SUCESSÃO NAS EMPRESAS | Boletim #5

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#5 boletim

3 agosto 2014

Órgãos e instrumentos de gestão da família empresária (parte 1) Quando os proprietários de uma empresa têm a intenção de que esta tenha continuidade através dos seus descendentes, conservan-‐ do assim o carácter de empresa familiar, é conveniente contar com outros órgãos de gestão – úteis para regular as relações família/ empresa. São eles: a Assembleia Familiar e o Conselho de Família. Tendo em conta que a unidade e o compromisso são os factores principais que contribuem para o sucesso da empresa familiar, é importante saber como gerar maior compromisso e o que causa a falta de unidade. É ne-‐ cessário semear e cuidar de um percur-‐ so de muita comunica-‐ ção, clareza, simplici-‐ dade e or-‐ ganização de ideias, um ambiente de total transparên-‐ cia entre os mem-‐ bros da família empresária.

Nesse sentido, as Assembleias e os Conselhos de Família são instrumentos eficazes para o su-‐ cesso da unidade e do compromis-‐ so. O resultado dessas reuniões pode ser um protocolo ou regu-‐ lamento familiar que discipline as relações dos familiares com a empresa e as desta com a família. Para que a empresa tenha vida longa, os familiares devem-‐se com-‐ prometer com o destino da organi-‐ zação, considerando tanto os seus objectivos pessoais quanto as ne-‐ cessidades estratégicas da empresa. Para isso, é preciso desen-‐ volver um plano estra-‐ tégico.

Assembleia Familiar

Associação Empresarial de Portugal, Gabinete de Projetos Especiais Tel. (+351) 229 981 546 Fax (+351) 229 981 771

projectos.especiais@aeportugal.com sucessaoempresarial.aeportugal.pt

O principal objectivo da assembleia familiar é servir de espaço de dis-‐ cussão onde sejam decididos desde os valores básicos a serem respei-‐ tados por toda a família até o grau de comprometimento com a em-‐ presa. Convém que todo o grupo familiar participe, sejam os parentes consanguíneos, sejam os parentes “políticos”. Trata-‐se de um campo propício para se conversar sobre as normas que regem e regerão as relações entre a família e a empresa. É conveniente que os familiares assistam previamente a um semi-‐ nário sobre empresas familiares para compreender a problemática específica desse tipo de empresas.

Uma vez feito isso, estarão em melhores condições para definir a filosofia da família em relação à empresa e, posteriormente, para estabelecer normas que regu-‐ lem as relações entre ambas. O fato dos planos da empresa se misturarem com os da famí-‐ lia é uma dificuldade especial para a empresa familiar, dado que os planos de uma e da outra são independentes. Portanto, a fa-‐ mília não pode separar o planea-‐ mento estratégico da empresa do planeamento familiar. É preciso formalizar vários aspetos num pro-‐ tocolo ou regulamento familiar. Leia mais na edição de 17 agosto...


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