TRIBUNA DO VALE - EDIÇÃO Nº 2342

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A-6 Cotidiano

TRIBUNA DO VALE

Quarta-feira, 06 de março de 2013

Polícia Civil instaura inquérito para investigar morte de pedreiro S.A.PLATINA Éder Jesus chegou a ser transferido para UTI em Jacarezinho, mas morreu na manhã de ontem; corpo será enterrado hoje às 9 horas

Celso Felizardo

O pedreiro Éder Bruno de Jesus, 49 anos, que caiu do quarto andar (15 metros de altura) de uma obra, no Jardim Monte Verde, em Santo Antônio da Platina, na manhã de segunda-feira

(4) não resistiu aos graves ferimentos e morreu na manhã de ontem, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Jacarezinho. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e velado na Funerária Platinense. O enterro está marcado para as 9 horas de hoje, no Cemitério São João Batista, no centro de Santo Antônio da Platina. O delegado Fátimo de Siqueira instaurou inquérito para investigar as causas da morte do pedreiro, que não usava o cinto de segurança, obrigatório para obras elevadas. A representante da Incorporações Botarelli e Almeida, Sônia Maria da Silva Botarelli garantiu que o equipamento estava à disposição. Nos próximos dias, o delegado deve ouvir alguns dos 20 operários que trabalhavam na obra durante o acidente, inclusive o en-

Luiz Guilherme Brandani

Corpo foi velado na Funerária Platinense e será enterrado no Cemitério São João Batista

carregado Eriovaldo Soares de Oliveira. A queda, que aconteceu às 7h40, provocou fraturas na bacia, costelas e pernas, além de perfurações no pulmão, bexiga. Éder foi encaminhado para o Hospi-

TRAGÉDIA

Menino de 1 ano e 8 meses morre afogado em piscina Celso Felizardo

Um menino de 1 ano e 8 meses morreu afogado, na manhã de ontem, na piscina do sítio de um tio, no Bairro 40, em Joaquim Távora. Segundo informações, a família é de Quatiguá e passava o dia na casa de parentes, em Joaquim Távora. O corpo foi encontrado pela mãe do garoto por volta das 10 horas e encami-

nhado para o Instituto Médico Legal (IML) em Jacarezinho. A morte comoveu a população das duas cidades. A reportagem tentou entrar em contato com o delegado da 35ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), Rubens José Perez, porém a atendente da delegacia informou que ele estava em viagem para Londrina. Um inquérito policial deve ser instaurado para apurar se

houve negligência dos responsáveis na morte da criança. O casal de empresários tem outro filho na faixa dos seis anos. Até o fechamento desta edição, o local e horário do enterro ainda não haviam sido definidas. A comoção se estendeu pelas redes sociais. Amigos deixavam mensagens de conforto para a família. Esta é a quarta vítima de afogamento na região desde 1º de janeiro.

DE CARLÓPOLIS

Pescador é resgatado após passar horas à deriva em Chavantes (SP) Polícia Ambiental / Divulgação

tal Nossa Senhora da Saúde pelos socorristas do Corpo de Bombeiros. Ele chegou a ser submetido a uma cirurgia para a retirada do baço. Éder era pedreiro experiente e trabalhava havia dois

anos na empresa fazendo a construção dos prédios ao lado do Hospital Regional do Norte Pioneiro. A família contou que ele não sofria de qualquer tipo de doença e não acredita que ele possa ter

tido um mal-súbito. Júlio Benedito de Jesus, pai de Éder, contou que ensinou a profissão ao filho e que nunca havia ocorrido um acidente grave assim na família de pedreiros. Ele disse que espera que as investigações apontem o que de fato ocorreu. Éder deixa esposa e três filhos. A morte do pedreiro reacende a discussão da precariedade na fiscalização em obras. Há dois anos, um pintor de 25 anos morreu depois de cair de 5 metros no centro de Santo Antônio da Platina. Antes de atingir o solo, ele esbarrou nos fios de alta tensão. A cena com operários suspensos em andaimes improvisados nas alturas é comum. Segundo profissionais da área, consultados pela reportagem, ainda é grande o número de pedreiros que se arriscam em serviços perigosos sem qualquer tipo de proteção.

W. BRAZ

Vereadores querem regulamentar som de publicidade volante Celso Felizardo

O abuso no volume dos veículos de publicidade volantes que circulam pelas ruas de Wenceslau Braz gerou várias reclamações e se tornou tema de discussão na sessão da Câmara de Vereadores na manhã de ontem. O vereador Luiz Alberto Antônio, o Beto (PSDB), ficou responsável por formar uma comissão para discutir o problema com a Associação Comercial e Empresarial de Wenceslau Braz (Acebraz). De acordo com o comandante da 2ª Companhia do 2º Batalhão da Polícia Militar, capitão Donizeti Lemes, o volume máximo permitido varia para áreas urbanas, rurais

e industriais, mas, no geral, não pode ultrapassar os 70 decibéis durante o dia e 60 à noite. A tolerância é de 10% do total. Quem for flagrado com som acima destes valores pode ser indiciado por crime ambiental (poluição sonora) ou até mesmo por perturbação do sossego. O aposentado José Pereira da Silva, 68 anos, morador no centro, é um dos que não aguenta mais o barulho dos alto-falantes dos carros, motos e até caminhões de som. “É insuportável, não dá para assistir TV, falar ao telefone, conversar. Imagino quem precisa de concentração para trabalhar, está perdido”, condena. O vereador contou que recebeu um ofício da Acebraz

para a regulamentação das vagas de estacionamento no centro e, aproveitou para pedir uma orientação aos associados. Para Beto, os comerciantes deveriam ter o bom senso de orientar esses profissionais a não cometerem excessos, pois o efeito da divulgação pode se tornar negativo. “É tão irritante, que você começa a ficar com raiva do jingle, do anúncio e até da voz do locutor”, desabafa. Lemes relatou que a Polícia Militar intensificou a fiscalização nas últimas semanas e que as reclamações diminuíram, mas, segundo o capitão, sempre têm aqueles que insistem em desobedecer a lei. Ele alerta que qualquer denúncia pode ser feita pelo 190.

INSEGURANÇA

Conseg debate precariedade na carceragem de W. Braz

Antônio de Picolli

Parte da embarcação foi localizada debaixo d'água pela Polícia Ambiental G1

Um p escador de Carlópolis foi resgatado pela Polícia Ambiental de Ourinhos (SP) durante a madrugada de sábado (2), em Chavantes (SP), após passar seis horas à deriva no Rio Paranap anema. Antônio Brasílio de Freitas, contou que desceu o rio para pescar por volta das 20 horas de sexta-feira (1º). No entanto, uma das redes enroscou na hélice do

motor e ele ficou à deriva por horas no rio. Durante a noite, com o vento forte, as ondas viraram o barco em que ele estava. Com um colete salva-vidas, o pescador conseguiu nadar por três horas até a margem do rio e caminhou cerca de 10 quilômetros por uma estrada que dá acesso à represa, onde foi encontrado pela Polícia Ambiental. Os policiais tiveram que alimentar o pescador, que estava assustado e com mui-

to frio. Após ter sido encontrado pelos policiais, ele indicou o local exato em que amarrou o barco em bóias. Parte da embarcação foi localizada debaixo d'água. Após várias tentativas, o barco foi retirado do rio, mas o pescador perdeu cerca de 15 redes de pesca que estavam na embarcação no momento do naufrágio. O barco foi rebocado até a marina em C havantes e o p es c ad or voltou para casa.

Cadeia da 36ª DRP abriga 60 presos, quase o triplo da capacidade Celso Felizardo

O Conselho de Segurança (Conseg) de Wenceslau Braz se reuniu ontem às 19h30, na sede da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para debater as principais demandas de Segurança Pública no município. De acordo com o presidente do órgão, o advogado Júlio Guzzi, a situação m ai s a l ar m ante h oj e n a

cidade é a carceragem da 36ª Delegacia Regional de Polícia (DRP). A e xe mpl o d e out ro s mu n i c ípi o s d a re g i ã o, a sup erlot aç ão aument a o risco de fugas e rebeliões. São 60 presos alojados improvisadamente em um e s p a ç o c o m c ap a c i d a d e para apenas 20 detentos. “Estamos debatendo o problema com as autoridades e aguardando alguma resposta do governo estadual.

Investimentos na área são essenciais”, alarmou. Guzzi ressaltou a parceria entre as polícias e a c omu n i d a d e org an i z a d a que, juntas, estão conseguindo melhorias para a cidade. “É essencial que a sociedade participe ativamente das decisões que serão tomadas na área, pois assim teremos medidas moldadas de acordo com as reais demandas de cada comunidade”.


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