FomeDeBola_LuizZaninOricchio

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humano e também a sua face dura. Com outros títulos contemporâneos como Ginga e Sonhos de Bola, testemunha as transformações sofridas pelo futebol na era da economia global. Estilisticamente, cada um desses filmes é típico de sua época: o melodrama dos anos 30, o cinema-verdade dos 60, o verismo de espetáculo dos 80, a diversidade de poéticas dos 90 e 2000, e a fusão com uma estética da publicidade, típica do nosso tempo. Cada um desses filmes, se soubermos fazê-lo falar, expressa tanto um momento da história do cinema como um momento da história do futebol e da própria história do País. É um nó de significados. Essas máquinas de gerar sentidos estão na parte inicial do livro, nos quatro capítulos que formam o que chamei de Primeiro Tempo deste Fome de Bola. No Segundo Tempo, vêm as entrevistas com alguns dos principais cineastas que dialogaram com o futebol através dos seus filmes. Fechando essa parte, uma longa e exclusiva conversa do autor com Pelé, bate-papo que ocorreu por ocasião da estréia do documentário Pelé Eterno. Como acontece com alguns jogos, este aqui também vai para a Prorrogação, para a qual gostaria de chamar a atenção do leitor. Trata-se da Filmo­ grafia, que vale uma olhada mesmo pelos que não tenham nenhuma pretensão a pesquisador. Ela contém algumas curiosidades, como as mencionadas brigas no Palestra e a discussão do pênalti

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