Jornal Mural - Abril 2011

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“Não há fatos nem fenômenos isolados. Tudo é retroalimentado”, declara Rafael Duarte

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ormandos de Relações Internacionais se encontram aos sábados para análise crítica do cenário internacional Alunos formandos de Relações Internacionais estudam, com afinco, também aos sábados pela manhã. Neste dia, os matriculados na disciplina de Estágio Supervisionado II participam do projeto que leva o nome de Clipping Editorial. Por este título subentende-se a atividade destinada a recorte de jornais. Mas para o coordenador do curso, Rafael Duarte, o clipping é mais do que isso. “Pela atividade é possível avaliar o nível de capacidade crítica dos alunos e envolvê-los na análise dos principais jornais nacionais e internacionais”, declara. Entre os assuntos de maior repercussão, a convulsão dos movimentos sociais pró-democracia em países árabes e islâmicos e a crise econômica norte-americana, que espalhou-se posteriormente pela Europa. Para o professor, mais importante que o enfraquecimento dos EUA é o crescimento da sociedade como um ator das relações internacionais. “São novos atores e opiniões críticas construídos dentro da sociedade”, destaca Rafael. Nos encontros, assuntos tão diversos como a Copa do Mundo, as Olimpíadas de 2016 e pautas sobre educação e cultura, como o filme

“Tropa de Elite 3”. E olha que há até nome para isso. Chama-se interdependência complexa de atores, temas e conceitos. Na explicação: “fenômenos e fatos que não ocorrem de forma isolada”. A visão do cineasta, por exemplo, é uma crítica ao nosso país. “Tudo é retroalimentado”, ele garante. Para o debate em grupo, a abordagem dos temas costuma ser feita basicamente em 4 eixos: Política Segurança e Economia Internacionais além de Educação & Cultura. Para a análise, propriamente dita, Rafael indica três pontos a serem observados: - Em primeiro, que fatores ocasionaram o fenômeno? - Em segundo, o que significa isso hoje? - E em terceiro, o que pode ser presumido em um cenário futuro? Ainda segundo o coordenador a atividade tem por missão fazer com que os alunos aprendam a ver cada acontecimento como consequência de vários fatos e de outras áreas. Onde estão as notícias?

Como desenvolver a capacidade de síntese e aliá-la à visão crítica? É neste momento que todo o aprendizado acadêmico é avaliado como ferramenta para entender o mundo, explicá-lo e saber posicionar-se criticamente. Conhecimento este que os alunos levarão, com certeza, pela vida afora!

Para a aluna Rute Jovita,

o projeto “muda bastante a forma de entender o noticiário”. “Com o conhecimento das teorias, sabemos como realmente são os fatos, porque aconteceu tal coisa e o que fez chegar a este ou aquele ponto”.


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