FomeDeBola_LuizZaninOricchio

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Capítulo 3 Batendo Bola nos Anos de Chumbo Amigos, glória eterna aos tricampeões mundiais. Graças a esse escrete, o brasileiro não tem mais vergonha de ser patriota. Somos 90 milhões de brasileiros, de esporas e penacho, como os Dragões de Pedro Américo. Nelson Rodrigues O Globo 22 jun. 1970

Quando Carlos Alberto Torres recebeu o passe de Pelé e acertou a bola na veia, sem apelação para o goleiro Albertosi, começava a festa da conquista do tricampeonato. 4 a 1 sobre a Itália, uma aula de futebol que coroava a estupenda campanha do México. A seleção canarinho, como a chamavam, trazia para o Brasil da ditadura Médici a copa Jules Rimet, em definitivo, pois era o primeiro país a vencer três campeonatos mundiais em toda a história. Na decisão, o Brasil jogou com Félix (Fluminense), Carlos Alberto (Santos), Brito (Flamengo), Piazza (Cruzeiro), Everaldo (Grêmio); Clodoaldo (Santos) e Gérson (São Paulo); Jairzinho (Botafogo), Tostão (Cruzeiro), Pelé (Santos) e Rivellino (Corinthians). Coloco os times de origem dos titulares para que o leitor faça uma comparação mental com as seleções contemporâneas. Era o fim de um longo percurso de reformulação do selecionado, que fora tão mal na copa da Inglaterra. Três técnicos se sucederam, sem grandes

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