A ideia de uma crise no exercício da crítica de arte ronda o imaginário, as entrelinhas e as manchetes. Alimentando acusações e posicionamentos defensivos, tal “falência da crítica” estaria evidente nos mais diversos âmbitos e teria, como um de seus inequívocos indícios, a rarefação do debate crítico. Ao que parece, aos poucos dissipa-se a experiência de debates publicamente amplificados, que porventura pudessem dar corpo aos pontos de convergência e divergência quanto a questões fundamentais da arte e do pensamento sobre arte. É que, no Brasil, a multiplicação recente dos espaços de criação e difusão da arte não tem garantido a evidenciação de um debate que, sabidamente existente, encontra-se, todavia, disperso.