Vilas Magazine | Ed 193 | Fevereiro de 2015 | 32 mil exemplares

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CLUBE PEDE À ODEBRECHT PARA ALIENAR 40% DA ÁREA

VIA METROPOLITANA GOVERNO AVALIA PROPOSTA DE RECUAR PEDÁGIO DA BA-099


Nossa estrela-guia

Desde o dia 26 de janeiro, brilha no universo a intensa luz de uma estrela de enorme magnitude. Tão forte e tão intensa, que certamente vai continuar iluminando os caminhos de todos que tivemos o privilégio de conviver com ela na sua passagem por aqui, tão carinhosamente percebido na mensagem enviada por um de seus sobrinhos, um querido sobrinho, um dos tantos que não puderam chegar à tempo para dela se despedir. “Queridos primos-irmãos Brittos Gazineo. Amanheci hoje com a notícia, angustiosamente esperada, que minha tia Lucilia foi descansar dessa maravilhosa vida. Como uma vela que se apagou lentamente, uma vela que irradiou luz em todos os seus 97anos. Foi a irmã mais hippie, mais de vanguarda de todos. Sempre esteve à frente de seu tempo. Muitos momentos difíceis em sua vida, em especial a morte de sua filha Leda, que até hoje vive em nossa memória, foram capazes de desviar seus caminhos, de iluminar quem sempre esteve ao seu lado. Para mim, a gratidão eterna. As lembranças do quintal da casa do bairro de Nazaré. Depois, da rua Castro Neves 88, do acolhimento nos jogos do Bahia, aos quais Russo nunca negava a possibilidade de levar o primo ‘pentelho e pequeno’. E claro, o inesquecível macarrão com bolas. Tão inesquecível, que relembro um fato que se passou comigo e minha querida tia Lucília: um dos meus piores momentos da vida, já separado, longe de Joana, morava sozinho e chegando n em casa, super triste, me lembrei do paladar desse meu prato preferido. Juro que é verdade: quando cheguei em casa, lá estava uma encomenda que minha tia Lucilia, que há muito não via, tinha me mandado: macarrão com bolas. Um milagre. Até hoje tento entender e acho que ela, como uma santa protetora, estava de longe cuidando de mim. E naquele momento difícil, ela promoveu minha felicidade e o resgate do que importa: o AMOR. Agora enquanto escrevo, choro. Choro de felicidade por ter primos tão queridos: Aninha, lá em casa, o quanto ríamos; Tânia, sua liderança e sorriso nos Caabritos; Rosa, uma querida amada sempre; Helinho e sua paz; Carlinhos e sua voz; Lula, seu som e a nossa vila de Igatu, na Chapada Diamantina; Russo, meu eterno Russo e nosso time Baêêêaaaaa; Ledinha e a memória da prima primogênita, de nossa terceira geração. E mais, Accioli com quem descobri o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, e a fé em “Nazarezinha”, sem nem mesmo ele saber, fora que parece que já nasceu Britto; Domingos, que herdou o preparo do nosso macarrão com bolas e o sorriso de minha tia. Enfim, todos os netos de Lucilia, lindos, genros e noras. Escrevo do Rio, de onde recebi a notícia, vindo de São Paulo e de onde não consigo voo para chegar a tempo ao seputalmento. Choro aqui na sala de espera de um trabalho, rio e agradeço tudo que tia Lucilia fez por mim, por minha mãe Zena, da qual Zainha era sua outra mãe. Minha mãe sempre lembrava: “de todas nós, Zainha é a melhor e mais bem resolvida na vida”. Fora que minha tia nos proporcionou irmãos-primos, que mesmo à distância, formamos de fato e por amor uma GRANDE FAMÍLIA. Agora, mais arrasado do que nunca, não fui ao último Caabrito, chego a conclusão que elas, nossas amadas Brittos, filhas de Anisio e Maroca, não são eternas. Perdi a oportunidade do beijo. Vai-se a atual matriarca, ficam as caçulas Zena, Aurilia, Edilia e Hercilia. Gostaria de, conforme prometi, fazer o próximo Caabrito, o mais rápido possível, e que possamos celebrar o encontro, a vida, o amor que elas nos deram, e a nós, a missão de transmitir aos nossos filhos, e juntos saborearmos macarrão com bolas. Com carinho, com amor, do primo Maurício, que junto de Cris, minha amada mulher e meus filhos, sabem de tudo que vivi com tia Lucilia e meus primos-irmãos”.

Lucilia Britto Gazineo 22/8/1917 26/1/2015


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EDITORIAL

Cobrança à vista O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) lembrou ao prefeito Márcio Paiva (PP) a existên­ cia de uma dívida de mais de R$ 1 milhão acumulada por diversos gestores púbicos de Lauro de Freitas, na prefeitura e na Câmara Municipal relativa a multas e ressarcimentos impostos. De acordo com parecer do TCM datado de dezembro último, a prefeitura já teria apresen­ tado comprovação de “providências adotadas na cobrança das pendências”, mas o fato é que a dívida permanece por pagar. O tribunal lembra que a cobrança, inclusive judicial, dos débitos impostos pelo TCM, constitui obrigação do prefeito – e que as multas têm que ser cobradas antes de vencido o prazo prescricional. Caso ocorra a prescrição, o não ressarcimento do pre­ juízo ao município resultaria em “ato de improbidade administrativa” do gestor de plantão. Das contas da prefeitura de 2013, primeiro ano da gestão do próprio Márcio Paiva, já resultaram mais de R$ 200 mil a ressarcir aos cofres públicos, relativos a despesas com publicidade em processo “desacompanhado de elementos que viabilizem a constatação da efetiva divulgação da mensagem”. É sempre possível que tais elementos ainda venham a ser apresentados, claro. O TCM questiona ainda a origem e a prestação de contas referente a mais de R$ 400 mil repassados em 2013 à Associação Central das Multiusinas (ACMU), de Itinga. O dinheiro teria vindo de um convênio firmado com a União Europeia cujo “termo de financiamento” não teria sido ainda apresentado. A entidade, criada em 2008, mantém página na internet em que apresenta seu trabalho, incluindo, pelo menos até o fechamento desta edição da Vilas Magazine, o seu balanço patrimonial, também de 2013, encerrado em pouco mais de R$ 120 mil. Está tudo muito transparente no site http://www.acmu.org.br. Resta cobrar a velha dívida acumulada pelos gestores públicos municipais. Antes que prescreva.

Rotas alternativas Transitar por Lauro de Freitas nem sempre depende de percorrer a Luiz Tarquínio, a avenida Fortaleza, a Gerino de Souza Filho ou a Estrada do Coco. Chegamos a um ponto, a um tal nó, que as rotas alternativas passaram a ser pre­ ferenciais (veja o mapa à página 17). Falta apenas oficializá-las como tal, sinalizar essas rotas e adequar este ou aquele trecho a um tráfego mais intenso. É o caso, por exemplo, da rua Jardim Ipanema, em Pitangueiras, descoberta como acesso à segunda portaria de Vilas do Atlântico quan­ do a mão única na Luiz Tarquínio foi tentada. Estreita e estritamente residencial, a via pede maior atenção. É o caso também da rua Priscila Dutra, acesso preferencial à terceira portaria e ao Miragem. Faz anos Carlos Accioli Ramos que aquele asfalto não merece o nome. Diretor-editor

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Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela PwC - PricewaterhouseCoopers 6 | Vilas Magazine | Fevereiro de 2015

FILIADO

produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­to­ri­al fornecido pela Agência Fo­ lhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­­gazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.

Associação Nacional de Editores de Revistas


Registros & Notas Presidente do Conselho e Diretoria do Sebrae Bahia tomam posse

A nova diretoria do Sebrae Bahia e o novo presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) da instituição, Antônio Ricardo Alvarez Alban, foram empossados dia 12 de janeiro, em solenidade no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). A diretoria, eleita em 17 de novembro, durante reunião do CDE, é formada pelo executivo de estratégia do Senai/ Cimatec, Adhvan Furtado, que assume o cargo de superintendente, e pelos diretores Lauro Ramos e Franklin Santos. Presidente do Conselho do Sebrae Bahia para o período 2015/2018 e atual presidente da Federação das Indústrias do Estado do Bahia - FIEB, An­ tônio Ricardo Alban destaca que o foco da sua gestão será a interiorização da pequena indústria para favorecer o desenvolvimento econômico do estado.

Reserva Ecoville promove 10ª Lavagem Aconteceu em 24 de janero a 10ª edição da Lavagem do Condomínio Reserva Ecoville. Comandada pelos empresários Gil­ mara Lima e Vilquir Veloso, moradores do condomínio, o evento reuniu aproximadamente mil pessoas, entre moradores e convidados, e teve como atrações a banda É o Tchan e a cantora Gilmelândia, além de contar com o apoio e patrocínio de diversas empresas que atuam na região.

Grand Palladium Imbassaí ganha prêmio internacional Localizado em Imbassaí, o Grand Palladium Imbassaí, pertencente a rede espanhola Palladium Hotel Group, conquistou o prêmio internacional Earth Check, uma das principais certificações ambientais do mundo. O resort, que completa cinco anos em 2015, adota desde sua inauguração diversas práticas de engajamento com o turismo sustentável, com destaque para a baixa luminosidade para não atrapalhar a desova das tartarugas marinhas, economia de água nas torneiras, sensores de presença para economia de energia, lâmpadas de baixo consumo nos apartamentos e áreas comuns, produtos de limpeza biodegradáveis e coleta seletiva, entre outras que contribuam para a redução de impactos negativos da ope­ ração no ecossistema do entorno. Além disso, é mantenedor do Instituto Imbassaí, fundado para integrar e o empreendimento e a comunidade e promover a capacitação da mão de obra local, entre outros projetos. Luis Fráguas, diretor geral do hotel, destaca que o processo para alcançar a certificação con­ tou com o envolvimento de toda a equipe. “Os colaboradores de todas as áreas se empenharam para tornar essa certificação uma realidade. É uma conquista importante, pois reafirma nosso compromisso com a sustentabilidade em hotela­ ria e traz benefícios aos hóspedes e, claro, para a comunidade do entorno”. A certificação Earth Check, criada em 1994, tem como base a Agenda 21 da ONU – Organi­ zação das Nações Unidas – que avalia o desem­ penho ambiental e o sistema de gerenciamento do ambiente para otimizar a aplicação da política de desenvolvimento sustentável em cada hotel. estipulados pelo Earth Check. Após, o hotel passa por uma auditoria externa e independente para concluir o processo.

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CENA DA CIDADE

O secretário municipal de Trânsito, Transporte e Ordem Pública, Moyses Mustar, pessoalmente remove obstáculo no acesso da Estrada do Coco à av. Dois de Julho, reaberto no mês passado. A via passa a funcionar em mão dupla, facilitando o acesso ao Centro e toda a orla da cidade

p VAI BEM

q VAI MAL

A recorrente retirada de baronesas (Eichhornia crassipes) do rio Sapa­ to, efeito da poluição por esgoto doméstico clandestinamente des­ cartado, vem ganhando alguma regularidade, pelo menos em Vilas do Atlântico. Apesar de continuarmos a “enxu­ gar gelo”, já que o curso d’água recebe descargas contínuas de poluição, a retirada das plantas aquáticas é necessária até para controlar a in­ festação por muriçocas.

Bueiros entupidos com entulho não são muito comuns, mas basta um para causar um alagamento a cada chuva mais forte. Neste, da rua Praia de Amaralina, em Vilas do Atlântico (foto), aparentemente alargado para coletar maior volume de chuvas, o acumulo de material sólido é crescente. A responsabilidade do Poder Público em manter os bueiros livres é eviden­ te, mas cabe também aos cidadãos colaborar. A falta de cuidado com o lixo que se descarta em via pública, quase sempre inconscientemente, provoca problemas que não cabe apenas à prefeitura evitar. O descarte de entulho é uma questão ainda mais grave, sujeito a normas específi­ cas, podendo o responsável ser responsabilizado por lei. Ao con­ trário do que a maioria das pes­ soas pensa, não basta transferir a responsabilidade pelo descarte a um carroceiro, por exemplo. O contratante deve garantir que o entulho seja levado até o destino correto em vez de ser depositado em qualquer terreno baldio.

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Cidade

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Sociedade de Amigos do Lotea­ mento de Vilas do Atlântico (Salva) realizou em janeiro a primeira assembleia presidida por Verônica Tambon, nova coordenadora-geral da entida­ de. Ela adiantou, em linhas gerais, o projeto de um “cartão-fidelidade” destinado a estimular a adesão de mais moradores, de forma a au­ mentar a arrecadação mensal. Para Verônica, “o problema de segurança é nacional e a Salva não trará solução”. A entida­ de pretende oferecer aos associados palestras com profissionais da área de segurança. À Vilas Magazine, a coordenadora-geral deu uma pe­ quena entrevista em que detalha alguns temas: Quais as suas propostas para recuperar a influência que a Salva um dia teve na prefeitura de Lauro de Freitas? Buscaremos estreitar cada vez mais a relação entre a Salva e a prefeitura, mantendo um diálogo respeitável. Assim, as parcerias em todas as áreas serão ne­ cessárias, para informar a real necessidade de Vilas do Atlântico e cobrar o cumprimento das obrigações que o poder público possui, para que seja efetivado. É visível a situação precária em que se encontra Vilas do Atlântico. Uma situação caótica, onde não temos segurança pública, saneamento básico, mobilidade urba­ na, etc. Reconhecemos que existe um esforço por parte do poder público para o resgate de suas obrigações, por isso a Salva estará atuante. Qual é a solução para garantir a segurança dos moradores de Vilas do Atlântico? O problema de segurança é nacional, e a salva não trará solução. O que é preciso é que to­ dos os moradores se associem, por que uma

Assembleia da Salva ouviu as propostas preliminares da nova coordenação

Nova coordenadora da Salva se compromete a defender o TAC associação fortalecida tem mais impacto junto ao poder público. A Salva já faz uma vigilância que ainda é incipiente, mas que trabalha de perto aos associados. A Salva trará palestras com profissionais da área de segurança, para informar aos associados diversos procedi­ mentos de segurança que deveremos ter. Reconhecemos o esforço de nosso Major PM Marcelo Bestti Grum e a Topseg (empresa con­ tratada pela Salva). Além disso, a Salva estará lançando o cartão de identificação/fidelidade, que em breve todos terão maiores detalhes. A Salva pretende recorrer ao Judiciário para garantir o cumprimento do TAC de Vilas do Atlântico? Por quê? Sim, se necessário para o cumprimento do TAC. A Salva buscará a manutenção do TAC, junto ao poder público. Ele foi elaborado e registrado com o objetivo de manter a qualidade de vida e a valoriza­ ção dos imóveis em geral. O crescimento e desenvolvimento urbanos são importantes, mas deveremos estar atentos para como esse crescimento deve acontecer. Ele deve ser organizado, principalmente respeitando o

uso do solo, impedindo a liberação de novos alvarás para áreas estritamente residenciais, como também a verticalização, conforme a lei 928/99. O TAC mantém um crescimento mais ordenado e por isso ele deve ser respeitado em todos os sentidos. A Salva é contra ou a favor da derrubada das barracas de praia, uma medida já decidida pela Justiça? A Salva é contra. Mas como a remoção é uma decisão judicial, teremos que respeitar. Porém, entendemos que as mesmas foram colocadas com autorização de morado­ res do loteamento, há muitos anos atrás. Elas foram posicionadas seguindo espaçamentos entre elas e estrutura arquitetônica padroni­ zada e organizada, com o objetivo de atender e dar suporte na gastronomia regional e lazer. O que a Salva precisa ter é um posicionamento de como será conduzida a gestão do período pós-retirada das barracas, para que a praia não seja invadida por comércio irregular. Buscaremos ser participativos juntos aos em­ presários de barracas, na busca de resoluções para o turismo sustentável.

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Cidade

Governo considera transferir pedágio da BA-099 para Abrantes

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evem ter inicio este mês as obras da “via de contorno” de Lauro de Freitas, agora chamada pelo gover­ no da Bahia de “Via Metropolitana Camaçari-Lauro de Freitas”, com 11,2 Km de extensão, conforme publicou em primeira mão a Vilas Magazine em setembro de 2012. O traçado é o mesmo adiantado, há um ano, com exclusividade, também pela reportagem da Vilas Magazine e ligará a BA-099, na altura de Busca Vida à BA-526 (CIA-Aeroporto), junto ao acesso à represa do Ipitanga e Quinta Portuguesa. A ordem de serviço para a construção foi assinada no mês passado pelo governador Rui Costa (PT). A novidade é que o governo passou a considerar a possibilidade de deslocar a atual praça de pedágio da BA-099 para o limite entre os municípios de Camaçari e Lauro de Freitas, logo após a ponte sobre o rio Joanes, em Abrantes. O projeto original da “via metropolitana” prevê uma praça de pedágio, operada pela Bahia Norte, na chegada à BA-526, apenas no sentido Litoral Norte – Salvador – sem onerar os usuários com um pedágio além do já existente. O mapa ilustrativo exibido pelo governo no mês passado já não mostra a localização da praça da nova via.

Segundo o governador, trazer a atual praça de pedágio da BA-099 para Abrantes seria uma opção. “A proposta, que ainda precisa ser analisada, é deslocar o pedágio existente no sentido Salvador [da BA-099] para o limite entre os municípios de Cama­ çari e Lauro de Freitas, mantendo apenas um pagamento de pedágio como existe hoje”, explicou Rui Costa. Há cinco anos, a transferência da praça de pedágio era tida como necessária para viabilizar a exploração – e portanto a cons­ trução da “via metropolitana”. Moradores de Busca Vida, que passariam a pagar pedágio para entrar em casa, promoveram manifestações no final de 2010, inclusive bloqueando a o trânsito na Estrada do Coco, para protestar contra a ideia. Logo no início de 2011, a prefeitura de Lauro de Freitas distribuiu comunicado garantindo que o governo do Estado não

O governador Rui Costa, ladeado por Márcio Paiva (PP) (dir) e Ademário Delgado (PT), prefeito de Camaçari, discursa durante a assinatura da ordem de serviço (abaixo). Ao lado, mapa exibido pelo governo no mês passado: sem localização da praça de pedágio

CAROL GARCIA / GOVBA

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mais via “necessidade da transferência do pedágio para a construção da via expressa”, citando a então prefeita Moema Gramacho (PT). Hoje existem no trecho diversos con­ juntos habitacionais que seriam afetados pelo deslocamento da praça de cobrança. O governo teria interesse na trans­ ferência do pedágio para o acesso à “via metropolitana” por conta de contraparti­ das da concessionária, aparentemente já negociadas: a duplicação e requalificação da Estrada da Cascalheira e do viaduto de acesso a Camaçari, além da iluminação de


todo o trecho urbano daquela via. Rui Costa confirmou ainda que uma se­ gunda etapa ligará a “via metropolitana” da CIA-Aeroporto à avenida 29 de Março, cor­ redor transversal em execução que vai ligar a orla marítima e a Paralela à BR-324, na altura de Águas Claras. Em fase de desenvolvimen­ to do projeto, o novo trecho vai desafogar o trânsito na região de São Cristóvão. A obra vai durar pelo menos 18 me­ ses e será executada pela Concessionária Bahia Norte (CBN), com investimento de mais de R$ 225 milhões. Em contrapar­

tida, a empresa obteve a suspensão do pagamento de quase R$ 9 milhões em impostos. Ficaram suspensas a exigência de Cofins-Importação, PIS-Importação e PIS/Cofins que incidiriam sobre a receita da venda, locação e prestação de serviços. A CBN foi enquadrada no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). A obra havia sido prometida pelo Esta­ do, há três anos, como parte de um pacote destinado à mobilidade urbana na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A agili­

dade da prefeitura de Lauro de Freitas na liberação de licenças para a obra, inclusive ambientais, foi crucial para a viabilização do empreendimento. O traçado oficial da BA-099 será altera­ do para incluir os novos 11,2 Km da Via de Contorno, liberando os atuais 7,5 Km iniciais apenas para trânsito local. Anteriormente batizado avenida Santos Dumont, esse trecho da Estrada do Coco deve então ser municipalizado. Durante a cerimônia de assinatura o governador afirmou que a obra cria um u Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 11


Cidade

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Cidade

novo vetor de desenvolvimento e geração de empregos na RMS – a via cria acesso direto à região do Jambeiro, de grande potencial turístico – e deve destravar o trecho urbano da Estrada do Coco, em Lauro de Freitas. De acordo com o prefeito Márcio Paiva (PP), cerca de 60 veículos trafegam por minuto no trecho da BA-099 que corta a cidade. A

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partir da implantação do contorno o trecho, hoje rodoviário, será tratado como avenida urbana e principal corredor de transporte coletivo do município. Município com maior índice de motorização da RMS, com 113,7 automóveis para cada mil habitantes, Lauro de Freitas supera até mesmo a capital (105,2), de acordo com uma pesquisa de mobilidade urbana da secretaria de Infraestrutura da Bahia realizada em 2012. Apesar disso, apenas 2,6% das viagens na RMS verificadas pelo mesmo estudo são originadas em Lauro de Freitas. Salvador contri­


Ponto de interseção da Via Metropolitana no Jambeiro: novo acesso alavanca potencial turístico da região

bui com quase 76%, seguida de Camaçari, com mais de 5% do total. A pesquisa mostra também que das 310 mil viagens com destino a Lauro de Freitas verificadas em junho de 2012 – quando foi realizado o estudo – mais de 100 mil eram trânsito externo e quase todas originadas em Salvador. “Essa via vai facilitar a vida não só de quem mora em Lauro de Freitas, mas em Salvador e Camaçari, e em 18 meses teremos ela funcionando completamente, melhorando o tráfego em toda a região e o conforto dos turistas que nos visitam e vão ao Litoral Norte, facilitando muito a chegada e saída do Aeroporto Internacional [de Salvador]”, disse Rui Costa. A “via metropolitana” deve reduzir o tempo de deslocamento em 25% e será composta de duas faixas por sentido de tráfego e contará com um avançado sistema de operação e monitoramento. A partir da CIA-Aeroporto, a via terá acesso com trevo e viaduto na altura do Km 18, próximo à Quin­ ta Portuguesa, seguindo até a interligação com a BA-099, por meio de dois viadutos na região de Abrantes.

Além de retirar o tráfego rodoviário de longa distância da área urbana de Lauro de Freitas, a via incluirá ainda um novo aces­ so à cidade, por meio da avenida Gerino de Souza Filho, a rua da Adutora, via Caji Caixa d’Água. O traçado contorna a área urbana de Lauro de Freitas através do Quingoma, Parque São Paulo e Capelão. O mapa, com a localização indicativa dos acessos e prin­ cipais obras de arte, oferece também as coordenadas aproximadas, que podem ser digitadas no Google Maps para visualização em fotos de satélite. Estão projetadas duas pontes, uma sobre o rio Paranamirim, ainda em Cama­ çari, com 20m de extensão e outra sobre o Joanes, no limite com Lauro de Freitas, com 80m. Haverá ainda viadutos sobre a Rua Direta do Capelão, na altura da Estrada do Quingoma e sobre a Rua do Casarão. Na interligação da Estrada do Coco à nova via, logo após a entrada para Busca Vida, haverá mais dois viadutos de 90 metros cada e um novo retorno – que vai poupar alguns quilômetros diários no percurso de

quem reside depois da entrada para Bura­ quinho. Os moradores do trecho hoje são obrigados a seguir até Vila de Abrantes para então retornar, se quiserem transitar para o Centro de Lauro de Freitas ou Salvador. Um quinto viaduto, com 40 metros de extensão, cria novo acesso ao Jambeiro e ao Caji Caixa d’Água pela via Caji-Jambeiro, no prolongamento da avenida Gerino de Souza Filho. A área, que passa por acelerada ocu­ pação, com a implantação de conjuntos ha­ bitacionais, deve multiplicar a velocidade de urbanização depois da abertura da nova via. Já a Cachoeirinha tem um parque pre­ visto no Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Lauro de Freitas que poderá ganhar viabilidade com o novo acesso rá­ pido. Embora o estudo da Via de Contorno não inclua alças de acesso ao Jambeiro para quem transita do litoral norte para Salvador, um dos retornos projetados permitirá esse percurso. Já no sentido oposto o projeto oferece acesso rápido e sem pedágios. A proposta original é que a via seja pedagiada apenas no sentido Litoral Norte – Salvador, para quem vem da BA-099.

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Cidade

Show do Roupa Nova no dia do padroeiro foi pedido do pároco EDMAR DE PAULO

paga com recursos da prefeitura de Lauro de Freitas. No sábado anterior, dia 10, o tradicional cortejo cultural percorreu o trecho do final de linha dos ônibus do Centro até a Igreja Matriz. A missa solene foi presidida por Dom Murilo Kriege, Arcebispo Primaz do Brasil, às 9h. Após a ce­ lebração houve carreata levando a imagem de Santo Amaro de Ipitanga até a Igreja de São Pedro. No final da tarde uma procissão fez o percurso inverso até a Igreja Matriz, encerrando a programação com uma celebração campal pelo pároco Juraci Gomes. Cerca de 50 mil pessoas lotaram a praça da Matriz para o espetáculo da banda Roupa Nova (esq.), um pedido do padre Juraci Oliveira. Ao lado do prefeito Márcio Paiva, foram nos camarins tietar os artistas famosos, na festa que homenageou os 407 anos de Santo Amaro de Ipitanga. Uma semana antes, cortejo cultural percorreu trechos da cidade, sob sol forte, com integrantes portando figurino condizente com o verão EDMAR DE PAULO

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ediante cachê de quase R$ 300 mil, a banda Roupa Nova marcou as comemorações do Dia de Santo Amaro de Ipitanga, padroeiro de Lauro de Freitas, no dia 15 de janeiro. Uma multidão lotou a Praça da Matriz na noite do dia 14 para assistir a cerca de duas horas de espetáculo. A banda foi uma escolha do padre Juraci Oliveira. Sucesso dos anos 80, o Roupa Nova tem mais de 30 anos de existência. De acordo com o prefeito Márcio Paiva (PP), a escolha da banda foi uma maneira de presentear o cidadão de Lauro de Freitas e reforçar um pedido feito pelo pároco Juraci Oliveira. “Fomos alvo de críticas por trazer o Roupa Nova para festejar o padroeiro, mas não demos importância por enten­ der a grandiosidade dessa data”, disse o prefeito. “Chegar à Praça da Matriz e encontrar mais de 50 mil pessoas cantando, vibrando, mostra que fizemos a coisa certa”, concluiu. Para o padre Juraci Oliveira, a gestão foi muito feliz em acatar o pedido da Igreja. “Pedi Roupa Nova por ser uma atração cultural de verdade”, dis­ se. Para ele, “atingimos nosso objetivo que foi pro­ mover uma festa para as famílias laurofreitenses”. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos 50 mil pessoas participaram do evento. No dia 15 a programação religiosa começou com uma alvorada de fogos e terminou com um show gospel. A festa foi

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FÁBIO ADORNO


VIVIANE SALES

Mão dupla na Dois de Julho oferece nova alternativa de tráfego na cidade

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avenida Dois de Julho, que liga o Km 1 da Estrada do Coco e o Centro de Lauro de Freitas, passou a ter mão dupla em 22 de janeiro. Concebida como meio de acesso rápido a Ipitanga, a Dois de Julho seria o primeiro trecho de uma via expressa que ainda não saiu do papel. O trecho, que sempre foi pouco utiliza­ do, tinha mão única – da Estrada do Coco ao Centro – até dezembro último, quando o sentido de circulação foi invertido para permitir maior fluxo de tráfego em direção à Estrada do Coco. Na mesma ocasião deixou de ser possí­ vel fazer a conversão à esquerda saindo da rua São Jorge (veja no mapa), também visando eliminar o congestionamen­ to no Centro. Aliviar os engarrafamentos

na Estrada do Coco, hoje quase perma­ nentes, tem sido a prioridade da gestão do trânsito em Lauro de Freitas, mas a solução para os motoristas passa por adotar vias

Sinalização horizontal separa faixas na avenida Dois de Julho, que passa a ter mão dupla.

alternativas. A implantação da mão dupla na Dois de Julho permitirá entrar e sair do Centro, Vilas do Atlântico e outros bairros da orla sem percorrer a Estrada do Coco.

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Villas Tênis Club

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Villas Tênis Club quer anuência da Odebrecht para alienar 40% da área

alvar o Villas Tênis Clube (VTC) é uma prioridade de Vilas do Atlânti­ co desde 1998, quando o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) foi majorado em quase 1000% - impactando daí em diante o seu equilíbrio financeiro. A conta está hoje em cerca de R$ 2 milhões, de acordo com José Nivaldo da Silva, presidente do Conselho Deliberativo do clube – fora ou­ tros R$ 200 mil devidos à Previdência Social. “O clube não tem como investir na manutenção da infraestrutura, que vem se deteriorando”, lamenta Nivaldo. Menos ainda no pagamento das dívidas. Sem uma qualificação adequada também fica mais difícil atrair novos sócios contribuintes. Poucos sabem, mas o clube, que já não oferece grandes atrativos, nunca chegou a ser completado. O projeto original previa outra área de estacionamento – na área vazia que hoje se propõe alienar – um gi­ násio de esportes, restaurante, academias, saunas, salão de festas, departamentos de

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esportes, salão de beleza, parques infantis e espelhos d’água. O último investimento em infraestrutura foi feito por 25 sócios que pagaram R$ 150 mil pela construção de duas quadras de tênis de saibro. As quadras, que são propriedade do VTC e fazem parte do seu patrimônio, serão abertas ao uso de todos os associados dentro de mais seis anos – conforme prevê o contrato aprovado pelo Conselho Delibe­ rativo para permitir a construção. Até lá, a manutenção do equipamento é paga apenas pelo grupo que usa as quadras. Qualquer associado pode usá-las median­ te um aporte financeiro para ajudar nas despesas, tal como os demais associados pagam para manter as outras atividades. Ao todo, são apenas 80 sócios pagando mensalidades de R$ 150. Cerca de 200 estão inadimplentes ou já foram eliminados do quadro social por não pagarem a mensalida­ de por mais de três meses. É com a receita de R$ 12 mil mensais mais o aluguel das ins­

talações para a escola de natação, academia de ginástica e outras atividades que a atual direção paga os salários de dez funcionários mais as despesas básicas de manutenção. Só o IPTU de 2015 vale R$ 68 mil. O que era uma urgência tornou-se emergência desde que a prefeitura de Lauro de Freitas atualizou o valor venal dos imóveis no município, há um ano. O valor venal deve passar por uma atualização pe­ riódica com base nos valores de mercado e na atualização monetária, inclusive para evitar a especulação imobiliária. Há mais de 16 anos sem revisão em Lau­ ro de Freitas, o reajuste da Planta Genérica de Valores (PGV), utilizada para calcular o IPTU, resultou em índices estratosféricos. Em algumas áreas de Vilas do Atlântico o aumento da PGV alcançou mais de 900% – apesar de ter sido aplicado um redutor de 20% à tabela. Foi o caso do Villas Tênis Clube. Antes avaliado em R$ 4 milhões, passou a ser listado pelo município por R$ 37 milhões.


Embora o reajuste do IPTU tenha sido limitado a 55% para imóveis não residenciais, o reajuste da PGV abriu uma porta para aumentos subseqüentes do imposto que a ela se refere. Por isso, a expectativa é que no futuro próximo a dívida do IPTU alcance o valor venal do imóvel – que teria o mesmo fim do Clube Português, em Salvador, por exemplo. TAC Para José Nivaldo, é preciso aprender com os clubes que sobreviveram, como o Espanhol, que cedeu parte da sua área para um empreendimento imobiliário. Em troca, a empreiteira viabilizou a reforma e a estabilidade financeira do clube. Vão-se os anéis, mas ficam os dedos. Proposta semelhante para o VTC, segundo Nivaldo, está em cima da mesa da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), sucessora da Empreendimentos Odebrecht, faz alguns anos. Há inclusive um anteprojeto que prevê a alienação de 40% da área do clube – cerca de 16 mil metros quadrados – na face que dá para a avenida Praia de Itapoan. Ali seriam construídas 118 unidades habitacionais distribuídas em 22 blocos de dois e três pavimentos. O primeiro obstáculo reside no Termo de Acordo e Compromisso (TAC) de Vilas do Atlântico, assinado pela própria Odebrecht há mais de 30 anos e que impede a construção de imóveis com mais de dois pavimentos – térreo mais um. Mas, de acordo com José Nivaldo, nem uma densidade de construção com três pavimentos poderá ser suficiente para viabilizar comercialmente o empreendimento. A direção do VTC tentou despertar o interesse da Odebrecht Realizações Imobiliárias em julho de 2011, março de 2012 e novamente em janeiro de 2014, “com novos parâmetros de gabarito obtidos” da prefeitura de Lauro de Freitas, mas o projeto ainda “não atingiria valores que viabilizassem a entrada da empresa no empreendimento”. Para despertar o interesse de uma empreiteira, é possível que o projeto venha a ter prédios de oito pavimentos – sendo ne-

cessário, para tanto, alterar o próprio Plano Diretor de Lauro de Freitas, que manteve a lei que protege o TAC de Vilas do Atlântico. José Nivaldo quer despertar o debate para essa questão, alertando para a necessidade de obter uma solução a curto prazo. Uma solução que passa, necessariamente, pela Odebrecht – à qual cabe autorizar, ou não, a alienação daqueles 16 mil metros quadrados, a si mesma ou a terceiros. O ESTATUTO O VTC foi construído pela Odebrecht em 1980 como parte da infraestrutura geral do loteamento. Três anos mais tarde seria constituído sociedade civil sem fins lucrativos com autonomia administrativa e financeira. Os estatutos, que não podem ser alterados sem a anuência da Odebrecht, impõem determinados encargos. Um deles é que o VTC não pode “alienar, alugar, ceder, emprestar, doar, vender, transferir para terceiros, ou gravar com ônus real” a sua área. Caso o faça, a Odebrecht tem o direito estatutário de simplesmente retomar a posse dos quase

A área de 16 mil m² na face da avenida Praia de Itapoan: vão-se os anéis, ficam os dedos. Abaixo, os conselheiros do VTC (a partir da dir.), Fernando Fernandes, José Nivaldo e Roberto Kulmann com a tenista Melissa Kulmann: proposta para salvar o clube

40 mil m² de terreno, revogando a doação feita há 32 anos. Pelo estatuto, todo proprietário de imóvel nos limites originais de Vilas do Atlântico – ou seja, das três “portarias” para dentro – é automaticamente sócio proprietário do clube, devendo pagar apenas as taxas de manutenção para usar as instalações. Além disso, o VTC só pode utilizar a área para “funcionamento de sua sede social e objetivando a consecução dos objetivos sociais” e deve aplicar seus recursos financeiros “exclusivamente nas atividades constantes do Estatuto inerente aos objetivos sociais”. A Odebrecht pode retomar o imóvel, com todas as suas benfeitorias, se o VTC for extinto ou se qualquer dos encargos u impostos não for cumprido.

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Villas Tênis Club

O piso das quadras de basquete do VTC: sem manutenção há anos. Nas quadras de tênis jogou estrelas do esporte, como Carlos Alberto Kirmayr (acima) e Patrícia Medrado, entre outros.

ALFORRIA José Nivaldo e Anderson Dotta Soares, presidente executivo do Villas Tenis Clube, pretendem agora que a OR “reanalise a sua participação no projeto, ou permita a destinação de parte da área subutilizada para a capitalização da instituição” Os dirigentes destacam que os recursos seriam “integral e exclusivamente” empregados nas novas instalações e no pagamento das dívidas. Nivaldo e Soares querem ainda que

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a Odebrecht transmita a possa definitiva da área. O “novo clube” seria executado sob um projeto de sustentabilidade e baixos custos de manutenção, além de ser projetado de acordo com os desejos e anseios da comunidade de Vilas do Atlântico. “Acreditamos que a Odebrecht nos concederá essa anuência, uma vez que a mesma é membro da Green Building do Brasil, com o compromisso social de aproveitamento máximo dos recursos naturais, bem como a promoção do desenvolvimento humano, econômico e cultural das comunidades onde ela é ou foi responsável pelo projeto e concepção”, observa Nivaldo. Com a faca e o queijo na mão para retomar uma área nobre de Vilas do Atlântico, a Odebrecht mantém uma postura de respeito pelo empreendimento que criou há 36 anos. “Entendemos e somos testemunhas de que, em nenhum momento essa empresa manifestou intenção de forçar-nos à solução extrema de decretar a extinção do VTC e retornar todo o nosso patrimônio para a Organização Odebrecht”, conclui José Nivaldo.



Jaime de Moura Ferreira Ad­mi­nistrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br

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O Rotary e a poliomelite

ala-se muito na erradicação da poliomielite, conhecida como paralisia infantil, mas pouca divulgação da imprensa do nosso País é registrada para a organização Rotary International, exceção aos órgãos de comunicação específicos, que há vinte anos vem trabalhando, exaustivamente, em 219 países e regiões do mundo, onde a instituição se faz presente, com sua sede internacional, distritos, clubes e rotarianos. Em 1985 o Rotary International abraçou a campanha para a erradicação

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da poliomielite no mundo. Àquela época a doença afetava 350 mil pessoas por ano, a maioria crianças, em 125 países, inclusive no Brasil. A poliomielite é uma doença que não tem cura, porém a vacinação a previne. Essa doença poderá retornar em qualquer situação, caso não seja permanente o trabalho para a sua erradicação. A situação era tão cruel que a Organização Mundial de Saúde declarou como emergência global a erradicação da poliomielite, comprometendo os governos para o atendimento básico de saúde, em todo

o mundo. Esse exaustivo esforço do Rotary International conta com o apoio da Organização das Nações Unidas, da OMS – Organização Mundial de Saúde, da UNICEF (United Nations Children’s Fund) – Fundo das Nações Unidas para a Infância e centros diversos para controle e prevenção dessa doença, principalmente os dos EUA. Um dos principais parceiros apoiadores da erradicação da poliomielite é a Fundação Bill e Melinda Gates que, até o final de 2013 havia doado US$355 milhões, enquanto o Rotary despendeu US$1,3bilhões, doação dos diversos clubes do mundo. Segundo a Fundação Rotária o custo para a erradicação da poliomielite, em todo o mundo, ultrapassa a US$800 milhões, por ano, acumulando os recursos do Rotary, Fundação Bill Gates, governos federais, estaduais e municipais. A partir de 2012 o Brasil passou a usar a vacina injetável, elaborada com o vírus morto, porém as ‘gotinhas’ continuaram. Em janeiro de 2012, a Índia, um epicentro


Meio Ambiente da “poli vírus selvagem”, conseguiu o registro de zero caso. O Rotary, em todo o mundo, tem levado muito a sério essa erradicação, promovendo diversas campanhas nos seus Distritos e Clubes, com o esforço dos 1.200.000 rotarianos. As últimas foram “End Pólio Now”, produzida pela Schafer Condon Carter, dos EUA, em 2008. Atrelada a essa, surgiu a campanha “Falta Só Isto”, com 120 mil participantes, 180 celebridades diversas, em 173 países. Até o “Dia Mundial de Combate à Pólio” o Rotary já criou e celebra em 21 de outubro, de cada ano. Em 6 de agosto de 2013 a modelo brasileira, Isabeli Fontana, que se encontra entre as onze mais bem pagas no mundo, foi elevada a Embaixadora do Rotary, para a erradicação da Pólio. Em 30 de maio de 2014 o Rotary ingressou no “Guinness”, com o maior comercial do mundo, pela erradicação da poliomielite infantil (na outra página a peça da campanha, com a modelo). No que se refere a essa campanha, “End Pólio Now”, no Brasil, o Distrito 4651, sediado em Santa Catarina, induziu os clubes de futebol Avaí, Criciúma e Figueirense a entrarem em campo, em suas respectivas partidas, com a camisa dessa campanha. Na Bahia, o Rotaract Club Lauro de Freitas, também usou desse expediente, com os dois clubes de futebol, que disputavam a série “A”: o Bahia, no jogo contra o Chapecoense, em 12 de outubro e o Vitória, contra o Cruzeiro, em 19 de outubro de 2014. Historicamente, em 1789, o médico britânico Michael Underwood apresentou a primeira descrição clínica da doença. Em 1796 o cientista britânico Edward Jenner produziu a primeira vacina para o combate à poliomielite. Em 1909 os médicos austríacos Karl Landsteiner e Erwin Popper comprovaram que a pólio era uma doença contagiosa, disseminada por vírus. Em 1916 Nova York foi tomada pelo surto de poliomielite, deixando mais de 27 mil pessoas paralíticas e matando outras 9 mil. Em 1921, com 39 anos de idade, Franklin Delano Roosevelt contraiu a poliomielite. Em 1938, já como presidente, estimulou criar a Fundação Nacional para a Paralisia Infantil, a fim de custear a produção de vacinas. Em 1996 Nelson Mandela deu início à erradicação da doença, na África. No ano 2000, os novos casos de poliomielite no mundo cairam para apenas 3 mil, mas em 2001 ainda lutava-se pela erradicação da doença em dez países: Afeganistão, Angola, Etiópia, Egito, Índia, Niger, Nigéria, Paquistão, Somália e Sudão. Hoje, apenas três países não conseguiram erradicar totalmente a endemia da doença: Nigéria, Paquistão e Afeganistão. O Brasil encontra-se totalmente erradicado, sendo que o último caso foi registrado em 1989, no município de Souza, na Paraíba. Mais de 2 bilhões de crianças já foram imunizadas, em 122 países.

Bicho-preguiça de três dedos é resgatada no Jambeiro

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m bicho-preguiça de coleira, da espécie Bradypus Torquatus, de três dedos, foi resgatado pela secretaria de Meio Ambiente de Lauro de Freitas na região do Jambeiro, quando tentava atravessar uma rua. De acordo com uma moradora da região, o animal circulava pelas árvores da região desde o dia 23 de janeiro. O bicho foi examinado e, ao ser constatado que não havia nenhum ferimento ou problema de saúde, foi devolvido à natureza, libertado na Reserva Sapiranga, em Mata de São João. VIVIANE SALES O animal, que habita a Mata Atlântica como espécie endêmica, mede cerca de 50 cm e pesa 7 Kg. Alimentase de cipó e de folhas e tem hábitos diurnos. A espécie de três dedos, como o exemplar capturado, é muito procurada como animal de estimação por ser dócil. Já a preguiça de dois dedos tem temperamento agressivo e caninos pontiagudos. O cativeiro de espécies silvestres constitui crime ambiental punido com prisão de seis meses a um ano e multa. O predador natural do bicho-preguiça na mata atlântica é a onça pintada, mas o homem ocupou o lugar desta como maior ameaça à espécie. Exemplares de três dedos são frequentemente capturados para venda como animais de estimação. Devido a um metabolismo adaptado à vida na floresta, os animais ficam muito vulneráveis a doenças, o que provoca alta mortalidade quando em cativeiro. Nos últimos cinco meses, a Divisão de Proteção Animal da secretaria municipal de Meio Ambiente atendeu mais de 150 chamados, incluindo denúncias contra maus-tratos, resgate e captura de animais silvestres. De acordo com o secretário Márcio Crusoé, responsável pela pasta, a divisão tem realizado um “trabalho essencial”. Segundo ele, “frequentemente espécies [silvestres] são encontradas em áreas urbanas da nossa cidade”. A divisão atende solicitações e denúncias de segunda a sexta-feira, das 8h às 14hs, por meio do telefone 3369-9168. Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 23


Decoração

Madeira antiga, móvel novo

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FAÇA VOCÊ MESMO Gastando pouco, é possível ter uma peça nova a partir de técnicas que usam tintas, tecidos e outros materiais simples

ara algumas pessoas renovar os móveis da casa significa comprar um mobiliário novo. Mas é possível ter novas peças sem recorrer a uma loja e melhor sem gastar muito. A saída são os projetos do it yourself ou “faça você mesmo”. Para transformar um móvel de madeira que está esquecido no canto da sua sala não é necessário muito, basta um pouco de criatividade e poucos materiais. “Lixar e pintar de uma cor diferente é algo que não envolve muita grana e todo mundo pode fazer em casa. Em alguns móveis dá para apenas colar um adesivo vinílico ou cobrir com cola branca e tecido”, diz a autora do blog “A casa que minha vó queria”, Ana Medeiros. Para cada projeto existe uma infinidade de materiais que podem ajudar, mas para começar é essencial ter nas mãos um martelo, réguas de aço, tesoura e lixas. Especialmente para os móveis em madeira, lixar pode garantir o bom resultado do projeto. Os materiais de proteção também deve estar na lista, como as máscaras, luvas, óculos e avental. Para os iniciantes o conselho é buscar

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os móveis sem curvas. “Os móveis que não possuem muitas curvas, são mais lineares, são bem mais fáceis, principalmente com acabamentos”, afirma Ana. Entre as técnicas de pintura possíveis para objetos em madeira está a pátina provençal, que proporciona um “ar” envelhecido aos móveis. “A pátina é uma técnica fácil de fazer e que produz um belo efeito”, revela a designer de interiores Valentina Rocha. Nesta técnica a superfície do móvel é pintada, porém, as quinas e bordas ficam com sua aparência desgastada, efeito conquistado com as lixas. Reaproveitar objetos como caixotes e pallets (estrado de madeira utilizado para elevar materiais de cargas), encontrados em qualquer feira livre, é uma tendência para decoração de ambientes. São versáteis e podem ser encontrados com facilidade e pequeno custo. “Já vi pallets virar cama, painel de TV, mesinha de centro, sofá. Os caixotes também podem ser usados como banquinhos, armário de parede e sapateira. O mais legal em colocar a mão na massa é deixar que a sua intuição e imaginação trabalhem a todo vapor!”, sugere Ana. No entanto, reaproveitar esses mate-

riais requer um pouco mais de atenção. “Reaproveitar pallets é uma tarefa difícil porque é um material que se desgasta muito com o uso. Além do cuidado em avaliar o material antes de levar para casa, a fim de evitar cupim e fungos. O caixote já é possível encontrar em bom estado e sem muito desgaste do material”, diz Valentina. Até mesmo uma pequena customização


do móvel pode garantir a renovação na decoração. Interferências como detalhes em lã ou um mosaico de texturas podem ser feitas com materiais básicos, como retalho de tecidos e cola branca. Para quem busca projetos mais práticos, a melhor opção para modificar os móveis de madeira é colar um tecido, com uma estampa da sua escolha, sobre o móvel. Assim é possível transformar os objetos, semgastar muito dinheiro. Carla Jesus / Ag. A Tarde.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

A blogueira Ana Medeiros aproveitou os furos de regulagem das prateleiras para customizar a estante de madeira “crua” com um cordão rosa, papel e tachinhas para prender etiquetas em cada prateleira

FERRAMENTAS ÚTEIS PARA TRABALHAR COM MADEIRA PISTOLA DE APLICAÇÃO DE COLA DE SILICONE Ajuda na utilização da cola de silicone, muito usada para fixar painéis de madeira, sem ajuda de suporte. ARCO E SERRA Ferramenta útil para cortar objetos duros dependendo da espessura. RÉGUA DE AÇO Necessária para cortar papéis, tecidos e plásticos com estilete. ALICATE Útil para cortar fios e fixar alguns objetos. ESTILETE Ferramenta realiza cortes rápidos e precisos com o auxílio da régua de aço. TESOURA Material presente em qualquer projeto de decoração. É utilizada com muita frequência para cortar tecidos, papéis, plástico bolha, feltro e papelão. LIXA A lixa ideal para remover os defeitos na madeira é a de número 80. Mas é fundamental ter lixas mais espessas para outros efeitos. Sempre troque as lixas conforme o desgaste. CHAVE DE FENDA É recomendado ter em diversos tamanhos. Útil para desmontar e montar determinados móveis. GRAMPEADOR DE ESTOFADOR Este grampeador facilita na customização dos móveis, principalmente para forrar bancos, mesas e cadeiras.

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Decoração

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Mistura de beleza e praticidade, integração sala-cozinha ganha cada vez mais adeptos

ozinhas escuras, isoladas e espaços pequenos são algumas das razões que podem pedir uma reforma deste espaço, que vem se modificando com os novos hábitos da sociedade moderna. Antigamente, a cozinha era o local que menos sofria intervenções. Com o passar do tempo, foi ganhando cada vez mais destaque. Móveis inovadores e coloridos, acabamentos cada vez mais sofisticados e eletrodomésticos com tecnologia avançada vêm trazendo ao ato de cozinhar momentos de mais prazer, sofisticação e bem-estar. As cozinhas conjugadas com a sala estão mais presentes nos lares. Cozinha conjugada, cozinha americana ou integrada, é uma tendência na arquitetura que visa gerar a integração dos ambientes, melhorando a comunicação dentro de

casa, além de criar uma sensação de maior amplitude. Faz algum tempo, a cozinha deixou de ser um espaço limitado ao preparo dos alimentos e se transformou em área de convivência. Assim, pode-se cozinhar, assistir a TV e conversar com as pessoas que estão na sala ao mesmo tempo”, diz a designer de interiores Vera Sehbe, que mostra um apartamento decorado em Colinas de Pituaçu. O ato de transformar uma cozinha para torná-la conjugada muitas vezes exige a derrubada de paredes, para integrá-la à sala de estar e jantar e compor uma grande área social. Ideal para ambientes pequenos, não impede que residências maiores também incorporem estas mudanças. A empresária Cláudia Abreu é apaixonada pelo ato de cozinhar. Acredita ser uma demonstração de carinho. ”Quando a gente cozinha e as pessoas gostam do que

comem, elas te elogiam. Desperta uma coisa boa dentro delas. Gosto de demonstrar este carinho, me faz bem”, diz Cláudia cujo apartamento foi decorado pelo designer Décio Vianna. Décio conta que o ambiente de Cláudia tem um bom tamanho e antes da reforma era um pouco escuro. “Ter conjugado com a sala melhorou a sua luminosidade”. A mesa é um granito preto e nas paredes foram colocados azulejos coloridos. Para diferenciar os armários, eles utilizaram madeira de demolição e os vidros em espelho bronze. Numa parte na divisória da sala para a cozinha, optaram por granito preto. “A cozinha conjugada geralmente pede para ser mais decorada. Seja um azulejo diferente, uma bancada, uma cor na parede, um detalhe... Como passa a fazer parte do ambiente de estar como um todo, a decoraJOÁ SOUZA / AG. A TARDE

Andrea Alves mostra sua varanda gourmet

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NA PLANTA Já Mariana Fedulo, arquiteta, comprou na planta um apartamento com a cozinha integrada. “Além da localização, que foium ponto forte na minha escolha, um dos motivos para optar pela compra foi a opção de ter a cozinha integrada, já que gosto muito de cozinhar para os amigos”, conta Mariana, que vê na cozinha uma forma de interagir ao mesmo tempo em que possui uma estrutura adequada para preparar os alimentos com mais praticidade. Sendo um cenário nos lares brasileiros onde é possível reunir amigos e familiares e desfrutar de momentos de confraternização e descontração, a cozinha integrada passou a oferecer inovação tecnológica e design, como conta Vera Sehbe: “hoje temos pisos e revestimentos fáceis de limpar e eletrodomésticos modernos. Equipamentos funcionais que facilitam o trabalho, a limpeza e a rganização”. Um balcão de apoio entre os cômodos integrados funciona como uma discreta divisão. O piso integrado passa uma maior amplitude ao espaço. “Os materiais de revestimento e bancadas devem ser práticos, como o inox, os vidros, as pedras, o porcelanato e as pastilhas. A iluminação e a ventilação natural deixam as áreas mais agradáveis. Como a cozinha vai ficar exposta à sala de jantar e estar, é de fundamental importância que tudo seja bem planejado

CLAUDIA ABREU / DIVULGAÇÃO

ção precisa estar alinhada com a sala. Neste tipo de cozinha você pode ousar mais na decoração e fazer coisas diferentes”, diz Décio.

e organizado. Já que o espaço está aberto e se trata de uma área social, a decoração deve seguir o mesmo estilo. Este equilíbrio está relacionado ao uso de cores, móveis e materiais”, explica Vera Sehbe. O custo de um projeto, com um designer de interiores ou arquiteto, para reformar apenas a cozinha (alguns projetos são para a casa toda), está por volta de R$1.500. Com relação ao custo dos acabamentos, pode variar muito, já que temos muitas opções no mercado. “Uma cozinha inteira, com seis metros quadrados, com eletrodomésticos e armários, pode custar entre R$ 10 mil e R$ 15 mil”, relata Mariana Fedulo. Já Claudia Abreu, diz que, por conta do acabamento dos armários e todo investimento que ela fez em eletrodoméstico, o gasto chegou entre R$ 30 mil e R$ 40 mil. Salete Maso / Ag. A Tarde.

DIVULGAÇÃO

Acima: Ao fundo, pia decorada com azulejos coloridos chama a atenção. Ao lado: Espaço in­tegrado com decoração da desi­g­ner de interior Vera Sehbe

DICAS ORGANIZAÇÃO Esta característica é essencial para ter uma cozinha integrada, já que a mesma interfere na estética da sala. AMBIENTES PEQUENOS As cozinhas conjugadas, americanas ou integradas são ideais para espaços pequenos, pois dão a sensação de amplitude. Sobretudo se os ambientes tiverem um único tipo de piso. LUMINOSIDADE Geralmente, as cozinhas pequenas possuem pouca entrada de luz. Derrubar uma parede para integrá-la ao restante da casa pode ser uma solução. A ILHA Fazer uma ilha na cozinha, quando possível, traz mais integração ambiental, já que a mesma incorpora o fogão e a mesa de refeições. AS CORES Sair do branco e usar mais cores na cozinha traz um ambiente mais acolhedor, gerando maior sensação de bem-estar. UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS Um conjunto de panelas de aço inox ou panelas coloridas valoriza o espaço. Alguns equipamentos, como coifas ou armários, trazem acessórios que tornam possível organizá-los de forma criativa. Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 27


Turismo

numa RELAX, numa BOA Piscina privativa de bangal么 no Ponta dos Ganchos (SC)

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Personalidades indicam seus resorts preferidos


ROGERIO MARANHÃO / DIVULGAÇÃO

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ara muita gente, viajar é sinônimo de descansar. Ou seja, não envolve ter de pegar o carro na hora do almoço, fazer trilhas para chegar à praia, dormir em quartos pouco equipados. É para esse tipo de turista que são voltados os resorts. Por definição, eles são hotéis integrados à natureza, que apostam muitas fichas em atividades de lazer, e dos quais o hóspede não precisa sair para nada: nem para comer nem para se divertir. Imagine um jantar servido em uma ilha particular, como promove um resort em Governador Celso Ramos, em Santa Catarina. Ou quartos com piscinas privativas, protegidas pela mata de restinga, como num hotel em Barra de São Miguel, em Alagoas. Os dois locais estão na lista de indicações de oito personalidades – como o músico Gilberto Gil e o fotógrafo JR Duran. Cada uma indicou seu resort favorito no país. Há endereços no litoral, mas também em plena Amazônia, com estruturas de lazer superlativas ou atrações exclusivas, como uma praia particular – com quartos capazes de abrigar famílias ou bangalôs ideais para casais. “Ainda que haja muitos endereços na montanha, o verão é a altíssima temporada para o setor”, afirma Daniel Guijarro, presidente da Resorts Brasil, associação que representa 51 estabelecimentos do tipo. Confira oito resorts indicados por personalidades e suas atrações: jantar em ilha privativa, visitar botos ou u brincar de circo. Gustavo Simon / Folhapress.

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MARCELO ISOLA / DIVULGAÇÃO

Turismo

ANAVILHANAS JUNGLE LODGE Novo Airão (AM) Adriana Barra, estilista Os 16 chalés e quatro bangalôs são envidraçados e dão vista para a floresta - todos têm chuveiro quente e TV por assinatura. Além de um mirante (a 13 metros de altura) e piscina, o hotel oferece passeios pela região, como visita aos botos e trilhas na mata. Diária a partir de R$ 1.840 por pessoa, pacote de três dias (inclui dois passeios por dia). DIVULGAÇÃO

CLUB MED TRANCOSO Porto Seguro (BA) Flora e Gilberto Gil, empresária e músico Em Trancoso, a cerca de 25 km do centro, o hotel ocupa 27 hectares (38 campos de futebol) sobre as falésias de praias menos muvucadas da costa baiana. Mas os “gentis organizadores”, marca registrada da rede francesa, garantem agitação para todas as idades: além de atrações como prática circense e arco e flecha, há atividades exclusivas para bebês, crianças e adolescentes. Adultos têm à disposição piscina, boate, campo de golfe com vista para a praia e um spa. Diária a partir de R$ 722.

TXAI RESORT

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Itacaré (BA) JR Duran, fotógrafo Localizado em uma área de proteção ambiental, o resort está em um trecho semi deserto da praia de Itacarezinho. Turistas hospedados em um dos 38 bangalôs, que ficam sobre palafitas, curtem cinco piscinas, passeios de canoa e tratamentos em um spa que fica no ponto mais alto do hotel, com vista para a mata atlântica. Diária a partir de R$ 1.765 (casal) DIVULGAÇÃO

VILA GALÉ SALVADOR Salvador (BA) Carla Pernambuco, chef Tem perfil de resort mais urbano: está a cerca de meia hora do aeroporto e a 15 minutos de atrações como o Pelourinho. O hotel tem 224 quartos, piscina com vista para o mar da praia de Ondina (com um bar exclusivo) e um pequeno spa. Diária a partir de R$ 1.152 (por pessoa).

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Rio Quente (GO) Marcelo Negrão, ex-jogador de volêi O tradicional complexo tem oito hotéis. Todos dão acesso a um parque aquático e, 24 horas do dia, às piscinas abastecidas com água aquecida. A área infantil é inspirada em”Alice no País das Maravilhas” e recebeu novas atrações no ano passado. Diária a partir de R$ 910.

DIVULGAÇÃO

RIO QUENTE RESORTS

TUCA REINÉS / DIVULGAÇÃO

PONTA DOS GANCHOS EXCLUSIVE RESORT Carlos Ferreirinha, consultor de luxo Governador Celso Ramos (SC) São apenas 25 quartos (o menor tem 80m e alguns contam com mordomo exclusivo) em ambiente cercado de verde, mas que aposta no contato como mar: há passeios de caiaque, stand-up paddle e mergulho – e um novo deque ao qual só se chega pela água. Casais podem agendar jantares exclusivos em uma ilha e massagens no spa. Diária a partir de R$ 1.840 (casal),

ROGERIO MARANHÃO / DIVULGAÇÃO

KENOA RESORT Barra de São Miguel (AL) Alvaro Garnero, empresário e apresentador de TV Próximo à agitada praia do Gunga, mas reservada pela mata de restinga, o hotel tem só 23 quartos – 12 deles com piscina privativa – e uma piscina pequena, mas de frente para o mar. O spa tem quatro salas de massagem. Diária a partir de R$ 1.337.

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NANNAI RESORT & SPA

Porto de Galinhas (PE)

Ricardo Almeida, estilista O lugar é um oásis em meio à lotação de resorts como Summerville e Serrambi. Tem 49 bangalôs cercados por coqueiros e dispostos sobre um espelho d’água (alguns têm piscina privativa), além de 42 quartos um pouco menos luxuosos. Mas todos os hóspedes têm direito a passeios de jangada às piscinas naturais da praia de Muro Alto, a se divertir no campo de mini golfe e a acessar o spa da marca L’Occitane (com tratamentos pagos à parte). Diária a partir de R$ 1.195 (casal). Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 31


Turismo

Viajar é o maior desejo de consumo dos brasileiros, aponta estudo Planejamento e escolha de destinos durante a baixa temporada podem ser o caminho para realizar o passeio dos sonhos

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ma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do portal Meu Bolso Feliz revela que o maior sonho de consumo dos brasileiros é viajar. Fazer as malas hoje está a frente de itens relacionados à beleza, carros e demais bens de consumo. A boa notícia é que, neste ano, o calendário será

um aliado na realização desse sonho: de maneira atípica, 2015 conta com 10 “feriadões” emendados a finais de semana. O problema, entretanto, é que entre os sonhos de consumo ainda não realizados, segundo o estudo do SPC Brasil, 89% se devem à falta de dinheiro. Além disso, 74% das pessoas entrevistadas dizem não ter poupança nem qualquer tipo de reserva financeira para essas realizações. Para fazer a viagem dos sonhos sem se afogar em dívidas a dica é planejamento. O período de descontos na baixa temporada começa após o Carnaval e segue até junho e, depois, se estende de agosto até meados

de novembro. Nestes meses, os viajantes gastam, em média, 30% menos nos pacotes, de acordo com estimativas do setor privado. Em vez de fazer uma grande viagem no ano, as pessoas têm optado por fazer várias viagens de fim de semana, ou nos feriados. Esta é a opinião de Luciana Fioroni, gerente de vendas regional de uma grande empresa do setor. Segundo ela, a nova prática faz parte de uma mudança de perfil do turista brasileiro. Entre os destinos mais populares com atrações durante todo o ano, inclusive fora de temporada estão Foz do Iguaçu (PR) e Vitória (ES). Eles também têm a vantagem de estarem próximos de grandes centros urbanos. Em Foz, por exemplo, mesmo no inverno, é possível ver as Cataratas, embora a redução nas chuvas provoque uma menor vazão das águas. As atrações incluem atividades de ecoturismo, passeios pela Hidrelétrica de Itaipu e compras na fronteira

O PARAÍSO É AQUI Descoberto em 1503, pelo navegador italiano Américo Vespúcio, o arquipélago de Fernando de Noronha é formado por 21 ilhas e apenas 17 quilômetros quadrados de muitas belezas naturais, mar de águas claras, praias de areias douradas e ampla biodiversidade. O distrito pertence à Pernambuco, está dividido entre Área de Preservação Ambiental e Parque Nacional Marinho, e é considerado Patrimônio Mundial Natural desde 2001 pela Unesco

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Família

Participação das mães é fundamental na vida escolar dos filhos

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participação das mães na vida escolar dos filhos deve começar antes até da criança entrar no colégio. Conhecer o local, dialogar com professores e verificar como é a interação entre alunos e funcionários são atitudes que elas precisam tomar para avaliar se o ambiente é correto para seus filhos e para estabelecer uma ligação de confiança com a escola. Por outro lado, manter-se presente no decorrer do desenvolvimento escolar da criança, apoiando-a e auxiliando com os problemas, não é apenas fundamental para assegurar seu desenvolvimento e aprendizagem como também oferece mais cumplicidade entre filho e a mãe. Conheça algumas atitudes que as mães podem tomar para que se envolvam mais ativamente na vida dos filhos na escola. Primeiramente, participar das reuniões de professores e pais. Essa é uma boa forma de conhecer as outras famílias e o colégio e mostrar que você é uma mãe que participa e está interessada na educação de seu filho. A mãe precisa saber também quem ficará com o seu filho durante o período em que ele estiver na escola, e ele se sentirá com mais segurança em saber que as mães conhecem suas “tias”. Desta forma, ele poderá falar mais a respeito disso em casa. Conheça a técnica de ensino e avaliação, já que ele precisa fazer sentido para você. Busque analisar o que é exigido de seu filho e de que maneira ele será analisado e decida se a proposta é a correta, segundo sua avaliação. E ajude seu filho com as dificuldades. Muitas vezes a criança se irrita ou se frustra quando surge um desafio. Fazê-la compreender que é função do colégio tirar o aluno da área de conforto

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pode auxiliá-la a aceitar a dificuldade para, então, conseguir ler novamente, repensar. A mãe pode interagir com seu fillho: se o colégio só ensinasse coisas que você já sabe, não seria um bom colégio, não é verdade? Mantenha aberta a comunicação com a criança. A conversa é primordial para que a mãe conheça a vida escolar do filho. É comum a criança não desejar contar como foi seu dia no colégio. Nessas ocasiões, busque brincar com ela e deixá-la descontraída para que, se abra de forma natural. Também auxilie na lição de casa. É recomendado que as mães dialoguem com os filhos para colocar uma rotina de dever de casa, decidindo onde ele será feito, em que hora, durante quanto tempo, entre outras situações. Valorize o esforço de seu filho no decorrer da tarefa. Estimule, sem fazer o dever por ele, já que é essencial que ele saiba fazer o que foi proposto. Se não souber, a dúvida precisa ser encaminhada para o colégio. Aconselha-se que a mãe tente fazer uma tarefa semelhante ao mesmo tempo, mas que não seja mais atraente do que a dele, como organizar as contas da casa, fazer a relação de compras, entre outras coisas. Desta forma, os dois estarão concentrados. Tenha tempo de qualidade com seu filho. Segundo os especialistas, passar tempo de qualidade com o filho é mais benéfico do que ficar um bom tempo ao seu lado sem interagir. É essencial estar ao lado dele, ouvindo e enxergando de verdade, para poder participar de sua vida, seja no colégio, família ou sociedade. A participação das mães no desenvolvimento de seus filhos é fundamental para que cresçam mais seguros, prontos para a vida e com boas relações com o mundo.

Contar histórias pode evitar que os filhos mintam

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entira é uma das grandes preocupações das mães no processo de educar os filhos. Pequenas mentiras acontecem até em torno dos cinco anos, mas uma criança que passa dessa faixa etária e cresce desenvolvendo o costume de mentir pode ser um problema no futuro. Antes de buscar auxilio profissional, algumas pequenas atitudes podem ajudar no cotidiano para que a criança seja mais verdadeira. É preciso entender que há diversos motivos para a mentira, como esconder


frustrações ou contar vantagens, mas o mais frequente é o receio de ser repreendido ou castigado. Existe a mentira por imitação. Os psicólogos explicam que crianças por não terem ainda a personalidade formada, é comum que imitem determinados comportamentos. Em ambos os casos é necessário muita conversa e, para a segunda razão, é essencial verificar o comportamento dos adultos que cercam a criança e buscar modificar determinadas posturas. O exemplo precisa partir de quem dá a educação. Em situações assim o correto é que aconteça um diálogo tranquilo, de forma a apontar os males de quem mente bastante. A recomendação para ajudar nesse diálogo é investir nos livros infantis. Várias histórias têm como mensagem a importância de dizer a verdade e, se introduzidas na educação das crianças desde cedo, podem fazê-las entender melhor de que maneira negativa o comportamento mentiroso pode afetá-las.

Dicas de livros infantis a respeito da mentira: PINÓQUIO Um clássico sobre o assunto não pode faltar na relação. O boneco de madeira passa por uma situação constrangedora ao perceber seu nariz cresce toda vez que diz uma mentira. Para realizar o sonho de se transformar num garoto de verdade, ele necessita mudar seu comportamento no decorrer da história. Desta forma, Pinóquio aprende que apenas pode contar verdades. PEDRO E O LOBO Pedro era um pastor, que cansado com seu trabalho de cuidar de carneiros, decidiu se divertir enganando os fazendeiros. Ele berrava pedindo por auxílio pois um lobo atacava seus carneiros. Quando alguém o atendia, notava a mentira e Pedro ria da situação. Quando um lobo apareceu de verdade, ele gritou por ajuda, ninguém apareceu, pois ninguém acreditava mais nele. Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 35


Gastronomia

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ngrediente obrigatoriamente presente no café da manhã e/ou da noite tipicamente nordestinos, a tapioca, também conhecida como beiju, é uma iguaria de origem indígena, muito consumida, principalmente nas regiões Norte e Nordeste brasileiros. Pode ser consumida até pura, simplesmente torradinha e molhada no café, ou com os mais variados tipos de recheios, mas o mais tradicional é feito com coco e queijo coalho. Confira a receita de carne seca com abóbora.

FOTOS: RODRIGO CAPOTE/UOL

Tapioca de carneseca com abóbora

INGREDIENTES Massa de tapioca 500 g de goma de tapioca; 1 litro de água. Tapioca 200 g de carne-seca dessalgada, cortada em lascas ou desfiada; 5 colheres (sopa) de cebola picada ou em rodelas; 2 colheres (sopa) de azeite; 500 g de goma de tapioca hidratada; 100 g de abóbora, cortada em cubos pequenos e cozida “al dente”.

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MODO DE PREPARO Passo 1 Massa de tapioca Coloque a goma em uma tigela e adicione a água. Deixe descansar por 12 horas. Antes de usar, retire cuidadosamente o líquido da superfície e pressione um pano limpo sobre a goma, sugando o excesso de água e torcendo-o em seguida. A goma se transformará em um bloco que deve ser esfarelado com as mãos e passado por uma peneira na hora de preparar as tapiocas.

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Passo 4 Coloque a carne-seca refogada sobre a tapioca. Passo 5 Acrescente a abóbora cozida e feche a tapioca. Sirva imediatamente. Crédito da receita: chef Kátia Barbosa.

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Passo 2 Tapioca Em uma frigideira, refogue a carne-seca com o azeite e a cebola. Reserve. Passo 3 Aqueça uma frigideira antiaderente pequena. Adicione a goma de

maneira uniforme (se quiser uma tapioca mais delicada, use uma peneira). Deixe a tapioca aquecer na frigideira. Ao notar que a tapioca já deu liga, vire a massa imediatamente e deixe-a mais um minuto.

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Saltimboca à romana INGREDIENTES Quatro fatias de presunto cru; 4 folhas de sálvia fresca; 280 g de filé mignon, cortado em quatro escalopes; sal a gosto; farinha de trigo, o suficiente para empanar; 2 colheres (sopa) de manteiga; 2 colheres (sopa) de azeite; 12 batatas bolinha ou fatias de batata comum, previamente cozidas.

MODO DE PREPARO Passo 1 Tempere os filés com sal a gosto Passo 2 Em seguida, prenda as fatias de presunto e as folhas de sálvia aos filés com a ajuda de um palito de dente Passo 3 Passe os filés na farinha de trigo Passo 4 Em uma frigideira, esquente o azeite e a manteiga. Doure as batatas Passo 5 Por fim, frite escalopes. Sirva em seguida.

FOTOS: RODRIGO CAPOTE/UOL

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PLANETA DA DEPRESSÃO Doença atinge 7% da população mundial e já é a que mais causa incapacitação; depressivos perdem em média 8 dias de trabalho por mês

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o mundo da depressão, o futuro já chegou. E as notícias não são boas. De acordo com previsões da OMS (Organização Mundial da Saúde) feitas no século passado, em 2030 o mal seria responsável por 9,8% do total de anos de vida saudável perdidos para doenças. Pois esse índice foi atingido em 2010. E as perspectivas de melhora não são nem um pouco otimistas, segundo Kofi Annan, ex-secretário geral das Nações Unidas, que abriu o seminário “The Global Crisis of Depression” (A crise global da depressão), promovido pela revista britânica “The Economist” e realizado em Londres em novembro passado. “A depressão atinge hoje quase 7% da população mundial –

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cerca de 400 milhões de pessoas”, apontou ele. “Incapacita os atingidos pela doença, coloca enorme peso em suas famílias e rouba da economia a energia e o talento das pessoas.” Segundo ele, em 2010 os custos diretos e indiretos da depressão eram estimados em US$ 800 bilhões (mais de R$ 2 trilhões) no mundo todo. “E, de acordo com as previsões, esse custo deve mais do que dobrar nos próximos 20 anos”, alertou ele. Um estudo apresentado no evento pelo diretor do Instituto de Psicologia Clínica e Psicoterapia da Technische Universitaet de Dresden, Alemanha, Hans-Ulrich Wittchen, sustenta esse cálculo. A pesquisa analisou dados de 30 países de 2001 a 2011 para medir o tamanho das doenças mentais no continente e seu custo.


“Os males da mente são os mais prejudiciais e limitantes entre todos os grupos de doenças”, disse ele. “E a depressão, individualmente, é a mais incapacitante das doenças”, afirmou, citando dados da OMS e os que sua pesquisa levantou. Os resultados, para a economia, são também gigantescos: em média, pessoas com depressão perdem cerca de oito dias de trabalho por mês, contra apenas dois da população “saudável”. DOENÇA FAMILIAR O mal atinge principalmente as mulheres, especialmente em seu período fértil e mais produtivo. “Há muitas implicações para as vidas das crianças e das famílias, pois há a transmissão de comportamentos depressivos para os filhos. Há dados que mostram que isso pode acontecer até mesmo na gravidez”, afirma Wittchen. Os números, segundo ele, mostram que o risco de filhos de mães deprimidas terem depressão até os 25 anos é duas vezes mais alto do que entre filhos de mães que não sofreram de depressão. Uma nova pesquisa Datafolha, encomendada pelo laboratório Eurofarma, também apontou que a depressão é uma condição familiar. Mais da metade (57%) dos entrevistados que têm a doença disse que tem outro membro na família com depressão. O Datafolha ouviu 430 moradores de São Paulo – 222 que receberam diagnóstico de depressão e fazem ou já fizeram tratamento e 208 familiares de pessoas com a doença. A margem de erro é de sete pontos percentuais, taxa comum nesse tipo de estudo com amostra relativamente pequena, segundo Paulo Alves, gerente de pesquisa de mercado do Datafolha. A principal causa da depressão citada tanto por doentes como por familiares são os problemas de saúde. Já o segundo lugar da lista mostrou divergências curiosas. Questões familiares foram apontadas como causa da depressão por 28% dos doentes. Já os próprios familiares minimizaram sua parcela de culpa: só 21% citaram essa como causa da doença. A pesquisa corrobora ainda o impacto que a depressão tem no trabalho: 37% dos doentes não fazem parte da população economicamente ativa, 11% deles por problemas decorrentes da doença. Rodolfo Lucena e Mariana Versolato / Folhapress.

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H

á cinco meses, a vendedora Fernanda Moretti, 33, trocou um antidepressivo por um remédio usado contra hipertensão. O objetivo: dar fim às crises de ansiedade que a acompanhavam desde os 18 anos. “Já tomei de tudo, de ansiolíticos a antidepressivos. Nada tinha funcionado.” A solução para ela foi o metoprolol, droga da classe dos betabloqueadores indicada para uma série de doenças cardíacas, como arritmia e angina. Fernanda, porém, não tem problemas no coração. “Eu tinha crises de pânico que vinham do nada. O coração acelerava, eu ficava pálida e sentia muita ansiedade, pensava que ia infartar.” Ao sentir os sintomas, ela ficava ainda mais nervosa. Com o betabloqueador, que controla sinais como palpitação e tremores, comuns tanto nas doenças cardíacas quanto nos transtornos de ansiedade, a sua percepção é que o problema está resolvido. Ela não é a primeira nem a única que tem recorrido à droga do coração para se acalmar. “Agora com a internet e as redes sociais parece que esse uso tem aumentado. Muitas pessoas tomam porque ouvem dizer que é bom para não ficar nervoso em uma apresentação ou entrevista de emprego”, afirma Sergio Tamai, psiquiatra membro da Associação Brasileira de Psiquiatria. A constatação preocupa o médico, já que os betabloqueadores são mais baratos que os antidepressivos e, apesar de serem de tarja vermelha, que exige prescrição médica, são vendidos sem receita nas farmácias. “As pessoas pensam que não há riscos, o que é errado”, diz Tamai.

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Instigados pela internet, pacientes usam remédios contra a hipertensão para aliviar a ansiedade; há vários riscos envolvidos, dizem médicos

Fontes: Ricardo Pavanello e César Jardim, cardiologistas; Sergio Tamai e Fernando Fernandes, psiquiatras.


O primeiro dos riscos vem do principal objetivo do remédio, que é controlar a pressão arterial. Se a pessoa não tem hipertensão nem doenças do coração, o uso contínuo, mesmo em pequenas doses, pode baixar a frequência cardíaca e interferir na pressão. “É necessário que o uso seja acompanhado. Com o tempo a pessoa pode sentir tontura, náuseas e queda de pressão”, diz o cardiologista Ricardo Pavanello, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Outro risco, segundo Tamai, é desencadear episódios depressivos se a pessoa já tiver alguma tendência. Além disso, quem tem asma, bronquite ou doença pulmonar crônica não deve usar esse medicamento, porque o quadro pode se agravar. Pavanello questiona não só a segurança como a eficácia do uso episódico, feito sem orientação médica antes de um evento específico. Segundo o cardiologista, uma dose isolada de betabloqueador não terá muito efeito no controle de sintomas como tremores e palpitação. “O efeito completo da droga você obtém ao longo do tempo. O uso eventual é só um placebo”, diz. De acordo com o psiquiatra Tito Paes de Barros Neto, pesquisador do Ambulatório de Ansiedade do Hospital das Clínicas de São Paulo, estudos comparando a eficácia dos betabloqueadores e de antidepressivos mostraram que o efeito do remédio para o coração é, de fato, similar ao de um placebo. “Por ajudar no controle dos sintomas físicos, talvez a droga dê um ‘empurrão psicológico’, mas não há muito respaldo científico. Ainda é um uso experimental.” Foi esse empurrão que surpreendeu a estudante Camila Alves, 19. Ela sofre de crises de ansiedade e, desde os 13, toma antidepressivo. Há três semanas começou a tomar propanolol. “Eu tinha picos de pressão, falta de ar e dor no peito. O antidepressivo não resolvia muito e o propanolol

tem ajudado bastante.” Em casos assim, em que o betabloqueador é usado como coadjuvante no tratamento, há menos controvérsia. “Pode ajudar no alívio de sintomas físicos, sim, e isso ajuda a controlar a ansiedade. Mas é preciso também tratar a doença, não só o sintoma. O betabloqueador não age na causa, só na consequência”, diz o psiquiatra

Fernando Fernandes. O tratamento padrão para transtornos de ansiedade como síndrome do pânico ou fobia social inclui antidepressivos, ansiolíticos e psicoterapia. Para Fernandes, assim, usar apenas o betabloqueador seria como “tratar uma pneumonia só com um antitérmico”. Juliana Vines / Folhapress. ANDERSON PRADO / FOLHAPRESS

A vendedora Fernanda Moretti, 33, que usa betabloqueadores

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Saúde & Bem-Estar

Nem tão poderosos ‘Superalimentos’ não fazem milagre: seus benefícios não são unânimes, e há opções mais baratas para substituí-los

E

magrecer, controlar o colesterol, melhorar a memória, diminuir o risco de doenças cardiovasculares e câncer. Parece lista de desejos de verão, mas são algumas das funções atribuídas a “superalimentos” como frutas vermelhas, cacau, castanha-do-Pará, quinoa e os queridinhos da vez, goji berry e chia. Os dois últimos, especialmente, viraram panaceia em 2014. No Brasil, as pesquisas no Google por “goji berry”, fruta do sul da Ásia, cresceram 10 vezes de março de 2013 a março de 2014, por exemplo. A moda é embalada pelo marketing dos produtos, que por sua vez se alimenta de resultados de pesquisas. Mas, apesar dos estudos, os superpoderes desses alimentos estão longe de ser unanimidade. “É mais criação do marketing do que da ciência”, diz a nutricionista Manuela Dolinsky, professora da Universidade Federal Fluminense. Para ela, o maior problema é a falta de evidências científicas. Muitos dos estudos são feitos em laboratório, com culturas de células. Também há pesquisas com animais, mas trabalhos em humanos são poucos e

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insuficientes. “Basta ter um artigo comprovando um efeito in vitro que o resultado já é extrapolado para qualquer situação, sem comprovação”, diz a nutricionista Ana Luísa Faller, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Um exemplo é o açaí, fonte de antocianinas, pigmento avermelhado com ação antioxidante. Estudos com ratos já relacionaram o consumo da fruta com a prevenção de câncer, de danos cerebrais e com o controle do colesterol. “Mas os estudos envolvem simulações. Ainda não se sabe qual é o efeito real no nosso organismo, onde e como os compostos agem”, diz Daniela Souza Ferreira, engenheira de alimentos da Unicamp. ANTIOXIDANTES Nem tudo é exagero nas propriedades dos “superalimentos”. De fato, açaí e outras frutas vermelhas são boas fontes de compostos bioativos, substâncias com diversas funções, mas popularizadas pelo poder antioxidante. O organismo humano produz radicais



Saúde & Bem-Estar

8 dicas saudáveis para implementar neste ano Especialista em medicina preventiva e longevidade usa medicina Ayurvédica para dar informações importantes sobre saúde em 2015

T

oda vez que quer falar sobre algo simples, mas que seja muito saudável e que realmente funcione, o médico do esporte, Fábio Cardoso, especialista em medicina preventiva e longevidade, não pensa duas vezes em “passar os olhos” na medicina ayurvédica. A ayurveda, a ciência da vida, é um conjunto de conhecimentos e práticas muito antigas, proveniente da Índia, e é utilizada tanto para o tratamento de doenças como também no processo de prevení-las. Para o profissional, este estilo de vida ayurvédico têm sido respaldado e validado por pesquisas médicas atuais, trazendo saúde e felicidade para o indivíduo e sociedade. O ano novo cria em todos um entusiasmo que ajuda a tentar trocar hábitos não muito saudáveis por outros melhores, mas às vezes falta praticidade nos planos. Por isso o especialista sugere

O

ritmo de vida das mulheres mudou. Com os benefícios trazidos pela modernidade, também vieram os riscos para a saúde. Entre eles, está o do AVC (acidente vascular cerebral), que é a segunda causa de morte entre mulheres em todo o mundo. “O número aumentou porque as mulheres estão sendo mais diagnosticadas do que eram tempos atrás e também pelo seu estilo de vida. Hoje, há menos donas de casa, e as mulheres estão mais expostas ao estresse e à obesidade, entre outros fatores”, explica Carla Peron, diretora médica e científica da Covidien América Latina. Segundo ela, a mulher está mais suscetível ao problema porque pode passar por tratamentos de reposição hormonal e usar pílula anticoncepcional. “As pessoas com fatores de risco ligados a doenças coagulantes precisam ter mais atenção, além de controlar pressão, diabetes e ter uma alimentação saudável”, completa a médica. Além disso, as mulheres estão vivendo mais, e o risco também aumenta com a idade.

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10 passos simples, mas muito importantes na ayurveda, que advoga um regime diário para uma vida saudável. São princípios relacionados com as estações do ano, alimentação e práticas pessoais, que geram benefícios físicos e psicológicos, e o melhor, adaptados aos dias atuais. 1.BEBA ÁGUA! A medicina ayurvédica recomenda beber pelo menos três litros de água ao dia, dependendo da estação do ano. Vamos modernizar: 35-40ml/kg/dia. Os motivos são muitos, mas vamos enfatizar um bem importante: somos quase 70% água, e estar bem hidratado melhora nossa capacidade de funcionar como organismo, além de auxiliar no processo de remoção de toxinas (tão presentes hoje em qualquer coisa – ar, alimentos, líquidos, entre outros). 2. INCLUA PROTEÍNAS NA SUA DIETA. Principalmente as mulheres têm uma tendência a ingerir pouca proteína, um dos macronutrientes mais negligenciado e que devemos dar

Risco feminino Mulheres têm sofrido mais AVCs do que homens; tratamentos hormonais estão entre causas.


muita atenção. As fontes podem ser várias, animais e vegetais e fazer o rodízio e ter variedade funciona muito bem para o nosso organismo.

in natura ganha de longe em vantagens. Muito importante: varie. Não vale comer a mesma fruta todos os dias. Varie pelo menos a cada três/quatro dias.

3. COMA NOS HORÁRIOS CERTOS. A ayurveda recomenda um esquema de horários para se alimentar. Procure respeitá-lo. Pular o desjejum, almoço ou jantar leva, na visão ayurvédica, a um desarranjo digestivo e metabólico e abre as portas quando acontece muitas vezes (mesmo se alimentando de forma saudável) para obesidade, hipertensão, diabetes entre outras.

6. APLIQUE ÓLEO CORPORAL ANTES DO BANHO: Para a ayurveda, uma das formas mais efetivas para detoxificar é massagear-se com óleo antes de tomar banho uma vez por semana. Este hábito aumenta o fluxo circulatório na pele e pode desacelerar o processo de envelhecimento cutâneo. E é uma delícia de se fazer.

4. DE OLHO NA SUA COMIDA! Preste atenção no que você come. Parece exagêro, mas este hábito simples aumenta sua digestão e metabolismo (não vire um zumbi mastigando comida que você nem saboreia vendo TV, por exemplo). Nunca coma quando você está com pressa, especialmente quando está trabalhando, dirigindo, etc. Você verá que esse detalhe é muito importante e parar para comer vai deixar seu dia a dia até mais produtivo. 5. COMA UMA FRUTA POR DIA. Adicione uma fruta da estação (de preferência produzida na região, óbvio que in natura). Suco pode, claro, mas a fruta

Esse fato não é novo, de acordo com o ginecologista César Eduardo Fernandes. “Quando a pílula surgiu, nos anos 1960, os médicos começaram a perceber que os casos de trombose aumentaram entre mulheres que faziam uso do hormônio”, explica. “Há tentativas com uso de hormônios naturais, que podem trazer

7. DETOXIFICAÇÃO: Detoxificações regulares ao fim de cada uma das quatro estações do ano, pelo menos. Hoje temos muitas formas de realizar, e vários protocolos alimentares podem ser utilizados. Pergunta ao nutricionista para lhe orientar. 8. DEZ MINUTOS DE MEDITAÇÃO POR DIA: Começe respirando fundo e fique atento ao seu ciclo respiratório. Para um processo mais efetivo, a ayurveda recomenda orientação profissional para adequar à você uma forma yoga ou outra técnica de meditação. Este exercício deveria ser diário, se estamos buscando um estilo de vida saudável. Para Fábio Cardoso, meditação deveria ser matéria escolar.

mais segurança, mas ainda não foi encontrada uma solução ideal.” Por esse motivo, os médicos defendem que a mulher sempre tome o anticoncepcional indicado pelo seu médico. “O uso da pílula favorece a formação de coágulos, e o médico sempre pesa a real necessidade da mulher com os riscos que ela pode correr. Pílulas de menor dosagem são menos arriscadas, mas têm maior tendência à falha”, explica Maurício Hoshino, neurologista da divisão de clínica neurológica do Hospital das Clínicas. Outro motivo para as mulheres sofrerem mais com o AVC é por sua formação genética. “O impacto do problema é um pouco maior, porque a mulher tem as artérias mais finas e pode passar por uma gravidez, que mexe com os hormônios também”, diz Ricardo Pavanelo, supervisor de cardiologia do HCor. “No período pré-natal, é preciso rastrear se há doenças da coagulação, verificar o histórico familiar, evitar a diabetes gestacional com boa alimentação e, ainda, praticar exercícios físicos moderados”, complementa o neurologista Rodrigo Meirelles. Fabiana Schiavon / Folhapress.

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Viver Bem

Atividade física regular ajuda a manter articulações saudáveis Estrutura é o que garante o movimento do corpo e tende a ficar mais frágil com o passar dos anos

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A

s articulações do corpo são fundamentais para qualquer movimento que se faça, principalmente a locomoção. Mas, como ela é uma estrutura frágil, é necessária toda atenção para mantê-la saudável, sobretudo com o passar dos anos. “Indivíduos de vida muito sedentária, quando chegam a uma certa idade, têm mais risco de ter problema nas articulações”, afirma


o fisiologista do esporte Turibio Barros. A recomendação é nunca deixar que a idade faça regredir de forma muito acentuada seu nível de atividade física habitual”, afirma o especialista. Para isso, é importante manter o corpo em movimento ao longo da vida e também fortalecer a musculatura. “Quando não se faz nenhuma atividade física, o músculo atrofia. Com isso, o peso age de forma muito mais impactante”, afirma. Por isso, dizem os especialistas, para se prevenir de problemas, é importante perder peso e fazer alongamentos e exercícios de equilíbrio, principalmente as pessoas mais velhas. “E é importante ter cuidado com atividades que facilitem as torções e os traumas locais”, ressalta o ortopedista Fabiano Nunes Faria. AJUDINHA Existem medicamentos chamados condroprotetores, que agem minimizando o processo degenerativo da cartilagem articular. Mas é importante procurar um especialista para fazer uma avaliação antes de usá-los. Alimentos não têm influência direta no fortalecimento das articulações, mas o colágeno é importante para manter a saúde dessa estrutura. “E a principal fonte de colágeno vem da alimentação”, revela Nunes. “O que se recomenda sem medo de errar é comer gelatina sempre. Ela é uma importante fonte de colágeno”, ressalta Barros. ESTRALAR NEM SEMPRE INDICA PROBLEMA O famoso “estralar a articulação”, como acontece em mãos e joelhos, na maioria das vezes não indica problema. O barulho que normalmente mostra um problema é como se fosse um rangido, como se a articulação estivesse raspando. Em casos graves, há deformidades (articulação vai entortando), limitação de movimento e inchaço (derrame articular conhecido como “água no joelho”). Bárbara Souza / Folhapress.

Hábitos simples são capazes de combater o sedentarismo

P

equenas mudanças de comportamento podem fazer com que a pessoa aproveite o dia de trabalho para combater o sedentarismo. Com a ajuda de especialistas em fisioterapia e fisiologia, preparamos um guia com sete dicas capazes de livrar desse problema quem tem dificuldade em achar tempo para se exercitar. De acordo com os especialistas, a primeira recomendação que deve ser seguida é aproveitar o trajeto entre a casa e o trabalho. Segundo o fisioterapeuta Reginaldo Ceolin do Nascimento, trocar o elevador pelas escadas do prédio do trabalho também contribui no combate ao sedentarismo. Se o edifício for alto, ele sugere que a pessoa suba alguns andares acima do local de trabalho e desça até lá pelas escadas. ‘Esse exercício ajuda a perder peso e aumentar a resistência muscular da pessoa’, explica. Até mesmo a hora do almoço pode ser uma aliada. Nesse caso, dizem os especialistas, u

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Viver Bem

quem tem o costume de almoçar na mesma quadra do seu local de trabalho pode passar a se alimentar em um restaurante um pouco mais distante de lá. Há estudos que comprovam que 30 minutos de exercícios diários, mesmo fragmentados, são capazes de livrar a pessoa do sedentarismo. Apesar de simples, os hábitos que livram a pessoa do sedentarismo são um fator fundamental para a melhora da qualidade de vida, segundo o fisiologista Paulo Zogaib. “O que melhora a qualidade de vida é o gasto calórico diário. Essas dicas não são as indicadas para quem está em busca do corpo perfeito, mas elimina um fator de risco para problemas graves, como as doenças cardiovasculares.” Léo Arcoverde / Folhapress.

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Moda

Colar para vestir Sucesso total entre as famosas, o “body chain” é usado com biquínis e blusas curtas e combina também com peças formais e de cor escura

U

m acessório que já fez a cabeça das famosas e blogueiras é o “body chain”, uma espécie de colar de corpo. A tendência tem inspiração na cultura indiana, repleta de acessórios. Segundo a consultora de moda Camila Diniz, o acessório tomou fôlego recentemente, quando foi adaptado para as passarelas internacionais em marcas renomadas, como a Givenchy. “As brasileiras aproveitaram o verão para incrementar a roupa com esse adereço, que pode ser usado por cima do biquíni ou do maiô.” Segundo a designer de moda Sarah Godoy, o colar pode compor um “look” bacana para quem viaja em um cruzeiro, por exemplo. “Uma festa na piscina, um almoço na beira da praia, algo que envolva o biquíni ou uma roupa despojada. Mas nunca para tomar sol ou entrar no mar”, explica ela. Isso porque o acessório tende a deixar marcas estranhas após o bronzeado. E sem falar que as bijuterias são feitas de metal, e o contato com a água do mar pode estragá-las, ou mesmo provocar alergias. Caso deseje deixar sua roupa mais urbana, também é possível. A blogueira Gabriela Sales, que escreve no “Rica de Marré” (www.ricademarré.com. br) há cinco anos, gosta de usar a peça com blusas mais básicas. “Melhor escolher peças lisas, assim não existe atrito entre o acessório e a blusa. Também prefiro cores escuras, pois acho que fica mais bacana.” Sarah concorda. “Apesar de parecer despojado, se o colar for utilizado com algo mais fino, em cima de uma camisa preta, por exemplo, fica democrático.” Outra dica é utilizar o colar com um “cropped”,

CONTRATE COM SEGURANÇA

blusas mais curtas, que deixam a cintura em evidência. Porém, nesse caso, é preciso cuidado. “O acessório traz sensualidade ao visual, por isso, a mulher precisa ter o corpo em forma, já que a cintura fica em evidência”, explica Chris Francini, consultora de moda. Apesar de ser algo que está muito identificado com o verão, o colar tem

tudo para sobreviver nas próximas estações, acredita Camila. “A princípio, as brasileiras aderiram à tendência, complementando o ‘look’ com peças de verão. Mas nada impede que a moda se estenda até as demais estações, afinal, não há nada que a limite.” Julia Couto / Folhapress.

l Confira sempre a qualidade do serviço antes de contratá-lo. l Certifique-se de que o anunciante possua referências confiáveis. l Requeira sempre nota fiscal do serviço contratado, é um direito seu. l Os textos e responsabilidades de fornecimento desses serviços são única e exclusivamente do anunciante. Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 49


Nutrição

Eu só quero ser feliz A receita para um casamento feliz é simples: inclui respeito à privacidade, admiração e muitas risadas Mirian Goldenberg

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erá que existe algum segredo para um casamento feliz? Uma arquiteta de 49 anos disse que o segredo da sua felicidade conjugal é a admiração mútua e o respeito à privacidade. “Tenho um banheiro só para mim e o meu marido tem o dele. Não entro no Facebook dele, porque não me interessa saber quem são as mulheres que mandam mensagens engraçadinhas. Se ele quiser sair com os amigos ou ir a uma festa sozinho, não vejo o menor problema”. Ela critica as amigas ciumentas que querem controlar os maridos. Diz que elas morrem de inveja do seu casamento. “Não acredito que colocar uma coleira no pescoço do marido garante a fidelidade. Se ele quiser ser infiel, pode me trair em viagens, na hora do almoço, na internet. Se ele me ama e não quer me perder, por que irá me trair? É o famoso livre-arbítrio. Prefiro ser fiel porque estou feliz e não por usar um cinto de castidade. E viceversa”. O marido, um engenheiro de 45 anos, acha o maior clichê dizer que os homens preferem as mulheres mais jovens. Diz que não existe nada mais sedutor e atraente do que a maturidade e a inteligência de uma mulher. “Tenho a maior admiração pela minha esposa. Ela é muito inteli-

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gente, independente, divertida, carinhosa, companheira. Gosto das nossas conversas e brincadeiras, somos muito apaixonados. Meus amigos estão sempre buscando aventuras, garotas de programa, casos com estagiárias. Eles precisam provar o tempo todo que são homens de verdade e dizem que eu sou meio broxa porque sou fiel. Não preciso provar nada para ninguém, eu só quero ser feliz”. Ele acrescentou: “Pode parecer mentira, mas nunca brigamos. Qual é o segredo da nossa felicidade? Muito simples: eu cuido dela exatamente como quero ser cuidado, escuto como quero ser escutado, sou fiel como quero que ela seja. Todos os dias celebramos o nosso amor com alguma surpresinha. Temos cuidado para manter o mesmo respeito, carinho e tesão do início. Fomos muito infelizes em casamentos anteriores. Sabemos que o nosso é uma joia muito rara e especial”. Ele concluiu dando os principais ingredientes da felicidade do casal: compreensão, carinho, admiração e, principalmente, muitas risadas. Se é tão simples assim, por que encontro tantos casamentos infelizes?

MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br

Frutas e a dieta das cores: seus benefícios e funções Coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul lista cinco cores de variedades de frutas, de acordo com a relação nutricional

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inicio de ano é marcado como a fase de renovação de es­ tilo de vida de muitos, inclusive na alimentação. De acordo com estudos do curso de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul, a ingestão de variedade de frutas permite ter acesso a diversos benefícios nutricionais, conforme as cores das polpas ou cascas. “A cor dos alimentos é como uma bússola para direcionar os ingredientes com boas doses de proteínas, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais”, explica a coordenadora do curso de Nutrição da instituição, Ligia Lopes. Outra vantagem que pode ser aproveitada é o poder de saciedade que uma dieta colorida pode oferecer, ajudando a controlar os excessos. “Variedade é a palavra chave, pois assim conseguimos uma maior oferta de nutrientes quando variamos ao máximo as cores e sabores”, finaliza Ligia. Confira a lista de cinco cores com variedades de


frutas com suas funções e benefícios, por meio das cores, selecionada pela professora: 1) FRUTAS BRANCAS: banana, atemoia, fruta do conde, melão Contém flavonóides que ajudam a reduzir colesterol, diminuir a pressão arterial e combater os efeitos das infecções; auxiliam na produção de energia, no funcionamento do sistema nervoso e inibem coágulos na circulação. 2) FRUTAS VERMELHAS: morango, amora, tomate, melancia, cereja Os carotenóides atuam como pró-vitamina A e antioxidante. Benéfico para o coração, memória, previnem câncer, estresse e fortalece os olhos e pele. O licopeno presente no tomate ajuda a prevenção de câncer de próstata e mama. 3 ) F R U TA S LARANJAS E AMARELAS: melão amarelo, mamão, manga, pêssego Contém carotenóides e bioflavonóides, ricos em vitamina C e importantes a nt i ox i d a nte s . Benéficos para a saúde do coração, visão e sistema imunológico. Contribuem para melhorar a retenção hídrica, reduzir a pressão arterial e a circulação em geral. 4 ) F R U TA S VERDES: kiwi, maçã verde, uva verde Contém beta-caroteno, luteína, folato, vitaminas C e E, ferro, potássio e cálcio. Promovem o crescimento e ajudam na coagulação do sangue, evitam fadiga mental, auxiliam na produção de glóbulos vermelhos do sangue. Possuem ação cicatrizante e antibacteriana 5) FRUTAS ROXAS: figo, uva, jabuticaba, ameixa Contém antocianina, um flavonóide que ajuda na prevenção de doenças cardíacas e hepáticas, retardam o envelhecimento e preservam a memória.

Presenças É possível provocar visões e experiências extracorporais nas pessoas ao perturbar a integração dos sentidos Suzana Herculano-Houzel

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isões, experiências extracorporais e de presença de entidades invisíveis são fenômenos que não fazem parte do cotidiano da maior parte das pessoas. Ainda assim, são comuns o suficiente para figurarem em textos religiosos e na literatura espírita e paranormal --e portanto, devem ter algum fundo de verdade. Para o neurocientista Olaf Blanke, da Escola Politécnica de Lausanne, Suíça, esses fenômenos são de fato reais: um produto de desencontros de informações sensoriais no cérebro, causadas por ataques epilépticos, lesões, problemas apenas transitórios – ou intervenções controladas em laboratório. Olaf se interessa por percepções anormais há pelo menos 12 anos, quando descobriu que uma perturbação elétrica induzida no córtex parietal de uma pessoa saudável durante uma cirurgia do cérebro é capaz de provocar uma percepção extracorporal. A razão seria a perturbação da integração normal entre sinais oriundos dos sentidos da visão, da propriocepção (o sentido da posição espacial do próprio corpo) e do equilíbrio. Normalmente, esses sinais casam. Mas, se há discrepância, o cérebro se decide pela interpretação mais razoável --mesmo que ela envolva algo improvável, como o self estar momentaneamente fora do corpo, olhando

para si mesmo. Em um novo estudo, sua equipe abordou a sensação de uma “presença” imaterial. Olaf notou que pacientes neurológicos que relatavam essa sensação, sempre próxima do próprio corpo e atrás dele, tinham em comum lesões em uma mesma região: a porção frontal do córtex parietal, que integra sinais sensoriais e motores dos movimentos causados pelo próprio corpo. A sensação de presença, portanto, talvez fosse causada por uma incongruência entre esses sinais do próprio corpo. Usando robôs controlados por voluntários para aplicar toques às suas próprias costas, a equipe demonstrou que a sensação de uma presença imaterial pode ser provocada sob encomenda. Basta que os robôs introduzam um intervalo de meio segundo entre o comando do voluntário e o toque às suas costas, e “voilà”: para o cérebro, a causa deste toque deixa de ser ele mesmo. Pelo jeito, em caso de incongruência momentânea entre os sentidos, e na falta de explicação melhor, o invisível é uma explicação perfeitamente razoável para o cérebro.

SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com

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Janelas Abertas Gilka Bandeira

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á tendo feito ensaios animadores no cais, o poeta Mario combinou com meu irmão Eduardo, aquela que seria a grande pescaria. Fui naturalmente incluída para garantir a boa sorte. Também eu não perderia a oportunidade de estar num barco sobre as águas da Baía de Todos os Santos e de tentar ir à Ilha do Medo, que até agora só conheço de mirar à distância. Eduardo chegou aqui em casa com três dias de antecedência e logo iniciou os preparativos. Primeiro, encontrar um barco para alugar. A negociação não foi lá das melhores, todavia pra vontade tamanha bem valia o preço. De uma destas idas e vindas em busca do barqueiro, trouxe uma vara de bambu, por preferi-la às varas com molinetes que Mario dispunha. Para isca, queriam lula, por ser mais resistente, contudo tiveram que se contentar com os tradicionais camarões. O embarque seria às 14h30. Desde cedo o sol se escondera e as nuvens densas prenunciavam chuvas. Daria pesca? Na dúvida e enquanto esperava a hora, recebendo as sucessivas mensagens de Mario de que estava a caminho, estava perto, estava chegando, Eduardo se pôs a arrumar o equipamento. O poeta pescador enfim chegou e olhando o céu ainda mais escuro, temeu que o dono do barco se recusasse a ir pro mar. Ouvindo isto, Dalva, que também almoçava com a gente, perguntou: “Por que não pescam no domingo?” “Por que no domingo, Dalva?” “Ora, estou preocupada. Irem pro mar num dia assim, são doidos, são?” Rimos do medo dela e de satisfação pelo carinho que nos devota. Tudo pronto, no ‘vamos que vamos’ da ansiedade, lá fomos nós, sob o nublado manto de nuvens e da apreensão da nossa amiga. Do píer principal da marina Eduardo apontou: “Olhem lá, o ‘Ubirajara’, o nosso barco, aquele azul e branco”. Ricardo, o dono do barco não estava às vistas, fomos

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A pescaria achá-lo no pátio da velha indústria de envasamento da água mineral Itaparica. De lá voltamos ao píer da marina onde embarcaríamos. Ufa! Quanto vai-e-volta. Vida de pescador não é moleza, mas seríamos regiamente recompensados, nisto confiávamos. Enfim nos fizemos ao mar, que apesar da sisudez do céu, estava liso. Sem o sol a pino e brisinha fresca seria até mais agradável. Ricardo no comando nos levava para o que ele dizia ser bom pesqueiro, à beira dum sinalizador, perto da Ilha do Medo. Se eu já queria, estando tão próximo, roguei para darmos chegadinha lá. Não houve jeito de comover os duros corações dos homens. Não queríam se atrasar e alegavam não ser aquela uma viagem de turismo. Ao passarmos quase rente à Ilha, Mario, pra me pirraçar, a rir, acenou dando adeus a ela. Foi aí que me vali da praga usual de minha mãe: “Deixe estar jacaré, que a lagoa há de secar”, o que, no momento, se traduziria como: “deixe estar pescador, que os peixes hão de faltar”. Íamos no bem bom, de repente, o motor do barco parou. Surpresos, indagamos se ali era o pesqueiro. Ricardo, marujo de pouca conversa, respondeu que não. Abriu a portinhola, tentou religar o motor. Acionou a manivela, nada. Abriu uma grande lata tentando achar alguma coisa. Estávamos à deriva. Ai, ai, ai, ai, de novo? Pensei lembrando-me da aventura que vivi com Mara e Adilson, anos atrás. O nosso timoneiro, sem nada explicar, arriou a âncora e nos mandou pescar, passando um carretel com linha pra Eduardo, dizendo ser melhor do que a vara de bambu, a qual me entregou, sagrando-me pescadora. Foi fácil deduzir que nos queria entretidos, enquanto tentava dar jeito no motor sem apreensões ou intromissões. Problema sanado, logo depois chegamos ao local da pescaria. Antes de começar, tivemos de aguardar a curiosa e magistral manobra para alinhar o barco ao sinalizador. Ricardo, em pé, na proa, segurando a corda da âncora já dentro d’água, mas sem encostar ao fundo, fazia imperceptivelmente com que a popa do

‘Ubirajara’ se aproximasse do mini farol. Afinal, barco parado e alinhado, começamos a pescaria. Eu observava a paisagem. As nuvens escuras desciam alongando-se no horizonte e sobre a cidade. E nada de peixe. Quando enfim a Ilha dos Frades desapareceu na noite que chegara pra aquelas bandas sem haver crepúsculo, o mestre falou: “Vamos mudar de pesqueiro”. Não por medo da chuva, pois não tratou disto, mas porque o mar ali não estava pra pescador. Até então só se tinha jogado e puxado linha em vão ou tão só pra repor iscas. Seguimos para uma plataforma da Petrobrás. Voltamos a dar de comer aos peixes, agora mais amiúde, o que criava esperanças, justificadas quando daí a pouco Ricardo pegou um peixe grandinho e mais outro para animação geral. Daí o inusitado sucedeu: um peixe fisgou meu despretensioso anzol. Puxei a vara gritando que tirassem o peixe, que eu não tinha coragem. Meu irmão se encarregou da operação. Joguei a linha novamente, e de novo aconteceu, pesquei o segundo, o terceiro, o quarto peixe, acompanhados da minha presepada de pena dos bichinhos. Senti misto de constrangimento e satisfeito orgulho. Afinal era a grande pescadora que deixava os dois “experientes” pescadores a verem passar peixes e a se prepararem para suportar a gozação pro resto da vida. Pra piorar, Eduardo teve a brilhante ideia de lavar o maior peixe que jazia no chão do barco. Assim que bicho se sentiu na água, deu um repelão e sumiu, pra nunca mais. À noite, na varanda do “Amigos do BBQ”, abrigados da torrencial chuva de verão que por fim caiu, contávamos a grande aventura à Dalva e Antônio, com os entremeios da minha insuportável gabolice. Falamos dos raios que cruzaram sobre nós, do tubarão que fisgado por um dos nossos anzóis arrastou o barco, da enorme onda que quase nos faz naufragar, do tamanho (crescente a todo instante) dos peixes que escaparam e dos que pegamos. Alegres como crianças, mostrávamos que em matéria de histórias éramos autênticos pescadores. No mais, nem tanto, para felicidade geral dos peixes, isto porque Eduardo e Mario ainda não aprenderam a chamar os peixes e eu continuo preferindo só apreciar a paisagem.


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Normal federal regula exposição e venda de animais / Continuação da página 21

ciais também devem ter em mente que os animais necessitam de espaço suficiente para se movimentarem. “Há casos em que vários animais são alojados em espaços pequenos, sem cama para deitar nem água suficiente para beber, sem alimentação adequada. É bom lembrar que situações de maus-tratos não são apenas um ato doloso, mas também culposo”, esclarece Arruda. Ferir, mutilar, cometer atos de abuso e maus-tratos aos animais podem acarretar em detenção de três meses a um ano, além de multa. É o que prevê a Lei de Crimes Ambientais, de nº 9.605/1998. Por isso, a importância dos médicos veterinários, já que somente eles têm condições técnicas para prestar os devidos esclarecimentos que garantam a saúde e a segurança dos animais. “Em casos de descumprimento da Resolução CFMV 1069/2014, os profissionais devem comunicar o fato ao Conselho

Regional de Medicina Veterinária, que tomará as providências necessárias,” finaliza. IMUNIZAÇÃO O secretário-geral do CFMV, o médico veterinário Marcello Roza, também aponta outro ponto importante da Resolução 1069/2014. “De acordo com as novas regras, os responsáveis técnicos deverão assegurar que os animais a serem comercializados estejam vacinados, de acordo com os programas de imunização”, afirma. Segundo ele, muitas vezes, acontece de uma ninhada ser comercializada sem estar vacinada. “Esses são animais muito jovens e, se não estiverem imunizados, podem acabar se contaminando (com algum tipo de doença)”, esclarece. RESPONSABILIDADE TÉCNICA De acordo com a Resolução 1069/14, os responsáveis técnicos também devem asse-

gurar que os animais com alteração comportamental decorrente de estresse sejam retirados de exposição e garantir os aspectos sanitários dos estabelecimentos, principalmente para evitar a presença de animais com potencial zoonótico ou doenças de fácil transmissão. Cabe aos responsáveis técnicos assegurar também que não haja a venda ou doação de fêmeas gestantes e de animais que tenham sido submetidos a procedimentos proibidos pelo CFMV, como a cirurgia para arrancar as garras de felinos ou para levantar as orelhas, retirar as cordas vocais em cães ou cortar a cauda dos animais. As instalações e locais de manutenção de animais não devem ter excesso de barulho ou qualquer situação que cause estresse a eles. Esses locais devem ter um plano de evacuação rápida em caso de emergência e uma inspeção diária obrigatória que garanta a saúde e o bem-estar dos animais. Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 77


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Empresa familiar: modernizar a gestão ou vender para não ‘quebrar’?

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ualquer atividade empresarial resulta da união de interesses em angariar lucros e garantir rentabilidade – e isso também vale para as organizações familiares. Entretanto, em empreendimentos que envolvem patrimônio e família, muitas vezes surgem conflitos que podem prejudicar a convivência entre os sócios e o crescimento dos negócios – a ponto de levar algumas organizações à falência. O problema fica mais evidente nas médias empresas em que os sócios costumam ter profundas raízes familiares. É comum que surjam disputas acirradas entre eles, especialmente quando se fala do futuro do negócio. Os conflitos aparecem com frequência em empresas que aumentaram seu patrimônio, mas não se estruturaram societariamente e nem criaram regras em acordos de acionistas ou quotistas para dirimir eventuais impasses. A empresa cresce e a possibilidade do ingresso de terceiros nos negócios – por meio de fundos de private equity, da venda, de fusões ou de aquisições – transforma-se em uma verdadeira batalha entre os filhos e parentes que assumiram cargos importantes e tentam “proteger” o DNA da família. Muitas vezes, isso impede a democratização do capital pelo ingresso de investidores ou fundos. É preciso proteger a empresa das brigas de família. Quase sempre, o desejo de

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David Andrade Silva e Rodrigo Bertozzi um sócio em permanecer no negócio se contrapõe ao desejo de outro sócio – que vislumbra a possibilidade de venda total ou de um crescimento lastreado em um aporte de terceiros. Esse impasse estanca a expansão real da empresa. Faz com que percam oportunidades de investimentos e gera crises. Aliás, muitas empresas só começam a analisar a possibilidade de buscar aportes de terceiros quando já estão em crise – o que evidentemente dificulta, quando não impede totalmente qualquer interesse de investidor em potencial. O princípio geral que norteia uma reorganização societária é sempre a perenidade do negócio. Para esse fim, é imprescindível a separação, de forma ordenada, de três elementos básicos: família, propriedade e negócio. Em nossos trabalhos de reorganização societária de grupos familiares, buscamos criar o ambiente da governança corporativa e a estruturação de mecanismos por meio dos quais estas disputas e impasses possam ser discutidos e resolvidos. As famílias devem ser segregadas em holdings familiares. O foro para discussão de eventuais conflitos relacionados aos negócios deve ser estabelecido não mais no ambiente operacional – o que, quase sempre redunda em grandes problemas –, e sim no ambiente societário, nas holdings familiares. Nessas holdings, são estabelecidos

acordos de acionistas que regulam o direito de voto nas companhias controladas ou coligadas. Também são criados os colegiados de controle e fiscalização da diretoria. E ainda são determinadas as regras para o direito de preferência na hipótese de venda de participações relevantes para terceiros. Para uma empresa familiar, modernizar a gestão representa um grande passo. Mais ainda quando ingressa em uma reorganização societária – pela sofisticação dos instrumentos legais e pela implantação do regime de governança corporativa. O resultado é que os sócios ficam em melhores condições de receber e analisar, com cuidado, eventuais propostas de fundos, investidores ou até mesmo de fusão ou aquisição por outras companhias. Mas é preciso ficar claro: quem é membro da família não deve, de maneira alguma, ter passaporte para os cargos de gestão ou comando da empresa. Ser membro da família pode assegurar direito à propriedade do negócio, mas não a sua gestão. Se tiver uma gestão bem conduzida, a empresa vai para a frente, mesmo que não esteja sob controle de quem a criou. O objetivo é gerar lucro – seja pela boa condução do negócio ou pela venda da empresa. David Andrade Silva é sócio e Rodrigo Bertozzi é CEO da B2L Investimentos S.A


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ARTESANATO

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

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Citytec

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Atendimento Domiciliar

Salvador 3381-0035

Lauro de Freitas 3015-0066

Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 103


AUTO-ESCOLA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

BRINDES

CARRETO

CARRETO

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CHAVEIROS

CHAVEIROS

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

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CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

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CONST. & REFORMA

CONSTRUÇÃO & REFORMA CONSTRUÇÕES, REFORMAS, PROJETOS, CONSULTORIA E GERENCIAMENTO DE OBRAS. Elis Villar - 718833.3448 Arquiteta e Urbanista

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Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 105


CONSTRUÇÃO & REFORMA

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CORTINAS

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CORTINAS

CORTINAS & PERSIANAS

CORTINAS

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CORTINAS

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DECORAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

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DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

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DESINSETIZAÇÃO

DIVISÓRIAS

DIVISÓRIAS

ELETRICISTA

ELETRICISTA

ELETRICISTA

EMBALAGENS

ENTULHOS & PODAS

Aluguel de coletores para retirada de entulhos

ENTULHOS & PODAS RAPIDEZ QUALIDADE SEGURANÇA

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ENTULHO

ENTULHOS & PODAS

ESCRITÓRIO VIRTUAL

ESTOFADOS

ESTOFADOS

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FLORICULTURA

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FOGÕES

Atendimento Lauro de Freitas e Salvador

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FORROS

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GÁS

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GÁS

GESSO

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GRÁFICA


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GUINCHO

HORTO

HORTO

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

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JARDINAGEM

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JARDINAGEM & PAISAGISMO

LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

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LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

MADEIRA TRATADA

MADEIREIRA

MADEIREIRA

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MADEIREIRA

MÁRMORES & GRANITOS

MÁRMORE

MAT. DE CONSTRUÇÃO

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

MATERIAL DE LIMPEZA

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MOLDURAS

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MÓVEIS PLANEJADOS

MUDANÇAS

PAPEL DE PAREDE

PÁTINA

PELÍCULA

PELÍCULA

PERSIANAS

PERSIANAS

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PERSIANAS

PET SHOP

PET SHOP

PORTÕES

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REDES DE PROTEÇÃO

REDES DE PROTEÇÃO

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REFORMAS

SALÃO DE BELEZA

SALÃO DE BELEZA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

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SEGURANÇA ELETRÔNICA


SEGURANÇA ELETRÔNICA

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SEGUROS

SERVIÇOS

SERVIÇOS

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SERVIÇOS GERAIS

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SOMBREIROS

TATUAGEM

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TELAS MOSQUITEIRAS

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VETERINÁRIO

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CONTRATE COM SEGURANÇA

l Confira sempre a qualidade do serviço antes de contratá-lo. l Certifique-se de que o anunciante possua referências confiáveis. l Requeira sempre nota fiscal do serviço contratado, é um direito seu. l Os textos e responsabilidades de fornecimento desses serviços são única e exclusivamente do anunciante. Fevereiro de 2015 | Vilas Magazine | 125


Você e sua moto com muito mais segurança

O

verão sugere uma série de atividades ao ar livre e andar de moto está entre as preferidas. No entanto, ainda que a estação sugira menos roupa e mais sensação de liberdade, no caso do motociclista e do garupa, é sempre indispensável pensar no quesito segurança. O especialista em pilotagem segura da The One Harley-Davidson, Gabriel Thomas, separou algumas dicas importantes para um passeio mais seguro. “Uma das primeiras e mais importantes

dicas que repassamos aos motociclistas é que o excesso de confiança atrapalha e muito. Geralmente, quando estamos muito confiantes, deixamos de promover a pilotagem defensiva, o que coloca o condutor e as demais pessoas, inclusive motoristas de carro, em risco. Sempre devemos estar atentos à maneira de pilotar, à nossa e às dos demais. Nunca podemos esquecer que a motocicleta nos deixa expostos, ou seja, em um acidente, na maioria das vezes levamos a pior”, explica o instrutor.

FABIANO GUMA

Especialista da The One Harley-Davidson dá dicas importantes de pilotagem para os motociclistas

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126 | Vilas Magazine | Fevereiro de 2015



Dúvida zerada Saiba as condições para conseguir o financiamento bancário para a compra da casa nova e como ele funciona Quais são as exigências para obter financiamento? Variam conforme o banco, mas o mais comum são a comprovação de renda suficiente para quitar o financiamento e não ter restrição no nome dos compradores. Outro fator considerado é a idade do cliente, que somada ao prazo de financiamento, deve ser de no máximo 75 anos.

O seguro habitacional é obrigatório? Ele cobre danos ao imóvel? Sim. Pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação), são incorporados na prestação os seguros contra Danos Físicos ao Imóvel (DFI) e para Morte e Invalidez Permanente (MIP). O primeiro cobre os prejuízos causados por fatores externos, e o segundo é a proteção ao mutuário (em caso de morte ou incapacidade de trabalhar). Nesses casos, o MIP quita o débito, desde que haja apenas um responsável pelo pagamento; ou se houver mais de um, a indenização será proporcional. Em geral, os seguros representam em torno de 3% do valor da prestação. Sempre vale dar a maior entrada? Sim, porque o financiamento consome dinheiro e, quanto maior o valor financiado, mais juros se paga. No Brasil, é obrigado a dar entrada. Os bancos não financiam 100% do

imóvel, apenas de 70% a 80%. Como é possível compor renda? Há limite de compradores? Depende do banco. Há aqueles que aceitam apenas duas pessoas, e outros que aceitam mais. Alguns exigem vínculo familiar, que podem ser marido e mulher, homem e mulher que vivam sob união estável, homossexuais com relação comprovada, pais e filhos e parentes. Outros aceitam até que amigos comprovem renda. Posso usar o FGTS para pagar a dívida já durante o financiamento? Sim. No entanto, é recomendável usar o FGTS somente em último caso, pois é melhor mantê-lo como reserva para quitar a dívida. Se o mutuário apenas abater parte do financiamento, em um ano, os juros e a correção acabarão consumindo o valor reservado. Há casos de mutuários que reclamam de ter pagado parte da dívida e, depois de um ano, estar devendo o mesmo valor de antes. O que é portabilidade? Vale a pena? É a possibilidade de levar um financiamento já em andamento para outro banco. Vale a pena quando você consegue negociar em outra instituição prazos e taxas melhores. Mas é preciso estar atento às taxas de juros total e efetiva, pois o que pode parecer um bom negócio pode se inviabilizar quando

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colocado no papel.

prestações.

Quais tarifas podem ser cobradas no financiamento? São cobrados a taxa administrativa e os seguros obrigatórios (DIF e MIP). A lei determina que o limite cobrado da taxa de administração seja de até 2% e apenas nas 12 primeiras

Como é feito o reajuste da prestação e do saldo devedor? As prestações do imóvel na planta são corrigidas pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) até a expedição do habite-se, conforme previsto em lei. Após, o reajuste

ocorre pelo IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado).

Renúncia”, que equivale a 3% do valor da propriedade.

Posso revender o meu imóvel mesmo que esteja pagando financiamento? Sim. Nesse caso, para que a transferência seja concretizada é necessário arcar com a chamada taxa “Cessão do Contrato ou de

Os juros são limitados ou os bancos podem cobrar quaisquer valores? Sim. A taxa de juros permitida pelo mercado é de no máximo 12% ao ano, mas as instituições praticam índices menores.

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TRIBUNA DO LEITOR Transporte Resido em Itinga e tenho conhecimento da abrangência da revista Vilas Magazine no nosso município. Preciso de uma grande ajuda de vocês. Aos domingos, em toda Salvador, o valor da passagem do transporte coletivo cai pela metade. Soube que se trata de uma iniciativa exclusiva da prefeitura. Já fiz apelos à secretarias do estado e de Lauro de Freitas, sem sucesso. Acreditando que a revista tenha um canal aberto com a prefeitura de Lauro e suas secretarias, pensei em solicitar que façam uma matéria sobre essa questão, que seroa de grande valia para nós, moradores de Itinga. Simone Castro Batista.

Calçadão de Vilas Sou moradora de Vilas do Atlântico há dezessete anos e tenho por habito correr no calçadão O que antes era uma atividade tranquila e prazerosa tem se transformado em uma situação de risco, pois apesar da sinalização proibitiva, a coisa mais comum é o tráfego de motocicletas, seja mototaxi, representantes de cervejarias, entregadores de gás. Diversas pessoas - adolescentes, senhores, casais, seguranças particulares e até o salva-vidas - circulam pelo calçadão em suas motocicletas como se ele fosse uma via de acesso para veículos e não de pedestres. Percorrem a via fácil e rápida para atender seus interesses sem a mínima preocupação ou respeito com os pedestres. Tento fazer minha parte e toda vez que encontro com algum motociclista alerto que é proibido o tráfego de moto no calçadão, mas todas as vezes a resposta que recebo são gestos obscenos, palavrões, risadas, com um total desrespeito. Até quando vamos suportar esta situação e ficar à mercê desses irresponsáveis. O que as autoridades estão esperando? Que aconteça um acidente sério com algum amigo ou parente próximo para tomar alguma providência? Maria de Lourdes Alvarenga Lechuga.

Agradecimento Sr. Accioli Ramos Agradeço, em nome dos demais responsáveis do Projeto ao Som do Joanes, a matéria so-

130 | Vilas Magazine | Fevereiro de 2015

bre nosso trabalho, publicada na edição de janeiro da revista Vilas Magazine, sendo matéria de capa. A divulgação na revista com certeza trará maior visibilidade ao projeto e assim poderemos continuar na luta pela revitalização e dinamização do Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão e consequentemente valorização do Rio Joanes. Fernanda Anjos.

Rua Praia da Penha Sou moradora da Rua Praia da Penha, em Vilas do Atlântico e quero fazer uma denúncia sobre o descaso do poder público com a nossa rua (descaso que prejudica não apenas essa rua). A situação é péssima por conta dos buracos existentes, e em especial os quebra-molas, que quebram literalmente as “molas” de carros. Que eu saiba, quebra-molas são proibidos, mas nossa rua tem muitos, e muito altos, quebrados, e arrebentam os carros por baixo, por mais que se passe devagar sobre eles, e as partes que quebraram, viraram buracos enormes. Será que alguma autoridade da prefeitura poderia tomar alguma providencia? Elisabeth Baptista.

Tribuna do Leitor Com grande surpresa não localizei a seção Tribuna do Leitor na edição de janeiro. É a primeira seção da revista que consulto, pois normalmente o leitores tratam de temas que são de interesse direto dos demais leitores. O que houve? Bernardo Leal Sampaio Neto. NE - Tudo leva a crer que, ocupados com os preparativos das festas de fim de ano, os leitores deram um ‘tempo’ para seus questionamentos, mas retomam a partir desta edição.

Oferecimento editorial Sr. Accioli Ramos, Gostaria primeiramente de parabenizar pelo conteúdo publicado mensalmente pela revista. Há muitos anos acompanho o trabalho de vocês e sempre vi as publicações como de grande valia para a comunidade de Lauro Freitense. Como psicólogo, coloco-me à disposição para opinar sobre temas ligados ao meu segmento profissional. Rodrigo Leite.

Absurdo em Vilas Cobrir um buraco com entulho, na rua Praia de Pitimbu, em Vilas do Atlântico, em vez de reparar a manilha de escoamento de águas pluviais que passava embaixo, foi a solução encontrada pela prefeitura de Lauro de Freitas para o local. Por falta de melhor juízo, por falta de dois metros de manilha, por falta de interesse em resolver o problema. Mas podia ser pior. Em Vida Nova há buracos no asfalto sendo cobertos com barro. Vamos aceitar que seja solução de emergência, por falta de melhor providência, por falta de dois metros de manilha e do asfalto que a prefeitura destina a outras partes da cidade sem qualquer pavimentação. Resignados e pacientes, os moradores de Vilas do Atlântico aguardam o dia em que restarão apenas buracos cobertos de entulho nas ruas do bairro, sem mais infraestrutura de escoamento de águas nem qualquer metro quadrado de asfalto. Nesse dia talvez venha a sobrar um balde de asfalto para Vilas do Atlântico. A promessa de campanha do atual prefeito, em 2012, era recapear completamente as ruas do bairro. Ninguém acredita mais nisso, mas obstruir o escoamento de águas pluviais supera qualquer expectativa.


TÁBUA DE MARÉS


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