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Ano 1I . Número 7 - Junho 2014

Letras e Pedagogia entre as 20 melhores graduações de EAD

Delitos registrados no Campus I caem significativamente

O ranking da revista Guia de Educação a Distância tem como base o resultado alcançado pelos alunos no Enade além de outros fatores, como infraestrutura, instalações, recursos didáticos pedagógicos e corpo docente.

Equipe de segurança relata que durante os primeiros meses do ano a incidência de ocorrências delituosas tiveram expressiva redução em relação a 2013 e, sobretudo, quando comparada com a média do período compreendido entre 2008 e 2012.


Editorial

A reunião entre integrantes da Administração Central da UFPB, direção do Centro de Ciências da Saúde (CCS) com estudantes da área marcou uma nova etapa na transparência adotada pela atual gestão da Instituição. Convocada para o dia 5 de junho por alguns dos Centros Acadêmicos do CCS, para o auditório do curso de Fonoaudiologia, obteve destaque pela relação respeitosa entre o segmento estudantil (que cobrava mais atenção e agilidade nas ações de melhorias para os cursos da área da saúde) e pelos integrantes da administração da universidade (que expuseram de forma didática os investimentos oportunizados e estabeleceram compromissos para tornar mais céleres as ações de melhorias). Entre os compromissos acertados estão a edificação do Laboratório Multiuso de Morfologia, cujos recursos já estão alocados e que deverá atender a estudantes, professores e funcionários de vários cursos da área da saúde. O montante de recursos alocados para esta construção despertou, nas redes sociais, algumas queixas por parte do corpo docente de outros centros da UFPB. No entanto, a precariedade do ambiente responsável por armazenar partes de corpos humanos para as atividades de ensino e pesquisa reforça a decisão da reitoria em investir neste espaço fundamental na formação dos futuros profissionais da saúde.

Na reunião, o coordenador do Reuni na UFPB, Gustavo Tavares, explanou detalhes dos investimentos oriundos das prioridades elencadas pela comunidade universitária do CCS. Os representantes dos estudantes também elencaram algumas reivindicações que consideram “urgentes” para atender as especificidades de alguns cursos. O representante do curso de odontologia, por exemplo, solicitou medidas urgentes na compra de material de consumo para as atividades laboratoriais. A reitora Margareth Diniz, presente na reunião, destacou a responsabilidade dos membros de sua equipe para a soluções das demandas expostas pelo segmento estudantil e reforçou a necessidade de agilidade e empenho. Os pro -reitores da Administração, Zelma Glebia, de Promoção e Assistência Estudantil, Thompson de Oliveira, assumiram publicamente a agilização dos processos pendentes para a solução dos problemas. A serenidade do diálogo é a lição mais importante que se pode extrair do encontro. As reivindicações estudantis e as ações administrativas adotadas para a resolução dos problemas verificados devem sempre nortear as atitudes de ambas as partes, salutar para o convívio entre as partes que integram a comunidade universitária.


Administração Reitora: Margareth De Fátima Formiga Melo Diniz Vice-Reitor: Eduardo Ramalho Rabenhorst Pró-Reitoria de Administração (PRA): Zelma Glébya Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE): Thompson de Oliveira Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PRAC): Orlando Vilar Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP): Francisco Ramalho Pró-Reitoria de Graduação (PRG): Ariane Sá Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN): Marcelo Sobral Pró-Reitoria de Pós Graduação (PRPG): Isac de Medeiros Prefeitura Universitária (PU): Sérgio Alonso Superintêndencia de Tecnologia da Informação (STI): Pedro Jácome

Expediente Editor Derval Golzio Redatores/Estagiários Luan Matias Peter Shelton Rômulo Jefferson Wallyson Costa PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Thales Lima Foto capa Wallyson Costa CONTATO ufpbemrevista@gmail.com facebook.com/ufpbemrevista UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa - PB Junho - 2014

Sumário 4 UFPB investe no Ensino Básico 5 Cursos de letras e pedagogia entre os melhores de EAD do Brasil 6 Universidade é 1ª colocada em número de vagas no Sisu 1 8 Universidade participativa amplia gestão democrática e transparência 10 STI promove reestruturação da rede interna da UFPB 11 Mostra “É Tudo Improviso’’ incentiva cineastas do interior 12 Aiesec receberá intercambistas no Brasil para trabalhos sociais 14 Curso de Gastronomia funciona em Mangabeira ainda sem laboratórios 16 EXTENSÃO - Expectativa da PRAC é manter aprovação de projetos de 2014 17 HULW - Concurso recebe mais de 50 mil inscrições 18 Editora Universitária publica novos títulos da Coleção Humanidades 19 CCTA realiza mostra de filmes que abordam a sexualidade 20 Lacesse realiza pesquisas em mobilidade e acessibilidade 21 Registro de delitos cometidos no Campus I cai drasticamente em 2014 22 Curso de Hotelaria é transferido do Litoral Norte para Capital 24 ODONTOLOGIA - Greve dos funcionários impossibilita aulas práticas 27 POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO - Mestrado é o primeiro da Instituição voltado ao Serviço Público 28 SANITÁRIOS DO CT - Auditoria da CGU identificará responsáveis 29 Lapsus trabalha no monitoramento dos presídios


UFPB renova investimento no Ensino Básico

Reportagem: Luan Matias Foto: Wallyson Costa

Lançamento da primeira edição do Promeb ocorreu em 2013

Está confirmada a segunda edição do Programa de Melhoria do Ensino Básico (Promeb). Com uma previsão de atender a 45 escolas públicas de João Pessoa, o programa se dá por meio de uma parceria entre a UFPB e o Governo do Estado. Além de contribuir com o desenvolvimento do ensino básico, o Promeb proporciona a cerca de 400 alunos dos cursos de licenciatura um primeiro contato com o ambiente escolar, antecipando a experiência de trabalho desses estagiários. A parceria ocorre da seguinte maneira: o Governo do Estado, através da Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Funape), é responsável por gerir os recursos do Promeb. Já a UFPB tem como função dirigir pedagogicamente o programa, através do trabalho desenvolvido entre professores da instituição e os graduandos dos cursos de licenciatura contemplados. Os estagiários trabalham não só em conjunto com os coordenadores pedagógicos do programa, mas auxiliam diretamente os professores das escolas, realizando atividades de acordo com as disciplinas e necessidades dos estudantes. Por exemplo: os discentes 4

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do curso de Letras realizam, entre outros exercícios, oficinas de redação e leitura visando o Enem. Já os estudantes de Pedagogia podem atuar com análise do conteúdo programático da escola. Um dos principais objetivos do Promeb é fazer com que os alunos de escolas públicas não cheguem à universidade com um nível de conhecimento defasado em relação aos estudantes vindos da rede particular. Apesar de 2013 ter sido o primeiro ano de atividades, algumas melhorias, principalmente em relação ao desempenho no Enem, já foram notadas. “O nosso plano é termos resultados sólidos relativos ao ingresso destes estudantes em universidades já nos próximos anos”, conta Flávia Borba, técnica em ações educacionais da UFPB. O Promeb ocorrerá entre os meses de julho e dezembro. As 400 bolsas serão distribuídas entre estudantes dos cursos de Letras - Português, Matemática, Biologia, Química, Física e Pedagogia. Vale destacar que em 2014 os alunos da EAD também podem se inscrever na seleção. Maiores detalhes sobre o período de inscrições podem ser obtidos na CPME, na Pró-Reitoria de Graduação.


Reportagem: Wallyson Costa Foto: Rômulo Jefferson

Cursos de letras e pedagogia entre os melhores de EAD do Brasil Os cursos de Licenciatura em Letras e Pedagogia da UFPB, modalidade à distância, entraram na lista das 20 melhores graduações de EAD de instituições públicas do Brasil. O ranking tem como base o resultado alcançado pelos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) além de outros fatores, como infraestrutura, instalações, recursos didáticos pedagógicos e corpo docente, e foi divulgado pela revista Guia de Educação a Distância. A lista mostra que os cursos da UFPB Virtual obtiveram nota quatro, em um índice que vai de um a cinco, no Conceito Preliminar de Curso (CPC). De acordo com o professor Jan Rodrigues, Coordenador Geral da UFPB Virtual, o resultado não foi surpresa. “Desde o início primamos pela qualidade. Dos três cursos que iniciaram o EAD na UFPB, dois deles estão entre os 20 melhores de instituições públicas no Brasil. A UFPB foi uma das poucas a emplacar mais de um curso na lista”.

O coordenador relata a expectativa para o que os outros 11 cursos oferecidos também alcancem nível semelhante aos de Letras e Pedagogia, e para isso revela foco na melhoria da infraestrutura dos polos e qualificação de professores e tutores. “Tivemos e temos muito trabalho para capacitar os professores e tutores, implantar polos de qualidade, e acompanhar o trabalho desses polos presenciais além de colocar material próprio específico para educação a distância”. finalisou Jan Rodrigues.

Jan relata certo preconceito no início da implantação da Educação à Distância na UFPB, pois segundo ele existia uma visão muito tradicionalista da educação. “Os cursos eram vistos como um tipo de curso mais simples, menos complexo, mais fácil de passar. Mas se você perguntar aos alunos eles confirmarão que fazer um curso à distancia é as vezes mais difícil que um curso presencial, e os resultados do Enade mostram a qualidade que os cursos têm”. A UFPB Virtual, que hoje conta com 13 cursos, sendo dez deles de modalidade Licenciatura, dois de Especialização e um de Bacharelado, conta com 18 polos para apoio presencial espalhados pela Paraíba, além de um no Rio Grande do Norte, um no Ceará, seis na Bahia, e dois em Pernambuco.

Jan Rodrigues, Coordenador Geral da UFPB Virtual UFPB em revista

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Reportagem: Rômulo Jefferson

Universidade é 1ª colocada em número de vagas no Sisu 1 A Universidade Federal da Paraíba foi, no Brasil, a instituição que ofereceu o maior número de vagas para ingresso no período 2014.1, o chamado Sisu 1. No total, foram disponibilizadas 7.557 vagas disputadas por 142 mil candidatos que fizeram opção por cursos da Universidade. De todas as vagas disponíveis, 88% foram preenchidas e as 925 vagas remanescentes 6

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foram ofertadas recentemente no Sisu 2 para ingresso do aluno no segundo semestre de 2014. Para alcançar o percentual de preenchimento das vagas obtido pela Instituição no Sisu 1 (88%), foram necessárias sete chamadas, geradas por uma lista de espera de 34 mil candidatos. De acordo com a Pró-Reitora de Graduação,

Ariane Sá, isso acontece porque muitos candidatos fazem opção por um curso que muitas vezes não é o pretendido e desistem no momento de assumir a vaga. Outra explicação pode estar na aprovação dos estudantes em outros processos seletivos, que divulgam seus resultados após a seleção do Enem.


esse índice diminuiu consideravelmente e a maioria é oriunda da Paraíba. Quanto ao temor sentido pelos estudantes da Paraíba sobre as notas altas dos estudantes do Ceará, Wandemberg vê como uma deficiência das escolas paraibanas. “O Ceará é o estado que mais aprova por exemplo para a prova do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (Ita). Então, se a Paraíba não consegue isso é porque está faltando ensino. Então não é ter medo do Ceará tomar as vagas. É qualificar nosso aluno para que ele consiga entrar na nossa instituição. A mesma coisa que ocorreu com estudantes do Ceará também aconteceu com os de Pernambuco que vinham para nossa instituição e ficaram no próprio estado, diz João Wandemberg.” Uma diferenciação do Sisu em relação a outros processos está na possibilidade de mesmo aqueles estudantes que já foram aprovados no Sisu 1 se inscreverem no Sisu 2 ( 2014.2), para galgar um outro curso ou instituição. Nesse caso a preferência do estudante por outro curso ou instituição não gera evasão porque uma das vagas é automaticamente cancelada, tendo em vista que a Lei nº 12.089, de 11 de novembro de 2009, proíbe que uma mesma pessoa ocupe duas vagas ao mesmo tempo nas instituições públicas nacionais na condição de estudante de graduação.

Avaliação Diferentemente do que se imaginava, que o Enem traria para a UFPB muitos alunos oriundos de outros estados, o que acabaria tomando a vaga dos estudantes da Paraíba, os dados coletados até agora demonstram que está acontecendo exatamente o contrário, os estudantes ingressos pelo Sisu 2014.1 são em sua maioria do seu próprio estado. Um exemplo disso ocorre com o Curso de Medicina. Segundo João Wandemberg, Coordenador de Escolaridade (Codesc), 50% dos estudantes do curso eram oriundos do Ceará e, hoje, com o Sisu,

Para a Pró-Reitora de Graduação, Ariane Sá, o Exame Nacional do Ensino Médio ajuda a uniformizar os parâmetros curriculares seguidos a nível nacional, antes determinados regionalmente pelas comissões de vestibulares de cada estado. “Agora as escolas estão preocupadas em seguir os parâmetros nacionais do Enem, o que é muito bom porque dá uma dimensão do conhecimento de todo o Brasil. Então, o aluno que esteja estudando história, geografia, português, em São Paulo, vai ser aquele aluno que em Cajazeiras, em Sousa está também estudando aquele mesmo conteúdo”. UFPB em revista

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Reportagem: Luan Matias Foto: Jéssica Azevedo

Universidade participativa amplia gestão democrática e transparência Comunidade discute aplicação de recursos no auditório da reitoria

Consolidar um modelo de gestão democrático, transparente e mais próximo das reais necessidades da comunidade universitária. Estes são os principais objetivos do programa Universidade Participativa (UP), que começou no mês de abril e deve ter sua última etapa concluída até o final de agosto. 8

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As novidades no ano de 2014 são as reuniões específicas com os representantes de cada centro, aproximando ainda mais a UP das demandas prioritárias da instituição. Para o professor Gustavo Tavares, coordenador do Reuni, uma nova cultura de gestão vem

sendo implementada através do programa. “Sair do planejamento de gabinete e dialogar as prioridades de investimento com quem os necessita no dia a dia é uma proposta pioneira na UFPB. Temos conversado com os conselhos de centro e representantes dos alunos, onde não só ouvimos as demandas, mas


presentes indicarem as prioridades para os seus respectivos centros. O evento foi aberto e contou com a presença da Reitora Margareth Diniz, pró -reitores, diretores de centro, coordenadores e professores. Todos tiveram a oportunidade de pedir a palavra e fazer críticas e sugestões a administração da universidade.

também tomamos decisões no próprio local de reunião”, destacou. A primeira audiência ocorreu no auditório da reitoria, onde foi feito um balanço das demandas e investimentos do último ano. Estão sendo distribuídos formulários, que possibilitam aos

O professor Fábio Morais, do Departamento de Engenharia da Produção, esteve presente na audiência geral e pediu maior interesse da comunidade acadêmica no programa: “A semente está sendo lançada. Algumas prefeituras e governos de estados têm trabalhado desta maneira e os resultados são positivos. Acredito que com uma maior participação de alunos e professores a proposta será ainda mais efetiva”. A meta inicial dos investimentos no programa era de R$ 5 milhões, mas até o momento

já foram investidos quase R$ 18 milhões, grande parte em laboratórios e salas multimídia. “Acreditamos que com ambientes de aulas mais estruturados reduziremos as taxas de evasão e podemos equiparar o acesso a informação, muitas vezes defasado entre os alunos que chegam a universidade. Mas estamos longe do ideal. Ainda discutimos questões básicas de infraestrutura. A expectativa é de que no futuro estejamos debatendo investimentos em pesquisas e aspectos mais qualitativos”, conta Gustavo Tavares. Até o presente momento, todos os centros do Campus I e o CCA, em Areia, foram visitados e tiveram suas demandas computadas. Até o mês de agosto, os campus de Bananeiras e Litoral Norte receberão o Universidade Participativa. Os relatórios com maiores detalhes sobre os investimentos feitos pelo Reuni na UFPB estão disponíveis em:

http://www.ufpb.br/reuni/ UFPB em revista

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Reportagem: Peter Shelton

STI promove reestruturação da rede interna da UFPB Enfrentando problemas de instabilidade e vulnerabilidade na rede de Internet da UFPB, a STI (Superintedência de Tecnologia da Informação) está planejando a expansão e melhoria da infra-estrutura. Entre os principais projetos para a rede estão a implantação de uma rede sem fio em todos os campi da Instituição e da reestruturação do cabeamento. Segundo o diretor do STI, Pedro Jácome Jr., a expansão vem sendo planejada há bom tempo, mas algumas dificuldades burocráticas atrasam o efetivo estabelecimento do projeto: “Temos um projeto elaborado de implantação da rede sem fio para todos os campi da UFPB, mas o processo de licitação é lento e por isso a demora na instalação. A nossa perspectiva é que até o final do ano estaremos implantando essa rede.” O projeto da amplificação e aperfeiçoamento da rede surgiu de alguns problemas técnicos enfrentados pela comunidade acadêmica no uso da Internet. Segundo Jácome, pelo fato da UFPB não possuir uma rede sem fio, foram instalados roteadores domésticos em pontos isolados do campus de maneira improvisada: “As redes sem fio que foram instaladas foram improvisadas, o equipamento instalado é doméstico e a conexão é feita aleatoriamente por qualquer pessoa com uma senha disponibilizada livremente. Isso gera vulnerabilidade e instabilidade na rede institucional”, reitera. O diretor do STI ainda complementou dizendo que a rede sem fio não está separada da rede da UFPB, o que causa problemas na rede cabeada: “O roteador sem fio faz a conexão 10

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distribuindo IP’s [Internet Protocol], que é a identificação do computador na rede, de forma aleatória e que acabam conflitando com os IP’s da rede cabeada. Com isso, convivemos diariamente com essa instabilidade causada por esses equipamentos.” A solução encontrada foi a instalação de uma rede wireless profissional, processo que está em fase final de elaboração do edital e que tem previsão para o começo do funcionamento no final de 2014: “Todos esses equipamentos domésticos serão substituidos por equipamentos profissionais sendo gerenciados remotamente pela STI, prevenindo ataques e a nova rede vai funcionar apenas com pessoas credenciadas, cada aluno, servidor ou professor vai usar seu login e senha”, afirma o responsável pelo STI. Outro projeto que será executado pelo STI é da reestruturação da rede cabeada em alguns prédios dos campi da UFPB, como comentou Pedro Jácome Jr.: “Temos um projeto de revisão e reestruturação do cabeamento presente em alguns prédios, que precisam de algumas melhorias na sua estrutura. Dentre alguns prédios que serão benificiados estão o prédio da Reitoria e da Biblioteca Central, mas a ideia é que todos os centros sejam contemplados”.


Reportagem: Wallyson Costa Foto: Divulgação

Mostra “É Tudo Improviso’’ incentiva cineastas do interior A mostra ‘É tudo improviso’ realizou entre os dias 7 de abril à 16 de maio um grande encontro entre produtores de filmes independentes do interior da Paraíba. Os ‘fazedores de filmes’, como vem sendo chamados pela organização do evento, exibiram suas produções em várias cidades do interior do estado, e ao final vieram à João Pessoa exibir suas produções no Cine Aruanda no CCTA, e ser alvo de debates entre autoridades e cineastas. De acordo com Valdir Santos, um dos organizadores do evento, foram mapeadas cidades do interior onde esse tipo de produção ‘fundo de quintal’ estava sendo feita e a partir daí idealizado um grande encontro para que esses cineastas expusessem seu modo de trabalho. “Mapeamos seis cidades: Queimadas, Cuité, Manaíra, Soledade, Junco do Seridó e Taperoá. O interessante disso é que todos essas pessoas são pescadores, pintores de paredes, garis, e isso é o que impressiona, são pessoas do povo que fazem um material de boa qualidade”. Ainda segundo Valdir, o grande destaque do festival é mostrar o autodidatismo dos ‘fazedores de filmes’, que apesar do baixo custo das produções, conseguem produzir filmes com boa qualidade, trabalhando junto à moradores da cidade, o que proporciona ganho cultural e entretenimento para a população. “Em queimadas, por exemplo, o Kevin Saulo, que tem nível primário, e trabalha em uma fábrica de sandálias,

construiu o menor estúdio cinematográfico do mundo, que tem cerca de 2 metros de cumprimento”. A mostra surgiu a partir de Wills Leal, presidente da Academia Paraibana de Cinema, que a muito cataloga os cineastas do interior, e percebeu que esses municípios são os que se destacam nesse tipo de produção fundo de quintal.Valdir ainda destaca o profissionalismo e caráter social das produções, ressaltando que tudo que é arrecadado é gasto com lanche para os atores, que são da própria comunidade, e ao final são feitos filmes de longa metragem com orçamento de 500 à 600 reais, o que Santos nomeia como sendo um fenômeno cultural da maior qualidade. UFPB em revista

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Reportagem: Rômulo Jefferson Foto: Divulgação

Aiesec receberá intercambistas no Brasil para trabalhos sociais A Aiesec, organização estudantil que trabalha com intercâmbio voluntário e profissional que já atua na UFPB, está trazendo 36 estudantes de países da América Latina em geral, e outros como Canadá, Egito, Turquia e Grécia para atuar em João Pessoa nos projetos Smarketing, Gira mundo, Talk e 12

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Milênio, programas de intercâmbio desenvolvidos através de Organizações não governamentais (ONGs), destinados a diferentes finalidades e áreas. O primeiro deles, o Gira Mundo, é um projeto que vai colocar o intercambista em contato com as crianças das periferias de João

Pessoa para trabalhar questões relacionadas à cidadania, direitos psicossociais, sustentabilidade e responsabilidade social. No programa, os intercambistas desenvolverão workshops sobre os temas para estimular o debate e reflexão a partir da realidade em que essas crianças estão inseridas.


os objetivos do milênio com estudantes das escolas selecionadas na capital paraibana. O Talk, diferente do Gira Mundo e Milênio, é um projeto de conversação em inglês para estudantes, desenvolvido através das empresas júniors da UFPB e do IFPB. Além do Smarketing, voltado para ajudar na gestão das Ongs e desenvolver o marketing e a própria administração. A modalidade de intercâmbio oferece vagas para quem já possui experiência em administração.

Estrutura e como funcionam os intercâmbios da Aiesec

Para a diretora de marketing da Aiesec, Michaella Barreto, o projeto é também uma forma dos intercambistas passarem a mensagem de que é possível transformar a realidade que essas crianças vivenciam. “O trabalho que a gente faz é com Ongs nas periferias da cidade, então muitas vezes são pessoas que estão em situação de risco, de vulnerabilidade social mesmo. Então, é uma forma de trabalhar também a motivação e auto-estima delas.” Também de cunho social, a Aiesec desenvolve o projeto Milênio que é voltado para escolas do ensino médio e destina-se a debater

A Aiesec é uma organização estudantil reconhecida como uma Ong de trabalho voluntário e os membros, assim como os intercambistas, também são jovens universitários de 18 a 30 anos que concluíram pelo menos dois anos da sua formação. A estrutura é formada por equipes na área de marketing, finanças e gestão de talentos e as outras operacionais que gerenciam as vagas com os candidatos a intercâmbio e as Ongs participantes. A seleção para intercâmbio e para fazer parte da equipe da Aiesec é feita através de dinâmicas de grupos e entrevistas para identificar se a pessoa tem os valores alinhados com o que a organização busca. Segundo a diretora

de marketing, Michaella Barreto, atualmente a equipe é integrada por estudantes principalmente de relações internacionais, administração e relações públicas e alguns outros de engenharia, direito, mas, segundo ela, em menor quantidade. Quanto aos intercâmbios através da Aiesec, Michaella Barreto informa que o Gira Mundo, Smarketing, Milênio e Talk são projetos desenvolvidos em João Pessoa, mas que existem muitos outros projetos em outras localidades como leste europeu, África, Ásia e América Latina com vagas disponíveis no sistema mantido pela organização e que são escolhidas pelo intercambista de acordo com o seu perfil. Segundo a diretora de marketing, o estudante arca com as despesas de sua passagem, mas a alimentação é dada pela Ong onde ele irá trabalhar e a estadia é através de uma host family (famílias que recebem o intercambista como morador). No entanto, algumas vagas podem não oferecer a host family ou alimentação, por isso a importância de o aluno escolher a vaga na modalidade que ele desejar. Para saber mais sobre os intercâmbios da Aiesec, acesse: Aiesec João Pessoa no Facebook e o site: www.aiesec.org.br UFPB em revista

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Reportagem: Wallyson Costa Foto: Rômulo Jefferson

Curso de Gastronomia funciona em Mangabeira ainda sem laboratórios O curso de graduação em Gastronomia da UFPB, criado em 2012, e que recentemente foi transferido do Campus IV (Rio Tinto/Mamanguape) para o Campus I (Mangabeira) está funcionando sem os laboratórios importantes e necessários. Entre os equipamentos aos quais alunos e professores ressentem estão a cozinha pedagógica, a área de panificação e confeitaria, de restaurante a bar para disciplinas específicas. Os alunos da primeira turma receiam que até o final do curso estes equipamentos não estejam comprados e instalados e que não terão a possibilidade das aulas práticas necessárias à formação. O processo de aquisição dos equipamentos ainda se encontra em andamento, e a verba para a compra ainda não foi liberada pela Instituição. De acordo com o professor Vitor Vasconcelos,a estrutura necessária de laboratórios já foi solicitada, e o local para acomodação dos equipamentos no CTDR já foi estabelecido. Ele revela que a lista para compra do maquinário necessário já foi enviado para a administração da Instituição. “A estrutura que será montada aqui 14

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para nós será a de cozinha pedagógica, a área de panificação e confeitaria, de restaurante a bar etc.”, revela.

não estão sendo prejudicados em relação a isso. Por enquanto não há previsão de que passe a ter as aulas práticas aqui”.

Enquanto os equipamentos não são adquiridos, os alunos do curso tem tido suas aulas práticas no Campus I, em laboratório cedido pelo curso de Nutrição. Segundo Ingrid Dantas, coordenadora de Gastronomia, “estamos esperando a Prefeitura Universitária terminar de orçar a planta para poder pedir a verba pra começar a construção. Enquanto isso os alunos

Outro problema que afeta a formação dos alunos do curso de Gastronomia diz respeito a logística de locomoção. Além da escassez de ciruculação de transportes coletivos para os Centros da UFPB instalados em Mangabeira, os alunos enfrentam o problema de ter que assistir aulas na Cidade Universitária, no Castelo Branco. Érica Almeida, aluna da primeira

Alunos da segunda turma em aula no Campus I – Mangabeira


PRG

Laboratórios multiuso dos cursos do CTDR

turma, conta que corriqueiramente chega atrasada nas aulas devido à falha no transporte público. “Hoje (quando) por exemplo, o ônibus que era pra passar de 7h passou de 8:10h. Um colega que estava esperando comigo desistiu e foi embora, e eu cheguei bastante atrasada”. Ingrid Dantas afirma que vários requerimentos foram mandados para a Semob, e que inclusive o diretor do CTDR se reuniu com as empresas de ônibus para tentar viabilizar uma solução, no entanto as empresas alegaram não ter fluxo suficiente de pessoas na localidade para aumentar o número de linhas e ônibus que atendam a localidade. Criado pela Resolução do Consepe em 2012 para funcionar no litoral norte, o curso de Gastronomia teve sua mudança efetivada para João Pessoa antes mesmo de dar início a suas atividades devi-

do a requisição de professores de gastronomia e de hotelaria (que já funcionava em Mamanguape, desde 2006). De acordo com a coordenadora do curso de Gastronomia, um relatório concebido a partir de diagnóstico apontou índice de 87% de evasão no curso de hotelaria. Outro argumento utilizado foi o de que mercado de hotelaria e gastronomia se encontrava concentrado em João Pessoa, o que facilitaria a logística para os graduados.

Forma de Entrada O curso de gastronomia funciona com entrada anual de 30 vagas, que ocorre uma vez por ano, no primeiro período letivo. De acordo com a coordenadora Ingrid Dantas, a procura é massiva e até agora não existiram vagas remanescentes para 2ª chamada ou para o PSTV.

De acordo com a Pró-Reitora de Graduação, Ariane Sá, o curso de Gastronomia passa por um momento de transição, e enfrenta dificuldades como as de laboratórios até que a estrutura previamente pensada para Mamanguape esteja pronta para funcionar em Mangabeira. “Atualmente estamos no processo de adequação de espaço, enquanto isso contamos com outros laboratórios que a Universidade já tem para que os alunos de Gastronomia possam fazer as suas aulas práticas”. Com relação à disponibilidade de ônibus, outra reclamação frequente dos estudantes, Ariane ressalta que apesar de não dizer respeito diretamente à Universidade, pois as empresas são conveniadas a prefeitura, já houve vários contatos por parte da reitoria para tratar não só do problema de transporte mais como a acessibilidade como um todo. “Além da falta de ônibus, ainda existe parte da rua que dá acesso ao centro que é de barro. Essa conversa já foi mantida com a prefeitura e eles ficaram de fazer solicitações junto às empresas de ônibus para facilitar e também ampliar o número de ônibus para a região”.

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Reportagem: Wallyson Costa Foto: Rômulo Jefferson

Expectativa da PRAC é manter aprovação de projetos de 2014 A Universidade Federal da Paraíba é a Instituição que mais aprova projetos e programas de extensão Proext, do Ministério da Educação. Para a Seleção de 2015, a Pró Reitoria de Assuntos Comunitários, espera manter o nível de bolsas e projetos aprovados que hoje tem o melhor índice do Brasil. Para 2014, na seleção interna feita a partir de edital, foram enviados 70 projetos para a avaliação, que resultou em 63 projetos aprovados, sendo desses, 48 com recursos. De acordo com o Pró Reitor de Assuntos Comunitários, Orlando Villar, os 48 projetos e programas aprovados com recursos equivalem a quase cinco milhões de reais, referentes aos gastos dos projetos no ano de 2014, que incluem custeio, capital, e também

Orlando Vilar, Pró Reitor de Assuntos Comunitários

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bolsas para estudantes. Dentre as Instituições do Nordeste, a que mais se aproximou deste número foi a Universidade Federal Rio Grande do Norte, com 20 projetos aprovados. Villar revela que os projetos e programas para o ano de 2015 já foram selecionados e enviados, em número maior do que o ano passado. “Acabamos de mandar os projetos da seleção interna para Brasília, foram 75 projetos contra 70 do ano passado.” Ele ainda relata que a área de saúde é a que mais submete projetos, e também a que mais aprova atualmente na Universidade. Além do Proext, a Prac também gerencia o Probex, um programa interno, feito com recursos próprios da UFPB, que contempla bolsas para os estudantes da Instituição. Este ano, foram oferecidas 433 bolsas para os projetos, em edital lançado em 2013. Sobre o Probex, Orlando Villar salienta a equiparação das bolsas como ponto importante para o programa. “Desde o ano passado, conseguimos equiparar as bolsas as de iniciação cientifica, evitando a evasão dos alunos bolsistas de extensão, que ao conseguirem um Projeto Pibic, por exemplo, trocavam pela oportunidade de uma bolsa maior”. Villar ainda pontifica a importância de outra inciativa da Prac, o Fluex, uma maneira de oficializar projetos de extensão que funcionam sem recursos. O professor reitera a importância do registro no Fluex para que os projetos sejam registrados junto a Prac, e possam contar na carga horária e no currículo dos alunos e professores participantes.


Reportagem: Rômulo Jefferson Foto: Wallyson Costa

HULW

Concurso recebe mais de 50 mil inscrições O concurso público para o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), recebeu mais de 50 mil inscrições a serem confirmadas mediante pagamento. As incrições foram realizadas no período entre 23 de abril e 26 de maio para preencher 978 vagas de níveis superior e médio com salários que vão de R$ 1.630 a R$ 7.774 e as provas estão previstas para serem aplicadas no dia 20 de julho, em João Pessoa. As 978 vagas disponibilizadas foram divididas entre cargos de nível superior e médio, sendo 133 de nível superior em 55 especialidades médicas, 105 vagas níveis superior e médio para a área administrativa e 740 na área assistencial nos dois níveis de escolaridade. O concurso servirá ainda para formação de cadastro de reserva para preenchimento de vagas futuras.

Os candidatos aprovados no concurso serão regidos em regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), modelo adotado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), desde o início de suas atividades. As provas serão constituídas das disciplinas de língua portuguesa, raciocínio lógico e matemático, legislação aplicada à Ebserh, legislação aplicada ao SUS e conhecimentos específicos e terão duração de quatro horas.

Equipamentos Os equipamentos de ressonância magnética, tomógrafos, entre outros que foram comprados para equipar o centro de diagnóstico por imagem do Hospital Universitário, e que estão há quase dois anos encaixotados nos corredores do hospital sem jamais terem sido testados, tiveram a instalação que estava prevista para o final de maio deste ano mais uma vez adiada. Segundo o Superintendente Arnaldo Correia, a instalação dos equipamentos foi adiada para o mês de agosto ou setembro porque a empresa que está reformando as salas que deverão receber as máquinas solicitou um aditivo para a obra. O valor solicitado se destina a fazer o reforço do piso das salas, que é uma laje e não suportaria o peso dos equipamentos.

Arnaldo Correia, Superintendente do HULW

Arnaldo Correia salienta a gravidade da situação em que se encontrava o hospital quando ele assumiu a adminstração há cinco meses. Segundo ele, o HULW tinha muitas dívidas que foram liquidadas porque o Governo Federal disponibilizou recursos extras através da Ebserh para resolver a questão. “O foco da nossa gestão nesses cinco meses era regularizar o aspecto contábil-financeiro (do hospital), ” finaliza. UFPB em revista

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Reportagem: Peter Shelton Imagem: Divulgação

Editora Universitária publica novas títulos da Coleção Humanidades Dentro de um processo de reestruturação e ampliação, a Editora Universitária está lançando uma série de publicações de professores. A Coleção Humanidades é uma dessas séries, composta por 60 títulos de docentes e estudantes das pós-graduações de diversos cursos. Izabel França, responsável pela editora afirmou que o processo de publicação desses livros se iniciou há três anos e que a publicação foi viabilizada esse ano: “Essa coleção foi concebida em 2011, quando foram empenhado 200 mil reais para a produção desses livros que estavam na pendência para ser produzidos e então nós demos andamentos na coleção”. Até o final de maio, foram publicados 29 dos 60 títulos que compõe a Coleção Humanidades. A tiragem é de 500 exemplares para cada livro. Segundo a responsável pela editora, existiram alguns problemas na publicação desses livros por exigências do empenho: “Alguns tiveram que ser refeitos para atender o número de páginas na nota de empenho para enca18

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minhar para as gráficas”. Outros projetos – Em novembro de 2013, no último dia do Enic [Encontro de Iniciação Científica], a PRPG (Pró-reitoria de Pós-graduação) lançou um edital dentro do programa Pró-Livro para a publicação de 97 livros de professores ligados à pós-graduação: “Os professores já apresentaram os seus projetos de publicação e a previsão é que até o final do ano deverá vir essa nova coleção de livros. Outro projeto que está sendo organizado pela Editora Universitária é a abertura de uma livraria móvel, semelhante ao que existe na Unesp (Universidade do Estado de São Paulo): “Estivemos em fevereiro na Unesp e estamos estudando a criação de um projeto semelhante na UFPB. Já começamos a levantar custos para a implantação. A ideia é que essa livraria podesse percorrer todos os centros e campi da universidade para que o aluno tenha acesso à nossa produção”, relata Izabel França.


Reportagem: Peter Shelton

CCTA realiza mostra de filmes que abordam a sexualidade da no Cine Aruanda, na UFPB. Além disso, o festival foi antecipado para maio, em função da Copa do Mundo e das Eleições”, afirma Nunes. Outra importante mudança está na estrutura do festival, que acontece excepcionalmente dissociada do Colóquio Matizes da Sexualidade, que ocorre a cada dois anos. “Como colóquio é um importante evento acadêmico, que ocorre a cada dois anos, então decidimos antecipar somente a realização da mostra de filmes para esse ano, retornando o evento acadêmico no próximo ano”, comenta Nunes. A mostra de filmes Matizes da Sexualidade, evento realizado pelo Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), trouxe várias novidadades em sua quinta edição. A principal delas é o destaque para a produção audiovisual paraibana, sendo representada por três produções. Um exemplo é o longa BAT-Guano, do diretor Tavinho Teixeira, que aborda o mundo dos super-heróis. “O filme BAT-Guano é uma paródia do mundo dos super-heróis. O longa é ambientado num espaço futurista, mostrando a relação e a decadência da dupla Batman e Robin”, explica o professor Pedro Nunes, responsável pela mostra.

Para a realização do festival, que terá um tempo menor de duração, existem vários parâmetros na escolha dos filmes que fazem parte da programação:. “Dentre os 420 filmes analisados, escolhemos 16 para compor a mostra. Nós escolhemos através de critérios como a nacionalidade, abordagem temática e a construção da narrativa. Pesa na escolha a dificuldade do acesso à produção, como os filmes originados de países do Oriente Médio e da Ásia. Um exemplo é o filme produzido por Israel e Palestina, o Além da Fronteira, que trata dos conflitos familiares no Oriente Médio”, afirma o responsável pela mostra.

O festival, cuja a abordagem temática dos filmes apresentados gira em torno das nuances da sexualidade, traz uma série de mudanças. Uma delas é o retorno ao Cine Aruanda, localizado no Campus I da UFPB. “Esse ano a mostra passou por várias mudanças,. A exemplo do local das suas atividades, a mostra que estava acontecendo no Espaço Cultural ou na Usina Cultural Energisa, voltou a ser realiza-

Pedro Nunes ainda ressalta a importância do festival como atividade acadêmica de extensão e do importante processo de aprendizagem no conteúdo dos filmes: “Além de tudo, essas produções revelam um modo de fazer audiovisual, de construação da narrativa, sobretudo para os estudantes de Jornalismo, Radialismo, Cinema, Mídias Digitais, Psicologia e Educação.” UFPB em revista

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Reportagem: Peter Shelton

Lacesse realiza pesquisas em mobilidade e acessibilidade Vinculado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, o Lacesse (Laboratório de Acessibilidade) realiza pesquisas e extensões na área de acessibilidade e mobilidade urbana. Segundo a coordenadora, a professora Angelina Costa, o Lacesse era inicialmente um grupo de estudos na área, mas a medida que as pesquisas foram se aprofundando surgiu a necessidade de transformar o grupo num laboratório. A ideia é trabalhar com diversos temas de estudo tendo sempre como foco a acessibilidade. “O Lacesse surgiu em 2011, mas vínhamos pesquisando a área de acessibilidade desde 2009 como um grupo de estudos. Dentro do laboratório procuramos compreender as diversas acessibilidades que existem, não apenas a física mas a psicólogica e a cognitiva” afirmou Angelina. Entre os principais estudos está a pesquisa da mestranda em Arquitetura e Urbanismo, Mariana Siqueira, que trabalha com a acessibilidade física e espacial das pessoas com deficiência visual em restaurantes. A professora Angelina Costa explica que a

acessibilidade abrange vários aspectos de mobilidade: “Esse trabalho sobre a acessibilidade físico-espacial tem toda uma carga cognitiva, visto como a pessoa se orienta socialmente, num ambiente construído. Isso é essencial para o trabalho do arquiteto, mas ele não é treinado para isso. Não é apenas a barreira física, vai além disso, é preciso trabalhar a acessibilidade com percepção ambiental, a questão da orientabilidade, de como a informação é compreendida.” Outro projeto coordenado diretamente pelo Lacesse surgiu de um edital do programa Incluir, do Ministério da Educação, que trabalha com a acessibilidade nas universidades. O projeto foi a construção de uma rota orientada para deficientes visuais, que interliga a Biblioteca Central ao Restaurante Universitário: “Nós tivemos financiamento para projetar, construir e testar uma rota. Tiveram problemas burocráticos que provocaram alguns atrasos e a rota ainda não está totalmente completa”, declarou a coordenadora do laboratório. Nos últimos cinco anos, o Lacesse já viabilizou 21 projetos de pesquisa na área de macroacessibilidade, que engloba os aspectos urbanos da acessibilidade, e em microacessibilidade, que estuda as perspectivas dentro de ambientes fechados como os edíficios. Atualmente, o laboratório conta 21 pesquisadores, entre estudantes e professores da graduação e do mestrado, sejam bolsistas ou voluntários. “Hoje temos seis pesquisas de mestrado no laboratório, desde a desde acessibilidade no Centro Histórico até a questão da bicleta como transporte eficiente”., afirmou a professora.

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Reportagem: Rômulo Jefferson Foto: Wallyson Costa

Registro de delitos cometidos no Campus I cai drasticamente em 2014 Após dois anos consecutivos com frequentes ocorrências de arrombamentos a veículos no Campus I, os índices disponibilizados pela chefia de segurança da Universidade apontam que em 2014 não foi registrado nenhum delito dessa natureza. Os frequentes arrombamentos a veículos deixaram de ocorrer após a prisão em flagrante de um dos integrantes de quadrilha que atuava no campus e que, na ocasião, outros três homens conseguiram fugir. O chefe de segurança da UFPB, João de Deus, associa a queda nos índices de arrombamentos diretamente à prisão. Para ele, a quadrilha era organizada e atuava dentro dos estacionamentos do campus desde 2012, quando foram registrados 35 casos e 24 em 2013. João de Deus salienta ainda que após a troca da empresa que faz a segurança da Instituição os índices de criminalidade caíram. Segundo ele, a empresa anterior já deixava a desejar e a segurança melhorou após a contratação da nova empresa, mesmo diante da diminuição dos postos de segurança, que foram de 29 para 21 diurnamente e os noturnos de 37 para 28. Atualmente o campus I

possui efetivo de 112 vigilantes e mais 34 da universidade. As rondas são feitas por uma viatura da universidade e três motos da empresa de segurança.

câmeras que foram desativadas em 2010 no campus I que, para ele, funcionavam de forma precária. O problema é que as imagens ficavam disponíveis para os engenheiros da Prefeitura Universitária e não para os responsáveis pela vigilância. O novo projeto prevê uma central de monitoramento das imagens que deverá ser instalada na base de segurança.

Recentemente, a diretora do Centro de Ciências Agrárias em Bananeiras, Terezinha Martins (em entrevista à UFPB EM REVISTA) disse que a segurança da UFPB piorou após a troca da A segurança do Campus I conempresa e que já pediu um plano de segurança para resolver os ta com telefone 24 horas disproblemas no local. Indagado ponível para denúncias: 3216 sobre o assunto, João de Deus, - 7120. disse conhecer os problemas do campus (aber2013 2014 Ocorrências to para entrada de hotéis e condomínios Furtos ao patrimônio público 15 1 privados), e Dano/Vandalismo contra o que já estão 7 5 patrimônio público sendo pensaDano/Vandalismo contra perdas medidas 1 0 missionários para melhorar Furto de objetos de terceiros a vigilância do 11 4 centro de Ba(bolsas, celulares, etc.) naneiras. Furto de veículos (carros) 5 0 Ainda seFurto de motos 5 0 gundo ele, Furto de som ou objetos em 24 0 está em aninterior de veículos damento um Roubo 7 1 projeto para Total 75 11 reinstalar as

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Reportagem e Foto: Luan Matias

Curso de Hotelaria é transferido do Litoral Norte para Capital

A partir do segundo semestre letivo de 2014, o campus I da Universidade Federal da Paraíba contará com uma nova graduação: o curso de Hotelaria, que atualmente tem suas atividades desenvolvidas no Litoral Norte. Mas esta não será apenas uma mudança de cidade. Além de uma nova grade disciplinar, a vinda da graduação para o CCTA possibilitará novas oportunidades de estágio e traba22

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lho para os alunos. O bacharelado em Hotelaria da UFPB, primeiro da área no estado, foi fundado em meados de 2006. Nesta época, o campus IV da instituição estava sendo estabelecido nas cidades de Rio Tinto e Mamanguape. Ficou definido então que o recém criado curso seria direcionado ao litoral norte, área conhecida pelas belas praias e por ainda ser pouco urbanizada.

Mas essa segunda característica da região trouxe problemas para os estudantes. Como o turismo no litoral norte não é forte como o da capital ou o do litoral sul, praticamente não há rede hoteleira na região. Desta forma, não existiam oportunidades de estágio e nem mercado para pesquisa. “Faltou, na elaboração do projeto, um estudo prévio sobre as possibilidades do


entrarão no curso já em João Pessoa terão melhores oportunidades. “O empecilho da distância está resolvido. Com essa mudança será possível conciliar trabalho ou estágio com as aulas, maior dificuldade encontrada pela minha turma”, conta.

Atividades do curso acontecerão no CCTA

local comportar uma graduação na área”, conta a professora Aline Azevedo, coordenadora do curso de Hotelaria. As oportunidades de estágio precisaram ser encontradas em João Pessoa. Mas isto não solucionou todas as dificuldades. Cerca de 80% dos 300 estudantes do curso residem na capital ou nas cidades vizinhas. Assim, era necessário que assistissem aula em

Mamanguape até o meio dia e voltassem a tempo do horário dos seus respectivos estágios - a viagem dura cerca de uma hora e os chefes dos hotéis e pousadas muitas vezes precisavam flexibilizar o horário dos estagiários. Diante destas adversidades, apenas cinco alunos da primeira turma conseguiram concluir o curso. Para o aluno Pedro Henrique, do 7º período, os estudantes que

Um outro problema acompanha o curso desde a sua fundação: a distância em relação à graduação em Turismo, localizada no campus I. A interação entre as duas áreas é de extrema importância, tendo em vista que ambas atuam diante do mesmo mercado, embora com focos diferentes. Para solucionar esse problema, os cursos agora não apenas fazem parte do mesmo campus, mas formam juntos o recém criado Departamento de Turismo e Hotelaria. Ainda segundo a coordenadora Aline, o empresariado da rede hoteleira de João Pessoa está animado com a vinda do curso para a cidade e um evento de lançamento já foi solicitado pelos mesmos. Vale lembrar que as atividades no campus IV continuam acontecendo até a última turma completar sua graduação - até lá os cursos de João Pessoa e Mamanguape devem caminhar de maneira paralela, com os professores atendendo as necessidades dos dois locais. UFPB em revista

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Reportagem: Rômulo Jefferson Foto: Wallyson Costa

ODONTOLOGIA

Greve dos funcionários impossibilita aulas práticas A interrupção do serviço de esterelização de equipamentos no Centro de Ciências da Saúde (CCS), em função da greve dos servidores das universidades federais, segundo a estudante do 5º período de Odontologia, Maria Helena, foi o estopim para a deflagração da greve de discen-

após o terceiro pedido, o comando de greve negou a liberação dos funcionários

tes do curso. Desde o começo da greve dos servidores os estudantes de Odontologia tentam incluir a esterelização na lista de serviços essenciais (que não podem ser suspensos durante greves), e para isso pediram apoio do departamento, centro e até a reitoria. Segundo Maria Helena, não houve, por várias esferas da 24

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Maria Helena, estudante de Odontologia

administração, nenhum esforço para que esse pedido fosse atendido. A direção do CCS afirma que tem trabalhado junto ao comando de greve para conseguir a liberação dos servidores para

realização do serviço mas, após o terceiro pedido feito, o comando de greve negou a liberação dos funcionários. Efetivamente, a administração reconhece o direito de greve e cabe à Justiça, quando provocada, indicar que o


serviço de esterilização seja considerado essencial. Ainda segundo Maria Helena, com a greve dos servidores técnicos da Universidade o serviço de esterelização foi interrompido e prejudicou não só os estudantes que necessitam realizar aulas práticas, mas também os pacientes que eram atendidos por eles. Diante do impasse e preocupados com a manutenção do período letivo sem aulas práticas os alunos de Odontologia decidiram suspender todas as suas atividades e cerca de 350 estudantes estão sem aulas. Além da falta de esterelização, há reclamações em relação à estrutura no Centro, e da necessidade de compra de materiais de utilização básica como sacos de lixo, luvas, algodão e até produtos de limpeza ser feita pelos estudantes. “A estrutura já vem precária há algum tempo, mas nós alunos, em prol do nosso próprio conhecimento, estamos aguentando esse tipo de situação. As clínicas não têm manutenção, não tem um pessoal designado para fazer a manutenção dessas clínicas e a gente sabe que tem muitos aparelhos e equipamentos. Quando esses equipamentos quebram eles passam meses e até anos para serem consertados”. A estudante relata ser comum a necessidade de trocar o paciente

de cadeira até três vezes durante uma extração dentária porque às vezes o sugador não funciona ou a cadeira não ajusta a altura, entre outros problemas, como a necessidade de expor o paciente repetidas vezes no raio-x porque o papel sensibilizado é vencido e não poderia mais ser utlizado. O departamento de Morfologia, que também é utlizado pelos estudantes de Odontologia para aulas de anatomia, embriologia e histologia, também sofre de falta de manutenção com a greve dos servidores. “Nesse laboratório tem peças cadavéricas de mais de trinta anos que são doadas e são muito raras de serem repostas então essas peças precisam receber a manutenção que é feita com formol, mas com a greve dos servidores elas também não estão tendo manutenção e as aulas práticas de anatomia estão sem acontecer”. Estudante do 5º período, Maria Helena, que havia iniciado as aulas práticas, não esconde a frustração em relação à situação que ela e os colegas de curso vivenciam e pede comprometimento da gestão. “Esse sucateamento não é culpa dos estu-

dantes é culpa de uma má gestão. Então a gente espera que eles façam a função deles sem estar jogando a culpa de um para o outro e olhem para essa questão estrutural, refaçam os orçamentos do curso de Odontologia. Aloque recursos. A gente quer que a gestão intermedie essa negociação com o comando de greve porque segundo a Reitora é muito fácil trazer esses funcionários para cá. Então o que a gente quer é que eles se movimentem, façam o dever deles”.

Diretor diz que negocia com comando de greve O diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Reinaldo Nóbrega, diz que entrou em contato com o comando de gre-

Reinaldo Nóbrega, Diretor do CCS UFPB em revista

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ve dos servidores para protocolar o terceiro pedido solicitando a disponibilização de funcionários para realizar a esterelização dos equipamentos de Odontologia e a manutenção das peças cadavéricas do departamento de Morfologia mas, em resposta que ainda não havia chegado por escrito, os grevistas haviam informado que os serviços não seriam reestabelecidos. “Nosso poder é limitado porque depende do comando de greve. Não é a direção que está criando a dificuldade. Os servidores estão em greve, uma greve que não foi decretada ilegal, está dentro da legalidade”. O diretor do CCS explica que todas as demandas que chegam até o centro são atendidas e que não havia a solicitação, por parte dos departamentos, de alguns dos materiais reclamados. Ele argumentou ainda que a compra feita por estudantes decorria de “uma espécie de acordo entre o departamento e os alunos.” Reinaldo Nóbrega afirma que recentemente o Centro recebeu essa demanda e que o material já foi adquirido e nega que os estudantes comprassem sacos de lixo: “Na verdade eram sacos daqueles de din-din, usados na esterelização dos instrumentos”. Em relação às queixas sobre as condições dos equipamentos e falta de manutenção, Reinal26

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do Nóbrega diz que o Centro adquiriu dez gabinetes odontológicos, três por solicitação do departamento e outros sete por iniciativa da administração do CCS e que o centro conta com dois servidores responsáveis pela manutenção dos equipamentos. Nóbrega reconhece que pode haver demora na realização de alguma manutenção quando ela é feita por empresa externa em função da necessidade de passar pelos trâmites legais. Ele salienta ainda que o Centro trabalha preventivamente ao realizar a manutenção de todos os condicionadores de ar das salas e a entrega do novo prédio que substituirá as antigas salas que tiveram queda do teto.

Segundo a Pró-Reitora, até mesmo os sábados devem ser considerados como alternativa para repor o conteúdo perdido. Quanto a legalidade da greve dos discentes, a PRG reconhece a impossibilidade de se dar andamento às aulas do curso sem a parte prática, inerente à qualquer formação. Mas salienta que as partes devem continuar o diálogo e, em comum acordo, desenvolver uma forma de retomar as aulas, já que a liberação dos funcionários para a retomada dos serviços depende do comando de greve dos servidores.

Ajuste de calendário deverá considerar os sábados A Pró-Reitora de Graduação, Ariane Sá, afirma que o setor está participando das reuniões que vêm acontecendo com os estudantes do curso de Odontologia, Departamento e Centro, no sentido de buscar uma solução para o impasse e ajustar o calendário quando as aulas forem retomadas.

Ariane Sá, Pró-Reitora de Graduação


Reportagem: Rômulo Jefferson Foto: Wallyson Costa

POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO E AVALIAÇÃO

Mestrado é o primeiro da Instituição voltado ao Serviço Público A Universidade receberá no segundo semestre (2014) o primeiro mestrado profissional da instituição voltado para a atuação no serviço público. O curso, Políticas Públicas, Gestão e Avaliação, irá atender uma reivindicação antiga dos servidores públicos de obter maior qualificação para o trabalho que desempenham nos diversos setores da administração pública. Coordenado pela professora Maria da Salete Barboza de Farias, o mestrado profissional em Políticas Públicas, Gestão e Avaliação visa qualificar os servidores públicos das Instituições de Ensino Superior (IES) da Paraíba e, segundo a coordenadora, consequentemente melhorar a qualidade dos serviços desenvolvidos por eles no Estado. Com previsão para início das aulas em agosto ou setembro deste ano, o curso funcionará no Campus I da UFPB e terá 40 vagas destinadas às instituições de ensino federais do Estado. Além da UFPB, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), terão vagas garantidas no processo de seleção. De acordo com informações da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), o processo de seleção terá 30 vagas destinadas aos servidores da UFPB, cinco para a UFCG e outras cinco para o IFPB. O edital que vai regulamentar a seleção para o mestrado será lançado após a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), divulgar maiores detalhes do curso que será implantado.

Isac Medeiros, Pró-Reitor de Pós-Graduação

Para o Pró-Reitor de Pós-Graduação, Isac Medeiros, a concorrência do processo seletivo deverá ser alta, tendo em vista que o curso de Políticas Públicas, Gestão e Avaliação está diretamente ligado ao dia a dia dos servidores e é primordial para a melhoria dos serviços prestados nas instituições públicas. UFPB em revista

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Reportagem: Wallyson Costa Foto: Retirado do Facebook

SANITÁRIOS DO CT

Auditoria da CGU identificará responsáveis Ainda de acordo com Alonso, o problema ocorreu não só com o santitário do CT, mas com outras obras originárias do Reuni, onde já no processo de construção foi verificado que o recurso empenhado pela administração da época era insuficiente para a conclusão da obra, fazendo com que ela fosse entregue sem itens importantes, como o ocorrido no banheiro do CT.

Sanitários são entregues sem divisórias

Sanitário entregue a população acadêmica sem as divisórias necessárias para o seu uso gerou polêmica nas redes sociais. A obra localizada no Centro de Tecnologia criou a discussão sobre o que poderia ter causado essa falha que impossibilita o uso da estrutura. Segundo Sérgio Alonso, prefeito universitário, a obra está sendo auditada pela Corregedoria Geral da União (CGU), onde todos os envolvidos no processo e execução do projeto estão sendo questionados sobre a obra ter sido entregue incompleta. A auditoria apresentará um relatório, e os responsáveis receberão a devida penalização. Nesse caso o responsável pode ser a empresa, o fiscal, e até mesmo a administração da época, responsável pelo empenho dos recursos para a obra. Nesse momento, depois de concluída licitação, a obra está entregue a outra empresa, que segundo o Prefeito, está fazendo as medições necessárias para instalar as divisórias. 28

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Ségio Alonso disse ainda que o fiscal da obra, o engenheiro William Vieira Fernandes teve que desconsiderar alguns itens que deveriam estar contidos no orçamento empenhado como projeto complementar, impossibilitando a compra e instalação, junto à empresa responsável pela construção. Alonso lembra que foi o que aconteceu com as divisórias de granito. Ainda segundo o prefeito os responsáveis pelo acompanhamento da obra imaginaram: “nós não podemos fazer isso agora, vamos deixar para fazer depois com outro recurso, ou conseguindo aditivos”. Sérgio argumenta que a Prefeitura ficou sabendo desse tipo de obra durante a transição de gestão, e que hoje, o empenho é feito levando em consideração todos os detalhes para que esse tipo de erro não aconteça. “Isso foi caindo no nosso colo e aos poucos que fomos tomando conhecimento. O fiscal sabia, e ele quem determinou, na relação do processo que os recursos empenhados eram insuficientes para concluir. Nisso ele teve que optar por fazer algumas restrições, como o item foi muito caro, não foi possível colocar as divisórias”.


Equipe formada por estudantes e professores também promove apoio às famílias de presidiários

Reportagem: Peter Shelton Foto: Luan Matias

Lapsus trabalha no monitoramento dos presídios Professores, estudantes e profissionais da área de Direito, Psicologia, Serviço Social da UFPB, integrantes do Laboratório de Pesquisa e Extensão em Subjetividade Humana e Segurança Pública (Lapsus), atuam no monitoramento do sistema prisional e no apoio social, psicológico e jurídico dos familiares de presidiários. O Laboratório integra o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH), que trabalha com vários eixos como saúde mental, questões de gênero e ao monitoramento do sistema prisional da UFPB, criado em 2010. Desde a sua fundação o laboratório tem três eixos centrais de trabalho: extensão, pesquisa e formação continuada, sempre trabalhando com familiares de presidiários. Segundo o professor Nelson Gomes Júnior, líder do Lapsus, foram verificados vários problemas enfrentados por esses familiares: “Praticamente desde o começo trabalhamos com esse grupo social, que entendemos ser socialmente vulnerável. Embora não tenham cometido nenhum crime, eles costumam ter seus direitos violados e são vistos com descon-

fiança pela sociedade. Cite-se como exemplo, a revista íntima vexatória.” Existe um esforço do Lapsus para conseguir se aproximar efetivamente dessas pessoas. Marcados pelos estereótipos e pelas humilhações, os encarcerados e os seus familiares avaliam negativamente o sistema prisional: “A imagem da segurança pública, infelizmente, é negativa. Os presidiários e seus familiares avaliam como precário, falido e violento. Uma série de dificuldades os acompanham: o difícil acesso à Justiça, o escasso número de defensores públicos, fazendo que muitos sejam obrigados a pagar advogados particulares, mesmo sem ter condições financeiras.” relata o professor. Além do apoio aos familiares de presidiários, o laboratório conta com projetos de pesquisa em três áreas de atuação: “Temos uma equipe dos cursos de Psicologia, Serviço Social e Direitos, nos temos realizados três projetos de Iniciação Científica e ainda colaboramos com pesquisas em outras instituições.” conclui Nelson Gomes. UFPB em revista

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