SPLIT ZINE - Insurreição X Sujem As Ruas

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InsurreiçãO

Sujem as RuaS Entrevistas:

-Dica:

Stencil

O grito é por revolução, silenciosa quando possível. Por que os exemplos educam mais que as palavras...


Isso não é um editorial apesar de parecer Assim como as bandas para melhor divulgar seus trabalhos lançam split-álbuns e gravações conjuntas, piramos nessa idéia e surge nos dias de hoje o nosso split-zine:

Sujem as Ruas x Insurreição

Não é nenhuma invenção literária, tão pouco um novo rótulo subversivo. A intenção é juntar idéias que criam laços simbióticos (olha a gente falando difícil!), para tentar manter a chama da Cultura Punk acesa. E para nós, a informação mantém essa chama acesa. Informação, conscientização e o efeito que esse simples papel pode causar em quem o lê. Informação na qual tentamos unir e transmitir poesia (não sabemos com quantas estrofes se faz uma rima), reflexões diversas (até mesmo sobre o Punk), textos críticos e/ou políticos, entrevistas com bandas que estão na luta diária pelo punk já que queremos evitar sua “profissionalização” diuulgamos o que uiuemos as bandas retornam o que sentimos e pensamos. Não há protagonistas todos assim correm na mesma intensidade. Nada que não tenha sido feito em outros tempos, em outras localidades do globo terrestre. Essa é a nossa pequena contribuição para com o Punk, um pequeno ato de desobediência social. Desobediência que tentamos colocar em prática todos os dias. Afinal, o bacana do Punk é esse inabalável tesão pela liberdade.

Stay Punk!!!


Insurreição Nº 10 – Dezembro/2010-2012 Informativo Aperiódico Punk e 1000% Antipilantra

Quando

se fala ou pensa sobre o Movimento Punk, é impossível imaginar o Punk separado da política. Mesmo com um movimento corroído por fofocas e intrigas espalhadas com velocidade impressionante graças à internet, sufocado pela falta de estrutura e competência para organizar/gerir/manter tudo aquilo que é relacionado ao Punk, pelo não uso da inteligência por parte de muitos que estão nesse rolê, até chegarmos à questão da violência, no inconsciente coletivo das pessoas, o Punk é política. E ao envolver-se com política, o caminho natural a seguir é o ativismo (não que isso seja uma regra a ser seguida por todos). Mas aí é que está o problema. Ativismo engloba um leque gigante de opções, que vão de passeatas a ecoterrorismo, passando por serviço voluntário, grafite, ocupações, eventos com fins não lucrativos e por aí vai. E quando digo ativismo, penso em algo voltado para a coletividade, algo que possa, mesmo que momentaneamente, mudar a vida das pessoas. O ativismo voltado para a própria cena é de extrema importância, pois só assim ela sobrevive, mas não é sobre isso que esse texto furreca destila seu veneno.


Na boa, não sou dono da verdade e nem quero, não acredito em verdade absoluta, mas parece que na Grande SP, Punks só entendem por ativismo colar em passeatas. Como disse um camarada, nos dias primeiro de maio e sete de setembro, brota Punk e gente pensando que é Punk de tudo quanto é buraco. Passeata é uma forma de protesto, tem sua importância, não discuto isso. O que me deixa intrigado e irritado é que tentam reduzir o ativismo a caminhar sem destino por algumas ruas, carregando material porcamente feito, gritando palavras que para muitos nem fazem sentido, bebendo como se estivem no rolê para depois saírem em debandada geral quando a polícia bastarda decide acabar com a passeata. Esses ativistas dizem odiar a polícia, gastam o tempo vendo vídeos do Black Block, mas na hora do confronto todos assumem seus papéis: primeiro de atletas, corredores na prova dos 100 metros rasos. E de um indivíduo que anda por aí fantasiado achando que é a lei, mas que não tem coragem de deixar a farda (ou seria fantasia?) p Mas isso não é a parte triste da passeata. Triste é ver esse povo postando fotos nas redes sociais com a cabeça quebrada, sendo preso, como se isso fosse bonito. Sem contar a reclamação que rola porque apanharam, como se não soubessem que isso iria acontecer. E ainda se acham no direito de cobrar quem não foi! Bancando o psicólogo, diria que isso parece um desejo inconsciente de ser mártir, de ser o superherói fazendo a revolução. São uns sacos de vacilo ou apenas jovens ingênuos? Porra, qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento sabe que no Brasil, a não ser que seja uma passeata com ampla divulgação na mídia, e de preferência, reivindicando alguma banalidade, não se consegue juntar um número decente de pessoas, e só com o apoio midiático para que essas mesmas pessoas escapem da violência policial. Porque nessa terrinha, luta social já foi criminalizada há tempos, só não consegue ver que não quer. Se a polícia já agrediu professores, aposentados, trabalhadores autônomos e moradores de rua, imaginem a felicidade dos meganhas ao verem um número reduzido de Punks despreparados para o confronto que é inevitável. E só para constar, acredito que a polícia está fazendo a parte que lhe compete que é reprimir, agredir e abusar da violência verbal e física. É isso que se espera desses lixos, estão lá para defender o estado e a elite lodenta. Ficarei surpreso no dia que a polícia estiver ao lado da população durante uma manifestação. E


cabe ao manifestante estar preparado para o enfrentamento, porque autodefesa não é crime, mesmo que essa agressão parta da polícia. Mas já que o assunto é ativismo, porque não buscar outras formas e são tão importantes quanto uma passeata, e muitas vezes, mais eficazes? Um exemplo foi o que aconteceu meses atrás, quando ativistas mandaram pelos ares alguns veículos importados de uma famosa marca. Proporcionaram um prejuízo de milhares de reais, deram seu recado e ninguém foi agredido ou preso. É claro que, ao contrário dos adeptos das passeatas furadas que adoram postar suas fotos e ficar contando para todos as suas proezas, esses ativistas fizeram tudo em silêncio. Afinal de contas, ativismo não é para ganhar status no rolê. E já que o barato é sair às ruas, mostrar-se e gritar “Punk na rua, a luta continua!”, que tal, ao inués de organizar passeatas só para alguns poucos Punks, participar de passeatas organizadas por outras pessoas, que também correm pelo que é certo. Tem a parada do Orgulho GLBT, a Marcha dos Excluídos, a Marcha da Consciência Negra, todas importantes e estão nas ruas há anos. Seria a chance de uma interação, com distribuição de zines e conversas explicando qual é a idéia do Punk. E se você não consegue ficar ao lado de um militante de partido político durante uma passeata e respeitá-lo, você não passa de um intolerante de merda e seu lugar não é no Punk. As opções de ativismo são grandes. É um desperdício de energia reduzir o ativismo a simples caminhadas que invariavelmente terminam em agressões sofridas pelos manifestantes e reportagens sensacionalistas por parte da imprensa. É claro que se um dia acontecer algo realmente grande, com Punks preparados para o confronto, aí é outro papo. A manifestação anti-bush em 2007 serve de exemplo. Reunia manifestantes de diversas correntes ideológicas, das mais variadas classes sociais, credos e idades. E na hora da pancadaria, um grande número de Punks armados com paus, pedras e garrafas, botaram a meganhada para correr em plena Avenida Paulista. Passeatas pouco organizadas como as que vemos em Sampa tornamse alvo fácil para o braço armado do estado exercitar sua brutalidade e para a mídia sórdida veicular falsa informação. E fica claro quem perde e quem ganha. Perde a liberdade e o direito assegurado na constituição da livre manifestação de opinião, mesmo que seja a de se opor ao estado e as lutas decorrentes dessa oposição, lutas sempre relacionada à igualdade social. E quem ganha é o estado


e as pessoas que mamam em suas tetas, que mantêm essa democracia de fachada. Porque em um país que é tão mau visto reivindicar direitos básicos assegurados pela constituição, que organizar-se em prol de lutas sociais é quase como participar de uma organização criminosa, esse país não é uma democracia. Para os excluídos, nada; para a elite tudo. Para os excluídos, a repressão violenta; para a elite a democracia. É isso que vemos e vivemos. Em qualquer lugar do mundo, ativismo envolve riscos. E por isso mesmo essas passeatas devem ser bem organizadas, para evitar ou pelo menos tentar reduzir ao máximo a chance dos manifestantes serem agredidos e/ou presos. As informações, as dicas estão aí para quem quiser ler e colocar em prática. Isso é uma questão de bom senso e de respeito a si próprio e ao companheiro de luta.

Só mais uma coisa: ativismo deve ser algo prazeroso, feito porque você acredita no que está fazendo, e não uma obrigação. Já somos obrigados a fazer muitas coisas nessa vida, boa parte delas inúteis e que não proporcionam prazer. Se você sente-se obrigado a fazer ativismo, pode ter certeza que o resultado não será o melhor. É mais interessante chegar e falar na cara de quem quer que seja que você prefere usar seu tempo em outra atividade. Se as pessoas com as quais você se relaciona forem realmente libertárias e amigas, pode ter certeza que nada mudará na relação entre vocês. E se mudar, simplesmente mostre o dedo médio para elas. No mais, fica o desejo de que 2011 seja melhor, com uma maior interação entre Punks, mais respeito, com eventos inteligentes, bandas e zines legais, com uma produção contracultural forte e decente, que os pilantras sejam espirrados do rolê e... acho que isso é o suficiente para o ano ser bom no que diz respeito ao Punk. Êra! PS II: na manhã do dia 14/11/10 cinco playbas bunda moles foram filmados por câmeras de segurança agredindo jovens na Avenida Paulista. Motivo: homofobia. Mas dessa vez os jovens não ostentavam visual de alguma tribo urbana adepta da violência, eram apenas jovens da classe média. Como disse os pais desses marginais, “são jouens, bons delegacia.” Esses bons garotos promoueram três ataques na Auenida Paulista e horas antes, outro ataque em um bairro próximo. E para garotos que estudam, com boas notas e que estão chorando dentro da foder de vez, foram reconhecidos por um rapaz agredido no mês de


março. Sem contar que apareceram várias estórias sobre os filhinhos da mamãe e do papai, sempre envolvidos em brigas, expulsão de escola e por aí vai. Resumindo: são uns lixos intolerantes! E os seus respectivo pais, também são uns lixos, já que tem a cara de pau de aparecerem na mídia tentando justificar a violência praticada por seus pimpolhos. E aí eu pergunto, cadê o decradi? A xarope da delegada titular Margarette Barreto adora falar, falar e falar, e não sai’ desse falatório furado repleto de equívocos. Enquanto isso, os crimes motivados por racismo, xenofobia e homofobia continuam a acontecer nas ruas de Sampa. E ai de quem se defender e quebrar um desses lixos na rua e for pego pela polícia. É logo levado pro decradi, fichado e, se vacilar, fica guardado. E a escória intolerante fica por aí, desfilando nas ruas sob o olhar complacente da polícia e de pânico de quem sabe que pode vir a ser a próxima vítima.

CONTRA QUALQUER FORMA DE PRECONCEITO. PAZ ENTRE PUNKS, GUERRA AO ESTADO! Agradecimentos: Maria José, Lucas & Bärrikäädi, Coletivo Neurótikas (as mais chatas do rolê), Grazi & zine/blog Kólica Social, Christopher & Pequena Ameaça, Alan & Nem Tudo que se Faz é Verdade, todo o pessoal enuoluido no euento “Um Minuto Para o Caos”, Presunto & KOB 82, ThayrineMA (vai logo distribuir o zine!), Junior (cadê a Disforce?), Romulo & Arrepio Zine, Vinicius Primo & Somos Vivos, Chico & Ideocrime, João & Sujem as Ruas pela iniciativa do split zine e a tod@s envolvid@s com o Punk que estão lado a lado correndo pelo que é certo, que mantêm uma atitude e uma prática diária coerente com o discurso punk/libertário e que conseguem se manter livres da vida medíocre das intrigas, fofocas e futilidades que infestam o rolê na Grande SP.

Contato:

lutarparamudar@ click21.com.br


Entrevista:

1 – Quando surgiu a banda, influências e formação atual? Em 2005, inicialmente com o nome de The Baps, tocava um som mais influenciado pelo Punk 77, tirando covers de bandas como The Clash e The Adicts, com melodias e letras características dessa mesma época. Em 2007 o nosso primeiro batera desencanou, e The Baps acabou, mas eu sempre mantive a vontade de voltar, eu e o Bing, brother e guitarra solo já que eu tocava guitarra também no Baps, fato que não se concretizou, até pela nossa mudança em termos músicais. Lá em meados de 2007, início de 2008, chamei o

Limão (ex Disenteria Cerebral que tocava baixo no Baps) convidei Pudim e Gabriel pra montar uma banda que tocasse punk com letras em português, depois de alguns ensaios, Pudim saiu da banda e entrou o Xicão, a banda assim seguiu durante cerca de 2 ou 3 meses de ensaio, mas não fez nenhum som nesse período. Xico acabou saindo e entrou o Presunto, conversamos sobre a proposta mesmo e ali começou acontecer a Kob 82. O nome já caracterizou a época e tipo de som que a gente tinha em mente, claro que nunca nos limitamos só a determinado som ou época, mas é como se fosse uma pré-noção da

proposta pra nós mesmo, já que anteriormente não tínhamos conseguido engrenar. Lembro que o Defunto, um dia citou esse nome ou coisa parecida, lembro de ter sido inspirado por Mob 47, achava foda esse nome, aí depois do consenso de todos, ficou isso ai mesmo. Depois de cerca de um ano Gabriel saiu e entrou o Raul trazendo mais agressividade e sua influência do Crust pra banda e pra todos nós, enxergo isso de uma maneira muito positiva. A Kob 82 toca Punk, nós somos influenciados por ele e suas sub-divisões, geralmente HardcorePunk, Finlândia,Suécia,


UK, Alemanha, mas impossível limitar, é Punk.

3 – Na opinião de vocês, o que atrapalha o desenvolvimento da cena? Quanto àqueles que são Punks incondicionalmente, o problema maior está em tudo aquilo que é feito com o intuito de competir, competir pra ver qual banca é a mais agressiva, quem bate mais, quem tem o melhor discurso revolucionário, pseudo-

2 – A Cena Punk nesse país, apesar de tantos anos, ainda sofre com a precariedade. O que motiva a Kob 82 a perseverar nessa cena? Amor ao Punk.

unido, quem tem o visu mais bonito, a melhor tese de como surgiu tal coisa, como é o certo pra tudo, um policiamento dentro da própria cena subcultural! Esse tipo de mesquinharia é um reflexo da sociedade estampado na cena, você está sendo igual a tudo aquilo que o Punk sempre foi contra. 4 – A cena tem uma obrança muito forte, seja política, de atitude ou de outras coisas. Esse patrulhamento ideológico acaba gerando, em alguns casos, um sentimento de inferioridade nas pessoas envolvidas no role, que não conseguem atender às expectativas do grupo e acabam por se

afastarem, ou mesmo, mudando de rolê. O que fazer nesses casos? Não vou "chover no molhado". Acho que essa de falta de informação já nem tem, hoje é fácil até demais, talvez esse seja o problema, porque não? Cria-se muita desconfiança com tudo e todos, por não conseguirmos ver uma evolução de verdade nessa porra. A gente cansa de algumas coisas e acaba ficando meio "ranzinza" não vou mentir. Aqueles (as) que não produzem nada, ficam em volta fantasiados, parasitando em troca de algum status, sexo, drogas, enfim, ser rebelde até entrar na faculdade e fazer essas


merdas em outro ambiente, esse tipo de gente não é nem nunca vai ser nada. Tem que entender que isso é amor, é a vida de muitos. Acho que o melhor a se fazer é perceber as atitudes e formas de conduta com muita naturalidade, ver qual o sentido e intuito

daquela pessoa que está conhecendo um mundo novo por exemplo, é muito legal isso, mesmo que provem mais o contrário, ver alguém que se interessa pela coisa como você se interessou algum dia e hoje ama é sensacional, não é? Basta ser legítimo e ver naturalmente o que

aquela pessoa quer mesmo e se vai ser bom pra ela mesma e principalmente pro Punk. 5 – Pra Kob, o que seria o Punk? Sub-cultura, sociedade, política, cotidiano. Um sentimento inexplicável.

6 – Rapaziada, obrigado pela pequena entrevista. O espaço é de vocês. Obrigado vocês pelo espaço, parabéns pela inciativa do zine, principalmente. Valeu todo mundo que se interessa pela Kob 82, compareçam nos sons. Isso é mil vezes mais valioso pra nós do que baixar qualquer coisa, ao vivo a gente canta junto, vibra junto. Troquem idéias conosco, só chegar, estamos juntos, vamos trocar materiais, conversar e crescer, só assim se fará a revolução algum dia. PUNK!


Sujem as RuaS

número 3

“Poesias porque não sabemos com quantas estrofes se fazem novas rimas” Expressão sem afeto é um ato vazio fazer por fazer andar por andar dormir por dormir pode até ser normal Porém, manifestar uma ideia sem o coração consultar mesmo involuntariamente É TEMPO PERDIDO É TEMPO PERDIDO é forçar a verdade do caminho percorrido. A verdade, a natureza assim como os sentimentos(biologia das coisas) „‟SÃO INCONTROLÁVEIS‟‟. Essas coisas da vida o ser humano felizmente Finge em controlar (...) Ao mar de rosas Vejo as muralhas Que cercam a verdade Camufla o perfume do jardim Ao som do mistério Enxergo o incerto Que liberta a mentira Engana a música de existir O que está por vir? Ao toque das palavras Consigo ouvil-as É o equilíbrio que procuro Mesmo surdo e caminhando no escuro


Julgar é em vão Apontar o grau da culpa Pra ele, pra você, pra mim? Não vejo motivos Porque é assim?

Quem não erra? Quem por escolha não errou? Quem por necessidade o Diferente buscou? Quem por falta de bom senso não julgou? Quem por humildade não revelou: Que para errar É PRECISO FAZER ANTES DE FALAR O SILÊNCIO É QUE VAI NOS REVELAR

(...) Gritamos por revolução Lutamos por revolução Morreram por revolução Por que não perceberam QUE É SILÊNCIOSA (...) Os „‟IsMOS‟‟ QUE LIMITAM... BUSCA-SE A LIBERDADE E COM UM CERTO „‟ISMO‟‟ NÃO TE FAZ PENSAR BUSCA-SE JUSTIÇA BUSCA-SE REVOLTA BUSCA-SE IGUALDADE BUSCA-SE TUDO SÓ NÃO BUSCAMOS NOS LIVRAR DOS “FANATISMOS”QUE INSISTIMOS EM CONSERVAR OS RÓTULOS QUE CEGAM NOS ENGANANDO O QUE REALMENTE MUITAS VEZES NOS IMPEDEM DE VIVER E LUTAR (LIBERTE E RENOVE SUAS IDÉIAS ATÉ MESMO ESSAS PALAVRAS QUE AQUI ESTÃO)

(. . .)


Levantar bandeiras “rotular”, “nomear‟, se fazer de tal... Falar que faz algo para mudar De nada vai adiantar Se por onde não fizer e multiplicar Apontar o grau da culpa Agir sem pensar e sem o coração usar De nada vai adiantar Se por onde não fizer e multiplicar Escrever e não se autoquestionar Se expressar e a crítica não aceitar Sabotar e em si mesmo não acreditar De nada vai adiantar Se por onde não fazer e multiplicar Pra uma idéia se tornar real É preciso se colocar no lugar... Todos fazem parte de um conteúdo geral (bem ou mal)


A ULTIMA VOZ SEMEIA A ÚNICA ROSA DO JARDIM Não há o que respirar Querem nos sufocar Só há o que fazer Ta tudo errado impossível de não perceber Não há o que comer querem nos matar Temos que mudar Nosso jeito de entender Não há o que plantar querem nos secar A opção é responder, cuspir revolta Em forma de verbos e atitudes Não Há o que dizer Querem nossa voz tirar Ou fala, faz, luta ou morre? O que você agora vai fazer? Antes tentar agora Do que morrer com a solução em vida.


Milhões de miseráveis Atos de Guerra Poucos pensantes Há vários errantes Tantos casos, tanta notícia, tanta mídia Nada de melhoria Todos presos com medo Medo de si mesmo Medo da vida, medo do ar, medo de ajudar Assim suplicam por liberdade Mortos nela Anulados em vida Zumbis, desarmados de sonhos Corrompidos!Falidos! Vá sonhar antes de procurar motivos para nos culpar.


Negro Amor Oh negro amor que me mudaste por ver tudo ao negro ora flor que sussurra pétalas que ardem minha tensão confusa. sou enrolado, brusco e ogro. O novo o tédio é tudo de si mesmo Oh negro amor o que me deste Sinto, vejo esperneio ao anseio de palavras tortas suspirar Brinco com o vento me jogo no abismo Assim não sufocar Oh negro amor o que vieste, o que me deste Nada, tudo, me equilibra me excita. Negro amor com você eu quero amar O amor simples é monótono demais é fácil é passageiro se foi na brisa lunar O negro amor vem de noite no friozinho.

eis consolo aprenda a negra – amar

.


Um pouco sobre stencil art:

Martin Whatson (nascido em 1984) é um artista nato e com base norueguesa estêncil. Enquanto estudava arte e design gráfico em Westerdals Escola de Comunicação, Oslo, ele descobriu stencils e da cena de arte urbana. Ele tinha sido interessado em Grafite por anos, acompanhando o desenvolvimento dentro de arte de rua perto. Em 2004, ele começou sua própria produção artística. Martin tem um desejo contínuo de busca da beleza no que é comumente descartado como feio, fora de moda ou simplesmente deixado para trás. Ele olha para inspirações em paisagens e edifícios da cidade que em breve será demolido. Este interesse para a deterioração ajudou a desenvolver o seu estilo, os motivos e composição e ele gosta de criar ou unidade ou conflito entre materiais e motivos; uma senhora velho enrugado em uma placa brilhante de alumínio. Sua expressão artística começou mais político, inspirado Dolk e Banksy, mas tornou-se uma expressão mais sutil. Seus stencils são uma mistura de cenas urbanas com uma poética, hippyish não fazer a paz guerra mensagem. Ele tem um toque alegre, muito reconhecível e quase feminina, borboletas, pombas e corações em macio, porém vibrante, cores. Ainda assim, sua expressão é muito masculino, preenchido com a sua cara-declarações que representa um grupo jovem e vigoroso de novos artistas. Desde sua estréia artística em 2006, ele teve várias exposições individuais e participou em exposições colectivas muitos, tanto nacional como internacionalmente. Fonte: http://www.designwars.com/graffiti_streetart/martin-whatson-stencil-artist-subtleexpression/


Entrevista:

1 – Quando surgiu a banda, influências e formação atual? O Massacre surgiu em 2002. Musicalmente nós ainda mantemos a estrutura principal mais voltada pro crust, mas sempre rola elementos de stoner, doom, sludge, trash... por aí, já dá pra ter uma noção que há muita influência musical. E a formação atual é: Jô, Dadá e Guto nos vocais, Agá na guitarra, Douglinhas no baixo e Ví na bateria. 2 – A Cena Punk nesse país, apesar de tantos anos, ainda sofre com a precariedade. O que motiva o Massacre em Alphaville a perseverar nessa cena? Independente de estarmos inseridos na cena punk, metal, ou o que seja, o Massacre é uma família. Literalmente falando. O que nos motiva a continuar tocando e encarando toda a precariedade que existe, é o fato de que a banda é algo que nos une. Ensaiar, tocar, viajar, juntar a criançada e a galera da banda, uns nas casas dos outros é algo que a gente dá muito valor. Poder reunir a galera, trocar idéia, dar risada e ainda produzir uma barulheira que é melhor que qualquer terapia, faz valer todos os contratempos que existem. 3 – Na opinião de vocês, o que atrapalha o desenvolvimento da cena? A cena é legal e tem mais prós do que contras. Ao invés de sair esculachando geral dizendo o que tá errado, vale mais a pena dizer que tem muita coisa boa acontecendo. Muitas bandas fudidas surgindo, ou mantendo-se na ativa, bastante molecada nova ingressando, crescendo e ajudando a cena a ser melhor, alguns lugares mantendo suas estruturas apesar de toda a dificuldade... 4 – A cena tem uma cobrança muito forte, seja política, de atitude ou de outras coisas. Esse patrulhamento ideológico acaba gerando, em alguns casos, um sentimento de inferioridade nas


pessoas envolvidas no role, que não conseguem atender às expectativas do grupo e acabam por se afastarem, ou mesmo, mudando de rolê. O que fazer nesses casos? Pois é, realmente existe uma cobrança “ocultamente implícita” dentro da cena. E essa ânsia por informação, politização, demonstração de atitude é importante e é o que dá vida pro HC/punk, mas em qualquer lugar existe uma coisa que nunca deve faltar: a humildade. Seja um adolescente fútil usando camiseta do Pokémon, seja um moleque rebelde de tênis branco e camiseta do slayer, enfim, não importa, se ele chegou até um evento HC/punk, deve ser bem recebido pra se sentir bem e voltar. Foda é ver pseudo-intelectual que pira em ficar lendo Nietzsche querendo doutrinar e afastando a molecada que surge sem preconceito, sem idéias formadas, com a mente aberta. 5 - Pro M.A,o que seria o punk? O punk é tanta coisa. Conceitualmente dizendo, acho que continua sendo um movimento unido, engajado e que propõe e se dispõe a mudar o mundo pra melhor. Dentro disso, independente de quem faz parte da “cena” se enquadra no que seria o “punk”. Como dito na questão 3, é melhor ressaltar o que existe de bom e sabemos que tem muita coisa boa acontecendo, muito nego ralando e se fudendo pra melhorar um pouco que seja a realidade cruel desse nosso mundo morto e esses são os punks, a galera que tá por aí, fazendo alguma diferença. 6-Rapaziada, obrigado pela pequena entrevista. O espaço é de vocês valeu pelo espaço e pela lembrança João! E pra quem tiver algum interesse em conhecer um pouco melhor o massacre, a gente tá aí pela internet... No google qualquer um acha, no myspace, facebook... E além do mundo virtual, quem quiser é só colar com agente nos shows, trocar idéia e dar umas risadas.


Dica:

Stencil

Para quem arte de rua, antiarte, grafite, grapixo e afins vai curtir um pouco sobre dicas de intervenção na rua tendo como o estêncil, explicando o quê é, e como se faz. Um estêncil (do inglês stencil) é uma técnica usada para aplicar um desenho ou ilustração que pode representar um número, letra, símbolo tipográfico ou qualquer outra forma ou imagem figurativa ou abstrata, através da aplicação de tinta, aerossol ou não, através do corte ou perfuração em papel ou acetato. Estêncil é também uma forma muito popular de grafite. De aplicação rápida e simples, seu uso reduz o risco implícito na execução de inscrições em locais não permitidos. Resultando em uma prancha com o preenchimento do desenho vazado por onde passará a tinta. O estêncil obtido é usado para imprimir imagens sobre inúmeras superfícies, do cimento ao tecido de uma roupa.

História...

A origem do estêncil se encontra na China, juntamente com a invenção do papel, no século 105 d.C. Antes disso a técnica utilizava-se de elementos naturais, como folhas e rochas, para fazer as máscaras das partes que não se podia colorir com os pigmentos. Com o uso do papel se começou a entalhar a forma, o desenho, a escrita e tudo o mais que se quizesse reproduzir fielmente.

Se pode dizer que o estêncil foi a primeira forma de gravura. Nos anos 600, na China, começaram a fazer desenhos mais complexos e aplicar a técnica para a decoração de tecido, embora com o uso de poucas cores. Foi porém no Japão que a técnica do estêncil sobre o tecido se aperfeiçoou com a introdução de uma primeira máscara lavável e, consequentemente, reutilizável. O papel recebia, antes de ser entalhada com o motivo desejado, um tratamento especial com suco de caqui. Isso o deixava impermeável.O estêncil vem sendo muito utilizado


para decorar paredes, móveis e outros objetos. Se trata de uma técnica simples que pode, ocasionalmente, ser conjugada com múltiplas variações e assumir características diversas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, começou a ser utilizado em intervenções urbanas como forma de propaganda de guerra e também como forma de impressãonos uniformes e material de guerra. Hoje assistimos a um novo movimento artístico chamado Stencil Art, urbano, feito na rua e para a rua, os suportes são as paredes das cidades do mundo. Os artistas poucas vezes identificados, utilizam este meio como forma de expressão.

Algumas dicas para você fazer estêncil:

Desenhe o motivo em papel encerado forte, cartão ou acetato e recorte-o com um estilete, de preferência de ponta móvel. não se esqueça de fazer as “pontes” tiras que separam as formas e unem as áreas recortadas às bordas do estêncil. As pontes devem ter pelo menos 3 mm de largura para não se romperem facilmente. Quando fizer o recorte, rode o estêncil à medida que for cortando para que a lâmina se mova sempre na sua direção.Apare os cantos e corrija as bordas com uma tesoura. Remende as pontes rasgadas com durex transparente. aparando o excesso de forma que não ultrapasse o contorno do estêncil.

Fixe o estêncil sobre a área a ser decorada e aplique a tinta, trabalhando com o pincel das extremidades para o centro ou com o spray em movimentos circulares nos dois sentidos; se pretende repetir o motivo, deixe secar a tinta e limpe a parte de trás do estêncil antes de tornar a utiliza-la. vídeos e dicas no site/fonte do texto:

http://kadekarai.blogspot.com.br/2011/04/arte-contemporanea-stencil-art.html


FOI O SACI:

, Fotos de intervenções pela SP, cheia se sátiras e críticas sociais! vale e pena ver! http://eosaciurbano.art.br/eo/category/grafite/

Pegue toda sua revolta mantida presa em seus sentidos e as transforme em arte, cuspa a indignação em forma de reflexão, divida a sua angúStia antes que seja tarde! Vamos todos sujar as ruas, corações, mentes e vidas ... Agradeço a colaboração das bandas massacre em aphavile e kob 82 pelas entrevistas, agradeçoas imagens de stencil pirateadas na net mesmo sem autorizaçã(rsrsrs), agradeço ao Rogério ou o famoso “treva” pela participação no insurreição (um zine mais do que simples e muito mais que infORMATIVO, agradeço a minha amada fran por me aturar e estar comigo mais nas horas ruins do que boas(te amar incondicionalmente é pouco), agradeço o zine kolica social pela inspiração e aula de feminismo e me libertar do machismo cotidiano, agradeço a todas culturas que fazem parte do underground como um todo e agradeço você amante marginal que cultua a resistência do fanzine!

Contato:joaopunkcore@hotmail.com/www.facebook.com/jpunkxcrustx


Agora é nossa vez vamos brincar de ser sinceros chega de rótulos chega de sectarismo barato vamos falar e fazer o que realmente gostamos que é a liberdade vamos largar o egoismo e pensar mais em coletivo afinal somos libertários e sozinho não conseguiremos nada é hora de deixar de pensar em como está seu moicano e fazer acontecer as coisas que escrevemos é hora de deixarmos os "Ismos" de lado e dar mais importância em ajudar as pessoas se somos tudo que falamos não vai ficar somente no papel não mesmo é hora de fazer acontecer as ruas tem sede de manifestos e nos temos sede de rua de mostrar a todos que Punks não são só pessoas baderneiras que matam por qualquer coisa e sim jovens conscientes que pensam e querem um mundo melhor mais que ao invés de ficar deitado numa grama dizendo paz e amor fazemos tudo a nossa maneira seja em gritos de músicas rasgadas ou em manifestações que acabam repreendidas.(Fran amada Mafalda)



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