Marisa Iorio
Criatório de destaque
Saturno do PEC e o Quanblanco do PEC, ambos Campeões Nacionais, além dos garanhões Triunfo Três Rios, Texas do PEC, Serrano do PEC, Quattar do PEC, Taiwan do PEC e Suez do PEC, todos pertencentes a amigos criadores e com filhos já em destaque nas pistas de exposições”. Entre as “meninas”, duas matrizes tiveram um importante papel no haras. Lili JL foi a responsável por toda a produção de “blancas e/ou blancos”. Outra égua também de grande patrimônio genético é a Sucupira do Bonfim (Turbante JO x Fumaça da São José). Sucupira é mãe dos reprodutores Quilombo, Quebec, Porto Belo, Tigreblanco, e das filhas Hispânica, Lagoinha, Verona e Ventura – todos sufixo do PEC. “O sucesso de nossa criação devemos à produção destas éguas em especial e ao cruzamento desses dois sangues”, reconhece Marisa.
Infra-estrutura e manejo de ponta Inserido numa região de relevo irregular formado por morros, colinas e várzeas, de clima subtropical, com verões quentes e invernos secos, o paradisíaco Haras Lagoinha é composto por 20 alqueires, totalmente voltado para a criação de cavalos. As pastagens são de Tifton 85 e Coast Cross, campos de feno e inúmeros piquetes. Com relação à infra-estrutura, ao todo são 180 baias (4x4), sendo quatro baias-maternidades (5x5), além de laboratório para congelamento de sêmen e transferência de embriões, três pistas iluminadas, três redondéis, sendo um deles coberto e iluminado, piscina para tratamento, condicionamento físico e fisioterapia. A propriedade ainda comporta um centro hípico, onde criadores podem deixar seus animais sob cuidados dos funcionários do haras e a supervisão da dona. A preocupação de Marisa com o manejo é latente e séria 6 8 . TO P 2 0 0 0 PA M PA
e, por esse motivo, ela adota normas modernas de procedêlo, como o acompanhamento mensal de peso de todos os animais do haras e o centro hípico. “Alimentação com qualidade e criação de um animal atleta é a nossa prioridade; para isso utilizamos produtos de empresas sérias e líderes de mercado na hora de comprar ração, sal mineral e suplementos vitamínicos”, acrescenta a criadora. Mas ela já teve sérios problemas, sobretudo relacionados a mão-de-obra. Em 2007, deixou de participar da Exposição Nacional por falta de mão-de-obra qualificada. Hoje o problema está sanado. “No primeiro instante, o sentimento que vem à cabeça é de extrema frustração, mas depois de absorvido o impacto, chegamos à conclusão de que aquela parada ‘meio que forçada’ foi superbenéfica para nosso criatório. Buscamos no mercado novos profissionais técnicos e peões, trabalhamos muito e nos dedicamos mais internamente às questões do aperfeiçoamento do manejo e da nossa nova safra, que, passado o problema, culminou com importantes conquistas de Grandes Campeonatos Nacionais. Isto ocorreu com o potro Vietnan do PEC e a potra Xanadú do PEC, como também as conquistas dos Reservados Grandes Campeões Nacionais Potro Zurich do PEC e Potra Verona do PEC, dentre outros inúmeros campeonatos. “O destaque é que em 2008 conquistamos quase todos os primeiros lugares de andamento que disputamos. A Tanzânia do PEC inclusive deu um show, pois além de ser a Campeã de Andamento, foi também Campeã Égua Completa”, comemora Marisa.
Lidando com a mercadoria “cavalo” Ela conta que, na década de 90, o mercado era muito dinâmico, os valores muito altos, mas os usuários já procuravam animais de pelagem mais exótica. Muitos visitavam o Haras Lagoinha querendo levar para casa animais pampas, pretos, de crinas loiras etc. Como não havia exemplares para atender essa demanda, veio o estalo de selecionar pelagem, todavia sem se distanciar da boa marcha. “O foco principal de criador é o andamento de marcha trotada, também chamado de marcha diagonalizada, muito cômoda. Essa opção se deu por acreditarmos que esse tipo de marcha agrada a todos os usuários e amantes do verdadeiro cavalo de sela. Quanto à marcha batida e o trote, temos apenas alguns exemplares; já que como possuímos um centro hípico, temos que atender um mercado Marisa Iório e Paulo Eduardo Corrêa