e-revista Templo da Arte - maio/2012

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templo da arte edição nº 01 - maio/2012

TITINA CORSO em ARTISTAS DO TEMPLO

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Centro Técnico Templo da Arte

Cursos Técnicos - Pós Técnicos Livres - Pós Graduação

(11) 2063 7443 Rua Costa Aguiar-1013 - Ipiranga -São Paulo-SP


Mostra Coletiva reúne artistas em Franco da Rocha

Artístas no Templo

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Fazendo Ar te em...

Exposição Axé du Ôxe!

Titina Corso, aluna do Curso de Arte Sacra e sua vida de ARTÍSTA.

Acontece Expo

Confira as exposições em São Paulo

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Museus

Museu da Língua Portuguesa abre exposição sobre Jorge Amado.

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Artigo

Perícia em obra de Arte - com Profª Sandra Hitner

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Destaque

Museu de Mirassol, destaca-se pelo trabalho realizado com seu acervo.

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Fazendo Arte em...

Exposição Axé Du Ôxe! Franco da Rocha-SP Na terça-feira, dia 1 de Maio, dia do trabalho, abrimos oficialmente a exposição Axé du Ôxe!, uma realização da Ôxe! Produtora Comunitária e da Confraria Poética Marginal, com apoio do ProAC - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e da Prefeitura Municipal de Franco da Rocha. E isso não foi por acaso. Esta é uma exposição que simbolicamente vem celebrar o esforço de muitas gerações, de muitos trabalhadores e trabalhadoras da cultura. No Centro Cultural Newton Gomes de Sá, que durante décadas foi Centro Comunitário, surgiram gerações de poetas, músicos, bailarinos, artistas plástico, atores e produtores culturais. As paredes daquele espaço estão impregnadas de sonhos e foram testemunhas de discussões que nos fizeram amadurecer e entender que juntos somos mais fortes e conseguimos chegar mais longe. E estamos chegando, de modo que, quase quarenta anos depois estamos novamente expondo, produzindo, criando e levando arte e cultura onde ela é mais necessária: nas periferias do Brasil. Se fossemos citar todos os artistas que direta ou indiretamente nos ajudaram a conceber e parir esta exposição, levaríamos horas e fatalmente esqueceríamos alguém. Por isso, preferimos simplesmente agradecer, de um modo coletivo, a todos aqueles que fizeram ou fazem parte desse movimento cultural que teve início lá na década de 70. Agradecemos pelo legado, pela história e principalmente pelos frutos. Aproveitamos também para convidar a todos aqueles que quiserem, a se aproximar, a tomar parte disso também; a se juntar a esta história já de quase meio século. Juntos é sempre melhor e podemos certamente chegar mais longe e quiçá mais rápido. Temos pressa. Nossas cidades têm pressa. Nosso país e nossa sociedade têm pressa. Por isso, a hora de fazer é agora.

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Fotos: Produtora Ôxe

e Fotos: Produtora Ôxe

Pedro Quintanilha

Fabia Pierangeli

Coor.Cult. Paulo Braga Fotos: Produtora Ôxe


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Ousamos dizer que essa exposição é um marco histórico, porque além de celebrar um esforço coletivo e histórico, ela ainda se projeta como um acontecimento que traz em si a esperança de juntos reinventarmos nosso próprio caminho. Não temos a pretensão de que ela seja a maior exposição que já tenha acontecido em nossa região. Sabemos que não é. Mas esperamos que possa ter um outro efeito: o de mostrar e provar, principalmente para nós mesmos, que sim, é possível, nós podemos conseguir. A despeito de todas as dificuldades que enfrentamos em nossa região, a despeito de todos os problemas do país, e para além de todas as pressões da vida moderna e do sistema capitalista; ainda assim é possível e nós também podemos conseguir. Assim, cheios de muita alegria e também muito orgulho por toda esta história, mas também com os olhos voltados para o futuro e para todo o trabalho que ainda temos pela frente, convidamos a todos vocês para juntamente conosco tomarem parte desta celebração à nossa história, à vida, à arte e ao ofício que nos define e realiza: a cultura e todas suas expressões. Vamos lá, aproveitem, É TUDO NOSSO! A Exposição Axé Du Ôxe! fica aberta até 1 de junho, de segunda a sábado, das 9 às 18h e de domingo, das 9 às 15h. A visitação é gratuita e também é possível agendar visitas monitaradas através do telefone: 4488-8524

Fotos: Produtora Ôxe

CENTRO CULTURAL NEWTON GOMES DE SÁ Av. Sete de Setembro,s/n- centro, Franco da Rocha-SP Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 8h às 18h Entrada Franca

Visite: http://blogduoxe.blogspot.com.br

Fotos: Produtora Ôxe

Fotos: Produtora Ôxe

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o p x e expo Acontece

Praça da Luz - Bom Retiro São Paulo - SP, 01120010 (0xx)11 3324-1000 Terça a domingo, das 10h as 18h ( sendo que a bilheteria fecha as 17h). Valor do Ingresso R$ 6,00 público geral R$ 3,00 estudantes Sábado é gratuíto.

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Museu de Arte Sacra

Exposição Alberto Giacometti

Museu da Língua Portuguesa

Pinacoteca do Estado

Confira as exposições dos principais Museus de São Paulo

Exposição do Acervo Permanente

Exposição Jorge Amado e Universal Estação da Luz Praça da Luz, s/nº Centro - São Paulo - SP

Terça a domingo, das 10h as 18h ( sendo que a bilheteria fecha as 17h). Quinta –até as 22h( sendo que a bilheteria fecha as 21h) Valor do Ingresso R$ 6,00 público geral R$ 3,00 estudantes

Endereço: Av. Tiradentes, 676 - Luz - São Paulo - SP Estação Tiradentes do Metrô Telefone: 55 11 5627-5393 Horário de funcionamento: De terça a domingo das 10 às 18 horas (bilheteria até as 17:30) Entrada Grátis aos Sábados. Estacionamento gratuito no Museu, na Rua Jorge Miranda nº 43


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Centro Técnico Templo da Arte Pós Graduação - Pós Técnico Técnico - Livre

Conservação e Restauro (11) 2063 7443 R. Costa Aguiar-1013-Ipiranga-São Paulo-SP


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Artista no Templo

Titina Corso

Artista Plástica, Poetisa, Fotógrafa, Professora de Artes Plásticas, Conservadora e Restauradora especialista em Arte Sacra, Pedagoga especialista Divulgação/Titina Corso

Estudou Belas Artes no início dos anos 80 na Escola Nacional no Rio de Janeiro, incontáveis cursos de especializações artísticas e utilização de seus materiais, com grandes mestres das artes do cenário Nacional e Internacional. Frequentou cursos no Parque Lage no Rio de Janeiro. Estudou também com mestre Vitorino, artista português porcelanista que introdiziu materiais e técnicas da pintura sobre porcelana no Brasil. Manteve na Ilha do Governador, um Atelier-Escola, frequentado por diversos alunos, para diversas técnicas Desenho, Óleo sobre Tela, Acrílico sobre Tela, Porcelana, Madeira, Encáustica, de onde muitos saíram com premiações nas artes. Em 93, faz especialização em retratação com o renomado artista Iraniano - Said Ahmad e com o qual trabalha posteriormente como artista contratada na restauração da Mesquita do Brás em São Paulo em 2001.

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Em Novembro de 1993 toma posse na Academia de Letras e Artes de Paranapuãn (ALAP) fundada pelo escritor Albene Fagundes de Araújo Presidente idealizador-fundador em homenagem a Ilha do Governador, local histórico do Rio de Janeiro, considerada Utilidade Pública sob a Lei nro 1644 de 27/12/1990, no Auditório da Academia Brasileira de Letras, tendo como Presidente de Honra Austregésilo de Ataíde, ocupa a cadeira nº 19, sob patronímica de Antônio Parreiras, recebe duas Moções Culturais pela Câmara Municipal do Rio pelos trabalhos prestados à cultura, estabelecendo-se desde então como Assessora Cultural da Academia, sob a Presidencia atual da ALAP de Eliane Mariath Dantas. Em 1996, é selecionada por convite da União Católica dos Artistas Italianos para expor seus trabalhos na Galeria La Pigna propriedade da administração do Vaticano em Roma - Itália, uma de suas obras neste evento passa a integrar o acervo artístico do Vaticano, a obra intitula-se "Só Cristo". Tem contato por esta ocasião com diversos expoentes da arte Italiana, incluindo Monsenhor Tiani, sendo alvo de críticas positivas do Crítico de Arte Maximo Giraldi e da RAI Italiana, ainda sob as atividades artísticas propostas por este evento, tem contato com obras de restauro em painéis, pinturas e construções que aconteciam em toda a Roma, encantada com as possibilidades de interagir com a preservação e restauro de obras de arte, busca aprimorar mais seus conhecimentos artísticos também para a especialização em Conservação e Restauração - profissão ainda não regulamentada infelizmente no Brasil , participa também da formação Especialista Técnico em Conservação e Restauro de Arte Sacra (2008), pelo Centro Técnico Templo da Arte, no Ipiranga em São Paulo. No mesmo ano de 1996, viaja para a África do Sul para integrar a comissão de artístas que reinaugura o Museu de Roodepoort e recebe a Medalha de Prata Artística Internacional.

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Retrato em Óxido Corrosão sobre tela 1,00 X 1,00

Divulgação/Titina Corso

Retrato em Óxido Corrosão sobre papel e tela 40 X 50

Divulgação/Titina Corso

Retrato em Óxido Corrosão sobre tela 1,00 X 1,00


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Em 1997, transfere sua moradia para o Estado de São Paulo, desde então atuando na área Cultural e Artística deste Estado, onde atua na área docente das artes, produzindo ainda inúmeros trabalhos artísticos, em seu Atelier onde ministra aulas de desenvolvimento para profissionais da área e desenvolve seus projetos de arte bem como as de restauro até a data atual.

Divulgação/Titina Corso

e Divulgação/Titina Corso

Em 2000, expõe em Paris - Galeria Everarts na comemoração "Brèsil 500 ans" e no Líbano onde recebe a Medalha de Ouro artística Internacional. É convidada a dedicar-se também em São Paulo a pesquisa de materiais para a Licyn Utti Gutti e a algumas colunas jornalísticas para o Jornal Novas Técnicas e da Revista Contemporânea de Arte. Em 2010, especializa-se em Pedagogia na Faculdade Sumaré, por manter um elo íntimo com a aducação no desenvolvimento de Brinquedos e Materiais de apoio pedagógico, desenvolve sua pesquisa acadêmica na construção educacional parceira em meios tecnológicos,apontando o jogo virtual "Farmville" aplicativo do Facebook como fonte de pesquisa e sua utilização educativa paralela com as experiências do mundo real. Volta-se para este tema por observar o uso da tecnologia tão presente nos tempos atuais tanto no campo educativo como no campo artístico.

Divulgação/Titina Corso

Divulgação/Titina Corso

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templo da arte Em 2011, participa do Circuito Internacional de Arte Brasileira que percorre a Áustria, Évora, Madri e Belo Horizonte. Em Évora desenvolve ainda mais seus conhecimentos artísticos em um curso de extensão em Artes Plásticas - Desenvolvimento da cor, na Universidade de Évora. É ainda através deste curso que tem um de seus trabalhos desenvolvidos dentro da UÉ, selecionado para aderir ao Projeto Utopia Azul.

Divulgação/Titina Corso

e Divulgação/Titina Corso

Na gestão da Prefeita Marta Suplicy em São Paulo se engaja em movimento para a aprovação de projeto para a formação de um centro cultural e educacional público na região da sub-prefeitura de Pinheiros, junto a diversos amigos e companheiros de atividades artísticas, o projeto é aprovado e comemorado, porém como todo filho caminha sozinho este depois de um tempo tem suas bases culturais e educativas alteradas das que foram apresentadas em projeto. Atualmente funciona no local a Praça Vitor Civita. Em seu trabalho fotográfico volta olhares na natureza, em folhagens e flores menos observadas, para a presença humana e seus movimentos na vida cotidiana e cultural, texturas e para a beleza poética do momento não falado. É também poetisa, com diversas poesias encartadas em Antologias Nacionais. Tem seus trabalhos artísticos catalogados e em diversas mídias disponíveis para pesquisa. É também mencionada como Destaques e Personalidades no livro São Paulo 450 anos - Sua História e seus Monumentos do IBB - Instituto Biográfico do Brasil.

Continua atuante no cenário artístico cultural Brasileiro e Internacional. Tomando posse em 2009 na Academia Lusófona de Letras (ACLAL), em Castro D´Aire - Portugal, tendo exposto suas obras nos mais tradicionais locais culturais deste País. Tem algumas de suas obras em Museus e Casas de Cultura Nacionais e Internacionais, como:

Galeria da Administração do Vaticano - Roma - Itália; Sala Cultural da Universitè de Poitiers - França; Museu Maria da Fontinha - Castro D´Aire - Portugal; Pinacoteca da Câmara de Figueró dos Vinhos - Portugal e outros. Luta pela Cultura e sua memória, pela educação através da cultura, é observadora e pesquisadora dos movimentos culturais brasileiros e das brincadeiras tradicionais.

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Titina Corso em.. Rino Mania São Paulo 2011 Em setembro, o Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), localizado na capital paulista, será ponto de partida para uma mania que promete impactar o cenário cultural da cidade: a Rino Mania. Patrocinada pela Duratex em comemoração aos seus 60 anos, a exposição reunirá 60 esculturas de rinocerontes pintadas por artistas locais durante um mês, distribuídas em pontos estratégicos da cidade. A intenção é transformar o visual, típico de grandes metrópoles, em uma savana urbana colorida, levando o inusitado da arte e sofisticação para o dia a dia da população.

e Divulgação/Titina Corso

Divulgação/Titina Corso

Divulgação/Titina Corso

O RINOBARROCO

Passou pelo leilão beneficente, alcançou um valor maravilhoso e está agora na região de Paraty no Rio de Janeiro.

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Museu da Língua Portuguesa

Muhammad Baker

Inaugurado oficialmente no dia 20 de março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa abriu suas portas ao público no dia 21 de março. Até hoje, perto de 2 milhões pessoas já visitaram o espaço, que está no no topo do ranking dos museus mais visitados da América Latina.

O Museu contou ainda com uma equipe de criação e pesquisa de mais de 30 qualificados profissionais, entre sociólogos, museólogos, especialistas em língua portuguesa e artistas, todos sob a orientação da Fundação Roberto Marinho.

Divulgação/MLP

O projeto arquitetônico do Museu da Língua Portuguesa é de autoria de Pedro Mendes da Rocha e Paulo Mendes da Rocha. Custou aproximadamente R$ 37 milhões, usados para financiar a criação, pesquisa, implantação do museu e restauro do Prédio da Estação da Luz.

O Museu da Língua Portuguesa, dedicado à valorização e difusão do nosso idioma, apresenta uma forma expositiva diferenciada das demais instituições museológicas do país e do mundo, usando tecnologia de ponta e recursos interativos para a apresentação de seus conteúdos. Vale lembrar que a tecnologia hoje é um recurso a serviço de todos os museus e pode ser uma importante ferramenta de apoio à apresentação dos conteúdos.

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Muhammad Baker

Muhammad Baker

Muhammad Baker


Divulgação/MLP

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Divulgação/MLP

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Museu da Língua Portuguesa recebe a exposição “Jorge Amado e Universal”: Um olhar inusitado sobre o homem e a obra.

Muhammad Baker

Parte do calendário oficial em comemoração ao centenário do autor, a mostra que estreia em abril no Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, é uma realização da Grapiúna e da Fundação Casa de Jorge Amado em parceria com o Governo do Estado de São Paulo. Após SP, Museu de Arte Moderna de Salvador receberá a exposição a partir de 17 de abril, estará aberta ao público, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a exposição

Muhammad Baker

Jorge Amado e Universal, que faz parte das comemorações oficiais pelos cem anos do escritor chancelada pela Fundação Casa de Jorge Amado. A mostra trará fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes, entre outros itens, sendo que parte do conteúdo nunca foi vista pelo público. A realização é da Grapiúna e da Fundação Casa de Jorge Amado, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura do Governo de São Paulo e o Museu da Língua Portuguesa, e o desenvolvimento e organização da Nacked & Associados Mercado Cultural. A direção geral é de William Nacked. Ana Helena Curti responde pela coordenação geral de conteúdo, e Daniela Thomas e Felipe Tassara pela expografia. Com acervo pertencente à Fundação Casa de Jorge Amado e à família do célebre escritor, ntre outros, Jorge Amado e Universal fica até 22 de julho na capital paulista, seguindo para o Museu de Arte Moderna da Bahia – de 10 de agosto a 14 de outubro de 2012. A exibição estas cidades conta com patrocínio do Banco Santander. “Essa exposição é um desafio prazeroso de cumprir, tendo em vista a importância e alcance do homenageado e de sua obra. Buscamos elementos para que o público mergulhe em um vasto repertório de conteúdos sobre o homem, o escritor e a obra”, relata William Nacked, diretor geral da iniciativa.

Ficha Técnica da Exposição “Jorge Amado e Universal” Realização: Grapiúna e Fundação Casa de Jorge Amado Organização: N&A Mercado Cultural e AMCCB – Associação de Museus e Casas deCultura do Brasil Direção Geral: William Nacked Concepção e Produção Executiva: arte3 Direção de Produção: Ana Helena Curti

Estão previstas ainda montagens de Jorge Amado e Universal em mais oito capitais no Brasil, como Recife, Rio de Janeiro e Brasília, e pelo menosduas cidades no exterior – Buenos Aires está na rota da exposição.

Horários de Funcionamento: O museu abre sempre de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00, sendo que a bilheteria fecha às 17h00. Nas últimas terças-feiras de cada mês, o museu permanece aberto até às 22h00, sendo que nestes dias a bilheteria fecha às 21h00 (se a última terça-feira do mês de fevereiro coincidir com a terça-feira de Carnaval, o museu não abrirá). O museu não abre às segundas-feiras, nos dias 24, 25 e 31 de dezembro, no dia 01 de janeiro, nas terças-feiras de Carnaval e nos dias de eleições ou plebiscito na Cidade de São Paulo (eleição municipal/estadual/federal). Valor do Ingresso: R$ 6,00 (Seis Reais) público em geral; R$ 3,00 (Três Reais) estudantes com carteira de estudante do ano e documento de identidade; Não pagam ingresso: pessoas com 60 anos ou mais (mediante a apresentação de documento de identidade); crianças com 10 anos ou menos (mediante a apresentação de documento de identidade); professores da Rede Pública (Municipal, Estadual ou Federal) com apresentação de documento comprobatório. Aos sábados o ingresso é gratuito para todos os visitantes.

Conteúdo: Ana Helena Curti, Fernando Lion, Ilana Goldstein Produção Executiva: Angela Magdalena, Fernando Lion Equipe de Produção: Cássia Campos, Dea Marcia de Almeida Federico, Mariana Chaves, Paula Garcia, Renata Moura Expografia: T+T Projetos - Daniela Thomas e Felipe Tassara Projetos Multimídia: 02 filmes Projetos Editoriais: Cia. Das Letras

Direitos Autorais: Copyrights Advogados

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artigo

Perícia em obras de arte Profa Dra Sandra Daige Antunes Correa Hitner

As principais referências a trabalhos periciais em obras de arte ensinados aos alunos da escola têm relação com dois tipos de imagem: pintura e estampas (xilogravuras e calcogravuras) . Os trabalhos periciais da atualidade tem o intuito de mostrar como modernos exames podem, hoje e dia, ser executados e se tornam cada vez mais necessários na busca, esclarecimento, e comprovação da autenticidade e/ ou ancianidade de obras patrimoniais. Os sofisticados equipamentos laboratoriais da atualidade permitem um diagnóstico preciso da obra de arte investigada. 1- EXAMES EM PINTURA Os primeiros exames, chamados de superfície realizados a olho nu em uma pintura buscam o estado de sua estrutura pictórica, seus efeitos e qualidades, e o estado do suporte onde está a imagem. Em seguida, fotografias especiais macro e à luz rasante evidenciam muito sobre as caligrafias artísticas, movimentos de pincéis, tipo de espessura, modo de aplicação da tinta, etc. EXAMES SOB FLUORESCÊNCIA: RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E INFRAVERMELHO Quando se incide um feixe de radiação ultravioleta na superfície de um painel, os fenômenos de fluorescência e de fosforescência denunciam a existência, ou não, de intervenções e restaurações, quantos são, e como foram feitos ao longo do tempo, pois, p. e., observa-se que os materiais novos são menos fluorescentes do que os mais antigos. A fotografia à infravermelho detecta repintes, mas, sua principal aplicação tem sido na revelações do desenho subjacente, que constitui a primeira fase de uma criação artística. O desenho preparatório tem ajudado os historiadores da arte a caracterizar o estilo do artista, fornecendo sinais importantes no estudo da atribuição da obra – autenticidade. RADIOGRAFIA Este tipo de exame fundamenta-se nas diferenças de comportamento dos materiais ao serem atravessados pela radiação X. Todos os materiais ocultos na pintura, desde que absorvam radiação X, são revelados na chapa radiográfica. É o caso, p.e., de massas inadequadas provenientes de alterações introduzidas na imagem, danos de xilófagos, remendos, lacunas preenchidas e áreas de repinte com materiais inapropriados, etc. No caso do suporte, o exame denuncia os pregos de reforço, o tipo de junta (ou gancho) usada para unir as tábuas empregadas na sua construção, porque, dependendo do tamanho da pintura, os suportes de madeira eram feitos de uma ou mais pranchas e unidos por algumas juntas cujo formato dependia da região de montagem do suporte. ESTRATIGRAFIA DAS CAMADAS CROMÁTICAS E ANÁLISE DOS PIGMENTOS Por meio de um recorte não muito grande em determinada área de uma obra de arte é possível detectar a espessura e função da camada de tinta; estrutura de preparação ( da base ao verniz), pigmentos, tipo de aglutinante usado, solubilidade, etc. EXAME DO SUPORTE: ( para buscas de autenticidade de obras medievais) A madeira foi constantemente usada como suporte em todas as escolas de pintura medievais. A variedade da madeira usada como suporte depende da região e do período. No caso das telas o histórico e tipos identificadores já se encontram à disposição dos interessados. A moldura do quadro também faz parte da avaliação de uma obra de arte. Antigamente, era o componente que fechava uma composição. DENDROCRONOLOGIA ( para buscas de autenticidade de obras medievais) Este tipo de exame (para painéis de madeira) mostrará se as pranchas são realmente da época do artista que pintou a obra e sua proveniência. Por meio deste tipo de datação descarta-se, por exemplo, cópias.

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2- EXAMES DE ESTAMPAS A necessidade dos exames periciais se relaciona com o tipo de estampa que se quer analisar. As mais antigas são as xilogravuras (entalhadas sobre pranchas de madeira) e as calcogravuras (entalhadas sobre matriz de metal, p.e., buris, pontas secas e águas fortes). Ao contrário da pintura, a análise de uma estampa inicia-se pelo papel onde ela está impressa, ou seja, seu “suporte”. De forma mais ou menos superficial, em uma folha de papel antiga ou não, é importante observar os seguintes sinais: quando se trata de estampa original e não de uma reprodução; condição do papel onde está estampada a imagem, regularidade da cor da tinta (desbotamentos e alterações de tom, sobretudo nas molduras, margens, bordas). No reverso da estampa torna-se nítido, sobretudo, se há reintegrações com polpas de papel em eventuais orifícios e aplicações de velaturas protetoras. Grosso modo, em uma estampa antiga a análise do papel se inicia pelos tipos de vergaduras e pontusais, que variam respectivamente de grossura e de distanciamento de acordo com a idade e a proveniência do papel. A característica mais importante é a marca d'água, ou filigrana, com desenhos de todo tipo e vários tamanhos. Vergaduras: são linhas horizontais alternativas escuras e claras que podem ser vistas quando se observa o papel. Pontusais são marcas perpendiculares aos fios horizontais da vergadura. Filigranas são impressões fixadas em profundidade em uma folha de papel. São marcas que demonstram, de uma maneira mais ou menos precisa e pontual, qual é a idade da folha de papel e o local onde foi fabricado. OBS: Impressões e Fraudes: Demonstram todos os tipos de irregularidades ocorridos na matriz e refletidos na estampa e, muitas vezes, denunciam fatores importantes sobre sua tiragem. A irregularidade das impressões resultantes de fendas, lacunas, e dilapidações causadas por todo tipo de acidente nas matrizes fez com que muitas delas fossem corrigidas de maneira muito habilidosa. No entanto, todos estes danos devem ser reconhecíveis nas impressões, para que se possa chegar a conclusões corretas acerca da avaliação cronológica de uma estampa. Nas estampas atuais a busca da filigrana é fator primordial, exceto nas estampas que são provas do artista. EXAMES SOB FLUORESCÊNCIA: RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E INFRAVERMELHO Quando se incide um feixe de radiação ultravioleta na superfície de uma estampa os fenômenos de fluorescência e de fosforescência denunciam sutilmente a existência de intervenções e restaurações. Este exame tem como componente interessante a idoneidade da impressão por causa da tonalidade da tinta original, ou dos prejuízos que possa ter sofrido ao longo do tempo. A fotografia em infravermelho registra subjacências. Portanto, é importantíssima para registrar as marcas d'água do papel no meio do desenho coberto pela tinta da estampa, entre outras coisas que o desenho subjacente denuncia. A CAMADA CROMÁTICA DA ESTAMPA: Após identificada a tinta usada na prensa pelo artista (possibilitada pelo exame químico), pode-se observar qualquer tipo de interferência inadequada na estampa analisada. O exame deve incluir a moldura, que é um ingrediente muito importante em uma peça artística desta categoria. Este tipo de procedimento possibilita reunir impressões dispersas, como p. e., álbuns antigos perdidos ao longo do tempo, encadernações de uma mesma série que se dispersaram, etc. ..........................................................................................................................................................

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Destaque

“Museu Municipal "Jezualdo D´Oliveira” Mirassol-SP

acervo/museu

Falta de dinheiro, escassez de funcionários, necessidade de reforma, conflitos pelo cargo, enfim, essa é a realidade de muitos museus no Brasil. Em Mirassol, interior do Estado de São Paulo, não é diferente, porém mediante a todas essas e outras dificuldades o Museu do município, “Jezualdo D´Oliveira”, vem usando a criatividade para reverter essa situação. Com o término da II Guerra Mundial, o entusiasta Jezualdo D´Oliveira reuniu peças que contavam a história da cidade e desse momento histórico criando, oficialmente, em 8 de setembro de 1953, o museu que à época chamava-se “Museu Municipal”. Teve como paraninfo da solenidade Assis Chateaubriand, que foi convidado especialmente pelo então Deputado Anísio José Moreira.

O fundador, Sr. Jezualdo D´ Oliveira no dia da inauguração do edificio próprio do Museu Municipal em 07 9 1968.

O museu contava com tipologias muito variadas expostas, inicialmente, na Biblioteca Municipal e, depois, em uma sala da prefeitura. Em 12 de janeiro de 1958, realizava-se, em Mirassol, a grandiosa Concentração Municipalista. Estava presente o governador de São Paulo, Jânio Quadro, que em uma visita ao museu determinou a instalação de uma rede de museus nas principais cidades do interior do Estado. Começou, neste ano, a construção do prédio próprio que, por falta de recursos e outros motivos, teve suas obras concluídas 10 anos mais tarde no aniversário da cidade, em 8 de setembro de 1968.

Natália Campanholo

:Natália Campanholo

O curador do museu Prof Henrique Frota e o diretor do departamento de cultura Mateus Camargo ao lado de um dos painéis que serão expostos na 10ª Semana Nacional de Museus.

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O curador do museu Prof. Henrique Frota e o diretor do departamento de cultura Mateus Camargo na montagem do abrigo militar em homenagem ao fundador do museu.


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templo da arte “Quando assumi o museu, em 2010, o prédio havia sido reaberto ao público fazia dois anos, após muito tempo fechado, e ainda contava com problemas estruturais, catalogação deficitária e, em muitos casos, inexistente, tipologias misturadas e caso de roubo de peças em administrações anteriores. Diante disso, tive duas opções: ficar sentado lamentando os problemas do museu ou agir e começar tudo novamente. Escolhi agir.” – nos relata o curador do museu Henrique Frota que se considera um grande admirador do trabalho de Jezualdo D´Oliveira, que hoje, dá nome ao museu. Divulgação

Divulgação

Divulgação/Museu

Divulgação/Museu

Quando Frota assumiu o cargo de curador do museu acumulou, sozinho, as atividades de expografia, conservação preventiva e higienização, implantação do plano museológico, ação educativa, reserva técnica, estudo de público e organização e digitalização do acervo histórico que faz parte do museu. Para atrair público, foram realizadas dezenas de exposições valorizando artistas locais e outras como a que fez alusão ao dia do Índio, com a construção de uma oca, e a que falou sobre o Egito, recriando o julgamento dos mortos, um sarcófago, maquete mostrando interior de uma pirâmide, peças originarias do Egito, entre outras atrações. Além disso a instituição promove ações educativas dentro e fora do museu, levando oficinas de arte aos bairros periféricos da cidade com apoio de artistas locais e estudantes. O museu também mantém uma página no facebook, “ Museu Jezualdo Oliveira Mirassol”, que contém fotografias, mapas e documentos históricos da cidade. Os trabalhos não param. Segundo o curador, o museu ainda tem muito que melhorar e, na 10ª edição da Semana Nacional de Museus, em maio deste ano, fará uma atividade com impressões em placas de PVC compostas por fotografias e textos que serão expostas em diversos lugares como a rodoviária da cidade, escolas, postos de saúde, departamentos municipais, a sede da prefeitura, entre outros.

Funcionamento Museu Municipal "Jezualdo D´Oliveira" Rua Rui Barbosa, 21-70 Centro - Mirassol/SP Aberto de segunda à sexta das 08:00 as 17:00 e aos sábados das 08:00 às 12:00.

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