Versus Magazine #24 Fevereiro/Março 2013

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Vocês fazem heavy metal misturado com rock muito clássico. Jovens como são, não têm medo que vos acusem de serem antiquados? Henrik Palm – Tenho vinte e cinco anos, logo não sou assim tão novo. Mas é claro que ainda sou novo. Não nos sentimos nada antiquados. Pelo contrário, sinto que estamos muito atualizados e tenho a certeza de que vamos surpreender muita gente, no futuro, com o que conseguimos tirar da carcaça do rock n’ roll. Quais são as vossas influências? Temos montes de influências. E NÃO apenas na área do metal! Tudo desde Riot a Throbbing Gristle. Pessoalmente, gosto muito de hardcore punk: Discharge, Poison Idea, Wretched, GISM, Anti Cimex e outro material cru dessa natureza. Mas o que mais influencia os In Solitude somos nós próprios e tudo o que nos perturba. Porque não estamos aqui para copiar as ideias dos outros. Onde e quando aprenderam a tocar assim? Ao ouvir-vos recordo bandas da minha juventude. De que bandas gostavas nessa altura? Talvez Mercyful Fate. Todos nós gostamos dessa banda veterana, mas NÃO temos a mínima pretensão de sermos os “próximos Mercyful Fate”, como alguém disse. É claro que essa comparação é muito lisonjeira para nós, mas, na realidade, só queremos ser In Solitude. O que ouviste é a nossa essência, não uma cópia de outra banda. Não temos a mínima intenção de copiar ninguém, mas não nego que Mercyful Fate é mesmo uma das minhas bandas favoritas de sempre e que, por conseguinte, é natural que o nosso trabalho seja influenciado pela música deles. Mas sentimos o mesmo relativamente a Birthday Party e Black Sabbath! Pessoalmente, gostava mais que fôssemos comparados a Black Flag. Mas é só uma ameaça. No que diz respeito a tocar e cantar o segredo é: praticar, praticar, praticar e praticar.

Antes de mais, penso que este álbum é muito bom e realmente importante. Parece que vêem algo de especial em nós e que nos destacamos da maioria das bandas. Este é o vosso primeiro álbum, numa nova edição da responsabilidade da Season of Mist. Por que tomaram esta decisão? Porque queremos que seja uma boa reedição, com uma distribuição mais alargada, para que mais pessoas possam ouvir o nosso álbum. Como já disse, é um álbum importante na nossa carreira. Foi com ele que tudo começou. A capa do vosso álbum faz-me pensar mais em death metal. Podes explicar-nos que relação existe entre ela e as faixas do álbum? Mantemos uma relação muito forte com a morte, o metal e o death metal. Penso que isso explica tudo. Suponho que estão a preparar um novo álbum. Como vai soar? Uma ameaça à vida, como sempre. Como encaram a ideia de tocar num festival português? Conhecem algum? Só ouvi falar do SWR Barroselas Metalfest e fiquei muito bem impressionado. Adorava tocar lá. E agora, por pura curiosidade, gostava de saber por que escolheram In Solitude como nome para a vossa banda. Parece mais um nome de banda de doom metal. Bem, talvez seja porque ouvimos demasiadas vezes o primeiro álbum de Candlemass. Mas, atualmente, essa “solidão” é algo de belo que nos une aos cinco de uma forma que dificilmente poderás imaginar. Entrevista: CSA

Conheço bem a Season of Mist e sei que não escolhem as suas bandas ao acaso. Que razões os levaram a apostar nos In Solitude?

“[…] tenho a certeza de que vamos surpreender muita gente, no futuro […]”


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