Versus Magazine #14 Junho/Julho 2011

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“(…) à medida que os temas iam sendo reformulados à luz dessa nova abordagem, o sentimento que floresceu em nós foi algo como “hum… nós até temos jeito para isto!”.

Olá Guilhermino. Finalmente o «Origami» foi editado pela Major Label Industries. Houve alguns atrasos no lançamento – questões internas ou sentiram necessidade de dar mais uns toques nos temas? Guilhermino: Olá, Victor! Sim, a ideia inicial passava por editar este álbum bem mais cedo. Porém, à medida que o processo de gravação foi avançando, íamos sentindo cada vez mais necessidade de incluir uma ou outra participação dos convidados ou de alguns instrumentos menos óbvios, pelo que se tornou claro para nós que, mais importante do que cumprir o prazo previamente estabelecido, era concentrar esforços naquela que se tornou a nossa obra mais querida. É evidente que foi stressante ver o tempo a passar, mas a consciência do valor do que estávamos a criar foi superior a qualquer pressa. Como está a correr a promoção ao «Origami»? Muitos concertos? Tivemos, até agora, três concertos. Um num Teatro de Vila Real esgotado, outro no Hard Club e, o mais recente, no Teatro de Lamego. Os dois concertos nos teatros tiveram a participação da orquestra da Banda de Mateus, a qual também participou no álbum e, com isso, revestiram-se de adicional relevância para o público e, claro, para nós – pela magnífica experiência de termos uma orquestra sinfónica desta qualidade

a actuar connosco. Nos três concertos apostámos igualmente na projecção de vídeos que enriquecem a experiência do espectador. Em relação ao futuro, estamos bastante receptivos a convites, desde que se cumpram alguns requisitos dos quais não abdicamos. Por outro lado, há muito que optámos por dar menos concertos (tornando-os verdadeiramente especiais) a actuar frequentemente sob condições inferiores que, naturalmente, se repercutiriam na qualidade da prestação do grupo. Este álbum não é, de todo, considerado uma compilação porque há um trabalho monstruoso por detrás dele, e por isso não é uma simples colagem de alguns temas bons. Queres contar, então, o que está por detrás de «Origami»? As raízes deste desafio remontam a 2002, quando pretendíamos apresentar o nosso segundo álbum em showcases nas FNACs e, por limitações impostas, tivemos de rearranjar os temas desse CD para o formato acústico. Apesar de algo contrariados com a situação, a verdade é que, à medida que os temas iam sendo reformulados à luz dessa nova abordagem, o sentimento que floresceu em nós foi algo como “hum… nós até temos jeito para isto!”. Ora, a partir daí, todos os nossos álbuns foram apresentados nesse formato nas FNACs e foi sempre desafiante trabalhar


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