Versus Magazine #18 Fevereiro/Março 2012

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No seguimento de termos sido notificados de um álbum a solo de um jovem guitarrista de Castro Daire, de esperar que o álbum chegasse à caixa do correio, de ouvi-lo, aprecia-lo e escrever sobre ele, não ficou dúvida que o Hélder Oliveira merecia mais destaque do que uma opinião nossa. A VERSUS Magazine sugeriu esta entrevista para saber mais sobre o guitarrista e para saber como é que ele chegou até ao seu álbum de estreia – «For Eternity». Aqui tens o teu primeiro lançamento. Com um material como o teu, achei anormal nenhuma editora não o aproveitar. Cá dentro é complicado, não é? Hélder Oliveira: Olá, sim, neste país é muito complicado levar para a frente um projecto musical de Metal, sobretudo quando se trata de um trabalho totalmente instrumental, tenho tentado ao máximo promover este álbum, já enviei centenas de e-mails (risos), e vários CDs promocionais para os meios de comunicação e inclusive editoras, é preciso continuar a lutar e ter paciência… porque neste país quando não se tem “cunhas” é mesmo muito difícil conseguir chegar a algum lado (risos).

Pouco tempo depois os meus avós ofereceram-me uma guitarra acústica, e cerca de dois anos mais tarde fui trabalhar para a França na altura das férias escolares de verão para conseguir poupar dinheiro para comprar a minha primeira guitarra elétrica. Assim o fiz, em finais do verão de 2004 tinha a minha primeira guitarra elétrica, uma Jackson Kelly KE3, altura em que comecei a praticar mais para desenvolver mais a minha técnica. Nessa altura formei uma banda de metal de originais juntamente com o meu irmão na bateria, um primo meu na voz e guitarra e um outro primo na guitarra baixo, uma banda em família! (risos), que se chamava Mad Angels. O primeiro espetáculo És novo e já tens muito talda banda (e o meu primeiro ento. Queres falar um pouco espetáculo de sempre) foi a sobre o teu percurso até ao 3 de Dezembro de 2005 na «For Eternity»? minha terra natal – Moita, CasObrigado. Por volta de 2001 ou tro Daire, e então demos mais 2002 quando já ouvia várias alguns concertos, mas a banda bandas de Heavy Metal comenão durou muito tempo porque cei-me a interessar pela guitarra, cada um teve que seguir as e decidi começar a aprender a suas vidas, o baixista foi viver tocar. Na altura o meu padrinpara o Canadá, e eu pouco ho emprestou-me uma guitarra tempo depois fui trabalhar para acústica onde comecei a tentar a Suíça, onde me viria a surgir tocar algumas coisas, nomea ideia de escrever um álbum adamente músicas das minhas instrumental de guitarra, isto por bandas favoritas como Metallica, volta de 2006. Então comecei Megadeth, etc… através de ala escrever material e a treigumas tablaturas mas sobretudo nar mais nos tempos livres, e aprendendo a tocar de ouvido. desde aí nunca mais parei até

conseguir o meu objetivo. Dois anos depois regressei a Portugal e continuei a trabalhar no álbum até finalmente o conseguir editar em Novembro de 2011. Quando me deste a ouvir o teu trabalho lembrei-me logo do Gonçalo Pereira, mas dei conta que tens um modo de tocar distinto do dele, diria que mais malmsteeniano - com aqueles arranjos clássicos que se fundem genialmente com o Metal. Quais foram para ti as influências mais significativas? As minha maiores influências como guitarristas a solo foram sem dúvida o Marty Friedman, Jason Becker, Tony MacAlpine, Yngwie Malmsteen, Joe Satriani, Steve Vai, Gonçalo Pereira, Michael Angelo Batio, Jeff Loomis, etc. Além do Metal, também tenho algumas influências de música clássica como Mozart ou J. S. Bach, daí a minha sonoridade ser mais virada para o lado clássico. As músicas do «For Eternity» são as tuas primeiras grandes criações? Não. As músicas do «For Eternity» são as minhas criações mais importantes mas antes já tinha escrito vários temas para a minha primeira banda (Mad Angels).


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