Versus Magazine #13 Abril/Maio 2011

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“Não gostaria de ver regressar qualquer banda já extinta – aliás, se há moda que abomino é esta febre de as bandas extintas voltarem ao activo” à porta mas só mais tarde provam merecê-la; há outros que são muito bons desde o início mas nunca têm sorte. Das bandas que já não estão no activo, quais são as que fazem falta ao metal em Portugal? Porquê? Não gostaria de ver regressar qualquer banda já extinta – aliás, se há moda que abomino é esta febre de as bandas extintas voltarem ao activo. Contam-se pelos dedos de uma mão aquelas que, após o regresso, provam continuar a ser relevantes e merecer a sua existência. Uma coisa é fazerem-se edições de registos antigos e recuperar-se a história e a memória dessas bandas – algo que incentivo fervorosamente; outra coisa é tentarem recuperar o impossível: o espírito da época. Por isso, posso enunciar algumas bandas de que gosto muito mas que por isso mesmo não gostaria de ver novamente em actividade: é o caso dos Thormentor, Poker Alho, Enforce, entre outras. E quais as que não fazem falta nenhuma? Porquê? Na linha da resposta anterior, nenhuma das bandas já extintas faz falta alguma. Foram importantes na sua época e algumas fizeram história, que deve ser lembrada e preservada – mas só isso. Qual é para ti a maior banda portuguesa de todos os tempos? Porquê? RAMP, pelas razões enunciadas acima.

O METAL EM PORTUGAL Como contextualizas o metal em Portugal no panorama socio-cultural em Portugal e em particular no panorama musical? O estilo tem-se desenvolvido bastante. Há cada vez mais e melhores bandas com nível internacional, que muitas vezes

representam de forma sublime a cultura portuguesa na sua música; como exemplos temos os Hyubris, Assacínicos, Moonspell ou Thragedium – entre muitos outros. Essa exploração de várias texturas musicais no Metal Português é muito positiva em termos de visibilidade. Por outro lado, o Metal já é melhor aceite pela sociedade em geral; nota-se uma importante mudança de mentalidade na última década. Ao longo dos tempos, há alguma característica constante do metal em Portugal? Porquê? Além da tendência natural para algumas bandas nacionais explorarem aspectos da cultura portuguesa na nossa música (assim como o fazem os grupos de outros países relativamente às respectivas culturas), a labuta típica das bandas underground nacionais e a monumental evolução qualitativa que houve nos últimos anos parece-me serem os aspectos mais distintivos. Qual é o sub-género mais praticado? Porquê? Tens um pouco de tudo. Há bandas nacionais de Power, Industrial, Metalcore, Thrash, Death, Grind, Goth, Heavy…


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