TEXTIL MODA # 6

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7 perguntas para Gianfranco Briceño Por Mário Araujo 1 Quando e como começou a sua história com fotografia? Tudo começou quando eu fazia faculdade de Publicidade na PUC-Minas. No começo do curso eu tinha muito tempo livre e ficava horas e horas no laboratório de fotografia da faculdade aprendendo a revelar filmes e fazendo ampliações. Acabou virando uma paixão. Virei monitor do laboratório, depois fui assistente de uma fotógrafa por alguns anos, até seguir carreira solo. 2 Por que fotografar corpos? Mais do que corpos, eu gosto é de fotografar gente; e acho que foi por isso que fui para a moda. Fotografo moda há mais de dez anos e fazer nus, tanto masculinos quanto femininos, está dentro desse pacote. 3 Qual a origem do Snaps Fanzine? Comecei a fotografar meninos, amigos, modelos nus já tem um tempo. Todo mundo sempre me perguntava o que ia fazer com esse material. Um dia resolvi que queria criar algo inédito para fazer uma pequena publicação, que inicialmente teria uma tiragem bem pequena e que eu mesmo iria custear e distribuir entre alguns amigos. Mas o projeto foi tomando formas maiores, outros acabamentos, senti que existia um vazio de publicações do tipo aqui no Brasil, e deixei o projeto mais encorpado e ao mesmo tempo mais caro. 4 Qual a maior dificuldade desse projeto? É financeira, basicamente! Imprimir um fanzine de 60 pági-

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nas em offset, com cuidado, num papel legal, é caro. Tanto o Snaps #1, como o #2, foram viabilizados por crowdfunding. Então foram as pessoas que queriam um exemplar em casa que investiram no projeto para ele se tornar realidade. E isso é bem incrível! 5 Você acredita que o financiamento coletivo seja uma possibilidade viável para jovens criadores se lançarem no mercado? Sim, com certeza. É difícil você achar alguma editora ou empresa grande que queira bancar seu projeto só porque ele é legal. O financiamento coletivo está aí para aqueles que têm um projeto bacana pronto para se tornar viável, mas não tem os fundos necessários para fazê-lo. 6 O que mais se destaca em seu trabalho? A naturalidade das fotos. Não sou de mandar meus modelos fazerem poses estranhas ou algo que não tenha a ver com a história que estou fotografando. Não sou um fotógrafo de grandes parafernálias. Gosto muito de utilizar a luz ambiente, por exemplo. Tem muito a ver com a linguagem que eu quero passar nas imagens. 7 O que sonha/planeja para o futuro? Gostaria muito que o Snaps Fanzine fosse um projeto mais sólido, encorpado, com mais páginas e uma periodicidade mais definida. Estou trabalhando nisso. Para conhecer mais sobre o projeto Snaps Fanzine, acesse: facebook.com/snapszine


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