Reportagens Ana Sofia Schuster, Cibele Córdova, Milena Nandi e Paula Darós Darolt. Contatos 48 3461-0900 (ACIC) acicri@acicri.com.br | novotexto@agencianovotexto. com.br. Vendas Vilma Martinhago - 48 3461-0903. Rua Eernesto Bianchini Góes, 91 Próspera - CX Postal 73 - CEP 88815030 - Criciúma - SC. www.acicri.com.br

Olvacir JosĂŠ Bez Fontana CĂŠsar Smielewski Nelcides JosĂŠ Damiani Iraide Piovesan VenĂ­cio Neves Pereira Delir JoĂŁo Milanez Denizard FerrĂŁo Ribeiro Diomicio Vidal Eduardo Zini Bertoli FlĂĄvio Spillere Junior Gilmar Menegon HĂŠlcio Ramos de Jesus Julio CĂŠsar M. Wessler Lenir Dal Sasso Schambeck Luiz JosĂŠ DamĂĄzio Marli Maria Aguiar Michel Alisson da Silva Rui InocĂŞncio Tito LĂ­vio de Assis GĂłes

Presidente 1Âş secretĂĄrio 2Âş secretĂĄrio 1Âş tesoureiro 2Âş tesoureiro

A economista Maria Julita Volpato Gomes iniciou as atividades frente à Diretoria Executiva da ACIC. Maria Julita foi próreitora de Administração e Finanças da Unesc e Diretora da Agência de Desenvolvimento ADITT, Inovação e Transferência de Tecnologia da Unesc. A Nova Diretora Executiva assume as atividades exercidas atÊ então pelo Contabilista Waldir Duminelli, no cargo desde a gestão à lvaro de Freitas Arns, em 1998.



SUMĂ RIO 12

Educação: novos exemplos para o Sul

o processo de ensino e aprendizagem ainda estĂĄ bem aquĂŠm do que deveria, em boa parte do PaĂ­s

Pesquisa aponta redução de oferta de vagas 30

CriciĂşma contabiliza experiĂŞncias integrais 18

Grupo pela educação da ACIC inicia açþes 22

Ação aproxima famílias à empresa 32

no desenvolvimento e o IDEB 23 Consulta de crÊdito: uma rede mais forte com a força de Criciúma 26 ACIC recebe recursos para Centro Empresarial 34

IVA� e Setep vencem licitação para Via Råpida 35 etiquetas digitais 28


! " # $ % % 36

5 6 queremos ser� 52

( ) um empresĂĄrio vencedor 39

na separação 55

+ ambiente requintado 40

Jovens renovam Feira Livre de CriciĂşma 56

Importação: dicas para , $ * - 42

A primeira fĂĄbrica % 58

. % /34 * 44

Receitas para o empreendedorismo 60

Dica: transporte de mudança 47

Artigo: Consumidor ĂŠ rei 62

Que perfume tem a sua marca? 66 68

Obras estruturantes para % # 70

$ 6 e em equipe 48

* "# sem impostos 64

* 72

Artigo: Novo Layout, # *8 # 51

Conceito e design para produtos 65

& '% por Joice Quadros 74


EDITORIAL

A ACIC e a VIA RÁPIDA: o esforço necessário Talvez um dos acontecimentos de maior relevância no ano de 2012, senão o de maior, é a concretização da Via Rápida. Definida a licitação, recursos garantidos, rumamos para o início efetivo desta obra que vai marcar o desenvolvimento de Criciúma e das cidades que a cercam. Então neste momento é oportuno fazermos uma análise profunda do quanto o comprometimento das pessoas e a liderança de uma entidade significa para que as obras aconteçam efetivamente. No caso da Via Rápida, a ACIC tem feito diariamente a sua parte. Na verdade ao resgatarmos a história da Via Rápida percebemos uma série de fatos que comprovam a importância deste comprometimento das pessoas com um projeto, pessoas que acreditaram na obra e sabiam da sua importância singular. No ano de 2006 Santa Catarina criou um documento chamado Plano Catarinense de Desenvolvimento. Enquanto Secretário de Estado de Planejamento, tive a oportunidade de liderar este processo, onde duas diretrizes seriam fundamentais para que hoje pudéssemos testemunhar essa materialização da Via Rápida. Colocamos ali como meta, que Santa Catarina deveria potencializar seus sistemas logísticos de modo a aumentar a capacidade de movimentação de cargas e consolidar o estado como centro integrador da plataforma logística do Sul do país para os mercados nacional e internacional. Para tanto, outra ação seria “fortalecer o processo de ampliação e manutenção da rede de rodovias pavimentadas do estado”. Naquele documento, não apenas identificamos, mas definimos que para chegar a estas metas, o estado precisaria “criar mecanismos e programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na área de infra-estrutura”. A Via Rápida é o exemplo de que isso poderia ser aplicado. E o foi. Penso que traçamos este caminho e hoje colhemos os frutos. Lutarmos pelo projeto, ainda na SPG, e lá conseguimos entregá-lo, o que permitiu então buscar os recursos necessários para esta que é a maior obra do governo do Estado no Sul de SC. Mesmo com todos os esforços do então presidente da SC Parcerias, Ivo Carminatti, não obtivemos a obra via Parceria Público Privada, mas devido ao seu empenho em qualificar a obra, obtendo todas as licenças necessárias, a Via Rápida foi enquadrada na licitação internacional do BID e hoje é uma realidade. Há que se destacar o empenho e a vontade dos nossos governadores Raimundo Colombo e Eduardo Pinho Moreira, que acreditaram efetivamente neste novo modal, tão cobrado pela ACIC. Nossa luta pela Via Rápida não teve trégua. Em pleno veraneio estávamos nós a panfletar na beira mar das nossas praias a importância da obra. Sabíamos que se não cobrássemos, se não tivéssemos essa pauta diariamente na agenda, corria-se o risco de perdê-la. Então, ao lado dos diretores da entidade, dos secretários de desenvolvimento regional Édio Castanhel e Luiz Fernando Cardoso, e outras tantas pessoas que trilharam os caminhos do Governo do Estado nestes cinco anos nunca deixamos de acreditar. Estamos quase no final deste processo, pois as máquinas estão quase no trecho. Mas, traçando um caminho paralelo à obra em si, a ACIC empenhou-se em outro trabalho, enviando sugestões, para que a Via Rápida seja um local para a implantação de novas empresas e o novo plano diretor contemplou isso. Portanto, teremos o modal de desenvolvimento, cercado pelas empresas que vão gerar emprego e renda. O caminho para o futuro está, portanto, cada dia mais consolidado. A ACIC, em nome da sua Diretoria e de toda a comunidade do Sul, agradece a todos que como nós, acreditaram e deram a sua contribuição para termos uma nova via de desenvolvimento regional, a nossa Via Rápida.

08 | Liderança Empresarial

Olvacir José Bez Fontana Presidente da ACIC


Números da Via Rápida Extensão total: 10,4 km O projeto inclui pista dupla, ciclovias, calçada e amplo canteiro central Diversos viadutos

50% do traçado em Criciúma e 50% em Içara Intersecção com a BR-101 no km 385,5 (acesso Sul ao Balneário Rincão) Previsão de 22 mil veículos por dia Traçado inicia no Bairro Jardim Maristela e termina na BR-101


Anúncio SIECESC



-

,

oje: h e d a l au

Educacao: , s o l p m e x e s o nov para o sul

12 | Lideranรงa Empresarial


O Brasil não muda sem investir em educação. Seja nas salas de aula, seja nos professores ou seja nas academias este processo de voltar os olhos à importância e destaque da educação torna-se fundamental. Ou seja, que se tenha no ensino båsico a mola mestra. Educar para que o caminho seguinte seja o crescimento. Seja crescimento pessoal, que gera desenvolvimento econômico e que transforma um país em um povo educado. Pessoas que possam ter capacidade de melhores opçþes na vida. Nesta reportagem especial mostramos mais casos na årea da educação que permitem uma perspectiva positiva quanto ao futuro.

www.acicri.com.br

| 13


, EDUCACAO ,

Sociedade se mobiliza pela educação Ensinar e aprender: o conceito é simples, mas na prática, o processo de ensino e aprendizagem ainda está bem aquém do que deveria, em boa parte do País Milena Nandi | CRICIÚMA

A boa notícia é que há uma espécie de movimento vindo da sociedade, incluindo a Associação Empresarial de Criciúma ACIC, em prol da melhoria da qualidade do ensino. Lideranças, empresários, professores e até veículos de comunicação têm se manifestado em favor da educação como essencial para o desenvolvimento e crescimento do Brasil e cobrado das lideranças políticas uma atitude. Das escolas, brotam bons exemplos e iniciativas no sentido de fazer algo diferente para vencer a “luta” entre escola e novas tecnologias, e fazer com que os estudantes tenham gosto pelo conhecimento, aprendam mais e melhor. O economista e membro do movimento Todos pela Educação, Gustavo Ioschpe, afirma que as escolas públicas do País deveriam ser obrigadas por lei a pôr seu Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - ver página 20) em placa de 1 metro quadrado ao lado da porta principal, em uma escala gráfica mostrando sua nota de zero a dez. Na placa deveria aparecer também o Ideb médio do município e do

14 | Liderança Empresarial

estado. “A maioria dos pais e professores hoje não sabe se a escola do filho é boa ou ruim, e, se esperarmos que consultem o site do Ministério da Educação (MEC), seremos o País do futuro por mais muitas gerações”, afirma. Uma das bandeiras da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC) tem sido a educação. “Uma grande trava para o desenvolvimento e crescimento do Brasil é a educação. O problema é que o dinheiro ‘some no ralo’, e não se consegue ter retorno. Não há uma gestão correta dos recursos para esta área”, afirma o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana. A associação solicitou aos candidatos ao pleito municipal que voltassem seu olhar para a qualidade do ensino, e que seguissem a indicação de Ioschpe – já adotada em alguns municípios brasileiros – expondo o valor do Ideb das escolas, de maneira a que os pais tenham conhecimento do nível da instituição, e passem a acompanhar e fiscalizar. “O pai não sabe o que ocorre e não cumpre o papel de exigir da escola. É hora dos governos mostrarem o que estão

fazendo. A medida em que os números são divulgados, as pessoas envolvidas vão ter um desafio a mais de fazer o melhor”, comenta. Para Fontana, mais que o ensino superior, é importante que os governantes se preocupem com a Educação Básica. Segundo ele, o País ao incluir as classes C, D e E no consumo, o Brasil garante um aumento na produção. E esta inclusão deve ser feita por meio da educação. “Isso se dá com boas escolas de ensino básico e cursos técnicos. A pessoa que tem uma boa base, consegue uma colocação para arcar com seus estudos. Há muitas pessoas que estão à margem, no subemprego. Com um curso técnico, ele consegue um trabalho digno que o tirará da informalidade e garantirá uma vida melhor”.


Iniciativas das escolas incentivam o gosto pelo conhecimento

Veículos de comunicação criam amplia campanha Bistek rede com a 14ª loja Conforme o relatório “De Olho nas Metas 2011”, do movimento Todos Pela Educação, 85,3% dos jovens matriculados no último ano do Ensino Fundamental do País não sabem o mínimo esperado em Matemática e 73,8% em Língua Portuguesa. E foi com base em dados como estes que o Grupo RBS criou a campanha “A Educação Precisa de Respostas”. A intenção é estimular o debate e a busca de soluções que elevem a qualidade da Educação Básica no Brasil, em especial no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, áreas de atuação do Grupo. O projeto da RBS é desenvolvido com o apoio de peças de TV, rádio, jornal e internet, assim como um site, que leva o nome da campanha, e onde são

postadas notícias sobre a realidade da educação e das escolas. A campanha se baseia em seis perguntas sobre o tema: por que, mesmo sendo a 6ª economia do mundo, o Brasil ainda está no 88º lugar no ranking mundial da educação?; Por que 34,5% dos alunos do Ensino Médio não estão na série correspondente à sua idade?; Por que é importante os pais participarem da vida escolar dos seus filhos?; Por que apenas 2% dos estudantes querem seguir a carreira de professor?; Por que 89% dos estudantes chegam ao final do Ensino Médio sem aprender o esperado em matemática? E por que a maioria dos alunos matriculados no último ano do Ensino Fundamental não aprende o mínimo considerado adequado?

www.acicri.com.br

| 15


, EDUCACAO ,

Escolas como bons exemplos Um exemplo vem de Palhoça, onde o projeto de percepção de risco no trânsito nas escolas públicas do município será difundido para todo o Brasil a partir de 2013. Desde 2007, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizam o projeto, que já deu lições de conscientização no trânsito para mais de três mil alunos. O projeto tem foco nas escolas próximas a rodovias federais. Uma das escolas contempladas foi a Professor Guilherme Wiethorn Filho. A escola municipal fica próxima da BR282 e da BR-101 e tinha histórico de atropelamento de alunos, quando aderiu ao programa, há cinco anos. Na época, foram realizados cartazes, murais, encenações e a escola adquiriu placas e equipamentos de sinalização, para ensinar as crianças. E bons exemplos vêm também do Sul do Estado. Professores do Ensino Médio de escolas públicas e particulares tiveram suas boas práticas nas categorias Ensino, Pesquisa e Extensão reconhecidas pelo concurso Jogada de Mestre, realizado pela Unesc. Os três primeiros colocados de cada categoria receberam bolsas de estudo da Universidade (que totalizaram mais de R$ 60 mil em prêmios). A entrega das bolsas (o primeiro lugar de cada categoria ganhou um tablet e outros cinco tablets foram sorteados entre os participantes do concurso) ocorreu no dia 23 de outubro. A professora de informática Cristiane Machado de Vargas, de Sombrio, foi a

16 | Liderança Empresarial

vencedora da categoria Extensão do concurso Jogada de Mestre, da Unesc. Com o seu “Jornal Escola Conectados no IFC”, ela incentivou os estudantes do terceiro ano do curso Técnico em Informática do Instituto Federal Catarinense a trocar experiências e buscar informações sobre assuntos relacionados ao curso e à profissão. No blog conectados.ifc-sombrio. edu.br, os estudantes publicam colunas sobre diversos assuntos e material com informações sobre o mundo da tecnologia. “A intenção foi levar a escola ao ambiente virtual, estimular a leitura nos alunos. Eles interagem muito nas redes sociais, e a escola precisa estar presente neste universo também. Por isso, além do blog, temos um perfil no Facebook (www.facebook.com/ ConectadosIFC)”, contou. Entre os temas abordados, além de informática, estão meio ambiente, obesidade e bullying. Já o vencedor da categoria Pesquisa foi Marcilon de Souza, da E.E.B. Humberto Hermes Hofmann, de Nova Veneza, com o projeto “A Escola de Chicago, Durkeheim e a minha vida”. Ele trabalhou com 405 estudantes do Ensino Médio, o cotidiano dos alunos, para introduzir a Sociologia no universo deles. Na categoria Ensino, o primeiro foi o projeto “Vale a Pena Ler”, da professora Luciana de Cássia Geremias, da E.E.B. Gov. Heriberto Hülse, de Criciúma. Ela utilizou murais espalhados pela escola e um blog e um perfil no Facebook para incentivar a prática da leitura entre os adolescentes.


Segundo o pedagogo brasileiro Paulo Freire, educar exige planejamento, metas, objetivos e investimentos; pesquisa, criticidade e rigorosidade metódica; disciplina, autoridade e respeito; compromisso político e empenho ético e comprometimento integral da sociedade.

A ponta do iceberg Conforme o professor doutor do Programa de PósGraduação em Educação da Unesc (PPGE), Alex Sander da Silva, mais do que saber o que é o Ideb, a comunidade teria que saber que verbas para a educação têm e deveriam ser aplicadas urgentes. E que os investimentos deveriam ser feitos para que todas as escolas públicas tivessem um excelente desempenho. “A população tem que saber e exigir que o Governo Federal devesse aplicar de imediato 10% da verba para a educação e que um Plano Nacional de Educação, tem que corresponder às reais necessidades educacionais para o próprio desenvolvimento do país”. Para o professor, a fiscalização dos pais na educação já vem ocorrendo de certa maneira. “Penso que a comunidade já faz isso, quando os pais tiram seus filhos de uma escola e procuram outra que tenha melhor desempenho e organização pedagógica. O problema é que muitas escolas públicas sofrem com o abandono. Muitas delas procuram se auto-gerir, já que não vem dinheiro dos órgãos governamentais e isso não deveria acontecer. Dinheiro tem, o problema é saber para onde ele vai”, comenta. Silva alerta para o perigo da “rotulação” das escolas em função da divulgação do Ideb em placas. “Poderá haver a “rotulação” da escola, dos professores, e principalmente dos alunos, sem se levar em conta o contexto das escolas e das políticas adotadas pelos gestores públicos em relação a elas, as condições sociais de onde ela está localizada, entre outros aspectos. www.acicri.com.br

| 17


Criciúma contabiliza experiências integrais As escolas integrais não são novidade em países desenvolvidos. No Brasil, elas não estão tão disseminadas. Para o professor doutor do Programa de PósGraduação em Educação da Unesc (PPGE), Alex Sander da Silva, a proposta do ensino em tempo integral é interessante, mas precisa ser debatida com todos os envolvidos. “O programa de escolas em tempo integral é uma proposta muito interessante para a melhoria da qualidade pedagógica e formativa da escola. Porém, esse programa, como outros que chegam nas escolas, carecem de um amplo debate com professores, com os alunos e a própria comunidade. As escolas de tempo integral devem ser importantes centros de integração e excelência no ensino e na aprendizagem”, pondera. Em Criciúma, o projeto da escola integral

18 | Liderança Empresarial

foi concebido em 2009 e implantado em 2010 em escolas da rede municipal. Hoje, cinco instituições de ensino adotaram o projeto, totalizando 1.616 alunos do 1º ao 9º ano: Vilson Lalau (Bairro Cristo Redentor), Linus João Rech (Bairro Paraíso), Carlos Gorini (Bairro São Marcos), Acácio Alfredo Vilaim (Bairro Montevidéo) e Padre Pedro Petruzzellis (Bairro Pinheirinho). A coordenadora do projeto de escolas integrais da Secretaria da Educação de Criciúma, Gislaine Machado da Silva, explica que os estudantes permanecem mais de 9 horas diárias na escola. Chegam às 7h30 e saem às 17h, tendo cinco refeições por dia. “O ensino integrado mescla aulas de disciplinas de base com outras, como de canto coral e de esporte. É uma maneira de evitar que as crianças, sabendo que as aulas de disciplinas tradicionais serão em

um período, venham apenas no outro para a escola”, conta. Inglês e informática também estão incluídos no programa, que prevê 36 aulas semanais, sendo 20 de disciplinas da base comum e 16 de diversificadas. Para garantir o bom desenvolvimento do projeto, Gislaine afirma que todas as sextas-feiras é feita uma reunião pedagógica entre o diretor da escola e os professores. Neste dia, as aulas ocorrem apenas no período da manhã. Ela explica que antes de definir as escolas que participariam do projeto de ensino integral o município realizou uma pesquisa de desenvolvimento social, e assim, verificou, dentro da zona de vulnerabilidade, quais não estavam tendo um bom desempenho. Um dos critérios foi a evasão escolar e o rendimento dos alunos.


, EDUCACAO ,

Na Linus João Rech, frequência $ # # Adriana Pavei, diretoria da escola Linus João Rech conta que em 2008 a direção começou a divulgar em reuniþes de pais e professores a necessidade e possibilidade da implantação da escola integral na comunidade. No ano seguinte, o projeto começou a tomar corpo com bases estruturadas e documentadas à medida que iniciou a construção do ginåsio e a ampliação da escola. Em junho de 2011, após reuniþes e alinhamento pedagógico, o projeto foi inaugurado na escola. Segundo ela, não houve resistência dos alunos em relação à escola integral, mas tanto os profissionais quanto os estudantes precisaram passar por uma fase de adaptação e experiência. Entre

as mudanças necessĂĄrias estiveram a formação para os docentes, ampliação do espaço fĂ­sico da escola, construção de um ginĂĄsio, aquisição de mobĂ­lias e materiais pedagĂłgicos, ampliação do quadro de profissionais, que dobrou, mudança no currĂ­culo e aumento das disciplina. “O currĂ­culo ĂŠ integrado, ou seja, os alunos tĂŞm aula do currĂ­culo de base comum (matemĂĄtica, ciĂŞncias, portuguĂŞs) juntamente com as do currĂ­culo diversificado (mosaico, hip-hop, informĂĄtica, banda-fanfarra, letramento)â€?, explica. Todos os 170 alunos, das oito turmas do jardim ao 5Âş ano da escola (4 aos 12 anos) participam do sistema integrado.

A diretora comenta que a escola foi escolhida para participar do programa em função da fragilidade socioeconĂ´mica das famĂ­lias e ĂĄrea de risco social, alĂŠm do Ideb. “Os resultados superaram as expectativas. O rendimento dos alunos melhorou atravĂŠs do currĂ­culo diversificado e integrado, contribuindo significativamente na superação das dificuldades de aprendizagem. A confiança dos pais na escola aumentou e a frequĂŞncia tambĂŠmâ€?, enumera Adriana. “Muitas coisas sempre precisarĂŁo melhorar, pois nada ĂŠ acabado. As avaliaçþes, bem como as melhorias, fazem parte da qualidade de ensino e do crescimento de tudo o que envolve a educação escolarâ€?, complementa.

www.acicri.com.br

| 19


, EDUCACAO ,

!

O que é o Ideb? O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula. O Ideb é apresentado em uma escala de zero a dez. O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos. O Ideb é calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação) e médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Inep. As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil (para Idebs de escolas e municípios).

20 | Liderança Empresarial

Período ampliado ganha adeptos na cidade O Colégio Marista de Criciúma apostou em um projeto que está resultando em bons resultados: o Período Ampliado. O projeto foi implantado em 2012 com alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) com ênfase na Língua Inglesa, sendo um diferencial na cidade por ter duas professoras que fazem toda a mediação em Língua Inglesa. A Diretora Educacional do Colégio Marista, Ingrid Martins, explica que na parte da tarde as crianças têm aulas regulares, e de manhã participam de projetos, têm momentos de lazer e de descanso. “Todas as crianças têm Inglês a partir dos três anos. A professora, formada em Letras, com fluência em Inglês, comunica-se com as crianças o tempo todo nesta língua. As crianças também desenvolvem projetos nos Laboratórios de Informática e de Biologia e na Biblioteca. O Colégio oferece aulas

extracurriculares, como natação, música, dança e as crianças são acompanhadas pela auxiliar até essas aulas”, afirma Ingrid. A diretora afirma que a grande maioria dos alunos do ampliado não precisa de escola o dia todo, e por isso, todo o trabalho é feito no sentido de que a criança desenvolva o prazer de ficar no ambiente escolar além do horário normal. “Nenhum aluno é obrigado a participar do Ampliado. É uma opção da família”, comenta. “O feedback dos pais tem sido muito positivo e isso acabou gerando uma solicitação de ampliação do serviço para o Fundamental II (6º ao 9º ano)”, completa Ingrid. Em 2013 será oferecido o Período Ampliado também para o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), mas com características diferentes, pois serão oferecidas seis aulas de Inglês durante a semana.


www.acicri.com.br

| 21


, EDUCACAO ,

Grupo pela educação da ACIC inicia ações

Se o desempenho dos nossos estudantes pode ser melhorado, por meio de uma educação também de qualidade melhor, a ACIC quer contribuir para que isto aconteça. A ideia está sendo desenvolvida pelo grupo de educação, formado por representantes das Secretarias Municipais de Educação e do Estado, Unesc, SATC e da própria ACIC, através do coordenador deste grupo, Iraíde Piovesan. O grupo tem se reunido regularmente, com o objetivo de discutir propostas e construir um documento de melhoria na qualidade da educação no município. “A proposta é discutir quais as melhores propostas para a educação no nosso município. O que há de melhor para mudarmos a educação. Vamos traçar o perfil de saída dos alunos do ensino básico, buscando desenvolver habilidades para traçar este perfil do aluno em nossa cidade, apontar as

22 | Liderança Empresarial

falhas e promover melhorias.”, observa a assessora pedagógica da Satc, Mafalda Rosso Izidoro. Para Mafalda, a preocupação da ACIC com o tema e o envolvimento da entidade é muito importante, pois significa que as empresas estão se preocupando com a qualidade do aluno. “Eles também querem bons profissionais para ocuparem as vagas ofertadas no mercado de trabalho”. Mas como focar no aluno, sem focar na família? Este questionamento também está sendo feito no grupo, que já tem como meta a inclusão desta no processo. Para o vice-presidente da ACIC, Iraíde Piovesan, o objetivo é ter uma escola que forme com qualidade e para isso é preciso um norte. O documento trabalhado pelas entidades se propõe a isso, a discutir o que deve ser melhorado e fazer esta proposta de forma clara e que seja norteador do ensino em Criciúma, aplicado ao ensino público e privado.

Santa Catarina ganha Fórum de Educação A discussão de políticas educacionais e o acompanhamento dos projetos no legislativo de Santa Catarina é o objetivo de atuação do Fórum Estadual de Educação, instalado em novembro no estado. A solenidade de abertura do Fórum aconteceu em Florianópolis, e contou com a posse de representantes de 34 entidades públicas, privadas, órgãos governamentais e não governamentais. No evento também foi realizada a 1ª Reunião Ordinária para elaboração do Regimento Interno, do calendário de ações e escolha da comissão de Mobilização e Sistematização da Conferência Nacional de Educação (CONAE) 2013/2014. A instalação do Fórum ocorre pela Secretaria Estadual da Educação e a coordenação irá ficar sob a responsabilidade da secretária adjunta, Elza Moretto. A instância também ficará responsável pela coordenação da Conferência Estadual de Educação. O Fórum será permanente e contará com duas reuniões ordinárias por ano.


, EDUCACAO ,

Marli Maria de Aguiar Vice-Presidente da ACIC para os Assuntos da Educação

# # IDEB

Um paĂ­s, um estado, uma regiĂŁo nĂŁo pode ser melhor, mais rica e mais bem preparada do que as pessoas que a compĂľem. As escolas catarinenses evoluĂ­ram no Ideb - ĂŒndice de Desenvolvimento da Educação BĂĄsica, divulgado a cada dois anos e criado em 2007 para medir a qualidade das escolas e das redes de ensino em todo o paĂ­s. O Ă?ndice ĂŠ calculado com a combinação de dois conceitos educacionais importantes: o fluxo escolar (a taxa de aprovação, reprovação e abandono) e o desempenho de estudantes em avaliaçþes que medem o conhecimento em portuguĂŞs e matemĂĄtica, considerados base para as demais disciplinas do currĂ­culo escolar. SĂŁo avaliados por amostragem, alunos da 4ÂŞ sĂŠrie (5Âş ano) e 8ÂŞ sĂŠrie (9Âş ano) do ensino fundamental e do 3Âş ano do ensino mĂŠdio, em matemĂĄtica e portuguĂŞs, de escolas pĂşblicas e particulares em uma escala que vai de zero a 10. A meta do Plano de Desenvolvimento da Educação ĂŠ que o Ideb do Brasil seja 6 em 2022. Esta mĂŠdia ĂŠ um padrĂŁo definido como aceitĂĄvel para os membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento EconĂ´mico, o clube das 34 naçþes mais desenvolvidas. Com os resultados, o governo determina metas para a educação e planeja a distribuição de recursos. Diretores e professores ficam sabendo como estĂĄ o trabalho e podem promover mudanças. Eles tĂŞm como ver o resultado da turma e analisar em que nĂ­vel de aprendizado os estudantes se encaixam. Para cada nĂ­vel, o MEC sugere o assunto que o aluno deveria dominar. Os pais devem acompanhar o Ideb pela internet. Podem olhar se o desempenho da escola do filho melhorou, estagnou ou piorou. Se o Ă­ndice estĂĄ baixo, ĂŠ preciso

questionar quais são as medidas que a escola estå tomando. Santa Catarina melhorou a qualidade da educação båsica entre 2009 e 2011, sendo o Estado com Ideb mais alto nos anos finais do ensino fundamental e no ensino mÊdio. TambÊm indicam uma melhora na mÊdia nacional,

principalmente nos anos iniciais, de 1º ao 5º ano, do fundamental. Apesar do avanço, não Ê um resultado a ser comemorado tendo em vista que nota 6 (traçado para o Brasil alcançar atÊ 2022 Ê um objetivo de país em desenvolvimento e não de países desenvolvidos).

. # W . X* Escolas particulares atingiram objetivos e mantĂŞm mĂŠdias que colocam Santa Catarina na 2ÂŞ colocação em todo o paĂ­s. Aluno do Ensino MĂŠdio na Escola PĂşblica sabe menos que o do fundamental na Particular. Entre as escolas com melhor avaliação no ĂŒndice, tanto nos anos iniciais (1Âş e 4Âş ano) quanto nos anos finais (5Âş e 9Âş anos), a maior parte delas pertence Ă rede municipal. No Estado, uma em cada trĂŞs Instituiçþes administradas por suas respectivas Prefeituras jĂĄ alcançaram a meta do IDEB para 2022, que ĂŠ 6. continua

. , Y & Z [

Y X* Z [

SC /\]^_ `]3 w]w

SC `/]\_ `]3 w]w

Y % `4]{_ `]3 w]w

Y % \]}_ `]3 w]w

SC 3`]w_ w ]3 3]w

SC \w]^_ w]3 ~ 3]w

Y % 3/_ w]3 3]w

Y % `{_ w]3 3]w

SC ^}]\_ 3]3

SC `]}_ 3]3

Y % /{]\_ 3]3

Y % /] _ 3]3 www.acicri.com.br

| 23


, EDUCACAO , Chegamos à conclusão: região Sul tem um grande desafio pela frente pois está bem abaixo da média de SC tanto nos primeiros anos do Ensino Fundamental (quase a metade) quanto nos anos finais (também quase a metade). Chama a atenção o fato de que as melhores escolas públicas de 1º a 4º ano de Santa Catarina estejam localizadas em Joinville e Jaraguá do Sul, cidades que se destacam em desenvolvimento econômico, e daí a analogia: desenvolvimento está atrelado à educação! Nas Páginas Amarelas da Revista “Veja” de 22/08, o educador João Batista Araújo e Oliveira, presidente do Instituto ALFA e BETO, ONG dedicada à educação, em se tratando do nível nacional houve melhora bem pequena nos anos iniciais da escola e pouquíssima variação nas séries finais e no Ensino Médio. Foram investidos muito e o retorno não foi proporcional, o que levou à conclusão de que: ou os projetos não foram bem executados ou são desnecessários.

Ainda segundo ele, é preciso focar o DNA da escola e deixar de lado o que é periférico. Os pedagogos precisam aprender a ser GESTORES. Com relação ao Ensino Médio, diz: “o grosso do currículo escolar tem de ser voltado para a massa, para pessoas que vão enfrentar o mercado de trabalho. Nos Estados Unidos, 50% das pessoas que estão no mercado de trabalho tem apenas o ensino médio (é um nível de qualificação que permite a eficiência da economia)”. “O investimento em educação pode mudar de 5% para 10% do PIB mas temos que mudar a questão da GESTÃO. Desde 1995, o salário do professor quintiplicou no Brasil, mas não houve avanço no desempenho do ensino. A educação é mais complexa. 10% é descabida do ponto de vista da macroeconomia. Se muda Educação a partir de Instituições e não através de metas”.

3

Algumas sugestões do educador

Municipalização do Ensino Fundamental

Implantar políticas para atrair pessoas de bom nível ao magistério;

O objetivo é criar consciência sobre a responsabilidade de alcançar melhor desempenho com ações cobradas entre pais, alunos, professores e Poder Público, fazendo com que a Sociedade cobre uma gestão melhor das Instituições de Ensino.

Gestão Eficaz; Proposta Política Pedagógica consistente - deve detalhar o que os alunos devem aprender em cada série; Sistema de Avaliação que possa medir a evolução do aprendizado - Para isso é necessário ter um programa de ensino; Sistema de Premiação e Punição.

Levando em consideração o que a História têm mostrado no que se refere à Educação e à EDUCAÇÃO EFICIENTE (aquelas com os melhores índices em Santa Catarina), sendo a maioria Municipal onde há um papel ativo dos gestores da rede de ensino e haver sucessivos compromissos das gestões com uma educação de qualidade, o papel ativo dos PAIS e da COMUNIDADE, um substantivo investimento orçamentário na orientação pedagógica e formação continuada dos profissionais da educação, a ACIC elencou para o pleito de 2012 com relação à EDUCAÇÃO:

1 Instalação de placas nas escolas públicas contendo os índices do Ideb do Estado, Munícipio e daquela Escola

2 Sugerir a criação de um Ideb para o Corpo Docente do Estado, Munícipio e daquela Escola. Divulgando esses índices para os pais dos alunos, cria-se desta maneira, consciência e cobrança direta da Sociedade nas Instituições de Ensino.



Consulta de Crédito: uma rede mais forte com a força de Criciúma Criada em 2010 a partir da união de entidades representativas do varejo de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, a Boa Vista Serviços, que administra o SCPC, tem como missão ouvir o mercado e disponibilizar dados, informações e serviços que aperfeiçoem os resultados das decisões dos clientes. E jamais seria possível seguir adiante com esta missão sem estabelecer forte parceria com as entidades representativas das lideranças empresariais das principais regiões de Santa Catarina, como é o caso da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma. Na condição de administradora do SCPC, a Boa Vista conta com um banco de dados com mais de 350 milhões de informações comerciais sobre consumidores e 42 milhões de registros de transações entre empresas, a serviço de 1,2 milhão de clientes diretos e indiretos em todos os segmentos da economia. Deste modo, tem profundo conhecimento sobre o consumidor brasileiro e detém a melhor base de dados sobre consumidores e empresas no país. Esta riqueza de informações armazenadas pela Boa Vista gera poderosas ferramentas que auxiliam o processo de tomada de decisão, atendendo empresas de todos os segmentos da economia. Apesar do recente início de suas operações, podemos destacar alguns resultados já obtidos: com uma média de 7 milhões de consultas por dia, a Boa Vista tem, atualmente, cerca de 40% do mercado de informações para o crédito, atendendo a 1,2 milhões de clientes diretos e indiretos, conforme mostra a figura abaixo. A riqueza de informações do banco de dados permite à Boa Vista Serviços oferecer soluções inteligentes para auxiliar o processo

de tomada de decisões de negócios de seus mais de 30 mil clientes diretos em todos os segmentos da economia. Num momento em o Cadastro Positivo surge como uma grande oportunidade, tanto de aprimoramento do sistema quanto de melhor desenvolvimento do mercado, a Boa Vista Serviços mantém o Portal Consumidor Positivo (http://www. boavistaservicos.com.br/consumidorpositivo/) que consiste em um conjunto de iniciativas voltadas ao consumidor para auxiliar na regularização de conjunto de iniciativas voltadas ao consumidor, para auxiliar na regularização dependências financeiras e orientações no sentido de controlar o orçamento doméstico, visando atingir, principalmente, as novas camadas sociais que se formam no país. O propósito é contribuir na formação de um “consumidor

positivo”, que é receptivo à educação financeira e consciente da necessidade de se planejar para realizar seus sonhos. Tudo isto é resultado de investimentos constantes com inovação e tecnologia para o desenvolvimento de produtos e serviços voltados para criação de valor. Mas para a Boa Vista, a inovação e a tecnologia não são mais importantes do que o desenvolvimento de parceria, até porque acreditamos que “nós” (juntos) somos muito mais inteligentes juntos do que individualmente. É neste ponto que se insere a Rede Verde Amarela, uma plataforma inovadora de compartilhamento, serviços e interatividade na qual as informações comerciais de pessoas físicas coletadas pelas entidades são sustentadas pela base de dados da Boa Vista Serviços gerando o mais completo e inteligente banco de informações de crédito do país.

A ACIC disponibiliza a consulta de crédito no site www.acicri.com.br ou pelo telefone (48) 3461-0900, com Henrique. 26 | Liderança Empresarial


Fazer legenga aqui, fazer legenda aqui, fazer legenda aqui

350 milhões de informações comerciais 42 milhões de registros de transações entre empresas 1,2 milhão de clientes

40% do mercado de informações para o crédito

Cobertura das atividades econômicas Marco histórico no mercado e no relacionamento da Boa Vista Serviços com seus parceiros, a Rede Verde-Amarela constitui uma base de dados consistente e representativa daquilo que é demandado pelo mercado de crédito. Foi lançada com a participação inicial de mais de 2200 associações comerciais, clubes de diretores lojistas, sindicatos varejistas e outras entidades, proporcionando uma capilaridade que abrange praticamente 100% dos municípios brasileiros e assegura a cobertura onde o conjunto das atividades econômicas corresponde a cerca de 100% do Produto Interno Bruto nacional, mas o potencial de desenvolvimento da Rede Verde Amarela é enorme e a parceria com a ACIC é uma demonstração disso.


Prateleiras 6 * - # † São JosÊ

Bistek Supermercados inaugura a primeira loja de Santa Catarina com 100% dos produtos com a tecnologia, que apresenta vantagens aos varejistas e aos consumidores

Manter a igualdade do preço apresentado nas prateleiras do supermercado com o preço registrado no caixa tornou-se um dos grandes desafios do varejo, diante do volume de promoçþes ofertadas ao consumidor. E para encarar esse cenårio no mercado catarinense, as etiquetas digitais estão conquistando cada vez mais espaço. TambÊm conhecida como etiqueta eletrônica de gôndola ou prateleira, ela transformou-se em uma aliada de empresas que apostam na tecnologia e na praticidade para fidelizar os clientes e encarar a competitividade com inovação. A tecnologia das etiquetas digitais representa vantagens para o varejista e para o consumidor. Para quem estiver diante da prateleira, ela identifica diversas informaçþes relacionadas ao produto como o preço total, preço por unidade de medida (por quilo ou litro, por exemplo) e a indicação de promoçþes. AlÊm disso, garante melhor visualização dos preços de cada item,

^ † Liderança Empresarial

devido à forte fixação no trilho, o que impede a movimentação e retirada do lugar como ocorre com a etiqueta de papel.

Para o varejista tambÊm são diversas vantagens. Em Santa Catarina, a rede Bistek Supermercados inaugurou a primeira loja do estado totalmente com sistema de etiquetas digitais. Ou seja, no intuito de inovar e agregar valor ao segmento supermercadista, o Bistek instalou cerca de 15 mil etiquetas eletrônicas em 100% dos produtos precificados na loja inaugurada no Continente Park Shopping, na região metropolitana de Florianópolis. Na loja Bistek, esse sistema representa organização e modernidade para clientes, intensificando a fidelização. Para alÊm, agilidade na manutenção do layout de exposição dos produtos nas gôndolas e segurança na precificação dos produtos.

A principal diferença para as etiquetas de papel reside no fato de serem atualizados todos os preços automaticamente, diferentemente do processo de impressĂŁo e troca manual dos valores das etiquetas de papel. De acordo com a diretora de TI do Bistek, Tatiana Mendonça, a tecnologia permite uma gestĂŁo mais qualificada dos processos. “Como temos uma dinâmica grande de ofertas diĂĄrias, as etiquetas eletrĂ´nicas vĂŞm justamente para agilizar e prover segurança ao processo de precificação, pois a carga de preços ĂŠ feita simultaneamente para os PDVs (caixas) e para as etiquetas eletrĂ´nicasâ€?, destaca. AlĂŠm da agilidade, eficiĂŞncia e segurança, as etiquetas digitais colaboram para a sustentabilidade. Assim, deixa-se de utilizar um grande nĂşmero de etiquetas de papel, que diariamente sĂŁo impressas em função das inĂşmeras promoçþes de preços no supermercado.


Uma tela de cristal líquido A etiqueta eletrônica do Bistek utiliza a tecnologia da empresa sueca PRICER, líder mundial no segmento de etiquetas eletrônicas de prateleira e que no Brasil á representada pela empresa SEAL. Trata-se de uma metodologia bidirecional, em que cargas enviadas por transcievers instalados no teto da loja permitem a emissão de infravermelho de alta frequência (IRDA) às etiquetas eletrônicas das prateleiras. A etiqueta “responde” ao sistema confirmando o recebimento da informação. Como cada etiqueta está associada a um produto e é identificada por um número único, o sistema reconhece em poucos minutos quantas e quais etiquetas não receberam a carga. Segundo Tatiana, as etiquetas eletrônicas possuem 31 páginas de

acesso para apresentar informações gerenciais do produto, que podem ser utilizadas para melhorar os processos da loja. “E por meio do Painel de Gerenciamento do Sistema, o administrador consegue visualizar qualquer situação de erro, gerenciar as situações de problema e rapidamente intervir para solucioná-las”, explica. O software relaciona todas as etiquetas que não receberam a carga de preço por qualquer motivo, quais etiquetas apresentam bateria com menos de três meses de vida útil e se alguma antena transmissora está com defeito. Neste caso, o responsável pelo setor vai imediatamente até o local onde a etiqueta deveria estar, identificando qual a situação ocorreu e, imediatamente, tomando a ação corretiva.

Atenção: Promoção

Outras informações Preço principal Unidade

Rádio transmissor para dar feedback

Etiqueta de papel

Rádio receptor

Descrição do produto

Código de barras Código do item

Fonte: seal.com.br

Bistek amplia rede com a 14ª loja Como um dos principais faturamentos do setor em Santa Catarina, a rede Bistek inaugurou sua 14ª loja no final de setembro. O empreendimento faz parte do quadro de lojas âncoras do maior shopping do estado, o Continente Park Shopping, localizado na marginal da BR 101 e esquina com a SC 407, em São José – região metropolitana de Florianópolis. Para o diretor comercial do Bistek, Walter Ghislandi, a loja apresenta conceito inovador para o segmento. “Trata-se de uma loja premium com localização privilegiada e layout diferenciado. Quem ganha é o

cliente que continua a adquirir nossos produtos com os melhores preços em um ambiente diferenciado e de extrema sofisticação”, comemora. O Bistek Continente Park Shopping abrange 4.219 m² de área total, 1.650 m² de área de venda e exposição e disposição de 14 checkouts que privilegiam os caixas rápidos. Estão sendo gerados 180 empregos diretos e a 14ª loja conta com estacionamento próprio e esteiras exclusivas de acesso. O cliente também garante o acesso a partir das 8h30, horário diferenciado ao do Shopping, este aberto ao público a partir das 10h.

www.acicri.com.br

| 29


Pesquisa aponta redução de oferta de vagas Levantamento foi feito pela ACIC e SATC

% % † Criciúma

Dois anos após a primeira pesquisa de demanda de mão-de-obra realizada na região, a ACIC finalizou a segunda estimativa e os números apontam uma redução das vagas em aberto. O levantamento foi elaborado sob a coordenação do vicepresidente da ACIC, Iraíde Piovesan, e pelo engenheiro Jefferson Morona, da SATC. Os dados levantados permitem um comparativo com a primeira pesquisa, realizada em 2010, e apontam queda na demanda por

`4 † Liderança Empresarial

profissionais, totalizando 1.586 vagas. Em 2010, o levantamento apontou que faltavam cerca de quatro mil profissionais para os setores pesquisados. Com base nesta pesquisa de 2010 foram realizadas cerca de 10 mil qualificaçþes de profissionais em nove setores. Em 2012 foram 12 segmentos pesquisados, incluindo Vestuårio, Gråfico, Plåstico, Químico, Madeireiro, Cerâmico, Bares, HotÊis e Restaurantes, Metal Mecânico, Saúde, Tecnologia da

Informação, Mineração e Construção civil.

Planejamento ‡ Este trabalho faz parte do planejamento estratĂŠgico da ACIC, permitindo que se tenha um diagnĂłstico das demandas por formação de pessoas. Neste novo estudo foram incluĂ­das empresas de SaĂşde, Tecnologia e Mineração. Os dados


começaram a ser levantados em junho e finalizados na metade de outubro. A partir desta carência é possível diagnosticar um quadro completo das demandas e o passo seguinte é a qualificação de pessoas. Na pesquisa de 2010, diversas entidades desenvolveram cursos com foco na formação de profissionais. “Abadeus, Bairro da Juventude, Colégio Maximiliano Gaizinski, Esucri, IFSC, SATC, Senai, Senac e Unesc foram os parceiros para a qualificação destas 10 mil pessoas”, observa Jefferson Morona. Foram realizados cursos de capacitação e formação continuada, com foco na área produtiva e operacional, pois a pesquisa apontou uma menor demanda por cargos de formação superior. “São cursos com média de 20 a 40 horas, que permitem à pessoa iniciar uma atividade e depois ir se qualificando e aperfeiçoando, seja no nível técnico ou superior”, observa Morona. Além da qualificação realizada, que diminuiu a demanda, também aponta-se a crise mundial como um aspecto a ser considerado. Para Piovesan, a crise impactou na oferta de vagas e a pesquisa constatou isso. “Ainda que haja menos demanda por profissionais, nosso objetivo agora é trabalhar para

atender a estes setores que ainda precisam de pessoas qualificadas”, observa. O levantamento dos dados foi realizado por meio de formulários, enviados para sindicatos patronais com questões sobre as carências dos setores. Nestes questionários, as empresas responderam aspectos sobre a necessidade futura e de capacitação destes profissionais, sobre a intenção de capacitar os já existentes em sua empresa, sobre quais as demandas futuras por profissionais especializados e o que as empresas estão fazendo para reter colaboradores. Num dos setores onde há mais falta de pessoas refere-se a confecção do vestuário, em que a grande lacuna ainda é de costureiras. Já o setor de saúde possui uma necessidade de técnicos de enfermagem. E no setor de tecnologia, os programadores e profissionais para suporte técnico lideram o rol de necessidade. Os dados da pesquisa ficam à disposição das empresas e entidades formadoras de mãode-obra para a montagem dos cursos.

IBIS CRICIÚMA SUA BOA NOITE DE SONO É NOSSA PRIORIDADE Nossos quartos modernos são tranquilos, com isolamento acústico e ar condicionado. O acesso Wi-Fi é gratuito. Para sua reunião oferecemos uma confortável sala de convenção com 50m².

APROVEITE PARA COMER ALGO COMO E QUANDO VOCÊ DESEJAR Nosso restaurante é aberto ao publico das 19:00hrs as 22:30hrs, com pratos Á la Carte. O bar está aberto 24 horas com bebidas variadas e pratos rápidos.

Av. Gabriel Zanete, 1090 - Prospera Criciuma - SC - Brasil Tel: (+55) 48 2102 9000 Fax: (+55) 48 2102 9001 E-mail: h6315-re@accor.com.br

www.ibishotel.com


Ação aproxima famĂ­lias Ă empresa % % † Treviso NinguĂŠm melhor do que a famĂ­lia para ter a exata noção da importância da segurança no ambiente de trabalho. Em uma ĂĄrea como a mineração, onde a redução de acidentes ĂŠ uma meta diĂĄria a ser conquistada, esta aproximação com a famĂ­lia ĂŠ mais uma forma de trabalhar essa realidade. Um projeto pioneiro estĂĄ sendo implantado na CarbonĂ­fera Metropolitana, trazendo esposas e filhos para conhecer a realidade da empresa e do processo de produção. O projeto “Nossas parceiras na segurançaâ€? consiste em convidar as esposas dos colaboradores a conhecerem a empresa e onde os colaboradores, e tambĂŠm maridos e namorados. Eles falam sobre a atividade realizada no dia-a-dia, incluindo ĂĄreas de produção, manutenção e segurança no trabalho. Para muitas foi o primeiro contato sobre como ĂŠ a rotina de trabalho na empresa, desde a entrada no

turno, o deslocamento atĂŠ o interior da mina, a frente de trabalho e os equipamentos usados na extração e transporte do carvĂŁo. As medidas e açþes de segurança foram destacadas. AlĂŠm de mostrar esta rotina, o projeto ressalta a importância do ambiente familiar como base para uma jornada de trabalho focada no comportamento seguro. A mensagem de segurança tambĂŠm ĂŠ colocada em prĂĄtica entre os colaboradores, onde compartilha-se o lema “cuidar de mim, cuidar do meu colega e deixar ser cuidado no trabalhoâ€?. A ação pioneira no setor de mineração foi destacada pelo assessor tĂŠcnico do Siecesc, ClĂŠber Gomes. “A segurança ĂŠ uma questĂŁo cultural e a Metropolitana estĂĄ inovando ao trazer a famĂ­lia para dentro da empresa, pois se a pessoa estĂĄ bem, o bom trabalho serĂĄ consequenciaâ€?, avaliou Gomes. Entre as esposas o clima foi de satisfação

em compartilhar a realidade de trabalho dos companheiros. Silvana Pandini Filastro conta que o marido trabalha hĂĄ oito anos na Metropolitana, mas nĂŁo conhecia o local. Para ela a visita foi bastante vĂĄlida. Ao final do encontro Silvana e as demais mulheres participantes do encontro receberam o capacete rosa com os dizeres “Nossa parceira na segurançaâ€?. O projeto jĂĄ teve trĂŞs ediçþes em 2012. Ao final, todas as “parceiras na segurançaâ€?, receberam um capacete rosa. Para o diretor ClĂĄudio Ivan Faraco Wasniewski, o item ĂŠ uma lembrança para que todos os dias as esposas lembrem de que a segurança estĂĄ em primeiro lugar. “Nada melhor, do que as esposas para nos auxiliarem nesta ação. Elas vĂŁo levar o capacete, colocar algum lugar em casa que as façam lembrar que os riscos estĂŁo em todos os lados, nos ajudando a exercer a segurançaâ€?, complementa.

ˆˆˆ' ' '* † # ‰ ' '* † Zw [ `w\/Š4}4}

`^ † Liderança Empresarial



ACIC recebe recursos para Centro Empresarial Bloco D

Bloco C

O Governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira oficializou em novembro a liberação de 1 milhão de reais à ACIC, com recursos do Funturismo, que serão utilizados na construção do auditório modular do Centro Empresarial de Criciúma, sede da entidade. O presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, destacou que a ampliação vai permitir que a Associação disponibilize ainda mais sua estrutura para as empresas e a comunidade promoverem seus eventos comerciais, de qualificação, entre outros. Mensalmente, mais de 300 eventos são realizados nos 11 auditórios da ACIC. Com a ampliação a entidade vai receber mais 3.000 metros quadrados de área construída, incluindo um bloco de três andares para entidades parceiras e um auditório modular com capacidade para 540 lugares. O governo do Estado

34 | Liderança Empresarial

já foi parceiro na construção do Centro Empresarial, com liberação de 800 mil reais, também oriundos do Funturismo. A nova sede da ACIC foi inaugurada em 2009 e deu início a uma nova era da entidade, em uma área de 4.500 metros quadrados. O projeto arquitetônico é do escritório NDA Arquitetura e as obras estão sendo executadas pela Engenharia Castanhel. O término da ampliação do Centro Empresarial está previsto para final de 2013.

Bloco C - 939,46 m² Auditório Modular com 540 lugares Bloco D - 2.164,3 m² Salas para entidades parceiras

No intuito de apresentar a evolução das obras de ampliação do Centro Empresarial aos associados e a toda comunidade, a ACIC disponibiliza um link em seu site com informações referentes às etapas de construção, desde o seu início. Acompanhe em www.acicri.com.br


IVAÍ e Setep vencem licitação para Via Rápida As empresas Ivaí e Setep foram anunciadas como as vencedoras da licitação para construção da Via Rápida, que vai ligar Criciúma e Içara à BR 101. A IVAÍ ficará responsável pelo Lote 1, orçado em R$ 77,1 milhões e a SETEP pelo Lote 2, orçados em R$ 15,7 milhões. O anúncio foi feito pelo presidente do Deinfra, Paulo Meller, em novembro na ACIC. O evento contou ainda com a presença do Governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira. O processo de assinatura de contrato para liberação dos recursos do BID, onde está incluída a Via Rápida, acontecerá até o final de dezembro. O prazo previsto para construção é de 36 meses.

Para Fontana, este é mais um momento importante deste processo, iniciado ainda na sua gestão como Secretário de Planejamento do estado de SC. O prefeito Clésio Salvaro destacou mais esta etapa cumprida e definiu a obra como histórica para o Sul catarinense. Já o governador Eduardo Moreira salientou que o processo atual é fruto de um projeto de longo prazo iniciado em 2006 e que teve a participação e a continuidade ao longo dos últimos governos.

www.acicri.com.br

| 35


Notícias valorizam o Sul de Santa Catarina O desafio estava lançado: apresentar o potencial do Sul de Santa Catarina e a importância de sua população por meio de notícias positivas publicadas na imprensa. Com 102 trabalhos inscritos, os profissionais da comunicação acataram à proposta da 12ª edição do Prêmio ACIC de Jornalismo e tornaram o evento uma das principais referências de reconhecimento à profissão no Sul do estado.

36 | Liderança Empresarial

Neste ano, a comissão julgadora foi constituída por profissionais com notada experiência nas áreas de jornal impresso, rádio, televisão, web jornalismo e fotografia. Representantes que avaliaram também as categorias Trabalho Acadêmico e a especial A Força da Indústria. A solenidade de premiação aconteceu em setembro, em Criciúma, com ampla presença de autoridades políticas, lideranças empresariais e imprensa. Cerca de 14 mil reais foram entregues em premiações, que além das sete categorias reconheceu a primeira colocação geral entre os finalistas. Para o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, a intenção é transformar as pautas de notícias ruins e fomentar as notícias positivas, por meio de uma iniciativa que a cada ano comprova sua relevância. “Este evento, que já chega aos seus doze anos, tem esse propósito, e nossa conclusão é de que a cada ano e a cada edição, conseguimos atingir todos os objetivos. Acrescento que para este ano preparamos uma categoria especial, A Força da Indústria, tratando-se do carro chefe da nossa economia. E ninguém melhor que a

mídia para mostrar essa importância”. A categoria Jornal Impresso recebeu 35 inscrições, Fotografia foram 21 trabalhos e 11 em Rádio. Já a categoria Televisão contabilizou 13 reportagens inscritas, sete em Web Jornalismo e dez em Trabalho Acadêmico. Com foco nos setores industriais da região, a categoria especial A Força da Indústria avaliou cinco reportagens. Para a categorial especial de 2013, os profissionais da comunicação deverão inscrever reportagens sobre o tema Educação. O Prêmio ACIC de Jornalismo é uma iniciativa da Associação Empresarial de Criciúma – ACIC, entidade que busca promover o desenvolvimento do município e toda sua região. A partir de pautas de trabalho e ações pontuais, agrega e defende o setor empresarial da indústria, do comércio e de serviços, mantendo posição de liderança e em sintonia com o dia-a-dia da comunidade. O 12º Prêmio ACIC de Jornalismo contou com o apoio da Associação Criciumense de Transporte Urbano - ACTU, Sicredi, SATC, Siecesc e LJ Download Informática.


Os premiados Categoria Especial IndĂşstria – Claudemir Schmitz (A Tribuna) – com a reportagem “IndĂşstria mais forte, cidade mais ricaâ€? que abordou a principal fonte de arrecadação do municĂ­pio, o setor secundĂĄrio, gerando mais de 18 mil postos de trabalho. Categoria TelevisĂŁo - FabĂ­ola Oliveira, Caroline Bortot, Felipe Bressan e Elder Machado (Tv Litoral Sul) – com a reportagem “Corrente de solidariedade: 11 anos de campanha do agasalho. 2Âş - Eliane Gonçalves – Biodiesel, um combustĂ­vel ecologicamente correto. 3Âş - FĂĄbio Cadorin – Ă gua limpa, peixe vivo. Projeto de responsabilidade ambiental na impressĂŁo grĂĄfica. Categoria RĂĄdio - Denis Luciano (RĂĄdio Eldorado) – com a reportagem “Difa 50 anos: a guria deixou saudadesâ€?. 2Âş - Filhos do picadeiro – Maria do Carmo Garcia e Fernando Machado (RĂĄdio Eldorado). 3Âş - MĂŁos femininas que construĂ­ram a capital do carvĂŁo – Denis Luciano (RĂĄdio Eldorado). Categoria Jornal Impresso – Alexandre Lenzi (DiĂĄrio Catarinense) – com a reportagem “Polo catarinense: os donos do mercadoâ€?. 2Âş - A tecnologia chega ao meio rural – Samira Pereira (Jornal da ManhĂŁ). 3Âş - AtrĂĄs da bola e dos sonhos: Projeto tigrinhos da oportunidade para que crianças transformem em craques tambĂŠm na vida – JoĂŁo Lucas Cardoso Guidi (A Tribuna). Categoria Trabalho AcadĂŞmico – Douglas Saviato Medeiros (Faculdade Satc) – com a reportagem “Bairro PrĂłspera desponta como Eldorado criciumenseâ€?. Categoria Web Jornalismo – Karina Farias (Portal Satc) – com a reportagem “Com mais de 60 e felizâ€?. ÂŒ – Lucas AndrĂŠ Colombo (Jornal da ManhĂŁ) – com a fotografia “Escola Integralâ€?. 2Âş - A tecnologia chega ao meio rural – Ulisses Job Lima (Jornal da ManhĂŁ). 3Âş - Uma esperança no cĂŠu – NĂ­cola Martins (Portal Engeplus). 1Âş Lugar Geral – Alexandre Lenzi (DiĂĄrio Catarinense) – com a reportagem “Polo catarinense: os donos do mercadoâ€?. Que abordou o desenvolvimento das trĂŞs maiores redes supermercadistas de Santa Catarina.

www.acicri.com.br

| 37



HOMENAGEM ACIC

Amilton João Zanette: um empresário vencedor Faleceu no dia 1º de novembro o diretor presidente da Transportes Ouro Negro, Amilton João Zanette, conhecido como Gago. O empresário tinha 59 anos e lutava há quatro anos contra o câncer. O presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, lamentou o falecimento e salientou o perfil empreendedor de Zanette. “Foi um empresário vencedor, um empreendedor que nos deixa um legado de sucesso e de envolvimento com a comunidade”. O vice presidente regional da FIESC, Diomício Vidal, destaca a visão empreendedora de Zanette, que viu a oportunidade de crescer no mercado de cargas fracionadas, investindo na área. “Diante desta sua personalidade e de tudo o que ainda tinha por contribuir, só temos a lamentar a perda deste empresário que nos deixa um legado de vitórias e participação na comunidade”. Além de um empresário vencedor, Amilton Zanette era ligado ao associativismo e à comunidade, atuando em várias entidades onde compartilhou sua experiência como empresário. De 2008 a 2011 participou

da diretoria da ACIC – Associação Empresarial de Criciúma, integrando as gestões de Santos Longaretti e Olvacir Bez Fontana. Ainda junto à comunidade participava do movimento de Irmãos, integrou a diretoria da Transporcred, foi conselheiro e diretor da Sociedade Recreativa Mampituba, conselheiro do Criciúma Esporte Clube e conselheiro fiscal do SICOB. Parceiro de entidades sociais, Zanette sempre disponibilizou gratuitamente a frota da Ouro Negro para transporte de material esportivo do Criciúma Esporte Clube, lixo eletrônico da Famcri e doações de produtos para bazares das APAES.

Trajetória de sucesso Natural de Criciúma, era casado com Cintia Zanette, com quem teve três filhas, Priscila, Carolina e Maria Luiza. A trajetória vitoriosa iniciou na década de 1980, quando atuava no ramo de confecção e percebeu as oportunidades no setor de transportes. Após 13 anos na Rosatex, decidiu deixar seu único emprego com carteira assinada e iniciar o próprio negócio. Em 1983, fundou a Transportes Rápido Ouro Preto. Após o fim desta sociedade, no ano de 2001, deu início à Transportes Ouro Negro. A empresa iniciou com uma frota de apenas 18 caminhões e aos poucos foi conquistando os clientes

catarinenses, mantendo um modelo de gestão focado sempre no investimento no negócio. Com isso ganhou a confiança de clientes em todo o Brasil, destacando-se no transporte de cargas fracionadas. Zanette dizia que a estratégia sempre deu retorno e que via este resultado todos os dias. Considerava que uma regra para o sucesso era investir nas pessoas e na qualificação, com eficiência, qualidade, agilidade e segurança. Aplicando este modelo de gestão transformou a Ouro Negro em uma das maiores transportadoras do Estado, com cerca de 300 colaboradores, 19 filiais e 150 caminhões.


Tecnologia para um ambiente requintado No momento de construir ou reformar, a ideia é substituir a pintura interna por papeis de parede personalizados pelo próprio cliente Paula Darós Darolt | Criciúma

Decorar um ambiente nem sempre sai tão barato ou dentro do orçamento planejado, o desejo de incluir um papel de parede normalmente encarece os gastos de uma reforma. Recentemente lançado no mercado em Criciúma, a Ewig Design veio com tecnologia e inovação para conquistar as lojas de decoração e agradar o bolso do consumidor, que deseja um ambiente requintado e com custo acessível. Um dos itens mais importantes na finalização de uma construção, reforma ou decoração de uma residência é sem dúvidas a cor da parede. Combinar tons, usar uma parede com uma cor mais vibrante já foram moda, porém, um velho produto durou décadas nos catálogos de decoração: o papel de parede. No Brasil ainda não é tão cultural quanto nos Estados Unidos ou na Europa, onde é muito comum substituir a pintura interna de uma residência por papel de parede. Acompanhando as tendências para decoração, o proprietário da marca, José Reginaldo Pickler Corrêa, pesquisou produtos já existentes no mercado e não encontrou em Criciúma novidades para papel de parede. “Várias lojas vendem papel de parede, mas ninguém oferece a tecnologia e as opções que nós temos. Criamos a Ewig Design pensando no cliente, que muitas vezes que colocar na parede de sua casa algo que ele mesmo criou”, explica. Isso porque a Ewig Design trabalha com a impressão no papel de parede. O cliente pode escolher no catalogo da marca um modelo ou então reproduzir algo que ele já tenha escolhido previamente. Segundo Reginaldo, é comum os clientes pedirem algo parecido com qualquer amostra. “Aqui nós podemos reproduzir, o cliente traz uma referencia, um desenho e nós trabalhamos em cima. Nosso cliente pode personalizar a

40 | Liderança Empresarial

parede de sua casa com a sua cara”, afirma. Outro grande diferencial da Ewig Design está na metragem do produto. A grande dificuldade na hora de preencher uma parede com o papel desejado está no tamanho, pois, as demais marcas vendem o papel de parede em um rolo fechado,

aproximadamente 5mt² enquanto com a Ewig Design você pode comprar apenas o tamanho necessário para sua parede. “As vezes o cliente tem uma parede com 1mt a mais que o rolo, e aí tem que comprar um rolo a mais só para preencher este espaço, isso é que encarece”, relata.

A Ewig Design reproduz no papel de parede as referências trazidas pela clientela


A tecnologia tem sido uma opção bastante utilizada também por artistas plásticos

Tecnologia e valor agregado Há quem diga que os custos de uma parede decorada com papel de parede sejam altos, porém, é necessário fazer um balanço com o custo benefício que o material pode trazer. Uma parede com tinta deve receber nova pintura de dois em dois anos, o papel de parede permite uma durabilidade de mais de cinco anos. A limpeza é outro fator determinante, a matéria prima do papel de parede é impermeável, facilitando a retirada de marcas e sujeiras. A tecnologia importada da matéria prima faz com que o papel de parede da Ewig Desin seja aplicado com mais facilidade e tenha uma maior durabilidade.

O xodó dos decoradores que nunca cai de moda Para os decoradores e arquitetos, o papel de parede está sempre em alta e nunca vai cair de moda. As pessoas procuram cada vez mais uma forma versátil e limpa de mudar o ambiente de sua casa. Com inovação, a Ewig Design ganhou o gosto também dos artistas plásticos, que agora podem reproduzir suas telas em proporções maiores aplicando em qualquer ambiente. A artista plástica Hellen Rampinelli foi a primeira a adotar a tecnologia da Ewig. “Com este material nós podemos fazer papel de parede texturizado ou liso conforme o cliente deseja. Este é outro grande diferencial da Ewig”, detalha Hellen que lançou uma exposição com a reprodução de seus trabalhos em papel de parede. Para Hellen, a Ewig trouxe tecnologia, saindo do trivial. “A aceitação deste produto é enorme entre os arquitetos. O papel de parede traz o bem estar, requinte, aconchego e agora o artista pode criar o seu papel de parede ampliando suas obras. É uma grande novidade”, complementa a artista.

www.acicri.com.br

| 41


Importação: dicas para fazer bons negĂłcios % % | CriciĂşma Dentro da economia de escala, introduzida nas economias capitalistas mundiais, nenhum paĂ­s consegue produzir tudo o que necessita para seu desenvolvimento e crescimento. Visto isso, a importação vem ao encontro das empresas brasileiras no suprimento de matĂŠrias primas necessĂĄrias e primordiais para a produção de produtos com qualidade e com preços competitivos. A afirmação ĂŠ do diretor da IDB Trading, Erick Marques Isoppo. Nesta entrevista, Erick, que ĂŠ formado em Relaçþes Internacionais e pĂłs-graduado em GestĂŁo Internacional, explica que, a importação pode sim, ser uma ferramenta para permitir Ă s empresas tornarem-se mais competitivas, refletindo na venda de bens de capital e bens durĂĄveis para o mercado domĂŠstico e para a exportação. Exemplo disso ĂŠ a China: segundo maior importador mundial e o primeiro em exportação. De outro lado, a indĂşstria brasileira necessita de tecnologia para continuar se desenvolvendo, e o Brasil ainda continua sendo um paĂ­s exportador de commodities e falha no incentivo Ă criação de tecnologia. Essa carĂŞncia reflete na necessidade de importação de mĂĄquinas e softwares que serĂŁo bem-vindos para modernização do nosso parque fabril. “NĂŁo podemos esquecer que a importação como um todo ajuda no combate Ă inflação e faz com que o empresĂĄrio brasileiro nĂŁo se “acomodeâ€? e busque meios para continuar se desenvolvendo na competição com os produtos importados.â€?, observa. Confira a entrevista completa: Que tipo de operação hoje ĂŠ a mais indicada para compra de mĂĄquinas no exterior? Tanto na compra de mĂĄquinas como de suprimentos, a operação mais aconselhada ĂŠ a operação por conta e ordem de terceiros vinculado a uma trading company. A trading company ĂŠ uma empresa especializada em importação no qual detĂŞm todo o know how e experiĂŞncia para garantir ao empresĂĄrio importador uma importação segura, com custos menores e sempre seguindo a legislação brasileira, que por sinal, ĂŠ uma das mais burocrĂĄticas do mundo. Deve ser sempre notado os benefĂ­cios

42 | Liderança Empresarial

oferecidos pelo governo para importação de mĂĄquinas, entre ela a redução do ICMS via trading e tambĂŠm o ex-tarifĂĄrio, que reduz a alĂ­quota de imposto de importação, incentivo esse especĂ­fico para importação de mĂĄquinas que nĂŁo possuem similares no paĂ­s. Quanto a insumos, como importar matĂŠriasprimas, agregar valor e revender produtos industrializados? Os insumos possuem tratamento especial pelo governo, onde hĂĄ redução de imposto de importação e IPI. A importação de matĂŠria prima requer atenção devido a vĂĄrios fatores, que sĂŁo: qualidade do produto, quantidade mĂ­nima, preço negociado, garantias de fornecimentos e condiçþes de pagamento. Sabemos que uma fĂĄbrica no Brasil, apĂłs comprar insumos, beneficia e os revende a prazo. Na importação, a trading irĂĄ auxiliĂĄlo na busca de financiamentos a juros internacionais importantes para a proteção do capital de giro da empresa importadora. AlĂŠm disso, a trading buscarĂĄ negociar com os fornecedores a garantia de produtos, a qualidade do mesmo, o preço mais viĂĄvel para ambas as partes e a proteção jurĂ­dica quanto aos mĂŠtodos de pagamento e incutirem utilizados nas negociaçþes internacionais. Sempre digo aos clientes da IBD do Brasil Trading: “sejam bons na produção e venda de seus produtos, deixa a importação com a genteâ€?. Somos bons em comĂŠrcio exterior, temos foco e gente especializada em importação, ou seja, garantimos um serviço de qualidade para o crescimento de nossos clientes. Eles crescem, nĂłs crescemos, e toda a regiĂŁo se desenvolve junto. De que forma a IDB assessora as operaçþes de importaçþes aos seus clientes? Nossa empresa vem, ao longo dos quase sete anos de existĂŞncia, montando uma rede de parceiros confiĂĄveis para garantir o melhor serviço aos nossos clientes. Nossos parceiros sĂŁo empresas internacionais especializadas em vistorias de qualidade, inspeção de fĂĄbrica, transportes internacionais e nacionais, despachantes aduaneiros qualificados, consultores

contåbeis e jurídicos, alÊm de termos um quadro de profissionais altamente qualificados. Exemplo disso: todos os funcionårios da IBD são pós-graduados. Os que operam na parte internacional da empresa disponibilizam negociaçþes em inglês, espanhol e italiano alÊm de serem professores de faculdades escore nas åreas do comÊrcio exterior. Que tipo de transporte hoje Ê mais indicado para a importação? O quanto o frete impacta na operação? Hå quatro modais de transporte disponíveis na importação: o modal aÊreo, marítimo, rodoviårio e ferroviårio. Infelizmente, o Brasil Ê carente do modal ferroviårio internacional e nacional. Nossos aeroportos de carga são restritos a Guarulhos e Viracopos. O modal rodoviårio Ê geralmente sugerido para cargas do MERCOSUL e o marítimo para cargas de maior peso e cubagem e que necessitem vir de longas distâncias. No estado Santa Catarina, o modal marítimo Ê o mais utilizado por permitir trazer grandes volumes a preços relativamente competitivos. Vale lembrar que santa Catarina Ê o único estado do Brasil que dispþe de cinco portos (Imbituba, Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul e Itapoå). Gostaria de ressaltar aos importadores, que quantidade não Ê barreira. O modal marítimo permite duas situaçþes que podem vir ao encontro do importador. Hå a modalidade LCL e FLC. O primeiro permite importar pequenas quantidades. Essa modalidade se assemelha ao consolidado ou fracionado utilizado domesticamente. O FLC Ê quando o importador utiliza containeres para o transporte de sua carga de forma exclusiva. O impacto do frete na operação vai depender do valor do produto importado. A IBD , preocupada com o impacto dos custos de frete, de impostos e de taxas de porto, faz simulaçþes de valores a nossos clientes para que ele possa analisar a viabilidade da importação e tomar a decisão de importar ou não importar. Convidamos as empresas que importam ou que pretendem importar a fazer uma simulação de valores com a IDB do Brasil Trading. (www.idbdobrasil.com.br).



Empresas do Sul entre as 150 melhores para se trabalhar Na sua 16ª edição, o Guia da revista Exame e Você S/A – As Melhores Empresas para Você Trabalhar, traz três empresas de Criciúma, Betha Sistemas, Cecrisa e Angeloni Paula Darós Darolt | Criciúma

De acordo com a revista Exame e Você S/A, em sua 16ª edição especial de setembro de 2012, chegar ao grupo de elite não é fácil, porém, as chances estão abertas para todos. Com a missão de encontrar e reconhecer as 150 que mais valorizam seus funcionários e se tornam melhores empresas para se trabalhar, as revistas elencaram três empresas de Criciúma: Betha Sistemas, Cecrisa e Angeloni. Para alcançar este patamar não é fácil. Neste ano, cerca de 600 empresas de todo o país fizeram suas inscrições, o que dificultou os trabalhos dos jornalistas do Guia e os profissionais da Fundação Instituto de Administração (FIA), responsável pela metodologia do anuário desde 2006. Juntos, Guia e FIA, realizam um trabalho com base em uma rigorosa seleção e análise. Para conquistar o tão almejado prêmio das 150 melhores, as empresas percorrem um longo trajeto, começando já em fevereiro com as inscrições pelo site do Guia. Em várias etapas as empresas são avaliadas em preenchimento de formulários e entrevistas por jornalistas do Guia, cada uma das avaliações com peso que resulta no Índice de Felicidade no Trabalho (IFT), que é a soma das notas dos funcionários, das práticas de Rh e da percepção do jornalista.

44 | Liderança Empresarial

ENTENDA O PRÊMIO O Guia Você S/A EXAME — As Melhores Empresas para Você Trabalhar é a maior pesquisa de clima organizacional do país e nasceu em 1997 com a missão de valorizar as empresas que melhor cuidam de seus colaboradores. O trabalho é baseado em uma metodologia que foi se aperfeiçoando ao longo dos anos, tornando-se mais abrangente, crítica e rigorosa quando ganhou a parceria da Fundação Instituto de Administração (FIA), em 2006. Após as inscrições, funcionários são escolhidos aleatoriamente e respondem questionários que identificam o grau de satisfação deles com o trabalho o que resulta no Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho (IQAT), o que vale 70% da composição da nota final. O setor de Recursos Humanos da empresa também tem participação importante no prêmio. O RH preenche um formulário com dados sobre a equipe e a companhia, com número de empregados, missão e valores, e elabora um Caderno de Evidências, com vários detalhes das políticas e práticas da empresa, sendo que estes dois itens resultam no Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP), valendo 20% da nota. Já na segunda fase, todas as pré-classificadas recebem a visita de um jornalista, que conversa com empregados do nível operacional, gestores do executivo de RH ou o presidente. Esta etapa tem peso de 10%. Todas as etapas resultam no Índice de Felicidade no Trabalho.


Angeloni Em Santa Catarina foram 11 empresas premiadas, entre eles estão a Tigre, a Embraco e o Angeloni. Entre os diferenciais que tornam a empresa uma das 150 Melhores para Trabalhar estão programas de integração de novos funcionários, de formação, motivacionais e ações de reconhecimento e valorização dos talentos internos, de Programas de Seleção Interna para oportunidade de carreira, de gestão de pessoas, avaliações por mérito e ferramentas de Comunicação. Segundo o presidente executivo do Angeloni, José Augusto Fretta, o resultado é consequência de contínuo trabalho no qual o funcionário é ouvido e participa com ideias e sugestões de novos processos, recebe treinamentos e é formado para desenvolver-se profissionalmente, tendo a possibilidade de vislumbrar novas oportunidades dentro da empresa. “No Angeloni o funcionário tem diversos benefícios que o ajudam a manter o importante equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, sendo ainda reconhecido pelo seu desempenho e dedicação”, destaca Fretta.

Com 8.500 funcionários, 25 lojas distribuídas em 14 cidades catarinenses e na capital do Paraná, a rede Angeloni nasceu em 1958, em Criciúma, sul de Santa Catarina. Empresa 100% familiar, foi a primeira loja de auto-serviço de Santa Catarina e, em pouco mais de meio século, desbravou novos mercados com premissas modernas, arrojadas e inovadoras, ancoradas no conceito de bem servir, que o transformaram num modelo na área de supermercados. Foi pioneiro na climatização das lojas, na oferta de estacionamento coberto e de elevadores. É a maior rede de supermercados de Santa Catarina, 3ª da Região Sul e está em 8º lugar no ranking nacional. Além das lojas, a rede é integrada ainda por 21 farmácias, 8 postos de combustíveis e um centro de distribuição com 38 mil m², em Porto Belo.

www.acicri.com.br

| 45


Betha Sistemas Entre diversos inscritos, as empresas do extremo Sul de Santa Catarina, seguiram a risca os pré-requisitos e colocaram Criciúma no pódio das 150 melhores empresas para você trabalhar. A Betha Sistemas foi uma delas. Menos de dois meses após receber o prêmio das melhores para trabalhar no segmento de TI e Telecom, foi congratulada com mais uma premiação. Para o gerente de RH Estratégico da Betha, Leandro Medeiros, a conquista dos dois prêmios consolida o trabalho realizado com o objetivo de melhorar as campanhas internas. “Estar nesses rankings significa que estamos no caminho certo e que os nossos colaboradores estão aceitando as práticas realizadas”, afirma Medeiros. As 150 empresas selecionadas são separadas no Guia em 19 setores mais as cooperativas. “Na nossa área, que é a de tecnologia, nós entramos ao lado de grandes empresas como o Google e a Locaweb, e fora do eixo Rio/São Paulo, a Betha e a Ibayte, de Fortaleza, foram as únicas do segmento a estar na lista”, conta o gerente de RH. Dentro das principais práticas internas realizadas pela Betha Sistemas está o projeto Vida em Equilíbrio, que oferece atividades de lazer gratuitas aos colaboradores. Para agradar todos os estilos, os funcionários podem escolher entre aulas de mergulho, surfe, gastronomia, degustação de vinhos, fotografia e dança. Além de equilibrar vida profissional e pessoal dos trabalhadores, o projeto também promove a integração entre os colaboradores. A empresa também implantou o 14º e 15º salários, além de possuir uma campanha de valorização da carreira dos funcionários. “Agora, é trabalhar mais ainda para continuar ocupando uma posição no ranking”, finaliza Medeiros.

A Betha Sistemas é uma empresa catarinense, com sede na cidade de Criciúma, no sul do Estado, tem 27 anos de história e é especialista no desenvolvimento de softwares para a gestão pública. Em 2011, a Betha faturou R$ 32 milhões. O público-alvo da empresa são os órgãos públicos de todo o Brasil, nas esferas Federal, Estadual e principalmente Municipal, atuando em Prefeituras, Câmaras Municipais, Samaes, Fundos, Fundações, Tribunais de Contas, entre outros. A Betha possui aproximadamente três mil clientes, operando com mais de 370 colaboradores. Nos 17 Estados em que está presente, a Betha atua por meio de 31 revendas e cinco filiais.

Cecrisa

Empresa líder no mercado nacional, a Cecrisa comercializa porcellanatos e revestimentos cerâmicos com as marcas PORTINARI e CECRISA. Com sede em Criciúma, Santa Catarina, possui o maior portifólio de porcellanatos do mercado nacional, exportando mais de 3.000 produtos para cerca de 50 países, em cinco continentes.

46 | Liderança Empresarial

Para a Cecrisa o prêmio não é novidade, já que a empresa é eleita entre as 150 melhores pelo sexto ano consecutivo. De acordo com a pesquisa da Você S/A, 87,9% dos funcionários se identificam com a empresa, 83,% estão satisfeitos e motivados e 86,2% aprovam os seus líderes. Números altos, boa parte conquistados com o estilo de condução do co-presidente da empresa, Rogério Sampaio. Para Rogério, a revista colocou a Cecrisa, mais uma vez, em posição de destaque na qualidade do seu ambiente de trabalho e seu volume de vendas. “Todo este reconhecimento é consequência das ações em prol da responsabilidade social, da busca constante de maior qualidade no trabalho, e a consciência de que nossa equipe é o principal responsável pela qualidade que a Portinari representa no mercado”, complementa Sampaio. Representante Brasileira - A Cecrisa/Portinari também foi a única empresa brasileira de revestimentos a participar da 30ª edição do Salão Internacional da Cerâmica para Arquitetura e Construção – Cersaie. O evento é considerado um dos mais importantes encontros mundiais de fabricantes de cerâmica, e foi realizado nos dias 25 a 29 de setembro, em Bologna (Itália). Para o co-presidente da Cecrisa, José Luis Pano, a estimativa é que o estande tenha recebido cerca de 2.500 pessoas durante os dias de evento.


Transporte de mudança A mudança Ê inevitåvel, seja de håbito, emprego e atÊ de endereço. E para isso Ê necessårio planejamento. O seguimento de transportes especiais (mudança) Ê caracterizado como um trabalho difícil e realmente Ê muito difícil. Precisa-se de equipe capacitada, responsåvel e esse material humano estå cada vez mais raro no mercado. Quando se transporta uma mudança Ê indispensåvel

entender que não se transporta apenas móveis e sim uma história de conquistas. Tudo Ê especial, fruto de muito suor e deve ser tratado com cuidado. Não troque o certo pelo duvidoso. Contrate quem entende do negócio. Hoje encontramos no mercado empresas que oferecem essa segurança. Seguro da carga, embalagens especiais, montadores de móveis, veículos rastreados e equipe capacitada.

Dicas importantes Â? 6 Â? destino Y # # ! 6 , # na rua 6 "# ] # para transporte , $ ] 6 6 Â? ] Â? Â?

www.acicri.com.br

| 47


Produzir com qualidade e em equipe Núcleo Catarinense de Círculo de Controle de Qualidade promoveu o 1º prêmio para valorizar os grupos de melhorias de processos das indústrias de Santa Catarina Paula Darós Darolt| CRICIÚMA O Núcleo Catarinense de CCQ - Círculo de Controle de Qualidade, promoveu no mês de outubro a 14ª edição do Encontro Catarinense de Equipes de Melhorias. Neste ano, o evento foi realizado em Jaraguá do Sul, e teve o lançamento do I Prêmio Catarinense de CCQ que teve em seus três finalistas, empresas do extremo Sul do estado, Anjo, ICON e Copobrás. O encontro existe desde 1999 e tem como foco principal a qualidade e autodesenvolvimento das empresas envolvendo troca de experiências e fortalecimento do trabalho em equipe. São 25 empresas associadas, entre elas multinacionais como WEG e empresas de renome na América Latina. Segundo a presidente do Núcleo Catarinense de CCQ, Geani Vieira dos Santos, as empresas associadas acreditam na valorização do trabalho em equipe para uma promoção de um desenvolvimento sustentável. “Ter equipes dentro de uma empresa, trabalhando com melhorias de processos é fundamental. Resultam em qualidade de vida, redução de custos e melhorias em geral como segurança e etc”, explica.

O Prêmio O I Prêmio Catarinense de CCQ foi desenvolvido para reconhecer as equipes que através de programas participativos contribuíram para o aumento da competitividade da empresa. “Somente empresas associadas ao núcleo puderam participar. Estas empresas trabalham com o grupo de melhoria de processos, sendo que cada empresa pode inscrever um projeto de melhoria para o prêmio. A nossa surpresa foi que os três primeiros lugares ficaram para empresas aqui do Sul”, relata Geani.

48 | Liderança Empresarial

A entrega do troféu aconteceu no dia 5 de outubro junto ao encontro catarinense. O primeiro lugar ficou para a Copobrás, de São Ludgero, com o projeto “A automatização do desbobinador das máquinas termo formadoras de bandeja da Copobrás”. Para a gerente de qualidade

corporativa, Marilésia Kestring Badziak, a satisfação maior é ter participado do prêmio e já ficar entre os finalistas. “Ficamos muito felizes já quase soubemos que estávamos entre os finalistas, ganhar o primeiro lugar foi sensacional. É a prova de que o trabalho em equipe dá certo”, declara Marilésia.

Copobrás

A Copobrás implantou o sistema de grupos de melhorias de processos em 2011 em todas as suas unidades. São 69 equipes com 750 colaboradores participando para uma promoção de qualidade. “Nós tivemos 15% de adesão dos colaboradores. Depois de implantar o GMP o resultado veio rápido, não só financeiro como a perceptível mudança no trabalho em equipe. Hoje eles são focados nas soluções e não amarrado ao problema”, conclui a gerente.


Projeto Pesando Certo conquista 3Âş lugar A Anjo Tintas ficou em 3Âş lugar com o projeto “Pesando Certoâ€?, o grupo “Criaçãoâ€?, responsĂĄvel pelo trabalho, ĂŠ formado por profissionais que trabalham nos setores Thinner, LaboratĂłrio de Controle de Qualidade e Manutenção da Unidade Revenda. Hoje, a Anjo Tintas conta com 18 Grupos de Melhorias de Processos (GMP) formados por 40% dos profissionais que participam voluntariamente. O Projeto Pesando Certo foi uma forma encontrada pelos profissionais para agilizar o processo produtivo e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores do setor de thinner. O problema observado era a dificuldade de acertar o peso do

18 Grupos de Melhorias de Processos

Os quais representam 40% dos

Thinner no envase das latas de 18 litros, que começava automåtico e terminava manual. Para envasar, o operador tinha que programar a balança com o peso menor a ser envasado e depois manualmente finalizava o envase para chegar ao peso correto identificado na lata. Isso era necessårio porque quando o peso era programado corretamente o produto transbordava, danificando a tinta impressa na lata em alguns casos. Esse processo de finalizar manualmente o envase resultava em perda de tempo no processo produtivo. Os integrantes do GMP Criação identificaram como causas do problema o sistema de dosagem inadequado e que a vazão do bico era muito grande. E a proposta de melhoria foi instalar na måquina um cilindro de duplo estågio, assim, no segundo estågio do envase o solvente desce com menor vazão. As vantagens da implantação dessa ideia foram a agilidade no processo, a garantia da quantidade exata de produto na lata sem precisar terminar o envase manualmente, o aumento da produtividade, redução de custos, satisfação dos profissionais do setor, entre outros. Fazer parte de um GMP Ê uma forma de participar com ideias de melhorias no ambiente de trabalho, Ê uma das ferramentas de gestão participativa da Anjo, pois todos têm a oportunidade de dar sugestþes.


ICON conquista

o 2º lugar em sua primeira participação A empresa criciumense ICON, faturou o segundo lugar com o projeto “Escariador 60°”. Com o programa implantado desde 2009 dentro da empresa, a ICON conta hoje com 12 grupos de melhorias de processo e já vem colhendo bons frutos de colaboradores que trabalham em equipe. Para a coordenadora do programa, Marinês Rosso Menegon de Freitas, o GMP funciona como uma forma de motivação para a auto-realização e prazer no trabalho através de uma gestão participativa. “O interessante deste trabalho é que é voluntário. Não obrigamos os funcionários a participarem. Apresentamos os projetos e já sentimos de cara o interesse de nossos colaboradores”, explica Marinês.

Ambiente de trabalho São 60 funcionários que se dedicam a trabalhar em 12 grupos de forma mista, com oportunidades para discutir e melhorar o ambiente de trabalho. “O GMP é uma oportunidade que o nosso colaborador tem para expor suas ideias, estimulando a criatividade. Aqui o funcionário expõe a ideia e ela não fica parada, ela é colocada em prática”, declara. Desde a sua implementação na empresa, Marinês afirma que vários resultados foram alcançados pela ICON. Os funcionários relatam a mudança da qualidade de

vida dentro e fora da empresa. “Cada funcionário sabe o que está precisando ser modificado em seu setor. Não somos nós, aqui dentro da administração sozinhos que vamos perceber. Eles nos passam suas dificuldades, dão ideias que são registradas e executadas”, afirma. Segundo a coordenadora, ser finalista de um prêmio estadual com concorrentes como WEG, Duas Rodas, entre outros, só vem a acrescentar e valorizar o funcionário dentro da empresa. “É uma honra para a ICON alcançar o 2º lugar. Podemos divulgar para os novos colaboradores a importância do projeto, motivar os funcionários e agregar novos grupos”, enaltece Marinês. O coordenador dos grupos, Maicon Maccarini, afirma que sempre tem algo que possa ser melhorado dentro da empresa, e o GMP está aí para isto. O projeto da ICON foi muito elogiado pelos avaliadores que visitaram a empresa, porém a expectativa dos funcionários foi um pouco mais humilde. “Escrevemos para o prêmio nosso melhor projeto de 2011. Acreditávamos na ideia pois ela tinha sido fantástica dentro da empresa, porém nem imaginávamos que chegaríamos à final. Ficamos muito contentes com o segundo lugar”, relata Maicon. Para o autor da ideia, líder do grupo IMAQ, Adenilson Nazário, a ideia inicial era facilitar o modo de operação. “A ICON acreditou

na gente e nós retribuímos. Os integrantes do nosso grupo têm pouco mais de um ano de empresa e o fato de ficarmos em segundo lugar em um prêmio estadual gera um contentamento muito grande e contagiante entre os funcionários”, revela. A ICON inscreveu para o prêmio uma peça desenvolvida dentro da empresa. “Havia um problema em uma chapa, que precisava ser aquecida para fazer a furação, pois ela era muito dura. Isso gerava um transtorno e não nos dava qualidade ao final do processo. Modificamos uma broca, realizamos vários testes e chegamos a uma ferramenta que deu certo”, explica Adenílson.

60 12 2009

funcionários em

grupos mistos.

iniciou o programa


Novo layout, velho objetivo O que leva as pessoas a optarem por um modelo, cor, formato de celular, computador, carro? Segundo pesquisas essa influência é gerada pelo visual, designer do objeto desejado. Portanto, o consumidor tende a escolher os produtos que compra em boa parte das vezes pela estética que mais agradou aos seus olhos e não necessariamente pela função desempenhada. É por isso que as empresas vêm cada vez mais investindo no visual dos seus produtos e embalagens. Exemplo claro disso é da empresa que recentemente

foi classificada como a mais valiosa da história da humanidade, a Apple. Um diferencial que pode agregar valor ao produto, e que hoje no Brasil, pode ser protegido pelo sistema de Propriedade Industrial através do registro de Desenho Industrial. Este protege apenas a configuração visual e dá ao seu titular direito de explorar o referido produto no mercado nacional com exclusividade por até 25 anos. Assim como nas patentes, o Desenho Industrial registrado permite ao seu dono excluir a concorrência de copiar sua inovação estética ou ainda, licenciar

Thaise Rossi da Rosa JP/SC 2931 comunicacao@cerumar.com.br

através de royalties e quem sabe vender os direitos de exploração desta ferramenta comercial tão competitiva. Para proteger o visual de seus produtos ou embalagens inovadores, basta procurar um agente da Propriedade Industrial habilitado. Para isso os inventores, empreendedores têm de forma acessível as Associações Empresariais conveniadas ao Printe (Programa de Proteção Intelectual) e podem obter todas as orientações necessárias. Ou ainda acessar www.printe.com.br.

www.acicri.com.br

| 51


“O Brasil que queremos ser” Cibele Córdova | CRICIÚMA O Brasil quer ser potência ou colônia? A indagação pautou discussões de empresários da região de Criciúma junto ao presidente da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos – Abimaq, Luiz Aubert Neto, durante o mês de setembro. Em encontro sobre “A Desindustrialização e a Reindustrialização Brasileira”, Aubert Neto fez o alerta para atual cenário industrial brasileiro e a influência do segmento de transformação diante do mercado externo. Segundo ele, a economia brasileira está em processo de primarização e são necessárias algumas medidas para que esse quadro se reverta. “O país possui entraves que levam ao sucateamento da indústria, principalmente de transformação, impedindo a competitividade com o mercado estrangeiro. Minha intenção,

52 | Liderança Empresarial

como representante da Abimaq, é apresentar os riscos que corremos de perder nossas indústrias e expor a eficácia de ações conjuntas da sociedade organizada para reversão desse processo”, destacou. De acordo com o presidente da Associação Empresarial de Criciúma - ACIC, Olvacir Bez Fontana, o evento permitiu o engrandecimento de atuação dos profissionais da indústria regional. “O tema é de extrema importância e veio a confirmar uma direção: de que temos que influenciar nossos amigos, vizinhos, no condomínio de casa, os trabalhadores, ou seja, todos a nossa volta a criar mudanças. E isso vem de baixo, a partir dos pequenos, criando movimentos de influência e consequente mudança. A conclusão é que depende de cada um de nós”, ressaltou.


A Desnacionalização Para o presidente da Abimaq, durante os últimos vinte anos o Brasil passou de 5º maior produtor mundial de máquinas e equipamentos para a 14ª posição. As máquinas brasileiras, que são quase 45% mais caras; as taxas de juros, que ainda continuam altas apesar das reduções; a carga tributária, que representa 35% dos custos, e a taxa de câmbio são os principais motivos que tornam a indústria do país menos competitiva, concedendo assim, espaço para os produtos importados, principalmente da China. “Não somos contra a importação. O problema é que o Brasil está deixando de gerar riquezas, a partir de sua própria matéria prima. Por exemplo, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de grãos de café, mas o maior exportador de café industrializado é a Alemanha, que não possui um pé de café”, contextualiza Aubert Neto. Cenário que influencia também na geração de empregos. No caso da indústria de máquinas, de outubro de 2011

a julho de 2012 o segmento já demitiu mais de 10 mil trabalhadores. Em uma tentativa de proteção da indústria brasileira, Aubert Neto explicou ainda que as medidas adotadas pelo Governo Federal estão no rumo certo, contudo possuem viés de incentivo ao consumo e não ao investimento. O problema, segundo ele, é que não há reflexos para a cadeia produtiva sendo necessário o incentivo aos investimentos. “Para isso, é preciso criar ambiente competitivo para as empresas brasileiras, sem desprezar o investimento estrangeiro. Com regras claras que atendam aos interesses do país, como ocorre no restante do mundo. É a chamada obrigatoriedade do conteúdo local, gerando riquezas daqui para lá, e não o contrário”, conclui. A Abimaq representa 4,5 mil empresas de um setor que gera mais de 260 mil empregos diretos no país. Confira a seguir a entrevista com o presidente da Abimaq e entenda o processo de desindustrialização:

O que significa dizer que o Brasil está em processo de desindustrialização? Para exemplificar, efetuamos a comparação com o ano de 2004. A cada 100 máquinas vendidas no Brasil, 60 eram fabricadas internamente e 40 importadas. Hoje, 60 são importadas e 40 fabricadas aqui. Além disso, em agosto de 2012, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada – NUCI - ficou abaixo dos 65% sendo o pior índice dos últimos 40 anos. Isso quer dizer que a máquina do empresário brasileiro está parada, mas seu faturamento não cai. Ou seja, continua vendendo máquina, mas não uma fabricada no país. Está importando da China ou de qualquer outro lugar do mundo, trazendo-a para dentro de sua empresa, trocando a etiqueta de identificação e revendendo ao mercado interno. Assim continua faturando e recolhendo os impostos, mas não está

fabricando mais. O mercado existe, mas não a partir de fabricação própria. Esse é o processo de desindustrialização, ou seja, o Brasil não está industrializando.

A Abimaq representa 4,5 mil empresas...

... de um setor que gera mais de 260 mil empregos

automóvel. Nosso setor exportava cerca de 35% do faturamento, sendo que os números caíram para menos de 25%. Estamos perdendo mercado interno e externo com a forte concorrência, principalmente, chinesa. O déficit da balança comercial do setor de máquinas e equipamentos em 2012 será superior a 18 bilhões de reais. Não se trata de uma afirmação pessimista ou até contraditória, já que a economia do Brasil está aquecida em diversos aspectos como no consumo interno, por

Até que ponto esse contexto interfere na indústria de transformação? Na década de 1980 éramos o 5º maior fabricante de máquinas do mundo e hoje caímos para a 14ª posição. Não existe país rico desenvolvido sem uma indústria de transformação desenvolvida, aquela que transforma a matéria prima básica como o minério de ferro, por exemplo, transformando-o em aço e depois em um

exemplo? Vários países subdesenvolvidos irão crescer muito mais que o Brasil neste ano. Somente o Chile e o Peru, por exemplo, a taxa de crescimento é de 6%. Vejamos alguns números: 66% da população brasileira não possui esgoto coletado. Não digo tratado, apenas coletado. Um quarto dos municípios brasileiros não possui água potável e 65% do esgoto de Guarulhos,

www.acicri.com.br

| 53


segunda maior cidade do país, é jogado no Rio Tietê. Para levar esgoto tratado e água potável a todos, seriam necessários 400 bilhões de reais, ou seja, um ano e meio de juros do Brasil. Somos a sexta economia do mundo, porém em relação ao PIB per capita ocupamos a 72ª posição. Além disso, 80% dos empregos gerados no Brasil envolvem menos de dois salários mínimos, baixíssimo valor agregado em serviços. Isso tudo não garante futuro. O que garante é o que chamamos de taxa de crescimento, é a formação bruta de capital fixo. Não é questão de ser pessimista, mas realista. Acredito que é possível mudar e o Brasil está dando algumas sinalizações de que quer mudar. Se tivermos a coragem e desenvolvermos as mudanças básicas, em 20 ou 25 anos este país estará muito diferente. Do contrário, seremos sempre um país de oportunidades perdidas. Essa perda da competitividade brasileira frente ao mercado externo refere-se a uma ineficiência de gestão pública e/ou privada? Na verdade é conjuntural. Compare que 85% de nossa energia é hidráulica, ou seja, fonte barata já que provém da água, da chuva. Na Alemanha, provém de usinas termoelétricas ou termonucleares, consideradas estas as mais caras. Mesmo assim, a energia elétrica brasileira é a mais cara do mundo. Por que pagamos mais que outros países? O Brasil é o único país do mundo que tributa quem compra uma máquina, sendo que chega a pagar 36% de imposto. Deve-se inverter isso, incentivar o investimento ao contrário de penalizar quem quer modernizar e investir. Então não é a indústria brasileira que não é competitiva, mas o Brasil que não está competitivo. De que modo reverter esse quadro num sentido de reindustrialização, contribuindo assim para a taxa de crescimento? Trabalhando com o tripé do mal: câmbio, juros e tributos. Fatores de competitividade e que interferem nas linhas de financiamento a longo prazo, contribuindo para a inversão do atual modelo que privilegia a exportação de bens primários. Atualmente, 75% das exportações brasileiras envolvem produtos básicos, como soja, petróleo, minério de ferro e café, por exemplo. Não sou contra exportar matéria-prima, porém, o país

54 | Liderança Empresarial

“Ainda há muito o que fazer. O Brasil precisa de reformas estruturantes e a Abimaq continuará lutando por isso” Luiz Aubert Neto

não pode ser apenas um exportador de commodities. Temos que exportar também produtos de valor agregado, pois é isso que gera emprego e riqueza para o país. Claro que o Brasil tem uma vantagem competitiva muito grande em relação ao agronegócio, mas não pode se basear apenas neste segmento, que é o que basicamente estamos fazendo hoje. Acrescento ainda a desoneração dos investimentos e a melhoria da saúde pública e da educação, elementos de extrema importância. Pode-se mexer nos juros e nos tributos, mas é preciso investimento maciço na saúde e em educação, bem como uma gestão para diminuir gastos. E em relação à ABIMAQ, como vem trabalhando para reverter esse quadro? Na verdade, há cinco anos lançamos o

projeto Abimaq 2022, o qual vem justamente a questionar o que precisa ser feito para reverter essa situação enfrentada pelo Brasil e voltar à primeira divisão global. O tripé do mal, a exportação e a inovação tecnológica devem ser trabalhados a resultar em um tripé do bem e numa perenidade para a indústria. Já conquistamos algumas medidas incentivadas pelo governo federal como: redução de juros para as linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para até 2,5% ao ano, considerada uma das menores já registradas; elevação do Imposto Importação para alguns produtos em 25%; desoneração do INSS patronal na folha de pagamentos; prorrogação da desoneração do IPI e contínua redução da taxa Selic. Mas ainda há muito que fazer. O Brasil precisa de reformas estruturantes e a Abimaq continuará lutando por isso.


Guarda dos

se-pa-ra-ção Em caso de separação, a regra atÊ poucos anos atrås, prevalecia à guarda unilateral em que um dos pais obtinha a guarda do filho (os), suas responsabilidades e o exercício de direitos e deveres. Todavia, com a redação da Lei 11.698/08 o quadro mudou, alterando o Código Civil e criando assim a guarda compartilhada para filhos de pais separados. Assim, em caso de separação, o juiz deve dar precedência à guarda compartilhada para conjuntamente os pais se responsabilizarem, distribuindo aos dois seus deveres e direitos referentes ao

DĂŠbora May Pelegrim Bacharel em Direito, pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), colaboradora do EscritĂłrio Giovani Duarte Oliveira Advogados e Associados, na ĂĄrea de Direito de FamĂ­lia e SucessĂľes.

poder familiar do filho (os) comum, mesmo morando em casas separadas. Esta norma beneficia os pais que gostariam de compartilhar mais a companhia do (os) filho (os), que muitas vezes Ê impedido, prejudicado, limitado por aquele que detÊm a guarda unilateral, esquecendo que a prioridade deve ser sempre o bem estar do menor. O ideal Ê que os genitores se acertem naturalmente. O genitor prejudicado agora com o amparo da Lei 11.698/08, pode por meio de ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união eståvel ou

em medida cautelar, solicitar, demandar a guarda compartilhada. O juiz decretarå o período de convívio segundo a rotina de cada um dos genitores sendo que tambÊm poderå definir sançþes no caso de não cumprir com suas responsabilidades. A guarda compartilhada deverå assim, sempre que possível, ser aplicada não esquecendo o juiz de analisar cada caso, podendo decretar guarda unilateral se assim entender que Ê o melhor para o menor, atribuindo à mãe ou ao pai que melhor conjuntura tiver.


Jovens renovam a Feira Livre de Criciúma Com bordões improvisados, a intenção é conquistar a clientela. “Olha a promoção relâmpago”, “Quem vai levar... três abacaxis por cinco reais”, “Chega aqui, companheiro!”. Mais do que um local para a comercialização de frutas, verduras, hortaliças e outros tipos de mercadorias, a Feira Livre se tornou um local de encontro entre as pessoas, e o importante é conquistar a simpatia de quem passa em busca de produtos frescos e até mesmo de amizade. Para os feirantes da Feira Livre de Criciúma, o contato com o consumidor acontece das 5h30 às 12h durante três vezes por semana, às terças-feiras, sextas e sábados. Localizada na rua São José, junto ao Camelódromo e à antiga Prefeitura, a Feira dispõe de 45 boxes com os mais variados produtos, desde frutas e verduras a carnes, peixes, derivados de leite, hortaliças, plantas para jardim e bebidas como vinho, por exemplo. Mas para quem imagina que trabalhar na feira é uma exclusividade de pessoas com mais idade, o cenário em Criciúma, entretanto, é bastante jovem. Mais que isso, uma tradição que passa de pais para filhos.

Cibele Córdova

Cibele Córdova | CRICIÚMA

Atuação diferenciada no mercado de trabalho Com apenas 19 anos, Lidiane Durante comanda seu próprio negócio. A partir do incentivo da mãe, Neiva Durante, em junho deste ano adquiriu um box para a venda da produção basicamente familiar. Nos dias de Feira sua rotina começa às 4h15, porém, considera o trabalho gratificante e que chega a render dois salários mínimos no final do mês. “Fui criada em uma caixa de verduras, praticamente, já que meus pais sempre trabalharam com comercialização hortifruti. Apenas segui o ramo e pretendo continuar enquanto continuar compensando”, destaca. Apesar do pouco tempo como feirante,

56 | Liderança Empresarial

ela já ensina os traquejos para a fidelização dos clientes, como simpatia no momento da venda, além de boas mercadorias e organização do box. Também garante que não há disputa com seus pais, proprietários há 28 anos de outro box da Feira Livre do município. “Separo produtos para mim, e eles ficam com o restante. Todos são de ótima qualidade, então tem para todo mundo. E pelo contrário, nos ajudamos conforme os dias de maior movimento”, explica Lidiane. Aos 28 anos de idade, Carla Josiane Vargas contabiliza 20 deles como feirante no Centro de Criciúma. Com apenas oito anos

já participava com o pai das vendas, quando a Feira Livre ainda acontecia no terreno do atual Bistek Supermercados, próximo ao Terminal Central. Todos os anos de experiência resultam em circulação intensa no box, hoje administrado por ela e por seu esposo, Rodrigo dos Santos Moreira. “A gente está sempre rindo e brincando com as pessoas. Não adianta vir trabalhar de mau humor”, revela Carla. Quem confirma o sucesso do casal e marca presença nos três dias de Feira Livre é o proprietário do Restaurante Eliza, Vanderlei de Lima. “Sempre tem festa com esses dois. É de admirar o ânimo, visto o


Aos 19 anos, Lidiane Durante já possui seu prórpio negócio

Vanderlei é cliente fiel do casal Carla e Rodrigo horário que eles começam a trabalhar, ainda na madrugada. Sempre fui muito bem atendido, comprovando que nesse emprego não existe idade se as pessoas trabalham com bom humor”, conta o cliente. Carla e Rodrigo chegam a lucrar três salários mínimos no mês, sendo a Feira Livre a fonte de renda exclusiva devido à demanda. Nos dias em que não há Feira, ambos viajam a Florianópolis em busca de produtos frescos e diferenciados. O pai de Carla, Jairo Vargas, também é feirante e mantém box de queijos e vinhos.

Em uma realidade de sobrevivência frente ao avanço das grandes redes de supermercados, esse grupo de jovens feirantes, entre outros trabalhadores, enxergou uma metodologia de atuação que garante vantagem competitiva, seja com preços diferenciados, produtos frescos, possibilidade de pechincha, ou até mesmo oferecendo um ombro amigo. Casal jovem também bastante conhecido é Camila Gambalonga, 23, e Jackson Premoli, 26, os quais trabalham com a venda de produtos próprios. Alface, agrião,

rúcula, rabanete, couve-flor, brócolis, aipim e feijão estão entre os itens mais procurados, com ofertas a partir de R$ 1 a unidade. “Somo os primeiros a chegar, ainda às 3h. Mas o horário aqui passa bastante rápido, pois além de ganharmos um dinheirinho, fazemos muitas amizades e conquistamos clientes fiéis, como cooperativas e restaurantes, por exemplo”, confirma a feirante. Compartilhando a tradição do trabalho em família, Ilze Premoli é mãe de Rodrigo e também possui seu próprio box na Feira Livre de Criciúma. www.acicri.com.br

| 57


A primeira fábrica de tratores em SC A Budny Tratores e Equipamentos inaugurou no dia 30 de novembro uma nova unidade em Içara. Com o novo investimento a empresa consolida a implantação da primeira fábrica de tratores de Santa Catarina. A operação está instalada em uma área de 30 mil metros quadrados com 5 mil metros de área construída. O investimento na nova unidade foi de R$ 30 milhões, e outros R$ 20 milhões já foram investidos desde o início da fabricação de tratores no parque fabril da matriz. De acordo com o diretor da empresa, Carlos Budny, com o novo espaço a montadora terá um aumento instantâneo da produção. “A nova fábrica aumenta de imediato da produção de um trator por dia para cinco tratores por

58 | Liderança Empresarial

dia”, comemora. “Até o ano que vem temos objetivo de chegar a produzir 10 tratores por dia”, adianta Budny. A expectativa é incrementar o faturamento entre 30% e 40% em 2013. Na meta de expansão para o próximo ano, a Budny pretende aumentar o percentual de componentes nacionais na fabricação de tratores. Atualmente 75% dos componentes são de origem nacional. A intenção é chegar a 90%. “Hoje o índice de nacionalização é importante para a sustentabilidade. Na linha de montagem são utilizados 45% de produção própria, 30% do mercado interno e o restante do externo”, explica Budny. “A parceria feita com uma das principais empresas de motores, a MWM de São Paulo,

fornecedora tradicional do mercado agrícola e rodoviário, consolida o nosso objetivo”, afirma o diretor. Foco na agricultura familiar A empresa tem com foco principal atender à grande demanda da agricultura familiar. O diretor comenta que, agregando o trator à linha de produtos, aumentam as divisas, o que proporcionam uma alavancagem dos negócios no Brasil e no mercado externo. “A agricultura familiar tem maior índice de clientes compradores e é importante para a agricultura nacional pela sua diversificação. Hoje 70% dos alimentos consumidos no Brasil provêm da agricultura familiar”, revela.


Exportação Já no setor de exportação, segundo Carlos Budny, a empresa já negociou com o Mercosul e agora se prepara para exportar para a África. “Os contatos com Angola foram feito em janeiro deste ano. A previsão é de fecharmos parcerias que irão gerar grandes negócios e divisas para a região”, antecipa.

A empresa A Budny atende o mercado agrícola há 22 anos, com tecnologia e estrutura fabril própria e conta com departamentos de fundição, usinagem, metalurgia e eletrônica. É uma empresa extremamente verticalizada e dinâmica. A companhia emprega aproximadamente 550 pessoas. Além de fabricar tratores a empresa também fabrica plantadeiras, pulverizadores, grade niveladora, semeadeiras, carretas agrícolas e hidráulicas e arados, entre outros equipamentos agrícolas.

O princípio de uma história As grandes inovações que nos rodeiam, em sua grande maioria, são fruto da visão de seus criadores frente às necessidades no seu dia-a-dia. No caso da Budny Equipamentos Agrícolas não foi diferente. No início da década de 1990, o então estudante do curso Técnico em Eletrônica da SATC, Carlos Budny, começou a trabalhar em um projeto para minimizar os problemas dos agricultores em controlar a temperatura das estufas de fumo. Budny era filho de agricultores e conhecia de perto o problema, que ocasionava, não raro, perdas aos produtores. Foi então, em 1990, que a Budny iniciou suas atividades, na época lançando o controlador

eletrônico de temperatura em que o grande diferencial é o baixo custo e a fácil operacionalização. A este seguiram-se outros produtos e soluções para o mercado agrícola, sempre com foco no trabalho e no atendimento ao agricultor. Nestas duas décadas de atuação a empresa expandiu-se, marcando presença nos três estados do Sul - Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul - onde estão concentrados o maior número de propriedades com economia familiar. A sede da empresa fica na localidade de Linha Zilli, em Içara, com metalúrgica, departamento de engenharia eletrônica e mecânica, fundição e centro de usinagem.

www.acicri.com.br

| 59


Receitas para o empreendedorismo Cibele Córdova | CRICIÚMA Dois cenários se destacam no mercado do empreendedorismo brasileiro. O primeiro refere-se ao número de pessoas envolvidas em um negócio próprio ou na criação de um, totalizando 27 milhões de pessoas. Ou seja, o Brasil ocupa a terceira posição em números absolutos do ranking de 54 países analisados pelo Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM). Além disso, a mulher brasileira é uma das que mais empreende no mundo, sendo que dos países analisados atingiu a quarta maior TEA - Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial. A proporção nacional configura que 51% são homens e 49% mulheres. No município de Criciúma, Jerusa Dalmolin ressalta com muito orgulho que é a cabeça dos negócios da família. Depois de participar de um curso promovido pela Epagri, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar, substituiu a produção de gado leiteiro e a plantação de feijões por uma fábrica de biscoitos. Há cinco anos fundou Delícias do Campo,

60 | Liderança Empresarial

referência em produtos coloniais em todo o estado de Santa Catarina. “Sempre gostei de cozinhar, mas nunca havia pensado na possibilidade como uma profissão. Fiquei apaixonada com o curso de biscoitos e já voltei para casa com muitas ideias”, explica. A pesquisa do GEM destaca ainda que para cada empresa aberta porque o trabalhador teve a necessidade de investir em um negócio próprio, outras 2,24 são iniciadas devido à visão do empreendedor, que enxergou uma oportunidade no mercado. Visão, inclusive, é uma das principais características atribuídas àqueles que almejam sucesso, segundo a proprietária do Delícias do Campo. “O empreendedor deve ser uma pessoa que aposta, com muita coragem e enxergando sempre à frente. Nem todos possuem esse pique, pois é um processo diário, com muitos desafios e o mercado exige bastante. Mas, com certeza, me considero uma mulher empreendedora”, pontua Jerusa.

O Brasil ocupa a 3ª posição no ranking de 54 países analisados pelo GEM. Os dois primeiros colocados são China e EUA A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor é realizada anualmente, por meio de uma parceria entre o Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP)


DelĂ­cias que diferenciam DelĂ­cias do Campo – produtos Coloniais integra o quadro de cooperados da Nosso Fruto, uma cooperativa de agricultores familiares de CriciĂşma com oito anos de existĂŞncia no mercado agrĂ­cola. Atualmente, o negĂłcio de Jerusa conta com o trabalho de mais 11 colaboradores, durante cinco dias da semana e produção mensal de 15 mil pacotes de biscoitos e bolachas. SĂŁo onze tipos de receitas, produção que atende cerca de vinte municĂ­pios de Santa Catarina, alĂŠm de setenta pontos de venda, incluindo grandes redes de supermercados, padarias, unidades de menor porte e em parcerias com a Prefeitura Municipal de CriciĂşma e Companhia Nacional de Abastecimento - Conab. “Abrangemos desde a cidade de AraranguĂĄ, ao Sul, atĂŠ o municĂ­pio de Joinville que fica no norte do estado. Mas jĂĄ estamos analisando proposta de inserção tambĂŠm no mercado do ParanĂĄ para o prĂłximo anoâ€?, revela. Os biscoitos sĂŁo produzidos manualmente, o que para a empreendedora

de CriciĂşma indica diferenciação diante da concorrĂŞncia. A embalagem tambĂŠm atribui qualidade de apresentação ao produto. “O mercado possui diversas empresas que fabricam o mesmo tipo de alimento, entĂŁo deve-se procurar fazer algo que seja destaque. Procuro desenvolver receitas saborosas, com tĂŠcnicas cada vez mais adequadas Ă qualidade da saĂşde, como redução de gordura trans, por exemplo. AlĂŠm disso, envolvendo um trabalho artesanal na elaboração das embalagens, para que o cliente sinta o prazer de receber aquilo como se fosse um presenteâ€?. A escala de produção varia conforme cada receita, mas o rendimento chega a alcançar 300 pacotes de 200g em aproximadamente trĂŞs horas. Em resumo, sĂŁo necessĂĄrios trĂŞs momentos: preparo dos ingredientes, tempo de forno e embalagem. Em seguida, parte-se para questĂľes de logĂ­stica, como transporte, exposição e venda.

# Ă€s vĂŠsperas das comemoraçþes natalinas, Jerusa intensifica a rotina da equipe para atender a demanda. A partir de novembro e atĂŠ o final do mĂŞs de dezembro, o trabalho no DelĂ­cias do Campo acontece tambĂŠm aos sĂĄbados. “A bolacha decorada de Natal torna-se a campeĂŁ de vendas alavancando o faturamento, sendo que jĂĄ temos programado aumento da produção em 40%â€?. Para presentear amigos e familiares, Jerusa acrescenta o segmento de cestas

montadas como opção que sempre agrada. TambĂŠm elaboradas artesanalmente, elas variam de R$ 60 a R$ 200. “Comecei este negĂłcio apreensiva, pensando que eu teria que disputar com grandes indĂşstrias. Mas descobri que quando fazemos algo com carinho de modo diferenciado, nĂŁo existe disputa, e os grandes reconhecem tambĂŠm os pequenos. Para minha famĂ­lia, tudo isso se transformou em um desafio muito bom, com diversas conquistasâ€?, conclui.

Ă“rgĂŁos e instituiçþes com funcionamento no CamelĂłdromo

A Nosso Fruto possui 36 cooperados. De acordo com a presidente, Loiva Perdonå, a principal função da cooperativa Ê dar assistência aos agricultores na participação de projetos do governo federal e na realização das vendas, sem que o agricultor deixe de ser pessoa física e utilizando assim o CNPJ da Nosso Fruto.

www.acicri.com.br

| 61


Nas colunas anteriores sobre design, publicadas nas últimas edições desta revista, foi possível discutir um pouco sobre identidade visual, valor de marca e mídias digitais. Agregando a essa discussão, o presente tema abordará sobre o consumidor, peça chave do sucesso de qualquer empresa. Pesquisar, compartilhar, aprender e surpreender são palavras que nortearão este texto a fim de pontuar a importância do consumidor em todas as etapas que fazem relação com sua marca. por Diego Pivoesan Medeiros Coordenador do curso de Design Gráfico da Faculdade Satc diego.medeiros@portalsatc.com

Pesquisar: o conhecimento em primeiro lugar Para você, qual a importância do consumidor para o seu negócio? A resposta para essa pergunta pode ser simples e objetiva. Provavelmente você pensou em frases como “total importância” ou “o consumidor é o centro do meu negócio”. Que bom. Mas inicio com essa pergunta para apontar o quanto o consumidor está envolvido e para identificar o quanto ele se faz presente em toda gestão da sua marca. O Branding - ou gestão do design - busca identificar o público que sua marca irá atingir como primeiro passo. Para isso uma ferramenta é imprescindível: a

62 | Liderança Empresarial

pesquisa. É importante saber onde o público está, o que consome, o que pensa, o que procura. Hoje as ações de mercado são imediatistas, as pessoas possuem mais acesso a informação e com isso estão mais criteriosas quanto à escolha de marcas. Vejo marcas locais investindo porcentagens grandiosas em mídias muito abertas, mas não percebem que seu público se concentra em áreas distintas. Se você sabe onde seu público está, sabe onde investir. Se você sabe onde investir, sabe planejar e não terá problemas em sua comunicação. Pesquisas de mercado, pesquisas de grupo foco, pesquisas quantitativas e pesquisa em loco no ponto de venda são formas que podem lhe gerar um excelente material de informação. Lembre-se, nesses casos, quem possui informação, possui o poder.


Compartilhar: o consumidor como ferramenta de marketing A facilidade com as ferramentas online e o acesso a informação fizeram com que o consumidor se tornasse um gerador de conteúdo. Aproveite este gancho e conquiste seu consumidor para que ele também seja uma ferramenta de divulgação de sua marca. Consumidores satisfeitos compartilham satisfação, consumidores insatisfeitos multiplicam insatisfação. Dentro da gestão da marca, saber como e onde se posicionar é fator decisivo não só perante a seus concorrentes, mas para seus consumidores. Se sua empresa visa buscar novos mercados e públicos, mudar estratégias no ponto de venda, fazer um redesign na embalagem de seu produto podem ser tiros certeiros nessa mudança. Claro que, ligado ao primeiro ponto abordado, a pesquisa. Pense em estratégias que o torne gerador de conteúdo. Una o conteúdo de sua embalagem com algo interessante em seu site, uma ação na internet que mobilize seus consumidores e acima de tudo, evite spans, mensagens constantes e propagandas inesperadas. Além de odiar spans, o consumidor começará a ignorar sua marca e tudo que for ligado a ela. Equilíbrio e estratégia sempre.

Aprender: o consumidor como co-autor

Design participativo, co-autoria, co-criação, são termos muito presentes e atuais em alguns ramos da indústria hoje, como o setor calçadista, de eletrodomésticos, onde o consumidor participa ativamente no desenvolvimento de novos produtos, seja em fases iniciais ou até em fases finais ao longo do projeto. Dar a liberdade de participação no processo, seja ele na criação de um novo produto ou serviço, na validação, nas ideias e testes, é integrar ao projeto quem consumirá seu produto. Quando falo em produto penso

no tangível e intangível. Penso na sua marca como produto. Ações que aproximem seu consumidor da sua empresa, que estabeleçam um elo e que agreguem são importantes como fonte de pesquisa e amadurecimento de marca. Aqui se soma a pesquisa, para obter o conhecimento, o compartilhar com o consumidor e com isso o aprender junto a ele.

Surpreender: a inovação como meta

Estar sempre à frente da concorrência é meta prioritária para qualquer empresa. Mas estar sempre à frente do pensamento do consumidor é meta para sua empresa? O que quero dizer é que surpreender seu consumidor faz com que ele se apaixone ainda mais pelo seu produto ou serviço. Tornar a compra prazerosa, aliar datas comemorativas e lembranças como ação da empresa e prestar serviços sem que seja cobrado são pontos sempre positivos. A inovação deve estar na missão de qualquer empresa, e quando cito inovar, não estou falando em projetar coisas novas, produtos diferentes. A inovação está nas ações, está na estratégia, está na gestão e precisa estar no DNA da empresa. Muitas marcas são conhecidas por inovar sempre e o grande desafio está em aliar inovação com baixo custo. O alto investimento não é sinônimo de inovação. Muito já foi visto ligando iniciativas inovadoras ligadas a sustentabilidade, redesign e simples mudanças na gestão da empresa. Isso tudo pode surpreender e conectar ainda mais seus clientes a sua marca. Possivelmente esse texto deixou algo a ser discutido e muitas lacunas foram abertas, pois duas páginas são pequenas para tratar de um tema tão interessante e enriquecedor. Sugiro uma reflexão e, quem sabe, uma ação dentro da gestão da sua marca. Pense no pesquisar, compartilhar, aprender e surpreender e tente relacionar o quanto seu consumidor está no centro de seus produtos e serviços.

Consumidores satisfeitos compartilham satisfação, consumidores insatisfeitos multiplicam insatisfação.

diagramação: Laboratório de Orientação em Design

ilustração: Jan Raphael Reuter Braun

revisão: Cláudio José Toldo (SC0640JP)

www.acicri.com.br

| 63


Combustível sem impostos Feirão do imposto em Criciúma atraiuconsumidores com a venda de gasolina livre de tributos Paula Darós Darolt | Criciúma

Em forma de protesto e buscando a conscientização da população quanto a alta carga tributária, a Associação Jovens Empreendedores de Criciúma – AJE, em parceria com a Associação Empresarial de Criciúma – ACIC e Posto São Pedro realizaram mais uma edição do Feirão do Imposto. Outros 21 estados participaram do evento idealizado pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários – CONAJE. Pelo segundo ano consecutivo foi realizada a venda de gasolina sem imposto. O litro da gasolina foi comercializado a cerca de R$ 1,70 aos primeiros que chegaram ao Posto São Pedro, na Próspera. O primeiro da fila foi o funileiro artesanal, William Bittencourt, que estacionou o carro no posto próximo da meia noite anterior. “Cheguei aqui bem antes para garantir que teria meu carro abastecido. Fiquei sabendo do Feirão pelo jornal, mas parabenizo a AJE por um evento como este. A população deve ficar alerta da alta carga tributária”, comenta. Foram comercializados dois mil litros de combustível sem tributos, mostrando

o impacto da carga de impostos sobre produtos e serviços. A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes informa que em cada litro de gasolina, o consumidor paga quase 40% de impostos e no de diesel, 22%. “Este é apenas um exemplo do impacto tributário no dia a dia do brasileiro e a proposta do evento é mostrar esta situação”, observa o coordenador do Feirão em Criciúma, Rafael Antunes. Além da venda da gasolina sem impostos, membros da AJE também realizaram um trabalho de panfletagem, divulgando a porcentagem dos tributos em cada produto comercializado. “As pessoas não sabem qual a real porcentagem de imposto nos produtos. A população deve ficar alerta que todo o imposto arrecadado não está sendo revertido em saúde e educação como deveria”, revela Rafael. Foram limitados 20 litros do combustível por veículo e 10 litros para motocicleta. Neste ano, o resultado foi ainda mais satisfatório do que na última edição. “No ano passado já tivemos um bom resultado, mas

este ano, tivemos a procura de 100 carros a mais depois de termos esgotado as senhas para o abastecimento”, conta Antunes. Para o proprietário do Posto São Pedro, Paulo Roberto Benedet, apoiar um evento como este visa mostrar para a população que o preço da gasolina não é alto devido ao estabelecimento. “As pessoas só sabem que a carga de tributos é alta, mas não sabe quanto. Acham que a gasolina está cara porque o posto que encarece o produto. Com esta ação, percebemos no ato que a população não tem percepção dos tributos pagos”, relata o proprietário. Foram distribuídas 100 senhas para abastecimento e o último veículo da fila chegou por voltas das 7h da manhã. “No ano passado já vi que deu fila então me preparei neste ano, cheguei as 5h da manhã. É importante que outros órgãos também participem deste trabalho, mostrar para as pessoas que estamos pagando muitos impostos e que pelo menos deveríamos receber uma contrapartida disso”, lamenta o vigilante Bertoline Borges Alves.

Outras edições

Impo$tômetro

O feirão do imposto é realizado há nove anos em todo o país, e em Criciúma a ACIC e AJE realizam o evento há cinco anos. Nas três primeiras edições o feirão era realizado na Praça Nereu Ramos com abordagem da população e panfletagem. Conforme o consultor dos núcleos da ACIC, João José Camargo, a venda de um produto sem imposto gera mais resultado. “Nas edições anteriores não conseguíamos atingir um público tão grande como agora. A venda da gasolina chama muito a atenção”, revela. Para as próximas edições a AJE pretende conquistar o apoio de mais empresários. “Queremos conscientizar também os empresários que revendem seus produtos com uma alta carga tributária. Precisamos do apoio deles para tornar o evento com maior notoriedade”, finaliza Rafael Antunes.

De acordo com Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), até o último dia de 2012, os brasileiros deverão ter pagado R$ 1,6 trilhão em arrecadação tributária. No ano passado, a marca chegou aos R$ 1,512 trilhão. O impostômetro, painel eletrônico instalado no centro capital paulista que registra os impostos pagos aos governos em tempo real, registrou no dia 30 de agosto, R$ 1 trilhão em apenas 252 dias, marca alcançada 15 dias antes do ano anterior. Conforme as pesquisas, os brasileiros estão pagando R$ 4 bilhões de impostos por dia.

64 | Liderança Empresarial


Conceito e design para produtos % % † CriciĂşma Com o apoio institucional do Clube da Decoração e Arquitetura, CDA, uniĂŁo das empresas de Decoração e Design de CriciĂşma, e da prĂłpria ACIC – Associação Empresarial de CriciĂşma, a Unesc consolida o seu curso de Bacharelado em Design, com ĂŞnfase em projetos de produtos. O curso encerra o seu segundo semestre com o objetivo de formar profissionais para os diversos segmentos empresariais e industriais, e aprofundar os modernos conceitos do Design, com ĂŞnfase em projeto de produtos. Para o clube da Decoração Catarinense, o curso vai fortalecer e dar credibilidade ao mercado de design, divulgando novas tecnologias, tendĂŞncias e proporcionando maior qualificação profissional. O coordenador do curso, o arquiteto JoĂŁo Luis Rieth, explica que o curso tem foco no mercado e trabalha junto aos acadĂŞmicos uma forte capacitação para a ĂĄrea tecnolĂłgica, com aplicação seja na produção industrial ou artesanal, e ainda na formação de designers qualificados para a prestação de serviços. Os profissionais tambĂŠm trabalharĂŁo o impacto dos novos produtos no mercado e processo de produção, incluindo sistemas de simulação de produtos. O design de produtos estĂĄ associado Ă atividade de projeto e fabricação de bens, englobando um grande espectro de aplicaçþes e percepção de novas demandas de mercado. Possui interfaces importantes com vĂĄrias ĂĄreas de conhecimento que interferem horizontalmente nos sistemas produtivos e mercadolĂłgicos, como o

Forma de Ingresso: O ingresso serå semestral, por processo seletivo inicial: concurso vestibular, sistema SIM UNESC e outros. Número de Vagas Ofertadas por Período: 50 vagas anuais. Duração: 4 anos, incluindo TCC e estågio.

marketing, as engenharias, informåtica, ergonomia, medicina, o metal mecânico, mobiliårio, cerâmico, o de embalagens, de transportes, revestimentos, acessórios, produtos esportivos e de lazer, entre outras. Utiliza metodologias processuais, qualitativas e quantitativas de planejamento e projeto para a materialização de produtos. Quanto ao seu modo de atuação, deve ser preparado, acima de tudo, para ser um profissional capaz de estabelecer as interfaces entre as åreas que atuam diretamente sobre os sistemas tÊcnicos e a årea comercial da empresa. Hoje Ê consenso que o desenho industrial tem uma importância estratÊgica, pois alÊm de agregar valor estÊtico e funcional ao produto ou serviço, tambÊm desenvolve projetos que tornem o processo de produção viåvel e com um bom preço de venda, ou seja, ao desenhar uma nova cadeira que previna as dores nas costas o profissional tambÊm deverå estabelecer os materiais que tornem a produção e a comercialização mais produtiva e eficaz, atendendo o consumidor e o produtor, alÊm de cuidar da imagem dos

produtos que vĂŁo levar o nome da empresa. JoĂŁo Luis Rieth adianta que entre os projetos de futuro estĂĄ a criação do Centro de Design, dentro do curso, para implementação de projetos e difusĂŁo das atividades acadĂŞmicas junto Ă iniciativa privada. O Centro estarĂĄ sob a responsabilidade da coordenação do curso, devendo seguir as diretrizes da UNESC no que se refere ĂĄ pesquisa, extensĂŁo e captação de recursos. “Este Centro de Design UNESC poderĂĄ incorporar duas modalidades de experimentos didĂĄtico-pedagĂłgicos: escritĂłrio modelo e incubadora de empresas.â€?, conclui.

à reas de atuação O curso se estenderå aos setores do mobiliårio, metal mecânico, cerâmico, embalagens, transportes, revestimentos, acessórios, produtos esportivos, lazer, confecção, jóias, artefatos de qualquer natureza, artesanato, polímeros, softwares, traços culturais da sociedade, calçados e outras manifestaçþes regionais.


Que perfume tem a sua marca? Cibele Córdova | Içara Considere os cinco sentidos básicos que enviam ao cérebro as sensações e permitem a interação do corpo humano com o mundo exterior: visão, audição, paladar, tato e olfato. E que tal aliar esta última característica, o cheiro, com um mercado em expansão no Brasil, responsável pelo faturamento de mais de 15,4 bilhões de reais. Estes são os números da indústria de higiene e beleza durante o primeiro semestre de 2012, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Isso quer dizer que o país ocupa o terceiro lugar no ranking global, considerado, portanto, um dos mercados desse segmento que mais cresce. Em 2011, o faturamento no setor representou 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e a Abihpec calcula que essa participação deverá chegar a 2% da economia este ano. Mais que preocupado em satisfazer públicos femininos e masculinos, porém, os fabricantes de cosméticos estão aperfeiçoando um cenário em que o aroma vende. Para além, atuando nas emoções dos clientes e transformando o olfato em uma importante ferramenta do varejo.

Marketing Olfativo A partir do desenvolvimento de fragrâncias exclusivas, o Marketing Olfativo pode ser considerado uma estratégia de comunicação para aquecer as vendas e fidelizar clientes. Especialista no assunto, a OMNES Perfumes e Cosméticos está localizada em Içara, Santa Catarina, com produção especializada de essências para ambientes e produtos. Hotéis com alto índice de ocupação, supermercados, lavanderias industriais e transportes públicos estão entre os adeptos da ferramenta que pode tanto aromatizar o ambiente quanto neutralizar odores indesejáveis. A tecnologia utilizada pela OMNES garante ainda o consumo pela rede de vestuário da região, ao desenvolver perfumes exclusivos e aplicados diretamente nas peças de roupas, como o jeans, por exemplo. Segundo o representante da OMNES, Teodoro Zappelini, o marketing olfativo representa uma frente de negócios

66 | Liderança Empresarial

ainda pouco conhecida no Brasil, mas que deve ser vista como um braço do Marketing de Serviços para alavancar as vendas. “Trata-se de uma estratégia que agrega valor à marca, em que o cliente cria vínculo emocional atraído pela identidade olfativa do ambiente ou da roupa que está

comprando”, explica. O proprietário da OMNES, Andrés Pesserl, destaca que são desenvolvidas fragrâncias em um período de 30 a 60 dias, envolvendo pesquisa sobre faixa etária, de marca, hábitos, público que se pretende atingir e fabricação do produto. Após, são realizados testes com o cliente para aprovação. Ao término do processo, o empresário adquire a exclusividade da fragrância, porém não a fórmula, esta de domínio da própria OMNES. “É a customização de um aroma e a garantia de que não haverá o mesmo cheiro em outros locais. O segredo está na sutilidade, ou seja, no limite da percepção em que deve-se despertar o interesse de quem passa pelo recinto ou compra uma roupa. Com a fixação agradável por meio do olfato, é provável que esse mesmo cliente crie laços afetivos e de fidelização, destacando a marca em meio à concorrência”, ressalta Pesserl.


Uma empresa com sede em Içara

SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.

A OMNES Perfumes e Cosméticos surgiu em 2004, com alteração de controle acionário e de gestão em 2011. Com estrutura de apenas oito funcionários, excluindo-se a área comercial, hoje abrange os mercados de toda a região Sul, além de São Paulo e Goiânia. Possui mais de 50 variedades de produtos de higiene e de beleza para homens e mulheres, entre cremes para o corpo, hidratantes para cabelos, máscaras para a pele, cremes nutritivos, sabonetes para as mãos, antibactericidas, loções de barbear, entre outros. Destaca-se ainda, a linha Casa e Gourmet com sabonetes e sprays que sequestram das mãos ou da cozinha os odores como alho, peixe e cebola, em um processo de higienização. Considerando todos os produtos, são desenvolvidos cerca de 10 a 12 mil frascos por mês, prevendo-se um crescimento de 20% no segundo semestre de 2012, em

relação ao primeiro semestre. Pesserl explica que o Marketing Olfativo exige um trabalho intenso e progressivo em cada região, sendo que aproximadamente 30 clientes já adquiriram este tipo de produto. Pode aparentar simples, mas o processo envolve as etapas de compra da matéria-prima, que é importada, formação de lotes de validade, fabricação da receita, processamento com controle de temperatura e velocidade de agitação, por exemplo, descanso para estabilização, embalagem, rotulagem e expedição. Além disso, uma amostra pode conter até 18 composições diferentes com odores de

frutas, capim, ervas, madeira e flores, entre diversas outras referências. “Acompanhamos as tendências apresentadas em feiras e encontros temáticos, para um controle de qualidade de primeira linha e apresentação internacional de todos os nossos produtos. O Marketing Olfativo, porém, tornou-se nosso carro chefe, considerado um serviço que surpreende o cliente, incapaz de abrir mão da tecnologia depois que a conhece”, finaliza Pesserl.

Uma instituição financeira também. A sua vida financeira fica muito melhor com um parceiro que cresce com você e com a sua comunidade. O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa, com os produtos e serviços de um banco, mas com uma filosofia diferente. Ao invés de clientes, tem associados, que participam dos resultados e têm voz de decisão. Para nós, ninguém precisa perder para todo mundo ganhar. Ao contrário, gente que coopera cresce. Juntese a nós e venha viver bem a sua vida financeira.

$POUB DPSSFOUF t 1PVQBOÎB $SÏEJUP t $POTØSDJPT *OWFTUJNFOUPT t 4FHVSPT Cartão de Crédito

sicredi.com.br gentequecooperacresce.com.br


COD Brasil: exportação e integração digital Cibele Córdova| CRICIÚMA

Para atestar a origem de uma mercadoria frente ao mercado internacional e seus critérios de produção previamente estabelecidos, as empresas utilizam o Certificado de Origem. Trata-se de um documento que atende a diversos objetivos, entre eles, garantindo o acesso preferencial ao mercado dos países com os quais o Brasil mantém acordos comerciais, para as mercadorias aqui produzidas. Ou seja, entende-se que o Certificado de Origem representa um instrumento essencial para a competitividade do produto brasileiro frente à concorrência internacional, reduzindo ou isentando impostos de importação no país de destino. Desde 2011, porém, ficou estabelecido que as entidades brasileiras com interesse em emitir certificados de origem preferenciais possuam sistema informatizado. E para discutir os benefícios e impactos do Certificado de Origem Digital (COD Brasil), mais de 70 representantes de empresas catarinenses, prestadoras de serviço em comércio exterior, tradings, entidades públicas e acadêmicos estiveram reunidos em setembro, em Florianópolis, para o Seminário “Competitividade na Exportação por meio da Integração Digital”. Também estiveram presentes o embaixador

do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ruy Pereira; representante do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), Cibele Oldemburgo; representante da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), Roberto França; e representante da unidade de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ronnie Pimentel. De acordo com a coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias (FIESC), Tatiani Leal, é preciso destacar diversos aspectos resultantes do evento. Para ela, é fundamental que o Brasil permaneça exercendo seu papel de liderança para a integração regional da América Latina, e, para isto, deve tomar a frente na implementação e disseminação da Certificação de Origem Digital. “Vale notar que, hoje, países como Chile, Colômbia, Equador e México já são percussores na troca de Certificados de Origem Digitais. Também é recomendável que as empresas que emitem certificados de origem nas suas exportações iniciem a utilização do Sistema COD Brasil o quanto antes, para que possam ajustar seus processos internos e estejam preparadas com antecedência, além de desfrutar desde agora de toda a segurança e agilidade oferecida pela ferramenta on-line”.

O que é COD Brasil? Certificado de Origem Digital Versão eletrônica do Certificado de Origem atualmente utilizado (impresso) Versão padronizada pela Aladi para sua utilização nos diversos acordos comerciais Versão digitalmente assinada pelo exportador e por Funcionário Habilitado Versão com garantia da autenticidade, autoria e integridade do documento

Vantagens do sistema eletrônico As empresas exportadoras que utilizam o Sistema COD Brasil para emissão de certificados de origem têm acesso a uma série de vantagens. O sistema gera um banco de dados que facilita o preenchimento da documentação de maneira rápida e segura em relação à emissão tradicional no papel. “Por possuir uma inteligência baseada nos acordos comerciais, reduz em cerca de 90% os principais erros

68 | Liderança Empresarial

cometidos na elaboração destes documentos, evitando prejuízos para as empresas. Com a implementação da assinatura digital, as vantagens serão ainda maiores. Os certificados de origem serão disponibilizados eletronicamente para as Aduanas dos países de destino da exportação, que com máxima segurança e rapidez poderão desembaraçar a mercadoria”, explica Tatiani. A coordenadora da CIN enfatiza

ainda a importância estratégica da certificação de origem digital para facilitar o comércio intrabloco, de maneira mais ágil e eficaz, além do comprometimento e do esforço dos órgãos interessados. “Tais quais, Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Desenvolvimento, Aladi, CNI e FIESC para a implantação, de fato, da assinatura digital no Brasil e, consequentemente, nos demais países da Aladi”.


CenĂĄrio catarinense

As empresas que ainda nĂŁo aderiram ao Sistema COD Brasil devem realizar o cadastro ! !

“Competitividade na Exportação por meio da Integração Digitalâ€?, realizado em FlorianĂłpolis

Benefícios de Utilização Fonte: MinistÊrio do Desenvolvimento, Indústria e ComÊrcio Exterior

GERAIS Redução de custos operacionais pela facilidade de comunicação, com uso sistemas de informåtica, entre exportadores, aduanas e entidades emissoras e maior segurança quanto à integridade do COD.

A FIESC jĂĄ emite certificados de origem preferencialmente por meio do Sistema COD Brasil e diversas empresas catarinenses sĂŁo usuĂĄrias deste sistema, assim como empresas de outros estados, por meio das respectivas Federaçþes de IndĂşstria. O Sistema COD Brasil tem abrangĂŞncia nacional e ĂŠ gerenciado pela Confederação Nacional da IndĂşstria (CNI). A Associação Empresarial de CriciĂşma (ACIC) participa das emissĂľes de certificados de origem para exportação por meio da conferĂŞncia dos documentos necessĂĄrios, assinatura e no cadastramento destes documentos no sistema Fiesc. De acordo com a gerente do setor Financeiro da ACIC, Solange Zanette Peruchi, o COD ĂŠ utilizado por algumas empresas da regiĂŁo desde janeiro de 2011, sendo que outras ainda estĂŁo implementando o sistema. “Para poder utilizĂĄ-lo a empresa precisa cadastrar algumas informaçþes. Foi estipulado que atĂŠ o dia 31 de dezembro deste ano todas as empresas estejam cadastradas, sendo que apĂłs esta data a ACIC farĂĄ as emissĂľes somente atravĂŠs do CODâ€?, explica. Solange acrescenta que sĂŁo diversos os benefĂ­cios para as empresas participantes. “AlĂŠm de mais agilidade e segurança, a empresa que for sĂłcia de algum Sindicato Patronal de IndĂşstria garante um desconto especial nas emissĂľes. SerĂĄ bem mais fĂĄcil tanto para o empresĂĄrio quanto para a ACIC, pois o certificado estarĂĄ livre de errosâ€?, conclui.

PARA O EXPORTADOR E IMPORTADOR Redução de tempo de duração do trâmite comercial como um

PARA AS ENTIDADES EMISSORAS

todo;

Redução substancial no custo de armazenamento da

Eliminação do custo de mobilização atÊ as entidades para a

informação;

apresentação de documentos e retirada do COD;

Otimização do tempo de anålise e emissão dos Certificados

Redução de anålises subjetivas;

de Origem;

Diminuição de custos no envio do COD ao importador;

Maior eficiĂŞncia no processo de emissĂŁo com resultados no

Maior segurança no processo de solicitação de benefícios

aumento da qualidade do serviço prestado ao exportador e

tarifĂĄrios.

no atendimento às solicitaçþes do DEINT. www.acicri.com.br

| 69


Obras estruturantes para um Sul competitivo Milena Nandi| CRICIÚMA Duplicação da BR-101, aeroporto Regional Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, Anel Viário e Via Rápida são algumas das obras estruturantes para o Sul de Santa Catarina, reivindicadas e acompanhadas pelas lideranças empresariais da região. Com uma infraestrutura considerada não ideal para atrair novos investimentos e garantir a permanência de empreendimentos, o Sul do Estado em obras como as citadas acima, a esperança é de que a região, reconhecida pelo empreendedorismo de sua gente, volte a entrar no páreo, concorrendo de igual, com outras regiões catarinenses. Uma das obras mais esperadas, e a mais antiga em curso, é a duplicação do trecho Sul da BR-101. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), estão concluídos 220 quilômetros da obra – o que corresponde a 92% do total – com169 quilômetros de ruas laterais, 127 viadutos e pontes, além do Túnel do Morro dAgudo, no município de Paulo Lopes. No total, foram aplicados até agora na

duplicação, R$ 1,79 bilhões, dos R$ 1,99 bilhões previstos. As obras de duplicação da BR-101 estão divididas em duas fases. A primeira refere-se as obras contratadas de pavimentação, que iniciam em Palhoça e seguem até a divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, somando 238,5 quilômetros de extensão. No trecho, dois lotes ainda não foram concluídos: o 25 (de Laguna a Capivari de Baixo, e o que mais causa problemas de congestionamento) e o lote 29 (de Araranguá a Sombrio). Segundo o Dnit, a previsão é que ainda este ano seja concluída parte do pavimento do local. Os demais trechos estão com a pista duplicada concluída, seguindo trabalhos complementares em Palhoça e Tubarão. Já a segunda fase das obras diz respeito aos segmentos que tiveram elaboração de projetos em momentos distintos, em função de questões socioambientais individuais, como os túneis do Morro dos Cavalos, em Palhoça, o Morro do Formigão, em Tubarão e a ponte de Cabeçuda, em Laguna.

Transposição da Lagoa de Cabeçuda A construção da ponte para transposição da Lagoa de Cabeçuda está em andamento, assim como os serviços de dragagem do canal de serviço (que permitirá a circulação de materiais e equipamento para construção dos pilares), montagem de canteiro de obras (que irá abrigar aproximadamente 1.500 operários durante o pico da obra) e salvamento arqueológico. A ordem de serviço foi assinada em maio deste ano com a presença da presidenta Dilma Rousseff. A ponte terá 2.815 metros de extensão, sendo investidos R$ 597 milhões. Já estão aplicados aproximadamente R$ 38 milhões. O prazo de execução contratual é de 1.080 dias.

Túneis Morro dos Cavalos

Túnel do Formigão

O projeto básico de engenharia dos túneis e sistema viário complementar nos segmentos da travessia do Morro dos Cavalos está concluído e aguarda aprovação dos estudos ambientais para incorporação de subprogramas relativos ao projeto. Conforme o Dnit, a licitação e a contratação da obra só serão encaminhadas após a conclusão do Projeto Executivo – que depende do Licenciamento Ambiental. Em maio deste ano, uma audiência pública foi realizada em Palhoça, para apresentar o projeto e estudos ambientais para a população. O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) está em análise no Ibama.

Para a transposição do Morro do Formigão está projetado um túnel. Segundo o Dnit, um novo edital de licitação em Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para a obra, publicado em novembro deste ano. O RDC tem por objetivos ampliar a eficiência nas contratações, a competitividade entre os licitantes, promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios, incentivar a inovação tecnológica, assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública. Nesta contratação, a definição do vencedor se dará pelo critério de julgamento pelo menor preço, a ser apurado na primeira sessão pública, onde os licitantes apresentarão suas propostas e suas ofertas por meio de lances públicos e sucessivamente decrescentes, invertendo a sequência rígida da Lei 8.666/93. Os licitantes terão acesso aos projetos básico e executivo da obra, mas não haverá a disponibilização do orçamento detalhado da obra, que será de livre acesso apenas aos órgãos de controle.

70 | Liderança Empresarial


Governo assume administração do Porto O Governo de Santa Catarina passa a administrar seu segundo porto a partir da metade do mês de dezembro. Em Brasília, o governador Raimundo Colombo se reuniu com o ministro de Portos, Leônidas Cristino, na Secretaria Especial de Portos, para a assinatura do convênio de delegação do Porto de Imbituba pela União para o Estado. O convênio tem duração inicial de dois anos, enquanto o Estado aguarda a publicação de um marco regulatório para o setor. “É um momento de virada para o Sul. Queremos levar para o município e à região o mesmo desenvolvimento observado em Itajaí com o porto municipal”, disse o governador. Na prática, a máquina estadual passa a ter o controle de um dos portos com maior potencial de crescimento e com uma das melhores condições naturais do país. E essa gestão será realizada pela SC Participações e Parcerias - SC Par. O convênio da gestora atual, a Companhia Docas de Imbituba, foi formalizado em 1942 e se encerra no dia 15

de novembro. A nova estrutura se soma ao Porto de São Francisco, que já é administrado pelo Governo e teve seu período prorrogado por um ano. O convênio atual venceria no dia 30 de novembro. “Agora temos dois braços para fomentar o desenvolvimento de Santa Catarina. No Estado são cinco portos, em uma concorrência importante e saudável entre privados, municipais e estaduais”, explicou Colombo. O porto foi administrado durante 70 anos pela Companhia Docas de Imbituba. Era, portanto, o único porto público do país administrado por uma empresa privada. Como concessionária e na qualidade de Autoridade Portuária, a Companhia Docas de Imbituba tinha como funções principais, gerenciar e fiscalizar todas as atividades e operações portuárias, funções que passam agora a ser responsabilidade do Estado,

Integrar os equipamentos históricos do Porto em um espaço amplo no Canto da Praia da Vila é a proposta para resgatar a relação Porto x Cidade. Segundo Pamato, o acesso seria livre para moradores e turistas da área urbanizada. Elementos históricos de referência serão incluídos como os prédios do Escritório Central e da antiga Cooperativa e ainda a capela de São Pedro da Praia, que necessitaria ser realocada. “Também há a possibilidade de construirmos um grande espaço na orla, com área contemplativa para as ilhas Santana de Dentro e Santana de Fora, aumentarmos a integração e a utilização das trilhas do Morro do Farol e um grande espaço para realização de eventos, criando mais um parque para Imbituba”, conta.

Movimentação

exercidas por meio da SC Parcerias. (Informações Thiago Santaella, Secretaria de Estado de Comunicação)

Momento de expansão Há anos o Porto de Imbituba não vivia um período tão próspero. Em agosto deste ano, teve a movimentação recorde dos últimos 23 anos, com 280.638 toneladas, abaixo apenas do registrado durante o final dos anos 80, quando a atividade carbonífera no Sul de Santa Catarina estava em pleno vapor. Aliado ao crescimento no fluxo de serviços há uma série de projetos em curso ou planejados, dentro do movimento de revitalização do Porto, iniciado há alguns anos. Entre as obras já realizadas, está a ampliação dos cais 1 e 2, realizada pela Santos Brasil, empresa arrendatária dos Terminais de Contêineres do Porto de Imbituba, e dois portêineres, com capacidade de atender as maiores embarcações do mundo. Segundo Jeziel Pamato, administrador do Porto de Imbituba, também há investimentos em obras para que o Porto se adeque às exigências legais em relação ao novo desenho do recinto alfandegado. “Com as alterações, a segurança do Porto irá melhorar a infraestrutura dos escritórios das autoridades federais intervenientes. Até o final do ano, todas elas devem estar em pleno funcionamento em suas novas

Aprofundamento da relação com a cidade

locações”, afirma. Já no quesito projetos, um dos mais aguardados é a dragagem do Porto – obra prevista no PAC 2 e em fase de licitação – que irá ampliar a capacidade operacional do Porto. “Com a dragagem teremos capacidade para movimentar 10 milhões de toneladas de cargas e 970 mil TEUs (unidade de medida para contêineres de 20 pés). Estamos nos preparando para que em cinco anos nossa movimentação esteja em 700 mil TEUs por ano, podendo chegar a 25 milhões de toneladas por ano”, explica. E ainda para este ano, um sistema de reconhecimento automático de veículos – através do escaneamento das placas nas portarias – deve ser implantado no Porto. Para Pamato, as obras contribuirão substancialmente para a melhoria do atendimento e segurança do Porto. “Tudo o que estamos investindo é para nos adequarmos melhor às normas, protegermos nossa área alfandegada e contribuir para o crescimento do Porto. Nossas ações nos preparam da melhor maneira possível para o grande fluxo diário que está prestes a se consolidar”, afirma.

Em agosto de 2012 a movimentação do Porto de Imbituba foi a maior dos últimos 23 anos e 9 meses, com 280.638 toneladas. O recorde anterior foi de 318.476 toneladas em novembro de 1988, quando o Porto vivia o auge da movimentação do carvão, chegando a quase 3 milhões de toneladas anuais. No mês de agosto foram 22 navios atracados, sendo 19 de longo curso (navegação entre portos internacionais) e três de cabotagem (navegação na costa brasileira). As cargas mais movimentadas foram o coque de petróleo (108.874 toneladas) e o sal (59.510 toneladas), ambos na importação de longo curso. A média mensal de 2012 está em 177.316 toneladas, totalizando 1.418.526 toneladas que passaram pelo Porto, em 105 navios, até agosto. Segundo Pamato, o recorde é uma prova do potencial do Porto. “A tendência de crescimento está se consolidando. O terminal de Conteineres já conta com três linhas de navegação e, com o trabalho comercial desenvolvido pelo Terminal, em breve poderemos ter mais serviços com novos destinos para importação e exportação da produção de mercadorias do Sul do Brasil”, comenta o administrador do Porto. “Entendemos que o nosso Porto está efetivamente preparado para oferecer à cadeia produtiva as melhores condições logísticas e custos altamente competitivos para o enfrentamento da atual crise mundial”, complementa. www.acicri.com.br

| 71


Ibrahim Georges Cecyn Moussa Pedagogo, Terapeuta Ocupacional e " # $ % & ' # da Aprendizagem e Neurociências pelo CENSUPEG (Centro Sul-Brasileiro de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação); Mestre em Psicologia pela UFPR. Doutorando em Educação pela UNIMEP - SP. ibramoussa2000@yahoo.com.br

O aluno problema Pela vivĂŞncia como psicoterapeuta e educador fez-me ordenar um conjunto de ideias correlacionadas com o cotidiano escolar baseadas na trĂ­ade famĂ­lia/educando/ educador e sua dinâmica frente a produção cognitiva e comportamental. NĂŁo hĂĄ como negar Ă influĂŞncia simbiĂłtica nesta relação desencadeada e mantida pela autorização/ ortogação da responsabilidade psicoafetiva educacional (?) dos pais frente ao educador, sendo frutos desta ligação a admiração e ventilação afetiva bem como, angĂşstia, raiva, agressividade e inibiçþes. As projeçþes agressivas sĂŁo direcionadas para as relaçþes interpessoais fazendo da instituição escolar um alvo constante de conflitos psĂ­quicos e, ao mesmo tempo, um amortizador ansiogĂŞnico neurĂłtico de natureza compensatĂłria e como bem fala C.G.Jung toda compensação resulta em perdas e como consequĂŞncias agravamento de seu comportamento desajustado. Por ironia ou caos ĂŠ o educando o primeiro e Ăşnico a sofrer puniçþes, sançþes e transgressĂľes pedagĂłgicas do corpo funcional da instituição tornando-o inconscientemente uma personae non gratae frente sociedade, famĂ­lia e escola; como resposta obtemos um agravamento de seus aspectos psico sĂłcio afetivos. O “aluno problemaâ€? apĂłs todos os procedimentos convencionais Ibidem adotados pela escola ĂŠ solicitado o comparecimento dos responsĂĄveis (?) em prol a uma solução. Certa vez realizei uma analise gestaltica frente a uma fĂĄbula... um certo dia o filĂłsofo coelho viu-se intrincado

72 | Liderança Empresarial

a saber das razĂľes dos eternos conflitos entre os lobos e seu povo e decidiu procurar o governador lobo para uma conversa informal; chegando na cidade foi prontamente recebido no salĂŁo oval. Ficaram cerca de trĂŞs horas dialogando; o Exmo.Lobo afirmava que devido a globalização, crises cambiais, mĂ­dias interativas, guerras e catĂĄstrofes nĂŁo se justificaria mais as desavenças darwinistas entre lobos e coelhos e que todas as perseguiçþes e caças nĂŁo passava de mitos populares preconizados pelos ascendentes Leporidaes.Resolveram fazer uma grande festa para selar a confraternização entre os dois povos...o prato principal foi coelho a parmegiana. M. Klein em 1942 afirmava que ĂŠ inoperante toda a tentativa de adaptação do comportamento e superação de conflitos quando o binĂ´mio pais-filhos se encontram em processos operacionais defensivos sublimatĂłrios ou seja, deve haver no primeiro momento a acareação afetiva do nĂşcleo familiar para depois atender as condiçþes psicopedagĂłgicas. A criança atualmente tornou-se um alvo projetivo de conflitos, angĂşstias e puniçþes dos pais, religiĂľes, mĂ­dias e polĂ­tica. Sob as ĂŠgides “jovens do futuroâ€? empregase uma sĂŠrie de cobranças desprovidas, castraçþes e puniçþes enquanto que a afetividade, compreensĂŁo e diĂĄlogo ficam a cargo da orientação educacional, professores, psicĂłlogos em primeiro momento e posteriormente da Xuxa, Mc Donald’s, malhação, BBB, roupas e tĂŞnis de grife, internet e shopping centers.



Joice Quadros joicedequadros@hotmail.com

Mercado.Sul “Nós queremos uma ACIC na liderança da busca de informações” Ao chegar ao final de 2012, o empresário presidente da ACIC, Olvacir Fontana, analisa que este foi “um ano atípico”. Olhando para frente, diz que tem boas expectativas para 2013, que será “um grande ano para a ACIC” e espera ver a entidade transformada em um grande centro de negócios.

isto refletiu na economia mundial que andou meio em compasso de espera. Como o senhor vê a Europa para 2013? Como a Europa chegou “ao fundo do poço”, a tendência agora é que retome seus rumos e se estabilize, levando sua economia ao crescimento, mesmo que seja pouco. Não acredito que o caos deste ano se repita na Europa. E a China? A China, como não teve grande crescimento nas exportações, até em função da crise no mercado europeu, está se voltando mais para o seu mercado interno.

O senhor define 2012 como um ano atípico. Que razões levaram o senhor a esta conclusão? Foi um ano diferente, onde se notou na Europa uma grande retração no PIB, a China não alcançou o crescimento desejado e os Estados Unidos passaram o ano se recompondo para tentar alinhar sua economia. Ainda na China e nos Estados Unidos os processos políticos para escolha de novos mandatários, tudo

A mudança no comando político da China vai mudar muito o quadro econômico? Na China, está entrando uma nova geração de gestores. Lá as mudanças ocorrem por gerações e esta que está assumindo está sinalizando que vai ser voltada para o consumo interno. A renda per capita chinesa é muito baixa e esta nova geração via querer melhorar a renda interna. Como o Mundo viu estas mudanças? O mundo viu em compasso de espera. Como as turbulências estão se acalmando, os empreendedores de novo começam a

acreditar no desenvolvimento. E o empreendedor brasileiro? Acredita que o Brasil vai crescer 4% em 2013 como diz o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel ? Nós acreditamos que vamos crescer em 2013. Não 4% como diz o Ministro, mas vamos chegar perto disto porque estamos vendo os investimentos em infraestrutura, temos os jogos da Copa do Mundo, financiamentos para a construção civil, que mexem com o país. Já se nota uma melhoria no humor do consumo, da produção e do povo brasileiro. E 2013 para a ACIC? Será um grande ano para a ACIC. Nesta gestão de quatro anos a ACIC vai dobrar sua estrutura física e vai se tornar a “biblioteca” do empresário. Uma biblioteca? Os livros vivos são os fatos reais e cada empresário é um livro vivo. Nosso conceito de “biblioteca” é para a ACIC se tornar um centro onde os empresários vão se reunir para discutir problemas e ideias, opinando, discordando e debatendo. É um conceito de multiplicação de ideias e para tanto vamos promover muitos seminários e palestras. Isto é bem mais que uma bibliotea. Nós queremos uma ACIC na liderança da busca de informações.

Feiras&Feiras

O Futuro da Indústria

O Sindicato das Indústrias do Vestuário de Criciúma e Região, Sindivest, formalizou seu apoio à realização da Fenafashion, feira que reunirá em Criciúma, de 23 a 29 de julho de 2013, a cadeia de fornecedores da indústria da moda. “Este evento deve fortalecer nosso setor e por isto conta com o apoio da entidade”, afirma Roberto Benedet, presidente do Sindivest.

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), preocupada em analisar o futuro da indústria catarinense e identificar setores de atividade e áreas estratégicas de desenvolvimento, iniciou um processo de reflexão por meio do Projeto Setores Portadores de Futuro para a Indústria Catarinense. Em Criciúma, o Painel de Especialistas da Messoregião Sul foi realizada dia 28 de novembro.

74 | Liderança Empresarial


www.acicri.com.br | vilma@acicri.com.br | (48) 3461-0903 Rua Eernesto Bianchini G贸es, 91 - Pr贸spera - Cxa Postal 73 - CEP 88815-030 - Crici煤ma - SC


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.